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resumão Direito Penal I Direito Penal Universidade Estácio de Sá (Estácio) 14 pag. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: carol-francelino (carolinafoliveira1@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 3º Período/2018 – Universidade Estácio de Sá Resumão Av2 – Direito Penal I – Parte Geral. Aula 1: Direito Penal – Definição. Finalidades do Direito Penal: Primária: Proteger os bens jurídicos mais importantes para a sociedade. Ex : Honra vida, patrimônio e etc. Secundária: Preventiva: Prever os crimes e estabelecer as penas, evitando assim que os delitos aconteçam. Retributiva: Retribuir por meio da aplicação de pena o mal provocado pelo infrator a sociedade. Aula 2: Fontes Do Direito Penal Fontes: Direta: É a lei penal, ou seja, como assevera o art. 1° do C.P e o 22° d a C.F, compete privativamente à união legislar matéria penal, sendo essa a principal fonte de toda a aplicação do Direito Penal. Indireta: Os costumes (Hábitos socialmente aceitos reiterados no comportamento coletivo social), a jurisprudência, a doutrina e os princípios gerais do Direito (Premissas éticas que servem de base para a elaboração da lei penal. Regras de Integração e aplicação da lei penal: Analogia: Utilização de determinado instituto penal em que se assemelha com situação fática a qual não regula, podendo ser essa aplicação a favor do réu (In Bonam Partem) ou contra (In Mala m Partem), sendo certo que a lei penal só admite a analogia a favor do réu (In Bonam Parte) haja vista que o contrário feriria o princípio da legalidade. Aula 3: A Norma Penal. Conceito: Pode ela definir crimes, fixar penas e delimitar critérios para aplicação da lei penal. Norma incriminadora: Define o crime e fixa a pena (Preceito + Sanção). Norma Não Incriminadora: Estabelecem a licitude e a impunidade de determinados Comportamentos permitidos pela lei penal, podendo ainda: A) Esclarecer determinados conceitos; B) Fornecer princípios gerais para a aplicação da lei penal; C) Fornecer princípios gerais para aplicação da lei penal. D) Tornar lícitas determinadas condutas; Afastar a do agente. Pode ainda a norma penal não incriminadora, se configurar sob três espécies: a) Norma Permissiva b) Norma Explicativa c) Norma penal complementar. Aula 4: Princípios Fundamentais Do Direito Penal. 1) Humanidade Das Penas: As penas aplicadas a os agentes criminosos deverão sempre respeitar os Direitos Básicos do cidadão, garantindo-se a todos a dignidade da pessoa humana (Direitos Humanos). 2) Personalidade da Pena: A pena não deverá ultrapassar a pessoa do condenado. 3) Legalidade: Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: carol-francelino (carolinafoliveira1@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 4) Irretroatividade da lei penal: A lei penal é feita para o futuro, em regra, pois essa apenas retroagirá quando for a favor do réu, ou seja, benéfica com relação à lei anterior que regulou o fato ocorrido na sua vigência. 5) Anterioridade: Assim como o princípio da legalidade prediz, a lei deve ser anterior ao fato criminoso. 6) Intervenção Mínima: Não deve o Direito Penal criminalizar toda conduta antiética, também não ser esse utilizado como primeiro sumariamente como primeiro recurso a depender do ilícito, haja vista que é uma das áreas mais cinzentas do Direito, segundo a doutrina, cuja restrição chega incidir no Direito de liberdade dos cidadãos, deve ser esse, portanto a ultima ratio do Direito. 7) Princípio da Fragmentariedade: O Direito penal se preocupa tão somente com as lesões mais graves aos bens jurídico s mais importantes, logo, constata-se que esse não se reserva a resguardar todo os bens jurídicos tutelados pelo ordenamento jurídico, muito menos todas as possíveis lesões a esses bens, portanto está ai o seu caráter fragmentário, se limitando a uma parcela restrita de ilicitude. 