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APOSTILA CURSO DO IFF_PROJETO_ELABORAÇÃO E GESTÃO

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1.1 O que é projeto? 
São vários os autores que conceituaram projeto, e apesar dos conceitos 
apresentarem diferenças, todos são corretos e, portanto, válidos. Aqui, 
escolhemos os dois abaixo, pois os mesmos são satisfatórios para o nosso 
estudo. 
 
 
De acordo com o Project Management Body of Knowledge (Corpo de 
Conhecimento em Gerência de Projetos - PMBOK) “Um projeto é um 
esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou 
resultado exclusivo.” (PMBOK, 2004, Pg. 1) 
 
 
Já Vargas, (2005), escritor e especialista em projetos, afirma que: 
 
 
Projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma 
sequência bem definida de eventos, com início, meio e fim, que se destina 
a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro 
de parâmetros definidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade 
(VARGAS, 2005, p. 7). 
 
 
 
Pode-se considerar PROJETO como um conjunto de ações 
sistematicamente ordenadas, com início, meio e fim preestabelecidos, e 
com objetivos claramente definidos. Portanto, elaborar um projeto passa 
pela concretização de ideias de forma planejada e organizada, e tem 
como foco resolver um problema em um determinado local ou ambiente. 
 
 
Após você ter lido as duas definições supracitadas, lembre-se que toda 
equipe de projeto deve ter um coordenador responsável e um relator 
(para registrar todos os passos do projeto). A equipe trabalha no sentido de 
obter um resultado final (o objetivo geral) preestabelecido. Com os 
membros da equipe motivados, os recursos financeiros comprometidos e os 
recursos humanos capacitados, um projeto tende a ser finalizado com 
sucesso. 
 
 
A seguir, você verá que todo projeto está relacionado a ações 
sistematicamente ordenadas. A elaboração de um projeto pressupõe que 
exista, pelo menos, um problema a ser resolvido, de modo que a sua 
solução contribua para melhorar as condições, por exemplo, de trabalho, 
em um determinado local de uma instituição ou empresa pública. 
 
 
A gestão ou gerenciamento de projetos existe em um contexto que inclui o 
gerenciamento de programas, o gerenciamento de portfólios e o escritório 
de projetos. Também observa-se uma hierarquia de plano estratégico, 
portfólio, programa, projeto e subprojeto na qual um programa constituído 
de diversos projetos associados contribuirá para o sucesso de um plano 
estratégico. Os projetos podem ser partes integrantes de um PROGRAMA, 
ou de um PORTFÓLIO DE PROJETOS. 
 
 
PROGRAMA é uma descrição sumária das intenções ou projetos de um 
indivíduo, de uma organização pública ou privada, ou seja, é um grupo de 
projetos relacionados entre si e coordenado de maneira articulada. 
 
 
PORTFÓLIO DE PROJETOS é uma coleção de projetos agrupados de modo 
a facilitar a sua integração em torno de objetivos comuns. Com o 
problema identificado, passa-se a determinar o objetivo geral do projeto e 
seus objetivos específicos. 
 
 
• OBJETIVO GERAL: trata de impactos em longo prazo, ou seja, é 
definido de modo a resolver o problema identificado. 
• OBJETIVOS ESPECÍFICOS: são os resultados concretos em curto prazo, 
ou seja, define os desdobramentos (ações) necessários para se 
atingir o objetivo geral. 
 
 
Referência: Esmeraldo, Jorge Ney. Gestão de Projetos. UFMT. Rede e-Tec 
Brasil. 
 
 
 
 
 
 
1.2 O que é gestão? 
Provavelmente já ouviu falar muitas vezes sobre gestão, como por 
exemplo: gestão da qualidade, gestão de pessoas, gestão empresarial, 
etc. Tantas vezes que parece um termo que está na moda. Mas você sabe 
o que é gestão? 
 
 
Podemos dizer que Gestão é a interação entre uma organização e o meio 
em que atua, quer seja interno ou externo. Esta interação se dá do 
seguinte modo: 
 
 
Para o meio interno da organização é controlada de maneira direta; Para 
o meio externo é controlada de maneira indireta. Esta interação é 
necessária para atingir os objetivos e as metas determinadas pelos gestores 
da instituição ou empresa pública envolvidos no projeto. 
 
 
Pode-se utilizar ainda o termo gerenciamento, mas não existe um consenso 
sobre isto. Alguns autores consideram o termo gestão para ser usado em 
serviços públicos e o termo gerenciamento para ser usado em empresas 
privadas. Muitas vezes a gestão é voltada para um aspecto específico da 
organização e/ou do seu produto e/ou do seu serviço. 
 
Referência: Esmeraldo, Jorge Ney. Gestão de Projetos. UFMT. Rede e-Tec 
Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.3 O que é gestão de projetos? 
Gerir ou gerenciar um projeto é como acompanhar o nascimento de um 
filho: deve-se tomar todos os cuidados necessários para que tudo ocorra 
dentro do esperado, isto é, o filho nasça sem problemas e todos fiquem 
tranquilos e comemorem este dia tão importante e significativo em nossas 
vidas. 
 
Mas atenção! Normalmente, em um determinado projeto, não temos nove 
meses disponíveis para planejarmos, executarmos, controlarmos, 
avaliarmos e, finalmente, podermos comemorar. Isto só é possível, tendo à 
frente um ótimo gerente de projetos e uma equipe capacitada e 
motivada, aí sim, a festa estará garantida. 
 
De acordo com Vargas (2003), um escritor e especialista em projetos: 
 
O conceito de Gerenciamento de Projetos está bem definido no manual 
do PMI (Project Management Institute) guide to the Project Management 
Body of Knowledge, também conhecido como PMBOK Guide. Esse 
conceito é o uso do conhecimento, das habilidades, ferramentas e 
técnicas com a finalidade de suprir as necessidades e expectativas do 
empreendedor com relação a um projeto. Qualquer atividade, mesmo 
uma ida ao supermercado, pode ser tratada como um projeto. A lista de 
compras é o objetivo do projeto, o tempo disponível para as compras é o 
prazo, e o custo do projeto é o preço das compras. Se você planejar bem, 
comprará o que precisa, poupará tempo no supermercado e, comprando 
só o que precisa, economizará dinheiro (VARGAS, 2003, prefácio). 
 
Já outro especialista afirma que: 
 
Project Management Body of Knowledge (Corpo de Conhecimento em 
Gerência de Projetos), (PMBOK®) é um termo integral que descreve a 
soma de conhecimento dentro da profissão de gestão de projetos. É igual 
ao que se sucede com outras profissões como advocacia, medicina e 
contabilidade, a medula do conhecimento está em quem o pratica e nos 
acadêmicos que o aplicam e os fazem progredir. A estrutura de 
conhecimento completa da gestão de projetos inclui o estudo de 
problemas práticos tradicionais que se aplicam bastante, como também o 
conhecimento de inovadoras e avançadas práticas que tem sido objeto 
de uso mais limitado, e inclui também, material publicado como inédito 
(VELIZ FLORES, 2010, p. 1). (Tradução nossa). 
 
A equipe de gestão de projetos é sempre quem vai determinar o que é 
adequado para cada projeto durante o transcurso de suas fases. Isto 
acontece devido ao fato da existência de vários processos e cada um 
deles apresenta técnicas e ferramentas apropriadas. Daí existirem diversas 
profissões no campo de gestão de projetos, dentre as quais, a título de 
exemplo, citaremos: 
• Gerentes Gerais de projetos; 
• Gerentes de projetos e outros membros da equipe de projetos; 
• Clientes de projetos e outros usuários de projetos; 
• Educadores dedicados ao ensino da gestão de projetos e temas 
relacionados; 
• Instrutores que desenvolvem programas educacionais em gestão de 
projetos; etc. 
 
Gerenciar um projeto é um processo que envolve desde iniciá-lo até 
finalizá- -lo, passando pelas etapas de: planejamento, execução e 
atividades de controle/avaliação/ajustes. Isto implica aplicar técnicas e 
habilidades para garantir o êxito do projeto. 
 
Em que consiste a gestão de projetos 
 
A gestão de projetos consiste no planejamento e acompanhamento 
(monitoramento) de atividades para atingir um ou mais objetivos em 
determinado tempo, para tal, o gestorde projetos tem que ficar atento 
para as distintas demandas, que compõem as áreas de conhecimento de 
gestão de projetos. 
 
O Contexto da Gestão de Projetos descreve o ambiente em que são 
realizadas as operações dos projetos. A equipe de gestão de projetos deve 
entender este contexto de forma clara e objetiva. 
 
Referência: Esmeraldo, Jorge Ney. Gestão de Projetos. UFMT. Rede e-Tec 
Brasil. 
1.4 Características da gestão de projetos 
Vejamos o que existe em comum entre as definições anteriores? 
 
 
A primeira coisa que percebemos é que todas as definições ligam o 
projeto a uma atividade temporária. Veja que todos os conceitos citam 
começo e fim, início e término. Portanto, é possível afirmar que o projeto é 
uma atividade temporária. Dessa forma, ele realmente deve ter início, 
meio e fim programados. Uma atividade repetitiva, aquela que é contínua, 
que sempre fazemos, não é um projeto. Isso não quer dizer, também, que 
um projeto tem que ter um prazo curto. Não. Um projeto pode durar dias, 
meses ou anos. Mas, o que deve ficar claro, é que ele deve ter um tempo 
para começar e um tempo para acabar. Outro aspecto que deve ficar 
claro é que o projeto não é aquele trabalho cotidiano, como quando 
você decide pintar a sua casa. Você não faz isso todos os dias. Pintar a 
casa exige um projeto, porque requer algumas demandas que não estão 
disponíveis no seu dia a dia. 
 
