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Atividade de Direito Civil - Contrato de Transporte

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ATIVIDADE DE PROCESSO CIVIL – 7º SEMESTRE DE 2020
Nome: Lucas Henrique Freitas da Silva N. D220JA0 Turma: DR7R06
1. CONTRATO DE TRANSPORTE
I - Conceito
É o contrato pelo qual alguém se obriga, mediante retribuição, a transferir de um lugar para outro (transportar) pessoa ou bens, coisas.
II - Espécies
Transportes de Pessoas
No tocante a esta modalidade, tem-se como exemplo, o transporte escolar, levando crianças, adolescentes de suas residências às respectivas escolas. 
Transportes de Coisa 
Quanto à espécie em comento, denota-se em transporte de bens, para exemplificar, podemos mencionar o transporte de produtos alimentícios da distribuidora até o devido supermercado. 
Meios de Transportes
Terrestre; Rodoviário; Ferroviário; Aquático; Marítimo; Hidroviário; Fluvial; Aéreo. 
Responsabilidade do transportador
Preceitua o art. 734, do CC/02. 
 “o transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas e suas bagagens, salvo motivo de força maior, sendo nula qualquer cláusula excludente de responsabilidade”.
A análise do mencionado artigo, pode-se obter uma linha de raciocínio que que o legislador, ao normatizar as regras do contrato de transporte, imputou ao transportador a responsabilidade civil objetiva no caso dos danos causados. Chegamos facilmente a essa conclusão ao analisar a primeira parte do artigo, onde apenas atribui a responsabilidade ao transportador, não se preocupando em avaliar se o nexo causal existente entre a ação/omissão e o dano efetivamente causado foi eivado de culpa ou dolo.
Inclusive institui que qualquer cláusula que exclua tal responsabilidade será considerada nula, seguindo orientação transcrita pela sumula 161 do STF, in verbis:
“Em contrato de transporte, é inoperante a cláusula de não indenizar.”
O art. 735, também do Código Civil, vem para reforçar a atribuição da responsabilidade objetiva ao transportador, ao afirmar que “a responsabilidade contratual do transportador por acidente com o passageira não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva.”. Nesse aspecto, o legislador apenas trasladou para o Código Civil um entendimento já sumulado pelo STF, através de sua sumula n.º 187. Um exemplo clássico para essa situação é aquele em que um passageiro sofre danos materiais decorrente de um acidente com o ônibus que o transportava, acidente esse provocado por veículo de um terceiro que avançou o semáforo fechado em seu sentido. Nesse caso, o passageiro recorre judicialmente à empresa de transporte, cabendo a ela uma ação regressiva em face do motorista causador do acidente.
Assim, resta evidente que a finalidade do legislador é proteger o hipossuficiente nas relações contratuais.
Transporte Cumulativo x Transporte Sucessivo
No transporte denominado cumulativo, “cada transportador se obriga a cumprir o contrato relativamente ao percurso, respondendo pelos danos nele causado a pessoa e coisas” (CC, art. 733). “O dano, resultante do atraso ou da interrupção da viagem, será determinado em razão da totalidade do percurso” (§ 1°). “Se houver substituição de algum dos transportadores no decorrer do percurso, a responsabilidade solidária estender-se-á ao substituto” (§2°).
 Ocorre o transporte cumulativo, pois, quando “vários transportadores – por terra, água ou ar – efetuam, sucessivamente, o deslocamento contratado. Segundo o teor do caput do dispositivo comentado, “cada transportador se obriga a cumprir o contrato relativamente ao respectivo percurso, respondendo pelos danos nele causados a pessoa e coisas”. Para considerar-se cumulativo o transporte é preciso que haja unidade da relação contratual a que se vinculam os diversos transportadores.
 O art. 756 do novo diploma declara, peremptoriamente, que “no caso de transporte cumulativo, todos os transportadores respondem solidariamente pelo dano causado perante o remetente, ressalvada a apuração final da responsabilidade entre eles, de modo que o ressarcimento recaia, por inteiro, ou proporcionalmente, naquele ou naqueles em cujo percurso houver ocorrido o dano”.
 No transporte cumulativo ou combinado, vários transportadores realizam o transporte, por trechos, mediante um único bilhete que estabelece a unidade, como se a obrigação estivesse sendo cumprida por uma única empresa. Sem essa unidade de contrato com vinculação de pluralidade de transportadores inexiste transporte cumulativo, mas sim transporte sucessivo, que se caracteriza por uma cadeia de contratos, cada um com empresa independente das demais. Ocorre esta modalidade quando uma agência de viagem, por exemplo, vende duas passagens para duas transportadoras distintas, prevendo apenas a possível conexão dos trechos.
 
