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UNISUAM 
Instalações Elétricas Prediais 
Prof. Jorge D. Ferreira 
2019 
 
Demanda Total de um Edifício de Uso Coletivo 
 Cálculo da Demanda Total de um Edifício de Uso Coletivo, Conforme o Comitê 
de Distribuição de Energia Elétrica (Codi) 
 
 Com o objetivo de definir os procedimentos para o dimensionamento 
das entradas de serviço de energia em edifícios residenciais de uso coletivo, as 
concessionárias adotam Normas Técnicas ou Instruções Técnicas, que 
estabelecem as condições mínimas a serem seguidas pelos projetistas de 
instalações elétricas no cálculo das demandas totais dessas instalações. Tais 
critérios são aplicáveis no âmbito de cada concessionária e, portanto, sendo 
diferenciados conforme a concessionária podem conduzir a resultados 
diversos. 
 Essa diferenciação de métodos produz implicações, sobretudo quando 
do dimensionamento da Entrada de Serviço do consumidor (transformadores, 
alimentadores, medição e equipamentos de proteção geral) e quando da 
previsão de reserva de carga e de expansão da demanda do sistema elétrico da 
concessionária. 
 
Nota Importante 
O cálculo da demanda de um edifício de uso coletivo é um 
processo de aproximação, e como tal, tem as suas limitações, 
posto que é baseado em probabilidades e estatísticas locais, 
regionais ou nacionais. Em consequência, entendemos que a 
terminologia "Provável Demanda Máxima" é a mais adequada. 
Existirão, portanto, várias demandas. O fundamental é que os 
componentes da entrada de serviço estejam corretamente 
dimensionados para suportar a Provável Demanda Máxima. 
Cálculo da Demanda de Edifícios Residenciais de Uso Coletivo 
Demanda Total do Edifício 
A demanda total de um edifício é determinada pela aplicação de um fator de 
segurança (1,20) à soma da demanda correspondente aos apartamentos com a 
demanda correspondente ao condomínio, conforme a equação a seguir: 
Demanda dos Apartamentos 
A demanda correspondente aos apartamentos é feita pelo produto do fator para 
diversificação de carga em função do número de apartamentos, Tabela 4.3, pelo 
valor da demanda do apartamento em função da área, Tabela 4.2, conforme a 
equação a seguir: 
Parte da Tabela 4.2 
Parte da Tabela 4.3 
Fator de Diversidade 
O Fator de Diversidade (F1) representa a razão entre a soma das demandas 
máximas de cada carga (ou consumidor) de um conjunto de cargas semelhantes e 
a demanda máxima do conjunto. Este representa o fato real de que as demandas 
máximas de cada unidade tomada individualmente ocorrem em instantes 
diferentes, o que faz com que a demanda máxima de um conjunto de consumidores 
seja menor que a soma das demandas máximas de cada consumidor. Isso implica 
em que o fator de diversidade seja sempre maior do que a unidade, conforme 
podemos comprovar pela equação a seguir: 
Área Útil do Consumidor 
 Os valores de área constantes da Tabela 4.2 são 
referentes à área útil do apartamento, não devendo ser 
consideradas áreas de garagem e outras áreas comuns dos 
edifícios, algumas vezes incluídas (comercialmente) como 
pertencentes aos apartamentos. 
 Para edifícios que tenham apartamentos com áreas 
diferentes, deve ser adotado um valor de área calculado pela 
média ponderada das áreas dos apartamentos do edifício. 
 
A Tabela 4.2 é aplicável na determinação da demanda de apartamentos 
com área útil de até 400 m2, Para apartamentos com área útil 
superior, a demanda do apartamento deve ser calculada pela fórmula 
seguinte: 
 
Demanda do Condomínio 
A demanda do condomínio corresponde à soma das demandas das 
cargas de iluminação, de tomadas e de motores instalados nas áreas 
do respectivo condomínio. Aplicam-se a elas os seguintes critérios: 
 Cargas de Iluminação: 100% para os primeiros 10 kW e 25% ao 
excedente; 
 Cargas de Tomadas: 20% da carga total; 
 Motores: aplicam-se as Tabelas 4.4 e 4.5 para cada tipo e 
quantidade de motor existente na instalação. 
Devem ser considerados os respectivos fatores de potência de cada 
carga. 
A demanda correspondente ao condomínio pode ser calculada 
conforme a seguinte equação: 
Cálculo da Demanda de um Edifício Residencial do tipo "Flat“. 
Dados: 
Cargas 
Cálculo da demanda correspondente aos apartamentos 
Daptos = F1 . F2 
sendo: 
F1 = 71,79 (Fator de diversidade obtido da Tabela 4.3); 
 
F2 = 1,16 (Valor de demanda obtido da Tabela 4.2). 
 
Daptos = 71,79.1,16 = 83,27 kVA 
 
*(Como mostrado a seguir) 
Determinação de F1 tabela 4.3 
Determinação de F2 tabela 4.2 
Cálculo da demanda correspondente ao condomínio 
Dcondom = I1 + 0,25 . I2 + 0,20 . T + M 
Iluminação: 45800 W (Cos𝜑 = 0,95), então: 
I1 = 10/0,95 = 10,52 kVA e 
I2 = 35,8/0,95 = 37,68 kVA 
Tomadas: T = 26,6 + 2 . 5,4 + 2 . 3,7 = 44,80 kVA 
Lembrando que: 
Motores 
Conforme as Tabelas 4.4. e 4.5, teremos as seguintes demandas 
individuais: 
Cálculo da demanda do condomínio 
Dcondom= 10,52 + 0,25 . 37,68 + 0,20 . 44,80 + 58,56 
 
 
Dcondom= 87,46 kVA 
Cálculo da Demanda Total do Edifício 
Dedif = 1,20· (Daptos + Dcondom) 
 
Dedif = 1,20 . (83,27 + 87,46) 
 
