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DIFERENTES CONTEXTOS 2020

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FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA – UNINTER
RELATÓRIO SUPERVISIONADO – OBSERVAÇÃO E PRÁTICA: DIFERENTES CONTEXTOS
Maceió, Alagoas
2020
FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA – UNINTER
MARIA FRANCISCA DE ALMEIDA, RU 413724, TURMA 2018/10.
RELATÓRIO SUPERVISIONADO – OBSERVAÇÃO E PRÁTICA: DIFERENTES CONTEXTOS
Relatório de Estágio Supervisionado – Observação e Prática: Diferentes
Contextos Apresentado ao curso de
Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário Internacional - UNINTER
Maceió, Alagoas
2020
 
 SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.............................................................................. 4
2. LOCALIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DO ESPAÇO ESTAGIADO... 5
3. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA INSTITUIÇÃO..........................6
4. DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DO ESTÁGIO..................7 5.JUSTIFICATIVA..............................................................................9
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................10
7. REFERÊNCIAS...........................................................................11
1. INTRODUÇÃO
Este relatório de Estágio Diferentes Contextos aborda a relação entre o educar e o cuidar a partir do trabalho pedagógico desenvolvido com crianças de 0 a sete anos. Este mesmo tem por objetivo expor a experiência vivenciada na Unidade de Acolhimento Rubens Colaço, onde tive o cuidado de abordar a temática do cuidar e educar. 
A construção do texto está estruturada em duas partes. A primeira discute as questões relativas ao cuidar e educar e a segunda discute os objetivos diferenciados da organização da instituição, bem como na divisão do trabalho entre cuida dores e auxiliares, uma vez que, nas instituições as atividades pedagógicas eram de responsabilidade das professoras e as ações de higiene, alimentação e sono eram de responsabilidade das auxiliares de sala.
 A metodologia utilizada neste relatório foi realizada, norteada e embasada nas seguintes atividades desenvolvidas: verificações de informações, observação, participação, elaboração de um projeto educacional, aplicação do projeto educacional e a elaboração do relatório de estágio. O estágio supervisionado é composto por uma carga horária de 100 horas com atividades desenvolvidas, incluindo observação e prática.
O Estágio supervisionado é compreendido como um processo de experiência e prática e tem por objetivo oferecer aos acadêmicos, a oportunidades de vivenciar conhecimentos adquiridos durante o curso, e prepará-los para o exercício profissional, sendo assim, oportuniza o aluno a desenvolver habilidades enquanto profissional, lindando com o contexto e aplicando aquilo que se foi adquirido de aprendizado teórico ao longo da graduação. 
Com tudo, o estágio traz momentos de investigação, e quando bem orientados, se desenvolve e aplica no processo das práticas educativas.
 
2. LOCALIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DO ESPAÇO ESTAGIADO
A Instituição de Adoção Rubens Colaço está situada na Rua Antonio Gerbase, nº 106, no bairro Farol. É aberta a visitação da comunidade das 15h às 17h telefone (82) 3326-3824. 
 A Instituição é de caráter público Municipal vinculado a Secretária Municipal de Assistência Social (SEMAS), a mesma atende crianças de zero a sete anos e realiza um trabalho comprometido com as crianças que atualmente comporta dentro deste espaço sete crianças, porém tem capacidade para vinte crianças. 
O espaço Possui três televisores, todos com internet, dois filtros, camas confortáveis, ar condicionados nos quartos e nas salas, Dois computadores, impressora, sistema de segurança com câmeras, uma brinquedoteca, área de lazer, ventiladores de teto, uma cozinha com dispensa, geladeira, freezers e etc...
A unidade conta com uma equipe composta por 26 funcionários, entre eles estão à equipe técnica, coordenadora, assistente social, psicólogo, pedagogo, assistente administrativo, professora e assistente de sala.
	
3. 
CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA INSTITUIÇÃO
 A Instituição de Acolhimento Rubens Colaço presta assistência e serviços gratuitos à crianças de zero a sete anos é uma instituição permanente que recebe crianças sem distinção de raça, cor, credo, condição social e política, de ambos os sexos também promove ações e presta serviços voltados para a necessidade dos mesmos, a integração à sociedade, assegurando-lhe os direitos fundamentais e de cidadania. A Instituição funciona, ininterruptamente, às 24 horas de todos os dias da semana, os serviços prestados as crianças acolhidas são, moradia, alimentação, vestuário, higienização, atendimento sócio, psicológico, assistência social, nutricionista, e auxílio médico, as crianças necessitadas de outros serviços são encaminhados aos locais apropriados. A pedagogia tem por finalidade assegurar o caráter educativo em todas as atividades desenvolvidas na casa, tendo como atribuições básicas o Planejar e executar as atividades pedagógicas a serem desenvolvidas com cada criança, promover atividades sobre temas de interesse das crianças e acompanhar o processo de escolarização das crianças.
