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Sinteses - Subjetividade, marxismo e Servico Social_ um ensaio critico

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Tema 2: Subjetividade, marxismo e a retomada da teoria freudiana pelo Serviço Social, para
avançar na perspectiva crítica da subjetividade.
Referência: DUARTE, Marco J. de O. Subjetividade, marxismo e Serviço Social: um ensaio
crítico. In: Serviço Social e Sociedade nº 101, São Paulo: Cortez, 2010.
Embora muitos acreditem que a teoria freudiana e o marxismo sejam ideais que se
distinguem completamente, é possível observar pontos de convergência e divergência na
ideia de subjetividade trazida indiretamente por Marx e Freud.
A psicanálise tem como base a individualidade do homem ocasionada por padrões de
comportamento inerentes ao ser humano, carregada da subjetividade relacionada com a
sua existência e experiências. O marxismo, por sua vez, parte da concepção coletiva, tendo
como foco as concepções sobre as relações sociais e econômicas presentes nos modos de
produção e suas consequências no indivíduo.
De fato, aparenta-se que ambos conceitos não possuem relação alguma. Entretanto,
enquanto a teoria freudiana parte do um, o marxismo foca no todo, em outras palavras,
trata-se do indivíduo e da sociedade, respectivamente, nesses termos é mais fácil entender
que o marxismo e a teoria freudiana se relacionam, mais ainda, se complementam, visto
que o primeiro apresenta a base social do processo de subjetividade ao mesmo tempo que
o segundo contribui com o aporte psíquico.
A subjetividade é mais facilmente relacionada com a teoria freudiana, visto que esta tem
como objeto de estudo a psicologia do ego, o que é tratado com base na individualidade do
sujeito. Entretanto, também existe subjetividade na sociedade, por exemplo, nas relações
sociais e de produção, de modo que também é possível considerá-la sob a perspectiva
marxista.
Tendo conhecimento disto, o Serviço Social se apresenta como um elo unificando as
diferentes considerações para compreender a subjetividade do indivíduo, sob diferentes
perspectivas.
O profissional de Serviço social pode se deparar com duas realidades: (1) a subjetividade
do ponto de vista do marxismo, onde o indivíduo é organizado com base na idealização
abstrata bem como das relações sociais e capitalistas e (2) os indivíduos usam a
subjetividade para mascarar o seu egocentrismo radical.
Desse modo, para trabalhar essa temática do ponto de vista da atuação do assistente
social, deve-se compreender a subjetividade e as relações existentes na transformação da
subjetividade no individualismo exacerbado, deixando de levar em conta o coletivo, é
interessante buscar compreender a teoria freudiana propriamente dita e aplicar o
conhecimento nessa linha de pensamento.
É evidente que a psicanálise contribui demasiadamente com a subjetividade, entretanto não
se pode descartar que o marxismo considera a subjetividade em meio ao todo,
especialmente no contexto do mundo do trabalho presente nos meios de produção
capitalista.

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