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AVA 2 CONTRATOS EM ESPÉCIE
Edgar de Souza, 27 anos, cadastrou o seu cartão de crédito no aplicativo Uber e contratou o serviço de transporte da Prefeitura Municipal da cidade em que trabalha até uma entrevista de novo emprego que dista 20Km onde tinha grandes chances de ser contratado. Ao chegar o veículo FIAT, placa LXY2020, Edgar cumprimentou o motorista e sentou-se no banco da frente. Durante o transcurso, um caminhão da Prefeitura errou a direção e abalroou o veículo em que Edgar estava. Realizados os procedimentos de trânsito, inclusive com testemunhas e depoimento pessoal do condutor do caminhão, ficou claro e evidente que houve imprudência deste condutor (o motorista do caminhão). Edgar sofreu graves fraturas e não dispõe de recursos suficientes para tratamento médico privado. Edgar também não pôde comparecer à entrevista de emprego e perdeu a vaga. Ao entrar em contato com o aplicativo, Edgar foi orientado a procurar a própria prefeitura em que trabalha para que custeiem o tratamento e analisem a questão da perda da entrevista de emprego, já que, inclusive, o motorista do caminhão da Prefeitura confessa a sua própria imprudência. Edgar, ao entrar em contato com a Prefeitura, recebeu por resposta que o contrato de transporte de Edgar foi feito com o aplicativo Uber e por isso ele deverá entrar em contato com esta empresa para custear o tratamento e ter analisada a perda da entrevista de emprego. Diante deste impasse, Edgar entra em contato com seu escritório de advocacia na tentativa de solucionar o caso.
Analise o caso e elabore um texto respondendo as seguintes questões:
1. Explique o conceito de contrato de transporte.
2. Quais as características desse contrato de transporte?
3. Qual a responsabilidade do transportador (Uber contratado) nos casos de tratamento e perda da entrevista de emprego?
4. A Prefeitura também tem alguma responsabilidade? Quais? Justifique cada uma delas
O contrato de transporte é uma espécie contratual que tem por objetivo o translado de pessoa ou coisa de um lugar para outro, mediante retribuição acordada antecipadamente. Está espécie contratual, se caracteriza por ser uma obrigação de resultado, visto que o transportador tem o dever de transportar pessoa ou coisa a lugar determinado. Aos olhos de Pontes de Miranda, contrato de transporte é o contrato pelo qual alguém se vincula, mediante retribuição, a transferir de um lugar para o outro pessoa ou bens.
Em regra, o contrato de transporte se compõe de três elementos, sejam eles o passageiro, o transportador e a transladação. A está espécie de contrato, se observa a aplicação da clausula de incolumidade, a qual obriga o transportador a não só transportar o passageiro ou coisa a certo lugar, mas transporta-lo com segurança, sem que haja prejuízo, físico, moral ou material. É importante salientar que para o contrato de transportes ser valido, é necessário um efetivo pagamento, seja em dinheiro ou outra forma pactuada, pois na falta deste elemento, o contrato tem os efeitos de contratos gratuitos, não se sujeitando as normas estabelecidas nos artigos 730 a 756, do código civil. 
O contrato de transportes tem por sua natureza ser um contrato bilateral e oneroso, pois além de gerar obrigações para ambas as partes, estas também buscam vantagem reciprocas, o passageiro pretende chegar no local destino e o transportador em regra uma compensação financeira. Esse tipo de contrato é típico, pois é expressamente previsto no código civil de 2002, e também pode ser classificado como consensual e comutativo, pois pode ser acordado por simples palavras e as partes conhecem desde o inicio suas obrigações, não dependendo de evento futuro para designação de pagamento. Podem ser classificados também como não solenes, pois não dependem de forma escrita para ter validade e também são um contrato de duração, porque essa espécie contratual não prevê em regra uma execução instantânea, é necessário um lapso temporal para a obrigação ser cumprida. 
A responsabilidade nos contratos de transporte é objetiva, ou seja, independe de culpa ou dolo para ser configurada, bastando somente a comprovação de três dos quatro requisitos que caracterizam a responsabilidade civil, sendo eles: conduta (ação ou omissão), dano e nexo causal. No caso em tela, o motorista mesmo não causando o acidente, responderá pelos danos sofridos ao passageiro, não podendo elidir sua responsabilidade pela prerrogativa de culpa exclusiva de terceiros, como menciona o artigo 735, caput, do código civil. Vale ressalvar que ao motorista, cabe o direito de regresso em relação ao terceiro que efetivamente causou o acidente, com fulcro também no caput só artigo supracitado.
A prefeitura por força de lei é responsável pelos danos que seus agentes nesta qualidade, inflijam a terceiros, pode-se observar essa norma tanto no artigo 37, §6, da Constituição Federal, como no artigo 43, caput, do código civil. Logo, no caso concreto, a prefeitura possui uma responsabilidade subsidiaria, pois antes de ser acionada pelo passageiro que sofreu os danos, este deve acionar o motorista, pois tem responsabilidade objetiva por força das normas dos contratos de transporte. 
REFERENCIAS: 
FIGUEIRA, L. e RIGOBELLE, S. (27 de Março de 2015). Contrato de transporte: o que é? Fonte: Jus.com.br: https://jus.com.br/artigos/37584/contrato-de-transporte-o-que-e
NOME: DANIEL ROSSI 
MATRÍCULA: 20191108907

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