3.1 PUBLICO ALVO
Crianças que são encaminhadas da infância, de zero a sete anos, tanto do sexo masculino, como do sexo feminino, pelo juizado da juventude e o conselho tutelar da criança e do adolescente, para que possa ter um acolhimento em abrigo com medidas protetiva e como forma de transição para colocação em família substituta quando esgotado todos os recursos de manutenção na família de origem.
4. DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DE ESTÁGIO
4.1 Educar e cuidar
Quando falamos em Educação Infantil implica falar em criança e em infância. E comumente a criança foi compreendida em oposição ao adulto, ou melhor, naquilo que lhe faltava para “tornar-se” adulto. Assim, acreditava-se que lhe faltava idade, tamanho, maturidade, sociabilidade etc. Esta, entretanto, não é a única concepção corrente. Outra concepção compreendia a criança como adulto em miniatura, não fazendo distinção entre ambos. Tempos depois é que a criança seria reconhecida como um ser diferente, embora a referência continuasse a ser o adulto e a criança continuasse a ser definida naquilo que lhe faltava. Tal concepção a compreendia como um ser incompleto e imperfeito. Outra concepção a respeito da criança é a que a considerava como um ser frágil, ingênuo, inocente e gracioso que precisava ser cuidado, protegido e “paparicado” (KRAMER, 2003; SARMENTO, 2004). 
Outra definição foi se dando pelo critério de idade, ou seja, ser criança significa estar na faixa etária compreendida entre zero e dez anos de idade, que caracteriza a infância, ou a primeira etapa de vida do ser humano após o nascimento. O critério de definição pela idade apresenta limites ao se considerar que a esse fator estão associados determinados papeis sociais e são requeridos alguns comportamentos e desempenhos específicos – quer reais, quer esperados – que se distinguem de acordo com o contexto familiar e a classe social nos quais as crianças estão inseridas (OLIVEIRA, 2005). 
Analisando as concepções de infância, percebe-se que as dificuldades em se estabelecer uma definição não são diferentes em relação à definição de criança e comumente adota-se uma concepção abstrata de infância, acreditando-se que existe uma “natureza infantil” homogênea e comum a todas as crianças. Partindo das concepções de criança, pode-se afirmar que as concepções de infância caminharam em duas perspectivas contraditórias, mas que acabaram por formar a concepção atual. De um lado, a infância foi concebida como o momento da vida em que é necessário cuidar e “paparicar” a criança para preservar a sua natureza infantil. De outro, a idéia de infância como o momento da vida em que é preciso “moralizar” e “moldar” a criança para desenvolver sua razão e seu caráter (KRAMER, 2003). Assim, a concepção moderna de infância é o resultado dessas duas concepções contraditórias. Aindasegundo a autora, essas concepções, na realidade, não se opõem, mas se caracterizam como [...] elementos básicos que fundamentam o conceito de criança como essência ou natureza, que persiste até hoje: considera-se a partir desse conceito, que todas as crianças são iguais (conceito único), correspondendo a um ideal de criança abstrato, mas que se concretiza na criança burguesa (KRAMER, 2003, p. 18).
O que se pode depreender do exposto até aqui em relação aos conceitos de criança e de infância, é que nem sempre existiram, nem há uma única compreensão. As concepções existentes têm variado de acordo com a sociedade, a época e a classe social à qual pertencem as crianças. Um dos autores que contribuiu para essa compreensão da evolução histórica do conceito de infância foi Philippe Ariès que relatou a evolução histórica do sentimento de infância e o surgimento da consciência da particularidade infantil. A partir de seus estudos, o autor situa em torno do século XVI uma mudança fundamental no estatuto da infância no mundo ocidental e afirma que deste momento em diante a criança seriam concebidas em sua especificidade e não mais como um adulto em miniatura (ARIÈS, 1978). 
O autor situa, ainda, o surgimento da família nuclear burguesa como responsável por essa mudança de concepção. Nesse contexto, a criança passaria a ser concebidas e tratadas como um ser dotado de identidade própria, requerendo cuidados e atenção especiais. Entre esses cuidados, destacam-se a construção e a valorização dos espaços planejados para a ação escolar. 
