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VIROLOGIA: CARACTERÍSTICAS GERAIS Professora Dsc. Natalia Ribeiro Bernardes Virologia Vírus Quem são? Onde vivem? Como sobrevivem? Virologia Vírus (latim) = veneno Hipóteses da origem do vírus: Vírus seria proveniente de uma molécula de RNA. O vírus teria se originado de seres unicelulares de vida livre que, por uma perda progressiva de propriedades celulares, criou uma dependência, tornando-o um parasita intracelular obrigatório. Ampla distribuição: Existem vírus que infectam invertebrados, vertebrados, plantas, protistas, fungos e bactérias. Virologia Vírus, ser vivo ou não? Os que defendem que o vírus não é um ser vivo: partem do princípio de que ele é acelular e não tem vida livre, pois sua replicação só é possível dentro de uma célula viva. Além disso, alguns desses agentes possuem a capacidade de se cristalizar quando submetido a situações adversas e não possuem metabolismo próprio. Os que o classificam como ser vivo: se apoiam em duas características. A primeira se refere à sua capacidade de replicação e mutação que os diferem de outros agentes, tais como as toxinas bacterianas; e a segunda, à presença de uma estrutura protetora de seu material genético, ausente nos plasmídeos (molécula de DNA circular). Virologia Apesar de terem a capacidade de se replicar: os vírus não possuem um aparato enzimático suficiente para a replicação, necessitando, assim, da maquinária celular para completar o seu ciclo replicativo, o que o torna um parasita intracelular obrigatório. Embora possua uma estrutura simples: Tem a capacidade de controle e redirecionamento do metabolismo celular para o seu próprio benefício. Virologia Replicação somente no interior de células vivas. Usando sistemas de produção de energia e biossíntese do hospedeiro para sintetizar cópias e transferir seu genoma para outras células. O vírus invade uma célula e assume o comando, fazendo com que ela trabalhe quase que exclusivamente para produzir novos vírus. Não manifestam nenhuma atividade biológica fora da célula hospedeira e se houver alguma célula compatível a sua disposição. Sendo chamado de Vírion quando estão fora das células. Virologia Os vírus são acelulares e somente têm atividade biológica quando exercem parasitismo intracelular obrigatório, onde utilizam células hospedeiras para a sua replicação. Especificidade: onde apresentam células-alvo, devido à necessidade de ligações moleculares com receptores de superfície das células hospedeiras. A interação vírus-hospedeiro é a chave de muitos aspectos das doenças virais, tanto da transmissão quanto da capacidade de o vírus de se sobrepor às defesas do hospedeiro e na modificação das funções celulares. Virologia A maioria é capaz de infectar tipos específicos de células de uma única espécie de hospedeiro. Em raras exceções, os vírus cruzam barreiras de espécies, expandindo assim seu espectro de hospedeiros (Vírus Influenza). Para que ocorra a invasão da célula hospedeira: a superfície externa do vírus deve interagir quimicamente com receptores específicos presentes na superfície celular (ligações fracas, como ligações de hidrogênio). A combinação de muitos sítios de ligação e receptores resulta em uma forte associação entre a célula hospedeira e o vírus. Virologia Interação química vírus e célula hospedeira Virologia Apesar da baixa complexidade estrutural: pode causar grandes danos à célula hospedeira, mesmo apresentando morfologicamente apenas o material genético, um capsídeo e, em alguns vírus, um envelope. Propriedades distinguem os vírus de outros microrganismos: São considerados os menores microrganismos existentes (10 a 300 nm) Genoma viral, que pode ser DNA ou RNA, com exceção do Mimivírus Natureza particulada, formando seus componentes separadamente Virologia Morfologia Tamanho: 10-300 nm (10 a 15 vezes menores que as bactérias) Virologia Estrutura Viral: Não existe um padrão único de estrutura viral. São constituídos por dois componentes essenciais: a parte central, que recebe o nome de cerne, onde se encontra o genoma, e que pode ser DNA ou RNA (salvo exceção); associado a uma capa proteica denominada capsídeo, formando ambos o nucleocapsídeo. Os vírus mais complexos podem conter várias moléculas de ácido nucleico assim como diversas proteínas associadas, envoltório proteico com formato definido, além de complexo envelope externo com espículas. Virologia Estrutura Viral: Capsídeo Capsídeo: é uma capa proteica que circunda o ácido nucleico, e é composto de subunidades de proteína, os capsômeros, que são responsáveis pela especificidade viral; proteção do material genético