8) Princípio da Lesividade: O fato somente se entende como criminoso quando esse importa em lesão considerável à bem tutelado pelo Direito Penal. 9) Princípio da Culpabilidade (Reprovabilidade Penal): Deve a conduta criminosa ser reprovável, reprovação essa legal, oposição real ao ordenamento jurídico vigente. 10) Princípio da Proporcionalidade: A pena deverá obter aplicação proporcional ao mal cometido pelo agente contra a vítima e consequentemente à sociedade. 11) Individualização da pena: Trata-se de relevar os aspectos pessoais de cada autor no momento da aplicação de sua pena, pois assim preleciona a constituição federal, punindo -se conforme as individualidades do agente criminoso. 12) Insignificância (Bagatela): Tem decidido em se de jurisprudencial, que certas condutas, ainda que Típicas, ilícitas, e culpáveis, não serão criminalizadas e punidas pelo simples fato de oferecerem ínfima e irrelevante lesão ao bem jurídico tutela pelo Direito Penal. 13) Princípio da Adequação Social: Concebida por Hanz Welzel, preleciona que a conduta não será típica, ou seja, criminosa, se aceita e aderida pela massa coletiva que é a sociedade, será sim, concebida como um fato normal, social, comum e aceito. Aula 5: Lei Penal No Tempo e Espaço Retroatividade: Segundo a ressalva do parágrafo único do Art. 2°, C.P, deverá sim a lei penal retroagir nos casos em que favorecer o réu. Ultratividade: É a possibilidade de lei penal revogada regular os crimes que ocorreram durante a sua vigência, não se plicando a nova lei p elo motivo dessa se r mais severa. Obs. A lei temporária, ainda que extinta pelo decurso de seu prazo, valerá sim para aplicação legal aos casos ocorridos durante sua vigência. Aula 6: Territorialidade e Extraterritorialidade da Lei Penal. Abolitio Criminis: É a abolição de determinado tipo criminoso pela revogação de lei. Lei Penal no Tempo: Teoria da atividade: O Direito Penal Brasileiro adotou em seu Art. 4°, C.P, a teoria da atividade, por proclamar que o tempo de crime se da rá no momento da ação ou omissão do tipo criminoso, e não no do resultado. Crime Permanente: A ação criminosa se perpetua no tempo, vindo a produzir efeitos sucessivos até que ação criminosa cesse. Obs. Súmula 711: ST F Súmula nº 711 “Lei Penal Mais Grave - Aplicabilidade - Crime Continuado ou Crime Per manente - Vigência e Anterioridade A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência”. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: carol-francelino (carolinafoliveira1@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Lei Penal No Espaço: Princípio da Territorialidade: Aplica-se a lei penal em todo o território Brasileiro, sem o prejuízo das convenções e tratado internacionais, sendo que assim, são considerados para fins legais, território e jurisdição Brasileira, os navios, embarcações e aeronaves públicas Brasileiras, no território em que elas estiverem da mesma forma ocorre com os navios, embarcações e aeronaves estrangeiras públicas, serão esses extensão de seu território, mesmo estando em alto mar ou no território nacional Brasileiro. Já as aeronaves, navios embarcações privadas estrangeiras, estando no território nacional brasileiro, serão consideradas extensão territorial, porém, quando em alto mar, a jurisdição que prevalecerá, será a desua bandeira. Lugar do Crime: Segundo o art. 6°, C.P , o lugar do crime será aquele onde ocorreu a ação ou o resultado do crime, adotando assim a lei penal brasileira a teoria mista, ou, da ubiqüidade, valendo salientar que o mencionado dispositivo não define o fórum competente para o julgamento da ação, e sim se lei pen al Brasileira ser á aplicada ou não , visto que essa se aplica, em regra, por todo o território nacional. Princípio da Extraterritorialidade: Segundo esse conceito, elenca o Art. 7° as hipóteses em que se aplicará a lei