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UNISUAM Instalações Elétricas Prediais Prof. Jorge D. Ferreira 2019 Demanda Total de um Edifício de Uso Coletivo Cálculo da Demanda Total de um Edifício de Uso Coletivo, Conforme o Comitê de Distribuição de Energia Elétrica (Codi) Com o objetivo de definir os procedimentos para o dimensionamento das entradas de serviço de energia em edifícios residenciais de uso coletivo, as concessionárias adotam Normas Técnicas ou Instruções Técnicas, que estabelecem as condições mínimas a serem seguidas pelos projetistas de instalações elétricas no cálculo das demandas totais dessas instalações. Tais critérios são aplicáveis no âmbito de cada concessionária e, portanto, sendo diferenciados conforme a concessionária podem conduzir a resultados diversos. Essa diferenciação de métodos produz implicações, sobretudo quando do dimensionamento da Entrada de Serviço do consumidor (transformadores, alimentadores, medição e equipamentos de proteção geral) e quando da previsão de reserva de carga e de expansão da demanda do sistema elétrico da concessionária. Nota Importante O cálculo da demanda de um edifício de uso coletivo é um processo de aproximação, e como tal, tem as suas limitações, posto que é baseado em probabilidades e estatísticas locais, regionais ou nacionais. Em consequência, entendemos que a terminologia "Provável Demanda Máxima" é a mais adequada. Existirão, portanto, várias demandas. O fundamental é que os componentes da entrada de serviço estejam corretamente dimensionados para suportar a Provável Demanda Máxima. Cálculo da Demanda de Edifícios Residenciais de Uso Coletivo Demanda Total do Edifício A demanda total de um edifício é determinada pela aplicação de um fator de segurança (1,20) à soma da demanda correspondente aos apartamentos com a demanda correspondente ao condomínio, conforme a equação a seguir: Demanda dos Apartamentos A demanda correspondente aos apartamentos é feita pelo produto do fator para diversificação de carga em função do número de apartamentos, Tabela 4.3, pelo valor da demanda do apartamento em função da área, Tabela 4.2, conforme a equação a seguir: Parte da Tabela 4.2 Parte da Tabela 4.3 Fator de Diversidade O Fator de Diversidade (F1) representa a razão entre a soma das demandas máximas de cada carga (ou consumidor) de um conjunto de cargas semelhantes e a demanda máxima do conjunto. Este representa o fato real de que as demandas máximas de cada unidade tomada individualmente ocorrem em instantes diferentes, o que faz com que a demanda máxima de um conjunto de consumidores seja menor que a soma das demandas máximas de cada consumidor. Isso implica em que o fator de diversidade seja sempre maior do que a unidade, conforme podemos comprovar pela equação a seguir: Área Útil do Consumidor Os valores de área constantes da Tabela 4.2 são referentes à área útil do apartamento, não devendo ser consideradas áreas de garagem e outras áreas comuns dos edifícios, algumas vezes incluídas (comercialmente) como pertencentes aos apartamentos. Para edifícios que tenham apartamentos com áreas diferentes, deve ser adotado um valor de área calculado pela média ponderada das áreas dos apartamentos do edifício. A Tabela 4.2 é aplicável na determinação da demanda de apartamentos com área útil de até 400 m2, Para apartamentos com área útil superior, a demanda do apartamento deve ser calculada pela fórmula seguinte: Demanda do Condomínio A demanda do condomínio corresponde à soma das demandas das cargas de iluminação, de tomadas e de motores instalados nas áreas do respectivo condomínio. Aplicam-se a elas os seguintes critérios: Cargas de Iluminação: 100% para os primeiros 10 kW e 25% ao excedente; Cargas de Tomadas: 20% da carga total; Motores: aplicam-se as Tabelas 4.4 e 4.5 para cada tipo e quantidade de motor existente na instalação. Devem ser considerados os respectivos fatores de potência de cada carga. A demanda correspondente ao condomínio pode ser calculada conforme a seguinte equação: Cálculo da Demanda de um Edifício Residencial do tipo "Flat“. Dados: Cargas Cálculo da demanda correspondente aos apartamentos Daptos = F1 . F2 sendo: F1 = 71,79 (Fator de diversidade obtido da Tabela 4.3); F2 = 1,16 (Valor de demanda obtido da Tabela 4.2). Daptos = 71,79.1,16 = 83,27 kVA *(Como mostrado a seguir) Determinação de F1 tabela 4.3 Determinação de F2 tabela 4.2 Cálculo da demanda correspondente ao condomínio Dcondom = I1 + 0,25 . I2 + 0,20 . T + M Iluminação: 45800 W (Cos𝜑 = 0,95), então: I1 = 10/0,95 = 10,52 kVA e I2 = 35,8/0,95 = 37,68 kVA Tomadas: T = 26,6 + 2 . 5,4 + 2 . 3,7 = 44,80 kVA Lembrando que: Motores Conforme as Tabelas 4.4. e 4.5, teremos as seguintes demandas individuais: Cálculo da demanda do condomínio Dcondom= 10,52 + 0,25 . 37,68 + 0,20 . 44,80 + 58,56 Dcondom= 87,46 kVA Cálculo da Demanda Total do Edifício Dedif = 1,20· (Daptos + Dcondom) Dedif = 1,20 . (83,27 + 87,46) Dedif = 204,88 kVA Previsão da Carga de Iluminação e dos Pontos de Tomada Generalidades A carga a se considerar para um equipamento de utilização é a sua potência nominal absorvida, dada pelo fabricante ou calculada a partir da tensão nominal, da corrente nominal e do fator de potência. Nos casos em que for dada a potência nominal fornecida pelo equipamento (potência da saída), e não a absorvida, devem ser considerados o rendimento e o fator de potência. A Tabela a seguir fornece como referência as potências médias de alguns aparelhos eletrodomésticos. Carga de iluminação Na determinação das cargas de iluminação incandescente, adotam-se os seguintes critérios, de acordo com a NBR 54lO:2004: a) em cada cômodo ou dependência de unidades residenciais e nas acomodações de hotéis, motéis e similares, deverá ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto, com potência mínima de lOO VA; b) em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m2 , deverá ser prevista uma carga de pelo menos lOO VA, e, com área superior a 6 m2 , deverá ser prevista uma carga mínima de lOO VA para os primeiros 6 m2, acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m2 inteiros. Observação Os valores apurados correspondem à potência destinada à iluminação para efeito de dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal das lâmpadas incandescentes a serem utilizadas. Para aparelhos fixos de iluminação à descarga (lâmpadas fluorescentes, por exemplo), a potência a ser considerada deverá incluir a potência das lâmpadas, as perdas e o fator de potência dos equipamentos auxiliares (reatores). Para o dimensionamento da carga de iluminação fluorescente, os valores de potência indicados anteriormente deverão ser reduzidos, pois as lâmpadas fluorescentes são mais eficientes do que as incandescentes. Como regra prática, podemos dividir os valores de potência por 4, que é a relação de eficiência entre as lâmpadas incandescentes e fluorescentes. Observa-se que, a partir de 2016, as lâmpadas incandescentes ficarão proibidas de serem comercializadas no Brasil, de acordo com a Portaria nº 2 1007, editada pelos Ministérios de Minas e Energia, da Ciência, Tecnologia e Inovação, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, publicada em 6 de janeiro de 2011. Pontos de Tomada de Uso Geral (TUG) Quantidade de pontos de tomada de uso geral Nas unidades residenciais e nas acomodações de hotéis, motéis e similares, o número de pontos de tomada de uso geral deve ser fixado de acordo com o seguinte critério: • nos cômodos ou dependências da instalação, se a área for inferior a 6 m2 , pelo menos um ponto de tomada; se a área for maior que 6 m2, pelo menos um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração de perímetro, espaçados tão uniformemente quantopossível; • em banheiros, pelo menos um ponto de tomada junto ao lavatório; • em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, no mínimo um ponto de tomada para cada 3,5 m, ou fração de perímetro, sendo que, acima de cada bancada com largura igualou superior a 0,30 m, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada; • em subsolos, garagens, sótãos, halls de escadarias e em varandas, salas de manutenção ou localização de equipamentos, tais como casas de máquinas, salas de bombas, barriletes e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada. No caso de varandas, quando não for possível a instalação de ponto de tomada no próprio local, este deverá ser instalado próximo ao seu acesso. Deve-se atentar para a possibilidade de que um ponto de tomada venha a ser usado para alimentação de mais de um equipamento, sendo recomendável, portanto, a instalação da quantidade de tomadas julgada adequada. Potência a Prever nos Pontos de Tomada de Uso Geral Nas unidades residenciais e nas acomodações de hotéis, motéis e similares, aos pontos de tomada de uso geral devem ser atribuídas as seguintes potências: • em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA por ponto, para os excedentes, considerando cada um desses ambientes separadamente; • nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100VA por ponto de tomada. Pontos de Tomada de Uso Específico (TUE) Aos pontos de tomadas de uso específico deverá ser atribuída uma potência igual à potência nominal do equipamento a ser alimentado. Quando não for conhecida a potência do equipamento a ser alimentado, deverá atribuir-se ao ponto de tomada uma potência igual à potência nominal do equipamento mais potente com possibilidade de ser ligado, ou potência determinada a partir da corrente