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Aula 2 -P 1 Igualdade e Diferença - Igualdade e Equidade

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Cidadania 
 
 
Igualdade e Diferença 
Igualdade e Equidade 
 
Objetivos: 
 
 Conhecer os conceitos de igualdade e equidade; 
 Refletir sobre a relação entre igualdade e equidade 
na efetivação dos Direitos Humanos.como algo fundamental para a 
inclusão social. 
 
Aula 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS HUMANOS, DIVERSIDADE E EDUCAÇÃO: ARTICULANDO 
IGUALDADE E DIFERENÇA 
 
 
Trazer a temática dos direitos humanos para o campo educacional nos obriga a discutir 
questões muito específicas em torno da diversidade que, devido o preconceito social 
estruturado ao longo da história da humanidade, foram mantidas bem distantes das discussões 
centrais, negando à sociedade o direito de refletir sobre elas. 
Essas mesmas questões estão relacionadas diretamente com o que conhecemos como 
“temas-tabus” que foram conceituados dessa forma, justamente, por terem sido considerados 
durante muito tempo como algo imoral, impuro, infundado, perigoso e, por isso mesmo, 
proibido. Enquadram-se nesses temas a diversidade de identidade, raça e etnia; a diversidade 
cultural e religiosa; a diversidade de gênero e a diversidade sexual. 
Devido à intolerância relacionada a essas questões distintas, a humanidade, em toda 
sua trajetória excluiu, desrespeitou, humilhou, negou, negligenciou e até matou. A 
concretização da barbárie humana pode ser exemplificada pelas atrocidades cometidas aos 
povos indígenas, que tiveram suas terras roubadas, sendo ocupadas e exploradas pelo homem 
branco. Sua cultura também sofreu graves reflexos, pois foram submetidos a um então 
processo de “civilização” em que foram obrigados a aprender uma língua diferente da sua, a 
cultuar um deus que não era o seu. Muitas de suas crianças já nasciam desconhecendo sua 
verdadeira história, sendo mergulhadas em “processos educativos”, cujo objetivo principal era 
a disseminação da religião católica, na época mais dominante do que nunca. As mulheres 
também foram imensamente exploradas, principalmente sexualmente. O fato de andarem 
nuas, segundo o próprio olhar europeu, não era visto como algo que fazia parte de uma 
cultura, mas como condição para torná-las suscetíveis à violência praticada pelo homem 
Acadêmico (a), na aula 2 é o momento de refletirmos sobre as diferenças e singularidades do ser humano!! 
As desigualdades existentes na vida em sociedade, todavia, desafiam esse entendimento. Por razões econômicas, 
sociais, religiosas, de gênero, de identidade sexual, de cor, de idade, de procedência, deficiências além de outras, as 
pessoas continuam recebendo tratamento desigual, com grupos, denominados vulneráveis, sendo excluídos de todos ou de 
alguns aspectos da vida em sociedade. 
Além disso, vamos conhecer os conceitos de igualdade e equidade. A palavra igualdade está relacionada com o 
conceito de uniformidade, de continuidade, ou seja, quando há um padrão entre todos os sujeitos ou objetos envolvidos . 
Equidade é uma palavra de origem latina (aequitas) e significa a persistente busca pela justiça que trate cada indivíduo 
segundo sua natureza particular. 
Na prática eles devem caminhar juntos!! 
 
branco, o que passou a ser um crime a mais no desenfreado processo exploratório 
desenvolvido pelos europeus em diversas partes do planeta. 
Com a população negra a situação não foi diferente. Milhares foram arrancados à 
força de suas terras, também para serem escravizados, sendo submetidos às mais diversas 
situações de exploração em nome do desrespeito ao que não era igual. Efeitos terríveis, 
também, foram ocasionados pela Segunda Guerra Mundial, seguindo esse mesmo raciocínio, 
conforme já destacado anteriormente, em que a Alemanha, por meio do ditador Adolf Hitler, 
desconsiderava a existência de qualquer outra raça além da branca, determinando, a partir 
dessa questão específica, o extermínio de milhões de judeus. 
Infelizmente, práticas como essas não foram cessadas. Ao longo da história, muitas 
outras continuaram e continuam sendo realizadas mediante o que é considerado diferente, 
inferior, incapaz. Têm sido assim com os negros, os povos do campo, as mulheres, as crianças 
e os adolescentes, os homossexuais, os idosos e os deficientes. 
Entretanto, a sociedade na qual vivemos hoje traz novas perspectivas quanto à forma 
de percebermos e tratarmos essas minorias, o que tem sido possível com o nascimento da 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, bem como, com a concepção 
contemporânea desses mesmos direitos em que o objetivo maior é estabelecer uma nova 
forma de os países e as pessoas se relacionarem harmonicamente, tendo, como princípios 
fundamentais, a dignidade, a igualdade, a liberdade e a justiça entre todas as pessoas. Além 
disso, a participação ativa dessas mesmas minorias, na luta pelo acesso ao que lhe é de direito, 
tem sido um dos aspectos determinantes para muitas das conquistas alcançadas atualmente. 
Como sabiamente afirma Candau (2000, p. 48) 
 