 
Vamos citar outro exemplo: uma empresa que produz chocolates. Todos os 
dias ela produz muitos chocolates. Ela sabe quanto e como produzir esses 
chocolates, sabe a quem atende e de que maneira os produtos vão 
chegar aos seus clientes. Porém, a equipe administrativa chegou à 
conclusão de que é o momento de lançar um novo sistema de entregas 
para o seu produto, agilizando o contato entre empresa e clientes. 
Suponhamos que você foi designado para criar esse novo sistema. Qual 
será o primeiro passo? Inicialmente, você irá reunir uma equipe de pesquisa 
para identificar os diversos sistemas existentes de entrega, compará-los ao 
que você está atualmente utilizando e definir novos sistemas possíveis. Irá 
reunir, também, o pessoal de marketing para verificar junto ao mercado 
qual o nível de aceitação dos sistemas utilizados, quais as opiniões sobre o 
atual sistema de entregas da empresa e como o público-alvo quer ser 
atendido. O novo sistema é posto à prova e estará sendo constantemente 
monitorado para que nada de errado aconteça. 
 
 
Qual a sua opinião: esse novo sistema de entregas é um projeto ou é um 
procedimento rotineiro? Sem sombra de dúvida é um projeto. Ele pode, 
mais tarde, tornar-se parte do procedimento cotidiano da fábrica, porém, 
inicialmente ele é um projeto. Percebemos, assim, que novos produtos e 
procedimentos nascem de projetos. 
 
 
Vamos então para um segundo aspecto constante nas definições: produto 
ou serviço singular. Mas, o que vem a ser um produto ou serviço singular? 
Mesmo que os objetivos dos projetos sejam definidos como produtos, para 
Menezes (2009), está implícita nessa definição que o produto final, além 
dos produtos físicos, pode se constituir de ideias, serviços ou eventos. 
 
 
Produto ou serviço singular, para Vargas (2005, p. 7), “significa realizar algo 
que não tenha sido realizado antes”. Entendemos então que, como o 
resultado de cada projeto é único, faz-se necessária a elaboração de 
projetos que respeitem as características do ambiente em que estão 
inseridos, garantam as especificações do produto ou serviço que está 
sendo desenvolvido e monitore, de forma efetiva, os passos para se atingir 
o resultado desejado. 
 
 
Considerando essas duas características principais do projeto: 
temporalidade e produto ou serviço singular, podemos, baseados em 
Vargas (2009), descrever as demais características: 
• Um projeto é um empreendimento que não faz parte da rotina da 
empresa. Dessa forma, ele é algo novo. 
• Um projeto é feito de atividades lógicas e interligadas de maneira 
que exige acompanhamento e controle durante a sua execução. 
• Um projeto deve ter objetivo e meta bem definidos. Todo projeto é 
administrado por pessoas, mesmo quando se utiliza modernos 
equipamentos de acompanhamento e gestão. 
• Um projeto exige a alocação de recursos específicos para todas as 
áreas envolvidas por ele. 
• Todo projeto é capitaneado por parâmetros como prazos, custos, 
pessoal, material e equipamentos. 
 
 
Devem existir parâmetros iniciais, que, por não serem precisos, podem 
sofrer ajustes no decorrer do projeto. Porém, são essas diretrizes iniciais que 
atuam como referências para o projeto e a sua avaliação. 
 
 
É possível, então, concluir que um projeto difere de uma atividade 
cotidiana. Um projeto possui características bem específicas, uma delas é 
que ele tem tempo para começar e terminar. O resultado do projeto vem 
em forma de evento, produto, ou serviço exclusivo, justificando os recursos 
e tempo empregados. 
 
 
Referência: Rodermel, Pedro Monir. Gerenciamento de projetos. IFPR, Rede 
e-Tec Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1 Iniciação 
O processo de iniciação de um projeto requer alguns cuidados formais. 
Esses cuidados têm por finalidade envolver e informar adequadamente as 
três figuras diretamente envolvidas no projeto: o patrocinador, o gerente e 
a sua equipe básica. Vamos discorrer sobre isso. 
 
 
Componentes da fase de iniciação 
 
 
No processo de iniciação deve-se criar o termo de abertura, que deverá 
conter o título do projeto, resumo ou introdução, nome, responsabilidades 
e autoridades do gerente, necessidades do trabalho a ser realizado, 
descrição do produto, cronograma básico, estimativa de custos, 
necessidades de recursos, suporte necessário, controle e gerenciamento 
das informações e aprovações com devidas assinaturas. 
 
 
Nesse processo deve ser criado o Livro Geral do Projeto, de modo a ter um 
documento no qual todas as informações do projeto sejam registradas. O 
cuidado com esse livro é o que se deve tomar com um documento formal 
de interesse jurídico para a empresa. Além de todas as informações, 
também devem ser registradas todas as alternativas para o projeto com as 
devidas estimativas de recursos necessários. 
 
 
Nesse processo é criada a declaração de escopo do projeto, que deve 
conter: título do projeto; nome da pessoa que elaborou o documento; 
nome do patrocinador; nome e responsabilidade do gerente; nome dos 
integrantes; descrição do projeto; objetivo; justificativa; produto; 
expectativa do cliente ou patrocinador; fatores de sucesso; restrições; 
premissas; tudo o que será abordado no projeto; principais atividades e 
estratégias; principais entregas; orçamento básico; cronograma de 
entregas; registro de alterações; assinaturas e aprovações. 
 
 
O patrocinador, o gerente e a equipe básica do projeto 
 
 
Os projetos nascem de necessidades e demandas. Se nada for feito, 
estaremos frente a um problema. Então, tanto as necessidades quanto as 
demandas são sempre oportunidades. 
 
 
Nesse processo inicial do projeto, também denominado processo da 
concepção, existem três figuras que, segundo Menezes (2009, p. 70), se 
destacam: o patrocinador, o gerente e a equipe básica. 
 
 
O patrocinador, normalmente, é aquele profissional da alta administração 
que desenvolve o projeto. Ele possui interesse no projeto, sua posição é 
estratégica já que ele apoia politicamente o projeto, ajuda na sua 
viabilização, influenciando, inclusive, como facilitador na captação de 
recursos. Ele não deve ser confundido como aquele que fomenta 
financeiramente o projeto. O fomento financeiro é dado pela empresa ou 
pelo solicitante do projeto, no caso de projeto sob encomenda. 
 
 
A equipe básica para o início do projeto é formada por especialistas, ou 
pessoas que possuam conhecimento técnico para ajudar na definiçãodo 
escopo do projeto. Muitas dessas pessoas poderão, depois, atuar no 
projeto, outras poderão apenas participar dessa fase. Porém, é importante 
que as pessoas envolvidas na fase de iniciação apresentem diferenciais e 
contribuam assertivamente para a definição dos itens que fazem parte do 
escopo do projeto. 
 
 
Referência: Rodermel, Pedro Monir. Gerenciamento de projetos. IFPR, Rede 
e-Tec Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 A estrutura analítica de projetos 
A estrutura analítica de projetos, conhecida pela sigla EAP, é uma ferramenta 
muito utilizada para destacar todos os componentes e atividades que fazem 
parte do projeto e que permitem a sua efetivação. O destaque de tais 
atividades e componentes é feito de forma gráfica. Dessa forma, fica visível 
todo o detalhamento do projeto, inclusive a inter-relação e a hierarquização 
entre todos os elementos, impedindo que esqueçamos atividades e 
componentes importantes do projeto. Vamos ver um exemplo dessa 
representação gráfica de um projeto de um novo site: 
 
Fonte: http://www.oficinadanet.com.br/ 
 
 
Como vimos na figura acima, a EAP consiste em detalhar todo o projeto, 
como se fosse um organograma. Veja que todas as etapas atendem a 
uma hierarquia de importância e dividem-se em componentes principais, 
subcomponentes, que também são divididos por ordem até chegarmos 
aos pacotes de serviços, a última fase de cada nível. 
 
 
O número de níveis é variável, já que depende das especificidades e 
exigências de cada projeto. Também o detalhamento de cada 
componente do gráfico fica a cargo de seus formuladores, já que ele deve 
facilitar o gerenciamento. Muitas vezes é utilizada uma codificação para 
facilitar o entendimento de determinados temas ou alocação de recursos 
em cada nível. O importante, porém, é que ele deve ser inteligível para os 
envolvidos no projeto. Todos os elementos-chave do projeto deverão 
receber uma cópia. 
 
 
A EAP é também um instrumento de integração. 
 
 
Segundo Menezes (2009), diversas vantagens estão ligadas à utilização da 
EAP. Vamos tratar de algumas delas. 
 
 
O nível de detalhamento representado na EAP vai atender exatamente a 
ordem hierárquica apresentada. Dessa forma, o nível mais alto no gráfico 
pode ser mais abrangente e, quanto mais baixo, mais específico. A EAP, 
com essas especificações, vai disciplinar as atividades. Isso permite que 
todos os envolvidos tenham visão geral e específica do projeto, evitando, 
inclusive, esquecimento de aspectos importantes. 
 
 
Como o gráfico apresenta uma imagem do projeto, a comunicação fica 
mais fácil. Logicamente que o escopo do projeto é imprescindível. As 
descrições devem estar registradas. Mas o apelo visual é sempre uma 
forma fácil e aceita de apresentar uma longa lista de atividades. 
 
 
A EAP permite que todos tenham plena consciência do tempo estimado 
para cada atividade. Algumas atividades são bastante conhecidas pelos 
envolvidos e eles conseguem estimar de modo mais assertivo o tempo, 
outras apresentam um grau de dificuldade maior. Diante do gráfico é 
possível ajustar essas estimativas. Também estarão claras as atribuições de 
tarefas, assim como a identificação de riscos nos determinados níveis e os 
custos relativos a cada detalhamento das atividades. 
 
 
A EAP auxilia na identificação das diversas ligações entre os diversos 
componentes do projeto. A isso chamamos de interfaces. Diante dessas 
interfaces é possível vincular prazos de execução e entregas dos serviços e 
produtos. A montagem da rede de atividades fica facilitada com o uso do 
gráfico, assim como a programação e o controle dos recursos necessários 
para cada fase. Não se corre o risco de captar recursos antes do prazo 
necessário, assim como não faltam recursos quando estiverem sendo 
requeridos. 
 