Dedif = 204,88 kVA 
Previsão da Carga de Iluminação e dos Pontos de 
Tomada 
Generalidades 
 A carga a se considerar para um equipamento de 
utilização é a sua potência nominal absorvida, dada pelo fabricante 
ou calculada a partir da tensão nominal, da corrente nominal e do 
fator de potência. 
 Nos casos em que for dada a potência nominal fornecida 
pelo equipamento (potência da saída), e não a absorvida, devem 
ser considerados o rendimento e o fator de potência. 
 A Tabela a seguir fornece como referência as potências 
médias de alguns aparelhos eletrodomésticos. 
Carga de iluminação 
Na determinação das cargas de iluminação incandescente, adotam-se os 
seguintes critérios, de acordo com a NBR 54lO:2004: 
a) em cada cômodo ou dependência de unidades residenciais e nas 
acomodações de hotéis, motéis e similares, deverá ser previsto pelo 
menos um ponto de luz fixo no teto, com potência mínima de lOO VA; 
b) em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m2 , 
deverá ser prevista uma carga de pelo menos lOO VA, e, com área 
superior a 6 m2 , deverá ser prevista uma carga mínima de lOO VA para 
os primeiros 6 m2, acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m2 
inteiros. 
Observação 
Os valores apurados correspondem à potência destinada à iluminação para efeito de 
dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal das lâmpadas 
incandescentes a serem utilizadas. 
Para aparelhos fixos de iluminação à descarga (lâmpadas fluorescentes, por exemplo), a 
potência a ser considerada deverá incluir a potência das lâmpadas, as perdas e o fator de 
potência dos equipamentos auxiliares (reatores). 
Para o dimensionamento da carga de iluminação fluorescente, os valores de potência 
indicados anteriormente deverão ser reduzidos, pois as lâmpadas fluorescentes são mais 
eficientes do que as incandescentes. Como regra prática, podemos dividir os valores de 
potência por 4, que é a relação de eficiência entre as lâmpadas incandescentes e 
fluorescentes. 
Observa-se que, a partir de 2016, as lâmpadas incandescentes ficarão proibidas de serem 
comercializadas no Brasil, de acordo com a Portaria nº 2 1007, editada pelos Ministérios de 
Minas e Energia, da Ciência, Tecnologia e Inovação, e do Desenvolvimento, Indústria e 
Comércio Exterior, publicada em 6 de janeiro de 2011. 
Pontos de Tomada de Uso Geral (TUG) 
Quantidade de pontos de tomada de uso geral 
Nas unidades residenciais e nas acomodações de hotéis, motéis e similares, o número de pontos de 
tomada de uso geral deve ser fixado de acordo com o seguinte critério: 
• nos cômodos ou dependências da instalação, se a área for inferior a 6 m2 , pelo menos um ponto 
de tomada; se a área for maior que 6 m2, pelo menos um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração 
de perímetro, espaçados tão uniformemente quantopossível; 
• em banheiros, pelo menos um ponto de tomada junto ao lavatório; 
• em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, no mínimo 
um ponto de tomada para cada 3,5 m, ou fração de perímetro, sendo que, acima de cada bancada 
com largura igualou superior a 0,30 m, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada; 
• em subsolos, garagens, sótãos, halls de escadarias e em varandas, salas de manutenção ou 
localização de equipamentos, tais como casas de máquinas, salas de bombas, barriletes e locais 
análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada. 
No caso de varandas, quando não for possível a instalação de ponto de tomada no próprio local, este 
deverá ser instalado próximo ao seu acesso. 
Deve-se atentar para a possibilidade de que um ponto de tomada venha a ser usado para 
alimentação de mais de um equipamento, sendo recomendável, portanto, a instalação da quantidade 
de tomadas julgada adequada. 
Potência a Prever nos Pontos de Tomada de Uso Geral 
Nas unidades residenciais e nas acomodações de hotéis, motéis e 
similares, aos pontos de tomada de uso geral devem ser 
atribuídas as seguintes potências: 
• em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de 
serviço, lavanderias e locais análogos, no mínimo 600 VA por 
ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA por ponto, para os 
excedentes, considerando cada um desses ambientes 
separadamente; 
• nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100VA por 
ponto de tomada. 
Pontos de Tomada de Uso Específico (TUE) 
 Aos pontos de tomadas de uso específico deverá ser 
atribuída uma potência igual à potência nominal do 
equipamento a ser alimentado. Quando não for conhecida a 
potência do equipamento a ser alimentado, deverá atribuir-se 
ao ponto de tomada uma potência igual à potência nominal do 
equipamento mais potente com possibilidade de ser ligado, ou 
potência determinada a partir da corrente nominal da tomada 
e da tensão do respectivo circuito. 
 Os pontos de tomada de uso específico devem ser 
instalados no máximo a 1,5m do local previsto para o 
equipamento a ser alimentado. 
Divisão das Instalações 
Toda a instalação deve ser dividida em vários circuitos, de modo a: 
• limitar as consequências de uma falta, a qual provocará apenas seccionamento do 
circuito defeituoso; 
• facilitar as verificações, os ensaios e a manutenção; 
• possibilitar o uso de condutores de pequena bitola (área da seção circular). 
Chama-se circuito o conjunto de pontos de consumo, alimentados pelos mesmos 
condutores e ligados ao mesmo dispositivo de proteção. 
Nos sistemas polifásicos, os circuitos devem ser distribuídos de modo a assegurar o 
melhor equilíbrio de cargas entre as fases. 
Em instalações de alto padrão técnico, deve haver circuitos normais e circuitos de 
segurança. Os circuitos normais estão ligados apenas a uma fonte, em geral, à 
concessionária local. Em caso de falha da rede, haverá interrupção no abastecimento. 
Esses circuitos são, muitas vezes, chamados de "não essenciais': 
Os circuitos de segurança são aqueles que garantirão o abastecimento, mesmo quando 
houver falha da concessionária. Como exemplo de circuitos de segurança, podem-se citar 
os circuitos de alarme e de proteção contra incêndio, abastecidos simultaneamente pela 
concessionária ou por fonte própria (baterias, geradores de emergência etc.). Os circuitos 
de segurança são, muitas vezes, chamados de "essenciais„. 
NOTA: Devem ser observadas as seguintes restrições em unidades residenciais, 
hotéis, motéis ou similares: 
a) circuitos independentes devem ser previstos 
para os aparelhos com corrente nominal 
superior a 10 A (como aquecedores de água, 
fogões e fornos elétricos, máquinas de lavar, 
aparelhos de aquecimento ou para aparelhos de 
ar condicionado etc.), 
b) circuitos de iluminação devem ser 
separados dos circuitos de tomadas; 
c) em unidades residenciais, hotéis, motéis ou 
similares, são permitidos pontos de iluminação 
e tomadas em um mesmo circuito, de maneira a 
se evitar que os pontos de iluminação não 
sejam alimentados, em sua totalidade, por um 
só circuito, exceto nas cozinhas, copas e áreas 
de serviço, que devem constituir um ou mais 
circuitos independentes; 
d) proteções dos circuitos de aquecimento ou 
condicionamento de ar de uma residência 
podem ser agrupadas no quadro de distribuição 
da instalação elétrica geral ou num quadro 
separado; 
e) quando um mesmo alimentador abastece 
vários aparelhos individuais de ar condicionado, 
deve haver uma proteção para o alimentador 
geral e uma proteção junto a cada aparelho, 
caso este não possua proteção interna própria. 
f) cada circuito deverá ter seu próprio 
condutor neutro; 
g) circuitos de tomadas deverão ter um 
condutor de proteção - PE (terra) – ligado 
diretamente ao terra da instalação. O condutor 
PE pode ser comum a mais de um circuito. 
h) Circuitos de iluminação instalados em áreas 
com piso "molhado" ou instalados em algumas 
instalações industriais também deverão ter um 
condutor de proteção - PE. 
Dispositivos de Comando dos Circuitos 
Interruptores 
Para o controle de circuitos trifásicos, 
deverá ser usado dispositivo tripolar 
que atue sobre os três condutores-fase 
simultaneamente. Somente será 
permitido dispositivo monopolar para 
corrente nominal superior a 800 
amperes. 
Os interruptores unipolares, paralelos 
ou intermediários, devem interromper 
unicamente o condutor-fase e nunca o 
condutor neutro. Isso possibilitará 
reparar e substituir lâmpadas sem 
risco de choque; bastará desligar o 
interruptor (Figura ao lado). 
Continuação 
Os interruptores 
devem ter capacidade, 
em ampères, suficiente 
para interromper e 
suportar, por tempo 
indeterminado, as 
correntes que 
transportam. 
Em circuitos de dois 
condutores-fase, deve-
se usar interruptor 
bipolar (Figura ao 
lado). 
Observação 
Os interruptores comuns para instalações residenciais são de 
10A - 250 volts -, o que permite comandar cargas de até 1200 
watts, em 127 volts, ou 2 200 watts, em 220 volts. 
Quando há carga indutiva, como, por exemplo, em lâmpadas 
fluorescentes, e não se dispondo de interruptor especial, 
pode-se usar o interruptor comum, porém com capacidade, 
no mínimo, igual ao dobro da corrente a se interromper. 
Interruptor de Várias Seções 
Quando desejamos comandar diversas lâmpadas do mesmo ponto de luz, como no 
caso de abajures, ou diversos pontos de luz, usamos interruptores de várias 
seções (Figura abaixo). 
Interruptor Three-Way (Sw) ou Paralelo 
É usado em escadas ou dependências cujas luzes, pela extensão ou por 
comodidade, deseja-se apagar ou acender de pontos diferentes. 
Esquematicamente, pode ser representado da seguinte maneira (Figura abaixo): 
Interruptor Four-Way (S4w) ou Intermediário 
Às vezes, há necessidade de se comandar a(s) lâmpada( s) em vários pontos 
diferentes. 
Então, lança-se mão de um sistema múltiplo, representado pelo esquema da 
Figura abaixo, denominado four-way, porque são dois condutores de entrada e 
dois de saída. 
Minuteria e Sensor de Presença 
Em edifícios residenciais, é usual o emprego de 
um interruptor que apaga automaticamente o 
circuito de serviço, visando à maior economia 
para o condomínio. 
Após as 22 horas, quando o movimento do 
prédio diminui, não se justifica ficarem muitas 
lâmpadas acesas toda a noite; basta que se 
acendam no momento em que chegue uma 
pessoa, apagando automaticamente pouco 
depois. Como as lâmpadas permanecem ligadas 
por aproximadamente um minuto, esses 
dispositivos são conhecidos por “minuterias”. 
Há tipos de minuteria em que o tempo de 
atuação pode ser ajustado em períodos mais 
longos. Seja o esquema da Figura a seguir, em 
que, na posição A da chave de reversão, as 
lâmpadas acendem sem necessidade de calcar 
os botões dos pavimentos (antes das 22 horas). 
Na posição B, calcando-se o botão de um dos 
pavimentos, fecha-se o circuito da bobina que 
atraia lâmina, fechando-se os contatos m e n. 
Assim, pode-se tirar o dedo do botão, pois as 
lâmpadas continuarão acesas enquanto um 
mecanismo de relojoaria mantiver os contatos 
fechados (ver Figura).Todavia, modernamente 
se usam interruptores temporizados em cada 
pavimento, com o mesmo efeito da minuteria, 
porém com maior economia de energia. 
Nota 
Atualmente, as minuterias vêm sendo substituídas pelos 
sensores de presença, que são relés acionados por meio de 
um sensor infravermelho, o qual detecta o movimento de 
pessoas e veículos e aciona a iluminação, tornando mais 
claros ambientes pelo acionamento de luminárias de parede, 
jardins, vitrines, entradas ou saídas, escadarias, garagem, 
halls etc. O tempo de funcionamento da iluminação pode ser 
regulado de 15 segundos a 8 minutos, de acordo com cada 
fabricante. A Figura seguinte mostra as áreas típicas de 
atuação de um sensor de presença. 
Alguns tipos de sensores de presença, imunes ao movimento de 
pequenos animais, são indicados para casas onde existam 
pequenos animais de estimação, evitando que os mesmos 
acionem, indevidamente, o sensor. 
Os sensores de presença, apresentados na Figura a seguir da 
esquerda, são utilizados, também, para a segurança de 
instalações, podendo ser instalados na sua parte externa. Além 
disso, muitas outras são as aplicações dos sensores de presença. 
Há também os sensores de presença "wireless" que utilizam a 
tecnologia wireless operando sem a necessidade de cabos para 
enviar o sinal a um sistema central de comando. 
Alguns sensores possuem também fotocélula, que permite 
identificar se é noite ou dia, de modo a impedir que a iluminação 
seja acionada durante o dia. Os sensores podem acionar uma ou 
mais lâmpadas ou equipamentos de sinalização, conforme se pode 
observar na Figura a seguir da direita, a qual mostra os esquemas 
de ligação a 2 fios, para lâmpadas incandescentes, e a 3 fios, para 
qualquer tipo de lâmpada. 
Dimensionamento 
Dimensionemos, por exemplo, o alimentador do apartamento 201 de um 
edifício tomado como referência. 
Dados: 
Carga total do apartamento = 4240 W (luz e tomada) + 4400 W 
(chuveiro) + 1500 W (ar condicionado) 
Distância do apartamento ao medidor = 12 metros 
Tensão = 127 V 
Fator de demanda a se considerar (Tabela anterior) para carga de 
iluminação e tomadas de uso geral: 
UNISUAM 
Instalações Elétricas Prediais 
Prof. Jorge D. Ferreira 
2019 
 
Demanda Individual de Unidades Consumidoras não 
Residenciais 
A Demanda Individual de Unidades Consumidoras não 
Residenciais (lojas, escritórios, escolas etc.) deve ser 
calculada conforme os fatores de demanda especificados nas 
Tabelas 4.6, 4.7 e 4.8 mostradas a seguir. Para o cálculo da 
demanda de motores dessas instalações utilizaremos as 
Tabelas 4.4 e 4.5. 
Tabela 4.6 
Tabela 4.7 
Tabela 4.8 
Exemplo 
Determinar a provável demanda de um restaurante que possui área de 
80 m2 e as seguintes cargas instaladas: 
Cálculo da Provável Demanda 
Cálculo de D1 
 
PD = D1 + D2 + D3 + D4 + D5 + D6, em que: 
 
D1 = Demanda de Iluminação (Tabela 4.6): 
 
D1 = 100% . Carga Instalada = 3000 VA = 3 kVA 
 
Cálculo de D2 
 
D2 = Demanda de Condicionadores de Ar (Tabela 4.7) 
 
D2 = 100% . Carga Instalada (até 10 aparelhos) = 2 X 2600 = 
5200 VA = 5,2 kVA 
 
 
Cálculo de D3 
 
D3 = Demanda de Aparelhos de Aquecimento como Chuveiro e 
Torneira (Tabela 4.8) 4 aparelhos, fator de demanda = 0,76 
 
