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Apostila de Contabilidade Geral ADM e ECO UFJF 2016 doc

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA – CAMPUS DE GOVERNADOR VALADARES – MG 
CURSO: ADMINISTRAÇÃO - DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL 
 
 
 1 
 
 
 
 
 
 
 G 
CURSO DE 
ADMINISTRAÇÃO E 
ECONOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
Material didático 
 
Disciplina: Contabilidade Geral 
 
 
Profa.: Msc. Marinette Santana Fraga 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A Contabilidade é uma ciência social com aplicabilidade para o controle e 
maximização do patrimônio das pessoas jurídicas e físicas.” 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA – CAMPUS DE GOVERNADOR VALADARES – MG 
CURSO: ADMINISTRAÇÃO - DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL 
 
 
 2 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE PARA O CURSO DE ADMINISTRAÇÃO E ECONÔMIA 
 
 
I. HISTORIA CONTÁBIL: DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E 
ADMINISTRAÇÃO EMPRESARIAL 
 
1.1. Desenvolvimento e evolução da história contábil 
 
A contabilidade tem sua origem nos tempos primórdios das civilizações. Surgiu para 
atender a necessidade de subsistência dos homens, o qual começou a exercer o controle dos 
bens essenciais a sua vida. Segundo diversos estudiosos há indícios do nascimento da 
Contabilidade, a alguns milhares de anos antes de Cristo. 
 
A Contabilidade, em seus primeiros momentos, não foi desenvolvida para atender a outros 
que não fossem os detentores do patrimônio. Não importava que fossem rudimentares os 
controles existentes, desde que eles atendessem àquele que precisava tomar as decisões. 
Antes do surgimento da escrita e dos números arábicos, a Contabilidade era realizada 
através de desenhos para registrar os rebanhos dos pastores, possibilitando o controle das 
ovelhas, escravos, instrumentos de caça e de pesca. 
 
A Contabilidade surgiu como recurso desenvolvido pelo detentor de um rebanho que 
necessitava controlar, inicialmente, a evolução de seu patrimônio; o usuário interno. 
Apareceu, na ocasião, o que se pode chamar de primeiro relatório contábil: o inventário. Os 
primeiros demonstrativos apareceram por meio de desenhos traçados de forma rudimentar 
em interiores de cavernas onde eram esboçadas as cabeças de rebanhos existentes em 
invernos distintos. Estes registros, segundo os historiadores e pesquisadores contábeis, 
datam de mais de 4.000 anos antes de Cristo e teriam sido utilizados para que os pastores 
pudessem comparar a evolução ou involução de seus rebanhos em diferentes momentos de 
sua passagem por aquelas cavernas durante rigorosos invernos. Iudícibus (2000) corrobora 
com o assunto: 
 
[...] é possível localizar os primeiros exemplos completos de contabilidade 
seguramente no quarto milênio antes de Cristo, entre a civilização sumério 
babilônica. Mas é possível que algumas formas rudimentares de contagem de 
bens tenham sido realizados bem antes disto, talvez por volta do sexto milênio 
antes de Cristo. É claro que a contabilidade teve evolução relativamente lenta até 
o aparecimento da moeda. Na época da troca pura e simples de mercadorias, os 
negociantes anotavam as obrigações, os direitos e os bens perante terceiros, 
porém obviamente, tratava-se de um mero elenco de inventário físico, sem 
avaliação monetária. 
 
Algumas condições indispensáveis para o surgimento e o desenvolvimento da contabilidade 
foram a escrita, os algarismos e a moeda. A escrita foi indispensável aos registros 
contábeis, pois antes dela os homens pré-históricos recorriam aos símbolos e desenhos 
(aspecto qualitativo). Os algarismos contribuíram para o aspecto quantitativo, como 
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CURSO: ADMINISTRAÇÃO - DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL 
 
 
 3 
 
 
 
 
 
expressão gráfica dos números, pois antes deles a noção de aumento de patrimônio era dada 
pela pratica do entalhe: método mais primitivo. Conforme Silva (2003) este método: 
 
Oferece igualmente um sistema de “contabilidade silenciosa” que não exige 
nenhuma memória nem conhecimento abstrato dos números, fazendo intervir 
unicamente o princípio de correspondência um a um... Este método desempenhou 
um papel importante na história da aritmética na medida que foram as pedras que 
permitiram verdadeiramente ao homem iniciar-se na “arte do cálculo”. 
 
Para Ifrah (1996) o método primitivo baseava na equiparação entre os entalhes feitos num 
pedaço de osso e o numero de ovelhas. Outros materiais utilizados foram as conchas, frutos 
duros, pauzinhos, dentes de elefante, cocos, bolinhas de argila, e até excrementos secos, 
organizados em montinhos ou em fileiras correspondentes à quantidade de seres ou objetos 
que queriam enumerar. Outra maneira era o alinhamento de riscos na areia, nós em 
pequenas cordas, bem como usavam os dedos das mãos ou os membros das diferentes 
partes do corpo humano. 
 
Antes da criação da moeda, as relações de troca baseavam-se na troca direta e imediata de 
bens, o chamado escambo, e os primeiros registros contábeis foram feitos com base num 
padrão de equivalência. Alguns produtos ficaram conhecidos como moedas-mercadorias; 
veja alguns exemplos: 
 
Tabela I – principais mercadorias utilizadas como moeda em diferente época 
 e regiões 
ÉPOCAS E 
REGIÕES 
 PRINCIPAIS MOEDAS-MERCADORIAS 
 ANTIGUIDADE 
Egito Cobre, Anéis de cobre como subdivisão da unidade de peso 
Índia Animais domésticos, arroz, dentes de elefante e metais preciosos. 
China Conchas, sedas, metais, instrumentos agrícolas e cereais, cascas de 
tartarugas, chifres, peles de animais, semente, couro, armas e ferramentas 
de pedra. 
 IDADE MÉDIA 
Alemanha Gado, aveia, centeio, mel, moedas cunhadas em ouro e prata. 
China Arroz (instrumento de troca e unidade de conta), chá, sal e peças 
metálicas com valor inter-relacionado. 
Japão Arroz, pérola, ágatas e anéis de cobre cobertos com ouro e prata. 
 IDADE MODERNA 
Estados Unidos Época Colonial: fumo, cereais, carnes secas, manteiga e gado. 
Austrália Rum, trigo e carne. 
França Metais preciosos e cereais. 
Alemanha, Áustria 
e Japão 
Terra com denominador comum de valores e gado com instrumento de 
troca Wamants emitidos por depósito deste cereal, ocorreram até século 
XVII. 
Brasil Açúcar, fumo, escravos, aguardente, peças de ouro, prata e pedras 
preciosas. 
 Fonte: adaptado pelo autor de Lopes e Rosseti, 1983. 
 
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CURSO: ADMINISTRAÇÃO - DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL 
 
 
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Dessa forma, o nascimento e uso do dinheiro nas operações com mercadorias incentivaram 
o comércio e as transações financeiras. Assim, surgiu uma economia de muitos mercados, 
uma economia de dinheiro propiciando uma grande expansão entre os territórios. 
 
Sendo assim, o marco para o desenvolvimento da história contábil foi o estabelecimento do 
padrão monetário. Todas as formas de riqueza material eram convertidas por um 
denominador comum para uma única forma de riqueza, no caso a forma numerária. 
 
Segundo a historia, as monarquias nacionais interessadas na unificação e fortalecimento de 
seus poderes e, consequentemente, do poder da burguesia que as financiava recorreram a 
padronização nacional das unidades monetárias com o objetivo de garantir o monopólio na 
cunhagem e emissão de moedas, de homogeneizar o valor dos impostos, de facilitar as 
atividades de cambio e de possibilitar o fluxo do comércio. Houve necessidade da criação e 
manutenção de registros para se estabelecerem controles sobre as riquezas públicas. 
 
Em 1494, um pesquisador italiano, frei Luca Paccioli (matemático, filósofo e pensador), 
emitiu um tratado de escrituração que acabou por instituir mundialmente o método das 
partidas dobradas – a todo débito (s) corresponde (m) outro crédito (s) de igual valor, deu 
origem a Escola Italiana de Contabilidade. O referido frade era assessor do papa para 
assuntos financeiros,e desenvolveu uma forma para que a instituição religiosa controlasse o 
seu patrimônio. Publicou um tratado de matemática, denominado Summa de Aritmétic, 
Geometria, proportioni ed proporcionalità (Suma de aritimética, geometria, proporções e 
proporcionalidades), contendo uma seção de escrituração sobre partidas dobradas; a regra 
básica contábil: cada débito corresponde a outro crédito de igual valor. Porém, é importante 
salientar que o método das partidas dobradas não foi criação de Pacioli, pois já era usado 
pelos comerciantes de Veneza. Coube a ele a sua sistematização (site da Dimer: 
contabilidade. http:/www.dimer.com.br). Como cita Hendriksen (1999): 
 
Não se sabe quem inventou o método das partidas dobradas, marco inicial da 
Contabilidade Moderna. Sabe-se somente que este sistema de escrituração surgiu 
gradativamente, ao longo dos séculos XIII e XIV, em diversos centros de 
comércio no norte da Itália, sendo que o primeiro registro de um sistema 
completo de escrituração por partidas dobradas encontra-se nos arquivos 
municipais da cidade de Gênova, na Itália, referente ao ano de 1340. Isso não 
significa que a contabilidade surgiu apenas no século XIII, mas sim que já vinha 
sendo praticada há muitos anos de forma mais rudimentar e diferente daquela por 
nós conhecida na realidade. 
 