 
A estrutura analítica de projeto apresenta-se como um excelente 
instrumento de marketing. Como ela apresenta visualmente o projeto e o 
seu desdobramento, ela poderá ser utilizada para a apresentação do 
projeto aos clientes ou interessados, bem como projeta uma imagem de 
organização e controle, o que favorece o gerente do projeto junto aos 
integrantes e interessados. 
 
 
Para uma perfeita construção da EAP, faz-se necessário estudos 
pormenorizados das áreas específicas pertencentes ao gerenciamento de 
projetos.Quando falamos da duração das atividades no projeto, estamos 
nos reportando ao gerenciamento de tempo. 
 
 
Veja que são áreas que você deverá se aprofundar um pouco mais, já que 
apresentam algumas necessidades e ferramentas que você precisa 
conhecer, mesmo que tenha algum especialista com você. Como gerente 
de projetos você precisa conhecer a linguagem de cada área específica, 
já que vai discutir o projeto com esses especialistas. 
 
 
Para a criação da rede de atividades – além de todas as atividades 
estarem relacionadas na EAP, elas devem estar interligadas, de forma que 
mostrem as suas interdependências – é necessário que se utilize de formas 
representativas para o entendimento dessas ligações. Podem ser utilizadas 
setas ou linhas de orientação, círculos, quadrados ou retângulos, cada 
qual representando significados específicos no gráfico de representação. 
 
 
Existem diversos métodos de representação em redes, alguns antigos, 
como o método americano, outros mais recentes, como o método francês, 
mas todos possuem especificidades na sua construção, por isso vale a 
pena você buscar subsídios a esse respeito. 
2.3 Análise de viabilidade 
Para entendermos bem a análise de viabilidade do projeto, vamos 
conceituar. 
• Análise: estudo pormenorizado de cada parte de um todo, para 
conhecer melhor sua natureza, suas funções, relações, causas, etc. 
• Viabilidade: atributo ou qualidade do que é viável. 
• Análise de Viabilidade: estudo onde se busca analisar se o resultado 
final trará vantagens financeiras que permitam a continuidade do 
referido empreendimento. 
 
 
Investimentos & Resultados 
Todo projeto de produto ou de serviços, nas empresas públicas, privadas 
ou mistas, demanda gastos, ou seja, é necessário que se tenha à 
disposição um certo montante de dinheiro a ser investido. 
 
 
É necessário, portanto que haja um orçamento feito a priori para que se 
possa fazer o atendimento necessário ao projeto como um todo, desde a 
concepção até a sua conclusão. 
 
 
Conforme THIRY-CHERQUES (2002, p.195), o orçamento deve garantir: 
• A alocação dos custos do projeto, de maneira lógica e fácil acesso; 
• A determinação do custo total do projeto e possíveis alterações 
(ajustes); 
• A possibilidade de um efetivo controle sobre os custos em todas as 
etapas; 
• A real transformação de valores em recursos necessários ao projeto. 
 
 
Importante observar que quanto mais detalhados e acompanhados forem 
os recursos, mais chances de se efetivar o projeto dentro do orçamento e, 
por consequência, dando o retorno esperado. Esse retorno poderá vir na 
seguinte formatação: 
• Financeiro: O projeto se auto paga, ou seja, é alcançado um retorno 
sobre o investimento, de forma que é mais vantajoso para a 
instituição aplicar nesse projeto do que no mercado financeiro. 
• Social: O projeto atende aos quesitos sociais, ou seja, é alcançado o 
propósito de atendimento a um grupo cujas necessidades são o 
foco principal desse empreendimento. 
• Mercadológico: O projeto atende ao planejado, com vistas a uma 
colocação melhor no mercado, isto é, a empresa estará mais 
competitiva, em especial devido aos investimentos que a 
concorrência também vem fazendo. 
• Tecnológico: O projeto coloca a empresa em posição de destaque 
frente aos clientes, fornecedores e também concorrentes, em uma 
situação de possível desenvolvimento e melhoria de estrutura de 
competição. 
• Misto: O projeto alcança resultados em que a empresa se posiciona 
melhor que aquela em que se encontrava por meio de uma 
combinaçãodos resultados já apresentados. 
 
 
Como os projetos são analisados numericamente do ponto de vista 
financeiro, apresentam-se a seguir alguns dos métodos para avaliar as 
alternativas de investimentos 
• Valor Presente Líquido; 
• Pay-back; 
• Taxa Interna de Retorno 
 
 
Referência: Campos, Luiz Fernando Rodrigues. Gestão de Projetos. IFPR. 
Rede e-Tec Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4 Execução 
Agora é hora de fazer o projeto acontecer. Esse é o processo de 
execução, hora de fazer com que todo o processo de planejamento 
efetivamente venha a se tornar realidade. É um processo em que são 
constantes as pressões, já que teremos que fazer na prática aquilo que 
antes foi apenas conceitualmente concebido. Aqui é realizado o esforço 
braçal, as atividades são desenvolvidas de forma a se obter o resultado 
proposto. Menezes (2009, p. 189) alerta para a importância de alguns 
processos auxiliares que, neste momento, se tornam cruciais para o sucesso 
das ações do projeto. O autor enumera seis processos: verificação do 
escopo, garantia da qualidade, distribuição da informação, solicitações de 
materiais, seleção de fornecedores e administração de contratos. 
 
 
A verificação do escopo diz respeito ao processo de acompanhamento, 
durante toda a execução do projeto, se todos os trabalhos e recursos 
estão sendo mantidos e utilizados conforme as definições previamente 
estabelecidas. A garantia da qualidade assegura os padrões em que o 
projeto deve ser executado. Todos os envolvidos devem atuar ativamente 
para que as especificações do produto ou serviço sejam atendidas. Isso 
significa que o esforço de cada parte irá garantir a qualidade total do 
projeto. 
 
 
As informações do projeto devem estar disponíveis a todos os envolvidos no 
tempo em que forem necessárias. Esse é o intuito da distribuição da 
informação. Por isso, lá na fase do planejamento, deverão estar 
contempladas as informações a serem distribuídas, a para garantir o 
feedback. 
• As solicitações de material envolvem a angariação de todos os 
recursos materiais necessários para garantir a realização das 
atividades e a construção do produto proposto no projeto. Isso 
envolve uma relação de materiais e serviços que precisam ser 
orçados e analisados com base em requisitos estabelecidos. 
• A seleção dos fornecedores vai considerar critérios que, conforme o 
caso, pode ser preço, capacidade de produção, competência 
técnica, qualidade da assistência ou outros parâmetros 
anteriormente acordados pela equipe do projeto. Um contrato 
deverá ser firmado estabelecendo-se os critérios a serem atendidos 
pelas partes. 
• A administração de contratos vai garantir, por meio de diversas 
ações, que todos os critérios firmados sejam atendidos e, caso haja 
qualquer dificuldade, cabe a essa administração buscar medidas 
para resolver os problemas apresentados. 
 
 
As ações do processo de execução do projeto 
Diversas ações fazem parte da execução do projeto. Vamos relacionar as 
atividades que são a base do projeto, isto é, são ações principais, que 
podem dar origem a diversas outras e detalhar sobre cada uma delas para 
que você tenha uma clara visão da influência direta que elas exercem 
sobre o projeto. 
 
 
São oito as ações principais: verificação do escopo, comunicação entre os 
membros do projeto, desenvolvimento da equipe, provisão dos recursos 
necessários ao projeto, detalhamento do planejamento, assegurar a 
qualidade, distribuição das informações e procedimentos de controle. 
 
 
A primeira ação é a verificação do escopo do projeto. Por que essa é a 
primeira ação? Porque através do estudo do escopo é que se obtém todo 
o conhecimento sobre os conteúdos e a abrangência dos trabalhos a 
serem realizados. Depois de se ter o conhecimento sobre o projeto, busca-
se a divisão desse conhecimento com as outras pessoas envolvidas. 
 
 
O segundo passo é, portanto, o processo de comunicação entre os 
membros do projeto, dando ênfase com o pessoal envolvido na execução. 
Muitas vezes é preciso desenvolver a equipe de execução. O papel do 
gerente de projetos, na figura de líder, é justamente este: detectar as 
necessidades e valorizar as habilidades pessoais de forma que haja uma 
potencialização dos talentos para a execução dos trabalhos 
programados. Esse papel deve ser exercido não somente na formação da 
equipe, mas ao longo de toda a execução, já que várias demandas irão 
aparecer ao longo do processo. Cabe ao gerente oferecer condições 
para o desenvolvimento e realização profissional das pessoas juntamente 
com o atingimento dos objetivos do projeto. 
 
 
Outra ação, então, para a execução é o desenvolvimento da equipe que 
irá realizar as atividades necessárias para garantir a efetivação do projeto. 
 
 
Além dos cuidados necessários com a equipe interna do projeto, o passo 
seguinte diz respeito à provisão de recursos que são necessários ao projeto 
e que serão providenciados por fornecedores externos ao projeto. Esse 
passo compreende todos os procedimentos relativos às solicitações de 
recursos, como cotações, análise de propostas, relação de materiais e 
serviços como, por exemplo, o acompanhamento para garantir que o 
fornecimento atenda aos requisitos, o que envolve a administração dos 
contratos firmados e, por fim, administre um adequado armazenamento, 
quando isso se fizer necessário. 
 
 
A mobilização das equipes, dos equipamentos e dos materiais é o passo 
que mostra a ação para disponibilizar no início de cada atividade os 
recursos para que os trabalhos sejam executados. Para que a realização 
dos trabalhos aconteça em conformidade com o planejado, o próximo 
passo é detalhar o planejamento. Nesse caso apresentamos a estrutura 
analítica do projeto – EAP. 
 
 
A partir dessa EAP é que deve haver a execução das atividades previstas. 
Podem aparecer, durante a execução, algumas disfunções ou 
desconformidades. Daí a necessidade de criar mecanismos para assegurar 
a qualidade e um monitoramento contínuo do uso dos recursos. Quanto ao 
passo específico de assegurar a qualidade, deve-se utilizar metodologia e 
ferramentas próprias para que isso aconteça. O monitoramento do uso de 
recursos, por sua vez, é um passo que também exige instrumentos que 
deem conta dessa ação. 
 