D3 = 0,76 ( 2 X 5400 + 2 X 3700) = 13832 VA = 13,83 kVA 
Cálculo de D4 
D4 = Demanda de Aparelhos como Grill e Cafeteira (Tabela 4.8) 
5 aparelhos, fator de demanda = 0,70 
D4 = 0,70 (3 X 1000 + 2 X 1200) = 3780 VA = 3,78 kVA 
Cálculo de D5 
D5 = Demanda de Aparelhos tipo Máquina de Lavar Louça 
(Tabela 4.8) 
2 aparelhos, fator de demanda = 0,92 
D5 = 0,92 X 2 X 1500 = 2760 VA = 2,76 kVA 
Cálculo de D6 
D6 = Demanda dos demais Aparelhos Eletrodomésticos 
(Tabela 4.8) 
16 aparelhos, fator de demanda = 0,43 
D6 = 0,43 (4 X 200 + 2 X 200 + 4 X 400 + 2 X 250 + 4 X 150) = 
1677 VA = 1,68 kVA 
Cálculo da Provável Demanda 
PD = 3 + 5,2 + 13,83 + 3,78 + 2,76 + 1,68 
 
PD = 30,25 kVA 
Demanda de um Edifício com Unidades Consumidoras 
Residenciais e Comerciais 
Em casos de edifícios que possuam unidades residenciais e 
comerciais, devemos proceder de maneira semelhante aos 
cálculos já apresentados para a demanda das unidades 
residenciais, porém acrescentando a parcela referente à 
demanda das unidades comerciais. 
Neste caso, podemos calcular a demanda total do edifício pela 
expressão: 
 
Dedif = 1,20. (Daptos + Dcondom + Dun.comerc) 
 
Sendo: 
Dedif : Demanda total do edifício 
Daptos : Demanda correspondente aos apartamentos 
Dcondom : Demanda correspondente ao condomínio 
Dun.comerc : Demanda correspondente às unidades 
 comerciais 
Edifício Misto: Unidades Residenciais e Comerciais 
Supondo que o edifício apresentado na aula passada, no 
qual foi calculada a provável demanda, além dos 136 
apartamentos e condomínio já citados, possua no 
pavimento térreo, por exemplo, 12 lojas conforme a 
relação de cargas detalhada a seguir. Determine a 
demanda de cada loja e a nova demanda do edifício 
Lojas - tipo 
12 unidades, 40 m2 cada uma, contendo as seguintes cargas: 
Iluminação: 2400 VA 
Tomadas de Uso Geral: 3800 VA 
Tomadas de Uso Específico 
 1 chuveiro elétrico de 3500 W 
 2 aparelhos de ar-condicionado de 10.000 BTU : 1650 VA 
cada 
Solução: 
Demanda de Cada Loja 
PD = D1 + D2 + D3 
D1 = Demanda de Iluminação e TUG (Tabela 4.6) 
D1 = 100% . (2400 + 3800) = 6,20 kVA 
 
Continuação 
D2 = Demanda de Condicionadores de Ar (Tabela 4.7) 
D2 = 100% X (2 X 1650) = 3,30 kVA 
Continuação 
D3 = Demanda do Chuveiro (Tabela 4.8) 
D3 = 100% X 1 X 3500 = 3,50 kVA 
 
 
 
 
Demanda Total de Cada Loja 
PD = D1 + D2 + D3 
PD = 6,20 + 3,30 + 3,50 
PD = 13,00 kVA 
 
Demanda Total do Edifício 
Iluminação e TUG (Tabela 4.6) 
PD = D1 + D2 + D3 (considerar as 2 lojas) 
D1 = 100% X 12 X (2400 + 3800) = 74,40 kVA 
 
 
Continuação 
Condicionadores de Ar (Tabela 4.7) 
D2 = 80% X 24 X (1650) = 31,68 kVA 
Continuação 
Chuveiro elétrico 
D3 = 48% X 12 X (3500) = 20,16 kVA 
Demanda total das Unidades Comerciais 
PD = D1 + D2 + D3 
PD = 74,40 + 31,68 + 20,16 
Dun.comerc = 126,24 kVA 
 
 
Demanda Total do Edifício 
Daptos = 83,27 kVA 
Dcondom = 87,46 kVA 
Dun.comerc = 126,24 kVA 
Dedif = 1,20 X (83,27 + 87,46 + 126,24) 
Dedif = 356,36 kVA 
Divisão da Instalação em Circuitos 
Locação dos Pontos Elétricos 
 
Definidos todos os pontos de utilização de energia elétrica da 
instalação, a sua locação em planta será feita com a 
simbologia gráfica definida na norma NBR-5444: Símbolos 
Gráficos para Instalações Elétricas Prediais 
Ao fazer a locação dos pontos em planta, o projetista deve 
estar atento às seguintes recomendações: 
a - Fazer o desenho com gabaritos ou softwares gráficos 
específicos para projetos de instalações elétricas, a 
simbologia apropriada para cada ponto de utilização e 
colocando ao lado de cada ponto a sua respectiva potência. 
b - Observar o projeto arquitetônico, o projeto estrutural e os 
demais projetos de utilidades do edifício, evitando locar 
pontos elétricos sobre elementos estruturais (pilares ou 
vigas de concreto) ou em interferência com outras 
instalações (por exemplo, com pontos dos projetos de 
instalações telefônicas, hidráulicas, sanitárias, de combate a 
incêndio, de segurança patrimonial etc.). 
c - Observar o layout detalhado no projeto de ambientação ou, 
na ausência deste, manter uma interlocução com o cliente, 
visando localizar os pontos de maneira a: 
Distribuir uniformemente os pontos de iluminação geral e 
prever pontos de iluminação para destaques específicos. 
Distribuir uniformemente as tomadas de uso geral. 
Prever a localizaçãode tomadas sobre as eventuais 
bancadas existentes em copas, cozinhas, áreas de serviço 
e banheiros (recomenda-se que sobre cada bancada sejam 
previstas no mínimo duas tomadas de uso geral a 0,30 m 
de altura da bancada), exceto para banheiros, onde se 
prevê no máximo uma tomada). 
 
Prever a localização das tomadas de uso específico a no 
máximo 1,50 m dos aparelhos de utilização. 
Localizar de maneira apropriada os comandos dos pontos 
de iluminação, prevendo interruptores simples, duplos, 
triplos, paralelos ou intermediários onde se fizer 
necessário. 
d - No que se refere às instalações do condomínio, definir: 
A localização dos motores para elevadores, bombas de 
recalque d'água, bombas de drenagem, bombas do sistema 
de combate a incêndio, bombas para piscinas, portões de 
acesso etc., bem como a localização dos seus respectivos 
quadros de comando, observando as áreas específicas 
destinadas a estes fins e as recomendações dos 
fabricantes desses equipamentos. 
Prever a utilização de minuterias e/ou interruptores 
temporizados para o comando dos pontos de iluminação de 
escadas, halls e circulações. 
Prever a utilização de interruptores diversos e/ou 
comandos nos próprios quadros para os pontos de 
iluminação do subsolo, pavimento térreo, portaria, áreas 
externas, jardins, piscinas, quadras esportivas etc. 
Prever a utilização de porteiros eletrônicos, sinalizadores 
para acesso de veículos, sinalizadores de obstáculos, 
alarmes etc. 
Exemplo 
As figuras mostradas a seguir, exemplificam a locação dos 
pontos elétricos em um pequeno apartamento: 
QUADRO DE PREVISÃO DE CARGAS NO 
APARTAMENTO 
CONVENÇÕES 
Setores de uma Instalação Elétrica 
 Circuito Elétrico 
É o conjunto de equipamentos e condutores elétricos, 
ligados a um mesmo dispositivo de proteção. 
 Dispositivo de Proteção 
É um equipamento elétrico que atua automaticamente 
pela ação de dispositivos sensíveis, quando o circuito 
elétrico ao qual está conectado se encontra submetido a 
determinadas condições anormais, com o objetivo de 
evitar ou limitar danos a um sistema ou equipamento 
elétrico. Os principais dispositivos de proteção utilizados 
em instalações prediais são os disjuntores 
termomagnéticos, os disjuntores diferenciais e os 
fusíveis. 
Quadro de Distribuição 
Componente de uma instalação elétrica destinado a abrigar um ou 
mais dispositivos de proteção e/ou de manobra e a conexão de 
condutores elétricos interligados a eles, a fim de distribuir a 
energia elétrica aos diversos circuitos. 
Circuitos Terminais 
São os circuitos que alimentam diretamente os equipamentos de 
utilização (lâmpadas, aparelhos elétricos, motores) e ou tomadas 
de corrente de uso geral ou de uso específico. Os circuitos 
terminais podem ser monofásicos, bifásicos ou trifásicos, 
conforme a natureza das cargas que alimentam. Os circuitos 
terminais partem dos quadros terminais ou dos quadros de 
distribuição (alimentadores) e são conectados diretamente aos 
terminais da carga ou das cargas que fazem parte deles, ou das 
tomadas de corrente pertencentes a eles. 
Quadros Terminais 
São quadros elétricos que alimentam exclusivamente circuitos 
terminais. 
Circuitos Alimentadores 
São os circuitos que alimentam um ou mais quadros terminais 
e/ou quadros de distribuição (alimentadores). Os termos circuitos 
de distribuição principal, circuito de distribuição divisionário e 
circuito subalimentador são também empregados para designar 
circuitos alimentadores. 
Os circuitos alimentadores podem ser monofásicos, bifásicos ou 
trifásicos. 
Os circuitos alimentadores partem de uma fonte de energia (rede 
pública, transformador ou gerador) ou de um quadro de 
distribuição e alimentam um ou mais quadros. 
Quadros Alimentadores ou Quadros de Distribuição 
São os quadros dos quais partem um ou mais circuitos alimentadores, podendo 
também partir deles circuitos terminais. 
Recomendações para Localização dos Quadros Elétricos 
Os quadros terminais e quadros de distribuição devem estar localizados 
preferencialmente no Centro de Carga da instalação, que será definido 
como o ponto ou região em que se concentram as maiores potências. 
Considerando-se apenas o aspecto do dimensionamento elétrico dos 
circuitos, esta afirmação é válida. Se o quadro estiver situado no ponto 
central das cargas às quais atende, calculado de modo ponderado, 
considerando-se as potências individuais das cargas e as suas distâncias 
em relação ao quadro, podemos obter uma razoável economia nos 
condutores, haja vista que serão reduzidos os comprimentos dos 
circuitos terminais, reduzindo-se em consequência as quedas de tensão 
e, possivelmente, a bitola dos condutores. 
A localização dos quadros deve também atender a outros critérios, tais 
como facilidade de acesso, funcionalidade e segurança, que devem ser 
considerados conjuntamente para obter-se a melhor solução. 
Cálculo do Centro de Cargas 
Para encontrarmos o Centro de Cargas de uma instalação que 
contém "o" cargas de potências nominais P1, P2, ..., Pn 
utilizamos o processo do Baricentro. 
Determina-se, sobre a planta baixa da instalação, um sistema 
de eixos cartesianos, tomando-se em cada ponto a sua 
respectiva potência nominal "Pi" e as suas distâncias "Xi" e 
"Yi"em relação à origem. 
O Baricentro de Cargas é o ponto de coordenadas "X" e "Y" 
calculadas pelas expressões: 
UNISUAM 
Instalações Elétricas Prediais 
Prof. Jorge D. Ferreira 
2019 
EMENTA 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
CONCEITUAIS 
 