penal em fato que ocorreu no estrangeiro, aplicação essa incondicionada (Art. 7°, C .P), ou, condicionada (Art. 7°, II). Sentença Cumprida no Estrangeiro: Com o fim de se evitar o bis in idem, ou seja, a dupla punição desconta-se a pena já cumprida no estrangeiro quanto à sentença que ainda será cumprida no Brasil. Eficácia de Sentença Penal Cumprida no estrangeiro (Art. 9°, C.P): Poderá ser homologada pelo STJ a sentença penal cumprida no estrangeiro somente nos casos de cumprimento de medida de segurança ou de reparação civil, caso contrário, jamais haverá essa hipótese. Aula 7: Teoria do Crime Conceitos de um crime: Formal: Conduta humana que viola o ordenamento jurídico penal. Material: Toda lesão ou risco de lesão á um bem jurídico Document shared on www.docsity.com Downloaded by: carol-francelino (carolinafoliveira1@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark penalmente tutelado pela lei criminal. Analítico: Todo Fato típico + Antijurídico + Culpável. Formal: Conduta humana que viola o ordenamento jurídico penal. Material: Toda lesão ou risco de lesão á um bem jurídico penalmente tutelado pela lei criminal. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: carol-francelino (carolinafoliveira1@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Analítico: Todo Fato típico + Antijurídico + Culpável. Formal: Conduta humana que viola o ordenamento jurídico penal. Material: Toda lesão ou risco de lesão á um bem jurídico penalmente tutelado pela lei criminal. Analítico: Todo Fato típico + Antijurídico + Culpável. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: carol-francelino (carolinafoliveira1@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Formal: Conduta humana que viola o ordenamento jurídico penal. Material: Toda lesão ou risco de lesão á um bem jurídico penalmente tutelado pela lei criminal. Analítico: Todo Fato típico + Antijurídico + Culpável. Formal: Conduta humana que viola o ordenamento jurídico penal. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: carol-francelino (carolinafoliveira1@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Material: Toda lesão ou risco de lesão á um bem jurídico penalmente tutelado pela lei criminal. Analítico: Todo Fato típico + Antijurídico + Culpável. Formal: Conduta humana que viola o ordenamento jurídico penal. Material: Toda lesão ou risco de lesão á um bem jurídico penalmente Document shared on www.docsity.com Downloaded by: carol-francelino (carolinafoliveira1@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark tutelado pela lei criminal. Analítico: Todo Fato típico + Antijurídico + Culpável. Material: Toda lesão ou risco de lesão á um bem jurídico penalmente tutelado pela lei criminal. Analítico: Todo Fato típico + Antijurídico + Culpável. Estrito Cumprimento do Dever Legal. CRIMESExigibilidade de conduta diversa. Resultado Conduta: Dolosa/Culposa Comissiva/Omissiva Obs. Quando o agente não atua em: Estado de Necessidade Exercício regular de um Direito. Quando não houver o consentimento do ofendido como causa supralegal de exclusão da ilicitude. Potencial conhecimento sobre a ilicitude do fato. Legítima defesa Tipicidade – Formal e Conglobante. Nexo de Causalidade Imputabilidade Culpável AntijurídicoFato Típico Document shared on www.docsity.com Downloaded by: carol-francelino (carolinafoliveira1@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Aula 8: Fato Típico Fato Típico: Conceito: Esta relacionado a um tipo incriminador penal. Ex: Matar alguém. Onde possui como elementos subjetivos, o dolo e a culpa. Conduta: Conceito: O dolo e a culpa são elementos subjetivos do Direito Penal, ou seja, revelam a natureza da responsabilidade subjetiva que há no Direito Penal, em se tratando disso, quando não estão presentes esses, não haverá fato típico. Dolo ou Culpa Crime Doloso: O agente quer o resultado, pode se