nominal da tomada e da tensão do respectivo circuito. Os pontos de tomada de uso específico devem ser instalados no máximo a 1,5m do local previsto para o equipamento a ser alimentado. Divisão das Instalações Toda a instalação deve ser dividida em vários circuitos, de modo a: • limitar as consequências de uma falta, a qual provocará apenas seccionamento do circuito defeituoso; • facilitar as verificações, os ensaios e a manutenção; • possibilitar o uso de condutores de pequena bitola (área da seção circular). Chama-se circuito o conjunto de pontos de consumo, alimentados pelos mesmos condutores e ligados ao mesmo dispositivo de proteção. Nos sistemas polifásicos, os circuitos devem ser distribuídos de modo a assegurar o melhor equilíbrio de cargas entre as fases. Em instalações de alto padrão técnico, deve haver circuitos normais e circuitos de segurança. Os circuitos normais estão ligados apenas a uma fonte, em geral, à concessionária local. Em caso de falha da rede, haverá interrupção no abastecimento. Esses circuitos são, muitas vezes, chamados de "não essenciais': Os circuitos de segurança são aqueles que garantirão o abastecimento, mesmo quando houver falha da concessionária. Como exemplo de circuitos de segurança, podem-se citar os circuitos de alarme e de proteção contra incêndio, abastecidos simultaneamente pela concessionária ou por fonte própria (baterias, geradores de emergência etc.). Os circuitos de segurança são, muitas vezes, chamados de "essenciais„. NOTA: Devem ser observadas as seguintes restrições em unidades residenciais, hotéis, motéis ou similares: a) circuitos independentes devem ser previstos para os aparelhos com corrente nominal superior a 10 A (como aquecedores de água, fogões e fornos elétricos, máquinas de lavar, aparelhos de aquecimento ou para aparelhos de ar condicionado etc.), b) circuitos de iluminação devem ser separados dos circuitos de tomadas; c) em unidades residenciais, hotéis, motéis ou similares, são permitidos pontos de iluminação e tomadas em um mesmo circuito, de maneira a se evitar que os pontos de iluminação não sejam alimentados, em sua totalidade, por um só circuito, exceto nas cozinhas, copas e áreas de serviço, que devem constituir um ou mais circuitos independentes; d) proteções dos circuitos de aquecimento ou condicionamento de ar de uma residência podem ser agrupadas no quadro de distribuição da instalação elétrica geral ou num quadro separado; e) quando um mesmo alimentador abastece vários aparelhos individuais de ar condicionado, deve haver uma proteção para o alimentador geral e uma proteção junto a cada aparelho, caso este não possua proteção interna própria. f) cada circuito deverá ter seu próprio condutor neutro; g) circuitos de tomadas deverão ter um condutor de proteção - PE (terra) – ligado diretamente ao terra da instalação. O condutor PE pode ser comum a mais de um circuito. h) Circuitos de iluminação instalados em áreas com piso "molhado" ou instalados em algumas instalações industriais também deverão ter um condutor de proteção - PE. Dispositivos de Comando dos Circuitos Interruptores Para o controle de circuitos trifásicos, deverá ser usado dispositivo tripolar que atue sobre os três condutores-fase simultaneamente. Somente será permitido dispositivo monopolar para corrente nominal superior a 800 amperes. Os interruptores unipolares, paralelos ou intermediários, devem interromper unicamente o condutor-fase e nunca o condutor neutro. Isso possibilitará reparar e substituir lâmpadas sem risco de choque; bastará desligar o interruptor (Figura ao lado). Continuação Os interruptores devem ter capacidade, em ampères, suficiente para interromper e suportar, por tempo indeterminado, as correntes que transportam. Em circuitos de dois condutores-fase, deve- se usar interruptor bipolar (Figura ao lado). Observação Os interruptores comuns para instalações residenciais são de 10A - 250 volts -, o que permite comandar cargas de até 1200 watts, em 127 volts, ou 2 200 watts, em 220 volts. Quando há carga indutiva, como, por exemplo, em lâmpadas fluorescentes, e não se dispondo de interruptor especial, pode-se usar o interruptor comum, porém com capacidade, no mínimo, igual ao dobro da corrente a se interromper. Interruptor de Várias Seções Quando desejamos comandar diversas lâmpadas do mesmo ponto de luz, como no caso de abajures, ou diversos pontos de luz, usamos interruptores de várias seções (Figura abaixo). Interruptor Three-Way (Sw) ou Paralelo É usado em escadas ou dependências cujas luzes, pela extensão ou por comodidade, deseja-se apagar ou acender de pontos diferentes. Esquematicamente, pode ser representado da seguinte maneira (Figura abaixo): Interruptor Four-Way (S4w) ou Intermediário Às vezes, há necessidade de se comandar a(s) lâmpada( s) em vários pontos diferentes. Então, lança-se mão de um sistema múltiplo, representado pelo esquema da Figura abaixo, denominado four-way, porque são dois condutores de entrada e dois de saída. Minuteria e Sensor de Presença Em edifícios residenciais, é usual o emprego de um interruptor que apaga automaticamente o circuito de serviço, visando à maior economia para o condomínio. Após as 22 horas, quando o movimento do prédio diminui, não se justifica ficarem muitas lâmpadas acesas toda a noite; basta que se acendam no momento em que chegue uma pessoa, apagando automaticamente pouco depois. Como as lâmpadas permanecem ligadas por aproximadamente um minuto, esses dispositivos são conhecidos por “minuterias”. Há tipos de minuteria em que o tempo de atuação pode ser ajustado em períodos mais longos. Seja o esquema da Figura a seguir, em que, na posição A da chave de reversão, as lâmpadas acendem sem necessidade de calcar os botões dos pavimentos (antes das 22 horas). Na posição B, calcando-se o botão de um dos pavimentos, fecha-se o circuito da bobina que atraia lâmina, fechando-se os contatos m e n. Assim, pode-se tirar o dedo do botão, pois as lâmpadas continuarão acesas enquanto um mecanismo de relojoaria mantiver os contatos fechados (ver Figura).Todavia, modernamente se usam interruptores temporizados em cada pavimento, com o mesmo efeito da minuteria, porém com maior economia de energia. Nota Atualmente, as minuterias vêm sendo substituídas pelos sensores de presença, que são relés acionados por meio de um sensor infravermelho, o qual detecta o movimento de pessoas e veículos e aciona a iluminação, tornando mais claros ambientes pelo acionamento de luminárias de parede, jardins, vitrines, entradas ou saídas, escadarias, garagem, halls etc. O tempo de funcionamento da iluminação pode ser regulado de 15 segundos a 8 minutos, de acordo com cada fabricante. A Figura seguinte mostra as áreas típicas de atuação de um sensor de presença. Alguns tipos de sensores de presença, imunes ao movimento de pequenos animais, são indicados para casas onde existam pequenos animais de estimação, evitando que os mesmos acionem, indevidamente, o sensor. Os sensores de presença, apresentados na Figura a seguir da esquerda, são utilizados, também, para a segurança de instalações, podendo ser instalados na sua parte externa. Além disso, muitas outras são as aplicações dos sensores de presença. Há também os sensores de presença "wireless" que utilizam a tecnologia wireless operando sem a necessidade de cabos para enviar o sinal a um sistema central de comando. Alguns sensores possuem também fotocélula, que permite identificar se é noite ou dia, de modo a impedir que a iluminação seja acionada durante o dia. Os sensores podem acionar uma ou mais lâmpadas ou equipamentos de sinalização, conforme se pode observar na Figura a seguir da direita, a qual mostra os esquemas de ligação a 2 fios, para lâmpadas incandescentes, e a 3 fios, para qualquer tipo de lâmpada. Dimensionamento Dimensionemos, por exemplo, o alimentador do apartamento 201 de um edifício tomado como referência. Dados: Carga total do apartamento = 4240 W (luz e tomada) + 4400 W (chuveiro) + 1500 W (ar condicionado) Distância do apartamento ao medidor = 12 metros Tensão = 127 V Fator de demanda a se considerar (Tabela anterior) para carga de iluminação e tomadas de uso geral: UNISUAM Instalações Elétricas Prediais Prof. Jorge D. Ferreira 2019 Demanda Individual de Unidades Consumidoras não Residenciais A Demanda Individual de Unidades Consumidoras não Residenciais (lojas, escritórios, escolas etc.) deve ser calculada conforme os fatores de demanda especificados nas Tabelas 4.6, 4.7 e 4.8 mostradas a seguir. Para o cálculo da demanda de motores dessas instalações utilizaremos as Tabelas 4.4 e 4.5. Tabela 4.6 Tabela 4.7 Tabela 4.8 Exemplo Determinar a provável demanda de um restaurante que possui área de 80 m2 e as seguintes cargas instaladas: Cálculo da Provável Demanda Cálculo de D1 PD = D1 + D2 + D3 + D4 + D5 + D6, em que: D1 = Demanda de Iluminação (Tabela 4.6): D1 = 100% . Carga Instalada = 3000 VA = 3 kVA Cálculo de D2 D2 = Demanda de Condicionadores de Ar (Tabela 4.7) D2 = 100% . Carga Instalada (até 10 aparelhos) = 2 X 2600 = 5200 VA = 5,2 kVA Cálculo de D3 D3 = Demanda de Aparelhos de Aquecimento como Chuveiro e Torneira (Tabela 4.8) 4 aparelhos, fator de demanda = 0,76 D3 = 0,76 ( 2 X 5400 + 2 X 3700) = 13832 VA = 13,83 kVA Cálculo de D4 D4 = Demanda de Aparelhos como Grill e Cafeteira (Tabela 4.8) 5 aparelhos, fator de demanda = 0,70 D4 = 0,70 (3 X 1000 + 2 X 1200) = 3780 VA = 3,78 kVA Cálculo de D5 D5 = Demanda de Aparelhos tipo Máquina de Lavar Louça (Tabela 4.8) 2 aparelhos, fator