 
Já falamos sobre a importância da distribuição das informações entre as 
pessoas que estão executando as tarefas. Vamos também afirmar a 
importância em distribuir as informações com as outras pessoas que têm 
interesse no projeto. Este é um passo bastante relevante: manter 
informados sobre o andamento dos projetos todos aqueles que 
apresentam interesse, como diretores, patrocinadores e clientes, por 
exemplo. 
 
 
Quando houver qualquer disfunção operacional no projeto, ou seja, 
quando os resultados apresentarem algumas deficiências frente ao 
planejamento, faz-se necessário gerar alternativas de ação que coloquem 
o projeto na direção daquilo que foi planejado. Esse é um passo que diz 
respeito aos procedimentos de controle. Não raramente é preciso 
reprogramar algumas atividades que coloquem o projeto no caminho 
direcionado para os resultados esperados. Esse é outro passo que vem de 
encontro ao primeiro: detecta-se um problema que faz com que o projeto 
se desvie dos propósitos, realiza-se uma reprogramação de modo a 
colocar as atividades no caminho programado. 
 
 
As informações disponíveis servem para monitoração e controle. Lembre-
se: todo o esforço da equipe deve ser direcionado para os resultados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.5 Cronograma 
Como já visto anteriormente um projeto pode (e deve) ser desmembrado 
em componentes e partes para um melhor gerenciamento. 
 
 
Com as tarefas identificadas de um projeto, o grande trabalho fica dividido 
em muitas tarefas pequenas, isto é, mais facilmente gerenciáveis 
 
 
Cabe então perguntar: oque é e para que serve um cronograma? 
 
 
Conforme SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas 
Empresas: 
“O cronograma é a disposição gráfica do tempo que será gasto na 
realização de um trabalho ou projeto, de acordo com as atividades a 
serem cumpridas. Serve para auxiliar no gerenciamento e controle deste 
trabalho, permitindo de forma rápida a visualização de seu andamento.” 
 
 
Alguns questionamentos são naturalmente feitos, tais como, qual a 
duração das atividades, quanto tempo é necessário para se alcançar o 
final do projeto (produto/serviço), qual a sequência e a dependência 
entre as atividades etc. 
 
 
De uma forma geral a duração de um projeto é calculada a partir da data 
zero de início das atividades, para depois ser estabelecidas a data real de 
início, as fases intermediárias e a data final prevista (THIRY-CHERQUES, 2002 
p. 121-123). 
 
 
A seguir as figuras abaixo mostram alguns exemplos: 
 
 
 
 
Fonte: 
http://www.dca.fee.unicamp.br/courses/IA725/1s2006/projeto/g2/v3/crono
grama.pdf 
 
 
Além desse planejamento de atividades em uma seqüência lógica, há 
também a necessidade do acompanhamento e controle desse trabalho. 
 
 
Para isso é possível utilizar uma ferramenta chamada Gráfico de GANTT 
que representa o tempo necessário (previsto ou real) como uma barra em 
um gráfico (SLACK et.al. 2002, p.332-333; DAVIS et.al. 2001, p.364-365; 
MENEZES, 2001, p.151-152; THIRY-CHERQUES, 2002 p. 121-123). 
 
 
Para exemplificar é possível utilizar gráficos simples e outros um pouco mais 
elaborados, até alcançar outros maiores e bem complexos que podem ser 
feitos por meio de softwares mais ou menos avançados, como por 
exemplo, o Projects for Windows (Microsoft). 
 
 
Como você poderá observar nos gráficos, a grande vantagem é a 
representação visual, de maneira simples, possível de se acompanhar o 
teórico (estabelecido) versus o prático (o real que está acontecendo). 
 
 
A partir daí, o gestor responsável pelo projeto poderá tomar as decisões 
que achar conveniente para corrigir as distorções, sempre na busca de um 
melhor resultado. 
 
Fonte: http://www.cin.ufpe.br/~inspector/figuras/gantt.jpg 
 
Fonte: http://twiki.fe.up.pt/bin/view/ERSS0708/Planeamento_G2 
 
Referência: Campos, Luiz Fernando Rodrigues. Gestão de Projetos. IFPR. 
Rede e-Tec Brasil. 
 
 
 
 
 
2.6 Monitoramento e controle 
Ao longo do projeto, certamente vão aparecer situações que exigem 
reavaliação e mudança. Embora o planejamento tenha sido feito com 
todo o cuidado, dificilmente um projeto consegue manter-se fiel ao plano 
original do início ao fechamento. Portanto, é natural a necessidade de 
realizar mudanças, exigindo que você lide com elas de forma flexível, 
sempre comunicando adequadamente aos envolvidos e, também, 
quando for necessário, dizendo não a algumas solicitações. Um detalhe 
importante deve ser salientado. Somente é possível o monitoramento e 
controle no projeto em que houve planejamento. Em qualquer atividade, 
incluindo aqui um projeto, em que não há um planejamento, torna-se 
impossível um acompanhamento e um controle, já que não existem 
parâmetros para exigência e comparação. 
 
 
O processo de monitoramento e controle, segundo Heldman (2005, p. 226), 
trabalha justamente com a “administração de mudanças”. As mudanças 
são uma realidade, administrá-las é função do monitoramento e controle. 
Nessa fase é feito todo o acompanhamento do projeto. As medições e 
inspecionamentos, os comparativos entre o planejado e o realizado, os 
recursos orçados e os recursos utilizados, tudo isso faz parte do controle do 
projeto. Portanto, é aqui que aparecem necessidades e demandas que 
precisam ser atendidas. 
 
 
Mas, por que aparecem mudanças ao longo do projeto se foi feito o 
planejamento adequado? 
 
 
Ora, apesar de o planejamento ter sido feito de maneira criteriosa e 
prevendo diversas situações adversas, para Heldman (2005), as mudanças 
ocorrem por diversas razões. Uma das razões são as solicitações feitas 
durante o projeto pelos clientes ou pelos stakeholders. Essas solicitações de 
mudanças podem ser relativas ao prazo de entrega ou uma alteração no 
produto ou serviço encomendado, por exemplo. 
 
 
Com o avanço das atividades do projeto, muitas atividades podem ser 
feitas de maneira diferente ou combinando com outras de forma mais 
eficaz. Surgem então mudanças provenientes das solicitações dos próprios 
integrantes da equipe do projeto. Outras vezes, alguns integrantes 
importantes deixam de fazer parte da equipe. Quando isso acontece, 
busca-se um substituto que pode estar disponível na própria empresa ou no 
mercado, outras vezes essa pessoa precisa ser preparada para a função, o 
que exige tempo, ocasionando uma alteração no cronograma do projeto. 
 
 
Outra mudança muitas vezes necessária vem do corte de orçamento. Isso 
exige alteração no escopo, na alocação dos recursos, nas diretrizes de 
qualidade e no cronograma. Muitas mudanças organizacionais como 
junção ou reorganização de linhas de produção, fechamento ou 
enxugamento de unidades de negócios afetam diretamente o projeto. 
Uma mudança no quadro de direção ou gerência da unidade 
organizacional pode levar até ao encerramento do projeto. 
 
 
Existem também as mudanças vindas da constatação de inconformidades 
com os requisitos exigidos no projeto. Essas inconformidades são 
detectadas em medições e inspeções ao longo do monitoramento e 
controle. Essas correções demandarão tempo e recursos, alterando as 
condições planejadas. 
 
 
Por fim, ocorrem aquelas mudanças denominadas indiretas. São mudanças 
que exigem uma atenção especial do gerente do projeto, já que, muitas 
vezes, os integrantes do projeto realizam alterações sem a devida 
documentação ou comunicação. Sempre que houver uma alteração que 
melhore o desempenho, ela deverá ser encorajada, porém, deverá ser 
comunicada e documentada, uma vez que isso poderá impactar outras 
etapas e atividades do projeto, inclusive alterando orçamento e 
cronograma. Outras mudanças indiretas poderão ser resultado de 
implantações necessárias ao longo do projeto, como resposta a fatos e 
riscos que irão aparecendo. 
 
 
Vimos, então, que as mudanças vão ocorrer. O importante é lidar 
adequadamente com elas. Não esconda nada da equipe. Seja honesto 
ao explicar porque estão ocorrendo modificações. Ao esconder fatos e 
consequências, você corre o risco de perder a credibilidade junto à equipe 
de trabalho. Por isso, comunique a mudança, o motivo de sua ocorrência e 
o real impacto dela sobre o projeto. 
 
 
A honestidade é o melhor caminho para esclarecer as mudanças para a 
equipe. 
 
 
As ações do processo de monitoramento e controle 
 
 
Todo o processo de monitoramento e controle permeia as demais fases de 
um projeto. Já no processo de iniciação há que se ter em mente a 
necessidade de acompanhamento. O processo de planejamento e 
controle deve disponibilizar dados não somente para a execução, mas 
também para o monitoramento e controle. Dessa forma, o papel do 
controlador não é o de surpreender as pessoas que trabalham no projeto, 
mas acompanhá-las e oferecer subsídios quando essas estiverem 
incorrendo em desvios do planejamento inicial. 
 
 
Outro aspecto importante e que deve sempre ser lembrado é o de que 
todos os envolvidos devem saber o que se espera deles e quais os 
resultados que o projeto deverá apresentar. Diante dessa ciência, ficará 
muito mais simples o trabalho de monitoramento e controle. 
 
 
Alguns mecanismos de controle devem ser implementados. É 
aconselhável, segundo Menezes (2009, p. 205), a criação de regras gerais 
no âmbito técnico, no âmbito orçamentário e no âmbito da 
programação. 
 
