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1 Alunos 2 Tutor Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (CTB0813) – Prática do Módulo IV – 27/11/2020 Tâmara Cristina N. L. Corrêa¹ Magna Costa¹ Murilo Pereira Cardoso² 1. INTRODUÇÃO A contabilidade comercial é o ramo da contabilidade que estuda o controle do patrimônio das empresas comerciais portanto neste trabalho vamos apresentar uma visão sistêmica desses controles, se atentando para as principais características e elementos constituintes, bem como a sua importância para gerenciamento das empresas, analisando a relevância das informações contábeis passadas para aos gestores e administradores, imprescindíveis para o bom gerenciamento das empresas, onde o contador tem um papel fundamental para as tomadas de decisão. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A contabilidade nasceu com a necessidade do homem em conhecer e controlar seu patrimônio, os primeiras registros datam do termino da era da pedra polida, e com o objetivo de conhecer e controlar esses patrimônios a contabilidade evoluiu com o homem e sua tecnologia. “A contabilidade desempenha, em qualquer organismo econômico, o mesmo papel que a História na vida da humanidade. Sem ela não seria possível conhecer o passado nem o presente da vida econômica da entidade, não sendo também possível fazer previsões para o futuro nem elaborar planos para a orientação administrativa” (FRANCO, 1991, p. 22). Com a evolução da humanidade a contabilidade também evoluiu, antes os registros eram feitos em papéis livros, hoje como o advento dos computadores esses registros e controles são executados por programas específicos onde mostram em tempo real e de forma interativa os resultados e previsões para as tomadas de decisões dos gestores, onde o profissional de contabilidade cada vez mais vem conquistando seu espaço na gestão empresarial, na análise desses resultados, e apresentando-os de forma claras e assertiva com o objetivo de garantir, demonstrações do resultado do exercício, Fluxo de Caixa, entre outros demonstrativos, com a finalidade de auxiliar o administrador na tomada de decisão. Contabilidade Comercial É o ramo da contabilidade aplicada ao estudo do patrimônio das empresa comerciais, no qual oferece instrumentos para obtenção de informações contábeis necessários para a mensuração dos Seminário Interdisciplinar: Folha de Pagamento e Contabilização Tema Gestão empresarial com foco nas práticas trabalhistas brasileiras na Contabilidade comercial 2 bens, direitos e obrigações do comerciante para atendimento obrigatoriedades legais. De acordo com Iudícibus e Marion (2016), as empresas são obrigadas pelo governo a pagar alguns tributos, que podem ser impostos, taxas, entre outros, na venda ou compra de mercadoria, ou seja, referente as atividades comerciais temos: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS; Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS; e Imposto sobre Vendas a Varejo de Combustíveis – IVVC. Já as taxas podem ser: Programa de Integração Social – PIS; e Contribuição para Financiamento do Patrimônio Público – COFINS, entre outros. Técnicas Contábeis Segundo Franco (1991), para utilizar a contabilidade é preciso conhecer e entender suas técnicas, como a escrituração, as demonstrações contábeis e a análise de balanço, entre outras, que ajudam o contabilista a demonstrar os dados obtidos nas documentações fornecidas pela entidade, com o intuito de elaborar os relatórios que auxiliam em sua administração. Escrituração É o registro da movimentação do patrimônio na ordem cronológica, é a primeira técnica a ser utilizado pelo contador para a verificação do histórico de movimentação da empresa como a compra e venda de bens, prestação de serviços, pagamento de despesas, registro das receitas, alterações no capital da entidade, entre outros. Escrituração pode ser definida como o registro dos fatos contábeis, segundo os princípios e normas técnico-contábeis, tendo em vista demonstrar a situação econômico- patrimonial da entidade e os resultados econômicos por ela obtidos nos exercícios”, ou seja, as variações patrimoniais são as mudanças ocorridas no patrimônio devidamente registradas na contabilidade por meio das notas fiscais emitidas por ocasião das vendas e compras da empresa, em que o