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execução do projeto aula 06

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PRÁTICA DE ESTÁGIO: 
EXECUÇÃO DO PROJETO DE 
INTERVENÇÃO 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Sandra Aparecida Silva dos Santos 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
 Bem-vindo! Nesta aula, vamos refletir sobre a sistematização da prática, 
buscando entender sua importância para a atuação do assistente social e para 
o fortalecimento da profissão. Refletiremos a respeito da dimensão investigativa, 
da valorização da profissão pela sistematização da prática e da importância da 
socialização dos conhecimentos e da pesquisa para a categoria, a partir de uma 
perspectiva interventiva-crítico-investigativa. 
TEMA 1 – SIGNIFICADO DA SISTEMATIZAÇÃO DA PRÁTICA 
A prática do assistente social dá-se nos diferentes espaços sócio-
ocupacionais de atuação, nas diversas expressões sociais advindas da questão 
social. Ao atuar, o assistente social desenvolve atividades e utiliza técnicas e 
instrumentos carregados de instrumentalidade, o que garante a sua adequada 
intervenção profissional. 
Sistematizar a prática do assistente social diz respeito ao conhecimento e 
à reunião de todo o processo que envolve a ação profissional em sua perspectiva 
de organização teórico-metodológico e técnico-instrumental (Celats, 1983, citado 
por Almeida, 1997). 
A sistematização da prática requer a interação entre sujeito e objeto da 
ação, envolvendo e considerando, segundo Almeida (1997), aspectos políticos, 
éticos, institucionais e sociais. Isso quer dizer que todo trabalho tem uma direção 
ética, teórica e política, que conduz para o alcance dos objetivos a serem 
alcançados pela prática do assistente social, que precisam estar claros e 
explicitados. A respeito dos objetivos da atuação do assistente social, Almeida 
(1997) dispõe quanto à importância de o processo de sistematização recobrir os 
objetivos de forma crítica, com base nos objetivos e no projeto orientador. 
Para além de uma prática necessária, a sistematização consiste, segundo 
Azevedo (2014), em prática educativa, no sentido de que, ao sistematizar, ocorre 
um melhor entendimento da prática profissional, e esse 
conhecimento/entendimento oportuniza reflexões críticas a respeito da 
condução da prática. 
Sobre a importância da reflexão, Netto (1989) sublinha que é essencial 
sistematizar os dados como procedimento necessário à reflexão teórica, quanto 
aos procedimentos utilizados, estando o registro da prática associado à sua 
 
 
3 
sistematização. Permite-se, assim, segundo Valiente (2010), superar o 
entendimento comum, realizando por meio da avaliação o planejamento para a 
ação. 
TEMA 2 – A DIMENSÃO INVESTIGATIVA DO ASSISTENTE SOCIAL E A 
SISTEMATIZAÇÃO 
O assistente social atua na realidade dos campos de trabalho, em que há 
as mais variadas contradições e limitações, impostas ao lugar que ocupa na 
divisão técnica do trabalho, enquanto trabalhador assalariado sujeito às regras 
e exigências do sistema. Muitos são os desafios impostos à atuação 
comprometida do assistente social com os trabalhadores; nesse sentido, 
conhecer as questões fundamentais que se apresentam à atuação profissional 
é uma necessidade. Conhecer requer investigar, desenvolver postura 
investigativa; é preciso, para além de detectar problemas, o aprofundamento de 
causas e reflexos. 
A dimensão investigativa da prática do assistente social está prevista nas 
Diretrizes Gerais para o Curso de Serviço Social (1996), o que requer a adoção 
de princípios investigativos e interventivos na formação do assistente social. Isso 
se consolida na formação através de disciplinas como Metodologia de Pesquisa, 
Pesquisa em Serviço Social e Trabalho de Conclusão de Curso, constantes na 
grade do curso de Serviço Social desta instituição. 
A respeito da dimensão investigativa, a Associação Brasileira de Ensino 
e Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS (1996) traz como princípio formativo a 
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, o que faz com que a prática 
do assistente social esteja relacionada ao conhecimento da realidade, à criação 
de novos conhecimentos e à aplicação dos conhecimentos na realidade 
trabalhada. 
Se investigar e pesquisar é então atividade essencial à prática do 
assistente social, por que, muitas vezes, não encontramos na prática essa 
postura investigativa do profissional? A postura investigativa requer segundo, 
Fraga (S.d.), olhar curioso, exigente e sensível, muitas vezes encerrado por 
condições de trabalho não favoráveis a práticas investigativas, em realidades 
profissionais pautadas pelo imediatismo e com foco no atendimento. É 
necessário retomar a postura investigativa e as experiências profissionais; é 
importante fortalecer a postura investigativa e a prática de sistematização na 
 
 
4 
busca por produção, organização e análise de dados, e também na criação de 
novos conhecimentos e propostas interventivas com foco na transformação. 
TEMA 3 – VALORIZANDO A PROFISSÃO PELA SISTEMATIZAÇÃO DA 
PRÁTICA 
Refletimos sobre a importância da sistematização da prática e da postura 
investigativa para o assistente social. Agora, conversaremos a respeito da 
valorização da profissão pela adoção de uma postura investigativa e pela 
sistematização da prática. 
Segundo Netto (1989, p. 152-153), a sistematização da prática otimiza a 
intervenção do assistente social. Assim, a discussão relativa à sistematização da 
prática e à teoria em serviço social deve envolver: 
 A explicitação de referências teóricas; 
 A elaboração de pressupostos na relação entre teoria e método; 
 A clarificação da concepção em que se sustenta o serviço social e da 
natureza dos procedimentos que sua prática exige; 
 O rigoroso tratamento na investigação em serviço social; 
 A determinação das relações entre o saber produzido com base na prática 
profissional e a elaboração nas áreas de ciências sociais e na tradição 
marxista; 
 O estabelecimento de traços definitivos entre procedimentos de 
sistematização empregados nas ciências sociais e na tradição marxista e 
aqueles empregados na prática do assistente social; 
 O levantamento de recursos culturais. 
A sistematização da prática do assistente social oportuniza a construção 
de conhecimento, que está pautado em informações, interpretações e dados da 
realidade do trabalho do assistente social, o que leva à autonomia e, segundo 
Azevedo (2011), à legitimidade e ao reconhecimento de limites e avanços, com 
vistas a melhorar a atuação do assistente social. 
É preciso, como futuro assistente social, estar ciente da necessidade de 
contribuir para a valorização da profissão de forma consistente, por meio de uma 
prática decodificada e clara no que tange a atividades, métodos e 
operacionalidade, utilizando-se de postura investigativa e expertise em pesquisa, 
nas ações inerentes à atuação do assistente social. 
 