 
Para o autor, no âmbito técnico é importante que: 
• uma única pessoa controle os requisitos do projeto; 
• cada atividade seja controlada por uma únicapessoa; 
• a existência de auditoria constante, como forma de comparar o que 
foi planejado e o que está sendo feito; 
• todos os desvios devem ser discutidos com o gerente do projeto 
 
 
No âmbito orçamentário, cada responsável pela atividade deverá: 
• controlar o orçamento relativo a essa atividade; 
• os recursos alocados devem ser feitos de acordo com a realidade; 
• toda anormalidade deve ser negociada com o gerente do projeto. 
 
 
No âmbito da programação, deverão ser atendidas as seguintes premissas: 
• os responsáveis pelas atividades deverão ser envolvidos, de forma 
que todos tenham acesso aos dados e à programação; 
• todos os prazos devem ser realistas e factíveis; 
• qualquer alteração deverá ser negociada com o gerente do 
projeto. 
 
 
Como fica claro nos mecanismos de controle, a figura do gerente do 
projeto é de suma importância, uma vez que ele é que irá conduzir o 
processo. Dessa forma, suas atribuições, por serem inúmeras, devem ser 
compartilhadas com outras pessoas que o ajudarão na tomada de 
decisão e no controle do projeto. 
 
 
No acompanhamento de desempenho é importante contar com um 
grupo de apontadores ou especialistas que estejam envolvidos, também, 
em outras atividades do projeto. Na análise dos dados vindos de campo, é 
aconselhável contar com a ajuda de outros gerentes ou dos especialistas 
do projeto. As reuniões de avaliação devem ser conduzidas pelo gerente 
do projeto, porém, é imprescindível também a participação dos outros 
gerentes das áreas do projeto e dos especialistas. Veja, então, que o 
gerente nunca está sozinho. Um projeto é sempre um trabalho de equipe. 
 
 
Mudanças sempre irão aparecer ao longo dos projetos. O importante é a 
criação de mecanismos que permitam o monitoramento e controle dessas 
mudanças, de maneira que se assegurem os resultados esperados. 
Referência: Rodermel, Pedro Monir. Gerenciamento de projetos. IFPR, Rede 
e-Tec Brasil. 
 
 
2.7 Encerramento 
O fechamento de um projeto é o momento em que devemos olhar para 
trás e examinar todo o projeto, conscientes do que ocorreu de forma 
positiva e o que houve de negativo. Essa consciência do que aconteceu 
nos ajudará em projetos futuros, já que as boas práticas serão utilizadas e 
os pontos negativos e os erros serão evitados. Por isso, o projeto exige todo 
um acompanhamento em registros, de maneira formal, para que 
possamos buscar as informações do que houve e como agimos frente a 
cada evento. 
 
 
O encerramento do projeto não deve ser feito apressadamente e 
desordenadamente, coisa muito comum de acontecer, já que a essa 
altura a maioria da equipe foi desmobilizada, o foco muda para outras 
prioridades da empresa e um abandono natural vai acontecendo em 
relação ao projeto concluído. No entanto, o gerente do projeto deverá 
proceder às formalidades necessárias para que efetivamente seja dado o 
ponto final ao projeto. 
 
 
O primeiro passo é realizar o encerramento de contrato com terceiros. 
Quando existir mão de obra terceirizada, os contratos deverão ser 
analisados e todas as cláusulas firmadas deverão ter sido atendidas. Um 
documento formal de rescisão contratual deverá ser firmado, deixando 
claro não haver pendências entre as partes. Por isso é importante haver um 
documento de encerramento formal contemplando os recursos, os 
trabalhos realizados e os pagamentos feitos. 
 
 
Quanto à mão de obra interna, aquela existente na própria empresa e que 
foi alocada especialmente para o projeto, deverá ser motivo de 
preocupação quanto ao remanejamento, de modo que, ou os 
funcionários voltam aos seus cargos iniciais ou eles serão utilizados em 
novas tarefas relativas à continuação de atividades, agora como parte 
operacional da empresa e não mais como ao antigo projeto. O importante 
é que essa condução seja feita de modo bastante transparente, já que no 
processo de planejamento deverá estar contemplada a recolocação e a 
metodologia como essa será feita. 
 
 
Também deverá ser efetuado o encerramento administrativo. Para 
Menezes (2009, p. 215), fazem parte desse encerramento “as atividades de 
fechamento do projeto internamente, dentro da própria organização que 
o desenvolveu”. 
 
 
Ao longo de todo o projeto, ao findar cada fase, um relatório de 
conclusões deverá ser feito, justamente para que não se percam 
informações que depois servirão para outros projetos e atividades da 
empresa. Também, um relatório deverá ser produzido ao final do projeto. 
Esse relatório utilizará os outros relatórios produzidos no intuito de consultar a 
documentação de medida de desempenho, a documentação do 
produto do projeto e a memória do projeto. 
 
 
A documentação relativa à medida de desempenho é aquela que registra 
toda a documentação surgida em razão do acompanhamento de cada 
fase do projeto. 
 
 
A documentação relativa ao produto do projeto é aquela que mostra os 
planos, as especificações, os desenhos, os arquivos eletrônicos e toda a 
documentação técnica do produto ou serviço, fruto final do projeto. 
 
 
A memória do projeto são todos os relatórios que retratam o passo a passo 
do projeto. Também faz parte da memória do projeto todas as análises 
relativas ao sucesso e todas as constatações a respeito das dificuldades 
encontradas, assim como o registro das reuniões e as lições aprendidas 
pela equipe do projeto. 
 
 
É nesses relatórios que estão as técnicas utilizadas para desenvolver, as 
técnicas para executar, os dados relativos ao orçamento e como foi o seu 
comportamento ao longo do processo, quais foram os ajustes e de que 
forma foram efetuados. Assim, considerando Menezes (2009), a 
documentação final do projeto deverá apresentar avaliação tanto dos 
documentos que acompanharam todo o projeto, como do sistema de 
gerenciamento do projeto. Deverá mostrar todas as interações realizadas, 
as reuniões e seus resultados, bem como as ações e suas consequências. 
Também precisará apresentar os resultados do projeto, exibindo os custos e 
o comparativo entre o orçado e o efetivado. 
 
 
Toda a gestão dos riscos deve igualmente ser exposta, mostrando os 
investimentos e benefícios ocorridos nessa área. É importante manifestar 
todo o processo de formação das equipes de trabalho, os 
relacionamentos, comprometimentos e evolução. Já no âmbito técnico, o 
documento final deverá dispor todas as ações, processos e 
aperfeiçoamentos que contribuíram com o projeto, bem como o know-
how desenvolvido. Todos os documentos legais e que foram necessários 
para o projeto também deverão estar nesse processo de encerramento de 
um projeto. 
 
 
Esse relatório final servirá também para que o produto ou serviço gerado 
seja aceito pelo cliente do projeto. Por isso, é importante que nessa 
documentação de encerramento exista um espaço destinado a 
assinaturas de aceitação. 
 
 
Vamos reforçar uma ideia importante do relatório final. Ele deve apresentar 
uma visão geral e de alto nível do projeto. Deve expor seus sucessos e 
problemas, registrar os prazos e as principais entregas, assim com a 
aceitação desses resultados. Esse é um documento público, deve, 
portanto, ser honesto, mas não a ponto de causar constrangimento aos 
envolvidos. Por isso, alguns dados ou situações que se mostraram difíceis, 
por motivo de alguém bem específico, deverá ser informado 
confidencialmente ao patrocinador ou aos executivos apropriados. Assim 
também deverá ser o procedimento diante dos embates políticos e outros 
detalhes que poderão ocasionar coação. 
 
 
Após a assinatura de aceitação, uma notificação deverá ser gerada, 
informando do término do projeto e distribuída aos interessados. 
 
 
Lembre-se de que todos os documentos, inclusive o de aceitação e a 
notificação, deverão ser arquivados. Faça um caderno específico para o 
projeto, contendo toda a documentação, do início ao encerramento. 
 
 
Por fim, busque opiniõessobre o projeto. Crie questionário específico para 
medir satisfação ou faça entrevista, tanto com os participantes como com 
os clientes do projeto. Entreviste também o patrocinador e os executivos 
da empresa na qual o projeto foi realizado. Todas essas informações 
ajudarão você nos projetos futuros, além de criar um canal de 
comunicação muito salutar. Heldman (2005, p. 257) ensina que “embora 
cada projeto exista para criar um produto ou serviço único e dois projetos 
nunca sejam iguais, os processos que você utilizou para gerenciar os 
projetos serão semelhantes e sempre haverá espaço para melhorias”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1 Conceitos iniciais 
No tocante à elaboração e administração de projetos em geral é 
necessário que sejam estabelecidos certos pontos e, por conseqüência, 
acompanhados. 
 
 
É necessário que ocorra: 
1. Acordo entre equipe, clientes e gerência com relação aos objetivos: 
objetivos claros, bem traçados, de comum acordo entre as partes 
envolvidas; 
2. Plano - caminho geral e responsabilidades: que haja um plano bem 
estruturado, estabelecendo diretrizes e responsabilidades a serem 
seguidas e respeitadas. 
3. Comunicação constante e efetiva: informativos claros que sejam 
feitos antes, durante e depois das tarefas visando esclarecer a todos, 
auxiliando no desempenho geral, evitando comentários inoportunos 
via “rádio peão”. 
4. Escopo controlado: diretrizes bem estabelecidas, acompanhadas e 
adequadamente controladas para um resultado de comum acordo. 
5. Apoio gerencial: por meio de suporte e promoção de diálogos, de 
participação geral e, especialmente por assegurar que o que for 
estabelecido seja cumprido, isto é, posto em prática. 
 
