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610Z: VINVI09 V ,:_., OSH3/\1Níl VHl3/\ll0 30 OOV97VS 30VOISH3/\1Níl -,.--.~::~'--= ~=r'-.=~-":~ ~=,.---..,=-=--''-=,--=,--_-=--= ~';,,....-._';,-_'=------=~~~~.-'----=-"=~~-, __ . --,--y~...,__~~--,..J ' ---~---~--0-~----~- --· APOSTILA DE DIREITO AMBIENTAL - Professora: Maria Emília ----daMoraJs_Rocha_ --- ----- -------------- ---------------~ _____ ___i;.__FJano_Jie ensino da disciplina ________ _ __ _ ______ _ 2. Significado de Termos Relativos ao Meio Ambiente para --3.- fins jurídicos, glossário da Professora Carla Pinheiro. 'f-ax-tes-a-serem--traballlados em--Sala--de---aula;.-. • Texto 01 - "O que está acontecendo com nossa casa", do Papa Francisco. • Texto 02 - "Elogio do cuidado: ele é a essência do humano", do Professor Leonardo Boff. • Texto 03 - "Concretizações do cuidado (cuidado com o nosso único planeta, cuidado cem- o -próf)rio ---nicho ecológico, cuidado com a sociedade sustentável)", do Professor Leonardo Boff, • Texto 04 - "Introdução", da Preféssc,ra Carla Pinheiro. • Texto 05 - "Conferências lnternacionaís -sobre Meio Ambiente", do Professor Luís Paulo Sirvinskas, • Texto 06 - "Quadro Ilustrativo das Competências Constitucionais Ambientais", do Professor Terence Trennepohl. • Texto 07 - "Mecanismos não jurisdicionais de Tutela Ambiental", da Professora Carla Pinheiro. ,-- - - - ~ · 1'el<mc--08•c..c'!f>re!-.,~,clfffis<IIDienál~Elec-Mei0'-'Aml3ieHte", da -Professora- - --- - -' --- - - --- -G-ar-la:P:iAheim -~- ~• --- _ ___cc - ------- --__ --~ -- ---- ---- - -- -------- J __ ---_ ---- ----.:;-- 'fext-0 ós- "Resp0nsã611,áare'tilv,r';diFPi'<>tessifra EarlaP1nfíeiro. -- ·- - - . e 4. Textos do Professer luís Paulo.Sirvinskas: • Sobre o Meio Ambiente Natural: 1. ATMOSFERA: "Alguns efeitos da poluição na saúde humana" 2. RECURSOS HÍDRICOS: "Algumas causas da poluição e escassez dos recursos hídricos" 3 SOLO: "Mineração" 4. FLORA: "Macroecossistemas" (Biornas) 5. FAUNA: "Crueldade contra animais" e "Tráfico de animais silvestres" 6 BIODIVERSIDADE: "Biop.iratatia" 7. PATRIMÔNIO GENÉTICO: "Células-tronco e STF" 8. ZONA COSTEIRA: "Poluição marinha" • Sobre o Meio Ambiente Cultural: "Bens de Valor Cultural e Natural da Humanidade" • Sobre o Meio Ambiente Artificial: "Direito ao silêncio urbano" e "Ordenação da paisagem urbana e poluição visual" • Sobre o Meio Ambiente do Trabalho: "Segurança e saúde do Trabalhador" OBS.: As tarefas para casa, solicitadas nas aulas, valerão 2,0 pontos em sua totalidade. 5. Textos para VT1: TEXTOS SOBRE os PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL dos Professores lngo Wolfgang Sarlet e Tiago Fensterseifer: ------~---------------- -~-- ----~ Grupo 11: Texto 10 (da página 151 até a página 174) - Os três pilài"es do princípio da participação pública elil matéria ambiental a partir da Oeclaraçâ-o do Rio (1-992) e da Convenção de Aarhus (1998) Grupo 12: Texto 10 ~da página 1:-88 até a página 207) - O acesso à justiça em matéria ambiE:mtal como garantia da participação pública 6. Textos para VT2: TEXTOS SOBRE TEMAS CONTEMPORÂNEOS EM DIREITO AMBIENTAL, da Professora Carla Pinheiro: 1.A dimensão socioambiental da propriedade na ordem econômica brasileira; 2.Dano moral ambiental objetivo: uma discussão necessária; 3.A intervenção do Poder Judiciário como pos$ibilidade de promoção dos direitos humanos ambientais; 4,A dimensão socioambiental do direito agrário: o novo Código Florestal em foco; 5.Patrimônio genético e conhecimentos tradidrbnàis:· a importância da Lei n. 13.123/2015. VT2: Formação de 12 (doze) grupos - trabalho em grupo: Todos os grupos deverão fazer uma re.senha ·crítica digitada -de cada um dos textos acima e responder às cinco questões da ·página 317 (Valor: 2-,0 pontos). · 7. VT3: FILMES E DOCUMENTÁRIOS: • HOME: nosso planeta, nossa casa (documentário). • A era da estupidez. • dia depois de amanhã. • Terra (documentário). • 2012: tempo de mudança (documentário). • A maior flor do mundo. • Lixo extraordinário. (documentário). • A última hora (documentário). • Os lobos nunca choram. • Amazonas em chamas. • A árvore da vida. • Xingu. • Uma verdade inconveniente. VT3: Trabalho INDIVIDUAL: Todos devem assistir a um dos filmes ou a um doS doéumentãrios adma referidos e fazer uma resenha crítica digitada do filme ou documentário assistido (Valor: 1,0 ponto). 8. VT 4: ParticjoaÇãç, em Proj_eto de ExOO:nsã__o relacionado com a proteção ambiental (Valor: 1,0 ponto). 