1) Sistema predial elétrico: introdução e conceituação elétrica, pára-raios, 
telefonia e especiais; 
2) Projetos de sistema predial elétrico: peculiaridades, elementos, 
desempenhos e importâncias. Plantas, desenhos e detalhamentos, 
diagramas e esquemas isométricos. Simbologias e normas técnicas. 
Exemplos de projetos. Detalhes sobre aprovação de projetos junto às 
concessionárias de serviço público; 
3) Instalações Elétricas - apresentação e definições. Apresentação do 
sistema de distribuição de energia elétrica da geração dos pontos de 
utilização com descrição dos diversos níveis de tensão. Características 
típicas do projeto de instalações elétricas. Partes componentes e etapas 
de um projeto típico. Critérios e recomendações. Legendas. Apresentação 
de projeto típico e do detalhamento de quadro de entrada. 
4) Instalações Elétricas - Características e localização dos medidores, 
aterramento e do condutor neutro. Cargas de pontos de utilização. Tabela 
de potência e consumo médio dos aparelhos. Potência Conceitos: Potência 
elétrica, ativa, aparente e reativa. Fator de potência Fundamentos 
teóricos. Estudo e características para sua aplicação. Previsão da carga 
de iluminação e pontos de tomadas. Estudo do dimensionamento conforme 
NBR5410:2007. Critérios para iluminação e tomadas (TUG´s e TUE´s). 
Recomendações sobre a montagem do quadro de carga (potência) por 
cômodos. 
5) Instalações Elétricas Estudo da divisão das instalações. Circuitos: 
conceito, estudo da divisão e orientação para dimensionamento. 
Equilíbrio, restrições e recomendações aos circuitos. Esquema de 
distribuição de circuitos. Esquema do quadro de distribuição. Esquemas 
de Diagramas. Localização e definição dos pontos ativos e pontos de 
comando: Ponto de luz, TUG’s, TUE’s, interruptores, disjuntores e chaves. 
6) Instalações elétricas teoria sobre a elaboração do quadro de 
potência. Exercício de montagem do quadro de dimensionamento e 
distribuição de carga. Determinação de potência ativa total. 
Aplicação do fator de potência para iluminação e TUG´s. Fator de 
demanda - definição e orientação para aplicação. Utilização da 
tabela de fator de demanda. Demanda total. 
7) Instalações Elétricas - condutores: conceito. Teoria para 
dimensionamento dos condutores pelos métodos da queda de 
tensão e pela intensidade de corrente. Utilização das tabelas de 
apoio para determinação de condutores e eletrodutos. Númerode 
condutores a considerar em um circuito. Eletrodutos: 
recomendações. 8) Instalações Elétricas - fator de diversidade. 
Definição. Demanda de entrada - Individual e coletiva: Esquema, 
detalhamentos e orientações para cálculo. 
9) Luminotécnica - Lâmpadas e luminárias. Lâmpadas 
incandescente, florescentes, de vapor de mercúrio e outros tipos 
de iluminação. Luz de cor e intensidade luminosa. 
10) Motores e Geradores Generalidades sobre Motores e 
Geradores. Classificação de motores. Aplicação dos motores. 
Esquemas típicos das instalações de motores. Geradores. 
Generalidades. Tipos de geradores. Instalações elétricas para 
serviços de segurança. No Break. 
11) Instalações de pára-raios prediais - generalidades, 
classificação, critérios às normas brasileira e aterramento. 
12) Instalações de telefonia e especiais - Definições. 
Considerações aos sistemas. 
13) Técnica das instalações elétricas Prescrições para 
instalações. Orientação das aplicações dos materiais. Tipos de 
linhas e instalações. Ensaios e manutenções. 
BIBLIOGRAFIA 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
1. NISKIER, Julio. Manual de instalações 
elétricas. 2. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 
2016. 350 p. 
2. CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, 
Severino. Instalações elétricas 
prediais: conforme NBR 5410:2004. 22. 
ed. São Paulo: Érica, 2014. 7ª tiragem 
2016, 423 p. 
3. CREDER, Hélio, Instalações elétricas. 
15. ed. São Paulo : Saraiva, 2013. 428 p. 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
1. CRUZ, Eduardo Cesar Alves; ANICETO, 
Larry Aparecido. Instalações elétricas: 
fundamentos, prática e projetos em 
instalações residenciais e comercias. 2. 
ed. São Paulo: Erica, 2016. 432 p. 
2. COTRIM, Ademaro A. M. B. Instalações 
elétricas. 5 ed. São Paulo: Pearson 
Education Do Brasil, 2009. 496 p. 
3. NERY, Norberto. Instalações elétricas: 
princípios e aplicações. 2. ed. São Paulo: 
Érica, 2015. 368 p. 
4. TOMPKINS, James A. et al. Planejamento 
de instalações. 4. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 
2013. 688 p. 
5. CARVALHO JUNIOR, Roberto de. 
Instalações elétricas e o projeto de 
arquitetura. 6 ed. São Paulo: Blucher, 
2015. 279 p. v 
TIPOS E FORMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA 
• ENERGIA 
“Pode ser definida como tudo aquilo 
capaz de realizar ou produzir 
trabalho”. 
 
“Todas as movimentações que 
ocorrem no universo podem gerar 
forças capazes de transformar a 
energia em um encadeamento 
sucessivo, ou seja, em modalidades 
diferentes de energia. As pessoas 
somente sentem os efeitos da 
energia por meio dos sentidos, e 
apresenta-se sobre as formas a 
seguir”. 
 
 
 Energia mecânica; 
 Energia elétrica; 
 Energia térmica; 
 Energia luminosa; 
 Energia química; 
 Energia atômica; 
 Energia eólica; 
 Energia cinética. 
 
“É constituída por duas modalidades de 
energia: a energia cinética e a energia 
potencial”. Podemos exemplificar com um 
guindaste que realiza trabalho com seus 
motores, ao movimentar a carga. Quando a 
energia está associada a movimento, 
denomina-se, em física, energia cinética. No 
momento em que a carga está parada no alto, 
no aguardo para produzir trabalho, denomina-
se energia potencial, e é a energia que está 
relacionada à posição em que se encontra o 
corpo. Podemos citar outras fontes de energia 
cinética e potencial, como a seguir: 
 
 Energia cinética provinda da energia do 
vento, da água corrente etc. 
 Energia potencial que pode provir da 
energia da água represada, dos elásticos, 
das molas etc 
 
ENERGIA MECÂNICA 
 
 
ENERGIA ELÉTRICA 
 
“É uma forma de energia que apresenta inumeráveis 
benefícios, e, no decorrer dos tempos, tomou-se parte 
integrante e fundamental das nossas atividades diárias. É tão 
importante que nossa vida seria praticamente impossível sem 
sua descoberta e muitas das vezes não damos conta da sua 
importância, somente no momento da sua falta.” 
 
ENERGIA TÉRMICA OU CALORÍFICA 
A corrente elétrica, ao passar por uma “resistência” como por exemplo 
dos aparelhos apresentados a seguir, converte-se em calor. Também 
podemos citar as usinas termoelétricas. 
ENERGIA LUMINOSA 
Quando a corrente elétrica percorre o filamento das lâmpadas, como 
as apresentadas abaixo, aquece-as, produzindo luminosidade. 
 
Fonte: Phillips 
ENERGIA SONORA 
Ao ligar um aparelho, tal como um eletrodoméstico, um smartphone, etc. a 
eletricidade percorre os circuitos, convertendo-se em energia sonora. 
ENERGIA QUÍMICA 
“Energia química é um tipo de 
energia que está armazenada em 
todas as matérias com ligações 
químicas, sendo liberada a partir da 
quebra dessas ligações”. 
Como exemplo observemos uma 
lareira. A madeira seca é uma “loja” 
de energia química. Quando o fogo é 
aplicado à madeira, as moléculas nos 
fragmentos de madeira reagem com 
o oxigênio (ar). Esta reação resulta 
em novas ligações químicas de 
dióxido de carbono, monóxido de 
carbono e água. 
À medida que queima na lareira, a 
energia química é liberada e 
convertida em energia térmica 
(calor) e energia luminosa. Observe 
que a madeira agora se transforma 
em cinzas (uma nova substância). 
 
ENERGIA ATÔMICA 
“Energia nuclear, também conhecida 
como energia atômica, é a energia 
produzida a partir da fissão do 
núcleo de um átomo, que libera uma 
grande quantidade de calor, 
suficiente para produzir energia 
considerada limpa e renovável”. 
“Esta é a energia produzida nas 
usinas termonucleares, que utilizam 
o urânio e outros elementos, como 
combustível para a geração de 
energia”. 
“O princípio de funcionamento das 
usinas e, por consequência, o que 
gera a energia nuclear é a utilização 
do calor para gerar eletricidade” 
ENERGIA EÓLICA 
“A Energia Eólica é o processo 
pelo qual o vento é 
transformado em energia 
cinética e a partir dela em 
eletricidade com o uso de 
equipamentos específicos”. 
“A energia eólica é gerada com 
a movimentação de grandes 
turbinas conhecidas por 
aerogeradores, em formato de 
cata-vento ou de moinhos. As 
turbinas são instaladas em 
regiões onde há os ventos 
chamados predominantes”. 
 
 
ENERGIA CINÉTICA 
 A energia elétrica pode acionar um motor, tais como, um aspirador de pó, uma furadeira 
industrial, um ventilador, um motor industrial, etc. produzindo movimento, ou seja, energia 
cinética. 
Obs: No caso dos aerogeradores, seu funcionamento é inverso, basicamente feito pela 
transformação da energia cinética, produzida pelos ventos em energia mecânica ou energia 
elétrica. 
 