 
5 
TEMA 4 – A IMPORTÂNCIA DA SOCIALIZAÇÃO DO TRABALHO DO 
ASSISTENTE SOCIAL 
Conversamos, ao longo da disciplina de Prática de Estágio, a respeito da 
importância do aprendizado do aluno em campo de estágio e da oportunidade 
de verificar ações relacionadas à prática do assistente social, que digam respeito 
à atitude investigativa e à pesquisa para a construção de novos conhecimentos. 
A construção de novos conhecimentos fortalece a prática do assistente 
social, dando à profissão a oportunidade de avanços teóricos e práticos. 
Compartilhar experiências profissionais enriquece a profissão no sentido 
de favorecer o acesso a experiências e ações de profissionais em diferentes 
espaços sócio-ocupacionais. Isso promove o contato, a informação, a abertura 
de novas perspectivas de atuação, retirando o profissional do “isolamento” 
institucional de atuação. 
A socialização de experiências e de informações relativas a estudos 
também se estende a usuários. Segundo o Código de Ética do Assistente Social 
(CFESS, 1993), deve haver por parte do profissional o compromisso de 
devolução de informaçõescolhidas em estudos e pesquisas aos usuários dos 
serviços em benefício de seus interesses, fortalecendo a profissão. 
O espaço para investigação profissional deve ser construído, segundo 
Azevedo (2014), na própria rotina de trabalho do assistente social, com 
procedimentos mobilizados como potencializadores e problematizadores das 
questões relativas ao trabalho do assistente social. 
É premente então que o assistente social se aproprie de sua atuação, 
sistematize sua prática e compreenda as implicações ético-políticas e teórico-
metodológicas relevantes, refletindo e construindo conhecimento, impactando 
assim no reconhecimento e no fortalecimento da profissão. 
TEMA 5 – A DIMENSÃO CRÍTICO INVESTIGATIVA DA INTERVENÇÃO DO 
ASSISTENTE SOCIAL 
A investigação constitui-se em ação inerente à prática do assistente 
social. É um objeto de reflexão científica que propicia a superação do 
entendimento da realidade e a construção de novos conhecimentos. Ressalta-
 
 
6 
se que a investigação deve ser coerente com a teoria e também com a prática, 
com base nos preceitos da profissão. 
É necessário avançar no conhecimento da questão social e suas diversas 
expressões, reunindo, pela pesquisa, diversos conhecimentos, inclusive quanto 
ao modo do agir profissionalmente. 
O conhecimento da realidade subsidia o projeto de intervenção. Para 
Baptista (2006), trata-se de movimento catalizador da elaboração de estudos e 
pesquisas, os quais contribuirão para a construção de novos conhecimentos. 
Durante a realização do estágio supervisionado, o aluno, em contato com 
a realidade, e depois de compreendê-la, realiza ações com base em projeto de 
intervenção. O assistente social, em sua prática profissional, se utilizando da 
investigação e da sistematização da prática profissional e da pesquisa, realiza 
propostas interventivas. 
É necessário conhecer de forma histórico-crítica a realidade. Isso aponta 
para as possibilidades e necessidades interventivas. Essa concepção, segundo 
Baptista (2006), requer um saber crítico e um saber fazer crítico, com a 
apropriação da prática. Busca-se, com o conhecimento, a proposição de novos 
caminhos interventivos. 
Entende-se assim a constante evolução do saber profissional, que gera a 
discussão e a renovação também constantes de práticas interventivas, pautadas 
na realidade com constantes mudanças sociais, com desafios contemporâneos 
e com a perdas de direitos, o que exige um posicionamento crítico-investigativo 
da realidade na qual o assistente social atua. 
NA PRÁTICA 
Durante o estágio supervisionado, o aluno é instigado a conhecer e a 
desenvolver uma postura investigativa quanto à realidade do campo de estágio. 
Durante a atuação profissional, o assistente social também é chamado a uma 
postura investigativa em sua prática profissional. Converse com seus 
supervisores a respeito da postura investigativa do assistente social e dos limites 
e possibilidades relacionados. 
 
 
7 
FINALIZANDO 
 A sistematização da prática do assistente social refere-se ao 
conhecimento e à reunião do processo, o que envolve determinada ação 
profissional, oportunizando reflexão crítica. Por sua vez, isso requer uma postura 
investigativa do assistente social, contribuindo para a valorização da profissão, 
para a realização de estudos e para o desenvolvimento teórico. 
 
 
 
8 
REFERÊNCIAS 
CFESS – Conselho Federal de Serviço Social. Código de Ética do Assistente 
Social. Brasília, 1993. Disponível em: 
<http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf>. Acesso em: 9 jul. 
2018. 
UNINTER. Regulamento de Estágio Supervisionado em Serviço Social. 
Curitiba, 2018.

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