Alguns autores, a exemplo de Lopes e Galvão (2001) e Soares (2001), apresentam críticas à obra de Ariès, principalmente com relação ao uso da iconografia e da dificuldade de se reconstituir historicamente a infância a partir das representações feitas por adultos. Apesar das críticas, não se pode negar a contribuição de sua obra para a compreensão da evolução histórica da concepção de infância. A partir dessa contribuição, uma concepção mais atual de infância compreende-a não apenas como uma fase biológica, mas como uma construção histórica e social. As vezes me pergunto: o que significa cuidar em Educação Infantil? O que significa educar em Educação Infantil? É possível educar sem cuidar ou cuidar sem educar? Abordando a origem etimológica da palavra cuidar, Tiriba (2005) afirma que ela possui a mesma raiz latina da palavra pensar, pois ambas vêm de cogitare. Em português, cogitar seria a versão erudita e cuidar a versão popular do termo, que possui os significados de solicitude para com o outro e de pensamento, reflexão. Com o passar do tempo, o uso do termo no sentido de pensar foi sendo substituído pelo próprio termo pensar. Assim, cogitare passou a assumir apenas o sentido de cuidar, incluindo as dimensões de cuidar de si e de cuidar do outro. Os estudos da autora, ao abordar as questões etimológicas, de gênero, as relações entre razão e emoção, entre corpo e mente e entre ser humano e natureza; permitem compreender porque “o cuidar é o pólo do desprestígio porque está relacionado à emoção, e não à razão, e, ademais, às mulheres, que – de acordo com a tradição greco-romana e, depois, a tradição judaico-cristã – seriam inferiores aos homens” (TIRIBA, 2005, p. 71). 
O termo educar, por sua vez, é originário do termo latino educare que foi assumindo diversos significados ao longo dos tempos e em diferentes espaços geográficos e contextos sociais e históricos. Entretanto, pode-se afirmar, sucintamente, que o termo possui o significado de instruir, ensinar, promover a educação de um indivíduo ou conjunto de indivíduos, proporcionar o desenvolvimento humano, levar o indivíduo a construir conhecimentos, a desenvolver competências e habilidades, entre outros. Nessa perspectiva, o educar está mais relacionado aos processos cognitivos, ao conhecimento, a mente, a inteligência, a razão; enquanto o cuidar está mais relacionado ao corpo, a emoção e a sensibilidade (NASCIMENTO et al., 2005; TIRIBA, 2005). 
E como as palavras “[...] são prenhes de significados existenciais, porque construídos ao longo da história da humanidade” (TIRIBA, 2005, p. 69), é possível compreender que o binômio cuidar e educar foi se configurando como uma dicotomia no campo da Educação Infantil e foi conformando os objetivos das diferentes instituições (as creches ficaram responsáveis pelo cuidar e as pré-escolas pelo educar); bem como nas funções exercidas pelas profissionais que atuam na área (as professoras se encarregam de educar e as monitoras e auxiliares se encarregam de cuidar). De acordo com Nascimento et al. (2005, p. 65), a dicotomia entre educar e cuidar também é resultado da organização histórica e social brasileira, “[...] e não podia ser de outra forma, já que a desigualdade que marcou a história da sociedade brasileira está presente nas condições de vida das populações, nas distribuições dos bens econômicos e culturais, nas práticas sociais e nos fios tênues das palavras [...]”. Desse modo, em uma sociedade em que a maior parcela da população é pobre e com relações sociais ainda pautadas nas perspectivas de patriarcalismo e com resquícios de servidão, e em que a implementação de direitos acaba sendo entendida como doação ou favo, é possível compreender porque o atendimento às crianças oriundas das camadas populares tenha se configurado como um atendimento de qualidade inferior, através de arranjos alternativos e pautados na perspectiva assistencialista, preocupando-se, apenas, com o cuidar no sentido do atendimento às necessidades básicas como saúde, alimentação e segurança.
 Para Nascimento et al. (2005, p. 64), a separação entre o cuidar e o educar e o desprestígio em relação ao primeiro aspecto encontra explicação no fato do Brasil ter sido um país escravagista, pois para a autora só uma sociedade que teve escravos poderia imaginar que as tarefas ligadas ao corpo e as atividades básicas para a conservação da vida seriam feitas por pessoas diferentes daquelas que lidam com a cognição! Só uma sociedade que teve essa expressão máxima da desigualdade, que teve seu espaço social dividido entre a casa grande e a senzala, poderia separar essas duas instâncias da educação e entender que cuidar se refere à higiene – e não ao processo integrado envolvendo a saúde, os afetos e valores morais.
Visando superar essa separação, o binômio educar e cuidar transformou-se no objetivo e na especificidade da Educação Infantil. No campo teórico, o consenso em torno do binômio se deu no final dos anos de 1980 e início dos anos de 1990, quando se questionava a visão assistencial de guarda, tutela e proteção da creche; e a visão preparatória, relativa ao ensino e a dimensão escolar da pré-escola (AZEVEDO; SCHNETZELER, 2005; CORRÊA, 2003; CERISARA, 1999; FARIA 2005). 