de demanda = 0,92 D5 = 0,92 X 2 X 1500 = 2760 VA = 2,76 kVA Cálculo de D6 D6 = Demanda dos demais Aparelhos Eletrodomésticos (Tabela 4.8) 16 aparelhos, fator de demanda = 0,43 D6 = 0,43 (4 X 200 + 2 X 200 + 4 X 400 + 2 X 250 + 4 X 150) = 1677 VA = 1,68 kVA Cálculo da Provável Demanda PD = 3 + 5,2 + 13,83 + 3,78 + 2,76 + 1,68 PD = 30,25 kVA Demanda de um Edifício com Unidades Consumidoras Residenciais e Comerciais Em casos de edifícios que possuam unidades residenciais e comerciais, devemos proceder de maneira semelhante aos cálculos já apresentados para a demanda das unidades residenciais, porém acrescentando a parcela referente à demanda das unidades comerciais. Neste caso, podemos calcular a demanda total do edifício pela expressão: Dedif = 1,20. (Daptos + Dcondom + Dun.comerc) Sendo: Dedif : Demanda total do edifício Daptos : Demanda correspondente aos apartamentos Dcondom : Demanda correspondente ao condomínio Dun.comerc : Demanda correspondente às unidades comerciais Edifício Misto: Unidades Residenciais e Comerciais Supondo que o edifício apresentado na aula passada, no qual foi calculada a provável demanda, além dos 136 apartamentos e condomínio já citados, possua no pavimento térreo, por exemplo, 12 lojas conforme a relação de cargas detalhada a seguir. Determine a demanda de cada loja e a nova demanda do edifício Lojas - tipo 12 unidades, 40 m2 cada uma, contendo as seguintes cargas: Iluminação: 2400 VA Tomadas de Uso Geral: 3800 VA Tomadas de Uso Específico 1 chuveiro elétrico de 3500 W 2 aparelhos de ar-condicionado de 10.000 BTU : 1650 VA cada Solução: Demanda de Cada Loja PD = D1 + D2 + D3 D1 = Demanda de Iluminação e TUG (Tabela 4.6) D1 = 100% . (2400 + 3800) = 6,20 kVA Continuação D2 = Demanda de Condicionadores de Ar (Tabela 4.7) D2 = 100% X (2 X 1650) = 3,30 kVA Continuação D3 = Demanda do Chuveiro (Tabela 4.8) D3 = 100% X 1 X 3500 = 3,50 kVA Demanda Total de Cada Loja PD = D1 + D2 + D3 PD = 6,20 + 3,30 + 3,50 PD = 13,00 kVA Demanda Total do Edifício Iluminação e TUG (Tabela 4.6) PD = D1 + D2 + D3 (considerar as 2 lojas) D1 = 100% X 12 X (2400 + 3800) = 74,40 kVA Continuação Condicionadores de Ar (Tabela 4.7) D2 = 80% X 24 X (1650) = 31,68 kVA Continuação Chuveiro elétrico D3 = 48% X 12 X (3500) = 20,16 kVA Demanda total das Unidades Comerciais PD = D1 + D2 + D3 PD = 74,40 + 31,68 + 20,16 Dun.comerc = 126,24 kVA Demanda Total do Edifício Daptos = 83,27 kVA Dcondom = 87,46 kVA Dun.comerc = 126,24 kVA Dedif = 1,20 X (83,27 + 87,46 + 126,24) Dedif = 356,36 kVA Divisão da Instalação em Circuitos Locação dos Pontos Elétricos Definidos todos os pontos de utilização de energia elétrica da instalação, a sua locação em planta será feita com a simbologia gráfica definida na norma NBR-5444: Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Prediais Ao fazer a locação dos pontos em planta, o projetista deve estar atento às seguintes recomendações: a - Fazer o desenho com gabaritos ou softwares gráficos específicos para projetos de instalações elétricas, a simbologia apropriada para cada ponto de utilização e colocando ao lado de cada ponto a sua respectiva potência. b - Observar o projeto arquitetônico, o projeto estrutural e os demais projetos de utilidades do edifício, evitando locar pontos elétricos sobre elementos estruturais (pilares ou vigas de concreto) ou em interferência com outras instalações (por exemplo, com pontos dos projetos de instalações telefônicas, hidráulicas, sanitárias, de combate a incêndio, de segurança patrimonial etc.). c - Observar o layout detalhado no projeto de ambientação ou, na ausência deste, manter uma interlocução com o cliente, visando localizar os pontos de maneira a: Distribuir uniformemente os pontos de iluminação geral e prever pontos de iluminação para destaques específicos. Distribuir uniformemente as tomadas de uso geral. Prever a localizaçãode tomadas sobre as eventuais bancadas existentes em copas, cozinhas, áreas de serviço e banheiros (recomenda-se que sobre cada bancada sejam previstas no mínimo duas tomadas de uso geral a 0,30 m de altura da bancada), exceto para banheiros, onde se prevê no máximo uma tomada). Prever a localização das tomadas de uso específico a no máximo 1,50 m dos aparelhos de utilização. Localizar de maneira apropriada os comandos dos pontos de iluminação, prevendo interruptores simples, duplos, triplos, paralelos ou intermediários onde se fizer necessário. d - No que se refere às instalações do condomínio, definir: A localização dos motores para elevadores, bombas de recalque d'água, bombas de drenagem, bombas do sistema de combate a incêndio, bombas para piscinas, portões de acesso etc., bem como a localização dos seus respectivos quadros de comando, observando as áreas específicas destinadas a estes fins e as recomendações dos fabricantes desses equipamentos. Prever a utilização de minuterias e/ou interruptores temporizados para o comando dos pontos de iluminação de escadas, halls e circulações. Prever a utilização de interruptores diversos e/ou comandos nos próprios quadros para os pontos de iluminação do subsolo, pavimento térreo, portaria, áreas externas, jardins, piscinas, quadras esportivas etc. Prever a utilização de porteiros eletrônicos, sinalizadores para acesso de veículos, sinalizadores de obstáculos, alarmes etc. Exemplo As figuras mostradas a seguir, exemplificam a locação dos pontos elétricos em um pequeno apartamento: QUADRO DE PREVISÃO DE CARGAS NO APARTAMENTO CONVENÇÕES Setores de uma Instalação Elétrica Circuito Elétrico É o conjunto de equipamentos e condutores elétricos, ligados a um mesmo dispositivo de proteção. Dispositivo de Proteção É um equipamento elétrico que atua automaticamente pela ação de dispositivos sensíveis, quando o circuito elétrico ao qual está conectado se encontra submetido a determinadas condições anormais, com o objetivo de evitar ou limitar danos a um sistema ou equipamento elétrico. Os principais dispositivos de proteção utilizados em instalações prediais são os disjuntores termomagnéticos, os disjuntores diferenciais e os fusíveis. Quadro de Distribuição Componente de uma instalação elétrica destinado a abrigar um ou mais dispositivos de proteção e/ou de manobra e a conexão de condutores elétricos interligados a eles, a fim de distribuir a energia elétrica aos diversos circuitos. Circuitos Terminais São os circuitos que alimentam diretamente os equipamentos de utilização (lâmpadas, aparelhos elétricos, motores) e ou tomadas de corrente de uso geral ou de uso específico. Os circuitos terminais podem ser monofásicos, bifásicos ou trifásicos, conforme a natureza das cargas que alimentam. Os circuitos terminais partem dos quadros terminais ou dos quadros de distribuição (alimentadores) e são conectados diretamente aos terminais da carga ou das cargas que fazem parte deles, ou das tomadas de corrente pertencentes a eles. Quadros Terminais São quadros elétricos que alimentam exclusivamente circuitos terminais. Circuitos Alimentadores São os circuitos que alimentam um ou mais quadros terminais e/ou quadros de distribuição (alimentadores). Os termos circuitos de distribuição principal, circuito de distribuição divisionário e circuito subalimentador são também empregados para designar circuitos alimentadores. Os circuitos alimentadores podem ser monofásicos, bifásicos ou trifásicos. Os circuitos alimentadores partem de uma fonte de energia (rede pública, transformador ou gerador) ou de um quadro de distribuição e alimentam um ou mais quadros. Quadros Alimentadores ou Quadros de Distribuição São os quadros dos quais partem um ou mais circuitos alimentadores, podendo também partir deles circuitos terminais. Recomendações para Localização dos Quadros Elétricos Os quadros terminais e quadros de distribuição devem estar localizados preferencialmente no Centro de Carga da instalação, que será definido como o ponto ou região em que se concentram as maiores potências. Considerando-se apenas o aspecto do dimensionamento elétrico dos circuitos, esta afirmação é válida. Se o quadro estiver situado no ponto central das cargas às quais atende, calculado de modo ponderado, considerando-se as potências individuais das cargas e as suas distâncias em relação ao quadro, podemos obter uma razoável economia nos condutores, haja vista que serão reduzidos os comprimentos dos circuitos terminais, reduzindo-se em consequência as quedas de tensão e, possivelmente, a bitola dos condutores. A localização dos quadros deve também atender a outros critérios, tais como facilidade de acesso, funcionalidade e segurança, que devem ser considerados conjuntamente para obter-se a melhor solução. Cálculo do Centro de Cargas Para encontrarmos o Centro de Cargas de uma instalação que contém "o" cargas de potências nominais P1, P2, ..., Pn utilizamos o processo do Baricentro. Determina-se, sobre a planta baixa da instalação, um sistema de eixos cartesianos, tomando-se em cada ponto a sua respectiva potência nominal "Pi" e as suas distâncias "Xi" e "Yi"em relação à origem. O Baricentro de Cargas é o ponto de coordenadas "X" e "Y" calculadas pelas expressões: UNISUAM Instalações Elétricas Prediais Prof. Jorge D. Ferreira 2019 EMENTA CONTEÚDO PROGRAMÁTICO CONCEITUAIS 1) Sistema predial elétrico: introdução e conceituação elétrica, pára-raios, telefonia e especiais; 2) Projetos de sistema predial elétrico: peculiaridades, elementos, desempenhos e importâncias. Plantas, desenhos e detalhamentos, diagramas e esquemas isométricos. Simbologias e normas técnicas. Exemplos de projetos. Detalhes sobre aprovação de projetos junto às concessionárias de serviço público; 3) Instalações Elétricas - apresentação e definições. Apresentação do sistema de distribuição de energia elétrica da geração dos pontos de utilização com descrição dos diversos níveis de tensão. Características típicas do projeto de instalações elétricas. Partes componentes e etapas de um projeto típico. Critérios e recomendações. Legendas. Apresentação de projeto típico e do detalhamento de quadro de entrada. 