contabilista responsável efetua a escrituração em forma de lançamentos no sistema automatizado de contabilização. Analisando à da escrituração, percebe-se que a escrituração é composta basicamente por dois elementos: o elemento histórico é o registro do fato em ordem cronológica, em que se tem o caráter de comprovação do patrimônio; já o elemento monetário são os algarismos que mostram as variações monetárias ocorridas no patrimônio em determinado momento (FRANCO, 1991, p. 58). Demonstrações Contábeis ou Financeiras As demonstrações contábeis ou financeiras são um conjunto de documentos que expressam o balanço patrimonial e a DRE (demonstrativo de resultados do exercícios) de uma entidade essas demonstrações têm como objetivo fornecer informação da posição patrimonial e financeira da empresa para ajudar os usuários na tomada decisões. Asseguram que, dentre os relatórios contábeis, os que têm mais relevância são as demonstrações financeiras, uma denominação utilizada pela lei das S.A, ou as demonstrações contábeis, termo usado por vários contadores. Assim, no fim de cada ano ou exercício social, a empresa, com auxílio da escrituração contábil, é obrigada pela Lei das Sociedades por Ações a elaborar [...]. Essas demonstrações são essenciais para que o 3 gestor tenha conhecimento da situação da empresa e o ajudem nas tomadas de decisão na empresa. (Iudícibus e Marion 2016, pág. 229) Balanço Patrimonial O balanço patrimonial é o relatório contábil que tem por objetivo analisar as contas que representam o patrimônio financeiro de entidade em um determinado período de tempo, geralmente 12 meses e é dividido em grupos: ativo, passivo e patrimônio líquido. De acordo com Iudícibus e Marion (2016), de um lado estão os ativos, as contas que representam os bens, como as máquinas, terrenos, dinheiro, veículos, estoques entre outros. As contas de direitos são as contas a receber, como ações, títulos, duplicatas etc. Já no lado do passivo estão registradas todas as obrigações, ou seja, as dívidas adquiridas com terceiros, como fornecedores, os empréstimos e impostos, que devem ser pagos na data de vencimento. O patrimônio líquido representa as aplicações do empresário, desde o capital social, primeira aplicação feita pelo empresário na abertura da entidade, até as contas de reserva, lucro ou prejuízo acumulado, calculados depois da dedução das despesas e custos sobre as receitas obtidas no período. Balanço patrimonial é a demonstração financeira contábil destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa data, a posição patrimonial e financeira da empresa. [...] deve compreender todos os Bens e Direitos (Ativo), as obrigações (Passivo) e o Patrimônio Líquido da entidade em uma Determinada data (RIBEIRO, 2013, pág. 402). Figura 01 – Tabela para mensuração do balanço patrimonial Fonte: blog.ortbrasil.com.br Acima ver-se o modelo resumido de um balanço patrimonial onde é demonstrado os grupos contábeis que devem ser apresentados para um determinada período de tempo, sabendo que esse tempo pode variar de acordo com a movimentação financeira da empresa sendo necessário no máximo de 12 meses. Demonstração do resultado do exercício Essa técnica contábil como já mencionada acima e o documento em que são registradas as 4 receitas, despesas e custos ocorridos no período,onde permite confrontar as suas receitas e despesas obtendo um resultado matemático sobre as movimentações da empresa auxiliando o gestor nas tomadas de decisão. Iudícibus e Marion (2016, pág. 242) conceituam que a DRE é uma síntese da receita, despesas e custos de uma empresa no período de 12 meses. A representação se dá de forma dedutiva e na vertical, ou seja, das receitas subtraem-se as despesas, em seguida, indica-se o lucro ou prejuízo. Dessa maneira, as empresas conseguem perceber os valores gastos em suas despesas, verificando se a forma como está sendo operada indica retorno. Demonstração de lucro ou prejuízo acumulado. Este instrumento contábil tem a função de demonstrar como foi as mudanças que ocorreram no patrimônio líquido da entidade e onde foram aplicados, essas mutações no patrimônio podem ser aumento do lucro ou prejuízo acumulado, muitos autores referem que essa demonstração como o meio de integrar o balanço patrimonial e a DRE. Assim, para Ribeiro (2013, pág. 424), a DLPA “[...] é