viral. Apresentam as seguintes simetrias: icosaédrica, helicoidal e complexa. Virologia Estrutura Viral: Capsídeo Estrutura Coronavírus Virologia Estrutura Viral: Genoma Função do ácido nucleico: é albergar a informação genética (replicação viral) A estrutura do genoma: vírus de RNA ou DNA. Única fita (ss) ou duas fitas (ds). Fitas positivas de RNA são fitas que contêm o código que será traduzido pelos ribossomos. Fitas positivas de DNA são fitas que contêm a mesma base sequencial do RNA mensageiro. Fita negativa de RNA ou DNA é a fita com base sequencial complementar à fita positiva. Fita simples Fita dupla Fita simples Fita dupla Fita simples Fita dupla Virologia Estrutura Viral: Envelope Alguns grupos de vírus apresentam também o envelope ou envólucros. É uma membrana rica em lipídios que envolve a partícula viral externamente. Deriva de estruturas celulares, como membrana plasmática e organelas. Esta estrutura é a principal responsável pela indução da resposta imune do hospedeiro. Em vírus envelopados, os lipídeos se apresentam na forma de fosfolipídeos, o que auxilia a entrada do vírus na célula hospedeira e confere uma maior proteção do microrganismo Virologia Estrutura Viral: Envelope Virologia Estrutura Viral: Envelope Virologia Estrutura Viral: Outros Componentes Virais O genoma dos vírus codifica dois tipos de produtos: As proteínas estruturais: são aquelas que fazem parte da estrutura física da partícula viral (capsídeo, envelope). Alem destas, as glicoproteínas do envelope desempenham papel importante nas interações entre os vírions e as células (ligação, penetração, fusão, disseminação entre células) e são alvos importantes para anticorpos neutralizantes produzidos pelo hospedeiro. As proteínas não-estruturais: são produzidas dentro da célula infectada e desempenham diferentes funções na replicação viral. São principalmente enzimas, envolvidas no processo de transcrição do genoma, replicação e processamento de proteínas. desempenham papéis acessórios na regulação da expressão gênica celular e viral, neutralização dos mecanismos de defesa, entre outras. Virologia Estrutura Viral: Outros Componentes Virais Os lipídios presentes no vírus envelopadas são derivadas das membranas celulares. São, em sua maioria fosfolipídios (50 - 60%) e o restante é colesterol. O envelope dos vírus contém lipídios derivados das membranas celulares e proteínas codificadas pelo vírus, as vezes formando projeções (espículas). Os Carboidratos estão presentes essencialmente na forma de oligossacarídeos nas glicoproteínas, glicolipídios e mucopolissacarídeos. Encontrados principalmente nos envelopes Virologia Aplicação Biotecnológica dos Vírus Vacinas: atenuadas (caxumba, rubéola, sarampo, febre amarela, varicela, rotavírus, BCG e poliomielite (oral); Inativadas (poliomielite (injetável), hepatite A, hepatite B, influenza e HPV Terapia Gênica: é possível somar ao DNA do vírus o gene que se quer transferir a determinada célula. Deste modo, o vírus infectando a célula, trará consigo uma ou mais cópias do gene desejado. VIROLOGIA: FISIOLOGIA E REPLICAÇÃO Professora Dsc. Natalia Ribeiro Bernardes Virologia:Fisiologia e Replicação Multiplicação do Bacteriófago: Ciclo Lítico O ciclo lítico de multiplicação desses vírus (bacteriófago), assim como o de todos os outros vírus (animal, planta e demais hospedeiros), ocorre em cinco etapas: (1) Adsorção (2) Penetração (3) Biossíntese (4) Maturação ou Montagem (5) Liberação Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação do Bacteriófago: Ciclo Lítico - (1) Adsorção Após uma colisão ao acaso, um sítio de adsorção no vírus se liga ao sítio do receptor complementar na parede da célula bacteriana. Essa ligação consiste em uma interação química, na qual se formam ligações fracas entre o sítio de adsorção e o receptor celular. Os bacteriófagos possuem fibras na extremidade da cauda que servem como sítios de adsorção. Fibras da Calda Parede Celular (Bactéria) Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação do Bacteriófago: Ciclo Lítico - (2) Penetração Os bacteriófagos injetam seu DNA (ácido nucleico) dentro da bactéria. Para isso, a cauda do bacteriófago libera uma enzima, a lisozima, que destrói uma porção da parede celular bacteriana. A bainha da cauda do fago se contrai e o DNA da cabeça do fago penetra na bactéria, passando através do lúmen da cauda e da membrana plasmática. O capsídeo permanece do lado de fora da célula bacteriana. Portanto, a partícula do fago funciona como uma seringa hipodérmica injetando o DNA dentro da célula bacteriana. Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação do Bacteriófago: Ciclo Lítico - (3) Biossíntese Assim que o DNA do bacteriófago alcança o citoplasma da célula hospedeira, ocorre a biossíntese do ácido nucleico e das proteínas virais. A síntese proteica do hospedeiro é interrompida pela (1) degradação do seu DNA induzida pelo vírus, (2) pela ação de proteínas virais que interferem com a transcrição, (3) ou pela inibição da tradução. Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação do Bacteriófago: Ciclo Lítico - (3) Biossíntese O fago utiliza várias enzimas e os nucleotídeos da célula hospedeira para sintetizar cópias do seu DNA. Logo a seguir tem início a biossíntese das proteínas virais. Todo o RNA transcrito na célula corresponde a RNAm transcrito a partir do DNA do fago para a síntese de enzimas virais e das proteínas do capsídeo viral. Os ribossomos, as enzimas e aminoácidos da célula hospedeira são usados na tradução. Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação do Bacteriófago: Ciclo Lítico - (3) Biossíntese Por um período de vários minutos após a infecção, fagos completos não são encontrados na célula hospedeira. Somente componentes isolados – DNA e proteína – podem ser detectados. Esse período da multiplicação viral, no qual vírions completos e infectivos ainda não estão formados, é denominado período de eclipse Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação do Bacteriófago: Ciclo Lítico - (4) Montagem Durante esse processo, vírions completos são formados a partir do DNA e dos capsídeos sintetizados pela célula hospedeira. Os componentes se organizam espontaneamente, formando a partícula viral e eliminando a necessidade de muitos genes não estruturais e de outros produtos gênicos. As cabeças e as caudas dos fagos são montadas separadamente a partir de subunidades de proteínas: a cabeça recebe o DNA viral e se liga à cauda. Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação do Bacteriófago: Ciclo Lítico - (5) Liberação O estágio final da multiplicação viral é a liberação dos vírions da célula hospedeira. A lisozima, codificada por um gene viral, é sintetizada dentro da célula. Essa enzima destrói a parede celular bacteriana, liberando os novos bacteriófagos produzidos. Os fagos liberados infectam outras células suscetíveis vizinhas, e o ciclo de multiplicação viral é repetido dentro dessas células. Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação do Bacteriófago: Ciclo Lítico - CICLO COMPLETO Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação do Bacteriófago: Ciclo Lisogênico Só irá acontecer com vírus que tenha DNA O vírus invade a bactéria ou a célula hospedeira, onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. O DNA viral torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma vez infectada: a célula continua suas operações normais (reprodução e ciclo celular). Durante a divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus, sofrem duplicação e divididos entre as células-filhas. Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação do Bacteriófago: Ciclo Lisogênico A célula infectada começará a transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também. Um evento espontâneo raro ou mesmo a ação da luz UV ou de determinadas substâncias químicas pode levar à remoção do DNA do fago e ao início do ciclo lítico. Sintomas causados por um vírus que se reproduz assim em um organismo multicelular podem demorar a aparecer. Doenças causadas por vírus lisogênico tendem a ser incuráveis. Ex: AIDS e Herpes. Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação do Bacteriófago: Ciclo Lisogênico - CICLO COMPLETO Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação de Vírus em Animais Segue o padrão básico da multiplicação dos fagos, mas com diferenças A replicação de todos os vírus animais compreende a seguinte sequência de eventos: (1) adsorção, (2) penetração, (3) desnudamento, (4) biossíntese de ácido nucleico e proteínas, (5) maturação ou montagem e (6) liberação. Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação de Vírus em Animais: (2) Penetração Nas células eucarióticas, os vírus penetram pelo processo de: Endocitose (Pinocitose): Após a adsorção, a partícula viral pode penetrar no citoplasma por meio de um processo denominado endocitose mediada por receptores, pela formação de endossomos (vesículas). (1) Provocam a lise do endossomo (2) Geram poros na membrana vesicular e injetam o genoma viral diretamente no citosol. Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação de Vírus em Animais: (2) Penetração Nas células eucarióticas, os vírus penetram pelo processo de: Fusão: Executado apenas por vírus envelopados, o nucleocapsídeo é liberado no interior da célula mediante a fusão entre o envelope viral e a membrana celular. A entrada por fusão pode ocorrer de duas formas: (1) direta: pela fusão do envelope viral com a membrana plasmática, a partir do meio extracelular (2) indireta: sofrendo uma endocitose inicial com posterior fusão já no interior da célula, como citado anteriormente. Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação de Vírus em Animais: (2) Penetração Nas células eucarióticas, os vírus penetram pelo processo de: Translocação: por meio da ação de uma proteína receptora, o vírion pode atravessar a membrana por meio de translocação, do ambiente extracelular para o citosol. Este mecanismo é raro e pouco entendido Entrada por translocação Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação de Vírus em Animais: (3) Desnudamento Consiste na separação do ácido nucleico viral de seu envoltório proteico. Uma vez que o vírion está dentro de uma vesícula endocítica, o capsídeo é digerido quando a célula tenta digerir o conteúdo vesicular. O processo de desnudamento por ação de enzimas lisossomais da célula hospedeira. Essas enzimas degradam apenas o capsídeo viral. Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação de Vírus em Animais: (5) Liberação A saída do vírus da célula pode ocorrer por lise celular ou brotamento. Na lise celular (ciclo lítico), a quantidade de vírus produzida no interior da célula é tão grande que a célula se rompe, liberando novas partículas virais que vão entrar em outras células. Os vírus não envelopados saem por lise celular, ao passo que os envelopados saem da célula por brotamento. Saída Vírus Envelopado Saída Vírus Não Envelopado Virologia: Fisiologia e Replicação Multiplicação de Vírus em Animais: CICLO COMPLETO VIROLOGIA: PATOGÊNESE E INTERAÇÃO CÉLULA HOSPEDEIRA Professora Dsc. Natalia Ribeiro Bernardes Virologia: Patogênese “Pato” = doença ou sofrimento e “Gênese” = origem, então Patogênese viral é o processo pelo qual os vírus produzem doenças no seu hospedeiro. Um vírus é patogênico quando pode infectar e causar doenças. Quando um organismo pluricelular está infectado e produzindo vírus, dizemos que está com virose (cheio de vírus). A patogenia das infecções virais é determinada pela combinação entre os efeitos diretos e indiretos da replicação viral e as respostas do hospedeiro à infecção. Virologia: Patogênese Cada indivíduo tem um perfil metabólico diferente, por isso expressa suas viroses de modo diferente, que variam desde a forma assintomática àquelas letais. Patogênese: Estará diretamente relacionada ao ciclo vital dos vírus Etapas da Patogênese: Entrada do Vírus Disseminação Replicação Lesão Doença EXCREÇÃO VIRAL Secreções Respiratórias Trato Geniturinário Leite Materno Sangue Fezes Pele Virologia: Patogênese Condições necessárias para o desenvolvimento de uma virose Penetrar no hospedeiro pela via adequada. Realizar replicação primária em tecidos próximos à entrada. Escapar dos mecanismos naturais de defesa do organismo. Replicar eficientemente nesses tecidos. Disseminar-se para os tecidos e órgãos-alvo. Produzir ou não injúria tecidual. Virologia: Patogênese Entrada do Vírus no Corpo Em geral, os vírus penetram nos organismos através de células nas superfícies do corpo. Os sítios de entrada comumente incluem as mucosas dos tratos respiratório, gastrointestinal e urogenital, a conjuntiva e a pele. Em qualquer dos casos podem ou não ocorrer lesões locais e a infecção pode ou não se manter localizada. Principais vias de entrada: - Pele - Vias Respiratórias - Via Gastrointestinal - Via Urogenital - Conjuntiva Virologia: Patogênese Mecanismos de Disseminação Após ultrapassar as barreiras físicas e biológicas do organismo, os vírus podem se espalhar pelo corpo das seguintes formas: Disseminação local pela superfície do local de contágio Disseminação linfática Disseminação através do sangue Virologia: Patogênese Processo de Replicação Estará diretamente ligado ao processo de infecção Infecção: Conflito entre mecanismos de defesa do hospedeiro e a capacidade de agressão intrínseca do vírus: a implantação, crescimento e multiplicação deste no organismo do hospedeiro, causando algum tipo de prejuízo. Para que ocorra a infecção: É necessário que haja uma fonte de vírus com virulência e em número suficiente para iniciar o contágio do hospedeiro com maior ou menor resistência. Virologia: Patogênese Mecanismos de Infecção: Virulência Conjunto de mecanismos de agressão do microrganismo, intensidade da patogenicidade. Existem vírus mais virulentos (o vírus da varíola), e vírus menos virulentos, (vírus do resfriado