À medida que os patrimônios foram evoluindo de rebanhos para produções agrícolas e 
industriais, surgiram novos instrumentos que possibilitaram um jeito mais adequado de 
registrar os bens, direitos e as obrigações dos novos detentores da riqueza patrimonial. 
Outras entidades foram surgindo, os homens organizavam-se em grupos de maiores 
estruturas para conduzir e ampliar os negócios. Vieram as casas bancárias e estas 
solicitavam dos pretendentes a empréstimos a apresentação formal, e de modo simplificado, 
do que possuíam. Nesta ocasião, já com a ajuda do papel, da escrita e dos números na forma 
que temos hoje, surgiram os primeiros Balanços Patrimoniais – relatórios aos quais cabe a 
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CURSO: ADMINISTRAÇÃO - DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL 
 
 
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missão de retratar qualitativa e quantitativamente o patrimônio de uma entidade em uma 
determinada data. 
 
Pode-se dizer, então, que a Contabilidade nasceu com foco gerencial e foi, ao longo de sua 
trajetória, incorporando avanços como a escrita e os números de modo a impor-se ao 
mundo exterior à entidade. O respeito e a credibilidade vieram por parte de usuários 
externos quando perceberam ser a Contabilidade um poderoso instrumento para facilitar os 
processos de concessão de crédito, de fiscalização e de escolha das alternativas de 
investimento, por isto, afirma-se, sob este enfoque, que a contabilidade é feita para atender 
os usuários externos. 
 
Dentre estes novos usuários destaca-se aquele com poder de ditar regras para que os 
relatórios melhor atendam aos seus interesses: o Governo. Este usuário contábil tinha como 
finalidade maior aumentar e fiscalizar os impostos que lhe são devidos, para isso 
necessitava de demonstrativos que retratassem a correta apuração dos resultados. Era 
necessário estabelecer comparações entre contribuintes de mesmas atividades, porém esses 
demonstravam, de modo diferente, tanto o conjunto patrimonial como o desempenho 
durante determinado período de tempo. Surgiram, em consequência, regras emanadas do 
fisco de modo a exigir que as demonstrações elaboradas pela Contabilidade fossem 
estruturadas dentro de padrões uniformes que possibilitassem a comparabilidade não só da 
evolução patrimonial, mas também da lucratividade de determinadas atividades. 
 
A evolução da história econômica permitiu e exigiu maior necessidade de utilização da 
contabilidade, que deixou de ser vista com certo descaso pelos que a enxergam apenas de 
forma pragmática, estática e imposta, para exercer a sua função de informação gerencial e 
característica dinâmica. Em Paris, no ano de 1836, a contabilidade foi classificada uma 
ciência social. Ë impossível administrar eficientemente uma empresa sem mergulhar na 
contabilidade e extrair dela informações suficientes para conhecer profundamente o seu 
funcionamento, levando a maior eficiência nas tomadas de decisões. 
 
Quesitos: 
 
1). Como era realizada a contabilidade nos tempos primórdios? 
 
 2) No seu surgimento, a contabilidade era voltada para tender as necessidades 
do usuário externo. Você concorda? Explique. 
 
3) Quais fatores que foram importantes para o desenvolvimento da contabilidade? 
Explique os mesmos identificando suas ligações com a contabilidade? 
 
4) Qual é o método básico da contabilidade? Quem inventou este método? 
Explique o mesmo. 
 
5) Como surgiram os usuários externos da contabilidade? Explique o porquê eles 
interessam pela contabilidade. 
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CURSO: ADMINISTRAÇÃO - DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL 
 
 
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6) A contabilidade é uma ciência exata? Você concorda? Explique. 
 
7) Destaque do texto os fatos referentes ao desenvolvimento econômico e faça 
uma ligação com a contabilidade. (mínimo de 10 linhas- atividade para entregar – 
2 alunos). 
 
 
1.2. Ambiente da entidade: estratégias e atividades empresariais 
Este tópico foi baseado no livro Contabilidade Financeira de Stickney e Weil, 12a , Cengage 
Learning, 2010,pag. 3 a 35. O conteúdo representa uma síntese com ênfase em estratégias e 
atividades empresarias. O conhecimento destas bases norteia o acadêmico na compreensão 
da necessidade de utilização da Contabilidade e suas demonstrações contábeis (financeiras) 
para a tomada de decisões. 
 
1.2.1. Estratégias e atividades empresariais 
Uma entidade busca atingir seus objetivos de forma favorável por meio de eficiência e 
eficácia organizacional. Para atender aos seus objetivos, as organizações uma fixam os 
alvos ou os resultados finais para os quais ela direciona seus esforços. Assim, os meios 
utilizados para atingir esses objetivos são denominados de estratégias. Ambos são fixados 
em função do ambiente econômico, institucional e cultural no qual a empresa pretende 
operar, por exemplo: fixar metas para maximizar o retorno do investimento para os 
proprietários; proporcionar um ambiente de trabalho estimulante para os empregados de 
forma estável e para toda a vida; contribuir para a empresa integrar-se com metas e políticas 
do governo. 
 
Para estabelecer metas e estratégias, a entidade deve transcender o ambiente endógeno e 
considerar fatores exógenos como: quem são os concorrentes e quais objetivos e estratégias 
adotam? Que barreiras, como patentes ou grandes investimentos em fábricas e 
equipamentos, poderiam impedir a entrada de novas empresas no setor? As barreiras à 
entrada são reduzidas? A demanda por produtos no setor está aumentando rapidamente, 
como para softwares de aplicação na internet ou produtos de biotecnologia, ou é 
relativamente estável, como a demanda por alimentos? A indústria está sujeita à 
regulamentação governamental, como no caso dos produtos alimentícios e produtos 
farmacêuticos, ou não há regulação, conforme ocorre com artigos de vestuário e toalhas de 
papel? 
 
A administração estabelece estratégias para a empresa como um todo. Ela poderia, por 
exemplo, optar por operar em um único setor ou em vários. Também cria estratégias para 
cada unidade de negócios ou produto. Uma empresa poderia, por exemplo, tentar encontrar 
um nicho para cada um de seus produtos. Tal estratégia poderia permitir que ela obtivesse 
preços de venda favoráveis em relação aos concorrentes, a fim de poder repassar os 
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CURSO: ADMINISTRAÇÃO - DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL 
 
 
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aumentos de custo aos clientes. A terminologia usual das empresas refere-sea isso como 
estratégia de diferenciação do produto. 
 
Alternativamente, a empresa poderia optar, sobretudo, por maximizar o controle de custos e 
empenhar-se para ser a produtora com menor custo no setor. Tal estratégia poderia permitir-
lhe cobrar agressivamente preços baixos e gerar grandes volumes de venda. A terminologia 
refere-se a isso como estratégia de liderança em baixo custo, que é adotada pelo Walmart. 
Alguns produtos se adaptam mais naturalmente a uma ou outra estratégia, ao passo que a 
empresa poderia seguir uma ou ambas para outros produtos. 
 
As empresas de capital aberto mantêm um objetivo comum: aumentar o valor da empresa e 
o patrimônio dos proprietários. Entre diversos objetivos cita-se o de como proporcionar o 
desenvolvimento e o bem-estar contínuos dos empregados, como contribuir para as 
necessidades da comunidade; como agregar valor pela redução de custos. 
 
Para efetivação dos objetivos empresarias e de suas estratégias competitivas e de gestão 
organizacional, as empresas possuem duas atividades essenciais ao fluxo de sua 
continuidade conhecidas como a atividade para obtenção de financiamento e de 
investimento. 
 
Para a entidade realizar as suas estratégias de crescimento e expansão, ela precisa obter 
financiamento de formas diversas. A essa necessidade foi denominada a terminologia de 
atividades de financiamento, que envolvem a obtenção de fundos de duas fontes principais: 
proprietários e credores. Os proprietários proveem fundos para uma empresa e, em retorno, 
recebem alguma prova do investimento realizado. Para uma sociedade por ações, as ações 
ordinárias fornecem prova do investimento, e os proprietários são denominados acionistas. 
 
O investimento dos acionistas ou sócios da entidade é conhecido como capital investido ou 
simplesmente de capital social. Juntamente com as reservas, ajustes de avaliação 
patrimonial e prejuízos acumulados formam o patrimônio líquido, que é conhecido como 
capital próprio. A empresa não precisa fazer a devolução do investimento aos proprietários 
em data futura específica. Em vez disso, eles recebem remunerações denominadas 
dividendos (empresas S/A), que a empresa pagará somente quando decidir fazê-lo. Os 
proprietários também detêm direitos com relação a todos os aumentos de valor da empresa 
resultantes de operações lucrativas futuras. 
 
A outra fonte de financiamento é proveniente de terceiros, ou seja, os que fornecem créditos 
para a empresa. Os credores proporcionam fundos, porém, ao contrário dos proprietários, 
exigem que a empresa os devolva, geralmente acrescidos de juros, em montantes 
específicos, em datas preestabelecidas. Sendo conhecido como capital de terceiros. Varia o 
intervalo de tempo que decorre até a liquidação final. Os credores de dívidas de longo prazo 
podem prover fundos e não exigir pagamento durante 20 anos ou mais. 
 