 
As ações da Administração de Projetos têm como meio de alcançar seus 
objetivos algumas metodologias que podem contribuir, tais como: 
Estratégia 
É o meio para se lidar com problemas finitos. As técnicas da Administração 
de Projetos foram desenvolvidas para lidar especificamente com 
Planejamento, Organização, Direção e Controle de atividades 
caracterizadas como projetos. 
Doutrina 
É a forma de raciocinar sobre a utilização de recursos e a realização de 
objetivos, com os seguintes princípios: 
• É uma solução ou método de trabalho que se aplica a 
determinados problemas, situações ou tipos de atividades; 
• A aplicação do método depende da natureza intrínseca do 
problema ou da situação; 
• A tarefa básica da Administração de Projetos é assegurar a 
orientação para um resultado que resolva um problema. 
• Controlar custos e prazos são condições básicas para se alcançar o 
resultado; 
• Os princípios da Administração de Projetos aplicam-se a todos os 
tipos de projetos. A escala de sofisticação e técnicas varia com a 
dimensão de cada projeto em questão. 
Habilidade 
Todas as pessoas que participam de projetos, como gerentes de equipes, 
de si próprios ou integrantes técnicos de equipes sem funções de chefia, 
devem estar familiarizados com os princípios, os conhecimentos e as 
técnicas da Administração de Projetos. 
Disciplina 
Final dos anos 80 ocorreu um movimento com o objetivo de se identificar as 
áreas do conhecimento que concentravam as técnicas e os conceitos 
mais importantes para o gerenciamento de projetos. Tal movimento, 
liderado pelo Project Management Institute (PMI), produziu o “Guia de 
Conhecimentos sobre Administração de Projetos, com o propósito de: 
• Identificar e sistematizar as áreas mínimas de conhecimentos sobre 
AP que os envolvidos devem dominar; 
• Contribuir para a formação de uma linguagem comum, e 
• Fornecer as bases para programas de treinamento e educação em 
Administração de Projetos. 
 
Referência: Campos, Luiz Fernando Rodrigues. Gestão de Projetos. IFPR. 
Rede e-Tec Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2 Elementos relevantes na elaboração de um 
projeto 
Ao se elaborar um projeto, preste atenção nas questões a seguir: 
 
 
1. O projeto deve responder adequadamente ao problema 
identificado, ao objetivo geral e aos objetivos específicos; 
2. O conjunto de soluções propostas deve contemplar as atividades 
práticas e os custos do projeto (custo x eficiência x eficácia). 
Envolvem, principalmente: 
o As pessoas ligadas ao projeto; 
o Os materiais a serem utilizados; e 
o Os resultados esperados. 
3. O custo total do projeto não deve ser superestimado ou 
subestimado, e deve ser compatível com as possibilidades 
financeiras do patrocinador e/ou apoiadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.3 Fases de elaboração de um projeto 
Autores como Vargas (2005) e Valeriano (1998), nos levam a entender que 
para se elaborar um projeto faz-se necessário um estudo sistemático de todas 
as fases que irão compor o mesmo. 
 
 
A elaboração de um projeto obedece a um roteiro que geralmente passa 
pelas fases de iniciação, planejamento, execução e finalização. O 
controle e a avaliação estão presentes em todas as fases do projeto. A 
seguir mostraremos essas fases, lembrando que é importante você 
compreender cada uma delas para facilitar o seu trabalho na gestão de 
projetos. 
 
 
Planejamento 
É conveniente que aquilo que desejamos conseguir seja previamente 
planejado, de modo que ao seguir esse planejamento, tenhamos mais 
facilidade de atingir o nosso objetivo. 
 
 
De modo semelhante, ao elaborarmos um projeto, também temos de 
planejá-lo para que a nossa ação se torne clara e daí podermos analisar, 
organizar, executar e controlar o projeto. A análise, organização, 
execução e controle são chamados de fases de um projeto e essas fases 
constituem um processo que por sua vez: 
• Irá prever necessidades e racionalização do emprego dos meios 
materiais e dos recursos humanos disponíveis; 
• Tem a finalidade de alcançar objetivos concretos, em prazos 
determinados e em etapas definidas; 
• Toma como base o conhecimento e a avaliação científica da 
situação original; e 
• Aplica critérios racionais quanto à organização da ação. 
 
 
No planejamento temos em vista a ação, tendo a consciência de que a 
elaboração é apenas um dos aspectos do processo e que há necessidade 
da existência dos aspectos execução, avaliação e finalização. 
 
 
As funções do planejamento são: 
 
Fases do PLANEJAMENTO 
 
 
Observe a seguir as principais fases do planejamento 
 
 
1ª FASE - ANÁLISE DA SITUAÇÃO 
Um projeto que responda às necessidades de uma empresa ou instituição 
pública deve se basear na análise completa da situação existente, 
incluindo uma análise do contexto do projeto, dos seus objetivos e das 
estratégias a serem executadas. 
1. Análise do contexto (será estudada mais a frente). 
2. Análise dos objetivos: para realizar esta análise você deve observar 
os dois itens a seguir: 
1. Identificar e priorizar os objetivos. 
2. Visualizar as relações entre os recursos (financeiros, materiais, 
humanos) e os objetivos específicos do projeto. 
3. Controle/avaliação. • 
3. Análise das estratégias: identificar a escolha de estratégias para 
alcançar os objetivos específicos. 
 
 
2ª FASE - ORGANIZAÇÃO 
Visa sistematizar os objetivos, atividades e resultados de um projeto a fim de 
garantir sua viabilidade. Ela deve integrar certo número de hipóteses e 
também os indicadores que permitirão avaliar o projeto. Para isto, é 
necessária a compreensão dos três itens mostrados a seguir. 
1. Estratégia de base da intervenção 
1. Objetivo geral. 
2. Objetivos específicos. 
3. Atividades e trabalhos necessários para alcançar os resultados 
esperados 
4. Resultados obtidos. 
5. Controle, avaliação e ajustes. 
2. Indicadores – Os indicadores são importantes, pois servem de 
referência, principalmente durante a fase de execução do projeto. 
1. Recursos humanos, materiais e financeiros. 
2. Custos especificados por finalidade e natureza. 
3. Controle, avaliação e ajustes. 
3. Viabilidade do projeto - É acapacidade de atender as 
necessidades do projeto até que os objetivos sejam alcançados. 
1. Existência de uma política de sustentação. 
2. Proteção ao meio ambiente. 
3. Respeito aos aspectos socioculturais. 
4. Capacidade administrativa dos participantes. 
5. Recursos financeiros garantidos. 
 
 
3ª FASE – EXECUÇÃO 
Agir em conformidade com o que foi proposto (pôr em prática). 
1. Ordenar e dar sequência às ações. 
2. Reunir as pessoas que estão desenvolvendo as atividades para 
avaliação do andamento dos trabalhos e estudo de medidas 
corretivas, a fim de fazer os ajustes necessários. 
3. Avaliar sempre cada um desses momentos, ações e documentos 
deles derivados. 
 
 
4º Fase - CONTROLE/AVALIAÇÃO 
A avaliação é que irá demonstrar se os objetivos do projeto foram 
alcançados. Para iniciar a sua compreensão sobre controle/avaliação, 
você deve ler com atenção as definições que se seguem no próximo item. 
 
 
Referência: Esmeraldo, Jorge Ney. Gestão de Projetos. UFMT. Rede e-Tec 
Brasil. 
 
 
3.4 Falhas comuns na gestão de projetos 
Atenção estudante! Leia a exposição a seguir com calma, para evitar 
falhas, as quais, certamente, irão causar problemas durante a execução 
de um projeto. Isso porque nenhuma abordagem, por mais elaborada que 
seja, garante o êxito de um projeto. Muitas vezes, um detalhe põe tudo a 
perder. Pensando nisso, elencamos a seguir algumas falhas que podem e 
devem ser evitadas: 
1. Objetivo confuso - Projeto com objetivo confuso tem alta 
probabilidade de fracasso. Não se sabendo onde se deve chegar, 
as coisas complicam. O objetivo confuso pode ter várias origens, tais 
como: 
o O problema não foi estudado e/ou entendido. 
o Coordenador e equipe não percebem o problema e fazem 
suposições incorretas sobre o resultado que querem alcançar. 
o Objetivo claro, mas contraditório com o problema. O 
resultado a ser alcançado é incompatível com o problema. 
2. Execução confusa – Fique atento às seguintes situações: 
o Não há política nem procedimentos para resolver problemas e 
conflitos. 
o O cronograma de atividades e resultados está incompleto. 
o Não está claro quem tem poderes e atribuições para quê. 
o A execução do projeto em andamento com o escopo do 
projeto incompleto. 
o Os recursos podem ter sido subestimados ou superestimados. 
 
Podem ocorrer ainda falhas na execução, como por exemplo: um detalhe 
vital foi esquecido e põe tudo a perder. 
• Causa: todo mundo achou que outra pessoa iria cuidar dele. 
• Efeito: mal-estar entre as pessoas envolvidas, custo extra para o 
projeto, etc. 
 
 
Vargas 2005, cita falhas decorrentes de obstáculos naturais externos que 
estão fora do controle da organização, mas que podem ser minimizadas 
ou evitadas através de um gerenciamento de riscos eficiente. Tais como: 
• Mudanças na tecnologia disponível; 
• Alteração na estrutura organizacional da empresa; 
• Riscos elevados no meio ambiente; 
• Cenário político-econômico desfavorável; 
• Evolução nos preços e prazos. 
 
 
Vargas (2005) cita, também, as chamadas falhas gerenciais que podem ser 
evitadas, dentre elas, citamos: 
• O projeto com muitas atividades e pouco tempo para realizá-las; 
• Pouca compreensão da complexidade do projeto; 
• O projeto não teve um gerente de projeto, ou vários, criando círculo 
de poder paralelo aos previamente estabelecidos; 
• O treinamento e a capacitação foram insuficientes; 
• Faltou liderança ao gerente de projeto; etc. 
 
Referência: Esmeraldo, Jorge Ney. Gestão de Projetos. UFMT. Rede e-Tec 
Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.5 Condições para o êxito de um projeto 
A experiência acumulada pelos profissionais em 
gestão de projetos mostra que as seguintes 
condições aumentam a probabilidade de êxito 
do projeto: 
• Definição do problema - É definido a partir da identificação do 
problema a ser resolvido e do detalhamento com que se define a 
solução do mesmo. Portanto, é necessário definir corretamente os 
objetivos do projeto. 
 
