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Apostila sunicultura basica

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2
SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
Fone : (62) 3545-260 / (62) 3545-2618
Fax : (62) 3545-2601
Rua 87, nº 662 – Edifico FAEG, 1º andar
Setor Sul – Goiânia – GO - CEP : 74.093-300
senar@senargo.org.br / www.senargo.org.br
mailto:senar@senargo.org.br
http://www.senargo.org.br/
Introdução . 
O presente sistema de produção está direcionado para a criação de suínos 
em ciclo completo, confinado, desenvolvido em um único sítio e contemplando um 
plantel de 160 a 320 matrizes. Todas as etapas de produção a partir da 
maternidade estão previstas para serem desenvolvidas seguindo o princípio do 
sistema "todos dentro todos fora" (all-in all-out), onde os animais de cada lote 
ocupam ou desocupam uma sala num mesmo momento. Este manejo possibilita a 
limpeza e desinfecção completa das salas e a realização do vazio sanitário.
Pelo fato de contemplar todas as etapas da produção, desde a aquisição do 
material genético até a entrega dos suínos de abate na plataforma do frigorífico, as 
orientações descritas neste documento aplicam-se também a sistemas de produção 
que executam apenas parte das etapas de produção de suínos, como a Unidade de 
Produção de Leitões (UPL) que produz leitões até a saída da creche e a Unidade de 
Terminação (UT) que recebe os leitões de uma UPL e executa as fases de 
crescimento e terminação.
Outros sistemas de produção de suínos, como o Sistema Intensivo de Suínos 
Criados ao Ar Livre (SISCAL), o agroecológico, o orgânico e outros, precisam ser 
tratados separadamente em razão de suas particularidades. Mesmo assim, grande 
parte dos conceitos sobre a criação de suínos, caracterizados neste sistema, podem 
ser considerados com as devidas adaptações. 
A criação de suínos sobre cama, que está ganhando espaço considerável 
entre os suinocultores, principalmente por facilitar o manejo dos dejetos, também 
apresenta peculiaridades que merecem e precisam ser tratadas de forma específica. 
Informações sobre a produção de suínos sobre cama poderão ser obtidas em várias 
publicações da Embrapa Suínos e Aves. 
Importância Econômica 
A produção mundial de carne suína em 2001 foi de 83.608 mil toneladas e, 
segundo a FAO, o crescimento anual de consumo de carnes no mundo até o ano 
2015 deve ficar em torno de 2%. Considerando ser a carne suína a mais produzida 
no mundo, uma parcela significativa deste percentual deverá ser atendida via 
expansão da produção de suínos. A posição dos principais países produtores de 
carne suína, (China, União Européia e Estados Unidos não deve ser alterada pelo 
menos no curto e médio prazos, uma vez que a diferença entre eles, no volume 
produzido em 2001, é significativa, 42.400; 17.419 e 8.545 mil toneladas 
respectivamente. O Brasil ocupa atualmente a 4ª posição com 2.240 mil t. e 
concorre diretamente com o Canadá para manter essa classificação. As previsões 
para 2002 indicam que o Brasil deverá crescer cerca de 5,81% com relação a 2001, 
enquanto a produção de carne suína no Canadá crescerá apenas 1,74% no mesmo 
período. Tais níveis de produção solidificam a posição brasileira no ranking mundial.
No mercado interno espera-se que, uma crescente recuperação da economia 
com o conseqüente aumento no poder aquisitivo da população, o consumo per 
capita atual de 14 kg/habitante/ano volte a crescer, estimulando o setor produtivo 
e exercendo pressão sobre os preços pagos por quilo de suíno vivo.
3
Observando o consumo de carne suína no Estado de Santa Catarina, com 
cerca de 23 kg/habitante/ano, percebe-se que há espaço para o aumento do 
consumo em nível nacional. 
Proteção Ambiental 
Além da produtividade e competitividade econômica, qualquer sistema de 
produção deve primar pela proteção ambiental, não somente pela exigência legal, 
mas também por proporcionar maior qualidade de vida a população rural e urbana.
Com relação a proteção ambiental o produtor deve implantar um sistema de 
gestão ambiental integrado contemplando as seguintes etapas: 
• Avaliação dos riscos de impacto ambiental 
• Manejo voltado para a proteção ambiental 
• Manejo Nutricional 
• Manejo de água na propriedade 
4
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Suinos/SPSuinos/protecao.html#avaliacao
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Suinos/SPSuinos/protecao.html#manejoagua
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Suinos/SPSuinos/protecao.html#manejonutri
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Suinos/SPSuinos/protecao.html#manejoamb
5
Planejamento da Produção 
Na suinocultura moderna e intensiva, um dos aspectos mais importantes na 
prevenção de doenças é o correto manejo das instalações, visando reduzir a 
pressão infectiva e a transmissão de agentes patogênicos entre animais de 
diferentes idades e racionalizar o uso da mão de obra nas atividades de manejo. 
Isto é possível através da utilização do sistema de produção "todos dentro todos 
fora" com vazio sanitário entre cada lote, pelo menos nas fases de maternidade, 
creche e crescimento/terminação. Para poder adotar esse sistema é necessário 
planejar as instalações estabelecendo o número de salas que atendem um 
determinado fluxo de produção (intervalo entre lotes). Para calcular o número de 
salas necessárias em cada fase de produção deve-se definir algumas variáveis 
conforme segue: 
• Intervalo entre lotes: os intervalos entre lotes de 7 ou 21 dias são os 
mais utilizados para facilitar as atividades de manejo, mas, teoricamente, 
pode-se utilizar qualquer período com menos de 22 dias. A opção de 7 ou 21 
dias de intervalo entre lotes, depende de uma análise das vantagens e 
desvantagens de cada um (Quadro 2) e de algumas características do 
rebanho e instalações onde pretende-se utiliza-lo.
• Idade ao desmame: para fins de cálculo das instalações e para realizar o 
desmame sempre no mesmo dia da semana, usar 21 ou 28 dias.
• Idade de saída dos leitões da creche: geralmente é de 63 a 70 dias.
• Idade de venda dos suínos: deve ser definida em função das 
características do mercado que se pretende atender.
• Intervalo desmama/cio: normalmente utiliza-se como média 7 dias.
• Duração da gestação: essa variável é fixa de 114 dias.
• Duração do vazio sanitário entre cada lote: para esse período 
recomenda-se 7 dias (1 dia para lavagem + 1 dia para desinfecção + 5 dias 
de descanso).
Definidas estas variáveis é possível fazer os cálculos do número de salas 
necessárias em cada fase de produção e o número de lotes de matrizes necessários 
para atender o fluxo de produção. A seguir serão dados exemplos de cálculos para 
atender os intervalos entre lotes de 7 e 21 dias. 
6
SISTEMA DE CRIAÇÃO
• Sistema Extensivo  os animais são rústicos, não recebem nenhuma 
alimentação, sem controle sanitário, restos de cultura, sem ração, ou na 
própria cultura.
• Sistema Semi-Extensivo  animais presos em mangueirão recebendo 
algum tipo de alimentação (animais rústicos).
• Sistema Intensivo  confinado e semi-confinado
a) confinado: diminui a vida útil do animal. Os animais engordam e cai 
eficiência reprodutora, raças altamente especializadas. Todas as fases 
ocorrem em confinamento. Balanceamento perfeito da alimentação, 
mão-de-obra especializada. Manejo perfeito.
b) semi-confinado: algumas fases ocorrem em piquetes (gestação, pré-
gestação, machos reprodutores, aleitamento). Outras fases confinadas 
(recria, acabamento). Parição: (5 a 7 dias antes a porca é confinada
• SISCAL (Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre)  O 
Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre (SISCAL) teve a sua origem 
em países europeus, no final da década de 50, e foi introduzido no Brasil no 
final da década de 80, com técnicas de manejo baseadas em experiências 
européias. Observou-se que algumas práticasapresentavam-se inviáveis, 
principalmente na interação homem, animal, solo e planta, ocasionando por 
vezes problemas ambientais e sanitários que tinham reflexo negativo nos 
resultados de produtividade.
MANEJO REPRODUTIVO
 ESCOLHA DAS MATRIZES
OBS: Diferença de Marrãn e Matriz
 Peso :
- Tipo Carne  90 kg Caipira  30 kg a 40 kg
 Idade : 
- Tipo Carne  5 meses Caipira  7 meses
 Aprumos :
7
- Centrados, sem desvios, patas mesma proporção e boa formação.
 Comprimento / Altura / Profundidade :
- Quanto maior nas três medidas, mas capacidade de produzir leitões maiores e 
bem desenvolvidos ;
 Linha do Dorso (Suam ou Lombo) :
 (reta) (Celada) (Arqueada)
 Vulva (Cachimbo)
- Vulva Infantil ( Muito pequena, problemas na monta e no parto)
- Vulva Exagerada ( Muito Grande, Porta de entrada de contaminação “Doenças 
Reprodutivas”)
 Quantidade / Assimetria dos Tetos (Peitos) :
- Tipo Carne  8 pares Caipira  6 pares
 Habilidade Materna :
- Docilidade
- Cuidado com a leitegada
- Boa produção de Leite (De 10 a 15 Lts / 24 hs)
 Boa Produção de Leitões  Acima de 10 Leitões
 Quantidade de Partos  2,3 partos por Ano
 ESCOLHA DO MACHO 
 Consanguidade (sem parentesco com as fêmeas)
- estreita: 1º e 2º graus (pai - filha) (inbreedin);
- colateral: 3º e 4º graus (tios - sobrinhos ou primos);
- larga: 4º até 10º graus (line - breeding).
 Idade : 
- Tipo Carne  7 meses Caipira  9 meses
 Peso :
8
- Tipo Carne  90 kg Caipira  60 kg a 70 kg
 Aprumos
- Centrados, sem desvios, patas mesma proporção e boa formação. 
Principalmente as Traseiras por causa da monta.
 Comprimento / Altura / Profundidade
- Pelo cruzamento o macho passa ate 70% da genética para a prole (Quanto 
maior nas três medidas, mas capacidade de produzir leitões maiores e bem 
desenvolvidos) ;
 Linha do Dorso (Suam)
 (reta) (Celada) (Arqueada)
 Quantidade / Assimetria dos Tetos
- Tipo Carne  8 pares Caipira  6 pares
 Observar Defeitos no parelho reprodutivo :
- Roncoi ( Cripitorquida )
- Tamanho do Perímetro escrotal (Saco) (tamanho e assimetria)
- Ligamentos (Distancia da Bolsa escrotal do abdômen do macho)
- Prepúcio (Umbigueira) (pus, corrimento, feridas) 
RAÇAS :
O cruzamento entre raças de suínos é recomendado devido às vantagens da 
heterose ou vigor híbrido e dos efeitos de completação entre raças. Os produtores 
de suínos devem valer-se de tais benefícios, de origem genética, para melhorar 
seus índices de produtividade e retornos econômicos.
