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INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA JURÍDICA

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PSICOLOGIA JURÍDICA
Psicologia Jurídica é a área da psicologia que está em correlação com Direito, tanto nas questões teóricas como práticas. No Brasil, o termo Psicologia Jurídica é o mais adotado. Entretanto há profissionais que preferem a denominação Psicologia Forense.
 Na verdade, o termo forense nos leva a ideia de fórum, tribunal, já a palavra “jurídico” dá um sentindo mais amplo e abarca os conhecimentos do Direito.
Erroneamente, no Brasil se considera a Psicologia Jurídica como sinônimo de Psicologia Forense e esta confusão foi consolidada quando o Conselho Federal de Psicologia reconheceu apenas a especialidade de Psicologia Jurídica.
A Psicologia Forense possui uma atividade exclusivamente pericial e tem como objetivo o esclarecimento de dúvidas situadas no campo psicológico, dúvidas estas que precisam ser esclarecidas perante o Sistema de Justiça Criminal, compreendido pelos juízes, promotores e até mesmos autoridades policiais (delegado de polícia) antes uma necessária tomada de decisão.
Psicologia Forense = Campo pericial; esclarecer dúvidas junto aos juízes; promotores; Policiais.
Laudos e testemunhos para tomadas de decisão.
PSICOLOGIA JURÍDICA X PSICOLOGIA FORENSE.
A diferença principal entre a Psicologia Forense e a Psicologia Jurídica está no momento de atuação. Os trabalhos realizados pelos psicólogos forenses são, via de regra, realizados ainda na fase de instrução do processo criminal, portanto, a situação jurídica do investigado ainda não está definida e os trabalhos forenses (perícia) têm como objetivo a produção de prova.
Psicólogos Forenses atuam em atividades periciais tais como: perfil psicológico de provável criminoso, avaliação de testemunho e
credibilidade, constatação de danos psíquicos entre outros.
A psicologia forense corresponde a toda aplicação do saber psicológico realizada sobre uma situação que se sabe estar (ou estará) sob apreciação judicial, ou seja, a toda a psicologia aplicada no âmbito de um processo ou procedimento em andamento no Foro (ou realizada vislumbrando tal objetivo). 
Já os Psicólogos Jurídicos, embora também possuam atividades periciais, sua atuação é essencialmente na fase pós-processual. 
PSICOLOGIA JUDICIÁRIA
A psicologia judiciária corresponde à prática profissional do psicólogo judiciário, sendo que toda ela ocorre sob imediata subordinação à autoridade judiciária. O psicólogo judiciário atua a serviço e a mando da justiça e, por isso, submetido ao princípio da imparcialidade, condição imanente a que uma decisão possa ser expressão de Justiça.
Em última análise, a psicologia aplicada ao campo das práticas jurídicas será judiciária quando submetida ao princípio da imparcialidade, decorrência de seu acontecer a serviço e a mando da Justiça. 
PSICÓLOGO ASSISTENTE TÉCNICO.
Fácil reconhecer que o psicólogo assistente técnico fala nos autos a partir de uma posição reconhecidamente parcial, não sendo, por isso, passível de suspeição ou impedimento.
SOMOS TODOS FORENSES!
Toda psicologia aplicada no âmbito de um processo ou procedimento em andamento no Foro –, compõe-se da soma das práticas próprias do psicólogo judiciário com aquelas próprias do psicólogo assistente técnico. Dito de outro modo, a psicologia forense inclui tanto as aplicações da psicologia ao campo do direito submetidas ao princípio da imparcialidade (psicologia judiciária), quanto aquelas exercidas a partir de uma posição intrinsecamente parcial (atuação do psicólogo assistente técnico).
O juiz ao apreciar nos autos as manifestações do psicólogo assistente técnico tem clareza de que este ali, está para avaliar tecnicamente a situação do ponto de vista dos interesses do envolvido que o contratou, e é sob esse crivo que irá incorporá-las ao processo de formação de sua convicção. 
Voltando a psicologia jurídica...
A psicologia jurídica corresponde a toda aplicação do saber psicológico a questões relacionadas ao saber do direito. A psicologia forense e, por conseguinte, a psicologia judiciária estão nela contidas. Toda e qualquer prática da psicologia relacionada às práticas jurídicas podem ser nomeadas como psicologia jurídica, neste caso apenas se está renunciando a discriminá-las a partir das características próprias de cada uma delas, ou seja, não se estará levando em conta tratar-se de uma prática submetida ao princípio da imparcialidade ou de uma prática nitidamente parcial ou, ainda, de uma prática à qual não se aplica ponderações relacionadas a parcialidade/imparcialidade.
Afinal, o que é a psicologia jurídica?
Psicologia jurídica é uma denominação genérica das aplicações da psicologia relacionadas às práticas jurídicas, enquanto psicologia forense e psicologia judiciária são especificidades aí reconhecíveis e discrimináveis. 