[...] Suas vozes se fazem ouvir, surda, clara ou violentamente. E a sociedade começa 
a se preocupar pela construção de dinâmicas sociais mais inclusivas e participativas, 
em muitos casos orientadas exclusivamente para minimizar tensões e conflitos. 
Certamente o que já não é possível é negar esta problemática. 
 
 
Por isso mesmo é que a sociedade, de modo geral, precisa ser direcionada a um 
processo de reflexão bastante intenso, de modo que se possa, nessa linha de discussão entre 
igualdade e diferença, construir suas próprias indagações e lutar pelo direito às respostas. 
Se até bem pouco tempo as lutas sociais tinham como principal referência à 
necessidade de afirmar a igualdade, hoje, ocorre o inverso. A referência principal das lutas 
travadas pela sociedade é a diferença, que passa também a ser um direito, e não somente do 
direito à igualdade pelo diferente, mas pela afirmação dessa diferença. 
Sobre essas duas vertentes – igualdade e diferença, conforme também destaca Candau 
(2008), o fato de uma, num dado momento, estar mais em evidência do que a outra, não deve 
afastá-las, pois uma não deve negar a outra, pelo contrário, elas devem andar articuladas. 
Ainda de acordo com a autora, não se trata de, para afirmar a igualdade, negar a 
diferença, nem de uma visão diferencialista absoluta, que relativize a igualdade, mas sim de 
trabalhar a igualdade na diferença. Nesse sentido, é importante destacar o que Santos (2009. 
p. 18) vai definir como o novo imperativo transcultural que, segundo ele, prioriza uma 
articulação pós-moderna e multicultural das políticas de igualdade e diferença. Sobre esse 
aspecto, ele evidencia que “[...] temos o direito a ser iguais, sempre que a diferença nos 
inferioriza. Temos o direito a ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza”. 
Seguindo essa mesma linha de pensamento, é possível perceber que, mesmo que se 
apresente uma proposta de sociedade em que o desrespeito ao diferente esteja presente e, de 
certa forma, seja dominante, o que tem ocorrido frequentemente nas sociedades atuais, 
sobretudo na nossa, faz-se necessário criarmos estratégias que sejam capazes de substituí-la. 
Quando pensamos na possibilidade de substituição, pensamos automaticamente numa 
sociedade em que a interculturalidade seja reconhecida, esteja presente e possa ser capaz de 
disseminar os princípios pelos quais essa mesma sociedade irá caminhar. Ou seja, pensamos 
na construção de uma sociedade que promova, através da educação, o reconhecimento do 
outro, uma sociedade democrática, plural, humana, que seja capaz e possibilite a articulação 
entre as políticas de igualdade com as políticas de identidade, não priorizando nem igualdade, 
nem diferença, mas permitindo que essas possam caminhar juntas. 
A partir dessa perspectiva, a educação torna-se indispensável para alcançarmos 
tamanho objetivo, pois, de acordo com Welter e Turra (2003, p. 181) “O respeito à diferença 
entre os indivíduos é fundamentalno processo de interação social, e a sala de aula é um dos 
locais ideais para a consolidação desse intercâmbio cultural”. 
Infelizmente, ao longo de seu processo histórico, a escola sempre adotou, em suas 
posturas, critérios estigmatizadores, que como tais refletiram fortemente no processo de 
exclusão de muitas das minorias que conhecemos atualmente. 
Hoje, tais posturas precisam, antes de tudo, ser definitivamente extintas, pois não 
condizem com uma proposta de educação intercultural tida [...] como a ideal no processo de 
estruturação de uma sociedade plural, que respeita as suas particularidades étnicas e culturais, 
considerando o cultural como um processo de autoliberação do próprio homem, como bem 
destaca Aranha (1994, p. 29). 
Nesse sentido, é preciso também entender o multiculturalismo, que aqui definimos, a 
partir do conceito defendido por Moreira (2001) e Silva (2001; 2003) como o conjunto de 
diferentes grupos culturais num mesmo contexto social. O que vai se tornar essencial dentro 
de uma proposta de educação que parte do respeito ao diferente como critério indispensável à 
construção de uma sociedade igualitária, o que é necessário para a concretização de uma 
perspectiva educacional, de fato, intercultural, pois como bem enfatiza Fleuri, o 
multiculturalismo: 
 