A escolha das combinações raciais utilizadas na criação constitui um fator 
importante para a obtenção destes benefícios, uma vez que as leitoas e os machos 
de plantel devem apresentar as melhores taxas de desempenho durante o 
crescimento, e de reprodução durante a fase adulta. 
Uma das perguntas mais frequentes, feitas por técnicos e criadores, diz 
respeito à formade combinação das raças, isto é, se há diferenças quando se 
utilizam animais de determinada raça no lado paterno ou materno.
9
 RAÇAS MATERNAS :
LANDRAC
Origem 
A raça Landrace 
teve sua origem na 
Dinamarca, entre 1830 a 
1840, tendo como base 
genética suínos exógenos 
(alemães, chineses, 
espanhóis e portugueses), 
que foram cruzados com 
raças nativas. É provável 
que a Large White tenha 
sido utilizada. 
A Dinamarca 
manteve, por muitos anos, o 
monopólio da exploração do 
Landrace, conseqüência da 
decisão da Alemanha 
(1887) e Inglaterra (1892) 
de proibirem o comércio 
internacional de suínos vivos. Isso levou a Dinamarca a implementar um audacioso programa 
de seleção (em 1896 foi criado o primeiro centro de melhoramento genético do país e do 
mundo) e aumentar a exploração da espécie com fins industriais (em 1887 era constituída a 
primeira cooperativa de criadores de suínos que construiu, igualmente, o primeiro frigorífico) e, 
posteriormente exportacionistas. Para objetivar a seleção foi fundada, em 1907, uma estação de 
teste de suínos em Elscominde. A impossibilidade de exportação formal fortaleceu o 
contrabando, gerando diferentes Landraces (Belga, Suíço, Alemão, etc). 
Características Morfológicas 
- Perfil retilíneo 
- Orelhas tipo Céltica 
- Linha dorso-lombar reta 
- Totalmente despigmentado 
- Pelagem branca 
- Mamas bem constituídas 
10
Características Produtivas 
- Alto rendimento de carcaça 
- Alta percentagem de cortes nobres 
- Algumas linhagens apresentam PSE (principalmente os oriundos do Landrace ou 
Branco Belga). 
- Alto ganho médio diário de peso (GMDP) 
- Ótima conversão alimentar 
Características Reprodutivas 
- Ótima habilidade materna 
- Alta prolificidade 
- Precocidade reprodutiva 
- Machos e fêmeas utilizados em cruzamento
LARGE WHITE 
Origem 
Originária 
do condado de 
York, região norte 
da Inglaterra. Entre 
os anos de 1770-
1780, suínos locais 
foram cruzados com 
animais asiáticos da 
região de Cantão, 
que tinham como 
características 
principais a 
precocidade, 
pelagem escura, 
orelhas curtas e finas, esqueleto fino e pernil pobre. 
O fato de se cruzarem animais distantes geneticamente, determinou um alto grau de 
heterose. Por volta de 1850, alguns suínos da raça Napolitana foram levados da Ilha de Malta 
11
para a Inglaterra, e cruzados com a raça que havia se formado. É provável que os suínos 
Napolitanos tivessem relação genética com estirpes asiáticas, mas em geral, possuíam melhor 
conformação (lombo e pernil). Como conseqüência desses cruzamentos e contínua seleção 
morfológica surgiram dois agrupamentos raciais: Yorkshire e Leicestershire. 
O agrupamento de animais Yorkshire era composto por animais brancos e/ou 
parcialmente pigmentados, com orelhas tipo asiáticas e bom desenvolvimento. O Leicestershire 
foi resultado de 100 anos de seleção e melhoramento, sendo caracterizado pela pelagem escura e 
ter, predominantemente, aspectos morfo e fisiológicos de raças estrangeiras. 
As interações genéticas entre Yorkshire e Leicestershire determinaram o aparecimento 
do Small, Middle e Large White. Este último, por ter qualidades superiores, teve em 1868 
espaço exclusivo na Royal Show. 
Em 1995, o Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves (EMBRAPA/CNPSA), 
relacionou, segundo o valor genético, os 50 melhores machos e as 200 melhores fêmeas. A 
seguir estão listados, por sexo, com suas caracterizações, os cinco melhores de cada grupo. É 
muito importante para o técnico, principalmente com o advento da tipificação de carcaças, 
conhecer o material genético disponível no mercado. 
Características Morfológicas 
- Perfil côncavo - Orelhas tipo Asiática 
- Linha dorso-lombar reta 
- Boa morfologia dos terços anteriores e posteriores - Bons aprumos e membros 
curtos 
- Mamas com boa inserção - Grande perímetro torácico 
Características Produtivas 
- Auto rendimento de carcaça - Ótima qualidade de carcaça 
- Ótima conversão alimentar - Alto ganho médio diário de 
peso (GMDP) 
Características Reprodutivas 
- Ótima habilidade materna 
- Alta prolificidade 
- Precocidade reprodutiva 
- Machos e fêmeas utilizados em cruzamentos
12
WESSEX
Origem: 
Inglaterra. Na 
li teratura, constata-se 
que esta raça é produto 
do cruzamento entre o 
porco preto New Forest 
e o Sussex (que era um 
animal fachado), duas 
raças de porcos 
indígenas ingleses, 
classif icados como t ipo 
bacon.
Pelagem: 
O corpo todo preto, sendo cintado por uma faixa contínua de pêlos 
brancos sobre os membros anteriores e paletas. 
Cabeça: 
Comprida; focinho moderadamente longo e reto; orelhas de tamanho 
médio, com armação para a frente, do tipo célt icas.
Limitações da raça: baixa qualidade de sua carcaça e a grandevariação 
de sua pelagem. 
Características desejáveis: 
Docil idade, rust icidade, fêmeas apresentam boa habilidade materna e 
produção de lei te. 
Registro genealógico: 
13
A Associação Brasi leira de Criadores de Suínos, no ano de 1998, não 
emit iu nenhum registro genealógico para esta raça, tonando-se provável que a 
mesma venha a ser subst i tuída por outra raça que apresente característ icas que 
atendam as exigências do mercado consumidor.
A raça Wessex foi a preferida para a criação em sistema extensivo ou ao 
ar l ivre, que é um sistema pouco uti lizado no Brasi l , fato que contribui para a 
diminuição do número de registros genealógicos.
RAÇAS PATERNAS :
DUROC
Origem 
Esta raça foi 
desenvolvida nos 
Estados Unidos. Parece 
que, no início do 
século XIX, optou-se 
pela padronização dos 
suínos vermelhos de 
New Jersey, 
Massachussets, 
Connecticut , New 
York, entre outros, 
como forma de 
aproveitar as melhores características do material existente. Inicialmente 
denominou-se Duroc Jersey pela associação de duas est irpes mais qualif icadas 
disponíveis: a Duroc e a Jersey. Em 1882 foi criada a Associação de Criadores 
de Suínos Vermelhos, que no ano seguinte, recebeu o nome de Americam 
Duroc-Jersey Swine Breeders Associat ion. As raças Berkshire e Tamworth 
também contribuíram com o melhoramento do Duroc. Até 1915-1920 a raça 
sofreu, como outras, uma “crise de standard”, que com o melhoramento dos 
sistemas produtivos, se definiu e em 1940 passou a denominar-se unicamente 
Duroc. 
14
Características Morfológicas 
- Totalmente pigmentado com pelagem vermelha (com variação de tonalidades - do 
dourado até castanho escuro). 
- Perfil fronto-nasal sub-côncavo 
- Orelhas tipo Ibéricas 
- Lombo arqueado 
Características Produtivas 
- Boa qualidade de carcaça 
- Alto rendimento de carcaça 
- Marmorização da massa muscular 
-Ótima C.A. 
-Alto GMDP 
Características Reprodutivas 
- Média prolificidade 
- Baixa habilidade materna
- Precocidade reprodutiva 
- Somente macho em cruzamento 
- Ótima rusticidade 
HAMPSHIRE
Origem 
É uma das três mais 
criadas nos Estados 
Unidos, merecendo 
atenção por sua 
participação em alguns 
programas de hibridação 
15
de l inhas machos importadas ou desenvolvidas no Brasi l . Foi desenvolvida nos 
Estados Unidos, entre o f inal do século XVIII e o início do XIX, tendo como 
base genética o Essex e Wessex Saddleback. A difusão da raça aconteceu em 
decorrência da I guerra Mundial que estabeleceu o “corn Belt”, e 
posteriormente, os agregados transformadores, principalmente a suinocultura. 
Características Morfológicas 
- Perfil fronto nasal côncavo ou subcôncavo 
- Orelhas tipo Asiática 
- Faixa de pelagem branca despigmentada, de 10 a 25 cm de largura, circundando todo 
o corpo do animal na região das cruzes 
- Animal curto 
Características Produtivas 
- Ótima conversão alimentar 
- Alto ganho médio diário de peso (GMDP) 
- Bom rendimento de carcaça 
- Ótima qualidade de carne
Características Reprodutivas 
- Boa prolificidade; baixa habilidade materna 
- Linha macho utilizada em cruzamentos industriais 
- Resistência aos fatores estressantes
16
PIETRAIN
Origem 
É oriundo de uma 
povoação que lhe deu o 
nome, na província de 
Brabante-Bélgica. Entre os 
anos de 1919 e 1920, foram 
exportados os primeiros 
suínos de forma intensiva. 
Até 1950 o Piétrain não 
alcançou notoriedade. Em 
1953 foi reconhecido com raça em Brabante; em 1954 se estabeleceu o padrão 
racial e, em 1952, foi reconhecida como raça em toda Bélgica. Mas foi na 
França que obteve o bônus racial. Em 1955, importou seletos animais, e já em 
1958, criou a escri ta genealógica que em 1963 se transformou em livro. Daí 
para diante começa a difusão européia e americana. 
Características Morfológicas 
- Pelagem branca despigmentada com manchas pretas ou vermelhas pigmentadas 
- Orelhas tipo Asiática 
- Perfil fronto nasal retilíneo ou subcôncavo 
- Animal “curto e grosso”
. - Excepcional desenvolvimento do terço anterior, o que determinou o pseudônimo do 
“suíno de 4 pernis”. 