manifestar essa vontade de maneira direta (dolo direto) ou na forma do dolo eventual (o agente prevê o resultado e assume o risco de produzi-lo, porém, desprezando a sua ocorrência). Crime Culposo: O agente pratica o crime p ela simples falta da observação do dever de cuidado, ou seja, pela imprudência, negligência ou imperícia. Crimes Preterdolosos: Dolo no antecedente e culpa no consequente, ou seja, o agente pratica com o crime com certos intentos, porém, supera esses vindo a alcançar, culposamente, um resultado que não desejava. Obs. Para que a conduta criminosa seja culposa, o tipo incriminador deve assim estabelecer, pois em regra, os crimes são dolos, salvo se a lei penal prescrever sua forma culposa. Ação ou Omissão Crimes Comissivos: São aqueles em que para que se consume o resulta do, há a exigência de um fazer, uma ação. Crimes Omissivos: Já nesses, já um deixa de fazer do agente, que configura na produção do resultado. Crimes Comissivos por omissão (Omissivos Impróprios): Nesta modalidade de crime, o fazer do agente com o fim de produzir o resultado, nada mais é que um deixar de fazer, caso o agente que deixe de fazer seja um garante (indivíduo que tem o dever legal de cuidado, proteção e prudência sobre a vítima do crime) a omissão se dará na sua forma própria, crime omissivo próprio. Crimes Omissivos: Já nesses, já um deixa de fazer do agente, que configura na produção do resultado. Crimes Comissivos por omissão (Omissivos Impróprios): Nesta modalidade de crime, o fazer do agente com o fim de produzir o resultado, nada mais é que um deixar de fazer, caso o agente que deixe de fazer seja um garante (indivíduo que tem o dever legal de cuidado, proteção e prudência sobre a vítima do crime) a omissão se dará na sua forma própria, crime omissivo próprio. Resultado: o Naturalístico: Alteração no mundo dos fatos provocada pelo agente, a qual é visível, física, material. o Jurídico ou normativo: Lesão ou risco de lesão que a conduta produz no bem jurídico, ou seja, todo crime possuirá esse resultado, porém nem sempre estará presente o resultado naturalístico. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: carol-francelino (carolinafoliveira1@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Relação de Causalidade (Conditio Sine Qua Non): É relação d e causa e conseqüência entre a ação Relação de Causalidade (Conditio Sine Qua Non):do agente criminoso e o seu resultado. o Causa: Toda ação ou omissão, dolosa ou culposa, que tenha dado resultado ao crime, e que dolosa ou culposa, que tenha dado resultado ao crime, e que sem ele, o referido não teriaocorrido. Tipicidade: É a adequação do fato criminoso ao tipo legal. Aula 9: Antijuricidade (Ilicitude). Conceito: É o fato que vai contra a lei jurídico penal, opondo-se ao ordenamento vigente. Pode ser questionada e discutida a licitude/ilicitude desse, haja vista que a lei coloca como possibilidade algumas situações em que será afasta a ilicitude do fato, ainda que típico e reprovável. Causa Excludentes da Ilicitude: 1) Estado de Necessidade: Sacrifício de um bem jurídico de maior ou igual valor, para salvar-se ou a terceiros de perigo atual que decorre de circunstâncias não provocadas essas pelo agente. 2) Legitima Defesa: O indivíduo repele a injusta agressão de outro para salvar- se ou a terceiros. 3) Exercício Regular de um Direito: A ge o indivíduo dentro dos limites autorizados pelo ordenamento jurídico. Ex: UFC. 4) Estrito Cumprimento do Dever Legal: Age o indivíduo ampara do por um dever legal, como por exemplo, a atividade policial num mandado de busca e apreensão. 5) Consentimento do Ofendido: Trata-se d e causa supralegal de exclusão da tipicidade válida somente com relação a bens jurídicos disponíveis. Aula 10: Culpabilidade: Conceito: Censurabilidade e reprovabilidade jurídico-penal do ato praticado, presente está essa quando preenchidos seus três elementos: Imputabilidade do agente + Exigibilidade de Conduta diversa + Potencial conhecimento da ilicitude. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: carol-francelino (carolinafoliveira1@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Imputabilidade: É a capacidade pessoal e individual que tem o agente de responder pelo fato praticado, alcançada essa com a maioridade aos 18 anos de idade. o Inimputabilidade: É o oposto ao conceito anterior, sendo que a incapacidade Ex: Incapaz por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado , nesse caso, exluir-se-a a culpabilidade, sendo o agente isento da pena. o Semi-inimputabilidade: São os que por desenvolvimento mental incompleto não eram inteiramente incapaz de compreender o ato ilícito, tendo-se a possibilidade de redução de sua pena de 1/3 a 2/3. Obs. Embriaguez voluntária e emoção não excluem a culpabilidade, e quando essa primeira proveniente de caso fortuito ou força maior, extinta ou reduzida de 1/3 a 2/3 será a pena. Consciência da Ilicitude: É o conhecimento do caráter injusto que possui o tipo criminal que o agente está praticando. o Erro de Proibição: O agente atua amparado por uma falsa representação da realidade, achando estar agindo se m consciência do caráter injusto de sua pratica. Obs. Se o erro era evitável, a culpabilidade não ser á afastada, porém, cabendo a hipótese de redução de pena de 1/6 a 1/3. o Discriminante putativa: O agente atua achando que sua ação é legitima por estar amparado por uma suposta causa de exclusão da ilicitude, achando que as circunstâncias justificam o seu agir. Exigibilidade de Conduta Diversa: Conceito: Nesse instituto discute-se a possibilidade que o agente possuía ou não de agir de outro modo. Obediência Hierárquica: Caracteriza-se essa nas funções públicas, onde o agente, por motivos de hierarquia, atua obedecendo a ordem superior, a qual não é manifestamente ilegal, respondendo assim pelo fato criminoso o autor da ordem. Coação Moral Irresistível: O a gente pratica o f ato sendo coagido, não tendo como resistir a essa coação, respondendo pelo crime nessa hipótese, o autor da coação. Inexigibilidade de Conduta Diversa: Causa supralegal excludente da culpabilidade, onde, o agente pelas circunstâncias em que se encontrava, não poderia agir de outra maneira, a fim de resguardar-se. Causas excludentes da culpabilidade: 1) Inimputabilidade. 2) Erro de Proibição. 3) Discriminante putativa. 4) Obediência Hierárquica. 5) Coação Moral Irresistível. 6) Inexigibilidade de Conduta Diversa. Aula 11: Crime Consumado, Tentativa e arrependimento. Crime Consumado: Document shared on www.docsity.com Downloaded by: carol-francelino (carolinafoliveira1@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Conceito: Punido é o agente pela cominação completa do tipo, haja vista que ao gente completou todas as fases do iter criminis: 1) Cogitação: Não é punida penalmente. 2) Preparação: Punem-se os atos de preparação apenas quando constituem infração penal autônoma. 3) Execução: Fase punível penalmente, já que o agente já inicia a pratica do crime colocando em risco o bem jurídico tutelado pelo Direito Penal. 4) Consumação: É o resultado alcançado pelo crime. Tentativa: Conceito: O agente não alcança a consumação, não sendo punido pela cominação completa do tipo, porém sim, obrigatoriamente, sendo punido pela cominação completa do tipo reduzida de 1/3 a 2/3, dependendo do grau de aproximação da consumação do delito, sendo assim, é combinado o tipo penal com o Art. 14 inc. II. Tentativa Perfeita: O agente pratica os atos executórios, porém, não alcança a consumação por circunstâncias alheias a sua vontade. Tentativa Imperfeita: A ação do agente é interrompida, não esgotando ele sua potencial atitude lesiva. Tentativa Branca: É a qual, segundo a doutrina, não produz quaisquer vestígios. Crimes que não admitem tentativa: 1) Mera conduta 2) Culposo 3) Habitual. 