 
Antes de iniciar a elaboração de um projeto, discuta como o problema 
pode ser resolvido e imagine a situação após a solução do mesmo, daí, 
registre tudo nos objetivos ou nas metas do projeto. 
 
 
Sempre que possível, no título do projeto escreva o objetivo geral, por 
exemplo: Reforma e colocação em funcionamento da quadra de futebol 
de salão da escola X. 
 
 
Os itens abaixo também são importantes: 
• Gerente de projetos com experiência; 
• Equipe competente (treinada, capacitada); 
• Envolvimento da equipe – Quando toda a equipe está motivada, o 
projeto tem maior probabilidade de êxito; 
• Planejamento adequado - Verifique se durante a execução do 
projeto há um cronograma de atividades e resultados bem 
elaborado. Aqui devem se estabelecer mecanismos de controle e 
avaliação de ações, de modo a aperfeiçoar os recursos existentes; 
• Prever problemas – Prepare-se para resolver problemas, em cada 
fase do projeto, mesmo que eles não aconteçam; 
• Visão estratégica – Conhecer o ambiente interno e externo da 
empresa, identificando as oportunidades e ameaças. A maioria dos 
projetos necessita de recursos financeiros para sua execução; 
• Um cronograma de custos bem planejado é vital para o êxito de um 
projeto. 
 
 
É importante que a equipe de gestão de projetos saiba responder, dentre 
outras, as perguntas que se seguem: 
1. Qual é o custo do projeto? 
2. Quem são os financiadores (patrocinador e/ou apoiadores) do 
projeto? 
3. Quais os pontos fortes e fracos (ambiente externo e interno) da 
instituição ou empresa? 
 
 
O mesmo autor afirma que “Um projeto bem sucedido é aquele que é 
realizado conforme o planejado”(VARGAS, 2005, p. 15). 
 
 
Referência: Esmeraldo, Jorge Ney. Gestão de Projetos. UFMT. Rede e-Tec 
Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.6 Como desenvolver bem um projeto 
Existem situações em que o resultado de um projeto é mais fácil de se 
definir. Por exemplo, para se realizar um evento, pode-se desenvolver um 
projeto para planejar, organizar, controlar/avaliar e executar o mesmo. Em 
casos assim, com todas as fases bem detalhadas, a execução do projeto 
ocorrerá normalmente e o resultado será o esperado. 
 
 
Vejamos um exemplo mais detalhado: para se realizar a pintura da cantina 
da escola é preciso: 
1. Escolher uma data de início e final da pintura; 
2. Listar o material necessário (tinta, pincéis, jornal para forrar o chão, 
água, vassoura, etc.); 
3. Escolher o pintor e o ajudante; 
4. Divulgar na escola (cartazes, rádio da escola, jornal da escola, etc.); 
5. Retirar material vendido na cantina que possa atrapalhar o trabalho; 
6. Pintar a cantina; 
7. Recolher o material utilizado para a pintura; 
8. Limpar a cantina; 
9. Voltar com o material vendido na cantina para os devidos lugares; 
10. Reabrir a cantina. 
 
 
Para cada um dos itens listados anteriormente é preciso responder as 
perguntas que vem a seguir: 
• Quem vai fazer? Identifica as pessoas responsáveis pela condução e 
execução da pintura da cantina. 
• Por que fazer? São as justificativas da pintura da cantina, as razões 
porque a mesma deve ser realizada. 
• O quê fazer? Expressa o que se deseja alcançar com a pintura da 
cantina. 
• Como fazer? Implica estratégias e processos que serão aplicados 
para alcançar os resultados de cada atividade listada acima. 
• Com quê fazer? Indica os meios e recursos materiais e técnicos 
indispensáveis para realizar a pintura da cantina. 
• Aonde vai fazer? Identifica os locais aonde as pessoas devem ir, a 
cada atividade relacionada nos itens acima. 
• Quando vai fazer? Define os tempos e prazos para o início, 
execução e término da pintura da cantina. 
• Quanto vai custar? Identifica os custos unitários e o custo total 
necessário para realizar a pintura da cantina. 
 
 
Referência: Esmeraldo, Jorge Ney. Gestão de Projetos. UFMT. Rede e-TecBrasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.1 Participantes do projeto 
Segundo Keelling (2002), o ingrediente mais vital ao projeto são as pessoas, 
pois são elas que planejam o trabalho, contribuem com habilidades 
especializadas e conduzem o projeto a uma conclusão bem sucedida e 
por esses motivos devem ser consideradas participantes do projeto. Um dos 
profissionais envolvidos é o gerente de projetos. 
 
 
A primeira tarefa do gerente de projeto é a identificação dos demais 
participantes, ou seja, os clientes, as pessoas que tomam as decisões, os 
representantes e os empregados. 
 
 
Qualquer um que participe do projeto, ou que seja afetado por seus 
resultados, é um participante! 
 
 
Essa identificação dos participantes é a primeira tarefa que deve ser 
realizada. Afinal, todas as importantes decisões feitas durante os estágios 
de definição e planejamento do projeto são tomadas por esses 
participantes. São essas pessoas que, sob a liderança do gerente de 
projeto, estabelecem acordos sobre as metas e limitações do projeto, 
criam as estratégias e cronogramas e aprovam o orçamento. 
 
 
Essa identificação é uma tarefa contínua. Em todos os estágios iniciais do 
projeto, o gerente de projeto precisa deixar claro quem são os 
participantes e que papéis eles desempenham. 
 
 
De acordo com Menezes (2003), existem quatro categorias de profissionais 
que se envolvem desde o início e darão forma e dinâmica ao projeto: 
 
 
• Gerente geral: o gerente geral também é conhecido como sponsor 
(patrocinador do projeto). Ele é responsável por julgar e decidir os 
conflitos que não puderam ser solucionados pelos gerentes do 
projeto e funcionais. Nesse caso, o gerente geral assume o papel de 
estimulador de negociações entre as partes, incentivando o diálogo 
e a participação de todos na identificação do problema e na busca 
da solução. É responsabilidade dele assegurar que as decisões 
acordadas sejam postas em prática. Dessa forma, seu papel 
principal dentro da estrutura matricial é o de moderador, 
observando e assegurando a manutenção do equilíbrio de poderes 
na gestão e na execução de todo o projeto (MENEZES, 2003). 
• Gerente do projeto: o gerente do projeto é o principal responsável 
por uma visão integrada do projeto e para isso procura assegurar 
que os recursos humanos, materiais e financeiros, estejam disponíveis 
nas áreas funcionais e de apoio que participarão do projeto. Possui 
poder de influência limitado aos assuntos da coordenação, os quais 
se referem à integração das atividades, ao cumprimento de prazos 
e orçamentos, segundo Menezes (2003).Xavier (2009) escreve que 
efetivos e bem sucedidos gerentes de projetos são como mestres de 
uma bateria de escola de samba, que não necessitam tocar todos 
os instrumentos, mas devem obter o melhor de seus especialistas. 
• Gerente funcional: é o principal responsável pela execução das 
atividades de sua área específica do conhecimento. Ele deve 
equilibrar as necessidades e as prioridades de todos os projetos que 
passam por sua equipe, amortecendo os impactos, sobre os 
executantes, das inúmeras solicitações provenientes dos gerentes do 
projeto. Para amortecê-los, deve distribuir e compartilhar os recursos 
existentes. Em tese, o gerente funcional age como um 
transformador, absorvendo parte das pressões que poderiam recair 
sobre seus subordinados. 
• Especialistas: De acordo com Menezes (2003), são os encarregados 
de executar as tarefas do projeto, equilibrando interesses e 
solicitações que sejam conflitantes e que, porventura, não tenham 
sido absorvidos pelos gerentes funcionais nem compatibilizados 
pelos gerentes de projeto. Sua principal atribuição é a execução das 
atividades do projeto na área de sua especialidade. 
 
 
Xavier (2008) menciona em seu livro ”Gerenciamento de Projetos” o termo 
stakeholders (partes interessadas), denominando assim as pessoas ou 
grupos de pessoas e organizações que estiverem ativamente envolvidas no 
projeto ou que tenham interesses afetados de forma positiva ou negativa 
em decorrência do resultado da execução ou conclusão do mesmo. 
 
 
Os stakeholders principais são: 
• Gerente de projeto – a pessoa responsável pelo gerenciamento do 
projeto; 
• Cliente – a pessoa ou organização que solicitou o produto ou o 
serviço do projeto; 
• Membros da equipe – as pessoas que compõem a equipe do 
projeto; 
• Organização executora – a empresa em que o projeto está sendo 
executado; e 
• Patrocinador (sponsor) – a pessoa ou o grupo, dentro ou fora da 
organização executora, que provê recursos financeiros e/ou 
institucional para a execução do projeto. 
Até este momento, foram apresentadas a você, as partes envolvidas na 
execução e controle do projeto. Agora será apresentada a causa 
principal, o motivador essencial do produto originário do projeto: o cliente, 
razão de ser e existir de qualquer projeto. 
 
 
Referência: Montalvão, Ethienne. Gerenciamento de Projetos. UFMT, Rede 
e-Tec Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2 Cliente 
De acordo com Maximiano (2010), todo projeto tem clientes implícitos ou 
explícitos. Pode ser um cliente impessoal, como o mercado consumidor, 
cujas necessidades são pesquisadas pelo pessoal de marketing; pode ser 
um cliente singular, com uma necessidade muito específica, como a 
empresa que solicita uma especificação de um produto, como a 
espessura ou a resistência de um material de embalagem. 
 
 
A satisfação do cliente é um dos critérios mais importantes para avaliar o 
resultado do projeto e para assegurar a satisfação do mesmo. Os objetivos 
do projeto, desde o início, devem ser definidos em função de suas 
necessidades, interesses e expectativas (MAXIMIANO, 2010). 
 