Características Produtivas 
- Alto rendimento de carcaça 
- Baixa qualidade da carne das linhagens portadoras do gene de sensibilidade ao 
halotano, ou seja, tem carcaças PSE, fato esse que está determinando a seleção 
unicamente de animais halotano negativos, garantindo carne de boa qualidade. 
- Alto ganho médio diário de peso (GMDP) 
17
- Ótima conversão alimentar 
Características Reprodutivas 
- Fêmea com baixa habilidade materna 
- Somente a linha macho em cruzamentos industriais 
- Desarmonia anátomo-funcional (baixa capacidade cardiorrespiratória em relação à 
massa corporal, e como fator complicador, essa grande massa muscular torácica 
dificulta a total expansão dos órgãos alojados nessa cavidade).
 RAÇAS NACIONAIS 
Foi 
destinado espaço à “genética nacional” pela importância que ela representa na suinocultura de 
subsistência brasileira. Mas é fundamental, a priori, ratificar que “raça nacional” não traduz a 
realidade genética do meio produtivo. 
O que se observa são agrupamentos genéticos de raças estrangeiras, que foram se 
definindo de acordo com os ciclos produtivos brasileiros (cacau, algodão, oleaginosas, etc.). 
O que está bastante claro atualmente, é a perda quase que total dos referenciais 
genéticos de suínos no Brasil. Isso significa dizer que há necessidade de uma ação no sentido de 
resgatar, estudar e preservar esses agrupamentos. Várias experiências, no sentido de 
aproveitamento dessa genética, foram desenvolvidas. Como exemplo estão as raças Sorocaba, 
Moura, Piau, entre outras. 
Características Morfológicas 
- Animais curtos com rugas, papada, tipos de orelhas e de perfis fronto nasais variados; 
18
Características Produtivas 
- Baixo rendimento e qualidade de carcaça 
- Baixo ganho médio diário de peso (GMDP) 
- Baixa conversão alimentar 
Características Reprodutivas 
- Baixas prolificidade e habilidade materna 
- Alta rusticidade 
- Animais tardios 
Principais Representantes: 
- Piau - Canastra 
- Canastrão - Caruncho 
- Nilo - Macau
- Sorocaba - Moura
- Pirapitinga - Junqueira 
- Pereira.
 RELAÇÃO FEMEA X MACHO 
E da proporção de 1 macho x 20 a 25 Fêmeas
 MANEJO REPRODUTIVO MACHO 
(Cachaço,Varrão, Barrão)
Reação do macho quando tem uma Fêmea no Cio por perto:
- Espuma a Boca
- Bate o Queixo
- Urina
19
• 5 a 7 meses  2 coberturas / semana (Porca mais calma) ( com o uso de um cachaço 
mais experiente, para não depender de um reprodutor mais novo) ;
• 8 a 10 meses  4 coberturas / semana;
• > 11 meses  2 coberturas / semana;
MANEJO REPRODUTIVO FEMÊA 
(Marrãn, Leitoas) e (Matrizes, Porcas)
• Reação da Fêmea no Cio :
• Vulva Crescida (Cachimbo Inchado)
• Desinquieta
• Subido em cima das outras fêmeas
• Perca de Apetite
• Secreção Cristalizada (textura de clara de ovo)
• Pode-se utilizar um cachaço mais novo pra identificar o cio e depois realizar o 
teste do reflexo;
• Realizar o Teste Reflexo ( fazer pressão na anca da porca, se ela ficar parada se 
deixar ser montado e ficar com as orelhas em pé, encaminhas para monta;
• O ciclo do cio de um Fêmea e de 21 em 21 dias.
• Tem a duração de 2 a 3 dias.
• Os dois primeiros cios são cios de crescimento, não se deve realizar a monta, pois o 
aparelho reprodutivo da fêmea não este totalmente desenvolvido.
• No 3º cio sim realizar a monta;
• Fêmeas Primiparas (Primeira monta) e Fêmeas após o desmame (entre 5 a 7 dias 
depois do desmame), A migração (deslocamento) dos óvulos e mais rápido :
20
150 a 500 ml de ejaculado
(prazode descanso para renovar o sêmem 3 a 6 hs)
• Sempre realizar as montas nas horas mais frescas do dia, de ao amanhecer (08:00 
hs) ou ao entardecer (17:00 hs); 
• Fêmeas com retorno de cio atrasado (acima de 7 dias após o desmame), A 
migração (deslocamento) dos óvulos e mais Lento : 
 Manejo de Gestação :. 
• Tem a duração de 114 dias.
• Realizado a monta;
21
Hora “0” (zero)
Identificação do cio
12 hs Após a Ident.
1ª Monta
12 hs Após a 1ª M.
2ª Monta
12 hs Após a 2ª M.
3ª Monta
Hora “0” (zero)
1ª Monta
12 hs Após a 1ª M.
2ª Monta
12 hs Após a 2ª M.
3ª Monta
• 21 dias  Observação se a Fêmea der cio :
• Se der cio, voltar essa fêmea com o resto dos amimais e realizar nova monta 
quando der o cio. Se não tiver Gestação positiva em três montas descartar essa 
fêmea;
• Se NÂO observar o cio após is 21 dias Gestação positiva;
• 30 dias  essa fêmea deve ser separada das outras fêmeas ao 30 dias de gestação, 
para se evitar acidentes (briga ente animais) e perder essa Gestação;
• 107 dias  Levar essa Fêmea para a maternidade (Baia individual ou gaiola de 
gestação). Dar um banho antes, com sabão e solução desinfetante (a base de iodo) 
para se evitar contaminações. E vermifugar essa fêmea (Proverme ou utilizar folha 
de mamão);
• 111 dias  10g de Purgante Salino ou Salamargo, 3 dias antes do parto e 3 dias 
depois, para limpar o organismo (fezes compactadas) e expulsar a Placenta após o 
parto;
• 114 dias  Jejum de alimento, fornecer água a vontade; 
 Reações : - Querendo fazer ninho
Inquieta ( Levanta ⇔ Deita )
Barriga desce
Fuçar o chão
Passar mão no úbere e sair leite ( no maximo me 1 hora nasce o 1º 
leitão)
 Manejo durante o parto : 
• - Após estourar a Bolsa Placentária, so após 25 min e não ter saído nem um leitão 
deve-se preocupar;
• - Únicos 2 momentos que se pode haver a interferência no meto do parto :
Quanto se nota que a matriz não esta tendo força pra fazer 
(contração uterina) pra se colocar o leitão pra fora. Utiliza-se 2 
ml Ocitocina e 10ml de Cálcio, para ajudar na contração por via 
INTRAVENOSA.
Se o leitão estiver atravessado (parto distosico), primeiro deve-se 
fazer essa matriz levantar pois esse leitão pode se colocar na 
posição certa só com esse procedimento; Se não tiver como ai 
calças uma luva de toque e colocar esse leitão na posição certa. 
22
Logo após aplicar antibiótico Gentrin 50 (ver indicação da bula) 
e fazer uma infusão uterina com uma mangueira e uma seringa 
dentro do útero ( não aplicar Terramicia pois seca o Leite).
 MANEJO DOS LEITÕES (DO NASCIMENTO AO ABATE) 
• Do nascimento : 
 Utiliza-se pra essa operação :
Papel tolha (Não se deve utilizar pano 
evitando a contaminação)
Barbante de algodão
Tesoura desinfectada
Solução de Iodo a 5%
 Se pega o leitão pelas patas traseiras e desobstruir as vias aerias (Boca e narinas pra que o 
leitão respire);
 Realiza-se a cura do umbigo :
Fazer um amarrio cerca de 2 a 
3 cm da barriga do leitão;
1 a 2 cm do amarrio realizar o 
corte com a tesoura
Realizar a cura do umbigo com 
a solução de Iodo a 5% 
(Cicatrizante e 
Desidratante), mergulhando 
todo o Umbigo na solução.
 Colocar o leitão pra mamar logo após. Os menores na tetas Peitorais e os leitões mais 
desenvolvidos nos tetos a Abdominais. A imunidade passiva do leitão se dá via 
colostral, sendo diretamente proporcional à ingestão e absorção de colostro. A 
permeabilidade intestinal e a produção de anticorpos se reduzem drasticamente já nas 
primeiras 24 horas de vida para as principais imunoglobulinas.
 O leitão só marca o teto após 3 dias de nascido :
 Receita caseira de Colostro :
 Ensinar os leitões entrarem o escamoteador :
23
 Caso o leitão esteja mole parecendo sem vida, mas o cordão umbilical ainda pulsa (tentando 
respirar) tem que se fazer uma reanimação : pegando o leitão pelas duas patas traseiras 
e as duas dianteiras e abrir e fechar, fazendo a musculatura contrair o pulmão. 
Utilizando a parte de cima de uma garrafa pet, faz-se um “boca a boca”, colocando a 
cabeça do leitão na garrafa e soprando levemente.
 •
2º dia de nascido :
 Corte das Presas, rente a gengiva do leitão, tendo cuidado pra não pra não machucar a 
língua nem as gengiva dos leitões. ( essa operação e realizada para se evitar 
machucados nos tetos da matriz). leitão nasce com 8 dentes (4 caninos e 4 incisivos) 
extremamente pontiagudos. Até 72 horas após o nascimento cada leitão definirá sua 
teta. Nessa definição as disputas pelas melhores (peitorais) levam a lesões peri-orais 
24
COLOSTRO CASEIRO
1,0 lt de Leite de vaca +
250 ml de nata +
1 colher de sopa suco de limão +
2,0 g de Terramicina
Aquecer a 36º C e dar na Chuquinha
contundentes. Além disso, não tão comum quanto no caso anterior, poderão provocar 
lesões mamárias comprometendo a secreção e/ou produção láctea. Para evitar tais 
circunstâncias é recomendado, em criações médias e grandes, o corte dos dentes com 
um alicate 8 a 10 horas após o nascimento. Deve-se ter cuidado para não lesionar a 
gengiva e não deixar pontas.;
 a calda (só e utilizado quando esta prezo 
em baias), corta-se a calda no seu 
terço final. 2 dedos antes da 
vasourinha da caldado leitão. Utiliza-
se cauterizar e a cura com a solução 
de Iodo. É uma prática muito comum 
difundida em médias e grandes 
criações. Sua justificativa 
fundamenta-se na maior prevalência 
de canibalismo em animais não 
caudectomizados parcialmente. Muitos autores não consideram essa hipótese por 
entenderem que o canibalismo é uma síndrome que teria, como uma das muitas 
possíveis causas, a irritação provocada pela vassoura da cauda. Mas ela por si só não 
desencadearia o processo . Se recomenda adaptar à prática ao modelo e tamanho de 
exploração. Se o programa de manejo da granja definir como necessário fazer 
caudectomia parcial, procedê-la 8 a 10 horas após o início do parto. O processo é 
simples: com o mesmo alicate utilizado para o corte dos dentes, desinfetado, faz-se o 
esmagamento do terço final; a isquemia determinará a queda do terço final rapidamente 
sem hemorragias.