um relatório contábil que tem por finalidade evidenciar o Lucro líquido do exercício e sua destinação; ou seja, os ajustes contábeis são relativos a resultados de exercícios anteriores; as reversões de reserva bem como os saldos da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados no início e no Final do período”. Por meio dessa demonstração, os gestores são informados da destruição do lucro ou prejuízo da empresa Demonstração de fluxo de caixa – DFC É uma ferramenta essencial para uma boa análise de viabilidade financeira de uma companhia, o principal objetivo do demonstrativo de fluxo de caixa e mostrar as entradas e saídas de caixa de uma empresa, em determinado período de tempo, e podem ser divididos em, atividades operacionais e de investimentos financeiros “As informações dos fluxos de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade da entidade de gerar caixa e equivalente de caixa, bem como suas necessidades de liquidez. As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da capacidade da entidade de gerar caixa e equivalente de caixa, bem como da época e do grau de segurança de tais recursos” (IUDÍCIBUS e MARION, 2016, pág. 277). Demonstração de valor adicionado – DVA Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é um instrumento contábil que evidencia, de forma simples, os valores correspondentes à formação da riqueza gerada pela empresa em determinado 5 período e sua respectiva distribuição, esse demonstrativo contábil, e suas informações devem ser extraídas da escrituração, com base nas Normas Contábeis vigentes e tendo como base o Princípio Contábil da Competência. A riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor adicionado, é calculada a partir da diferença entre o valor de sua produção e o dos bens e serviços produzidos por terceiros utilizados no processo de produção da empresa. A utilização do DVA como ferramenta gerencial pode ser resumida da seguinte forma: 1) como índice de avaliação do desempenho na geração da riqueza, ao medir a eficiência da empresa na utilização dos fatores de produção, comparando o valor das saídas com o valor das entradas. 2) como índice de avaliação do desempenho social à medida que demonstra, na distribuição da riqueza gerada, a participação dos empregados, do Governo, dos Agentes Financiadores e dos acionistas. O valor adicionado demonstra, ainda, a efetiva contribuição da empresa, dentro de uma visão global de desempenho, para a geração de riqueza da economia na qual está inserida, sendo resultado do esforço conjugado de todos os seus fatores de produção. A Demonstração do Valor Adicionado, que também pode integrar o Balanço Social, constitui, desse modo, uma importante fonte de informações à medida que apresenta esse conjunto de elementos que permitem a análise do desempenho econômico da empresa, evidenciando a geração de riqueza, assim como dos efeitos sociais produzidos pela distribuição dessa riqueza. “[...] um relatório contábil que evidencia o quanto de riqueza uma empresa produziu, isto é, o quanto ela adicionou de valor aos seus fatores de produção e o quanto e de que forma essa riqueza foi distribuída (entre empregados, governo, acionistas, financiadores de capital) bem como a parcela da riqueza não distribuída. [...] tem por finalidade demonstrar a origem da riqueza gerada pela empresa, e como essa riqueza foi distribuída entre os diversos setores que contribuíram, direta ou indiretamente, para sua geração” (RIBEIRO, 2013, pág. 440). Análise de balanço Esta ferramenta contábil é sem dúvida a forma mais tradicional para avaliação de desempenho de uma empresa onde busca no balanço patrimonial e em outra demonstrações auxiliares a forma mais acertada para demonstrar os resultados dos exercícios. Porém não ser avalia o desempenho de uma gestão apenas pelos resultados líquidos de um exercício seja esse lucro ou prejuízo, por isso lançamos mãos de outros indicadores de negócios. Tais indicadores se baseiam em “índices financeiros”, que nada mais são que fórmulas http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/despesas.htm http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/despesas.htm 6 objetivas, medindo determinadas características da gestão. Apresenta-se, a seguir, os principais índices financeiros. As siglas utilizadas são: AC – Ativo Circulante AP – Ativo Permanente REOB – Receita Operacional Bruta ROB – Resultado Operacional Bruto ROL – Receita Operacional Líquida PL – Patrimônio Líquido PC – Passivo Circulante ELP – Exigível a Longo Prazo “O analista de balanço preocupa-se com as demonstrações financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir ou se continuará operando” (MATARAZZO, 2008, pág. 17). Portanto, no parágrafo acima foi descrito como se deve elaborar um relatório, com as informações extraídas pela análise de balanço, apontando os resultados obtidos nas demonstrações, de forma que os gestores entendam a situação da entidade. 