Nota. A energia elétrica, normalmente, não é utilizada no 
mesmo local onde é produzida. Como é produzida a grandes 
distâncias do centro de consumo, é necessário que seja 
transportada; e, por motivos econômicos, tal procedimento se 
dá em altas tensões. 
Assim sendo, a energia elétrica desenvolve-se em quatro fases 
fundamentais: 
 
 Geração (produção); 
 Transmissão; 
 Distribuição; 
 Utilização. 
 
 
 
Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas – SPDA 
 O Sistema de Para-raios e Aterramentos não protege equipamentos eletrônicos sensíveis contra 
tensões induzidas; esse é um assunto afeto à compatibilidade eletromagnética, tema que será 
abordado futuramente. 
Descargas atmosféricas diretas são aquelas que incidem diretamente sobre edificações, linhas de 
transmissão de energia ou qualquer outra instalação exposta ao tempo. Os sistemas de proteção 
contra descargas atmosféricas (SPDA) diretas podem ser divididos, classicamente, em três partes, 
a saber: 
 
 Rede captora de descargas - elementos horizontais (condutores suspensos ou em malhas) e 
elementos verticais (hastes e mastros); 
 Descidas; 
 Aterramentos. 
 
Obs: A proteção contra as descargas atmosféricas (raios ou relâmpagos), apesar de toda 
tecnologia existente em dia, "continua sendo o primitivo para-raios, uma invenção do século 
XVIII". É, sem dúvida, um dos aparelhos de proteção mais simples. 
 
 
 
TELEFONIA E ESPECIAIS 
 
Têm por objetivo estabelecer os padrões e 
procedimentos a serem seguidos por projetistas 
e construtores quenecessitem elaborar e obter 
aprovação de projetos, executar serviços e 
solicitar vistoria de tubulações para cabos e fios 
telefônicos destinados a serviços de 
telecomunicações e outros em edifícios. 
Definições 
 BLOCO TERMINAL: 
Bloco de material isolante, destinado a permitir a conexão de cabos e fios 
 telefônicos. 
 CAIXA: 
 Designação genérica para as partes da tubulação destinadas a possibilitar a 
 passagem, emenda ou terminação de cabos e fios telefônicos. 
 CAIXA DE DISTRIBUIÇÃO: 
 Caixa pertencente à tubulação primária, cuja finalidade é dar passagem aos 
 cabos e fios telefônicos, bem como abrigar os blocos terminais. 
 PONTO TERMINAL DA REDE (PTR): 
 Caixa na qual são terminados e interligados os cabos da rede externa da 
Concessionária 
e os cabos intensos do edifício. 
 CAIXA DE ENTRADA DO EDIFÍCIO: 
 Caixa subterrânea, situada em frente ao edifício, junto ao alinhamento predial, 
 a fim de que se permita a entrada do cabo subterrâneo da rede externa da 
 Concessionária. 
 CAIXA DE PASSAGEM: 
 Caixa destinada a limitar o comprimento da tubulação, eliminar curvas e facilitar 
 o puxamento de cabos e fios telefônicos. 
 
Projeto das Instalações Elétricas 
É a previsão escrita da instalação, 
com todos os seus detalhes, a 
localização dos pontos de utilização 
da energia elétrica, os comandos, o 
trajeto dos condutores, a divisão em 
circuitos, a seção dos condutores, os 
dispositivos de manobra, a carga de 
cada circuito, a carga total etc. 
De um modo geral, o projeto 
compreende quatro partes: 
 Memória - onde o projetista 
justifica e descreve a sua 
solução. 
 Conjunto de plantas, 
esquemas e detalhes - onde 
deverão constar todos os 
elementos necessários à 
perfeita execução do projeto. 
 Especificações - onde se 
descrevem as características 
técnicas do material a ser 
 usado e as normas aplicáveis. 
 Orçamento - onde são 
levantados a quantidade e o 
custo do material e da mão de 
 obra. 
Para a execução do projeto de instalações, o 
projetista necessita de plantas e cortes de 
arquitetura, além de saber o fim a que se 
destina a instalação, os recursos disponíveis, a 
localização da rede mais próxima e quais as 
características elétricas da rede (aérea ou 
subterrânea, tensão entre fases ou fase-neutro 
etc.). 
Projeto de Instalação de Uma Residência 
DDR - Dispositivo Diferencial Residual 
DDR é a sigla para Dispositivo Diferencial 
Residual, que é um dispositivo de proteção 
contra correntes residuais. Também 
conhecido por Diferencial Residual (DR), ele 
é o responsável por detectar as fugas de 
corrente, que é quando a energia dos 
condutores „vaza‟, devido à alguma falha no 
isolamento dos condutores de um circuito, e 
acaba desarmando o disjuntor onde está com 
problema, evitando assim, que alguém possa 
levar um choque – a corrente elétrica costuma 
„fugir‟ para a terra através do corpo humano. 
Ou seja, o DR é interruptor que desliga 
automaticamente correntes elétricas de 
intensidade pequena (de centésimos de 
ampere), as quais um disjuntor comum não 
consegue detectar, mas que se percorrerem o 
corpo humano, podem ser fatais. 
 
DPS - Dispositivos de Proteção contra Surtos 
Dispositivos de proteção contra surtos (DPS) são 
equipamentos desenvolvidos com o objetivo de 
detectar sobretensões transitórias na rede elétrica 
e desviar as correntes de surto. Estes distúrbios, 
são mais comuns do que muitos imaginam, 
ocorrendo diariamente em ambientes residenciais, 
comerciais e industriais. Mas, como eles são 
gerados? E mais, que tipo de danos os surtos 
elétricos podem causar? Qual é a melhor proteção 
para os nossos equipamentos? 
 
SURTO ELÉTRICO 
Surto elétrico é uma onda transitória de tensão, corrente ou potência que tem 
como característica uma elevada taxa de variação por um período curtíssimo 
de tempo. Ele se propaga ao longo de sistemas elétricos e pode causar sérios 
danos aos equipamentos eletroeletrônicos. 
DE ONDE VEM O SURTO ELÉTRICO? 
Os surtos elétricos são normalmente causados 
por descargas atmosféricas, manobras de rede e 
liga/desliga de grandes máquinas. 
 
 
1.Descargas Atmosféricas 
 
Sempre que um raio cai, seja diretamente ou próximo 
à uma instalação / rede elétrica, são gerados surtos. 
Eles podem chegar até os aparelhos conectados às 
redes elétricas, linhas de dados, como internet e TV a 
Cabo e linhas telefônicas. A grande maioria dos surtos 
gerados por raios são ocasionados por descargas 
indiretas. Ou seja, mesmo que o raio caia a 
quilômetros de distância, essa incidência gera um 
campo eletromagnético que se irradia pelo ambiente e 
transfere uma parcela do raio ao encontrar condutores 
metálicos. 
 
 
2. Manobras de Rede 
 
Outra origem bastante comum do surto 
elétrico se dá quando companhias 
energéticas fazem chaveamentos ou 
manobras de redes, causando a interrupção 
na distribuição de energia em determinados 
bairros ou ruas. Não apenas os blecautes, 
conhecidos popularmente como apagões, 
mas também as tentativas de religamento 
são grandes fontes de distúrbios 
eletromagnéticos, incluindo o surto elétrico. 
 
3. Liga/Desliga de Máquinas 
O que a grande maioria das pessoas não sabe, é 
que os surtos elétricos acontecem de maneira 
cotidiana, devido também ao ligar e desligar de 
grandes motores. Os surtos podem ser gerados 
tanto por elevadores em prédios comerciais e 
residenciais; quanto por equipamentos ainda mais 
comuns, como aparelhos ar-condicionado ou 
máquinas de lavar. Todas as vezes que são ligados e 
desligados, estes motores geram sobretensões 
transitórias que podem causar danos imediatos, à 
médio e longo prazo aos equipamentos conectados 
à mesma rede de energia. 
 
QUAIS DANOS OS SURTOS ELÉTRICOS 
PODEM CAUSAR? 
Os principais danos causados pelos surtos elétricos 
são a degradação de componentes; a diminuição de 
vida útil de equipamentos eletroeletrônicos e até 
mesmo a queima instantânea destes aparelhos. 
Como explicado acima, existem situações difíceis de 
se prever, como a queda de um raio; mas também 
cenários rotineiros, onde equipamentos de alta 
tecnologia e grande valor para o dia-a-dia, podem 
ser danificados causando prejuízos imensuráveis. 
 
QUEM ESTÁ EXPOSTO A ESTE TIPO DE PROBLEMA? 
 Absolutamente todos os ambientes que possuam 
equipamentos conectados à rede elétrica ou linhas de dados, como 
telefonia, internet e TV estão expostos aos malefícios dos surtos 
elétricos. Temos exemplos em diversas esferas. 
 Grandes companhias de energia sofrem diariamente com 
queimas de transformadores causadas por surtos elétricos. 
Operadoras de telecomunicações (serviços de telefonia, banda larga 
de internet e tv por assinatura) arcam com enormes prejuízos anuais 
devido a queimas de modems e decodificadores, especialmente pela 
ocorrência de raios e apagões na rede elétrica. Empresas, indústrias e 
instituições dos mais variados portes e segmentos acumulam grandes 
perdas com reparo, deslocamento de equipes técnicas, manutenção e 
reposição de equipamentos eletroeletrônicos avariados pelos surtos 
elétricos. 
 Qualquer pessoa que esteja trabalhando com seu laptop; ou, 
que está lendo em seu smartphone, computador ou tablet; estará à 
mercê dos danos causados pelos surtos. Eles podem avariar 
equipamentos essenciais para o nosso dia-a-dia, como geladeiras, 
fogões, freezers, microondas, tvs, modems de internet, receptores de 
tv a cabo, câmeras de segurança, portões eletrônicos, interfones e 
muitos outros tipos de aparelhos. Claro, desde que não estejamos 
utilizando a proteção certa para este tipo de problema. 
 
BEP - Barramento de Equipotencialização Principal 
O Barramento de Equipotencialização 
Principal (BEP) tem o objetivo de 
possibilitar a interligação de todos os 
elementos da edificação que possam ser 
incluídos na equipotencialização 
principal. Ele é definido no item 3.24 da 
parte3 da norma ABNT* NBR** 
5419:2015, Proteção contra descargas 
atmosféricas, e será o ponto de 
interligação dos elementos de 
equipotencialização ao subsistema de 
aterramento. Esta interligação deverá ser 
realizada por condutores de baixa 
impedância através de ligações as mais 
curtas e retilíneas possíveis. 
Embora seja chamado de barramento, 
ele não precisa ter fisicamente esta 
forma, mas deve ser dimensionado para 
suportar as solicitações mecânicas e 
elétricas a que será submetido. 
 