 Aplicação de Ferro : a reserva de 
ferro no organismo de leitão e 
mínima e a porca tem o leite fraco 
em teor de ferro (Subcutania) :
0,5 ml – 2º dia de vida
1,0 ml – 10º a 12º dia de vida
1,5 ml – 20º ao 22º dia de vida 
25
Brincos
Tatuagem
Método Australiano
 Aplicação de Cálcio (Subcutânea)  2 ml;
 Identificação : Criações para a produção de reprodutores e indústrias (opcional por lotes ou 
dias de nascimento) devem identificar os animais. O método mais usado é o 
Australiano, que consiste numa associação de furos e piques nas bordas das orelhas. 
Pelo método é possível alcançar o úmero máximo de 1599.
 P
esagem e realizada por leitegada, pesados junto e dividido pelo numero de leitões da se 
a media da leitegada ;
 Transferência de Leitões : A transferência de leitões é, sem dúvida, a prática mais 
dependente desta forma de manejo. A transferência pode ser unilateral ou cruzada. A 
primeira ocorre em caso de morte da mãe, hipo ou agalactia, refugo dos filhos ou 
26
pequena leitegada. A segunda, em equalização de leitegadas por peso, sexo ou em 
leitegadas numerosas. O sucesso de ambas se relaciona à precocidade com que são 
realizadas: quanto mais novos os leitões maior é a aceitação pela mãe adotiva. A 
sobrevivência do leitão está relacionada com o peso ao nascer A identificação do filho 
pela mãe é feita pelo cheiro. Recomenda-se, então, mascarar essa característica dos 
leitões misturando e mantendo-os fechados por 30 minutos no escamoteador. Esse 
processo pode ser aprimorado combanho odorizante em baixa concentração (creolina, 
por exemplo). Outra forma, ou complementaria a anterior, é fechar os leitões por 3 
horas; esse tempo sem sucção levará à repleção mamária determinando dor e 
desconforto à mãe que aceita facilmente os leitões. Apesar de referência garantir que as 
transferências são conseqüentes até 72 horas, dê preferência de 24 a 36 horas.
• 10º ao 12º dia de nascido : 
 Castração : Castração é a prática de manejo de 
caráter cirúrgico realizada com o objetivo de 
evitar a venda de carnes de animais inteiros 
ao consumidor, devido ao odor e sabor 
desagradáveis que não são eliminados, nem 
destruídos pela cocção ou processo de 
industrialização. A castração dos leitões 
destinados a terminação pode ser realizada 
em qualquer idade, porém existem certas 
vantagens que favorecem a castração nas 
primeiras semanas de vida. Entre elas, citam-se:
 Os leitões estão confinados e são mais acessíveis;
 Pouca mão-de-obra: uma pessoa para conter o leitão e outra para realizar a 
castração;
 Facilidade da operação;
 Ocorrência de hemorragia é rara;
 Cicatrização rápida e inexistência de risco ou complicação na operação;
 Menor chance de ocorre infecção e, sobretudo, perdas totais por morte;
 O estresse para o leitão é menor; e
 Quando morrer um leitão castrado nesta idade, a perda econômica é menor do 
que quando morrer um leitão mais velho.
27
 Aplicar anestesia em amimais adultos (errados) antes de se realizar a 
castração ; 
 Sempre amarrar a antes de efetuar o corte dos Bagos para de evitar a 
sangramento do animal, em amimais com as veias mais grossas ;
 Maneiras de se castrar :
 Raspar o cordão ;
 Arramar com barbante (desinfetado com álcool ou 
iodo) e depois cortar ;
 Torcer ;
 Arrancar (Empurrar o liquido do cordão pra dento e 
depois puxar ate arrancar ;
 Anel de castração ;
 Seringa (retirar o liquido);
• Desmame : 
 A separação dos leitões da mãe interfere, principalmente, de três formas diferentes: 
nutricional, afetiva e imunológica. O sucesso da desmama condiciona os resultados 
técnicos econômicos de qualquer criação.
 As criações brasileiras com fins comerciais desmamam os leitões com idades que variam de 
21 a 35 dias. É usual, quanto mais tecnificada a criação, menor o tempo de lactação. Os 
melhores resultados foram com idades de 20 a 28 dias.
 Retira-se a mãe e deixa-se a leitegada, também retira-se a água por 6 horas evitando 
diarréia.
• Creche : 
 Existe uma máxima em suinocultura que diz “se não alimentar o leitão imediatamente após 
a desmama mata, se alimentar mata do mesmo jeito”. Isso mostra a sensibilidade do 
momento e os cuidados, principalmente alimentares. Na creche fornecer ração limitada 
até 5 dias após a desmama. O excesso de alimentação pode determinar sobras 
substanciais de nutrientes no intestino delgado oportunizando substrato à multiplicação 
de E.coli. Esse quadro pode levar a transtornos intestinais graves com altas morbilidade 
e mortalidade. 
 É importante a observação na creche, ainda, do número, tamanho e sexo dos animais ao 
colocá-los nas baias. Faz-se necessário cuidados permanentes de higiene e limpeza das 
instalações.
28
 - Vermifugar os leitões com vermífugo em pó (Proverme) na ração ou na água, ou com 
produtos caseiros (Erva Santa Maria + semente de abóbora).
• Crescimento e Engorda : 
• Crescimento e Engorda : 
• Processo de Abate 
ABATE TRADICIONAL ;
 Local lavar com Creolina (tirar o cheiro se sangue do local) ;
 Deixar o animal 6 horas antes do abate em jejum Hídrico sem alimentação sólida ; 
 Banho de água fria (para realizar uma limpeza e acalmar o animal ;
 Atordoamento com marreta ou cabo de machado ;
 Sangria rápida ;
 Pelar com água quente e/ou sapecar com fogo ;
ABATE INDUSTRIAL ( FRIGORIDICO ) ;
29
30 dias
5 a 7 Kg
70 aos 75 dias
18 a 22 kg
105 aos 110 dias
40 a 50 kg
70 aos 75 dias
18 a 22 kg
150 aos 180 dias
90 a 100 kg
105 aos 110 dias
40 a 50 kg
Os matadouros frigoríficos possuem um conjunto de técnicas que vem sendo cada vez 
mais aprimoradas no abate de animais. Basicamente consiste no transporte dos animais, através 
de veículos próprios, dos locais onde são criados paras os matadouros-frigoríficos. Após o 
desembarque, os animais são armazenados em currais de descanso, aguardando o manejo para o 
abate. Este manejo consiste na condução dos animais desde o curral de descanso passando pela 
rampa de acesso até a sala de abate, onde estes serão postos em estado de inconsciência 
(insensibilização) para posteriormente ser realizada a sangria (corte ou perfuração das artérias 
do pescoço do animal para a saída do sangue)
 MANEJO ALIMENTAR 
 ALIMENTOS :
 ENERGETICOS  Abaixo de 20% de proteína
 PROTEICOS  Acima de 20% de Proteína
 ALIMENTOS ENERGÉTICOS
 Milho (9% PB)  (Triturado) ate 80% da ração
o Silagem  Imprópria por ser muito volumosa (alta fibra).
o Sabugo  não deve ser usado para aqueles com menos de 35 kg.
o Palha  5 a 8% na ração
o Planta inteira, seco e moida  ate 30% na ração.
o Glúten (40 a 60% PB)  ate 15% na ração (Substituído outras fontes 
Protéicas), em quantidade elevada, tona o toucinho mole.
 Casca de Soja (11% PB)  ate 10% na ração
 Casca de Algodão (3% PB)  5% na ração
 Farelo de Sorgo (9 a 13% PB)  
 Farelo de Trigo (16% PB)  a adição de ate 10% à ração faz aumentar o consumo e a torna 
3 a 6% mais eficiente. O farelo mais grosso, de 10 a 25%, é especialmente indicado 
para porcas parideiras, antes e depois do parto, pelo benefícios efeito laxativo.
 Trigo (Grão) (10 a 17% PB)  ate 50% na ração
 Arroz (7,3 %) :
 Farelinho (13 a 15% PB)  25 a 30% na ração, Acima disso pode 
provocar diarréia em leitões novos e toucinho mole nos animais em 
30
terminação; Ate 30 a 40% na ração na fase de terminação níveis mais 
baixos devem ser usados.
 Grão (7,3% PB)  10 a 40 % na ração.
 Quirera ou Quebrado  ate 10% na ração, toucinho firme.
 Grão com casca (Semente) :
o Suínos de criação  10 a 40% ração, substituindo uma parte 
do milho, geralmente 20%, ate o limite de 50%.
o Suínos de terminação  30% da ração, toucinho firme.
 Milheto (Triturado)
 Mandioca (25% PB)
 Tanto a rama quando a parte aérea, ter o cuidado de secar por 24 a 72 horas 
dependendo da região, por causa da alta concentração Ácido Cianídrico. 
 Servir Triturada.
o Crescimento e Cachaço  20 a 30% na ração
o Porcas em Reprodução  15 a 30% na ração
o Engorda e reprodução  ate 50% da ração
 Batata Doce (2,18% PB)  até 2 a 3kg dia por animal adulto, Leitões ate 1,5kg por animal.
 Pode ser servida seca, crua ou cilada. 
 Único problema alta formação de gazes no suíno.
 Cana-de-açúcar
 Triturada  na ração ate 30% (pedaços menores, Gomos)
 Garapa  Sempre fresca (evitar a fermentação)
 Picada  Sempre fresca (evitar a fermentação)
- Bagaço  Não deve ser dado, pois tem alto índice de fribas.
- Melaço  ate 20% na ração.
- Melaço em pó  ate 2% na ração.
 Palma (16 a 18% PB)  ate 20% na ração
 ALIMENTOS PROTEICOS
 Soja  30% na ração
 Farelo de soja  30% na ração
 Soja (Grão) :Pode ser o única fonte protéica de porcas em gestação, 
mas não em lactação. O Farelo cru provoca redução superior a 50% na taxa de crescimento e 
superior a 40% na eficiência alimentar de leitões; o efeito é diluído com o crescimento, ficando, 
no total, em 22 e 19%, respectivamente.
 Cozinhar por 30 minutos e secar
31
 Torrado por 10 a 25 minutos ; Servir na ração de 15% a 20% para 
amimais de 45 kg acima.