4) Omissivo próprio 5) Atentado Desistência e Arrependimento: Desistência Voluntária: O agente não chega à consumação por sua própria vontade, seu intento, respondendo penalmente somente se os atos que praticou até a preparação se esses configurarem crime autônomo. Arrependimento Eficaz: O agente esgota o iter criminis, porém, arrependido, pratica uma conduta, impedindo a consumação de seu feito, respondendo ele agora, somente se os atos que praticou até a preparação se esses configurarem crime autônomo. Arrependimento Posterior: Trata-se de restituição do objeto do crime a vitima, mesmo esgotado o iter criminis, restituição posterior, porém, ante da denúncia ou recebimento da queixa pelo juiz, sendo nessa hipótese cabível a redução de pena, além disso, vale ressaltar que esse instituto somente cabe aos crimes sem violência ou grave ameaça. Aula 12: Crime Impossível e Flagrante. Crime Impossível: Conceito: De acordo com o art. 17 não se pune o crime quando for ineficácia absoluta pelo meio de execução ou por impropriedade do objeto escolhido pelo a gente do crime Document shared on www.docsity.com Downloaded by: carol-francelino (carolinafoliveira1@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark impossível, não há punibilidade porque a conduta praticada pelo agente, operar de sua intenção criminosa, não causa lesão ou risco de lesão ao bem jurídico. Crime impossível por absoluta ineficácia do meio: Nesta hipótese, o agente fica impune apesar de sua intenção criminosa, pois executa o delito de maneira desastrosa, escolhendo uma maneira para realizar o crime que jamais lhe permitirá atingir a consumação. Flagrante: Flagrante preparado: De acordo com a súmula 145 do STF, é considerado crime impossível a hipótese de flagrante preparado hipótese esse onde a polícia induz alguém a praticar o crime, para que no momento da execução para realizar o flagrante. Flagrante esperado: A polícia não induz ninguém ao crime nesta hipótese a polícia não induz ninguémao crime. Nesta hipótese a polícia é avisada do crime que está acontecendo, o u que est á prestes a acontecer, e adota as medidas devidas para prender o flagrante criminoso no momento oportuno. O flagrante esperado é aceito pela jurisprudência, e não constitui crime impossível. Flagrante forjado: A polícia “planta” provas contra alguém com a finalidade de incriminar a pessoa por um crime que não praticou o que obviamente é uma prisão legal. Nesta hipótese não se pune a tentativa, uma vez que a conduta do agente recai sobre um determinado o objeto que não é adequado para a consumação do crime. Aula 13: Erro Erro de tipo (Art. 29): O agente pratica a conduta induzida a erro pelas circunstâncias e desconhece algo dentro do fato que constitui elemento do tipo penal, que sem sabe r, ele está realizando. Quando a conduta do agente é praticada em erro de tipo, diz o artigo que deve ser afastado o dolo da conduta, sendo punível a punição na forma culposa, se a forma culposa for prevista em lei. Se o erro de tipo é inevitável, em razão das circunstâncias, fica afastado o dolo e a culpa. Erro determinado por terceiro: De acordo com o Art. 29, parágrafo 2°, se alguém pratica delito induzido a erro por terce iro não deve responder penalmente, pois nesta hipótese, quem determina o erro é o verdadeiro criminoso. Erro sobre pessoa (Art. 20, Parágrafo 3°): O autor do crime, por engano executa o delito sobre a pessoa errada, errando a vítima do crime. Neste caso, responderá penalmente como se tiver a atingido a pessoa pretendida. Aberractio ictus (Erro de pontaria) (Art. 73): Na aberractio ictus, temos o erro de execução, onde o agente atinge pessoa diversa da pretendida no momento da execução do delito, como se fosse um erro de pontaria ou erro de alvo. Nesta hipótese, o agente responde penalmente