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Como exemplo de capital de terceiros tem-se um título de dívida que, normalmente, 
constitui prova de empréstimos realizados. Em um contrato de emissão de título de dívida, 
a companhia financiada promete realizar pagamentos aos credores em datas específicas no 
futuro, alguns dos quais representam juros sobre as quantias emprestadas e outros 
pagamentos do montante emprestado. 
 
Os bancos, em geral, emprestam para períodos entre alguns meses e vários anos. Um título, 
pelo qual a companhia financiada se compromete a pagar a quantia emprestada mais juros 
em alguma data futura, oferece prova de um empréstimo bancário. 
 
Os fornecedores de matérias-primas ou de mercadorias nem sempre se consideram 
provedores de fundos para uma empresa. Quando, no entanto, vendem matérias-primas ou 
mercadorias, mas não exigem pagamento antes de 30 dias, implicitamente proveem fundos 
– a empresa as recebe agora, mas somente precisa pagar em data futura. De modo análogo, 
funcionários que recebem quinzenal ou mensalmente ou órgãos governamentais que exigem 
somente recolhimentos mensais ou trimestrais de impostos e contribuições proveem fundos 
ao não requerer pagamento horário ou diário. 
 
Cada empresa tomará suas próprias decisões de financiamento, escolhendo a proporção de 
fundos que obterá de proprietários e credores de fundos de curto e longo prazos. Os cursos 
de finanças corporativas cobrem tais decisões de financiamento. 
 
Sob a ótica contábil, de forma sintética tem-se que quando uma empresa opera como 
sociedade limitada, seus proprietários são os sócios da entidade. Quando uma empresa 
opera como firma individual, existe somente um proprietário. Nas sociedades anônimas há 
um grupo de acionistas. Os recursos aplicados em uma empresa podem ser de origem 
própria ou de terceiros. A contabilidade distingue essas duas fontes como “Passivo não 
Circulante” e “Passivo Circulante”, respectivamente. Isto é, os credores externos podem 
exigir o dinheiro emprestado à empresa por ocasião de seu vencimento, entretanto os 
acionistas não têm esse direito. Em caso de falência, os acionistas perdem o capital 
investido, por isso identificado como Passivo não Circulante. 
 
Das atividades de financiamento que são as origens de recursos para obtenção de fundos, 
surgem as atividades de aplicações de recursos. Essas são conhecidas como fontes de 
investimentos. 
 
As atividades de investimento envolvem várias ações e fatos que alteram a mutação 
patrimonial. Veja, abaixo, alguns exemplos: 
a) Terreno, edificações e equipamento. Esses investimentos oferecem a uma empresa a 
capacidade para fabricar e vender seus produtos, em geral, levam anos para 
proporcionar todos os serviços potenciais para os quais foram adquiridos. 
b) Patentes, licenças e outros direitos contratuais. Esses investimentos permitem que 
uma empresa conquiste o direito legal de utilizar certas propriedades ou processos 
na execução de suas atividades. 
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c) Ações ordinárias ou títulos de dívida de outras empresas. Uma empresa pode 
adquirir ações ou títulos de dívida de outra (tornando-se, desse modo, um de seus 
proprietários ou credores). Ela pode adquirir esses papéis e mantê-los em carteira 
durante alguns meses, usando um excesso de caixa temporário, ou investir neles, 
tendo em vista uma finalidade a longo prazo, como assegurar uma fonte de 
suprimento de matérias- -primas críticas ou obter acesso a uma tecnologia 
emergente. 
d) Estoques. Uma empresa precisa manter um estoque de produtos para venda, a fim 
de satisfazer as necessidades dos clientes à medida que surgirem. Ela, 
normalmente, não investe em itens de estoque específicos durante muito tempo, 
pois logo os venderá aos clientes. Em virtude de as empresas necessitarem ter 
disponível, pelo menos, pequenas quantidades de estoque, sempre precisam investir 
nele uma parte de seus fundos. 
e) Contas a receber dos clientes. Quando uma empresa vende seus produtos, mas não 
exige o pagamento imediato, ela provê fundos a seus clientes, no sentido de poupá-
los de precisar obtê-los prontamente para pagar as compras. Ter em aberto certo 
valor de contas a receber pode ser de grande interesse para a empresa se, atuando 
desse modo, aumenta as vendas e os lucros. Ao conceder crédito aos clientes, ela 
abriu mão de receber à vista os valores devidos, porém, caso não tivesse vendido a 
prazo, poderia não ter realizado as vendas. Ao mesmo tempo em que a empresa 
posterga o recebimento de fundos necessários devidos por seus clientes, ela precisa 
obtê-los de outra fonte. Portanto, manter em carteira contas a receber implica que, à 
medida que a empresa precisar de caixa, deverá conseguir recursos de outras fontes. 
Manter contas a receberem aberto, nesse sentido, imobiliza recursos. 
f) Caixa. A maioria das empresas deixará uma parte de seus fundos depositados em 
contas-correntes bancárias, para poder pagar as contas de curto prazo. Sistemas de 
gerenciamento de caixa sofisticados conseguem manter esses saldos em um 
patamar reduzido. 
 
1.2.2. Efetivação das atividades 
Uma empresa obtém financiamento e investe os fundos em várias atividades para gerar 
rendimentos. As atividades operacionais incluem uma divisão funcional para realização de 
diversas tarefas, como: 
a) Departamento de Compras: numa empresa comercial adquire os produtos 
necessários para suas lojas varejistas. O de uma empresa industrial adquire 
matérias-primas necessárias para a fabricação de seus produtos. 
b) Departamento de Produção: numa indústria combina matérias-primas, mão 
de obra e outros insumos industriais para fabricar produtos. Uma empresa 
que provê serviços combina mão de obra com outros insumos para criar seu 
produto. 
c) Departamento de Marketing: supervisiona a venda e a distribuição dos 
produtos aos clientes de uma empresa. 
d) Departamento de Administração: a atividade administrativa de uma empresa 
apoia os departamentos de compras, produção, marketing e outros 
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departamentos operacionais. As atividades administrativas incluem 
processamento de dados, assessoria jurídica, pesquisa e desenvolvimento e 
outros serviços de suporte. 
 
 
1.3. Conhecendo o papel do contador na organização 
Este tópico foi desenvolvido baseado no conteúdo do livro Contabilidade de Custos do 
autor Hongreen (2010), sendo algumas partes adequadas para o administrador de empresas. 
O ambiente bem mais competitivo, a partir dos anos 80, tem profundas implicações sobre a 
atual atividades do profissional contabil nas organizaçoes. O contador deve ter um 
conhecimento sólido, holístico e ao mesmo tempo específico em áreas especializadas de 
atuação. 
 
A visao holística, não somente da ciencia contabil, como das ciencias interligadas, entre 
elas a “Administração de Empresas” é necessaria para uma gestao da Contabilidade que 
transceda aos limites de puros registros e apuraçao de impostos. 
 
Uma das áreas de atuação do Administrador de Empresas e do Contador é a gestão de 
custos. Neste contexto se faz necessário o conhecimento “exato” dos custos dos produtos, o 
perfeito controle dos custos e a coerente medição do desempenho que se tornaram 
importantes após os anos 80. O contador deve, dentro desta premissa de novas 
necessidades, entender que nem todas as organizaçoes pretendem competir como produtor 
de baixo custo, havendo empresas que fazem opçao por uma estratégia diferenciada, 
através de serviços ou itens especiais valorizados por seus clientes, elas precisam ter certeza 
de que o adicional de preço dos serviços e itens especiais mais do que cobriu o custo 
adicional para proporcionar tais itens. 
 
A tecnologia para o registro, armazenagem, processamento e distribuição das informações 
de custos mudou radicalmente, desde os primórdios do século XX. Operações manuais 
tomaram-se obsoletas e quase inexistentes. A tecnologia digital tomou possível o registro 
contínuo das operações reais. Nas operações de fabricação controladas por computador, os 
dados que controlam o processamento das máquinas podem ser retidos como um registro 
contínuo do seu desempenho e tempo de utilização reais. O etiquetamento de produtos com 
códigos de barras mecanicamente legíveis torna plausível o acompanhamento automático e 
contínuo do processamento. Computadores baratos e programas de software poderosos e 
amistosos tomam bem mais fácil remontar os custos aos produtos, utilizando os custos não 
agregados, múltiplos índices de avaliação de custos e diferentes indicadores dos 
impulsionadores de atividades e custos. 
 
Obviamente, a partir dos anos 80, a nova organização e tecnologia operacionais, bem como 
o ambiente mais competitivo decorrente da desregulamentação e emergência de produtores 
estrangeiros nos EUA, solaparam os pressupostos da época em que os sistemas de custos 
foram concebidos, no início deste século. Melhoramentos da qualidade, estoques reduzidos, 
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CURSO: ADMINISTRAÇÃO - DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL 
 
 
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processos de produção mais eficientes e a automação aumentada reduziram o conteúdo de 
mão-de-obra direta e indireta dos produtos e serviços. A mão-de-obra direta representa uma 
fração decrescente dos custos totais dos produtos: um índice de 10% ou menos é comum 
em muitos fabricantes. 
 