3. METODOLOGIA Balanço Patrimonial - Estudo de caso O estudo de caso que será apresentado visa demostrar a aplicação de uma balanço patrimonial para uma empresa de prestação de serviço, com objetivo de apresentação de dados para execução do planejamento tributários para que a empresa possa escolher o melhor tipo de regime tributário no qual será enquadrada para próximo exercício visando a redução dos custos com pagamento de impostos. Em visita a empresa foram coletados os seguintes dados para elaboração do balanço patrimonial: sendo os ativos, passivos, saldo contábeis, extratos bancários, livros diário. Com os dados acima foram executados a conciliação dos saldos contábeis e reclassificação das contas patrimoniais, elaboração dos cálculos para identificação de lucros ou prejuízos, e de posse dos resultados foi apresentado o balança patrimonial. 7 Apresentação da empresa Estudo realizado em uma empresa de prestação de serviço, localizada em Parauapebas no sudeste do estado do Pará, com 5 anos de existência e do ramo da construção civil, visando um crescimento para o próximo ano a mesma solicitou a elaboração do balanço patrimonial para embasamento do planejamento tributário. Para que esse crescimento ocorra de forma controlada os empresários devem aprimorar a forma de administração dos recursos seja para aquisição de novas tecnologia, melhorias dos processos executivos e administrativos, portanto deve-se levar em consideração todos os fatores que geram gastospara que a empresa mantenha ou melhore a competitividade. Neste trabalho vamos nos concentrar na elaboração de um balanço patrimonial para embasamento do planejamento tributário simples, onde os custos para pagamento de impostos giram em torno de 20% do faturamento anual da empresa. Para esse balanço patrimonial utilizaremos os demonstrativos contábeis do ano de 2020, onde a empresa terá dados para poder enquadrar o regime tributário mais adequado para o ano de 2021, podendo-se comparar entre os regimes tributários existentes. Estrutura do balanço Conforme visto na introdução deste trabalho, no Balanço Patrimonial as contas deverão ser classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa. Atualmente, ele está dividido em 2 (duas) colunas (grupos), a da esquerda que contém o Ativo e a da direita que contém o Passivo, o qual, por sua vez, se divide em 2 (dois): (I) o Passivo e; (II) o Patrimônio Líquido: Figura 02 – Tabela dos elementos do Balanço Patrimonial Balanço Patrimonial Ativo Passivo Patrimônio Líquido Fonte: Elaborado pela autora a. Ativo: é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de eventos passados. Recurso econômico, por sua vez, é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos; b. Passivo: é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como resultado de eventos passados. Para que exista passivo, 3 (três) critérios devem ser satisfeitos: I) a entidade tem uma obrigação; II) a obrigação é de transferir um recurso econômico e; a obrigação é uma obrigação presente que existe como resultado de eventos passados. 