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Plano Urbanístico de Ildefonso Cerdá em Barcelona

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Ildefonso Cerdá engenheiro e urbanista propôs em 1854 um plano para a cidade de Barcelona, onde haveria a expansão ao máximo da cidade, que até então era delimitada pela antiga muralha medieval que foi destruída. Á primeira vista o conselho municipal de Barcelona resistiu a ideia de Cerdá, sendo assim realizou-se um concurso com o intuito de escolher outro plano urbanístico para Barcelona, o ganhador foi Antoni Rovira e Trias, porém, com o apoio e incentivo do governo central. O ministério das obras públicas promulgou um decreto aprovando o projeto de Cerdá.
Cerdá se vê em uma cidade com problemas de superlotação, epidemias, insalubridade e crescimento econômico principalmente por conta das atividades portuárias, e a industrialização, sendo assim, o engenheiro escreve o tratado sobre urbanização onde ele analisa e estuda a cidade dissertando sobre temas como desempenho viário, deslocamento e clareza do traçado, gabarito das edificações, topografia, vegetação, coerência espacial, circulação e vivência da sociedade sendo assim cerda se decide por realizar traçados retilíneos. 
Ao saber que diferentes fatores influenciam a cidade tais como a administração dos aspectos espaciais e físicos, finalidade, vínculos sociológicos, econômicos e administrativos da cidade, mostram o que será necessário ser provido. Partindo dessas questões criou-se uma relação dos prédios com a quantidade de usuários/cidadãos, sendo assim Cerdá defende que o lote deve ter o centro sendo utilizado como jardim e os edifícios devem possuir sempre a mesma quantidade de altura sendo chanfrado nas pontas.
A principal estratégia de Cerdá foi desenhar uma grelha ortogonal com quarteirões no formato quadrado de 130 metros por 130 metros, com as quinas cortadas, indicando um ponto cardeal, com ruas de 20 metros de largura, sendo um conjunto de nove quarteirões em um em um quadrado de 400 metros de lado, envolvendo a cidade. Sendo colocado que cada para quadra é necessário uma ocupação perimetral de dois ou três lados, portando os edifícios não poderiam ultrapassar dois terços da superfície do quarteirão. As bordas chanfradas nas quadras têm como suporte as avenidas diagonais nascidas dos encontros pré-existências, 
Os jardins internos das quadras se abriam para a cidade, sendo de fácil acesso a todos, disponibilizando equipamentos públicos e áreas arborizadas, sendo assim as quadras passam de uma disposição residual para se resultar em uma de auxílio para uma de composição urbana, sendo a interior da quadra como local público, portando o perímetro da quadra não é mais o máximo acesso público.
Nos anos de 1876 a 1886 por conta da expansão da cidade e ameaça da especulação imobiliária, a quadrícula feita por Cerdá se torna totalmente ocupada escapando do projeto inicial e assim descarta os locais de área verde interna, destinadas aos jardins.
 
Outra importante parte do projeto de Cerdá foram as avenidas que atravessam toda a cidade, as vias principais da cidade que são: a Avenida Diagonal que corta o centro da cidade em duas partes, e a Avenida Meridiana, ambas cortam obliquamente o bairro Eixemple, se cruzando na Plaza de Las Glorias Catalanas, em conjunto com Gran Via de les Corts Catalanes, todas feitas por Cerdá, criando-se uma centralidade. Com uma largura de aproximadamente 50 metros e 11 quilômetros de comprimento.
Ao criar no centro uma grande avenida diagonal que corta toda malha da cidade, tendo quase seis vezes a medida da antiga cidade. Cerdá não se importa na criação de um centro administrativo, por que segundo ele, o local deve ser homogêneo e todas as áreas tem que ter o mesmo valor, portanto não foca edifícios públicos e administrativos, ele os distribui por toda a cidade, dando a mesma importância aos setores e bairros.
Cerdá paralisa a cidade medieval e somente da continuidade a avenida conectando-se a novos bairros projetados, excluindo qualquer tipo de derrubada de edifícios antigos ou desapropriações dos mesmos, destacando e evidenciando a preservação do local.
De todo o plano original de Cerdá conserva-se apenas o traçado viário, com o tempo os quarteirões se tornaram sobrecarregados no perímetro junto ao alinhamento da calçada, sendo assim voltaram a um caráter que os reaproximou do quarteirão tradicional, com o intuito de ter em média 67.000 metros ao cubo de área construída, nos dias de hoje se encontra com 295.000 metros ao cubo de área construída.

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