O acadêmico que produz um artigo discutindo as interfaces entre a psicologia e o direito; o psicólogo assistente técnico que questiona as conclusões de um estudo psicológico elaborado por um psicólogo judiciário; como também o psicólogo judiciário que elabora uma dissertação de mestrado a partir de sua prática cotidiana no Foro, todos são praticantes da psicologia jurídica. Perceba-se que, neste âmbito, se incluem tanto os psicólogos que atuam submetidos ao princípio de imparcialidade (os psicólogos judiciários e aqueles a ele equiparados), quanto aqueles que atuam não submetidos a este princípio, mas cujas intervenções se dão no âmbito dos procedimentos jurídicos (os psicólogos assistentes técnicos) e, além destes, todo tipo de produção relacionada às questões próprias das práticas judiciárias.
Continuando...
A palavra “jurídica” se torna mais abrangente por referir-se tanto aos procedimentos ocorridos nos tribunais, quanto àqueles que são frutos da decisão judicial ou ainda àqueles que são de interesse do jurídico ou do Direito.
Psicologia jurídica (o início).
A primeira aproximação da Psicologia com o Direito ocorreu no final do século XIX e teve origem na avaliação da fidedignidade de testemunhos (fazendo surgir o que se denominou “psicologia do testemunho”)
No princípio o psicólogo jurídico apenas servia para formular laudos e testes psicológicos para ajudar a instituição judiciária a tomar uma decisão. Porém, com o passar do tempo, surgiu a necessidade de mudar este modelo de atuação, dessa forma buscou-se novas formas de intervenção, visando o bem estar do individuo, focando a preservação da sua cidadania.
Objetivo verificar, através do estudo experimental dos processos psicológicos, a fidedignidade do relato do sujeito envolvido em um processo jurídico.
Pretendia verificar se os “processos internos propiciam ou dificultam a veracidade do relato”. Sobretudo através da aplicação de testes, buscava-se a compreensão dos comportamentos passíveis de ação jurídica.
MIRA Y LOPEZ...O cara!
A saber: “O testemunho de uma pessoa sobre um acontecimento qualquer depende essencialmente de cinco fatores: a) do modo como percebeu esse acontecimento; b) do modo como sua memória o conservou; c) do modo como é capaz de evocá-lo; d) do modo como quer expressá-lo; e) do modo como pode expressá-lo.” (MIRA Y LOPEZ, 1967, p. 159).
Psicologia Jurídica nasce da clínica e hoje, entendemos que o trabalho do psicólogo jurídico não se restringe apenas ao psicodiagnóstico e à perícia. 
Os psicólogos jurídicos desenvolvem atividades como seleção e treinamento de pessoal, avaliação de desempenho e o acompanhamento psicológico prestado aos magistrados, servidores e seus dependentes dentro das instituições judiciárias.
Nos Fóruns o psicólogo jurídico realiza trabalhos de avaliação psicológica, elaboração de documentos, acompanhamento de casos, aconselhamento psicológico, orientação, mediação, fiscalização de instituições e de programas de atendimento a demanda do Fórum e encaminhamentos.
A Psicologia Jurídica é especialidade recém-reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia, conforme Resolução n° 14/00 assinada em 22/12/00.
Outros direcionamentos da psicologia jurídica:
Adoções
Violência doméstica
Psicologia CriminalPsicologia Penitenciária ou Carcerária 
Questões da infância e juventude
Direito de Família
Testemunho
Direito Civil
Psicologia Policial/Militar
Mediação
Direitos Humanos
Proteção a testemunhas
Vitimologia
O interesse pela psicologia Jurídica tem ao menos duas:
1- Necessidade de Mercado: Com o aumento de causas envolvendo situações de cunho psicológico, como a doença mental na justiça, passando assim a existir maior procura por profissionais especializados. 
2- Sociedade: Com a crescente inquietação com a violência na sociedade, principalmente em países violentos como o Brasil, é cada vez maior a busca de respostas através de estudos interdisciplinares como Direito, Sociologia, Antropologia e Filosofia que se juntam à Psiquiatria e à Psicologia para tentar explicar a gênese da violência e buscar formas de combatê-la. 
Psiquiatra forense.
Este profissional faz a intermediação entre a Psiquiatria e o Direito, analisa questões pertinentes à sanidade mental dos indivíduos toda vez que um jurista tiver dúvidas e houver solicitação visando esclarecer se a pessoa pode ser responsável ou não por seus atos.
Buscando esclarecer à justiça se há ou não a presença de um transtorno ou enfermidade mental e quais as implicações da existência ou não de um diagnóstico psiquiátrico.
Qual seria a capacidade de entendimento do ato praticado e a capacidade de se autodeterminar segundo tal entendimento. Caso o criminoso não tenha noção de que roubar um carro é um crime, por exemplo, não há como condenar o acusado, uma vez que ele não estaria consciente da proporção de seus atos.