4) Instalações Elétricas - Características e localização dos medidores, aterramento e do condutor neutro. Cargas de pontos de utilização. Tabela de potência e consumo médio dos aparelhos. Potência Conceitos: Potência elétrica, ativa, aparente e reativa. Fator de potência Fundamentos teóricos. Estudo e características para sua aplicação. Previsão da carga de iluminação e pontos de tomadas. Estudo do dimensionamento conforme NBR5410:2007. Critérios para iluminação e tomadas (TUG´s e TUE´s). Recomendações sobre a montagem do quadro de carga (potência) por cômodos. 5) Instalações Elétricas Estudo da divisão das instalações. Circuitos: conceito, estudo da divisão e orientação para dimensionamento. Equilíbrio, restrições e recomendações aos circuitos. Esquema de distribuição de circuitos. Esquema do quadro de distribuição. Esquemas de Diagramas. Localização e definição dos pontos ativos e pontos de comando: Ponto de luz, TUG’s, TUE’s, interruptores, disjuntores e chaves. 6) Instalações elétricas teoria sobre a elaboração do quadro de potência. Exercício de montagem do quadro de dimensionamento e distribuição de carga. Determinação de potência ativa total. Aplicação do fator de potência para iluminação e TUG´s. Fator de demanda - definição e orientação para aplicação. Utilização da tabela de fator de demanda. Demanda total. 7) Instalações Elétricas - condutores: conceito. Teoria para dimensionamento dos condutores pelos métodos da queda de tensão e pela intensidade de corrente. Utilização das tabelas de apoio para determinação de condutores e eletrodutos. Númerode condutores a considerar em um circuito. Eletrodutos: recomendações. 8) Instalações Elétricas - fator de diversidade. Definição. Demanda de entrada - Individual e coletiva: Esquema, detalhamentos e orientações para cálculo. 9) Luminotécnica - Lâmpadas e luminárias. Lâmpadas incandescente, florescentes, de vapor de mercúrio e outros tipos de iluminação. Luz de cor e intensidade luminosa. 10) Motores e Geradores Generalidades sobre Motores e Geradores. Classificação de motores. Aplicação dos motores. Esquemas típicos das instalações de motores. Geradores. Generalidades. Tipos de geradores. Instalações elétricas para serviços de segurança. No Break. 11) Instalações de pára-raios prediais - generalidades, classificação, critérios às normas brasileira e aterramento. 12) Instalações de telefonia e especiais - Definições. Considerações aos sistemas. 13) Técnica das instalações elétricas Prescrições para instalações. Orientação das aplicações dos materiais. Tipos de linhas e instalações. Ensaios e manutenções. BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA BÁSICA 1. NISKIER, Julio. Manual de instalações elétricas. 2. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2016. 350 p. 2. CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações elétricas prediais: conforme NBR 5410:2004. 22. ed. São Paulo: Érica, 2014. 7ª tiragem 2016, 423 p. 3. CREDER, Hélio, Instalações elétricas. 15. ed. São Paulo : Saraiva, 2013. 428 p. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. CRUZ, Eduardo Cesar Alves; ANICETO, Larry Aparecido. Instalações elétricas: fundamentos, prática e projetos em instalações residenciais e comercias. 2. ed. São Paulo: Erica, 2016. 432 p. 2. COTRIM, Ademaro A. M. B. Instalações elétricas. 5 ed. São Paulo: Pearson Education Do Brasil, 2009. 496 p. 3. NERY, Norberto. Instalações elétricas: princípios e aplicações. 2. ed. São Paulo: Érica, 2015. 368 p. 4. TOMPKINS, James A. et al. Planejamento de instalações. 4. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2013. 688 p. 5. CARVALHO JUNIOR, Roberto de. Instalações elétricas e o projeto de arquitetura. 6 ed. São Paulo: Blucher, 2015. 279 p. v TIPOS E FORMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA • ENERGIA “Pode ser definida como tudo aquilo capaz de realizar ou produzir trabalho”. “Todas as movimentações que ocorrem no universo podem gerar forças capazes de transformar a energia em um encadeamento sucessivo, ou seja, em modalidades diferentes de energia. As pessoas somente sentem os efeitos da energia por meio dos sentidos, e apresenta-se sobre as formas a seguir”. Energia mecânica; Energia elétrica; Energia térmica; Energia luminosa; Energia química; Energia atômica; Energia eólica; Energia cinética. “É constituída por duas modalidades de energia: a energia cinética e a energia potencial”. Podemos exemplificar com um guindaste que realiza trabalho com seus motores, ao movimentar a carga. Quando a energia está associada a movimento, denomina-se, em física, energia cinética. No momento em que a carga está parada no alto, no aguardo para produzir trabalho, denomina- se energia potencial, e é a energia que está relacionada à posição em que se encontra o corpo. Podemos citar outras fontes de energia cinética e potencial, como a seguir: Energia cinética provinda da energia do vento, da água corrente etc. Energia potencial que pode provir da energia da água represada, dos elásticos, das molas etc ENERGIA MECÂNICA ENERGIA ELÉTRICA “É uma forma de energia que apresenta inumeráveis benefícios, e, no decorrer dos tempos, tomou-se parte integrante e fundamental das nossas atividades diárias. É tão importante que nossa vida seria praticamente impossível sem sua descoberta e muitas das vezes não damos conta da sua importância, somente no momento da sua falta.” ENERGIA TÉRMICA OU CALORÍFICA A corrente elétrica, ao passar por uma “resistência” como por exemplo dos aparelhos apresentados a seguir, converte-se em calor. Também podemos citar as usinas termoelétricas. ENERGIA LUMINOSA Quando a corrente elétrica percorre o filamento das lâmpadas, como as apresentadas abaixo, aquece-as, produzindo luminosidade. Fonte: Phillips ENERGIA SONORA Ao ligar um aparelho, tal como um eletrodoméstico, um smartphone, etc. a eletricidade percorre os circuitos, convertendo-se em energia sonora. ENERGIA QUÍMICA “Energia química é um tipo de energia que está armazenada em todas as matérias com ligações químicas, sendo liberada a partir da quebra dessas ligações”. Como exemplo observemos uma lareira. A madeira seca é uma “loja” de energia química. Quando o fogo é aplicado à madeira, as moléculas nos fragmentos de madeira reagem com o oxigênio (ar). Esta reação resulta em novas ligações químicas de dióxido de carbono, monóxido de carbono e água. À medida que queima na lareira, a energia química é liberada e convertida em energia térmica (calor) e energia luminosa. Observe que a madeira agora se transforma em cinzas (uma nova substância). ENERGIA ATÔMICA “Energia nuclear, também conhecida como energia atômica, é a energia produzida a partir da fissão do núcleo de um átomo, que libera uma grande quantidade de calor, suficiente para produzir energia considerada limpa e renovável”. “Esta é a energia produzida nas usinas termonucleares, que utilizam o urânio e outros elementos, como combustível para a geração de energia”. “O princípio de funcionamento das usinas e, por consequência, o que gera a energia nuclear é a utilização do calor para gerar eletricidade” ENERGIA EÓLICA “A Energia Eólica é o processo pelo qual o vento é transformado em energia cinética e a partir dela em eletricidade com o uso de equipamentos específicos”. “A energia eólica é gerada com a movimentação de grandes turbinas conhecidas por aerogeradores, em formato de cata-vento ou de moinhos. As turbinas são instaladas em regiões onde há os ventos chamados predominantes”. ENERGIA CINÉTICA A energia elétrica pode acionar um motor, tais como, um aspirador de pó, uma furadeira industrial, um ventilador, um motor industrial, etc. produzindo movimento, ou seja, energia cinética. Obs: No caso dos aerogeradores, seu funcionamento é inverso, basicamente feito pela transformação da energia cinética, produzida pelos ventos em energia mecânica ou energia elétrica. Nota. A energia elétrica, normalmente, não é utilizada no mesmo local onde é produzida. Como é produzida a grandes distâncias do centro de consumo, é necessário que seja transportada; e, por motivos econômicos, tal procedimento se dá em altas tensões. Assim sendo, a energia elétrica desenvolve-se em quatro fases fundamentais: Geração (produção); Transmissão; Distribuição; Utilização. Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas – SPDA O Sistema de Para-raios e Aterramentos não protege equipamentos eletrônicos sensíveis contra tensões induzidas; esse é um assunto afeto à compatibilidade eletromagnética, tema que será abordado futuramente. Descargas atmosféricas diretas são aquelas que incidem diretamente sobre edificações, linhas de transmissão de energia ou qualquer outra instalação exposta ao tempo. Os sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) diretas podem ser divididos, classicamente, em três partes, a saber: Rede captora de descargas - elementos horizontais (condutores suspensos ou em malhas) e elementos verticais (hastes e mastros); Descidas; Aterramentos. Obs: A proteção contra as descargas atmosféricas (raios ou relâmpagos), apesar de toda tecnologia existente em dia, "continua sendo o primitivo para-raios, uma invenção do século XVIII". É, sem dúvida, um dos aparelhos de proteção mais simples. TELEFONIA E ESPECIAIS Têm por objetivo estabelecer os padrões e procedimentos a serem seguidos por projetistas e construtores quenecessitem elaborar e obter aprovação de projetos, executar serviços e solicitar vistoria de tubulações para cabos e fios telefônicos destinados a serviços de telecomunicações e outros em edifícios. Definições BLOCO TERMINAL: Bloco de material isolante, destinado a permitir a conexão de cabos e fios telefônicos. CAIXA: Designação genérica para as partes da tubulação destinadas a possibilitar a passagem, emenda ou terminação de cabos e fios telefônicos. CAIXA DE DISTRIBUIÇÃO: Caixa pertencente à tubulação primária, cuja finalidade é dar passagem aos cabos e fios telefônicos, bem como abrigar os blocos terminais. PONTO TERMINAL DA REDE (PTR): Caixa na qual são terminados e interligados os cabos da rede externa da Concessionária e os cabos intensos do edifício. CAIXA DE ENTRADA DO EDIFÍCIO: Caixa subterrânea, situada em frente ao edifício, junto ao alinhamento predial, a fim de que se permita a entrada do cabo subterrâneo da rede externa da Concessionária. CAIXA DE PASSAGEM: Caixa destinada a limitar o comprimento da tubulação, eliminar curvas e facilitar o puxamento de cabos e fios telefônicos. Projeto das Instalações Elétricas É a previsão escrita da instalação, com todos os seus detalhes, a localização dos pontos de utilização da energia elétrica, os comandos, o trajeto dos condutores, a divisão em circuitos, a seção dos condutores, os dispositivos de manobra, a carga de cada circuito, a carga total etc. De um modo geral, o projeto compreende quatro partes: Memória - onde o projetista justifica e descreve a sua solução. Conjunto de plantas, esquemas e detalhes - onde deverão constar todos os elementos necessários à perfeita execução do projeto. Especificações - onde se descrevem as características técnicas do material a ser usado e as normas aplicáveis. Orçamento - onde são levantados a quantidade e o custo do material e da mão de obra. Para a execução do projeto de instalações, o projetista necessita de plantas e cortes de arquitetura, além de saber o fim a que se destina a instalação, os recursos disponíveis, a localização da rede mais próxima e quais as características elétricas da rede (aérea ou subterrânea, tensão entre fases ou fase-neutro etc.). Projeto de Instalação de Uma Residência DDR - Dispositivo Diferencial Residual DDR é a sigla para Dispositivo Diferencial Residual, que é um dispositivo de proteção contra correntes residuais. Também conhecido por Diferencial Residual (DR), ele é o responsável por detectar as fugas de corrente, que é quando a energia dos condutores „vaza‟, devido à alguma falha no isolamento dos condutores de um circuito, e acaba desarmando o disjuntor onde está com problema, evitando assim, que alguém possa levar um choque – a corrente elétrica costuma „fugir‟ para a terra através do corpo humano. Ou seja, o DR é interruptor que desliga automaticamente correntes elétricas de intensidade pequena (de centésimos de ampere), as quais um disjuntor comum não consegue detectar, mas que se percorrerem o corpo humano, podem ser fatais. DPS - Dispositivos de Proteção contra Surtos Dispositivos de proteção contra surtos (DPS) são equipamentos desenvolvidos com o objetivo de detectar sobretensões transitórias na rede elétrica e desviar as correntes de surto. Estes distúrbios, são mais comuns do que muitos imaginam, ocorrendo diariamente em ambientes residenciais, comerciais e industriais. Mas, como eles são gerados? E mais, que tipo de danos os surtos elétricos podem causar? Qual é a melhor proteção para os nossos equipamentos? SURTO ELÉTRICO Surto elétrico é uma onda transitória de tensão, corrente ou potência que tem como característica uma elevada taxa de variação por um período curtíssimo de tempo. Ele se propaga ao longo de sistemas elétricos e pode causar sérios danos aos equipamentos eletroeletrônicos. DE ONDE VEM O SURTO ELÉTRICO? Os surtos elétricos são normalmente causados por descargas atmosféricas, manobras de rede e liga/desliga de grandes máquinas. 1.Descargas Atmosféricas Sempre que um raio cai, seja diretamente ou próximo à uma instalação / rede elétrica, são gerados surtos. Eles podem chegar até os aparelhos conectados às redes elétricas, linhas de dados, como internet e TV a Cabo e linhas telefônicas. A grande maioria dos surtos gerados por raios são ocasionados por descargas indiretas. Ou seja, mesmo que o raio caia a quilômetros de distância, essa incidência gera um campo eletromagnético que se irradia pelo ambiente e transfere uma parcela do raio ao encontrar condutores metálicos. 2. Manobras de Rede Outra origem bastante comum do surto elétrico se dá quando companhias energéticas fazem chaveamentos ou manobras de redes, causando a interrupção na distribuição de energia em determinados bairros ou ruas. Não apenas os blecautes, conhecidos popularmente como apagões, mas também as tentativas de religamento são grandes fontes de distúrbios eletromagnéticos, incluindo o surto elétrico. 3. Liga/Desliga de Máquinas O que a grande maioria das pessoas não sabe, é que os surtos elétricos acontecem de maneira cotidiana, devido também ao ligar e desligar de grandes motores. Os surtos podem ser gerados tanto por elevadores em prédios comerciais e residenciais; quanto por equipamentos ainda mais comuns, como aparelhos ar-condicionado ou máquinas de lavar. Todas as vezes que são ligados e desligados, estes motores geram sobretensões transitórias que podem causar danos imediatos, à médio e longo prazo aos equipamentos conectados à mesma rede de energia. QUAIS DANOS OS SURTOS ELÉTRICOS PODEM CAUSAR? Os principais danos causados pelos surtos elétricos são a degradação de componentes; a diminuição de vida útil de equipamentos eletroeletrônicos e até mesmo a queima instantânea destes aparelhos. Como explicado acima, existem situações difíceis de se prever, como a queda de um raio; mas também cenários rotineiros, onde equipamentos de alta tecnologia e grande valor para o dia-a-dia, podem ser danificados causando prejuízos imensuráveis. QUEM ESTÁ EXPOSTO A ESTE TIPO DE PROBLEMA? Absolutamente todos os ambientes que possuam equipamentos conectados à rede elétrica ou linhas de dados, como telefonia, internet e TV estão expostos aos malefícios dos surtos elétricos. Temos exemplos em diversas esferas. Grandes companhias de energia sofrem diariamente com queimas de transformadores causadas por surtos elétricos. Operadoras de telecomunicações (serviços de telefonia, banda larga de internet e tv por assinatura) arcam com enormes prejuízos anuais devido a queimas de modems e decodificadores, especialmente pela ocorrência de raios e apagões na rede elétrica. Empresas, indústrias e instituições dos mais variados portes e segmentos acumulam grandes perdas com reparo, deslocamento de equipes técnicas, manutenção e reposição de equipamentos eletroeletrônicos avariados pelos surtos elétricos. Qualquer pessoa que esteja trabalhando com seu laptop; ou, que está lendo em seu smartphone, computador ou tablet; estará à mercê dos danos causados pelos surtos. Eles podem avariar equipamentos essenciais para o nosso dia-a-dia, como geladeiras, fogões, freezers, microondas, tvs, modems de internet, receptores de tv a cabo, câmeras de segurança, portões eletrônicos, interfones e muitos outros tipos de aparelhos. Claro, desde que não estejamos utilizando a proteção certa para este tipo de problema. BEP - Barramento de Equipotencialização Principal O Barramento de Equipotencialização Principal (BEP) tem o objetivo de possibilitar a interligação de todos os elementos da edificação que possam ser incluídos na equipotencialização principal. Ele é definido no item 3.24 da parte3 da norma ABNT* NBR** 5419:2015, Proteção contra descargas atmosféricas, e será o ponto de interligação dos elementos de equipotencialização ao subsistema de aterramento. Esta interligação deverá ser realizada por condutores de baixa impedância através de ligações as mais curtas e retilíneas possíveis. Embora seja chamado de barramento, ele não precisa ter fisicamente esta forma, mas deve ser dimensionado para suportar as solicitações mecânicas e elétricas a que será submetido. Observações O BEP deve ser o primeiro elemento de coordenação entre os vários possíveis barramentos de equipotencialização que venham a existir na estrutura. Mesmo que uma edificação possa ter várias barras de equipotencialização local, ela possuirá apenas uma principal, chamada por isso de BEP. Não basta darmos a um elemento da edificação o nome de BEP que ele assumirá esta função. Uma descarga atmosférica não reconhece nomes e a sua corrente seguirá sempre os caminhos de menor impedância. Devido à importância da sua localização na edificação, é necessário que o posicionamento do BEP seja definido em projeto o mais cedo possível. O conceito de BEP é simples e fácil de ser compreendido, mas é comum vermos ele não ser instalado corretamente porque não se atentou para a importância do seu posicionamento, achando-se que qualquer seja o lugar em que esteja o BEP ele cumprirá a sua função, o que não é verdade. E, por último, mas não menos importante, o BEP também aparece no item 3.3.2 da norma ABNT NBR 5410:2014, versão corrigida 2008, Instalações