8 c. Patrimônio Líquido: é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os seus passivos. Observa-se que num passado não tão remoto, dizia-se que existiam (dois) passivos: o Passivo Exigível que representava as obrigações da empresa com terceiros (capitais de terceiros) e o Passivo Não Exigível, que seria justamente o Patrimônio Líquido, ou seja, o que a empresa "devia" a seus proprietários (capitais próprios). Essa conclusão tinha uma certa lógica, pois a diferença entre os bens e direitos da empresa e o que ela "deve" a terceiros, se positiva, seria o que ela "deve" a seus sócios, ou seja, basicamente o capital por eles investido na empresa e os lucros por ela auferidos. Essa "dívida" não seria, pelo menos em princípio, cobrada pelos sócios, como fariam com terceiros (daí a denominação "não exigível"). Análise prática do Balanço Patrimonial: Com base nas definições técnicas bancárias já estudado acima, podemos estabelecer a seguinte estrutura conceitual para o Balanço Patrimonial, o qual utilizaremos para uma análise mais prática. Figura 02 – Tabela de descrição dos componentes dos itens ativos e passivos Balanço Patrimonial Ativo Passivo Recursos controlados pela entidade. Obrigações presentes da entidade. Patrimônio Líquido. Fonte: Elaborado pela autora O levantamento executado na empresa em estudo mensurou em bens e direitos o valor de R$ 845.000,00 (Oitocentos e Quarenta e Cinco reais) em bens e direitos e R$ 281.400,00 (Duzentos e Oitenta e Um mil e Quatrocentos Reais) em obrigações presentes. Desta forma, podemos concluir que o Patrimônio Líquido R$ 585.600,00 (Quinhentos e Oitenta e Cinco Mil e Seiscentos Reais) e que seu Balanço Patrimonial terá a seguinte configuração básica: Figura 03 – Tabela de apresentação dos dados coletados Balanço Patrimonial (R$) Ativo Passivo Recursos controlados pela entidade R$ 845.000,00 Obrigações presentes da entidade R$ 281.400,00 Patrimônio Líquido R$ 281.400,00 Total do Ativo: R$ 845.000,00 Total do Passivo: R$ 585.600,00 Fonte: Elaborado pela autora 9 Nesta configuração básica podemos ver que a empresa tem um valor de obrigações inferior a de seus bens e direitos, sendo Patrimônio Líquido positivo. Desta forma ficando com uma situação favorável o que demonstra que a empresa tem fluxo de caixa para honrar todos os seus compromissos com os fornecedores. Figura 04 – Balanço Patrimonial Balanço Patrimonial - 2021 - Valores em Reais (R$) Ativo circulante Valor Passivo Circulante Valor Disponível Obrigações a Fornecedores Caixa R$ 100.000,00 Fornecedores Nacionais R$ 20.000,00 Banco Conta Movimento R$ 25.000,00 Empréstimos e Financiamento Aplicações financeira de liquidez Imediata R$ 250.000,00 Empréstimos a pagar R$ - Clientes Duplicatas a Receber R$ 20.000,00 Tributos a Recolher Salários a pagar R$ 120.000,00 Outros Créditos INSS a Recolher R$ 16.800,00 Adiamentos a empregados R$ 10.000,00 FGTS a Recolher R$ 9.600,00 Férias a Pagar R$ 15.000,00 Tributos a Recuperar Participação e Destinações e previdência ICMS a Recuperar R$ - Dividendos a pagar R$ 50.000,00 Investimentos Temporários a curto Prazo Outras Obrigações Ações de outras empresas R$ - Contas a pagar R$ 50.000,00 Ativo não circulante Ativo Imobiliário R$ 300.000,00 Moveis Imobilizado R$ 150.000,00 TOTAL DO PASSIVO R$ 281.400,00 Intangível Fundo de Comercio R$ 12.000,00 TOTAL DO ATIVO R$ 867.000,00 PATRIMÔNIO LIQUIDO R$ 585.600,00 Fonte: Elaborado pela autora Classificação das contas no Balanço Patrimonial: No Balanço Patrimonial, as contas deverão ser classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa. 10 Para facilitar o entendimento dessa classificação, demonstramos abaixo um Balanço Patrimonial com a distribuição dos grupos de contas, conforme determina a Lei nº 6.404/1976: Figura 05 – Tabela de ativos e passivos circulante e não circulante Balanço Patrimonial Ativo Passivo ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE - Clientes - Obrigações a Fornecedores - Outros Créditos - Empréstimos e Financiamento - Tributos a Recuperar - Tributos a Recolher - Investimentos Temporários a curto Prazo - Participação e Destinações e previdência - Outras Obrigações ATIVO NÃO CIRCULANTE - Ativo Realizável a Longo Prazo - Investimentos - Ativo Imobilizado - Intangível Fonte: Elaborado pela autora Grupo de contas do Ativo: No Ativo, as contas representativas dos bens e direitos serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, em outras palavras, a conta (ou grupo de contas) que virá em primeiro lugar no Ativo será sempre àquela que puder ser transformada em dinheiro (realizada) mais rapidamente. a. Ativo Circulante; e Ativo Não Circulante, composto por: (I) Ativo Realizável a Longo Prazo; (II) Investimentos; (III) Ativo Imobilizado e; (IV) Intangível. Interessante observar que grau de liquidez é o maior ou menor prazo no qual bens e direitos podem ser transformados em dinheiro. Ativo Circulante: Serão classificados no Ativo Circulante as contas