 
Segundo Verzuh (2002), sempre que houver a existência de um projeto, 
alguém estará pagando por ele. E, geralmente, é esse alguém que manda 
na descrição do produto, no orçamento e nos critérios segundo os quais o 
sucesso será medido. Embora outros participantes talvez tentem incluir 
extras, a última palavra referente ao produto será a do cliente, já que está 
pagando as contas. 
 
 
Para que haja sucesso no produto final do projeto, é preciso identificar o 
cliente. Dentro do projeto, essa tarefa pode parecer difícil. Em um grupo 
grande e diverso de clientes, talvez não fique muito evidente quem tem a 
autoridade para representar o grupo, e a determinação de quem 
preenche o papel do cliente pode apresentar desafios reais a um gerente 
de projeto. 
 
 
Ainda de acordo com Verzuh (2002), ao fazer tal determinação, o gerente 
tem que se guiar, obrigatoriamente, por duas perguntas básicas: 
 
 
• Quem está autorizado a tomar decisões relacionadas ao produto? 
• Quem vai pagar o projeto? 
 
 
Respondidas essas perguntas, você automaticamente identifica o cliente! 
 
4.3 O gerente de projeto 
Os gerentes do projeto devem ser multifuncionais, isso quer dizer que 
deverão ser capazes de desempenhar diversos papéis, correspondendo às 
demandas apresentadas. Vamos conhecer as habilidades necessárias 
para essa função? 
 
 
Habilidades do gerente de projeto 
 
 
Ao gerente do projeto é dada a atribuição de administrar o projeto, 
podendo ser em caráter exclusivo, utilizando toda a sua carga horária 
disponível, ou em regime não exclusivo, dividindo essa tarefa com outras 
ligadas ao seu trabalho habitual. Quando o cargo não for exclusivo, ao 
final do projeto o gerente volta a sua posição inicial dentro dos quadros da 
empresa. Logicamente que a decisão quanto a isso depende do tamanho 
do projeto, do volume de projetos da empresa e se a empresa tem como 
sua razão de existência consultoria ou venda de projetos. 
 
 
Muitas vezes, esse cargo é temporário, e pode ser ocupado por alguém 
pertencente ao quadro funcional da empresa. Outras vezes pode-se 
contratar alguémde fora do quadro interno da empresa, o que exige um 
contrato de trabalho atendendo aos requisitos legais. No caso da escolha 
de alguém interno, essa pessoa já pode ocupar um cargo de gerência, 
embora isso não seja imprescindível. 
 
 
Como afirmamos, não há necessidade de que o gerente de projeto ocupe 
um cargo gerencial na empresa. Qualquer pessoa poderá ser gerente de 
projeto, desde que apresente habilidades específicas nas diversas áreas: 
Integração, escopo, tempo, custos, qualidade, recursos humanos, 
comunicação, riscos, suprimentos e ambiental. 
 
 
Por isso tratamos de cada área especificamente. Nosso intuito foi 
justamente mostrar a você a abrangência do projeto e a necessidade de 
conhecê-lo para uma perfeita atuação na área. Para Heldman (2005, p. 
35), a responsabilidade do gerente “consistirá em elaborar orçamentos, 
chefiar equipes, negociar recursos, comunicar-se com fornecedores e 
clientes, além de fornecer suporte ao cliente. Portanto, é necessário possuir 
conhecimento geral em todas as áreas”. 
 
 
O gerente trabalha em sintonia com especialistas das diversas áreas 
envolvidas no projeto. Por isso, entender a linguagem de cada área vai 
tornar muito mais fácil o seu trabalho. 
 
 
Algumas habilidades podem ser consideradas como essenciais para o 
gerente de projeto: 
• A primeira é a capacidade na resolução de problemas. Isso implica 
em analisar o problema, julgar tendo uma visão global do projeto, 
capacidade de decisão, o que permite uma escolha e o 
comprometimento com a decisão tomada. 
• A habilidade de administrar é outro ponto relevante para o gerente. 
Nessa habilidade concentram-se o planejamento, a organização, e 
o controle; o conhecimento da organização para trabalhar em 
harmonia com a sua realidade; possuir conhecimento especializado 
em áreas úteis para o projeto, buscando inclusive ajuda externa 
quando necessário. 
• A supervisão e gerenciamento do tempo é outra habilidade que 
deve estar presente no gerente. Essa habilidade engloba a 
delegação de responsabilidades, a estruturação das equipes, seu 
desenvolvimento, acompanhamento e a capacidade para a 
resolução de conflitos. 
• Relações interpessoais é outra habilidade que deve estar presente 
no gerente de projeto. Ela necessariamente inclui a comunicação 
eficaz, a capacidade de influência, persuasão e negociação, bem 
como uma capacidade de comando que o caracterize como líder. 
 
 
Por fim, podemos enumerar algumas habilidades de caráter pessoal como 
proatividade, autoconfiança, maturidade, estabilidade emocional, 
lealdade, honestidade, integridade, tolerância, abertura à mudança e 
interesse pelo trabalho que executa. 
 
 
Os papéis do gerente de projeto 
 
 
Alguns papéis são de destaque do gerente. Maximiano (2010, p. 245) 
considera sete como principais: planejador, organizador, administrador de 
pessoas, administrador de interfaces, administrador de tecnologia, 
implementador e formulador de métodos. Vamos discorrer sobre cada um 
desses papéis. 
 
 
• Planejador: o planejamento é o principal papel do gerente de 
projeto. Na verdade, ele deve ser um planejador. Maximiano (2010, 
p. 245) salienta que “nunca é demais insistir no processo de 
planejamento como o mais importante da administração de 
projetos”. Por isso, a importância do gerente planejador. Ele deve 
garantir a preparação do projeto, assegurando a qualidade técnica 
e aprovando recursos compatíveis com as necessidades. 
• Organizador: o gerente também deverá ser um organizador. Nesse 
papel, ele agirá como aquele que prevê e mobiliza os meios para a 
realização dos projetos. O organizador vai dar uma atenção 
especial às pessoas, já que entende serem elas os principais 
definidores do projeto. Como organizador ele irá definir, estruturar, 
avaliar e incentivar as equipes do projeto. 
• Administrador de pessoas: evidentemente que as equipes são 
formadas por pessoas e que elas apresentam diferenças, 
individualidades e especificidades próprias. Por isso, outra habilidade 
necessária é a administração de pessoas. O gerente terá que 
compreender que, para gerir equipes, ele deverá entender a 
dimensão humana e comportamental dos membros de cada 
equipe. 
• Administrador de interfaces: administrar interfaces e articular acordos 
são também atribuições do gerente de projeto. Por isso, ele deve ser 
um articulador que traz para os participantes as informações a 
respeito do andamento do projeto, os resultados conquistados, as 
expectativas externas com relação ao projeto e todos os 
envolvimentos e desdobramentos dos trabalhos a serem realizados. 
• Administrador de tecnologia: a habilidade técnica também é uma 
necessidade premente do gerente. Ele deve ter domínio sobre áreas 
peculiares do projeto, responsabilizar-se pela orientação, de modo a 
oferecer subsídios técnicos conforme a necessidade, conhecer a 
linguagem técnica básica dos integrantes das equipes, buscar ajuda 
específica quando necessário. 
• Implementador e formulador de métodos: o gerente é o 
implementador do projeto, é o responsável por sua execução. Dessa 
forma, ele deve apresentar também metodologias, procedimentos e 
estruturação adequada para o projeto ser concluído. 
 
 
Muitos estudiosos defendem o papel principal do gerente como 
comunicador. Heldman (2005, p. 29) afirma que “o segredo é a 
comunicação”. Veja que todas as habilidades, realmente, exigem a 
prática constante da comunicação. Por isso, não importa em que fase o 
projeto se encontra: comunicar bem é o segredo do sucesso! 
 
Referência: Rodermel, Pedro Monir. Gerenciamento de projetos. IFPR, Rede 
e-Tec Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.4 Gestão de conflitos 
Vamos iniciar nosso estudo sobre este assunto a partir das palavras: 
• Comprometimento: é dar em penhor moral; empenhar, hipotecar. 
Obrigar- -se por compromisso administrar, gerenciar. 
• Participação: é tomar parte. Estar ao lado. 
 
 
Em uma linguagem administrativa diz-se que participar é estar presente e/ 
ou junto enquanto que comprometer-se é dar a melhor parte de si mesmo. 
 
 
Participação e Comprometimento das Pessoas 
A questão do gerenciamento das pessoas ligadas a um projeto tem sido 
objeto de estudo tão ou mais importante que as questões de ordem 
técnica. 
Isto porque todos os envolvidos têm seus pontos de vista mais ou menos 
atualizados, mais ou menos específicos, mais ou menos tendenciosos. 
 
 
O que se tem certeza é que o gerente de projetos tem o papel 
fundamental de planejar, organizar, distribuir, coordenar as atividades que 
estiverem associadas ao projeto, fazendo o necessário para se alcançar o 
resultado esperado, incluindo-se aí a gestão de pessoas (com todos os 
conflitos que naturalmente ocorrem). 
 
 
Estabelecer uma equipe de trabalho não é tarefa fácil, pois o cada time é 
formado por pequenos detalhes que podem fazer a diferença entre 
sucesso e fracasso, devido à ação e à interatividade das pessoas, que 
ocorre desde a simples participação até culminar no real 
comprometimento de cada um. 
 
 
Segundo MENEZES (2001, p.98-100), uma equipe coordenadora de um 
projeto deve ser, em geral, formada por: 
 
 
1. Gerente Geral: Também conhecido como patrocinador do projeto. 
É um estimulador das negociações entre as partes envolvidas, 
promovendo e estimulando diálogos, a participação de todos, em 
especial na identificação de problemas e na busca de possíveis 
soluções. É ainda responsável por assegurar que as decisões 
tomadas sejam postas em prática. 
2. Gerente do Projeto: Também conhecido como condutor do projeto. 
É que inicia o projeto como um todo, pois é o responsável por uma 
visão geral e integrada entre as partes. Deve assegurar que os 
recursos (humanos, materiais, financeiros, legais) estejam 
adequadamente disponíveis ao projeto. 
3. Gerente

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