O desafio para o contador e o adminstrador, nos dias de hoje, consiste em aprender 
abordagens novas e mais flexíveis para o projeto de sistemas de contabilidade de custos, 
controle gerencial e avaliação do desempenho efetivos. Tal premissa, enquandra-se em 
todos os ramos da contabilidade,alguns mais tradicionais e outros mais recentes que 
surgiram conforme as necessidades do mercado. Atualizar-se e manter-se atualizado, fazer 
o mecanismo das operaçoes coditianas (trabalhos de rotinas) e ser versátil na busca pelas 
pesquisas e desenvolvimento de métodos contábeis inovadores. Sem conhecimento e 
certeza de que é necessário uma mudança de atitude, contadores estáticos poderao ficar 
presos no mundo limitado de velhos conhecimentos. 
 
Logo, o contador deve ter um perfil “aberto”, versátil e dinâmico para poder atuar em 
sistemas organizacionais. Comparando-se este perfil com a terminologia de empresa, que é 
um dos campos de atuação do contador, tem-se algumas abordagens. Ela é um sistema 
aberto, social e dinâmico, é uma unidade produtora com objetivo de riquezas, onde temos 
um mercado consumidor e outro fornecedor. 
 
A Resolução nº750/93 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) define: “a empresa é 
um sistema aberto à medida que é uma unidade identificada”, logo, interage com o meio 
ambiente, e é afetado por fatores externos e pelas interações de seus elementos internos. 
 
Nos sistemas teremos os inputs (recursos materiais, humanos e tecnológicos) que serão 
processados e transformados em outputs (bens e serviços, riqueza e emprego). Assim a 
empresa desenvolve várias atividades: compras, estoques, produção, distribuição, vendas, 
pós-venda, etc. para alcançar seus objetivos. E os contadores devem compreender o fluxo 
das atividades para possibilitar informações às decisões estratégicas da empresa, 
interligando conhecimentos de administração, economia, engenharia de produção, meio 
ambiente e sustentabilidade e por fim questões de legislação. Tendo um perfil inovador e 
gerencial, o profissional da Contabilidade será o mais indicado para trabalhar e 
compartilhar com o Administrador de Empresas as decisões que levam aos objetivos de 
uma sustentabilidade financeira, econômica, ambiental e social. 
 
Um Administrador de Empresas deve ter conhecimentos contábeis de forma abrangente 
para poder definir o perfil do Contador que sua empresa necessita. Através dos 
conhecimentos norteadores da Ciência Contábil adquiridos em cursos de graduação, pós-
graduação e de extensão, o administrador terá todo arcabouço para dissertar questões 
contábeis com o profissional contábil, assim será um usuário das informações da 
contabilidade que busca eficiência e eficácia na gestão de sua entidade. 
 
 
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1.4. Sistema de informações: visão sistêmica da empresa 
 
1.4.1. Processo decisório e sistema de informação gerencial 
Por sistema entende-se o conjunto de elementos (subsistemas) dinamicamente inter-
relacionados, desenvolvendo uma atividadeou função para atingir um ou mais objetivos. 
Conforme Ana Maria Melo (profª da Universidade Federal do Maranhão), a empresa vista 
sob o enfoque sistêmico possibilita a análise do todo em partes menores e da interação entre 
elas. 
 
Reiterando o capítulo anterior, a empresa é um sistema aberto, social e dinâmico, é uma 
unidade produtora com objetivo de riquezas, onde temos um mercado consumidor e outro 
fornecedor. A Resolução nº750/93 do CFC define: “a empresa é um sistema aberto à 
medida que é uma unidade identificada”, logo, interage com o meio ambiente, e é afetado 
por fatores externos e pelas interações de seus elementos internos. 
 
Nos sistemas teremos os inputs (recursos materiais, humanos e tecnológicos) que serão 
processados e transformados em outputs (bens e serviços, riqueza e emprego). Assim a 
empresa desenvolve várias atividades: compras, estoques, produção, distribuição, vendas, 
pós-venda, etc., para alcançar seu objetivo. 
 
Toda empresa tem sua missão, isto é seu objetivo amplo, sua finalidade, seu propósito 
básico para atender as necessidades dos clientes. Durante a sua existência, não é comum 
mudar frequentemente essa missão, porém as atividades podem e deve ser flexíveis e 
mutáveis em sua estrutura, para propiciar melhor análise, para poder atingir a meta. Quando 
os gerentes através dos controles conseguem que os planos traçados sejam concretizados, 
estaremos adotando uma visão sistêmica. Assim dentro dessa visão, teremos: 
 
1. Subsistema Institucional: é o conjunto de crenças e valores dos empresários que 
definem a missão da empresa e as diretrizes que irão orientar os demais subsistemas 
da empresa. Define a identidade da empresa como instituição, caracterizando as 
finalidades externas e internas que ela se propõe atender. 
 
2. Subsistema Operacional (físico): abrange todos os elementos que definem quais são 
as operações da empresa e como estas devem ser executadas. Envolve a definição de 
processos, métodos, instalações físicas, nível de automação e demais instrumentos 
necessários à execução das tarefas ou atividades empresariais. 
 
3. Subsistema organizacional: contempla a forma pela qual a empresa subdivide a 
tarefa empresarial em funções especificas (departamentos), o grau de 
descentralização, as relações de autoridade e os níveis de responsabilidade de cada 
uma destas funções. Também chamado de sistema formal ou estrutural. 
 
4. Subsistema social: diz respeito ao conjunto de instrumentos utilizados pela 
organização para conduzir o esforço do trabalho humano para a consecução dos 
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objetivos empresariais, levando-se em conta as características inerentes ao ser 
humano tais como necessidades físicas, econômicas, psicossociais, que se 
materializam nas políticas de recursos humanos (contratação, promoção, 
remuneração) e nos processos de regulação dos conflitos do trabalho. 
 
5. Subsistema de gestão: é o processo que permite aos administradores, através de 
decisões, atingirem os objetivos da empresa. Este processo é subdividido em 
planejamento, direção (execução) e controle das ações. Ë o sistema que produz a 
dinamicidade da empresa. 
 
6. Subsistema de informação: é o sistema que contempla o recebimento de dados da 
empresa (internos e externos) que, depois de processados serão convertidos em 
informações que permitam o encaminhamento de determinadas atividades 
(informação operacional) ou a tomada de decisões (informações gerenciais). Ë o 
sistema que dá suporte ao processo decisório (gestão) da empresa. 
 
Em síntese, alguns termos que podem ser destacados são: 
 
1. Objetivos/meta: situação futura que se pretende alcançar. 
 
2. Eficiência (processos): é a preocupação em se fazer corretamente a coisa. Ë definida 
pela relação entre volumes produzidos/recursos consumidos. 
 
3. Eficácia (resultados): é a preocupação em se fazer às coisas corretas de forma a 
atender às necessidades da empresa, trata-se da relação entre resultados pretendidos 
X resultados obtidos. 
 
4. Planejamento: planejar é decidir, entre alternativas de ação, o que fazer, como fazer, 
quando fazer, onde fazer e quem deve fazer para se atingir um objetivo. 
 
5. Controle: é o processo de medir e avaliar o resultado e o desempenho de 
determinadas ações executadas fornecendo informações para se tomar decisões 
corretivas, quando necessário, com o propósito de se atingir os objetivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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II. BASE DA CIÊNCIA CONTÁBIL 
 
2.1. Conceito, objeto e objetivo 
A Contabilidade é uma ciência social que estuda o patrimônio das entidades, sob os 
aspectos qualitativo e quantitativo, com o objetivo de extrair dele informações que 
contribuam para a tomada de decisões. A Contabilidade Geral é conhecida também como a 
Contabilidade Financeira. É obrigatória para todas as empresas para fins de comprovação 
dos registros dos fatos contábeis escriturados em decorrência de exigências fiscais. Recebe 
nomes diferentes a partir dos segmentos aos quais é aplicada: Contabilidade Pública, 
Contabilidade Bancária, Contabilidade Comercial, Contabilidade Agro-Pecuária etc. 
Existem vários conceitos de contabilidade: 
 
“O propósito central da contabilidade é tornar possível o confronto periódico dos custos e 
receitas” (LITTLETON, 1953). 
 
“Contabilidade é a arte de registrar, classificar e sumarizar, de forma significativa e em 
termos monetários, transações e eventos que são, em parte ao menos, de caráter financeiro e 
interpretar o resultado obtido” (Comitê sobre terminologia do Instituto Americano de 
Contadores, AICPA, 1961). 
 
“Contabilidade é o processo de identificação, mensuração e comunicação de informações 
econômicas para permitir julgamentos e decisões pelos usuários da informação” (AAA, 
Associação Americana de Contadores, 1966). 
 
“É a ciência que estuda e prática as funções de orientação, de controle e de registro relativas 
à administração econômica” (Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, 1924). 
 
“A contabilidade é objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover 
seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de 
produtividade, com relação a entidade objeto de contabilização “( IBRACON, CVM n.º 
29/86 ). 
 
“É a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das 
entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o 
fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o 
resultado econômico , decorrente da gestão da riqueza patrimonial” (Hilário Franco, 
Contabilidade Geral, editora Atlas). 
 
“A contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio à disposição das entidades 
econômico-administrativa, em seus aspectos estáticos e em suas variações, para enunciar, 
por meio de fórmulas racionalmente deduzidas, os efeitos da administração sobre a 
formação e a distribuição dos créditos” (Prof: Frederico Hermann Jr.). 
 