que representem: a. As disponibilidades, que sãos os valores numerários representados pelas contas "Caixa", "Banco Conta Movimento" e outras que representem os equivalentes de caixa; b. Os direitos realizáveis até o término do exercício social subsequente, ou seja, durante o ano seguinte àquele a que se refere o Balanço Patrimonial. Na vida prática, normalmente esse grupo é dividido nos seguintes subgrupos: (I) Clientes; (II) Outros Créditos; (III) Tributos a Recuperar; (IV) Investimentos Temporários a Curto Prazo e; (V) Estoques; e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte, pagas no exercícioatual, tais como, as despesas pagas 11 antecipadamente (aluguéis, prêmios de seguros, despesas financeiras, etc.). Interessante observar que, com relação ao subgrupo "Estoques", nele serão classificados: os bens destinados à fabricação de produtos e prestação de serviços, tais como, as matérias-primas, materiais secundários e os materiais de consumo industrial; os produtos acabados e os produtos em elaboração no momento do levantamento do Balanço Patrimonial; os bens adquiridos e destinados à venda (revenda de mercadorias); as embalagens e os bens destinados ao consumo da própria empresa (almoxarifado de materiais de limpeza, expediente, etc.). Ativo Não Circulante: As contas do Ativo Não Circulante serão classificadas no Balanço Patrimonial nos seguintes subgrupos: No Ativo Realizável a Longo Prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte ao do Balanço Patrimonial, tais como, notas promissórias decorrentes da venda de bens do Ativo Imobilizado feitas a longo prazo, etc.; os direitos derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da empresa, independente do prazo de vencimento, desde que esses direitos não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da empresa; em Investimentos: as contas representativas das participações permanentes em outras sociedades, ou seja, o investimento feito pela empresa ao tornar-se sócia de outra empresa. Normalmente essas participações geram rendimentos para a empresa (dividendo ou participação nos lucros); e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no Ativo Circulante ou no Ativo Realizável a Longo Prazo, e que não se destinem à manutenção da atividade da empresa, tais como, investimentos em obras de arte, ouro, imóveis adquiridos pela empresa mas não destinados a uso. Na prática, são direitos que geram receitas para a empresa, independentemente de suas atividades operacionais; no Ativo Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à empresa os benefícios, riscos e controle desses bens; no Intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Esse grupo abrange as contas representativas dos recursos aplicados em bens imateriais Grupo de contas do Passivo: O Passivo, conforme já dito neste trabalho, é a parte do Balanço Patrimonial que evidencia as obrigações da empresa, ou, em outras palavras, as origens dos recursos aplicados na empresa. No Passivo as contas serão classificadas nos seguintes grupos: 12 Passivo Circulante: No Passivo Circulante serão classificados as contas representativas de obrigações da empresa, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do Ativo Não Circulante, cujo vencimento ocorrerá no exercício seguinte ao do Balanço Patrimonial. Esse grupo poderá ter subdivisões (subgrupos), conforme a natureza de cada obrigação, como, por exemplo: a. Obrigações a Fornecedores: compreendem os compromissos decorrentes da compra de mercadorias, matérias-primas, insumos industriais, etc. Este subgrupo, ainda pode ser subdividido em Fornecedores Nacionais e Fornecedores Estrangeiros; b. Empréstimos e Financiamentos: compreendem os compromissos assumidos pela empresa na captação de recursos financeiros, visando, normalmente, financiar seu capital de giro; c. Tributos a Recolher: compreendem os compromissos assumidos pela empresa juntos aos Governos Federal ("IPI a Recolher", por exemplo), Estadual ("ICMS a Recolher", por exemplo) e Municipal ("ISSQN a Recolher", por exemplo). São tributos que a empresa é obrigada a recolher em virtude do desenvolvimento das suas atividades normais; d. Obrigações Trabalhistas e Previdenciárias: compreendem os encargos que a empresa tem para pagar a seus funcionários ou a recolher aos órgãos públicos em virtude das