Observações 
 O BEP deve ser o primeiro elemento de coordenação entre os 
vários possíveis barramentos de equipotencialização que venham 
a existir na estrutura. Mesmo que uma edificação possa ter várias 
barras de equipotencialização local, ela possuirá apenas uma 
principal, chamada por isso de BEP. Não basta darmos a um 
elemento da edificação o nome de BEP que ele assumirá esta 
função. Uma descarga atmosférica não reconhece nomes e a sua 
corrente seguirá sempre os caminhos de menor impedância. 
 Devido à importância da sua localização na edificação, é necessário 
que o posicionamento do BEP seja definido em projeto o mais cedo 
possível. O conceito de BEP é simples e fácil de ser compreendido, 
mas é comum vermos ele não ser instalado corretamente porque 
não se atentou para a importância do seu posicionamento, 
achando-se que qualquer seja o lugar em que esteja o BEP ele 
cumprirá a sua função, o que não é verdade. 
 E, por último, mas não menos importante, o BEP também aparece 
no item 3.3.2 da norma ABNT NBR 5410:2014, versão corrigida 
2008, Instalações elétricas de baixa tensão. Obviamente em uma 
mesma instalação será o mesmo BEP para a “5419” e a “5410”, 
mesmo que o projetista da proteção contra descargas atmosféricas 
não seja o responsável pelo projeto das instalações elétricas de 
baixa tensão. As recomendações existentes em ambas as normas 
seguem os mesmíssimos princípios e são complementares. 
Símbolos Utilizados 
A fim de se facilitar a execução do projeto e a 
identificação dos diversos pontos de utilização, 
lança-se mão de símbolos gráficos. 
A seguir, temos os símbolos gráficos para os 
projetos de instalações elétricas. Foram deixadas 
uma coluna para a simbologia mais usual e uma 
coluna para a simbologia normalizada pela NBR 
5444:1989, que embora cancelada ainda é a 
simbologia utilizada, ficando a critério de cada 
projetista a simbologia a ser adotada. 
Simbologia Padronizada 
 Desde os tempos antigos, o homem se preocupa em transmitir 
para gerações futuras seus inventos, suas ideias, seus pensamentos, e 
para isso utiliza várias formas, dentre as quais o desenho e os 
símbolos. 
 Hoje, dada a complexidade do sistema de produção, o 
caminho a ser percorrido, desde o projeto inicial "ideia técnica” até o 
produto final "projeto executado", passa por diversas etapas, não 
permitindo que um mesmo indivíduo realize e execute. Destarte, cabe 
a cada indivíduo ou determinado setor um limitado campo de atuação, 
isto é, procura-se distribuir as tarefas a um número maior de 
indivíduos/setores. Nos modernos escritórios de projetos elétricos, 
diferentes profissionais participam da sua execução: os projetistas, os 
engenheiros, os técnicos, os desenhistas, os eletricistas etc., além de 
outros especialistas, cada um com uma missão bem definida. Para que 
haja perfeito entrosamento e todos os profissionais envolvidos no 
projeto tenham uma visão de conjunto do que se pretende executar, 
adota-se uma linguagem comum - a simbologia padronizada. 
 
Nota 
 A simbologia, por se tratar de uma forma de 
linguagem, bem como todo o conjunto que completa um 
determinado projeto (esquemas, detalhes, desenhos etc.), 
deve ser EXATA (para ser compreensível) e também clara e de 
fácil interpretação para os que a utilizarem. Em 2014, foi 
anulada a ABNT NBR 5444:1989 que tratava da simbologia 
padronizada, cabendo a cada projetista defini-la. 
 Veja em seguida sugestões de uma série de símbolos 
que deve ser utilizada pelos projetistas de instalações elétricas 
em duas versões: esquema multifilar e esquema unifilar. Os 
símbolos dos esquemas multifilares são utilizados somente 
para representação de esquemas elementares para 
demonstração ou experiências em laboratório. 
 
REFERÊNCIAS 
• Creder, Hélio, 1926-2005 
• Instalações elétricas – Rio de Janeiro: LTC, 
2016 
• Cavalin, Geraldo; Cervelin, Severino 
• Instalações elétricas prediais – 23. ed. – São 
Paulo: Érica. 2017. 
UNISUAM 
Instalações Elétricas Prediais 
Prof. Jorge D. Ferreira 
2019 
 
Definições 
As normas das concessionárias estabelecem, 
inicialmente, as terminologias e definições que 
permitem uma compreensão mais detalhada dos 
termos técnicos utilizados para o fornecimento de 
energia elétrica às instalações de consumidores por 
meio de redes aéreas, a fim de se tornarem 
conhecidas por todos aqueles que trabalham com 
instalações elétricas. 
A seguir, são apresentados os principais termos 
técnicos utilizados em normas de fornecimento de 
energia (Copel, Cemig e Cesp). 
Normas 
NTC 901100: Fornecimento em Tensão Secundária 
de Distribuição - CopeI. 
NTC 901110: Atendimento a Edifícios de Uso 
Coletivo - Copel. 
ND 5.1: Fornecimento em Tensão Secundária - Rede 
de Distribuição Aérea - Edificações Individuais - 
Cemig. 
ND 5:2: Fornecimento em Tensão Secundária - Rede 
de Distribuição Aérea - Edificações Coletivas - 
Cemig. 
 Consumidor 
É a pessoa física ou jurídica que solicita à 
concessionária o fornecimento de energia 
elétrica e assume responsabilidade por todas as 
obrigações regulamentares e contratuais. 
 Unidade Consumidora 
Trata-se de instalações de um único consumidor 
caracterizadas pela entrega de energia elétrica 
em um : ponto com medição individualizada. 
 Agrupamento de Unidades Consumidoras 
É o conjunto de duas ou mais unidades 
consumidoras localizadas em um mesmo terreno 
e não possuem área de uso comum com 
instalação elétrica exclusiva . 
 Edifício de Uso Coletivo 
Prédio que possui como característica a 
existência de mais de uma unidade consumidora 
e dispõe de área de uso comum com a instalação 
elétrica exclusiva (responsabilidade do 
condomínio). 
 Ponto de Entrega 
Primeiro ponto de fixação dos condutores do 
ramal de ligação na propriedade do consumidor. 
É o ponto até o qual a concessionária se obriga a 
fornecer energia elétrica, com a participação nos 
investimentos necessários, responsabilizando-se 
pela execução dos serviços, pela operação e 
manutenção. 
 Entrada de Serviço 
Conjunto de condutores, equipamentos e 
acessórios instalados entre o ponto de derivação 
da rede secundária da concessionária e a 
medição, inclusive. 
 Ramal de Ligação 
Conjunto de condutores e acessórios instalados 
pela concessionária entre o ponto de derivação 
da rede secundária e o ponto de entrega. 
 Ramal de Entrada 
Conjunto de condutores, acessórios e 
equipamentos instalados pelo consumidor a 
partir do ponto de entrega até a medição, 
inclusive. 
 Ramal Alimentador 
Conjunto de condutores e acessórios instalados 
pelo consumidor após a medição para 
alimentação das instalações internas da unidade 
consumidora. 
 Limitador de Fornecimento 
Equipamento de proteção (disjuntor 
termomagnético) destinado a limitar a demanda 
da unidade consumidora. 
 Centro de Medição 
Local onde está situada a medição de 
dois ou mais consumidores. 
 Caixa para Medidor 
Caixa lacrável destinada à instalação do 
medidor ou medidores de energia e seus 
respectivos acessórios, na qual pode ter 
instalado também o equipamento de 
proteção. 
 Caixa para Disjuntor de Proteção 
Caixa lacrável destinada à instalação do 
disjuntor de proteção geral da entrada de 
serviço. 
 Cabine 
Compartimento localizado dentro da 
propriedade do consumidor, destinado a 
abrigar o transformador de distribuição e 
os equipamentos e acessórios 
necessários à sua ligação. 
 Medição Direta 
É a medição de energia, efetuada por 
medidores conectados diretamente aos 
condutoresdo ramal de entrada. 
 Medição Indireta 
É a medição de energia efetuada com 
auxílio de equipamentos auxiliares (TC - 
Transformadores de Corrente, e para 
média e alta tensão, TP - Transformador 
de Potencial). 
 Chave de Aferição 
É um dispositivo que possibilita a retirada 
do medidor do circuito sem interromper 
o fornecimento, ao mesmo tempo que 
coloca em curto-circuito o secundário 
dos transformadores de corrente. 
 Demanda 
É a média das potências elétricas 
instantâneas solicitadas por uma unidade 
consumidora durante um período 
especificado. 
 Alimentador Principal ou Prumada 
É a continuação ou desmembramento do 
ponto de entrega e ponto de entrada, do 
qual fazem parte os conduores, 
eletrodutos e acessórios, conectados a 
partir da proteção geral ou do quadro de 
distribuição principal (QDP) até as caixas 
de medição ou de derivação. 
Limite de Fornecimento: 
Utilização e Demanda - Potência de Alimentacão 
O fornecimento de energia elétrica é determinado pelas limitações 
estabelecidas pelas concessionárias em função da potência (carga) 
instalada ou potência de demanda e tipo de carga ou de fornecimento. 
A Norma ABNT NBR 5410:2004, item 4.2.1.1.1, determina que: "A 
determinação da potência de alimentação é essencial para a concepção 
econômica e segura de uma instalação, dentro de limites adequados de 
elevação de temperatura e de queda de tensão". E o item 4.2.1.1.2 
estabelece também que devem ser "consideradas as possibilidades de 
não simultaneidade de funcionamento dos equipamentos, bem como a 
capacidade de reserva para futuras ampliações". 
Especificação de Entradas de Energia 
Especificar uma entrada de energia para um consumidor significa 
adequar uma categoria de atendimento (tipo de fornecimento) à 
respectiva carga desse consumidor. 
Para facilitar o entendimento do que seja entrada de energia, 
necessitamos de alguns conhecimentos, que passaremos a especificar 
em seguida: 
 