como se tivesse atingido a pessoa pretendida. Obs. Na legítima defesa também pode ocorrer aberractio ictus, onde o agente reage a uma injusta agressão, mas erra a pontaria atingindo pessoa diversa da pretendida. Neste caso, a aberractio não afasta a legítima defesa, pois o agente responderá penalmente com se tivesse atingido o seu injusto agressor. Delicti ou Aberratio criminis (Art. 74°): Nesta hipótese o a gente erra na execução e atinge o resultado criminoso, diverso do resultado pretendido. O agente responderá, pelo crime produzido, na forma culposa, se a forma culposa do delito, for prevista em lei. Aula 14: Crimes e suas Subspécies. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: carol-francelino (carolinafoliveira1@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Sujeito Ativo: É aquele que pratica a conduta tipificada pela lei ou então aquele que colabora para a prática do tipo penal. Sujeito Passivo: O sujeito passivo é aquela pessoa contra quem é praticada conduta típica. Obs. Crime próprio: é aquele que para se configurar exige uma qualidade especial do agente, ou seja, do sujeito ativo do crime. Ao contrário do crime comum, que é aquele tipo do crime que qualquer um pode praticar. Ex: Peculato. Crime de Mão Própria: É aquele que o sujeito ativo pratica diretamente, e não tem como mandar alguém fazer em seu lugar. Ex: Prevaricação. Obs. Crime vago: Os crimes vagos são aqueles em que o sujeito passivo é toda coletividade. Objeto jurídico: Significa o bem jurídico que é tutelado pela norma incriminadora, o crime só se configura quando a conduta do agente produz lesão ou risco de lesão, ao bem jurídico, protegido pelo tipo penal. Crime simples: É aquele que protege um único bem jurídico e o crime complexo, aquele que tutela mais de um bem jurídico. Crime Complexo: Ofende mais de um bem jurídico por possuir diversos núcleos na esfera de seu iter criminis. Objeto Material: É a pessoa ou a coisa, sobre a qual recai a conduta criminosa. Todo crime tem objeto jurídico, mas nem todo crime tem objeto material. Crime Material: São aqueles que necessitam da ocorrência do resultado descrito no tipo penal para que o delito seja consumado. Todos os crimes dolosos e materiais admitem tentativa e somente estarão consumados quando a alteração no mundo dos fatos prevista na norma incriminadora estiver configurada. Art. 121, Art. 157. E 155. Crime Formal: É aquele que possui para a consumação do crime. Nesta espécie de crime. A descriminação típica da norma incriminadora prevê a consumação do delito mesmo que o resultado previsto no tipo não aconteça. Art.317. (Também é chamado de crime de consumação antecipada uma vez que o crime formal está consumado antes mesmo de o resultado ocorrer. Ex: Art. 158. O crime Formal e doloso admite teoricamente à ten tativa, mas na prática é muito difícil da tentativa se caracterizar. Crime de mera conduta: Não possui nenhum resultado material previsto na norma incriminadora, onde a simples conduta adotada pelo agente já consuma o delito independente de qualquer resultado. Ex: Art. 14. Estatuto do desarmamento. Art. 135. Omissão de socorro. o missão, dolosa ou culposa, que t enha dado resulta do ao crime, e que Tipicidade: É a adequação do fato criminoso ao tipo legal. Semi-imputabilidade: Incapacidade parcial de entender a ilicitude ou de determinar-se de acordo com o entendimento de ilicitude. Inimputáveis – Menores de 18 anos, incapacidade total de entender a ilicitude ou de determinar- se de acordo com o entendimento de ilicitude. Imputabilidade:É a possibilidade de se estabelecer o nexo entre a ação e seu agente, imputando a alguém a realização de um determinado ato. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: carol-francelino (carolinafoliveira1@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark
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