 Algodão (41 a 43% PB)  9 a 10% na ração ou 25 a 30% do suplemento protéico.
 Torta de Mamona (37% até 50% PB)  10% a 15% na ração (Suplementar com lisina e 
metionina)
 Girassol ( Farelo) (28% ate 40% PB)  até 15% na Ração
Girassol (Grão) (40% a 42% de PB)  7% a 10% na Ração
 Amendoim (45% PB)  de 5 a 10% na ração
 Crescimento  15 a 20% na ração
 Engorda  10 a 12% na ração
 Feijão (Grão) (20 a 25% PB) : Cru  ate 20% na ração triturado
 Feijão quebrado, carunchado, estragado
 Cozinhar por 20 minutos e secar – Ate 50% da ração pra animais acima de 50kg PV
 Ou tostar por 10 a 20 minutos  Servir na ração 15%.
 ALIMENTOS ALTERNATIVOS
 Capim ou Grama (Derruba velho) 
 Estrela
 Africana
 Quicuia
 Bremuda 
 Cross cross
 Batatais
 Leguminosa (Leucena, Estililosante)
 Verduras (Chuchu, Tomate, Cenoura, Abóbora, ...)
 Frutas (Goiaba, Manga, Abacate, Mamão, ...)
 Coco (Macaúba, Baru, Bacuri, entre outros)
 Guariroba
 Palma
 Soro do leite :
 Soro de laticínio, cuidado com a contaminação do soro com soda e ácido 
(usado pra limpeza e lavagem das tubulações do laticínio ;
 Receita caseira de Soro :
32
SORO DE LEITE
 ALIMENTOS NAS FAZES DE CRIAÇÃO
• Cachaço  1,0 kg a 2,0 kg / dia ... servir duas vezes ao dia pra haver uma boa 
absorção da alimento ;
• Matrizes Vazias  1,0 kg a 2,0 kg / dia ... servir duas vezes ao dia pra haver uma boa 
absorção da alimento ;
• Matrizes Gestantes ... servir duas vezes ao dia pra haver uma boa absorção da 
alimento ;
 3 dias antes da cobertura (Monta)  2,0 kg / dia ;
 Ate aos 30 dias  1,8 kg ate 2,2 kg / dia ;
 Dos 30 ate os 80 dias  2,2 kg ate 2,8 kg / dia ;
 Dos 80 ate o 15 dias antes do parto  3,0 kg ate 3,2 kg / dia ;
 15 dias antes do parto ir diminuído a ração ate o dia do parto ficar em Jejum 
Hídrico (Só Água);
 Após o parto  a vontade. Depois media de 2,0 kg + 0,300 g por leitão nascido;
• Leitões  servir duas vezes ao dia pra haver uma boa absorção da alimento ;
33
0,75 kg / ração / dia8 a 15 kg
1,5 kg / ração / dia16 a 22 kg
2,5 kg / ração / dia23 a 60 kg
3,5 a 4,5 kg / ração / dia60 a 100 kg
 DOENÇAS NOS SUINOS
• DIARREIA (Tifo / Tifose Suína / Enterite Infecciosa)
Sintomas : 
Observa-se diarréia amarelada, febre. E na necrópsia, congestão e inflamação 
do intestino, alimento não digerido e grande quantidade de líquido não absorvido.
Medicamentos :
Via Oral (Preventivo) Injetavel (Tratamento)
- BAYTRIL PIG DOSER - BORGOL
- TRIBISSEN - FLOTRIL
- CHEMITRIO - TRIMOXIL
- PENTABIOTICO - CURSOVET
- NUFLOR
- CURSONEGRIL
- EUROTEC 5 PIG
- AURION
- NORFLOMAX
- SULFENOL
• PNEUMONIA SUINA
 Sintomas :
Os sintomas típicos do estágio muito agudo são aparecimento repentino de 
animais gravemente doentes em uma ou mais baias, febre alta (41,5 C), sintomas 
respiratórios distintos, dispnéia, respiração pela boca, posição sentada, descargas 
espumosas manchadas com sangue através da boca e das narinas e pele cianótica. A 
forma crônica desenvolve após o desaparecimento dos sintomas agudos. Os animais tem 
tosse espontânea ou intermitente, perda de apetite e queda na taxa de crescimento. Em 
rebanhos com infecções crônicas muitas vezes há animais que estão doentes 
subclinicamente, cujos únicos sintomas observados são tosse, perda de crescimento e 
pleurite na linha de abate.
34
 Tratamento :
- BAYTRIL
- FLOTRIL
- TRISSULFIN ( Injetável )
- SULFAMAX ( Injetavel )
- TRIBISSEN
- NORFLOMAX ( PÓ )
- TORMICINA
- QUINOTRIL
- OXIPLUS
• INTOXICAÇÃO
 Sintomas :
A intoxicação clássica caracteriza-se por dores abdominais agudas, diarréias 
com náuseas e febre e vômitos raros. Os sintomas aparecem de 8 a 12 horas após 
ingestão do alimento contaminado. Baixa no consumo de ração por causa da 
deterioração do fígado, que fica inchado; Perda da carcaça (aumento do peso do fígado 
em relação ao peso do animal); Influência direta na conversão alimentar do animal.
 Tratamento :
- ANTOXICO + Purgante Salino ou Salamargo
- ANTITOXIL
- MERCEPTRON ORAL
- HEPATOX
- ANTI-TOXICO UCB
- BANAMINE
- BIOXAN
• INFECÇÕES GENITURINARIAS
Dentre alguns sinais de uma possível infecção geniturinária, podemos citar alterações 
no aspecto da urina (como presença de sangue e pus) e na freqüência para urinar (aumentada, 
35
diminuída ou ausente), presença de corrimentos vaginais, relutância de macho ou fêmea para a 
cobertura, relutância da fêmea para a inseminação, abortamentos, etc.
 Tratamento :
- BAYTRIL ( Injetável )
- AMPICILINA
- ESTREPITORMICINA
- OXIVET
- FLOXIVET PLUS
• ARTRITE
 Sintomas :
As áreas afetadas apresentam-se inflamadas, com articulações (juntas) inchadas, 
com volume aumentado, com presença de exsudato, que pode ser seroso, sanguinolento, 
seropurulento e ou purulento, os animais apresentam-se com andar difícil, claudicante, 
andando como se estivessem com as pernas engessadas, apresentam desenvolvimento 
retardado, as vezes perda de peso, inapetência, e ainda temperatura elevada, mas o 
grande comprometimento das artrites, dependendo do agente causador, são as 
complicações secundarias, como: pneumonia, onfalite, endocardite, e outras; 
reprodutores podem ainda apresentar impotência coeundi. 
 Tratamento :
- ESTREPTOMAX
- ESTREPTOMICINA
- AGROVET PLUS
- PENCIVET PLUS
- BIODEX
- OXITETRACICLINA 50% PS
- ALGIVET
- BACTROSINA
• INFECÇÃO URINARIA
 Sintomas :
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Os sinais clínicos inespecíficos apresentados pelos animais com IU são: apatia, 
perda de peso, alterações na pele e dificuldade para levantar, permanecendo pouco 
tempo em pé e trocando constantemente de membro de apoio. Em geral, consideram-se 
como principais sinais clínicos relacionados com o aparelho urinário: a) descarga vulvar 
(mucóide, muco-hemorrágica ou purulenta), geralmente observada no final da micção; 
b) presença de descarga vulvar ressequida nos lábios vulvares, cauda ou re gião 
adjacente; c) alterações nas características físicas, químicas e bacteriológicas da urina 
tais como hematúria, leucocitúria, epiteliocitúria, proteinúria e bacteriúriasevera.
 Tratamento :
- Fazer o animal urinar mais vezes.
- TRIBISSEN
- TRIMOXIL
- NORFLOMAX
- ESTREPITOMICINA
- CHEMITRIL ( 10% ou 2,5% Injetável)
- AMPICILINA UNIVETE 2g (Injetável)
• PROBLEMAS DE CASCO
São alterações na estrutura interna ou 
externa dos cascos que poderá ter origem 
traumática e ou infecciosa, que levam os 
animais a claudicação e conseqüente descarte. 
 Sintomas :
Principais causas das lesões 
nos cascos  Pisos, novos, ásperos, 
lisos, com buracos, irregulares, com 
poças de água, úmidos. Ripados, 
quebrados, vãos largos, irregulares altos e baixos. Áreas de piquetes com pedras, 
buracos, poças d'água, áreas muito íngremes, corredores esburacados e com muito 
desnível. 
37
As lesões nos cascos, principalmente os posteriores, dependendo da gravidade 
pode comprometer a qualidade das montas, e até tornar o reprodutor incapaz de realiza-
la; nas fêmeas devido a dor, observamos uma ocorrência maior de leitões esmagados na 
maternidade, em função da dificuldade que as matrizes com lesões de cascos, tem para 
se deitarem; menor produção de leite, fêmeas magras (inapetência), abortos, 
infertilidade e descartes. 
 Tratamento :
- KROMA CASCO
- FORMOPED
- CASCOMIX
- MIOSTAL
- UMBICASCO
- UNGUENTO VASIL PLUS
- TRIBISSEN
- TANIDIL / LARVIDIL / BOMFIN PÓ
- Adotar o uso de pedilúvio, com um colchão de espuma com 5 cm de 
espessura, da largura do corredor e com pelo menos 1,5 metros de 
comprimento, usando a seguinte solução (Passando todos os animais de 
reposição, ou com problemas de cascos pelo menos 2 a 3 vezes por semana 
por este pedilúvio) : 
100 ml Formol a 40%
100 gr. Sulfato de Cobre 
100 gr. Cal Hidratado 
700 ml. Água.
- Pedilúvio EM PASTA : 
20 Lt. Água
1 Kg Sulfato de Cobre 
1 Lt Formol Comercial
8 Kg Cal Hidratado
- Pasta para curar feridas no casco : 
200 gr. Oxido de Zinco
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200 gr.Sulfato de Cobre 
200 ml Formol Comercial
2 Kg Cal Hidratado
• SARNA
A sarna dos suínos causada pelo Sarcoptes scabiei var suis, tem sido um problema para 
os produtores de todo mundo. Está presente nas criações a menos que tenham sido tomadas 
medidas para sua eliminação, aumentando na medida em que são empregados os métodos 
intensivos de produção. 
 Sintomas :
Os acaruses de Sarcoptes por meio de seus hábitos nutritivos e a escavação da 
pele, causam uma irritação e um picor grandes e produzem os ferimentos com os 
exudates esses scabs originando ascendentes secos. O inflammation contínuo da pele 
vai unido ao proliferation do weave subcutaneous do conjuntivo. A pele thickened e 
inflamed pode ser rachada, causando as feridas profundas que podem ser contaminadas 
com as bactérias. Os porcos afetados são ansiosos e são rascan e riscaram 
continuamente. A peça interna das orelhas torna-se inflamed e transforma-se escamosa. 