comum). Fatores que afetam a virulência: quantidade de unidades infectantes, rota de entrada no corpo e defesas não específicas e específicas do hospedeiro. Um vírus de baixa virulência em adultos sadios pode se comportar como virulento em crianças, idosos e indivíduos imunossuprimidos por deficiências imunológicas natas Virologia: Patogênese Mecanismos de Infecção: Virulência Fatores de Virulência: são estruturas, produtos ou estratégias que os microrganismos utilizam para “driblar” o sistema de defesa do hospedeiro e causar uma infecção. Genes cujos produtos afetam a capacidade replicativa do vírus; Produtos gênicos que atuem na disseminação no hospedeiro; Produtos virais que afetam a resposta imune; Produtos virais tóxicos para a célula e/ou hospedeiro. Virologia: Patogênese Mecanismos de Infecção: Suscetibilidade do hospedeiro São condições para a ocorrência da doença Fatores que influenciam na suscetibilidade Raça, idade, sexo, estado fisiológico e Imunidade inata e adquirida Estado Nutricional e hormonal Um vírus irá se comportar de maneira diferente em adultos, crianças e idosos. Sendo também influenciado pela idade e pela capacidade do hospedeiro em responder ao contato com ele Virologia: Patogênese Processo de Replicação: PADRÕES DE INFECÇÃO Infecções agudas: Indica a produção rápida de vírus seguida da resolução e eliminação rápida da infecção pelo hospedeiro. Infecções Persistentes: Não são eliminadas rapidamente e as partículas virais ou produtos virais continuam sendo produzidos por longos períodos. As partículas infecciosas podem ser produzidas continua ou intermitentemente por meses ou anos. Virologia: Patogênese Processo de Replicação: PERÍODO DAS INFECÇÃO Período da Infecção Característica Período de Incubação Corresponde ao período compreendido entre o início da infecção até o momento em que os primeiros sintomas tornam-se aparentes. O período de incubação varia entre 2 e 15 dias. O vírus não repousa durante o período de incubação, na verdade entra em confrontação com o organismo. Período Prodrômico Intervalo de tempo entre os primeiros sintomas da doença e o início dos sinais ou sintomas (febre, mal estar, dor de cabeça), característicos da mesma nos quais pode estabelecer-se o diagnóstico. Geralmente dura de 1 a 3 dias antes do período de doença, quando já pode haver a transmissão do agente causal e com manifestações mínimas do organismo. Período da Doença: A manifestação de seus sinais e sintomas característicos. Sua duração depende da evolução e características próprias, além dos efeitos da interação. A transmissibilidade é máxima nos primeiros dias, geralmente 3 a 5 dias. Período de Infecciosidade Indivíduo infectado permanece transmitindo o vírus. Corresponde ao período de excreção do vírus Período de Covalescença Completado o ciclo do agressor, havendo a sua eliminação, este período se caracteriza pela reparação dos órgãos e tecidos que foram danificados. Agora não há risco de transmissão da doença. Virologia: Patogênese Danos Celulares ou Teciduais Causados por Vírus Lise celular Apoptose Bloqueio da síntese de proteínas celulares e do transporte pelas membranas Despolimerização do citoesqueleto Formação de sincícios (multinucleação) Interrupção do ciclo mitótico Transformação celular - proliferação celular Imunopatologias Interações do Vírus com as Células Virologia: Patogênese Transmissão A forma infectante do vírus podem ser transferidos de um hospedeiro para outro, sendo que esse hospedeiro pode ser representado por uma única espécie, ou como no caso das zoonoses, transferir-se de uma espécie à outra. A transmissão natural dos vírus pode ocorrer: Forma horizontal ou vertical. Virologia: Patogênese Transmissão Horizontal A transmissão horizontal ocorre de um indivíduo a outro da mesma espécie ou não, sendo de diversas formas: Contato: pode ocorrer diretamente de um individuo a outro por contato sexual, saliva, contato direto com pele infectada, ou indiretamente, por meio de fômites (objetos) ou por meio de aerossóis de secreções respiratórias ou saliva; Veículo: água ou alimentos contaminados; Vetores: os vírus podem ser transmitidos par as pessoas e outros animais através de animais vertebrados ou invertebrado Virologia: Patogênese Transmissão Vertical A transmissão vertical é definida como a transmissão que ocorre da mãe para o embrião/feto, podendo ocorrer durante a gestação ou durante o parto. A transmissão ocorre através da placenta, como no caso de rubéola; perinatal, durante a passagem do canal do parto, como nos casos de herpesvírus ou pelo leite materno, como o HIV.
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