[...] reconhece que cada povo e cada grupo social desenvolvem historicamente uma 
identidade e uma cultura próprias. Considera que cada cultura é válida em si mesma, 
na medida em que corresponde às necessidades e às opções de uma coletividade. Ao 
enfatizar a historicidade e o relativismo inerentes à construção das identidades 
culturais, o multiculturalismo permite pensar alternativas para as minorias. 
(FLEURI, 2001, p. 69). 
 
 
No entanto, questões dessa natureza, praticamente não foram consideradas ao longo da 
história. Segundo Candau (2000), a reflexão por parte da educação, a partir de uma 
perspectiva multicultural, é recente, mas tem crescido nos últimos tempos, principalmente na 
América Latina. É evidente que tal mudança apresenta motivos e pontos de vistas bastante 
particulares em cada contexto, mas conforme já fora enfatizado, não há mais como negar a 
existência de uma sociedade multicultural, razão pela qual se torna cada vez mais necessário o 
compromisso que a educação tem em assumir a interculturalidade como sua principal 
estratégia de mudança para a efetivação de uma sociedade, de fato, igualitária, mesmo 
mediante as suas diversidades. 
Assim, diante das afirmações de Jordán, citado pela referida autora (2000, p. 49) é 
possível percebermos que a perspectiva intercultural surge não somente por razões 
pedagógicas, mas, principalmente por motivos sociais, políticos, ideológicos e culturais, 
afinal de contas, essa mesma perspectiva não pode ser dissociada dos problemas sociais e 
políticos latentes nos mais diversos contextos sociais, até mesmo porque os campos culturais 
e étnicos são campos permeados por relações de poder. São essas relações, principalmente, 
que acabam gerando muitos dos conflitos que conhecemos hoje em torno da diversidade. O 
que, novamente, coloca em evidência a importância da educação, pois se trata não somente de 
um direito em si, mas de condição indispensável para o acesso aos demais direitos existentes, 
e o direito ao respeito à diversidade é fundamental no reconhecimento das particularidades 
culturais e étnicas. 
 
 
FONTE: 
 
SILVA, J. A. da; DIÓGENES, E. M. N., SANTOS, D. F. de. Direitos Humanos, 
diversidade e Educação: um encontro necessário para articular igualdade e diferença nos 
espaços escolares. (Adaptado) 
 
 
IGUALDADE E EQUIDADE – “UM VÉU DE OBSCURIDADE” 
 
 
Há uma identidade aparente entre igualdade e eqüidade8, sendo definidas, 
respectivamente, como: 
Igualdade – “[Do lat. Aequalitate] 1. Qualidade ou estado de igual; paridade.2. 
Uniformidade, identidade. 3. Eqüidade, justiça.4. Mat. Propriedade de ser igual. 5. Mat. 
Expressão de uma relação entre seres matemáticos iguais. Igualdade moral. Ét.1. Relação 
entre os indivíduos em virtude da qual todos eles são portadores dos mesmos direitos 
fundamentais que provêm da humanidade e definem a dignidade da pessoa humana. 
Equidade - [Do lat. aequitate] 1. Disposição de reconhecer igualmente o direito de 
cada um. 2. Conjunto de princípios imutáveis de justiça que induzem o juiz a um critério de 
moderação e de igualdade, ainda que em detrimento do direito objetivo. 3. Sentimento de 
justiça avesso a um critério de julgamento ou tratamento rigoroso e estritamente legal. 4. 
Igualdade, retidão, equanimidade “(Aurélio, 1996). 
 
NOGUEIRA, V. M. R. Direitos humanos – a antinomia igualdade x Equidade. Disponível 
em: <http://www.ts.ucr.ac.cr/binarios/congresos/reg/slets/slets-017-038.pdf>. Acesso em: 21 
jan. 2017. (Adaptado/fragmento) 
 
 
 
 
 
 
Caro (a) acadêmico (a), ao término da aula 3, ressaltamos que educar - se em 
Direitos Humanos é, na atualidade, um dos mais importantes instrumentos 
dentro das formas de combate às violações de direitos humanos, e é também 
um compromisso de todas as áreas. 
Pense nisso e continuemos a nossa caminhada!!

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