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A função da contabilidade é registrar, classificar, demonstrar, auditar e analisar os 
fenômenos que ocorrem no Patrimônio das entidades, objetivando fornecer informações, 
interpretações e orientação sobre a composição e as variações desse patrimônio, para a 
tomada de decisões de seus administradores. 
 
Seu objeto de estudo é, pois, o patrimônio das entidades econômicas-administrativas, que 
são as que utilizam bens patrimoniais e necessita de um órgão administrativo,que pratica os 
atos de natureza econômicas e financeiras necessários a obtenção de seus objetivos. 
 
O objetivo da contabilidade é permitir o estudo e o controle dos fatos decorrentes da gestão 
do patrimônio, levando à sua finalidade, que é a de assegurar o controle do patrimônio 
administrado, através do fornecimento, de informações e orientação necessárias a tomada 
de decisões sobre a composição e as variações patrimoniais, bem como sobre o resultado 
das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins, que podem 
ser lucrativos ou meramente ideais. 
 
2.2. Técnicas contábeis, campo de aplicação e usuários 
Para atingir a sua finalidade de orientação e informação, a contabilidade utiliza-se de 
técnicas próprias, as quais, os administradores e demais gestores, como de Recursos 
humanos, da produção, da comunicação, devem ter conhecimento, para poderem tomar 
decisões mais eficientes, que aliadas ao feeling, complementarão as habilidades necessárias 
a uma boa gestão. As técnicas utilizadas são: 
- Escrituração contábil: registro dos fatos; 
- Demonstrações Contábeis: Demonstração expositiva dos fatos; 
- Auditoria: verificação e confirmação dos registros e das demonstrações; 
- Análise de Balanços: análise, comparação e interpretação das demonstrações. 
 
Os usuários da contabilidade não são apenas sócios/acionistas ou proprietários, outras 
pessoas também têm interesse em saber como é que a entidade estar, como os investidores, 
fornecedores, financiadores, autoridades fiscais e demais pessoas ou entidades que mantêm 
relações econômicas ou financeiras com a entidade administrada. 
 
2.3. Terminologias básicas da contabilidade: ativo e passivo 
O estudo da contabilidade necessita do conhecimento de duas terminologias básicas para o 
seu desenvolvimento. São elas: 
 
a) Ativo: Conforme Marion (2010) ativo é o conjunto de bens e direitos de propriedade ou 
posse da empresa. Ativos são itens positivos do patrimônio que proporcionam ganho para 
a empresa. Exemplos: Contas a Receber, Estoque de Produtos Acabados, Impostos a 
recuperar, Máquinas e Equipamentos, Prédios próprios. 
 
Em relação aos ativos, Stickney e Weil (2010, p. 407) definem que os ativos são recursos 
econômicos com capacidade ou potencial para oferecer benefícios futuros a uma empresa, 
então os autores descrevem que: “a empresa adquire ativos porque trazem consigo 
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benefícios para ela”. Sobre esta base, pode-se inferir que ativos evidenciados por valor 
superior aos benefícios que eles podem proporcionar tendem a prejudicar o diagnóstico do 
analista. 
 
Ainda segundo Stickney e Weil (2010, p. 389) quando o ativo é de longo prazo, o consumo 
se dá ao longo de vários anos; o custo do ativo é então alocado aos diversos períodos que se 
beneficiam de sua utilização. Esse processo geral é denominado amortização. A 
depreciação refere-se à amortização de ativos imobilizados – instalações, máquinas, 
equipamentos e estruturas físicas das empresas. Aplica-se o termo exaustão à amortização 
de recursos naturais. 
 
Em relação à característica do potencial de geração de benefícios dos ativos de caráter 
permanente, Iudícibus, Martins e Gelbcke (2007, p. 202) explicam que “tais benefícios 
podem ser obtidos, direta ou indiretamente, por entradas de caixa, por redução da saída de 
caixa, ou ambos”. Assaf Neto (2008, p. 149) corrobora com o assunto: 
 
[...] o ativo imobilizado exerce grande influência sobre a atividade da empresa, 
notadamente sobre seus rendimentos e liquidez esperados. Por se constituir ainda 
no grupo geralmente mais representativo da estrutura patrimonial de uma 
empresa, os investimentos em imobilizado requerem, por parte do analista, 
avaliação mais acurada. 
 
Raupp e Beuren (2006) concluíram em sua pesquisa que: [...] a mensuração do ativo 
imobilizado a valor econômico é importante nas decisões a serem tomadas nas 
organizações, como decidir na compra ou não de um novo ativo, se é viável realizar a 
manutenção do mesmo e quais investimentos poderão ser feitos com as futuras entradas de 
caixa a partir da utilização do ativo. 
 
É importante salientar que, embora a normatização sobre impairment (recuperabilidade) 
seja recente no Brasil, o conceito de verificação do valor recuperável de ativos não é 
novidade na contabilidade, pois um ativo não deve permanecer registrado por um valor 
superior aos benefícios que ele proporcionar a entidade que o controla. Analisando o 
princípio da prudência, ou conservadorismo, por exemplo, verifica-se a lógica do 
impairment test contida em sua essência, quando, em caso de dúvida, deve-se atribuir o 
menor valor para o ativo. (Normas e Pronunciamentos Contábeis - NPC 01) 
 
b) Passivo: conforme Marion (2004) o passivo é o conjunto de obrigações exigíveis e não 
exigíveis da empresa As primeiras são as dívidas que serão reclamadas a partir da data do 
seu vencimento. É conhecido como Passivo exigível, Recursos de Terceiros (dinheiro de 
credores). Exemplos de capital de terceiros são as contas contábeis: Fornecedores (de 
mercadorias); Funcionários (salários); Governo (impostos); Bancos (empréstimos) etc. 
 
Conforme Stickney e Weil (2010) passivos são direitos dos credores sobre os ativos de uma 
empresa e indicam algumas das fontes que a entidade usa para adquirir os ativos. Os 
direitos dos credores, ou passivos, resultam de uma empresa ter recebido previamente 
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benefícios (caixa, estoques, trabalho dos empregados) pelos quais precisa pagar quantias 
específicas em datas específicas. 
 
No grupo do passivo encontra-se como passivo não exigível o patrimônio líquido, que no 
caso das S/A, em que há a figura dos acionistas ordinários, indica os fundos que os 
proprietários proveram e, paralelamente, seus direitos sobre os ativos de uma empresa. Os 
proprietários, ao contrário dos credores, têm direito somente sobre o valor dos ativos que 
excedem àqueles exigidos para atender aos direitos dos credores. 
 
O patrimônio líquido, geralmente, inclui duas partes: capital social integralizado e lucros 
acumulados. Se a empresa tiver feito pode também existir as reservas. O capital social 
integralizado reflete os fundos investidos pelos acionistas no capital social da empresa. 
 
Os lucros acumulados representam uma fonte de recursos que a empresa tem, a partir dos 
lucros que excedem os dividendos distribuídos aos acionistas desde sua incorporação. 
Quando uma empresa é lucrativa, gera novos ativos e pode distribuí-los aos proprietários na 
forma de dividendos. 
 
A empresa, na extensão em que mantém os novos ativos, possui lucros acumulados. A 
designação Lucros Acumulados no patrimônio líquido mostra a fonte dos recursos 
reinvestidos pelos dirigentes em benefício dos acionistas e seus direitos sobre esses ativos. 
No Brasil, a Lei 11.638/07, de dezembro de 2007, alterou a estrutura do balanço 
patrimonial para as sociedades por ações (S/A ou empresas de capital aberto) e a conta 
“Lucros Acumulados” não pode ficar com saldo positivo. A lei exige que todo resultado 
positivo seja destinado a dividendos ou transferido para reservas próprias de lucros. Assim, 
ou fica o valor zero (que não figura no balanço) ou fica valor negativo sob a denominação 
“Prejuízos Acumulados”. Para as sociedades limitadas, o saldo pode permanecer na conta e 
figurar no balanço patrimonial. 
 
 A administração tenta direcionar o uso dos ativos de uma empresa de modo a gerar 
resultados positivos ao longo do tempo, isto é, gerar mais ativos do que consome nas 
operações.O aumento do ativo, após o pagamento das dívidas, pertence aos acionistas. De 
modo geral, empresas de sucesso utilizam grande parte dos lucros obtidos reinvestindo em 
ativos e no crescimento, em vez de distribuí-los como dividendos aos acionistas. 
 
Em síntese, as obrigações não exigíveis são conhecidas como Patrimônio Líquido. 
Corresponde ao total de aplicações dos proprietários na empresa. Os proprietários (sócios, 
acionistas) fornecem meios para o início do negócio. A quantia inicial é passivo não 
exigível, o grupo do patrimônio líquido é conhecido como Recurso próprio ou Capital 
próprio. Em caso de falência da empresa, o sócio perde o dinheiro investido (Investimento 
de risco). Suas contas são capital social, reservas e prejuízos acumulados. 
 
 
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO 
 
1) Elabore uma dissertação (no máximo de 30 linhas e mínimo de 20 linhas) 
enfatizando: conceito de Contabilidade, atividades empresariais, Administração de 
Empresas, social, tipos de informações e expectativas em relação ao conhecimento 
da Contabilidade como futuro profissional da administração de empresas. 
 
2) Quais das técnicas contábeis são mais importantes? 
 
3) Você, sendo administrador de empresas como iria analisar as fontes de 
financiamento e de investimentos da entidade? Justifique. 
 