elétricas de baixa tensão. Obviamente em uma mesma instalação será o mesmo BEP para a “5419” e a “5410”, mesmo que o projetista da proteção contra descargas atmosféricas não seja o responsável pelo projeto das instalações elétricas de baixa tensão. As recomendações existentes em ambas as normas seguem os mesmíssimos princípios e são complementares. Símbolos Utilizados A fim de se facilitar a execução do projeto e a identificação dos diversos pontos de utilização, lança-se mão de símbolos gráficos. A seguir, temos os símbolos gráficos para os projetos de instalações elétricas. Foram deixadas uma coluna para a simbologia mais usual e uma coluna para a simbologia normalizada pela NBR 5444:1989, que embora cancelada ainda é a simbologia utilizada, ficando a critério de cada projetista a simbologia a ser adotada. Simbologia Padronizada Desde os tempos antigos, o homem se preocupa em transmitir para gerações futuras seus inventos, suas ideias, seus pensamentos, e para isso utiliza várias formas, dentre as quais o desenho e os símbolos. Hoje, dada a complexidade do sistema de produção, o caminho a ser percorrido, desde o projeto inicial "ideia técnica” até o produto final "projeto executado", passa por diversas etapas, não permitindo que um mesmo indivíduo realize e execute. Destarte, cabe a cada indivíduo ou determinado setor um limitado campo de atuação, isto é, procura-se distribuir as tarefas a um número maior de indivíduos/setores. Nos modernos escritórios de projetos elétricos, diferentes profissionais participam da sua execução: os projetistas, os engenheiros, os técnicos, os desenhistas, os eletricistas etc., além de outros especialistas, cada um com uma missão bem definida. Para que haja perfeito entrosamento e todos os profissionais envolvidos no projeto tenham uma visão de conjunto do que se pretende executar, adota-se uma linguagem comum - a simbologia padronizada. Nota A simbologia, por se tratar de uma forma de linguagem, bem como todo o conjunto que completa um determinado projeto (esquemas, detalhes, desenhos etc.), deve ser EXATA (para ser compreensível) e também clara e de fácil interpretação para os que a utilizarem. Em 2014, foi anulada a ABNT NBR 5444:1989 que tratava da simbologia padronizada, cabendo a cada projetista defini-la. Veja em seguida sugestões de uma série de símbolos que deve ser utilizada pelos projetistas de instalações elétricas em duas versões: esquema multifilar e esquema unifilar. Os símbolos dos esquemas multifilares são utilizados somente para representação de esquemas elementares para demonstração ou experiências em laboratório. REFERÊNCIAS • Creder, Hélio, 1926-2005 • Instalações elétricas – Rio de Janeiro: LTC, 2016 • Cavalin, Geraldo; Cervelin, Severino • Instalações elétricas prediais – 23. ed. – São Paulo: Érica. 2017. UNISUAM Instalações Elétricas Prediais Prof. Jorge D. Ferreira 2019 Definições As normas das concessionárias estabelecem, inicialmente, as terminologias e definições que permitem uma compreensão mais detalhada dos termos técnicos utilizados para o fornecimento de energia elétrica às instalações de consumidores por meio de redes aéreas, a fim de se tornarem conhecidas por todos aqueles que trabalham com instalações elétricas. A seguir, são apresentados os principais termos técnicos utilizados em normas de fornecimento de energia (Copel, Cemig e Cesp). Normas NTC 901100: Fornecimento em Tensão Secundária de Distribuição - CopeI. NTC 901110: Atendimento a Edifícios de Uso Coletivo - Copel. ND 5.1: Fornecimento em Tensão Secundária - Rede de Distribuição Aérea - Edificações Individuais - Cemig. ND 5:2: Fornecimento em Tensão Secundária - Rede de Distribuição Aérea - Edificações Coletivas - Cemig. Consumidor É a pessoa física ou jurídica que solicita à concessionária o fornecimento de energia elétrica e assume responsabilidade por todas as obrigações regulamentares e contratuais. Unidade Consumidora Trata-se de instalações de um único consumidor caracterizadas pela entrega de energia elétrica em um : ponto com medição individualizada. Agrupamento de Unidades Consumidoras É o conjunto de duas ou mais unidades consumidoras localizadas em um mesmo terreno e não possuem área de uso comum com instalação elétrica exclusiva . Edifício de Uso Coletivo Prédio que possui como característica a existência de mais de uma unidade consumidora e dispõe de área de uso comum com a instalação elétrica exclusiva (responsabilidade do condomínio). Ponto de Entrega Primeiro ponto de fixação dos condutores do ramal de ligação na propriedade do consumidor. É o ponto até o qual a concessionária se obriga a fornecer energia elétrica, com a participação nos investimentos necessários, responsabilizando-se pela execução dos serviços, pela operação e manutenção. Entrada de Serviço Conjunto de condutores, equipamentos e acessórios instalados entre o ponto de derivação da rede secundária da concessionária e a medição, inclusive. Ramal de Ligação Conjunto de condutores e acessórios instalados pela concessionária entre o ponto de derivação da rede secundária e o ponto de entrega. Ramal de Entrada Conjunto de condutores, acessórios e equipamentos instalados pelo consumidor a partir do ponto de entrega até a medição, inclusive. Ramal Alimentador Conjunto de condutores e acessórios instalados pelo consumidor após a medição para alimentação das instalações internas da unidade consumidora. Limitador de Fornecimento Equipamento de proteção (disjuntor termomagnético) destinado a limitar a demanda da unidade consumidora. Centro de Medição Local onde está situada a medição de dois ou mais consumidores. Caixa para Medidor Caixa lacrável destinada à instalação do medidor ou medidores de energia e seus respectivos acessórios, na qual pode ter instalado também o equipamento de proteção. Caixa para Disjuntor de Proteção Caixa lacrável destinada à instalação do disjuntor de proteção geral da entrada de serviço. Cabine Compartimento localizado dentro da propriedade do consumidor, destinado a abrigar o transformador de distribuição e os equipamentos e acessórios necessários à sua ligação. Medição Direta É a medição de energia, efetuada por medidores conectados diretamente aos condutoresdo ramal de entrada. Medição Indireta É a medição de energia efetuada com auxílio de equipamentos auxiliares (TC - Transformadores de Corrente, e para média e alta tensão, TP - Transformador de Potencial). Chave de Aferição É um dispositivo que possibilita a retirada do medidor do circuito sem interromper o fornecimento, ao mesmo tempo que coloca em curto-circuito o secundário dos transformadores de corrente. Demanda É a média das potências elétricas instantâneas solicitadas por uma unidade consumidora durante um período especificado. Alimentador Principal ou Prumada É a continuação ou desmembramento do ponto de entrega e ponto de entrada, do qual fazem parte os conduores, eletrodutos e acessórios, conectados a partir da proteção geral ou do quadro de distribuição principal (QDP) até as caixas de medição ou de derivação. Limite de Fornecimento: Utilização e Demanda - Potência de Alimentacão O fornecimento de energia elétrica é determinado pelas limitações estabelecidas pelas concessionárias em função da potência (carga) instalada ou potência de demanda e tipo de carga ou de fornecimento. A Norma ABNT NBR 5410:2004, item 4.2.1.1.1, determina que: "A determinação da potência de alimentação é essencial para a concepção econômica e segura de uma instalação, dentro de limites adequados de elevação de temperatura e de queda de tensão". E o item 4.2.1.1.2 estabelece também que devem ser "consideradas as possibilidades de não simultaneidade de funcionamento dos equipamentos, bem como a capacidade de reserva para futuras ampliações". Especificação de Entradas de Energia Especificar uma entrada de energia para um consumidor significa adequar uma categoria de atendimento (tipo de fornecimento) à respectiva carga desse consumidor. Para facilitar o entendimento do que seja entrada de energia, necessitamos de alguns conhecimentos, que passaremos a especificar em seguida: 1. Potência ou carga instalada: é a soma das potências nominais de todos os aparelhos elétricos ligados em uma instalação do consumidor à rede de energia elétrica da concessionária (rede de distribuição). Potência nominal é aquela registrada na placa ou impressa no aparelho ou na máquina. Exemplo 2. Demanda de utilização (provável demanda): é as somas das potências nominais de todos os aparelhos elétricos que funcionam simultaneamente, utilizada para o dimensionamento dos condutores de ramais alimentadores, dispositivos de proteção, categoria de atendimento ou tipo de fornecimento e demais características do consumidor. Para o cálculo da demanda (D) na elaboração do projeto elétrico, deve-se observar o seguinte: a. Ao prever as cargas, estuda-se a melhor forma de instalar os pontos de utilização de energia elétrica. b. A utilização da energia elétrica varia no decorrer do dia, porque o(s) usuário(s) não utiliza(m) ao mesmo tempo (simultaneamente) todos os pontos da instalação. c. A carga instalada não varia, mas a demanda se altera. d. Caso a especificação da entrada de energia fosse feita pela carga (potência) instalada, em vez da demanda, haveria um superdimensionamento de todos os elementos (disjuntores, condutores, poste etc.) que compõem a entrada de energia e, consequentemente, em vez de se adotar uma categoria adequada, passar-se-ia para uma categoria superior, tendo como