1. Potência ou carga instalada: é a soma das potências nominais de todos 
os aparelhos elétricos ligados em uma instalação do consumidor à rede 
de energia elétrica da concessionária (rede de distribuição). Potência 
nominal é aquela registrada na placa ou impressa no aparelho ou na 
máquina. 
Exemplo 
2. Demanda de utilização (provável demanda): é as somas das 
potências nominais de todos os aparelhos elétricos que funcionam 
simultaneamente, utilizada para o dimensionamento dos 
condutores de ramais alimentadores, dispositivos de proteção, 
categoria de atendimento ou tipo de fornecimento e demais 
características do consumidor. 
Para o cálculo da demanda (D) na elaboração do projeto elétrico, 
deve-se observar o seguinte: 
a. Ao prever as cargas, estuda-se a melhor forma de instalar os 
pontos de utilização de energia elétrica. 
b. A utilização da energia elétrica varia no decorrer do dia, porque 
o(s) usuário(s) não utiliza(m) ao mesmo tempo (simultaneamente) 
todos os pontos da instalação. 
c. A carga instalada não varia, mas a demanda se altera. 
d. Caso a especificação da entrada de energia fosse feita pela carga 
(potência) instalada, em vez da demanda, haveria um 
superdimensionamento de todos os elementos (disjuntores, condutores, 
poste etc.) que compõem a entrada de energia e, consequentemente, em 
vez de se adotar uma categoria adequada, passar-se-ia para uma 
categoria superior, tendo como consequência os custos maiores, sem 
necessidade. 
e. O cálculo da demanda é um método estatístico, e suas tabelas foram 
elaboradas em função de estudos e experiências dos projetistas. 
f. A demanda, por ser um método estatístico, não pode ter o seu valor 
considerado como único e verdadeiro, por isso é chamado de "provável 
máxima demanda" ou "demanda máxima prevista". Para simplificar, 
chamaremos somente de demanda (D). 
g. O cálculo da demanda depende da concessionária de cada região. 
Nota 
No caso de reforma ou ampliação, pode haver um aumento de da carga 
instalada. No entanto é vedado qualquer aumento de carga que supere o 
limite correspondente a cada categoria de atendimento, sem ser 
previamente solicitado pelo interessado e apreciado pela 
Concessionária da sua região. 
 
 
O gráfico a seguir mostra o comportamento da demanda de um 
Consumidor Residencial. 
A demanda (D) de residências e apartamentos individuais é 
determinada com a utilização da seguinte 
expressão: 
Para calcular a demanda (D), é necessário conhecer o fator de demanda 
(gl e g2) As Tabelas 9.1 e 9.2 fornecem esses valores. 
Objetivos da especificação da entrada de 
energia 
 Determinar o tipo de fornecimento. 
 Dimensionar os equipamentos de 
medição e proteção. 
 Efetuar estimativa de carga e 
demanda declarada. 
 Efetuar estimativa de fator de 
potência (no caso de residências e 
apartamentos individuais, 
considera-se FP = 1,00). 
Procedimento para a especificação da 
entrada de energia 
 Para enquadrar na categoria adequada 
ou tipo de fornecimento, obedecer ao 
seguinte roteiro: 
 Determinar a carga instalada, 
conforme ABNT NBR 5410:2004. 
 Verificar a demanda do consumidor, em 
kVA. 
 Verificar o número de fases das cargas 
do consumidor. 
 Verificar a potência dos motores, FN, 
2F, 3F, em CV. 
 Verificar a potência dos aparelhos de 
solda e raio X, em kVA. 
 Enquadrar o consumidor na categoria 
adequada, consultando a Norma da 
Concessionária local (Copel NTC 901100 
- Fornecimento em Tensão Secundária 
de Distribuição). 
Fator de Potência 
O fator de potência é um índice (porcentagem) que mostra a 
forma como a energia elétrica recebida está sendo utilizada, ou 
seja, ele indica quando a energia solicitada da rede da 
concessionária (potência aparente) está sendo usada de forma 
útil (potência ativa). O fator de potência pode se apresentar nas 
formas do quadro a seguir: 
As unidades consumidoras com ligação de cargas especiais, como máquinas de raio X, 
máquinas de solda e motores elétricos monofásicos e trifásicos, cuja operação produza 
perturbações na rede, devem seguir as orientações da tabela seguinte. 
Tabela para definição da categoria de atendimento em 
agrupamentos de unidades consumidoras, sem apresentação 
de projeto. 
Edifícios de Uso Coletivo 
o atendimento às edificações de uso coletivo e agrupamentos é definido em função da demanda total utilizada para o 
dimensionamento dos componentes da entrada de serviço, cujas potências-limite são: 
 Até 75kVA (NTC 901110 - Copel) 
 Até 95kVA (ND 5.2 - Cemig) 
Alimentados em tensão secundária, diretamente da rede de distribuição em baixa tensão, Figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para demandas superiores: 
o 75kVAa 300kVA (NTC 901110 - Copel) 
o 95kVA a 245kVA (ND 5.2 - Cemig) 
O atendimento será feito por ramal de entrada subterrâneo derivado do secundário do transformador de distribuição instalado no 
poste da concessionária, Figura a seguir. 
 
 
Entrada de Energia Subterrânea - Demanda 75kVA a 300kVA. 
Padrão Construtivo ou Padrão de Entrada 
Após a determinação do tipo de fornecimento, pode-se definir 
também o padrão construtivo ou padrão de entrada. 
Mas..., o que é padrão construtivo? 
 
“É todo o conjunto desde o ramal de entrada, poste ou 
pontalete particular, caixas, dispositivos de proteção, 
aterramento, eletrodutos e ferragens, de responsabilidade 
dos consumidores, preparado de forma a permitir a ligação 
das unidades consumidoras à rede da concessionária”. 
Continuação 
Definido o tipo de fornecimento, bem como o padrão 
construtivo, de acordo com a norma técnica, compete à 
concessionária fazer a sua inspeção. 
Se tudo estiver correto, a concessionária instala e liga o 
medidor e o ramal de serviço. 
Referências 
• Creder, Hélio, 1926-2005 
Instalações elétricas – Rio de Janeiro: LTC, 
2016 
• Cavalin, Geraldo; Cervelin, Severino 
Instalações elétricas prediais – 23. ed. – São 
Paulo: Érica. 2017. 
 
UNISUAM 
Instalações Elétricas Prediais 
Prof. Jorge D. Ferreira2019 
 
Entrada de Energia Elétrica nos Prédios 
em Baixa Tensão 
Disposições Gerais do Fornecimento em BT para Algumas Concessionárias 
 
É apresentado a seguir orientação para o projeto de entrada de energia elétrica nas edificações em BT, que está baseado nos 
padrões utilizados pela Light, uma das empresas de distribuição de energia elétrica do Estado do Rio de Janeiro, por meio do RECON-
BT (www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf), bem como na resolução nº 41412010 da ANEEL - Agência Nacional 
de Energia Elétrica, que dispõe sobre as condições gerais de fornecimento de energia elétrica no país. 
Para realização de qualquer projeto, é imprescindível a consulta aos padrões da Concessionária do local em que ele será implantado. 
O limite de demanda para o atendimento de entradas de serviços coletivas, em baixa tensão, deverá ser obtido previamente pelo 
responsável técnico pela instalação, junto à Concessionária, que determinará a configuração elétrica mais otimizada para o 
fornecimento, em função das características da carga e da rede de distribuição local (aérea ou subterrânea). 
A alimentação geral das entradas coletivas será sempre trifásica, através de ramal aéreo ou subterrâneo. 
Em condições específicas de projeto, o fornecimento em baixa tensão será efetivado a partir de unidade transformadora, instalada 
pela Concessionária na parte interna ao limite de propriedade com a via pública, em local cedido pelo cliente para essa finalidade. 
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf
• Tensões de fornecimento 
O fornecimento de energia elétrica em BT será feito em 
corrente alternada, à tensão de distribuição secundária e 
frequência de 60 Hz. As tensões mais usuais no Brasil são 
220/127 V, 230/115V e 380/220 V, valores esses utilizados 
pela Light. 
• Limite das ligações em BT 
De acordo com a resolução nº 414 da 
ANEEL, compete à distribuidora 
informar ao interessado a tensão de 
fornecimento para a unidade 
consumidora, com observância dos 
critérios apresentados ao lado: 
 
I - tensão secundária em rede 
aérea: quando a carga instalada na 
unidade consumidora for igual ou 
inferior a 75 kW; 
II- tensão secundária em sistema 
subterrâneo: até o limite de carga 
instalada, conforme padrão de 
atendimento da distribuidora; 
Em relação ao tipo de medição, o 
limite de demanda adotado pela 
Light para o fornecimento em 
entrada de energia elétrica 
individual com medição direta em 
baixa tensão é de 66,3 kVA 
(220/127 V) ou 114,5kVA (380/220 
V). Para demandas superiores, a 
medição será indireta, por meio de 
transformadores de corrente (TC). 
• Tipos de atendimento 
São três os tipos de atendimento, conforme o número de fases, 
usualmente designados: 
• monofásico: uma fase e neutro (2 fios); 
•bifásico: duas fases e neutro (3 fios), também designado por 
monofásico a 3 fios; 
• trifásico: três fases e neutro (4 fios). 
O número de fases depende do tipo de Consumidor e da demanda. A 
categoria de atendimento depende da Concessionária local. Por exemplo, 
a Light prescreve as seguintes categorias de atendimento apresentados a 
seguir: 
• Notas: 
1)Valores determinados a partir da demanda 
calculada conforme critério da demanda de 
instalação. 
2) A categoria Urbano Bifásica (UB1) é 
opcional, podendo ser aplicada em casos 
especiais onde ocorra a presença 
comprovada de equipamentos que operem na 
tensão 220 V. 
3) Categoria recomendada somente para 
instalações que não utilizem equipamentos 
monofásicos especiais para aquecimento 
d'água (chuveiro, torneira, aquecedor etc.) 
com potência superior a 4,4 kVA. 
4) As diversas subdivisões das categorias de 
atendimento monofásico e trifásico, para 
efeito de dimensionamento dos componentes 
do sistema de medição e proteção geral, são 
definidas em tabelas ,em função da demanda 
calculada. 
Terminologia e Definições 
• Consumidor 
Pessoa física ou jurídica, de direito público ou 
privado, legalmente representada, que solicite 
o fornecimento, a contratação de energia ou o 
uso do sistema elétrico à distribuidora, 
assumindo as obrigações decorrentes desse 
atendimento à(s) sua(s) unidade(s) 
consumidora(s), segundo disposto nas normas 
e nos contratos. 
• Unidade consumidora 
Instalação de apenas um Consumidor, 
caracterizada pelo fornecimento de energia 
elétrica em um único ponto, com medição 
individualizada. 
• Edificação 
Construção constituída por uma ou mais 
unidades consumidoras. 
• Entrada individual 
Conjunto de equipamento e materiais, medidor 
e disjuntor de proteção ete. Destinados ao 
fornecimento de energia elétrica a uma 
edificação composta por uma única unidade 
consumidora. 
• Entrada coletiva 
Conjunto de equipamentos e materiais 
destinados ao fornecimento de energia a uma 
edificação composta por mais de uma unidade 
consumidora. 
 