4) Conceitue ativo e passivo de forma mais técnica e sob a ótica contábil e econômica 
para fins de continuidade empresarial. 
 
5) Defina os usuários contábeis e as informações de interesse dos mesmos: 
1- Governo 
2- Administrador 
3- Funcionários 
4- IBGE 
6- Bancos 
 
III. PATRIMÔNIO 
 
3.1- Conceito 
O patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações. O patrimônio é o objeto da 
Contabilidade, e é em torno dele que são desenvolvidas as funções contábeis, como meio 
para atingir a sua finalidade orientadora e informativa, utilizadas pelos gestores para tomada 
de decisões. 
 
Os bens são as coisas capazes de satisfazer às necessidades humanas e suscetíveis de 
avaliação econômica. Contabilmente, os bens podem ser materiais (corpóreos ou tangíveis), 
como por exemplo: computadores, máquinas, mercadoria, dinheiro, material de limpeza, 
embalagem, etc. Temos também os bens imateriais (incorpóreos, intangíveis), como por 
exemplo: gastos com organização, reorganização, benfeitorias em bens de terceiros 
(reformas, piscinas em imóveis alugados), uso de marcas, patentes de invenção, etc. 
 
Direitos são todos os valores que a empresa tem para receber de terceiros. Exemplo: 
duplicatas a receber, clientes, impostos a recuperar, promissórias a receber. Obrigações 
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abrangem os valores que a empresa tem de pagar a terceiros como: duplicatas a pagar, 
salários a pagar, fornecedores, impostos a recolher. E também as obrigações da empresa 
com os sócios. 
 
Ao conjunto dos bens, direitos e obrigações, avaliáveis em moeda e pertencente a uma 
pessoa física ou jurídica, é que denominamos de patrimônio. 
 
3.2. Principais demonstrações financeiras 
Conforme Stickney e Weil (2010) as empresas comunicam os resultados de suas atividades 
empresariais por meio do relatorio anual aos acionistas. Este relatório inicia, em geral, com 
uma mensagem do presidente do conselho de administração e do principal executivo (CEO) 
da empresa, resumindo as atividades do último exercicio e avaliando as perspectivas para o 
próximo ano. Descrições e fotografias dos produtos, das instalações e dos empregados, 
normalmente, também são incluídas no relatório. 
 
Uma das partes deste relatório é a Análise Gerencial dos Resultados, pela qual os dirigentes 
comentam as razões para as mudanças na lucratividade e nos fatores de risco durante o 
último ano. A parte final do relatório traz as demonstrações financeiras e as informações 
suplementares da empresa, incluindo: 
1. Balanço patrimonial (BP). 
2. Demonstração do resultado do exercício (DRE). 
3. Demonstração dos fluxos de caixa (DFC). 
4. Notas explicativas às demonstrações financeiras, incluindo vários quadros com 
detalhes. 
5. Parecer dos auditores independentes. 
 
Um usuário de demonstrações financeiras poderia formular as seguintes perguntas: qual é a 
posição financeira ou a solidez financeira de uma empresa? O balanço patrimonial tenta 
responder a essa pergunta apresentando a fotografia instantânea de um momento no tempo 
dos resultados das atividades de investimento e financiamento da empresa. o balanço 
patrimonial apresenta uma relação dos ativos, dos passivos e dos itens do patrimônio 
líquido de uma entidade. As empresas, habitualmente, apresentam o balanço patrimonial 
correspondente ao início e ao término de seu exercício mais recente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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IV. PRIMEIRA ABORDAGEM EMPÍRICA DA ESTUTURA DO BALANÇO 
 PATRIMONIAL: DISPOSIÇÃO GRÁFICA DOS COMPONENTES 
 PATRIMONIAIS – ATIVO E PASSIVO 
 
4.1. Introdução 
A contabilidade demonstra o patrimônio da empresa, através de um relatório 
(demonstração) denominado de Balanço Patrimonial, que sintetiza os bens, direitos e 
obrigações das pessoas jurídicas ou físicas. 
 
O Balanço patrimonial significa equilíbrio, entre os bens, direitos e as obrigações. Está 
dividido em duas partes: a primeira é a parte positiva chamada de ATIVO, que é formada 
pelos bens e direitos, podemos dizer que são as aplicações de recursos da empresa, as fontes 
de investimentos; a segunda é a parte negativa que é denominada de PASSIVO 
(propriamente dito), formado pelas obrigações; são as origens de recursos, as fontes de 
financiamentos. 
 
Conforme visto nos tópicos anteriores deste material didático, as obrigações (passivo) 
podem ser de terceiros (exigíveis) ou próprias (não exigíveis). As obrigações com terceiros, 
são as dívidas contraídas com pessoas externas, e são conhecidas como capital de terceiros, 
já as obrigações próprias, são obrigações da empresa com seus sócios ou acionistas, e são 
conhecidas por capital próprio ou patrimônio líquido. A estrutura do balanço patrimonial 
apresenta como ativo, o lado esquerdo e como passivo o lado direito. 
 
ATIVO PASSIVO 
 
BENS 
+ 
DIREITOS 
 
 
OBRIGAÇÒES COM TERCEIROS 
+ 
OBRIGAÇÒES PRÓPRIAS (PL) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pela dinâmica contábil, sabemos que o Ativo tem que ser igual ao Passivo, o que explica o 
equilíbrio patrimonial, evidenciando assim a terminologia do balanço patrimonial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
   
 
 ATIVO = PASSIVO 
 
 APLICAÇÕES DE RECURSOS = ORIGENS DE RECURSOS 
 FONTES DE INVESTIMENTOS = FONTES DE FINANCIAMENTOS 
 BENS + DIREITOS = OBRIGAÇÕES 
 BENS + DIREITOS = OBRIGAÇÒES COM TERCEIROS (CT) 
 + 
 OBRIGAÇÕES PRÓPRIAS (PL) 
 
Como foi descrito, anteriormente, o ativo é conhecido como aplicações de recursos e opassivo, como origens de recursos, logicamente as origens e as aplicações terão o mesmo 
valor, pois sem origem não haverá aplicação. Assim, tem-se que há igualdade entre ativo e 
passivo mais patrimônio líquido sendo determinada pela equação contábil: Ativo = Passivo 
+ Patrimônio Líquido. O termo passivo refere a parte do passivo exigível. 
 
Uma empresa investe cada unidade monetária de recurso que obtém de suas fontes de 
financiamento. O balanço patrimonial encara os mesmos recursos de dois pontos de vista: 
como uma relação de ativos (bens e direitos) que a empresa possui e como uma relação das 
partes (credores e proprietários) que proveram os fundos e, portanto, detêm direitos sobre 
esses ativos, assim: 
Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido 
ou 
Investimentos = Financiamentos 
Recursos = Fontes de Recursos 
Recursos = Direitos sobre os Recursos 
 
O mix de ativo (isto é, a proporção dos ativos totais representada por contas a receber, 
estoques, equipamentos e outros ativos) reflete as decisões de investimento de uma 
empresa; o mix de passivo e patrimônio líquido reflete as decisões de financiamento. 
Ambas são avaliadas e medidas em um momento específico. 
 
 
 
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4.2. Classificação no balanço patrimonial 
O balanço patrimonial classifica ativos e passivos em circulantes ou não circulantes. 
 Ativos circulantes incluem caixa e ativos que a empresa espera transformar 
em caixa, vender ou consumir no intervalo de aproximadamente um ano da 
data do balanço patrimonial. Exemplos: Caixa, investimentos temporários 
em títulos, contas a receber de clientes e estoques são os ativos circulantes 
mais comuns. 
 Passivos circulantes representam obrigações que uma empresa espera pagar 
no prazo de até um ano. Exemplos: notas promissórias devidas a bancos, 
contas a pagar a fornecedores e impostos a pagar. 
 Ativos não circulantes, normalmente mantidos durante diversos anos, 
incluem imobilizados (terrenos, prédios, equipamentos), patentes e 
investimentos em valores mobiliários de longo prazo. Passivos não 
circulantes e patrimônio líquido são as fontes de fundos da empresa a prazo 
mais longo. 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1. O que você entende por Patrimônio, Capital Social e Patrimônio Líquido? 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Classificar os elementos em Bem, Direito, Obrigação, Ativo ou Passivo 
 
 
ELEMENTOS 
BEM, 
DIREITO, 
OBRIGAÇÃO 
ATIVO, 
PASSIVO 
1. Aluguéis a Pagar 
2. Aluguéis a Receber 
3. Clientes 
4. Computador 
5. Dinheiro em Bancos 
6. Dinheiro em caixa 
7. Duplicatas a Pagar 
8. Duplicatas a Receber 
9. Empréstimos Bancários 
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10. Fornecedores 
11. Imóveis 
12. Impostos a Recolher 
13. Impostos a Recuperar 
14. Instalações 
15. Matéria – Prima 
16. Mercadorias 
17. Móveis 
18. Promissórias a Pagar 
19. Promissórias a Receber 
20. Salários a Pagar 
21. Terrenos 
22. Veículos 
 
 
 
3. Sabendo que o total dos bens de uma empresa é de R$ 850.000 e que os direitos são 
de R$500.00 e, tendo a informação que as obrigações com terceiros é de 65% das 
aplicações de recursos, pede-se: qual é a situação líquida e sua análise? 
(apresentar memória de cálculo e utilizar o gráfico patrimonial) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. A seguir, são apresentadas, as transações da Empresa Mariyoshi Ltda. cujos valores 
foram em mil R$: 
 