Características do Contrato de Transporte 
Para José de Aguiar Dias, o conteúdo jurídico do contrato de transporte se traduz na obrigação, extraída da própria natureza do contrato, e imposta ao transportador, de efetuar o transporte, pelo meio que oferece ao público e nas condições e no tempo que constam da passagem, dos anúncios, ou da prática quotidiana. Se falta alguma dessas condições, descumpre o contrato, cabendo-lhe provar o caso fortuito ou força maior.
O contrato de transporte caracteriza-se como contrato bilateral, consensual, oneroso, comutativo, não solene, de duração e de adesão.
É bilateral porque gera obrigações não só para o transportador como para o transportado ou o dono da coisa transportada.
É consensual porque se aperfeiçoa com o consentimento recíproco das partes.
Destaque-se que o contrato está ajustado desde a compra do bilhete, gerando direitos e obrigações para ambas as partes.
O transportador, no entanto, só responde pelo serviço contratado, se o passageiro entrar no veículo ou se a coisa lhe for entregue para o transporte de um local a outro.
É oneroso porque exige o pagamento de um preço.
Ressalte-se que o artigo 736, complementando a norma do artigo 730, excluiu, expressamente, o contrato gratuito, por amizade ou cortesia, enquanto que o parágrafo único excepcionou a hipótese do contrato que, embora feito sem remuneração, possibilita ao transportador o recebimento de vantagens indiretas.
É comutativo porque há correspondência entre as obrigações e vantagens que cada parte contrai e desfruta.
É não solene porque seu aperfeiçoamento não se subordina a qualquer formalidade.
Relevante lembrar, repetindo a lição de Maria Helena Diniz, que o bilhete constitui prova do contrato de transporte, mas a falta, irregularidade ou perda do bilhete de passagem não prejudica a existência e eficácia do contrato, dentro do prazo de validade.
Ou seja, entende-se que a hipótese é de escritos de legitimação, pois se o passageiro foi admitido a bordo ter-se-á como concluído o contrato de transporte, de forma oral ou tácita.
É de duração porque o cumprimento da obrigação não se realiza em um único momento, prolongando-se no tempo de forma continuada.
É de adesão porque, estando a atividade empresarial de transporte de pessoas ou de coisas, submetida ao regime de fiscalização e concessão do poder público, prevalecem condições uniformes e tarifas invariáveis, permitindo a formalização de contratos impressos aos quais aderem os usuários.
Excepcionalmente, nos contratos de transporte individual, nada impede a livre negociação, com o estabelecimento de cláusulas e condições, afastando a característica de contrato- tipo ou de adesão.
Contrato de Transporte
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE 
CONTRATANTE: EMPRESÁRIO PREJUDICADO PELA QUARENTENA EM RAZÃO DA PANDEMIA.
CONTRATADA: AUTÔNOMO TAMBÉM PREJUDICADO PELA QUARENTENA EM RAZÃO DA PANDEMIA.
As partes acima identificadas acordam com o presente Contrato de Prestação de Serviços de Transporte, que se regerá pelas cláusulas seguintes:
DO OBJETO DO CONTRATO
Cláusula 1ª. O OBJETO do presente instrumento, é a prestação de serviços pela CONTRATADA, de transporte rodoviário para a CONTRATANTE, da residência de seus funcionários até o seu endereço, dentro do território nacional.
DOS HORÁRIOS
Cláusula 2ª. Serão prestados os serviçosde transporte pela CONTRATADA, todos os dias úteis do mês, nos horários de 06h00min às 10h00min.
Cláusula 3ª. A CONTRATADA, poderá executar serviços em horários e dias de modo extraordinário, devendo no entanto, serem comunicados com antecedência de xx dias, sendo os mesmos remunerados separadamente.
DAS RESPONSABILIDADES
Cláusula 4ª. A CONTRATADA utilizará para o transporte das cargas, veículos de sua propriedade, responsabilizando-se pela conservação das mercadorias que transportar, respondendo pela destruição ou inutilização delas.
Cláusula 5ª. É de inteira responsabilidade da CONTRATADA, caso ocorra algum acidente no curso do do transporte da carga, ressarcindo todo e qualquer dano causado a terceiro, bem como a destruição ou inutilização das mercadorias.
DA MULTA
Cláusula 6ª. Será imposta a parte que violar qualquer cláusula aqui disposta, multa de 10%, do valor constante da cláusula 7ª.
DA REMUNERAÇÃO
Cláusula 7ª. Pagará a CONTRATANTE pelos serviços prestados pela CONTRATADA, o valor de R$ 2,00 (dois reais) mensalmente, com vencimento todo dia 20 de cada mês.
DA RESCISÃO
Cláusula 8ª. Este contrato poderá ser rescindido a qualquer tempo, bastando para isso que seja notificada a outra parte com antecedência mínima de 01 dia.
Cláusula 9ª. A violação de qualquer cláusula aqui disposta, rescindirá automaticamente o presente contrato, facultando a parte que não deu causa, pleitear em juízo eventual indenização.
DO PRAZO
Cláusula 10ª. Tem prazo indeterminado o presente contrato, entrando em vigor a partir da assinatura por ambas as partes.
DO FORO
Cláusula 11ª. As partes elegem o foro da comarca de Barueri, para dirimir quaisquer controvérsias oriundas do CONTRATO.
Por estarem assim justos e contratados, firmam o presente instrumento, em duas vias de igual teor, juntamente com 2 (duas) testemunhas.
Barueri, 24 de março de 2020.

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