• Ponto de entrega 
a) O ponto de entrega de energia elétrica 
situa-se no limite de propriedade com a via 
pública em que se localiza a unidade 
consumidora. É o ponto até o qual a Light deve 
adotar todas as providências técnicas de 
modo a viabilizar o fornecimento de energia 
elétrica, observadas as condições 
estabelecidas na legislação, as resoluções e 
os regulamentos aplicáveis, em especial nas 
definições das responsabilidades financeiras 
da Light e do Consumidor no custeio da 
infraestrutura de fornecimento até o ponto de 
entrega. 
b) Quando o atendimento se der por meio de 
ramal de ligação aéreo, o ponto de entrega é 
no ponto de ancoramento do ramal fixado, na 
fachada, no pontalete ou no poste instalado na 
propriedade particular, situado no limite da 
propriedade com a via pública. 
c) No atendimento com ramal de ligação subterrâneo 
derivado de rede aérea com descida no poste da 
Light, por conveniência do Consumidor, 'o ponto de 
entrega é na conexão entre o ramal de ligação e a 
rede secundária de distribuição. 
d) No caso de atendimento com ramal de ligação 
subterrâneo derivado de rede subterrânea, o ponto 
de entrega é fixado no limite da propriedade com a via 
pública no que se refere ao cumprimento das 
responsabilidades estabelecidas na Resolução 414 da 
ANEEL. Entretanto, considerando a necessidade 
técnica de evitar a realização de emendas entre os 
ramais de ligação e de entrada junto ao limite de 
propriedade, apenas sob o aspecto estritamente 
técnico e operacional, a Light realiza a instalação 
contínua do ramal de ligação até o primeiro ponto de 
conexão interno ao consumidor (caixa de 
seccionamento ou caixa de proteção geral). O trecho 
interno do ramal, a partir do limite de propriedade, 
deve ser considerado como o "ramal de entrada”: 
e) Em se tratando de atendimento através de unidade 
de transformação interna ao imóvel, o ponto de 
entrega é na entrada do barramento secundário junto 
da unidade de transformação. 
• Ramal de ligação 
Conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de 
derivaçãoda rede da Concessionária e o ponto de entrega. 
• Ramal de entrada 
Conjunto de equipamentos, condutores e acessórios, instalados 
pelo consumidor entre o ponto de entrega e a medição ou 
proteção de suas instalações. 
• Limite de propriedade 
Linha que separa a propriedade de um consumidor das 
propriedades vizinhas ou da via pública, no alinhamento 
determinado pelos poderes públicos. 
• Recuo técnico 
Local situado junto ao muro ou à fachada da edificação, onde é 
construído um gabinete de alvenaria com acesso pela parte 
externa, para instalação das caixas destinadas ao 
seccionamento, a medição bem como a proteção geral voltada 
para a parte interna da edificação, além dos materiais 
complementares da instalação de entrada de energia elétrica. 
• Carga instalada 
Somatório das potências nominais de todos os equipamentos 
elétricos e dos pontos de luz instalados na unidade 
consumidora, expressa em kW. 
• Demanda da instalação 
Valor máximo de potência: absorvida em um dado intervalo de 
tempo por um conjunto de cargas existentes em uma instalação. 
É obtido a partir da diversificação dessas cargas por tipo de 
utilização, definida em múltiplos de VA ou kVA para efeito de 
dimensionamento de condutores, disjuntores, níveis de queda de 
tensão ou ainda qualquer outra condição assemelhada, devendo 
também ser expressa em kW a fim de atender às condições 
definidas na Resolução nQ 414 da ANEEL e demais resoluções e 
legislação atinentes. 
Solicitação de Fornecimento 
 A solicitação de fornecimento de energia elétrica deve ser 
sempre precedida por prévia consulta à Light, a fim de que sejam 
informadas ao interessado as condições do atendimento. 
Dependendo do tipo de sistema de distribuição na área do 
atendimento, as características da configuração elétrica e do 
ramal de ligação a serem empregados podem ser diferentes. A 
prévia consulta definirá as características elétricas padronizadas 
para o atendimento (ramal aéreo, ramal subterrâneo, nível de 
tensão, tipo de padrão de ligação etc.) antes da elaboração do 
projeto e/ou da execução das instalações. 
Dados Fornecidos à Light 
Para tanto, deve ser apresentada à Concessionária carta com 
solicitação de estudo de viabilidade de fornecimento, 
constando detalhadamente a carga instalada e a demanda 
avaliada conforme critérios a serem estudados futuramente, 
o endereço completo do local, croquis de localização, tipo de 
atividade (residencial, comercial, industrial etc.), bem como 
demais documentações e exigências cabíveis. 
Dados Fornecidos pela Light 
A Light fornecerá os seguintes elementos: 
• Cópia dos padrões de ligação, para as modalidades relacionadas nos 
subitens "à' e "b“ a seguir; 
• Formulários padronizados, conforme o caso; 
• Condições estabelecidas para o atendimento; 
• Tipo de atendimento; 
• Tensão de fornecimento; 
• Níveis de curto-circuito no ponto de entrega (valores padronizados), 
quando necessário; 
• Valor da participação financeira a ser pago pelo consumidor, quando 
existente. Modalidades de fornecimento e responsabilidade técnica: 
a) Ligações novas e aumentos de carga de entradas individuais, exclusivamente 
residenciais, monofásicas e polifásicas ligadas em sistema 220/127 V, com carga instalada 
até 15,OkW (demanda avaliada até 13,3kVA), localizadas em regiões de redes de distribuição 
urbanas, aérea e subterrânea e que não necessitam de apresentação de ART (Anotação de 
Responsabilidade Técnica. instrumento indispensável para identificar a 
responsabilidade técnica pelas obras ou serviços prestados) por 
responsável técnico habilitado pelo CREA/RJ. 
b) Ligações novas e aumentos de carga de entradas individuais, com obrigatoriedade de 
apresentação de ART por responsável técnico habilitado pelo CREA/RJ, para pequenas 
unidades consumidoras (barracas, boxes etc.) monofásicas em 127Vou 115V, com demanda 
avaliada até 4,4kVA, situadas em via pública, em região de rede de distribuição aérea ou 
subterrânea. 
c) Ligações novas e aumentos de carga de entradas individuais, bem como ligações 
temporárias ou provisórias de obra, com demanda avaliada superior a 13,3kVA, 
exclusivamente em 220/127 V,com obrigatoriedade de apresentação de projeto elétrico. 
d) Ligações novas e aumentos de carga de entradas coletivas em 220/127 V e em 
380/220 V, conforme nota da Tabela 11.1,executadas a partir de projeto elaborado por 
responsável técnico ou firma habilitada pelo CREA/RJ, devidamente autorizados pelo 
consumidor por meio de "carta de credenciamento“. 
 
Apresentação de Projeto da Instalação de Entrada de 
Energia Elétrica 
Formulários padronizados serão fornecidos pela Light, que devem ser preenchidos pelo 
responsável técnico, contendo todos os dados da instalação a serem apresentados à Light, 
juntamente com diagrama unifilar, desenhos de detalhes técnicos, memoriais técnicos 
descritivos e demais exigências cabíveis. 
Nos casos de ligações novas e aumentos de carga, previstos anteriormente, deve ser 
apresentada cópia (3 vias no formato A3) do projeto elétrico da instalação, contendo: 
 Diagrama unifilar; 
 Planta de localização; 
 Planta baixa e cortes com detalhes dos agrupamentos de medição, da proteção geral 
 de entrada, dos trajetos de linhas de dutos e circuitos de energia elétrica não medida; 
 Quadro de cargas; 
 Avaliação da demanda; 
 Tensão de atendimento; 
 Características técnicas dos equipamentos e materiais. 
• Ligações temporárias 
 São estabelecidas para o atendimento de cargas com prazo 
relativamente curto de funcionamento (ligações festivas, parques, circos, 
feiras, exposições etc.). Deve ser feita prévia consulta, a fim de que seja 
definido o padrão de ligação a ser empregado na área do atendimento. 
• Ligações provisórias 
 São estabelecidas a título precário e visam possibilitar o 
fornecimento de energia a instalações que, não podendo ser construí das 
de acordo com os requisitos das entradas definitivas, destinam-se a 
finalidades transitórias (construções de prédios, viadutos, edificações 
etc.). 
 Deverá ser feita prévia consulta à Concessionária, a fim de que 
seja definido o padrão de medição a ser empregado na área de 
atendimento. 
Limites de Fornecimento em Relação a Demanda e 
Tipo de Atendimento 
 De acordo com a configuração da rede existente na 
área de atendimento e da demanda avaliada da entrada de 
serviço, a unidade transformadora poderá ser instalada 
conforme os critérios a seguir. 
Atendimento por Meio de Unidade Transformadora Externa 
Dedicada 
Três possibilidades se apresentam: 
 
(1) Rede aérea sem previsão de conversão para subterrânea. O limite de demanda da 
edificação, para atendimento por meio de transformador de distribuição instalado no poste 
da Light, é de 300 kVA. O ramal de ligação, dependendo da conveniência técnica, poderá 
ser aéreo ou subterrâneo. 
(2) Rede aérea com previsão de conversão para subterrânea. O limite de demanda da 
edificação, para atendimento por meio de transformador de distribuição instalado no poste 
da Light, é de 150kVA. O ramal de ligação, dependendo da conveniência técnica, poderá ser 
aéreo ou subterrâneo. 
(3)Rede subterrânea. Quando existe rede subterrânea local, o atendimento será 
efetivado diretamente por meio de ramal subterrâneo. 
O atendimento mediante ramal de ligação subterrâneo derivado diretamente da rede 
reticulada generalizada (malha) está limitado para demandas até 300 kVA. Unidades 
consumidoras com demanda superior a 300 kVA deverão ser submetidas previamente a 
estudo de viabilidade. 
No sistema de distribuição subterrâneo radial, o atendimento será por meio de ramal de 
ligação subterrâneo derivado diretamente da rede sempre que a demanda for igualou 
inferior a 150kVA. 
 
Atendimento por Meio de Unidade Transformadora Interna 
ao Limite de Propriedade 
 Sempre que os limites estabelecidos em futuramente 
relativos à demanda avaliada da entrada coletiva forem 
extrapolados, será necessária

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