1/2– Investimento inicial de capital, em dinheiro, no valor de R$ 1.950.000, sendo 
R$ 1.000.000 em dinheiro e o restante em Imóveis. 
5/2 – Aquisição de veículos por R$ 275.000 com pagamento de 60% a vista e o 
restante a prazo. 
3/2- Depósito bancário de 90% do caixa. 
15/2 – Compra a vista de mercadorias, por R$ 66.000, pago com cheque. 
25/2 – Pagamento de 50% da compra a prazo referente aos veículos. 
Pede-se : Representar graficamente e cronologicamente, cada transação. 
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5. Identifique e complete as operações que dão origem às situações patrimoniais 
apresentadas a seguir: 
 
A ) 
Ativo Passivo 
Caixa 240.000 
Máquinas 100.000 
Capital Social 340.000 
 
 
 
 
B) 
Ativo Passivo 
Caixa 40.000 
Máquinas 100.000 
Bancos c/mov. 200.000 
Capital Social 340.000 
 
 
 
 
C) 
Ativo Passivo 
Caixa 40.000 
Máquinas 100.000 
Bancos c/mov. 200.000 
Mercadorias 80.000 
 
Fornecedores 80.000 
Capital Social 340.000 
 Total do Passivo 
 
6. A empresa Arcordata Ltda apresentou as seguintes operações , valores em Reais no ano 
de 2012: 
 
2/4 - Investimento inicial de capital, em dinheiro, no valor de R$ 2.375.000. 
3/4 - Depósito bancário na CEF de 90% do saldo de caixa 
8/4 - Aquisição de mercadorias por R$ 825.000 com pagamento de 30% a vista e o restante 
a prazo. 
15/4- Compra a prazo de equipamento, por R$ 1.0 68.000, com aceite de duplicatas. 
23/4 - Venda de mercadorias a prazo por meio de duplicatas no valor de R$ 655.000, sendo 
o custo de R$ 489.000. 
20/4 - Pagamento de 50% das compras realizadas no dia 15/4 com cheque e pagamento de 
R$200,00 das compras do dia 08. 
30/4 - Retirada de dinheiro do banco para reforço de caixa no valor de R$ 100.000. 
Pede-se: Representar graficamente e cronologicamente, cada transação. Evidenciar qual é o 
Capital de Terceiros e Próprio do dia 20/4 em percentuais de fontes de financiamento. 
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4.3- Revisando o Patrimônio líquido (PL) e situações líquidas diversas 
Conceito: O patrimônio líquido, representado pela sigla PL, é um grupo de contas que faz 
parte do passivo no balanço patrimonial da empresa. É conhecido como capital próprio, 
recursos próprios, obrigações próprias, obrigações não exigíveis, passivo não exigível. É 
formado por várias contas, as quais serão conhecidas futuramente. 
 
Equação contábil fundamental: Conhecendo o total do ativo e do passivo exigível, 
podemos calcular o valor do Patrimônio líquido, e posteriormente o total do passivo da 
empresa, atingindo assim o equilíbrio patrimonial. 
 
 
 
 
 
Exemplo: 
 
ATIVO PASSIVO 
 
BENS 90 
DIREITOS 70 
 
PASSIVO EXIGÍVEL 100 
PL ? 
 
 
TOTAL DO ATIVO 160 TOTAL DO PASSIVO ? 
 
Aplicando a equação fundamental, encontraremos o PL: 
 
PL= A - PE ; PL= 160-100 ; PL= 60 
 
 
Logicamente, o total do Passivo será a soma do passivo exigível com o PL, cujo resultado 
será de 160. 
 
P = PE + PL ; P = 100+60 ; P =160 
 
Logo: Ativo = Passivo 
160 = 160 
 
 
 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO – PASSIVO EXIGÍVEL 
 PL= A - PE 
 
 
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SITUAÇOES LÍQUIDAS: é a situação em que o patrimônio da empresa se encontra. A 
situação líquida é o mesmo que patrimônio líquido, e as empresas geralmente podem 
apresentar três formas diferentes do seu estado patrimonial: 
 
 
a) O Ativo for maior que o passivo exigível: essa situação é amais real na prática, 
pois apresenta uma situação de equilíbrio patrimonial na empresa, uma vez que o 
conjunto de bens e direitos é suficientemente superior para saldar os compromissos 
da empresa com terceiros. Ë também conhecida como situação líquida ativa, 
positiva, superavitária ou favorável. 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS 90 
DIREITOS 70 
 
TOTAL DO ATIVO 160 
PASSIVO EXIGÍVEL 100 
PL 60 
 
TOTAL DO PASSIVO 160 
 
ATIVO > PASSIVO EXIGÍVEL (PC+ELP) , logo, 
ATIVO >0, PASSIVO EXIGÍVEL > 0 E PL > 0 
 
b) O Ativo for igual ao passivo exigível: apresenta uma posição muito difícil de 
acontecer, pois representa que toda a parte do proprietário já foi consumida pelas 
obrigações. O ativo deverá ser maior que o passivo exigível, no mínimo pela soma 
dos bens de uso da empresa, pois caso contrário, é bem provável que a empresa 
tenha que alienar esses bens, para poder solver seus compromissos, logo todo o 
patrimônio foi absorvido por terceiros. 
 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS 90 
DIREITOS 70 
 
 
TOTAL DO ATIVO 160 
PASSIVO EXIGÍVEL 160 
PL 0 
 
 
TOTAL DO PASSIVO 160 
 
ATIVO = PASSIVO EXIGÍVEL (PC+ELP); logo, 
ATIVO > 0 , PASSIVO EXIGÍVEL > 0 e PL = 0 
 
c) Ativo menor que o passivo exigível: apresenta o patrimônio numa situação muito 
difícil de ser encontrada, uma vez que sendo as obrigações exigíveis superiores ao 
ativo, demonstra que a empresa não tem como sobreviver, mesmo transformando 
todos os seus bens e direitos em numerários, este é insuficiente para cobrir as 
obrigações exigíveis. 
 
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 27 
 
 
 
 
 
Esta situação é conhecida como Passivo a Descoberto, pelo fato que todo o patrimônio já 
foi consumido por terceiros, havendo ainda um déficit patrimonial. Por diversos autores é 
apresentado no lado do passivo como PL negativo, porém, a Resolução CFC 847/99 
determina que seja demonstrado no Ativo, após todas as suas contas, com seu valor final 
denominado de Passivo a Descoberto. 
 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS 90 
DIREITOS 70 
 
TOTAL DO ATIVO 160 
PASSIVO EXIGÍVEL 170 
PL (10) 
 
TOTAL DO PASSIVO 160 
ATIVO < PASSIVO EXIGÍVEL; logo, 
PASSIVO EXIGÍVEL > 0, ativo >0 e PL < 0 
 
 
 
 Ou pela Resolução do CFC 847/99 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS 90 
DIREITOS 70 
PASSIVO A DESCOBERTO 10 
TOTAL DO ATIVO 170 
PASSIVO EXIGÍVEL 170 
 
 
TOTAL DO PASSIVO 170 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – CONTINUIDADE 
 
I. Represente graficamente, apure a situação e analise (Vr.: R$): 
 
QUADRO 1 
Caixa 400.000 
Duplicatas a Pagar 230.000 
Salários a Pagar 50.000 
Móveis e utensílios 300.000 
Veículos 70.000 
Duplicatas a Receber 300.000 
 
 
 
 
 
 
 
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QUADRO 2 
Veículos 85.000 
Máquinas 300.000 
Promissórias a Pg 50.000 
Duplicatas a Pagar 5.000 
Aluguéis a receber 3.000 
Móveis e Utensílios 90.000 
Bancos 130.000 
Impostos a Recolher 23.000 
Títulos a receber 60.500 
 
 
 
QUADRO 3 
Imóveis 76.000 
Títulos a Pagar 65.000 
Aluguéis a pagar 25.320 
Veículos 95.000 
Títulos a receber 40.000 
Empréstimos bancários 190.990 
Impostos a Recuperar 30.500 
 
 
II. Representar graficamente, apurar a situação líquida e analisar (Vr: em Reais) 
 
Bancos c/ movimento 220.000 Máquinas e equipamentos 180.000 
Fornecedor 920.000 Mercadorias 18.800 
Salários a Pagar 65.000 Empréstimos bancários 95.000 
Encargos Sociais a 
recolher 
25.000 Duplicatas a Receber 61.400 
Veículos 98.800 Móveis e Utensílios 150.000 
Promissórias a Pg 35.000 Duplicatas a Pagar 47.000 
 
III. Com base no exercício anterior, informe os valores: 
 
Capital de terceiros 
Capital Próprio 
Aplicações 
 
 
 
 
 
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IV. Identifique dentro dos parênteses abaixo, o que é ATIVO (A), PASSIVO 
EXIGÍVEL (PE) E O QUE É PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL): 
 
( ) reservas 
( ) salários a pagar 
( ) depósitos em bancos 
( ) capital de terceiros 
( ) empréstimos bancários 
( ) duplicatas a receber 
( ) origens de recursos de terceiros 
( ) capital próprio 
( ) caixa 
( ) estoques 
( ) capital social 
( ) aplicações de recursos 
( ) duplicatas a pagar 
( ) veículos 
( ) fornecedores 
( ) origens de recursos 
próprios 
( ) prejuízos acumulados 
 
 
 
V. PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: ÊNFASE NO BALANÇO 
PATRIMONIAL E DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
 
5.1. Embasamento legal: Lei 11.638 /2007, Lei 11.941/2009 e RESOLUÇÃO CFC Nº. 
1.185/09: Aprova a NBC T 19.27 – Apresentação das Demonstrações Contábeis. 
 