Nesse sentido, entendia-se que “[...] os dois pólos eram arriscados um sem o outro, porque a educação infantil não pode ser compreendida como espaço onde se instrui, nem como lugar de guarda e proteção, de cuidar e assistir” e, assim, superava-se “[...] pelo menos no plano teórico, a visão da creche como espaço de guarda ou tutela e a da pré-escola como espaço da preparação para a escolaridade” (NASCIMENTO et al., 2005, p. 61). 
No campo legal, o binômio cuidar e educar estão presentes desde os debates em torno da Constituição Federal (BRASIL, 1988) e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996). E foi referenciado em um documento oficial, pela primeira vez, na Política Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1994), estabelecendo que a educação da criança pequena deveria incorporar as duas dimensões. Este último documento deixou de ter validade em 2006, quando o Ministério da Educação lançou o documento Política nacional de educação infantil: pelo direito das crianças de zero a seis anos à educação no qual reafirma que “a Educação Infantil deve pautar-se pela indissociabilidade entre o cuidado e a educação” (BRASIL, 2005, p. 17).
 Diante da definição de que a Educação Infantil, oferecida em creches e pré-escolas, é a primeira etapada educação básica e com a necessidade dessas instituições serem incorporadas aos sistemas de ensino, conforme expresso na LDB (BRASIL, 1996), “[...] era preciso integrar as atividades de cuidado, realizadas nas creches, com as atividades de cunho mais pedagógico desenvolvidas nas pré-escolas” (TIRIBA, 2005, p. 66). E a solução conceitual encontrada foi à adoção de o binômio educar e cuidar. Assim, desde meados da década de 1990 o discurso oficial incorporou o binômio cuidar e educar como a especificidade da Educação Infantil, reconhecendo que as duas dimensões são indissociáveis. Nessa perspectiva, entende-se que não se pode educar sem cuidar e, portanto, o educar já engloba o cuidar. Entretanto, o que tem existido é uma separação histórica e social entre os termos e há uma dificuldade de reintegrá-los em decorrência da cisão entre corpo e mente, entre razão e emoção, entre ser humano e natureza, conforme explicita Tiriba (2005) em seu estudo. Em linhas gerais, o que se coloca como desafio para o campo da Educação Infantil é a necessidade de superação da dicotomia cuidar e educar no sentido de garantir que o binômio seja de fato assumido como objetivo e especificidade da Educação Infantil, compreendendo que a educação e o desenvolvimento integral da criança de 0 a 5 anos também exige ações específicas de cuidado em virtude da dependência que a criança tem em relação ao adulto nessa fase da vida.
Considerações finais 
Relacionando o que afirma o campo teórico na inter-relação com o relatório de estágio de Santos (2013) e Silva (2013), posso afirmar que a instituição Rubens Colaço apresenta uma perspectiva assistencialista, que dicotomiza o cuidar e o educar, a falta de disciplina por parte dos alunos a falta de domínio de sala por parte dos educadores e a falta de clareza em relação à indissociabilidade entre o cuidar e o educar é apresentado nas falas das professoras, bem como na divisão do trabalho verificado, uma vez que nas instituições as “atividades pedagógicas” eram de responsabilidade das professoras e as “ações de cuidado” eram tarefas das auxiliares de sala. 
Outras questões que foram observadas, é que se caracterizam como permanência nessas instituições foi à observação de atividades educativas que foram desenvolvidas, apenas, para preencher o tempo, sem um planejamento prévio. O caráter disciplinador das ações e as frases imperativas que as educadoras falavam para as crianças, bem como o fato de que as maiorias das ações eram feitas para as crianças e não com elas. 
Diante do exposto, o que ainda se coloca como desafio é a necessidade e reorientação nos modos de olhar o cuidado e a educação, revendo as concepções de cuidar para além da higienização e da assistência, e as concepções de educar para além da preparação para a escolarização futura. Fazendo-se necessário repensar a intencionalidade educativa que, muitas vezes, é confundida com escolarização precoce. 
Por fim, destaco a necessidade de se enxergar a criança em sua totalidade e reconhecer suas especificidades infantis, o que requer a discussão de questões referentes à docência na Educação Infantil e a importância da formação.
REFERÊNCIAS
AMORIM, A. L. N. Sobre educar na creche: é possível pensar em currículo para crianças de 0 a 3 anos?
ARIÈS, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, 1978.
www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
 História do Mangá Disponível em Título: A Importância das Histórias em Quadrinhos para a Educação
AVANCINI, Marta. Carreira. 2011. Disponível em: <http://revistaeducacao.uol.com.br
PINHEIRO, M. A. A importância do estágio. http://www.artigonal.com/recursos-humanos-artigos/a-importancia-do-estagio

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