consequência os custos maiores, sem necessidade. e. O cálculo da demanda é um método estatístico, e suas tabelas foram elaboradas em função de estudos e experiências dos projetistas. f. A demanda, por ser um método estatístico, não pode ter o seu valor considerado como único e verdadeiro, por isso é chamado de "provável máxima demanda" ou "demanda máxima prevista". Para simplificar, chamaremos somente de demanda (D). g. O cálculo da demanda depende da concessionária de cada região. Nota No caso de reforma ou ampliação, pode haver um aumento de da carga instalada. No entanto é vedado qualquer aumento de carga que supere o limite correspondente a cada categoria de atendimento, sem ser previamente solicitado pelo interessado e apreciado pela Concessionária da sua região. O gráfico a seguir mostra o comportamento da demanda de um Consumidor Residencial. A demanda (D) de residências e apartamentos individuais é determinada com a utilização da seguinte expressão: Para calcular a demanda (D), é necessário conhecer o fator de demanda (gl e g2) As Tabelas 9.1 e 9.2 fornecem esses valores. Objetivos da especificação da entrada de energia Determinar o tipo de fornecimento. Dimensionar os equipamentos de medição e proteção. Efetuar estimativa de carga e demanda declarada. Efetuar estimativa de fator de potência (no caso de residências e apartamentos individuais, considera-se FP = 1,00). Procedimento para a especificação da entrada de energia Para enquadrar na categoria adequada ou tipo de fornecimento, obedecer ao seguinte roteiro: Determinar a carga instalada, conforme ABNT NBR 5410:2004. Verificar a demanda do consumidor, em kVA. Verificar o número de fases das cargas do consumidor. Verificar a potência dos motores, FN, 2F, 3F, em CV. Verificar a potência dos aparelhos de solda e raio X, em kVA. Enquadrar o consumidor na categoria adequada, consultando a Norma da Concessionária local (Copel NTC 901100 - Fornecimento em Tensão Secundária de Distribuição). Fator de Potência O fator de potência é um índice (porcentagem) que mostra a forma como a energia elétrica recebida está sendo utilizada, ou seja, ele indica quando a energia solicitada da rede da concessionária (potência aparente) está sendo usada de forma útil (potência ativa). O fator de potência pode se apresentar nas formas do quadro a seguir: As unidades consumidoras com ligação de cargas especiais, como máquinas de raio X, máquinas de solda e motores elétricos monofásicos e trifásicos, cuja operação produza perturbações na rede, devem seguir as orientações da tabela seguinte. Tabela para definição da categoria de atendimento em agrupamentos de unidades consumidoras, sem apresentação de projeto. Edifícios de Uso Coletivo o atendimento às edificações de uso coletivo e agrupamentos é definido em função da demanda total utilizada para o dimensionamento dos componentes da entrada de serviço, cujas potências-limite são: Até 75kVA (NTC 901110 - Copel) Até 95kVA (ND 5.2 - Cemig) Alimentados em tensão secundária, diretamente da rede de distribuição em baixa tensão, Figura abaixo. Para demandas superiores: o 75kVAa 300kVA (NTC 901110 - Copel) o 95kVA a 245kVA (ND 5.2 - Cemig) O atendimento será feito por ramal de entrada subterrâneo derivado do secundário do transformador de distribuição instalado no poste da concessionária, Figura a seguir. Entrada de Energia Subterrânea - Demanda 75kVA a 300kVA. Padrão Construtivo ou Padrão de Entrada Após a determinação do tipo de fornecimento, pode-se definir também o padrão construtivo ou padrão de entrada. Mas..., o que é padrão construtivo? “É todo o conjunto desde o ramal de entrada, poste ou pontalete particular, caixas, dispositivos de proteção, aterramento, eletrodutos e ferragens, de responsabilidade dos consumidores, preparado de forma a permitir a ligação das unidades consumidoras à rede da concessionária”. Continuação Definido o tipo de fornecimento, bem como o padrão construtivo, de acordo com a norma técnica, compete à concessionária fazer a sua inspeção. Se tudo estiver correto, a concessionária instala e liga o medidor e o ramal de serviço. Referências • Creder, Hélio, 1926-2005 Instalações elétricas – Rio de Janeiro: LTC, 2016 • Cavalin, Geraldo; Cervelin, Severino Instalações elétricas prediais – 23. ed. – São Paulo: Érica. 2017. UNISUAM Instalações Elétricas Prediais Prof. Jorge D. Ferreira2019 Entrada de Energia Elétrica nos Prédios em Baixa Tensão Disposições Gerais do Fornecimento em BT para Algumas Concessionárias É apresentado a seguir orientação para o projeto de entrada de energia elétrica nas edificações em BT, que está baseado nos padrões utilizados pela Light, uma das empresas de distribuição de energia elétrica do Estado do Rio de Janeiro, por meio do RECON- BT (www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf), bem como na resolução nº 41412010 da ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, que dispõe sobre as condições gerais de fornecimento de energia elétrica no país. Para realização de qualquer projeto, é imprescindível a consulta aos padrões da Concessionária do local em que ele será implantado. O limite de demanda para o atendimento de entradas de serviços coletivas, em baixa tensão, deverá ser obtido previamente pelo responsável técnico pela instalação, junto à Concessionária, que determinará a configuração elétrica mais otimizada para o fornecimento, em função das características da carga e da rede de distribuição local (aérea ou subterrânea). A alimentação geral das entradas coletivas será sempre trifásica, através de ramal aéreo ou subterrâneo. Em condições específicas de projeto, o fornecimento em baixa tensão será efetivado a partir de unidade transformadora, instalada pela Concessionária na parte interna ao limite de propriedade com a via pública, em local cedido pelo cliente para essa finalidade. http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf http://www.light.com.br/Repositorio/Recon/RECON-BT-COMPLETO.pdf • Tensões de fornecimento O fornecimento de energia elétrica em BT será feito em corrente alternada, à tensão de distribuição secundária e frequência de 60 Hz. As tensões mais usuais no Brasil são 220/127 V, 230/115V e 380/220 V, valores esses utilizados pela Light. • Limite das ligações em BT De acordo com a resolução nº 414 da ANEEL, compete à distribuidora informar ao interessado a tensão de fornecimento para a unidade consumidora, com observância dos critérios apresentados ao lado: I - tensão secundária em rede aérea: quando a carga instalada na unidade consumidora for igual ou inferior a 75 kW; II- tensão secundária em sistema subterrâneo: até o limite de carga instalada, conforme padrão de atendimento da distribuidora; Em relação ao tipo de medição, o limite de demanda adotado pela Light para o fornecimento em entrada de energia elétrica individual com medição direta em baixa tensão é de 66,3 kVA (220/127 V) ou 114,5kVA (380/220 V). Para demandas superiores, a medição será indireta, por meio de transformadores de corrente (TC). • Tipos de atendimento São três os tipos de atendimento, conforme o número de fases, usualmente designados: • monofásico: uma fase e neutro (2 fios); •bifásico: duas fases e neutro (3 fios), também designado por monofásico a 3 fios; • trifásico: três fases e neutro (4 fios). O número de fases depende do tipo de Consumidor e da demanda. A categoria de atendimento depende da Concessionária local. Por exemplo, a Light prescreve as seguintes categorias de atendimento apresentados a seguir: • Notas: 1)Valores determinados a partir da demanda calculada conforme critério da demanda de instalação. 2) A categoria Urbano Bifásica (UB1) é opcional, podendo ser aplicada em casos especiais onde ocorra a presença comprovada de equipamentos que operem na tensão 220 V. 3) Categoria recomendada somente para instalações que não utilizem equipamentos monofásicos especiais para aquecimento d'água (chuveiro, torneira, aquecedor etc.) com potência superior a 4,4 kVA. 4) As diversas subdivisões das categorias de atendimento monofásico e trifásico, para efeito de dimensionamento dos componentes do sistema de medição e proteção geral, são definidas em tabelas ,em função da demanda calculada. Terminologia e Definições • Consumidor Pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, legalmente representada, que solicite o fornecimento, a contratação de energia ou o uso do sistema elétrico à distribuidora, assumindo as obrigações decorrentes desse atendimento à(s) sua(s) unidade(s) consumidora(s), segundo disposto nas normas e nos contratos. • Unidade consumidora Instalação de apenas um Consumidor, caracterizada pelo fornecimento de energia elétrica em um único ponto, com medição individualizada. • Edificação Construção constituída por uma ou mais unidades consumidoras. • Entrada individual Conjunto de equipamento e materiais, medidor e disjuntor de proteção ete. Destinados ao fornecimento de energia elétrica a uma edificação composta por uma única unidade consumidora. • Entrada coletiva Conjunto de equipamentos e materiais destinados ao fornecimento de energia a uma edificação composta por mais de uma unidade consumidora. • Ponto de entrega a) O ponto de entrega de energia elétrica situa-se no limite de propriedade com a via pública em que se localiza a unidade consumidora. É o ponto até o qual a Light deve adotar todas as providências técnicas de modo a viabilizar o fornecimento de energia elétrica, observadas as condições estabelecidas na legislação, as resoluções e os