O Sarcoptes perfura normalmente a pele da cabeça, das orelhas, da parte traseira, e da 
garganta. Nos infestaciones severos, os ferimentos da pele podem ser estendidos por 
todo o corpo.
 Tratamento :
- BIOCID
- BIOFOR
- IODOFOR
- SARNAVET
- DECTOMAX
- IVERMECTINA
- IVOMEC
- RANGER
- TRICLOVET
39
- DRAXXIN
• CONJUTIVITE
 Tratamento :
- TERRACOTRIL (Bater a 10 a 15 cm do olho do animal)
- NEOTOPIC (Bater a 10 a 15 cm do olho do animal)
- PREDET
- KERAVIT
- DEXAMAX
• PNEUMOENTERITE DOS SUÍNOS ( BATEDEIRA )
É uma doença infecciosa que ocorre entre cinco semanas a quatro meses. O suíno pode 
apresentar a forma aguda onde se observa morte súbita ou acompanhada de enfraquecimento, 
dificuldade de locomoção e manchas avermelhadas na pele, principalmente orelha e barriga. Já 
na forma crônica, o que mais chama atenção é a febre, dificuldade de respiração, falta de apetite 
e diarréia líquida, esverdeada ou amarelada ou sanguinolenta e com mau cheiro. A enfermidade 
pode causar grande perda de animais e aqueles que sobrevivem se tornam refugos. O suíno se 
infecta através de alimentos contaminados ou pela introdução no plantel de outro suíno 
portador, que em situações de stress, passa a eliminar a bactéria. O controle da enfermidade 
deve ser feito através de rigorosas medidas tais como: vacinação nas fêmeas no último mês de 
gestação e, nos leitões, aos sete dias de vida com revacinação no décimo quinto dia. Higiene e 
desinfecção das instalações, separação e tratamento dos animais doentes, evitar o excesso de 
animais numa mesma baia, evitar juntar animais de fora da propriedade com os de dentro sem 
antes fazer uma quarentena. 
 Tratamento :
- TETRABIOTICO (Antibiótico, antiinfeccioso e balsâmico)
- OUROTETRA PLUS L.A. (antibiótico e anti-inflamatório)
- TALCIN MAX
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- MOGIPEN
• DOENÇAS REPRODUTIVAS
☻ MÁ FORMAÇÃO 
☻ CRIPTORQUIDA (UNILATERAL E BILATERAL) (RONCOI)
☻ BRUCELOSE
☻ PARVOVIROSE
☻ RINITE ATROFICA (ESPIRADEIRA)
☻ PROLAPISO RETAL EM SUÍNOS (HEMORROIDA) 
☻ NATIMORTOS ( NASCE MAS MORRE ATE O 5º DIA)
☻ MUMIFICADOS (NASCE MORTO)
☻ ERISIPELA
• OUTRAS DOENÇAS
☻ CISTICERCOSE (SOLITARIAS, CANJIQUINHA OU PIPOQUINHA)
☻ MMA ( MASTITE / METRITE / AGALACIA)
☻ AFTOSA 
☻ ABCESSOS
☻ ANEMIA (CARCAÇA/ RINS)
☻ HERNIA ( VENTRAL / ESCROTAL / UMBILICAL) 
☻ DERMATITE HEMORAGICA POR ATRITO
☻ LEPSTOPIROSE ( RATO)
☻ ASCARIDIASE ( LOMBRIGA DE PORCO)
☻ BOTULISMO
☻ RAIVA ( MORCEGO)
☻ TOSSE SECA ( VERME NO PULMÃO)
 HIGIENE E PROFILAXIA 
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A sanidade ou saúde é um dos pilares de sustentação da produção intensiva de suínos, uma vez 
que objetiva diminuir riscos e reduzir custos, e para tanto exige medidas de biossegurança, programas de 
vacinação, medicacõs profiláticas, programas de limpeza e desinfecção, entre outros. 
Para uma boa manutenção ambiental, mantendo o nível de contaminação ambiental sob controle, 
é necessária a adoção de um programa de limpeza e desinfecção da granja, garantindo um sistema mais 
eficiente e lucrativo.
Algumas práticas simples podem ser adotadas como evitar presença de fezes no piso, de leitões 
doentes junto com os sadios, de cadáveres não enterrados, instrumentos de trabalho sujos e contaminados 
como tesouras, alicates, pás, carrinhos...e instituir a utilização de roupas e botas exclusivas para uso na 
granja, diminuir ao máximo o contato dos funcionários da granja com outras criações, limitar o número 
de visitantes na granja e, quando o tiver, instituir o banho e a troca de roupa das visitas.
Estas medidas não irão impedir totalmente o risco da ocorrência de doenças, mas o minimiza 
significativa-mente.
A monitoria de insumos como água, ração, vacinas é importante também para prevenção de 
agentes não desejados na granja, evitando o uso de rações mofadas, água suja ou quente, e medicamentos 
com prazo de validade vencido ou armazenados de forma incorreta.
Essas práticas de monitoria, limpeza e desinfecção trarão benefícios ao criador não só na 
melhoria da performance e na produtividade, mas também na redução de gastos com medicamentos, de 
animais refugos e de doenças como diarréias, problemas de pele e respiratórios e com parasitas.
Limpeza
A limpeza consiste na remoção dos detritos acumulados nas instalações, visa fundamentalmente 
reduzir a carga de contaminação microbiana e minimizar o contato dos animais com um excesso de 
matéria orgânica (seca ou úmida) o qual potencialmente aumenta o risco da veiculação de agentes 
patogênicos aos animais. A limpeza prévia é um passo essencial ao sucesso dos programas de 
desinfecção.
A limpeza pode ser subdividida em limpeza seca e limpeza úmida. Quando se limpa uma 
instalação deve-se iniciar pela limpeza seca a qual se caracteriza pela retirada de cama, de restos de ração, 
do esterco, da sujeira impregnada no piso e paredes e nas baias. Em muitas granjas, antes da limpeza tem-
se por norma umedecer as diferentes partes da instalação com água ou com uma solução de detergente, o 
que além de facilitar a limpeza reduz o tempo gasto para tal.
Os detergentes utilizados na limpeza são substancias que tem ação umedecedora e surfactante 
que quando adicionados a água reduzem a tensão superficial aumentando a capacidade de penetração da 
água e o poder de remoção da sujeira aderida no piso nos equipamentos, piso e paredes de uma instalação. 
Além disto eles tem efeito emulsionante dissolvendo e, sobre tudo, saponificando as gorduras, impedindo 
que as mesmas voltem a se depositar sobre as superfícies. 
A velocidade das reações de um detergente podem ser aumentada pelo calor. Muitas vezes, na 
limpeza úmida com água quente à pressão, o fato de se realizar mudanças em alguns fatores tais como 
pressão, débito e temperatura da água não são, por si só, suficientes para realizar-se uma limpeza de boa 
qualidade. Através da adição de um detergente à água quente pode-se melhorar em muito a qualidade da 
limpeza.
Soluções de detergentes podem ser utilizados de duas formas:
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☻ Sob forma de solução na concentração de 0,3 a 3,0%, a ser aplicada através de jato de água 
quente sob pressão.
☻ Aplicando os em altas concentrações, com auxilio de um balde ou regador diretamente sobre o 
que se deseja limpar. Neste caso, após um tempo de ação de até 20 minutos, enxágua-se com jato 
de água para após 30 minutos eliminar a sujeira com água sob pressão.
Esta forma de aplicação requer mais tempo que a anterior. A mecanização da limpeza úmida 
com jato de água fria ou quente sob pressão humanizou e dignificou a função de quem limpa, pois com 
alta pressão combinada com temperatura elevada e aditivos (detergentes) a sujeira ressecada ou 
encrostada são facilmente removidas sem que a pessoa entre em contato com o material. As vantagens da 
limpeza com jato de água quente sob pressão são:
☻ Baixo custo
☻ Redução do tempo de lavagem
☻ Redução do número de pessoas necessáriaspara fazer a limpeza
☻ A qualidade da limpeza é boa
☻ Com o jato de alta pressão limpa-se inclusive os lugares de mais difícil acesso
☻ Prepara a instalação para uma desinfecção eficaz
☻ O mesmo aparelho pode ser utilizado tanto para desinfecção e pintura das instalações com cal 
como limpeza e desinfecção das partes desmontáveis da instalação
A pressão de impacto da água sobre o objeto a ser lavado depende dos seguintes fatores:
☻ Pressão do aparelho : A pressão de impacto para lavagem de pisos e paredes é de 1 a 10 bares e 
para lavagem de equipamentos de 0,6 a 1 bar.
☻ Ângulo de abertura do jato : A medida que aumenta o ângulo do jato a pressão de impacto 
diminui. Para uma boa limpeza de instalações sem animais recomenda-se um ângulo de até 25o; 
para limpeza de instalações com animais o ângulo pode ser de 50 a 80o.
☻ Distância entre o bico de saída do jato e o objeto : Para uma boa limpeza a distância ideal entre o 
bico de saída do jato e o objeto esta entre 10 e 30 cm. Quanto maior esta distância menor será a 
pressão de impacto.
Para uma boa limpeza o débito mínimo deve ser de 400 litros/hora e o máximo de 3.000 
litros/hora. No caso de valores menores de 400 litros/hora o jato facilmente é pulverizado e a força 
mecânica exercida por ele é muito baixa sendo seu efeito de limpeza muito baixo. No caso de valores 
acima de 3.000 litros/hora a força de recuo dificilmente é suportada pelo operador e em pouco tempo o 
acúmulo de água na instalação é grande. 
Uma boa limpeza é muito difícil de ser realizada somente com água fria uma vez que, por 
exemplo, a eliminação de películas de gordura sobre o piso ou em paredes é praticamente irrealizável. 
Quando se utiliza água quente para limpeza pode-se reduzir o tempo gasto nesta atividade, em relação à 
água fria, de 40 a 60%. O efeito da água quente pode ser melhorado quando se adiciona à água quente um 
detergente. Com relação a água quente podemos distinguir os jatos em:
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☻ Jato de água quente : A água atinge no máximo 100oC e o jato tem forte efeito mecânico o que 
facilita o desprendimento e a eliminação de sujeira. A mesmo tempo parte da temperatura da 
água é transmitida ao objeto que esta sendo limpo.