Legislações anteriores para estudos comparativos: Lei 6.404/1976, Deliberação da CVM nº 
488/2005, NPC nº 27/2005. 
 
5.2. Conceito e legislação 
Demonstrações ou relatórios contábeis são todas as formas de exposições sintéticas ou 
analíticas do estado patrimonial e de suas variações, originadas dos livros contábeis. 
Conforme a Resolução do CFC Nº. 1.185/09 as demonstrações contábeis são definidas 
como Demonstrações contábeis de propósito geral e conceituadas como: 
 
Demonstrações contábeis são aquelas cujo propósito reside no atendimento das 
necessidades informacionais de usuários externos que não se encontram em 
condições de requerer relatórios especificamente planejados para atender às suas 
necessidades peculiares. 
 
A mesma resolução esclarece que as demonstrações contábeis são uma representação 
estruturada da posição patrimonial, financeira e do desempenho da entidade. Pela 
definição, estabelece-se o que o objetivo das mesmas está contido na sua definição, sendo 
ele: proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e 
dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas 
avaliações e tomada de decisões econômicas. 
 
Outro objetivo é apresentar os resultados da atuação da administração na gestão da 
entidade e sua capacitação na prestação de contas quanto aos recursos que lhe foram 
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 30 
 
 
 
 
 
confiados. Para satisfazer a esse objetivo, as demonstrações contábeis proporcionam 
informação da entidade acerca do seguinte dos componentes patrimoniais: ativos; passivos; 
patrimônio líquido; receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas; alterações no capital 
próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a eles; e fluxos de caixa. 
 
A Norma brasileira de contabilidade técnica do Conselho Federal de Contabilidade (NBCT 
1.1) discorre que: “As demonstrações contábeis, (inclusive as denominadas financeiras na 
legislação), são as extraídas dos livros, registros e documentos que compõem o sistema 
contábil de qualquer tipo de Entidade”. 
 
A Lei 11.638 de dezembro 2007 que alterou a parte contábil da lei 6.404 de 1976 ( Lei das 
S/A), determinam que as principais demonstrações contábeis que devem ser divulgadas 
pelas entidadessão as mencionadas no Art. 1o. : 
 
1. Balanço patrimonial: obrigatório e com inclusão de novos subgrupos 
 
2. Demonstração do Resultado do Exercício: continua obrigatória e há algumas novas 
contas a ser contabilizada diretamente no exercício, como das reservas de incentivos 
fiscais que devem ser contabilizadas diretamente no resultado do exercício que 
forem constituídas. Há alteração, também, em relação às participações. 
 
3. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido: continua obrigatória. 
 
4. Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC: substitui a Demonstração das Origens e 
Aplicações de Recursos. 
 
5. Inclusão obrigatória da Demonstração de Valor Adicionado – DVA, no que 
concerne a sua elaboração e divulgação. 
 
 
 BP 
 
 
DRE 
 
DMPL 
 
DFCx 
 
DVA 
 + 
EVIDENCIAÇÕES CONTÁBEIS 
(NOTAS EXPLICATIVAS) 
 Fonte: autora deste trabalho. 
 
Administradores e outros profissionais responsáveis por áreas gerenciais utilizam as 
demonstrações contábeis na gestão das empresas para avaliarem o desempenho através dos 
resultados que elas proporcionam. Os relatórios contábeis representam essenciais 
instrumentos na prestação de contas dos gestores quanto aos recursos utilizados por eles, 
possibilitando a tomada de decisões dos usuários, como por exemplo: fabricar ou comprar 
produtos; adquirir, manter ou vender os investimentos, reeleger ou substituir a 
Administração. 
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Além das demonstrações citadas anteriormente, as entidades devem publicar ainda as 
evidenciações contábeis, conhecidas de forma genérica, como notas explicativas. Todavia o 
termo é mais abrangente que as notas. 
 
As notas explicativas são informações complementares as demonstrações contábeis e 
compreendem um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações 
explanatórias. Assim, ao realizar uma análise das empresas não se deve esquecer das 
informações especificas contidas nas notas. 
 
A nova legislação contábil, entre elas a Lei 11.638 de 2007, suas alterações ou 
complementações e os novos Procedimentos contábeis surgiram das necessidades do 
mundo globalizado e competitivo. Diante da abertura dos mercados e de expansão dos 
negócios brasileiros, a Contabilidade Brasileira deve seguir as normas internacionais para 
melhor transparência de informações econômicas e financeiras das entidades que 
participam, influenciam e sofrem influência dos mercados externos, buscando assim uma 
harmonização com as normas contábeis internacionais. 
 
A lei de 2007 foi sancionada em 28 de dezembro de 2007 e entrou em vigor a partir de 1º 
de janeiro de 2008. O seu principal objetivo é atualizar as regras contábeis brasileiras para 
sua conversão ao padrão internacional buscando uma harmonização, em especial aos 
pronunciamentos feitos pelo International Accouting Standards Board (IASB), por meio 
do International Financial Reporting Standards (IFRS). A lei prevê que, as entidades 
devem fazer suas demonstrações contábeis do exercício de 2008 de acordo com as novas 
determinações. 
 
Alguns pontos da lei, discutidos por vários estudiosos e profissionais, são: a segregação 
entre a escrituração mercantil e a tributária, as reservas de incentivos fiscais e a 
identificação, avaliação e contabilização a valor de mercado de todos os ativos e passivos 
das empresas em fusões, aquisições ou venda de controle. 
 
O Art. 3o da referida lei menciona que as sociedades de grande porte, mesmo que não 
sejam constituídas sob a forma de sociedades por ações, devem aplicar as disposições da 
Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 e suas alterações. Então devem observar as novas 
normas sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de 
auditoria independente por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários. 
 
O parágrafo único, do referido artigo, evidencia que será considerada de grande porte, para 
os fins exclusivos desta Lei, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum 
que tiver no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e 
quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos 
milhões de reais). 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm
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 32 
 
 
 
 
 
 
A Lei 11.638 de 2007 determina, ainda, que as demonstrações contábeis devem ser 
auditadas por auditores independentes, devidamente registrados na Comissão de valores 
mobiliários (CVM) e se aplica as Sociedades de capital aberto e sociedades de grande porte, 
sendo que para as companhias fechadas é facultativo a observação das normas sobre 
demonstrações contábeis expedidas pela CVM para as companhias abertas. A Lei explica 
que as companhias fechadas que possuírem patrimônio líquido, na data do balanço, inferior 
a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da 
demonstração dos fluxos de caixa. Já a demonstração do valor adicionado será obrigatória 
para as companhias abertas. 
 
Conclui-se, que esta lei, além de alterar e revogar a Lei 6.404/76, também, atendeu as 
inovações da Deliberação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nº 488 com base na 
NPC nº 27 de 2005 referente a nova estrutura das demonstrações contábeis para as 
companhias abertas e sociedades de grande porte. Sendo assim, conforme Padoveze (2008) 
há dois formatos de apresentação das demonstrações contábeis brasileiras, sendo eles: “o 
formato disposto pela Lei nº6.404/76 para as companhias fechadas, e o formato da 
Deliberação CVM nº 488/05 (base para lei 11.638 de 2007) para as companhias abertas e de 
grande porte”. 
 
Este trabalho trata-se, em especial, da estrutura do Balanço Patrimonial conforme a Lei 
11.638 de 2007, cuja finalidade é de adequar a contabilidade brasileira aos dispositivos da 
Contabilidade Internacional. Veja, abaixo, o conteúdo a respeito do Balanço Patrimonial. 
 
5.3. Balanço patrimonial 
É o retrato financeiro de uma empresa, em um determinado momento, onde mostra as 
aplicações (fontes de investimentos) e as origens de recursos (fontes de financiamentos) das 
entidades. Considerada como uma demonstração estática do patrimônio, que tem por 
finalidade demonstrar de forma sintética e equacional os componentes patrimoniais, 
evidenciando a igualdade entre as origens e as aplicações de recursos. 
 
Estes lados do balanço patrimonial serão classificados por grupos de contas específicos, não 
sendo apenas uma questão de ordem e de estética, mais de grande utilidade para a análise 
econômica - financeira do patrimônio, auxiliando o papel decisório dos gestores. 
 
O aspecto econômico-patrimonial do balanço patrimonial mostra a situação de riqueza dos 
titulares (acionista, quotistas ou sócios) em face do ativo e do passivo do patrimônio. O 
ativo é a parte positiva e é representada economicamente pelos bens e direitos. O passivo é 
a parte negativa e é representada pelas obrigações, que devem ser satisfeitas com recursos 
do ativo, ou com parte deles. O aspecto financeiro mostra as relações de débito e de crédito 
para com terceiros, assim como os recursos com que podemos contar para liquidação das 
responsabilidades. 
 
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Através do aspecto especifico do balanço patrimonial, pode-se saber quanto a entidade 
possui em um ativo circulante, em um ativo permanente, em um

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