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U2S1 - ATUALIDADE EM FARMÁCIA I (MA)

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U2S1 - ATUALIDADE EM FARMÁCIA I (MA) 
 
Epidemiologia 
A epidemiologia é a ciência que estuda os eventos que acontecem sobre determinada população e é 
uma ferramenta muito importante para compreender e prever determinadas situações que poderão 
afetar essa população. 
É ferramenta gerencial fundamental para os sistemas de saúde, pois com o auxílio de métodos 
quantitativos, proporciona dados para determinação, planejamento e acompanhamento de ações 
que serão utilizadas na melhoria dos serviços e no desenvolvimento dos sistemas de saúde. 
 
São várias as aplicações da epidemiologia, sendo mais comuns os estudos para compreender a 
relação que existe entre a saúde e a doença. 
 
Os dados epidemiológicos coletados são utilizados para ações de Vigilância em Saúde, de modo 
interdisciplinar e visando à proteção da população, promoção da saúde e prevenção de doenças e 
agravos. 
- Vigilância epidemiológica:São as ações para controle de doenças e seus agravos, realizadas a 
partir do acompanhamento, detecção ou prevenção de mudanças das condições esperadas nos 
fatores determinantes e condicionantes da saúde. 
- Vigilância sanitária: É o conjunto de ações realizadas com o objetivo de eliminar, minimizar ou 
prevenir riscos à saúde de qualquer ordem, como controle de meio ambiente, riscos sanitários, 
inspeção de controle de produtos e serviços que impactam a saúde, intentando proteger a saúde 
da população. 
- Vigilância ambiental:Tem foco no acompanhamento de mudanças nos determinantes e 
condicionantes da saúde, com o objetivo de recomendar e adotar medidas de promoção, 
prevenção e controle de fatores de riscos relacionados a doenças e seus agravos. Acompanha 
áreas como águas para consumo humano, ar, solo, contaminantes, acidentes com produtos 
perigosos, desastres naturais e ambiente de trabalho. 
 
Indicadores epidemiológicos 
Os indicadores são ferramentas de controle, e são utilizadas as medidas de ocorrência, ou seja, os 
dados de ocorrência de um evento provenientes de diversas fontes. Um exemplo é a possibilidade 
de medir a quantidade de crianças nascidas em determinado dia. 
 
Diversas são as fontes e formas de dados utilizados em epidemiologia: 
- Natalidade e mortalidade 
- Dados demográficos, ambientais e socioeconômicos. 
- Notificações de doenças (acompanhamento de surtos e epidemias). 
- Sistemas nacionais de informação (ex. Notivisa). 
- Investigações ativas (pesquisas, questionários etc.) e pesquisas científicas. 
- Laboratórios e imprensa, entre outros. 
 
O último aspecto que devemos observar em uma medida epidemiológica é se ela é absoluta ou 
relativa: 
-Os dados absolutos são aqueles que representam diretamente um todo, por exemplo, número de 
óbitos ou de internações. Nesses casos, não existe uma relação dos dados com a causa. É útil para 
alguns tipos de planejamentos, como aquisição de medicamentos, previsão de leitos hospitalares 
que serão ocupados, entre outros. 
 
-Já os dados relativos relacionam um número total com um outro índice, por exemplo, número de 
mortes decorrentes do fumo. São úteis para ações mais pontuais, como campanhas de prevenção e 
ações direcionadas de saúde. 
 
 
 
Incidência: ​A taxa de incidência indica número de casos novos de uma doença (em um local e 
período especificado) em determinada população. 
Prevalência:​Na prevalência temos um conceito e cálculos semelhantes à incidência, porém o 
evento de interesse são casos de doenças já instaladas, não somente novos casos. Por exemplo, 
quantas pessoas são diabéticas em uma região. 
Taxa de mortalidade:​ Representa o risco de morte em uma população, considerando também o 
tempo e período. 
Taxa de letalidade: ​Avalia o quanto uma doença pode matar, ou seja, quanto ela é letal. 
 
Vale destacar que devemos tomar cuidado para não confundir Taxa de mortalidade por causa com 
Letalidade: 
Quando falamos de mortalidade por causa, a população da região determinada corre algum risco. 
Exemplo: mensure o risco de uma pessoa morrer de febre amarela residindo em uma região com 
surto (ou seja, ela não adquiriu a doença). Mas, ao abordarmos a letalidade, a interpretação é a 
seguinte: em uma população de pessoas que foram infectadas pela febre amarela, calcule quantas 
correm o risco de morrer. 
 
Essas informações podem ser utilizadas pelo governo e suas agências reguladoras, profissionais de 
saúde, consumidores, empresas de saúde inclusive indústrias, para proteção, promoção da saúde, 
planejamento de ações, verificação e controle de ações implementadas, entre outras. São 
fundamentais para garantir a segurança dos medicamentos disponibilizados e garantir o direito da 
população à saúde.

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