regulamentos aplicáveis, em especial nas definições das responsabilidades financeiras da Light e do Consumidor no custeio da infraestrutura de fornecimento até o ponto de entrega. b) Quando o atendimento se der por meio de ramal de ligação aéreo, o ponto de entrega é no ponto de ancoramento do ramal fixado, na fachada, no pontalete ou no poste instalado na propriedade particular, situado no limite da propriedade com a via pública. c) No atendimento com ramal de ligação subterrâneo derivado de rede aérea com descida no poste da Light, por conveniência do Consumidor, 'o ponto de entrega é na conexão entre o ramal de ligação e a rede secundária de distribuição. d) No caso de atendimento com ramal de ligação subterrâneo derivado de rede subterrânea, o ponto de entrega é fixado no limite da propriedade com a via pública no que se refere ao cumprimento das responsabilidades estabelecidas na Resolução 414 da ANEEL. Entretanto, considerando a necessidade técnica de evitar a realização de emendas entre os ramais de ligação e de entrada junto ao limite de propriedade, apenas sob o aspecto estritamente técnico e operacional, a Light realiza a instalação contínua do ramal de ligação até o primeiro ponto de conexão interno ao consumidor (caixa de seccionamento ou caixa de proteção geral). O trecho interno do ramal, a partir do limite de propriedade, deve ser considerado como o "ramal de entrada”: e) Em se tratando de atendimento através de unidade de transformação interna ao imóvel, o ponto de entrega é na entrada do barramento secundário junto da unidade de transformação. • Ramal de ligação Conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de derivaçãoda rede da Concessionária e o ponto de entrega. • Ramal de entrada Conjunto de equipamentos, condutores e acessórios, instalados pelo consumidor entre o ponto de entrega e a medição ou proteção de suas instalações. • Limite de propriedade Linha que separa a propriedade de um consumidor das propriedades vizinhas ou da via pública, no alinhamento determinado pelos poderes públicos. • Recuo técnico Local situado junto ao muro ou à fachada da edificação, onde é construído um gabinete de alvenaria com acesso pela parte externa, para instalação das caixas destinadas ao seccionamento, a medição bem como a proteção geral voltada para a parte interna da edificação, além dos materiais complementares da instalação de entrada de energia elétrica. • Carga instalada Somatório das potências nominais de todos os equipamentos elétricos e dos pontos de luz instalados na unidade consumidora, expressa em kW. • Demanda da instalação Valor máximo de potência: absorvida em um dado intervalo de tempo por um conjunto de cargas existentes em uma instalação. É obtido a partir da diversificação dessas cargas por tipo de utilização, definida em múltiplos de VA ou kVA para efeito de dimensionamento de condutores, disjuntores, níveis de queda de tensão ou ainda qualquer outra condição assemelhada, devendo também ser expressa em kW a fim de atender às condições definidas na Resolução nQ 414 da ANEEL e demais resoluções e legislação atinentes. Solicitação de Fornecimento A solicitação de fornecimento de energia elétrica deve ser sempre precedida por prévia consulta à Light, a fim de que sejam informadas ao interessado as condições do atendimento. Dependendo do tipo de sistema de distribuição na área do atendimento, as características da configuração elétrica e do ramal de ligação a serem empregados podem ser diferentes. A prévia consulta definirá as características elétricas padronizadas para o atendimento (ramal aéreo, ramal subterrâneo, nível de tensão, tipo de padrão de ligação etc.) antes da elaboração do projeto e/ou da execução das instalações. Dados Fornecidos à Light Para tanto, deve ser apresentada à Concessionária carta com solicitação de estudo de viabilidade de fornecimento, constando detalhadamente a carga instalada e a demanda avaliada conforme critérios a serem estudados futuramente, o endereço completo do local, croquis de localização, tipo de atividade (residencial, comercial, industrial etc.), bem como demais documentações e exigências cabíveis. Dados Fornecidos pela Light A Light fornecerá os seguintes elementos: • Cópia dos padrões de ligação, para as modalidades relacionadas nos subitens "à' e "b“ a seguir; • Formulários padronizados, conforme o caso; • Condições estabelecidas para o atendimento; • Tipo de atendimento; • Tensão de fornecimento; • Níveis de curto-circuito no ponto de entrega (valores padronizados), quando necessário; • Valor da participação financeira a ser pago pelo consumidor, quando existente. Modalidades de fornecimento e responsabilidade técnica: a) Ligações novas e aumentos de carga de entradas individuais, exclusivamente residenciais, monofásicas e polifásicas ligadas em sistema 220/127 V, com carga instalada até 15,OkW (demanda avaliada até 13,3kVA), localizadas em regiões de redes de distribuição urbanas, aérea e subterrânea e que não necessitam de apresentação de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica. instrumento indispensável para identificar a responsabilidade técnica pelas obras ou serviços prestados) por responsável técnico habilitado pelo CREA/RJ. b) Ligações novas e aumentos de carga de entradas individuais, com obrigatoriedade de apresentação de ART por responsável técnico habilitado pelo CREA/RJ, para pequenas unidades consumidoras (barracas, boxes etc.) monofásicas em 127Vou 115V, com demanda avaliada até 4,4kVA, situadas em via pública, em região de rede de distribuição aérea ou subterrânea. c) Ligações novas e aumentos de carga de entradas individuais, bem como ligações temporárias ou provisórias de obra, com demanda avaliada superior a 13,3kVA, exclusivamente em 220/127 V,com obrigatoriedade de apresentação de projeto elétrico. d) Ligações novas e aumentos de carga de entradas coletivas em 220/127 V e em 380/220 V, conforme nota da Tabela 11.1,executadas a partir de projeto elaborado por responsável técnico ou firma habilitada pelo CREA/RJ, devidamente autorizados pelo consumidor por meio de "carta de credenciamento“. Apresentação de Projeto da Instalação de Entrada de Energia Elétrica Formulários padronizados serão fornecidos pela Light, que devem ser preenchidos pelo responsável técnico, contendo todos os dados da instalação a serem apresentados à Light, juntamente com diagrama unifilar, desenhos de detalhes técnicos, memoriais técnicos descritivos e demais exigências cabíveis. Nos casos de ligações novas e aumentos de carga, previstos anteriormente, deve ser apresentada cópia (3 vias no formato A3) do projeto elétrico da instalação, contendo: Diagrama unifilar; Planta de localização; Planta baixa e cortes com detalhes dos agrupamentos de medição, da proteção geral de entrada, dos trajetos de linhas de dutos e circuitos de energia elétrica não medida; Quadro de cargas; Avaliação da demanda; Tensão de atendimento; Características técnicas dos equipamentos e materiais. • Ligações temporárias São estabelecidas para o atendimento de cargas com prazo relativamente curto de funcionamento (ligações festivas, parques, circos, feiras, exposições etc.). Deve ser feita prévia consulta, a fim de que seja definido o padrão de ligação a ser empregado na área do atendimento. • Ligações provisórias São estabelecidas a título precário e visam possibilitar o fornecimento de energia a instalações que, não podendo ser construí das de acordo com os requisitos das entradas definitivas, destinam-se a finalidades transitórias (construções de prédios, viadutos, edificações etc.). Deverá ser feita prévia consulta à Concessionária, a fim de que seja definido o padrão de medição a ser empregado na área de atendimento. Limites de Fornecimento em Relação a Demanda e Tipo de Atendimento De acordo com a configuração da rede existente na área de atendimento e da demanda avaliada da entrada de serviço, a unidade transformadora poderá ser instalada conforme os critérios a seguir. Atendimento por Meio de Unidade Transformadora Externa Dedicada Três possibilidades se apresentam: (1) Rede aérea sem previsão de conversão para subterrânea. O limite de demanda da edificação, para atendimento por meio de transformador de distribuição instalado no poste da Light, é de 300 kVA. O ramal de ligação, dependendo da conveniência técnica, poderá ser aéreo ou subterrâneo. (2) Rede aérea com previsão de conversão para subterrânea. O limite de demanda da edificação, para atendimento por meio de transformador de distribuição instalado no poste da Light, é de 150kVA. O ramal de ligação, dependendo da conveniência técnica, poderá ser aéreo ou subterrâneo. (3)Rede subterrânea. Quando existe rede subterrânea local, o atendimento será efetivado diretamente por meio de ramal subterrâneo. O atendimento mediante ramal de ligação subterrâneo derivado diretamente da rede reticulada generalizada (malha) está limitado para demandas até 300 kVA. Unidades consumidoras com demanda superior a 300 kVA deverão ser submetidas previamente a estudo de viabilidade. No sistema de distribuição subterrâneo radial, o atendimento será por meio de ramal de ligação subterrâneo derivado diretamente da rede sempre que a demanda for igualou inferior a 150kVA. Atendimento por Meio de Unidade Transformadora Interna ao Limite de Propriedade Sempre que os limites estabelecidos em futuramente relativos à demanda avaliada da entrada coletiva forem extrapolados, será necessária
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