Isso vale também para a análise de testamentos, por exemplo, já que é comum o levantamento de dúvidas acerca do nível de consciência de idosos ou pessoas com alguma doença, ou na disputa entre pais divorciados pela guarda dos filhos.
E a psicanálise, qual seu papel no cenário jurídico?
Direito e Psicanálise estão presentes em todos os momentos da vida do homem. O Direito atua diante do fato gerado pelos atos do homem e sua repercussão na sociedade. A Psicanálise procura desvendar os impulsos que antecedem aos atos para chegar à razão que deu origem aos mesmos.
O delito para os psicanalistas supõe um fenômeno de inadaptação social em que a parte ancestral da personalidade anímica vence o ego e o superego.
Cidadão de bem ou de mal?
Como o propósito da psicanálise é analisar o homem como sujeito do inconsciente, e apreender seu comportamento, por certo não poderia deixar de buscar explicações para o comportamento desviante. Com isso, diversos psicanalistas, desde Freud até os contemporâneos, diligenciaram nesse sentido, e se debruçaram sobre o tema.
Se os conhecimentos criminológicos proporcionaram uma redução na tensão existente entre delinquente e vítima, de modo a relativizar o contraste entre ambos, o discurso da psicanálise no campo da criminalidade é o que, efetivamente, aproximará as noções de homem honesto e normal/homem criminoso e anormal, de tal forma que a oposição entre eles acabará por deixar de existir.
Por outro lado, a teorias psicanalíticas não se restringiram à explicação do comportamento criminoso, mas voltaram-se também para a pena, sob um ângulo visual completamente diverso, de modo a incluir a sociedade dentro do objeto de estudo, a chamada teoria da sociedade punitiva.
Dentre as distintas linhas de pensamento que se seguiram, ainda que interligadas, a contribuição da psicanálise não se ateve simplesmente à explicação do comportamento criminoso como ato individual, mas trouxe ainda um novo objeto de análise, a própria sociedade, com o objetivo de esclarecer as razões pelas quais se busca a punição de determinadas condutas, tipificando-as como crime.
Não seriamos nós, portanto, todos neuróticos?
Os neuróticos constituem uma complicação indesejável, um estorvo tanto para a terapêutica como para a justiça e o serviço militar.
Não resta a menor dúvida de que Freud quis dizer que o neurótico constitui um estorvo para a Medicina, devido ao longo tempo que deve ser dedicado ao seu tratamento psicanalítico, que a execução do mesmo através dos seus métodos seria insuportável para a maioria dos médicos. No que diz respeito à justiça e ao Exército, quis o mesmo esclarecer que o neurótico, devido à doença, é um ser complicado, podendo apresentar um comportamento rebelde, sujeito a qualquer momento, transgredir as normas de trato social, ao regulamento ou a lei.
Assim como o neurótico pode apresentar-se através de um comportamento rebelde em razão das normas legais, a doença pode manifestar-se ao contrário, apresentando o neurótico como um ferrenho defensor das normas legais, um verdadeiro paladino. Existem também aqueles que se transformam em demandistas juramentados. Estes procuram aliviar suas angústias travando batalhas no campo do Direito figurando como autores ou réus através de inúmeras ações na justiça.
 
Para Freud, O homem então, seria...
- Por natureza antissocial;
– O crime é consequência de uma domesticação sem êxito de um animal selvagem;
– A personalidade é moldada durante a infância, ou seja, essa fase é fundamental para um futuro comportamento conforme ou desviante
Em geral, as teorias psicanalíticas concordam que, assim como nos sonhos, atos falhos e sintomas neuróticos, o crime representa a erupção vitoriosa das pulsões libidinosas no campo da consciência. Função do crime é, portanto, satisfazer simbolicamente os instintos libidinosos. Ou seja, há uma perda do caráter inibitório do superego, pelo que o ego passa a submeter-se às exigências do Id. As instâncias da personalidade ficam em permanente tensão, e nos casos em que o Id não consegue a condescendência do ego para a criminalidade real, exprime-se a criminalidade latente, à qual é encontrada em todos os homens, de forma mais ou menos intensa, o que não significa sua inatividade ou degenerescência.
Ela manifesta-se não apenas de forma inconsciente, como nos sonhos, mas também consciente, por meio das fantasias, como, por exemplo, no caso em que a pessoa imagina um acidente mortal para a pessoa que odeia, ou até mesmo se imagina a provocar tal acidente. Isso leva Freud a sustentar que em todos nós há um criminoso, e que todo homem, mesmo o maior cumpridor das leis, é capaz, por exemplo, de matar.
Prof. Paulo Alexandria.
Mestre em educação.
E mail: palexandria2@Hotmail.com

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