☻ Jato de vapor : Sob pressão a água , em forma de vapor, atinge até 140oC e seu poder de 
penetração nas ranhuras existentes principalmente em pisos é maior do que da água quente.
Considerando estes fatos, para uma lavagem eficiente, recomenda-se por exemplo ao lavar o piso de 
uma instalação utilizar inicialmente o jato de água quente com detergente e posteriormente passar um jato 
de vapor de água.
Desinfecção
A desinfecção consiste no controle e/ou eliminação de microorganismos indesejáveis de 
materiais inanimados limpos, através de processos químicos ou físicos, que atuam sobre a estrutura ou do 
metabolismo destes microorganismos, independente de seu estado funcional. Busca-se, dessa forma, a 
redução da dose infectante. A desinfecção pode ser classificada em desinfecção preventiva e desinfecção 
de emergência, essa última adotada em casos de surtos de doenças contagiosas.
A maioria dos países possui regulamentações específicas para os casos de doenças de notificação 
obrigatória. Essas determinam, entre outros aspectos, o esquema de desinfecção a ser utilizado no caso da 
ocorrência de cada doença. 
Uma desinfecção completa somente pode ser executada após a retirada dos animais das 
instalações. Somente dessa forma se obtém o máximo de ação do desinfetante, uma vez que a ausência de 
animais e de equipamentos permite que o produto tenha um contato direto com os microorganismos e 
tempo suficiente para agir. A eficácia de uma desinfecção depende de vários fatores, cabendo ressaltar a 
limpeza prévia, a escolha do desinfetante, a concentração e a temperatura da solução desinfetante e o 
tempo de ação a qualidade da água utilizada.
Uma limpeza prévia tem por finalidade a obtenção de superfícies limpas, uma vez que a maioria 
dos desinfetantes são inativados pela matéria orgânica. Sua presença sobre as superfícies dificulta ou até 
mesmo torna impede a penetração dos desinfetantes em todas as frestas onde possam se alojar os 
microorganismos. Dessa forma, a limpeza prévia, permite uma ação direta do produto desinfetante sobre 
os agentes causadores de doenças. Um aumento da dose do produto não irá compensar a falta de uma 
limpeza prévia. Pode-se até dizer que é preferível limpar sem desinfetar do que desinfetar sem 
limpar. A limpeza e desinfecção são duas operações essenciais e distintas que se complementam.
A escolha de um desinfetante é decisiva para que se obtenha o efeito desejado. Em princípio, a 
escolha de um produto que apresente todas as condições ideais de atuação parece extremamente difícil. 
Entretanto, o exame criterioso de sua composição, espectro de ação e custo por metro quadrado, entre 
outros, tornam a tarefa bem mais fácil.
O criador de suínos não deve usar a propaganda dos vendedores como critério para escolha de 
um princípio ativo de desinfetante para uso em sua criação. Para selecionar o produto mais apropriado, 
deveria buscar orientação junto a um profissional que reuna os conhecimentos teóricos adequados para 
selecionar o produto mais indicado para as condições inerentes a cada granja.
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Um desinfetante deve sempre ser utilizado na dosagem preconizada pelo fabricante e/ou médico-
veterinário. É inútil diminuir a dose e é uma ilusão pensar que agindo assim será alcançado um custo 
menor com o mesmo efeito . Reduzindo a dose não se consegue um bom resultado a partir da aplicação 
do produto, podendo, além disso, ocorrer uma seleção de microorganismos resistentes. 
O desinfetante deve sempre ser aplicado sobre superfícies secas, pois corre-se o risco de diluir-se 
a dose do produto quando este é aplicado sobre superfícies molhadas. O tempo de ação depende 
essencialmente da temperatura e da natureza da superfície a ser desinfetada, uma vez que nenhum 
desinfetante tem um efeito instantâneo. Quanto mais baixa for a temperatura da superfície, maior deve ser 
o tempo necessário para a ação uma vez que as temperaturas baixas diminuem o efeito dos desinfetantes. 
Em superfícies lisas, a aplicação de desinfetantes em paredes verticais, a capacidade de aderência da 
solução é menor em função da menor porosidade e da tensão superficial e devido a isto a ação do 
desinfetante fica prejudicada devido ao menor tempo de contato.
A qualidade da água utilizada é importante tanto para a limpeza quanto para a desinfecção. No 
caso da desinfecção, a utilização de águas poluídas, por exemplo, por coliformes e estreptococus fecais, 
causa uma diminuição da eficácia do desinfetante já que parte do produto será consumida para a 
desinfecção da água de diluição antes de a solução ser aplicada sobre as superfícies. Por outro lado, a 
qualidade físico-química da água também é muito importante. A concentração de microrganismos, a 
dureza e o pH da água podem interferir sobre a eficiência do desinfetante. Devido a estes fatos 
recomenda-se que seja realizada pelo menos uma análise físico-química e microbiológica da água a cada 
seis meses.
Os desinfetantes não são igualmente eficientes quando usados como bactericidas, fungicidas ou 
viricidas. Diferenças em sua ação também ocorrem entre espécies dentro de grupos de microorganismos 
i.é alguns desinfetantes destroem apenas determinada categoria de microorganismos. Devido a isto, uma 
forma de aumentar a eficácia da desinfecção é proceder a rotação de desinfetantes visando aumentar o 
espectro de atividade e para evitar o aparecimento de resistências por parte dos microorganismos 
patogênicos.
A periodicidade da troca de desinfetante varia de 3 a 6 meses e depende do PLD implantado no 
sistema de produção.Neste contexto, deve-se salientar a importância do PLD ser elaborado por um 
médico-veterinário.
Aplicação prática de um programa de limpeza e desinfecção
Apesar de fazerem parte de um programa de limpeza e desinfecção dois processos distintos – 
limpeza e desinfecção – nem sempre aplica-se os dois seqüencialmente. No caso da presença de animais 
na instalação somente o processo de limpeza é aplicado enquanto que nas instalações das quais foram 
retirados os animais, aplicam-se os dois processos.
Limpeza diária de instalações ocupadas com animais
Uma limpeza diária e completa é necessária para reduzir a probabilidade da ocorrência de 
infecções gastrointestinais, da pele e de verminoses, entre outras. A falha nesse tipo de manejo na 
maternidade pode resultar num aumento da probabilidade da ocorrência de infecções em leitões recém-
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nascidos e constante reinfecção em animais mais velhos, resultando em perda de leitões e num maior 
gasto com medicamentos curativos e com mão-de-obra. Efeito semelhante é observado em outras faixas 
etárias, nessas a falta de uma limpeza diária conduz a um aumento na incidência de doenças clínicas e 
subclínicas. Essas têm como resultado uma pior conversão alimentar, queda no ganho de peso e aumento 
no número de refugos e, por conseqüência prejuízos econômicos.
As principais etapas de um programa de limpeza em instalações que estejam ocupadas com 
animais são as seguintes: 
Maternidade : Iniciar a limpeza das celas parideiras retirando as fezes e a parte úmida da cama 
dos leitões. A lavagem da cela com água e a sua posterior desinfecção (neste caso, a desinfecção é feita 
mesmo com os animais presentes na instalação) pode ser feita quando houver necessidade como por 
exemplo na presença da diarréia dos leitões. Quando for realizado essa forma de lavagem, para evitar que 
os leitões sejam molhados, deve-se colocá-los numa caixa com uma fonte de calor, ou mantê-los presos 
no escamoteador. A solução do desinfetante a ser usada deve ser de baixa toxicidade e não irritante e 
aplicada por meio de um pulverizador. Uma vez aplicada a solução, deixa-se secar o ambiente e coloca-se 
a cama, para posteriormente soltar os leitões.
Outras instalações : As demais instalações devem sofrer diariamente uma limpeza completa 
com vassoura e pá, retirando-se o esterco. Naquelas que tiverem cama, trocar apenas a parte úmida. 
Limpeza e desinfecção após a saída dos animais da instalação
As principais etapas de um programa de limpeza e desinfecção para construções de onde foram 
retirados todos os animais são as seguintes:
Limpeza seca e desmontagem do equipamento
A limpeza deve ser feita no mesmo dia da retirada dos animais na seguinte seqüência: 
☻ Após a saída dos animais das instalações, retirar os equipamentos desmontáveis (como 
comedouros e lâmpadas de aquecimento) para um lugar onde possam ser lavados e guardados, 
de tal forma que não sofram contaminação;
☻ Retirar e queimar materiais remanescentes nas salas (como sacos de ração, restos de cordão 
utilizados para amarrar umbigo, algodão , toalhas de papel, etc.);
☻ Retirar todo o esterco e qualquer outra matéria orgãnica das instalações, incluindo o que estiver 
incrustado no piso. Utilizar, para tal, ferramentas como escovas e pás. 
Lavagem da instalação
Esta operação deve ser executada até, no máximo, um dia após a retirada dos animais na seguinte 
seqüência:
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☻ Molhar todas as superfícies internas, adicionando um detergente à água. Adicionando um 
detergente à água assegura-se um máximo de impregnação e limpeza sendo que o volume de 
água a ser usado e o tempo necessário para a limpeza pode ser reduzido em até 60%. Por outro 
lado adicionando ao mesmo tempo um detergente e um desinfetante, pode-se inativar durante 
essa pré-lavagem até 80% dos microorganismos causadores de doenças. Em instalações com 
baias metálicas, utilizar produtos com baixa corrosividade.
☻ O tempo necessário para amolecer a sujeira mais dura presa sobre o piso ou partes baixas das 
paredes varia com a freqüência da limpeza diária da instalação. Em geral, na maternidade e 
creche, onde na maioria das granjas é realizada uma limpeza diária não se observa muita sujeira 
sobre o piso e equipamentos após a retirada dos animais. Neste caso, o tempo necessário para 
amolecer a sujeira é de aproximadamente três horas. Já nas baias das fases de recria e 
terminação, onde a freqüência das limpezas geralmente não é diária, a quantidade de sujeira 
presente após a retirada dos animais é bastante grande e, por isto, o tempo necessário para 
amolecer a sujeira acumulada varia de doze a dezesseis horas; 
☻ Após esse período, passar a vassoura e lavar com água;
☻ Trabalhar de uma extremidade da instalação até a outra. Prestar atenção principalmente aos 
cantos, rachaduras e outros lugares onde a sujeira possa estar aderida.
Limpeza do equipamento móvel
Os equipamentos móveis, em geral, se apresentam altamente contaminados. No caso de não 
serem lavados com detergente e posteriormente desinfetados, poderão tornar-se veiculadores de agentes 
patogênicos.