relações de emprego que mantêm; e. Participações e destinações do Lucro Líquido: compreendem os compromissos da empresa decorrentes da parte do Lucro Líquido apurado que deve ser pago aos sócios; f. Outras Obrigações: compreendem as demais obrigações de curto prazo assumidos pela empresa e que não se enquadram nos demais subgrupos do Passivo Circulante ("Aluguéis a Pagar", "Telefones a Pagar", por exemplo); etc. Passivo Não Circulante: No Passivo Não Circulante serão classificados as contas representativas de obrigações da empresa, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do Ativo Não Circulante, cujo vencimento ocorrerá após o término do exercício seguinte ao do Balanço Patrimonial. Este grupo poderá ter os mesmos subgrupos do Passivo Circulante, porém, vencíveis após o término do exercício social seguinte. Patrimônio Líquido: As contas do Patrimônio Líquido serão classificadas no Balanço Patrimonial da seguinte forma: a conta do Capital Social que deverá discriminar o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada pelos sócios ou acionistas; as Reservas de Capital que deverá conter as contas 13 que registrarem: a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do Capital Social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias; o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizado; os Ajustes de Avaliação Patrimonial enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao Regime da Competência Contábil, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos na Lei nº 6.404/1976 ou em normas expedidas pela CVM, com base na competência conferida pelo artigo 177, § 3º da Lei nº 6.404/1976; as Reservas de Lucros, que são as contas constituídas pela apropriação de parte dos lucros apurados pela empresa em decorrência de Lei ou da vontade do proprietário; as Ações em Tesouraria que deverão ser destacadas no Balanço Patrimonial como dedução da conta do Patrimônio Líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição; e os Prejuízos Acumulados que registrará os resultados negativos (prejuízos) acumulados pela empresa no exercício atual ou em exercícios anteriores, cujos valores ainda não foram absorvidos por lucros posteriores. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Após a elaboração do balanço patrimonial podemos fazer uma análise dos resultados onde mostra o desempenho do exercício anterior com uma lucratividade positiva no patrimônio líquido da empresa, e com esses resultados fazer o planejamento tributário para o próximo ano de exercícios, onde poderá opinar pelo melhor regime tributários para garantir memores custos com tributação e gerando um aumento dos lucros e conseguintemente o crescimento da empresa. O estudo demonstra que o balanço patrimonial é de fundamental importância como ferramenta de auxílio ao gestores e administradores de empresas de pequeno ou de grande porte, pois orienta-os nas tomadas de decisões podendo auferir resultados significativos para qualquer empreendimento, buscando a diminuição de impostos de forma a melhorar o desempenho das empresas e as mesmas estarem legalmente regularizada com as instituições fiscais. 14 5. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6022; artigo em publicação periódico cientifico impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. FRANCO, Hilário. ContabilidadeGeral. 22. Ed. São Paulo: Atlas, 1921. ________. Contabilidade Comercial. 13 Ed. São Paulo: Atlas, 1996. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos; Contabilidade comercial: atualizado conforme Lei nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2016. LEI Nº6.404 DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm Acesso 10.06.2020 MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanço: abordagem básica e gerencial.6. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.F RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Comercial Fácil. 18. Ed. São Paulo: Saraiva 2013. _________. Contabilidade Geral Fácil. 9. Ed. São Paulo: Saraiva 2013. PESQUISAS CONTÁBEIS. Disponível em: https //www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/TO/Anexos/ [eBook%20SebraeBA]% 20Pagando%20muitos%20impostos%20Conhecendo%20Planejamento%20Tribut%C3%A1rio.pdf Acesso: 10.10.2020 PESQUISAS CONTÁBEIS. 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