A lavagem do equipamento pode ser efetuada durante o período de impregnação, e devendo-se 
proceder da seguinte forma:
☻ Molhar ou colocar o equipamento num tanque com água, detergente e desinfetante;
☻ Deixar impregnar, para amolecer a sujeira incrustada;
☻ Escovar e lavar com água sob pressão, para retirar o restante da sujeira residual;
☻ Guardar o equipamento num lugar limpo, protegido da poeira normal da granja, para evitar o 
risco de nova contaminação;
☻ Permitir aos equipamentos que sequem por um dia Essa limpeza deve ser feita num local limpo e 
onde haja um fácil escoamento da água.
Desinfecção das partes inferiores das paredes, pisos e equipamentos
Grande número de microorganismos patogênicos passam através das fezes para o piso e para as 
partes inferiores das paredes. A desinfecção nessas áreas deve seguir a seguinte seqüência:
☻ Preparar a solução do desinfetante a ser usado;
☻ Montar os equipamentos que estejam desmontados;
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☻ Impregnar completamente com a solução desinfetante as regiões inferiores das paredes, o piso e 
o equipamento em geral. Prestar especial atenção aos cantos, aberturas e demais locais onde a 
sujeira tende a se acumular;
☻ As superfícies de madeira e outras áreas porosas devem ser impregnadas totalmente, pois essas 
abrigam agentes infecciosos com maior facilidade;
☻ Desinfetar a área de acesso à instalação. Manter a sala tratada fechada, mantendo-a assim por 24 
horas;
☻ Limpar e trocar o desinfetante dos pe-dilúvios colocados na entrada das instalações.
Desinfecção do teto e das paredes
A presença de organismos patogênicos no teto e nas partes superiores das paredes representa 
uma importante fonte de infecção para os animais que serão introduzidos nas instalações. A poeira que 
cobre essas superfícies representa um risco especial, pois na mesma são encontrados altas concentrações 
de microorganismos. Para diminuir a carga infecciosa nessas áreas, deve-se proceder da seguinte forma:
☻ Utilizar um desinfetante de largo espectro, que mantenha sua atividade em presença de matéria 
orgânica;
☻ Pulverizar, com uso de pressão, as superfícies internas do teto e das paredes laterais;
☻ Prestar atenção especial aos cantos, rachaduras nas superfícies que estão sendo tratadas e canos 
onde possa estar acumulada poeira.
• CONTROLE DE PARASITAS
Doenças causadas por endoparasitas, mais conhecidas como verminoses, merecem grande 
atenção dos criadores, pois são responsáveis por grandes perdas anuais em granjas de suínos cujo sistema 
seja extensivo ou semi-intensivo, ou seja, em sistemas nos quais os animais têm contato com a terra. 
Essas doenças podem acometer tanto animais jovens como adultos, retardando muito – quando 
não levam à morte - o desenvolvimentodo animal e a obtenção do produto desejado.
Os sintomas mais observados são diarréias, anemias, desidratação, perda de apetite, podendo 
levar à morte.
Além das medidas de limpeza e desinfecção é adotado o uso de anti-helmínticos para controle de 
endoparasitoses, mas estes devem ser usados corretamente para cada fase do sistema de produção, como 
na amamentação, suínos desmamados ou na engorda, matrizes e cachaços e por isso devem ser 
ministrados sob orientação de veterinários.
As ectoparasitoses também são comumente encontradas nas granjas causando grandes perdas na 
produção. São representadas pelas sarnas, piolhos, pulgas e bicheiras (moscas causadoras de miíases).
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A sarna caracteriza-se pelo aparecimento de prurido intenso, pústulas (feridas), crostas, queda de 
pêlo e espessamento da pele nos animais. 
Normalmente, usa-se a pulverização, banhos de imersão, camas medicadas e aplicações manuais 
(injetável ou pour-on) de acaricidas, ou seja, sarnicidas, sendo que estes medicamentos devem ser 
prescritos por veterinários.
Já os piolhos são percebidos pelo criador só ao longo de um certo tempo, com perdas graduais e 
contínuas , retardando o crescimento de leitões, perda de peso e ainda pode ser vetor de doenças graves 
como peste suína, varíola e erisipela.
É facilmente diferenciado da sarna, pois é possível visualizar o parasito na pele dos animais.
Diversos inseticidas têm ação piolhicida, mas é preciso a indicação correta do medicamento, 
além da boa aplicação do medicamento em todas as partes do corpo do animal (inclusive dentro das 
orelhas), bem como nas instalações e equipamentos.
• CONTROLE DE MOSCAS
Esse inseto é causador de grandes prejuízos na prática de produção de suínos, uma vez que 
veiculam agentes causadores de doenças como bactérias, vírus, protozoários, ovos de vermes, além de 
utilizarem, em alguns casos, do próprio tecido animal (pele, sangue) quando este apresenta alguma lesão, 
para completarem seu ciclo de vida.
Além desses problemas, as moscas causam estresse nos animais e sujam o ambiente (paredes, 
vidros, lâmpadas, bebedouros, comedouros) com suas fezes e vômitos.
Algumas medidas de controle podem ser citadas, entre elas: não deixar esterco acumulado nas 
instalações; lavar as instalações com água, pelo menos 2 vezes por semana; animais mortos, resíduos de 
parições e outros resíduos devem ser enterrados ou colocados em fossa construída para tal finalidade; uso 
de telas e portas nos locais onde se trabalha com alimentos; utilização de inseticidas indicados para tal 
fim; ter um esquema de tratamento de dejetos ou, pelo menos, separar a parte sólida da líquida.
Essas medidas permitem uma redução de 90% da população de moscas, com a vantagem de 
serem de baixo custo.
• VACINAÇÃO :
 Vacina subcutânea: atrás da orelha e acima das vértebras cervicais (adultos) e entre o 
umbigo e a virilha e na prega do joelho ( jovens). 
 Vacina intramuscular: tábua do pescoço (adultos). Músculo da coxa (jovens). 
 Vacina intravenosa: veia auricular ou do pavilhão auricular (orelha); garrotilhar a base 
da orelha e pegar a veia pelo lado externo da orelha, depois soltar o garrote e aplicar. 
49
 INSTALAÇÕES
O tipo ideal de edificação deve ser definido fazendo-se um estudo detalhado do clima da região 
e(ou) do local onde será implantada a exploração, determinando as mais altas e baixas temperaturas 
ocorridas, a umidade do ar, a direção e a intensidade do vento. Assim, é possível projetar instalações com 
características construtivas capazes de minimizar os efeitos adversos do clima sobre os suínos.
Para manter a temperatura interna da instalação dentro da zona de conforto térmico dos animais, 
aproveitando as condições naturais do clima, alguns aspectos básicos devem ser observados, como: 
localização, orientação e dimensões das instalações, cobertura, área circundante e sombreamento. 
 COMEDOUROS (Convencionais e alternativos)
A alimentação de suínos no crescimento e 
terminação em comedouro/bebedouro conjugados (CBC) 
melhora a taxa de crescimento e a eficiência alimentar. No 
entanto, essa melhora estaria relacionada à mudança do 
comportamento ingestivo dos animais, que gastam menos 
tempo com o consumo de ração e diminuem os 
deslocamentos entre o comedouro e bebedouro. 
50
A melhor eficiência alimentar estaria, então, relacionada à redução no desperdício de ração e ao 
menor gasto de energia para atividade física. Como o CBC melhora o ganho de peso, houve um aumento 
na utilização deste equipamento pelos suinocultores o que instigou o Centro Nacional de Pesquisa de 
Aves e Suínos a estudos e produção de comunicados técnicos sobre o tema. 
Embora o equipamento continue a ser fabricado, comercializado e utilizado pelos suinocultores, 
poucos trabalhos realizados no Brasil foram publicados em periódicos indexados. Um desses trabalhos 
mostra que a alimentação de suínos em comedouros conjugados se revelou interessante no período pré-
abate. 
No entanto, a ingestão de dietas úmidas altera o consumo e o metabolismo aumentando a 
espessura de toucinho e a área de olho de lombo. Animais alimentados em comedouros conjugados têm 
carcaças de qualidade inferior àqueles alimentados em comedouro convencional. 
Essa redução de qualidade é creditada, à quase sempre, ao aumento da espessura de toucinho e 
diminuição do rendimento de carne magra. No entanto, existem trabalhos indicando que animais 
alimentados com dietas úmidas podem ter carcaças de qualidade superior aos animais alimentados com 
dietas secas. De maneira geral, a literatura revela uma grande variação nos efeitos do uso de comedouros 
conjugados sobre as características da carcaça. 
A partir dos anos 90, as indústrias brasileiras começaram a remunerar o produtor pela qualidade 
da carcaça e não mais pelo peso vivo. Isso criou algumas incertezas quanto à recomendação prática do 
uso de comedouros conjugados, pois, apesar de os animais alimentados nesses equipamentos 
apresentarem maior taxa de crescimento, suas carcaças apresentavam maior teor de gordura. 
Os aspectos de desempenho foram estudados por LOVATTO et al. ( 2004), que verificaram 
superioridade do CBC, mas não identificaram os cortes ou tecidos (muscular ou adiposo) beneficiados 
por esse crescimento diferencial. Portanto, este trabalho foi realizado com o objetivo de estudar as 
características da carcaça de suínos alimentados do desmame ao abate em comedouro de acesso único 
equipado ou não com bebedouro. 
51
 BEBEDOUROS (Convencionais, chupeta e alternativos)
No sistema de produção de suínos ocorrem grandes perdas de água, devido a deficiência dos 
bebedouros, tanto em relação a sua instalação como ao tipo de equipamento usado. Nestas condições 
ocorre grande acúmulo de umidade nos pisos das edificações, o que pode trazer prejuízo ao 
desenvolvimento dos animais, principalmente por proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento 
de microorganismos causadores de doenças. 
O excesso de água também contribui para o aumento da parte líquida dos dejetos, aumentando 
seu poder de poluição e diminuindo seu potencial como fertilizante. Com finalidade de estudar maneiras 
de evitar perdas de água e reduzir o excesso de umidade, proporcionando economia e conforto aos 
animais, conduziu-se um experimento na EMBRAPA–CNPSA, comparando-se dois tipos de bebedouros, 
um tipo chupeta normalmente em uso pelos produtores e outro tipo de nível adaptado na EMBRAPA–
CNPSA. 
52
O experimento foi conduzido na fase de crescimento e terminação, com 4 suínos por baias (2 _ 2 
m) e 4 baias para cada tipo de bebedouro. Foram realizadas duas observações para as épocas, quente e 
fria. 
Os animais utilizados foram as raças Landrace, Large White e Landrace _ Large White, com 
peso inicial em torno de 31,0

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