9. VT integrado: ENADE simulado (Valor: 2,0 pontos). Bons estudos! ------------------- ---- Texto 01: Princípio do Estado (Sacio) Ambiental de Direito T~xto 02:·Prírlcíp{d dÕ--FecfE!ratfSmo·-·cooperativo ÊtológiCo Texto 03: Principio da Dignidade da Pessoa Humana e sua Dimensão Ecológica Texto 04~ Princípio da-Dignidade do Animal Não Humano e da Vida em geral Texto 05: Principio da Solidariedade Texto 06: Principio da Responsabilidade em face das presentes e das futuras gerações Texto 01: Princípio do Poluidor-Pagador e do Usuário-Paga'dor Texto 08: Princípíb do Desenvolvimento Sustentável Texto 09: Principio da Função Ambiental da Posse é da Propriedade Texto 10: Prtncípío da Participação Pública Texto 11: Principio ,da Prevenção 'Texto 12: Principio da Precaução Texto 13: Principio da Cooperação (nacional e internacional) Texto 14: Principio da Não Discriminação e do Acesso Equitativo aos Recursos Naturais Texto 15: Principio da Proporcionalidade e da Razoabilidade Texto 16: Principio da Proibição de Retrocesso Ambiental VT1: Formação de 12 (doze) grupos - trabalho em grupo: Cada grupo deve apresentar um resumo digitado sobre o(s) seu(s) texto(s) e a[!resentar o(s) till!Untoll!J em sal~ de aula (Valor: 2,0 pontos). Grupo 01: Textos 1 e 2 Grupo 02: Textos 3 e 6 Grupo 03: Textos 4 e 7 Grupo 04: Texto 8 Grupo 05: Textos 10 (da página 151 até a página 159), 11e 12 Grupo 06: Texto 15 Grupo 07: Textos 13 e 16 Grupo 08: Textos 9 e 14 Grupo 09: Texto 17 Grupo 10· Texto 5 --~~~-~----~---------- -~ --~ ·-...,._J '--' '--.,." '-" '--" PLANO DE ENSINO 2° SEMESTRE DE 2019 CURSO: DIREITO DISCIPLINA: DIREITO AMBIENTAL CÓDIGO: 3019 PERÍODO: 8° PRÉ,REQUISITO: CARGA HORÁRIA: 4.5 CRÉDITOS: 3 PROFESSOR /Al: MARIA EMÍLIA DE MORAIS ROCHA • OBJETIVOS: Proporcionar condições.à compreensão da evolução e da moderna cons- trução do-Direito-Ambiental e oos·meios, instrumentos e mecanismos à prevenção e à defesa do meio ambiente em face de danos, crimes e ilícitos administrativos, a fim dE assegurar, aos agentes da aprendizàgem, base teórica a elementos à prática advoca- tícia tomo futuros operadores do Direito, Sob fundamentos da ética nas relações entre os _homens e dos homens com às bens ambientais da vida . . • EMENTA: Evolução histórica do úireito Ambiental. Conceitos básicos. Princípios fun dámentais. A po/ftiça nacional dé·-nieio ambiente. Órgãos do sistema nacional de meio a"mbiénte e competências. Legislação àplicada à política nacional de meio ambiente e dela decorrente. Leis especiais sobre matérias de relevante interesse ambiental. A tu- tela jurídica ao meio ambiente. A proteção aos bens ambientais nas várias esferas pro- jetivas e sua classificação. Bens especialmente protegidos. Prevenção ambiental: es- tudo prévio de impacto ambiental e o relatório de impacto do meio ambiental. Ucenci amento ambie_ntaL Zoneamento ambiental. Termo de compromisso. Normas técnicas sobre gestão e auditoria ambiental. -Defesa: responsabilidade civil por danos e prejuí- zos ambientais,. respolisabilidáde criminal e responsabilidade administrativa. A prote- ção à pessoa em- face -do mau auso- dê bem ambiental. Reflexões sobre questões al1lbi- entais criticas-na-atualidade. ' . .. "' . BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 1- MILARE, Edis. Direito do Ambiente. São Paulo: RT, 2018 2- FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. São Pau- lo: Saraiva, 2018 3- SIRVINSKAS, Luís Paulo. Maritjâl de DireitoAmbiental. São Paulo: Saraiva, 2018 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: 1- MUKAI, T, Direito Ambiental Sistematizado. 3ª ed. Rio de Janeiro: Forense Univer- Sitário, 2018 2-ANTUNES, Paulo Bessa. Curso de Direito Ambiental. Rio de Janeiro: Lumis Juris, 2018 3- MORAES, Luis Carlos da Silva. Curso de Direito Ambiental. São Paulo: Atlas, 2018 4- DERANI, Cristiane. Direito Ambienta!Econômico. São Paulo: Saraiva, 2018. 5-AMADO, Frederico. Direito Ambiental. Salvador: JusPODIVM, 2019 . . . PERIÓDICOS: Jus Naveg_ancfl Portal de Periódicos CAPES/MEC Revista da Faculdade de Direito da UFG • 1 - ---~----------- ------ -~------- Revista de Direito Anhanguera Educacional Revista Eletrônica Direito e Política Revista de Direitos e Garantias Fundamentais ARTIGOS CIENTÍFICOS DE PONTA SOBRE O TEMA DA DISCIPLINA: Artigo selecionado do Portal de Periódicos CAPES/MEC Temas Contemporâneos em Direito·Ambiental: A dimensão socioambiental da propriedade na ordem econômica brasileira; Dano moral ambiental objetivo: uma discussão necessária; 2 A intervenção do Poder Judiciário como possibilidade de promoção dos direitos humanos: ambientais; A_dimensão socioambiental-do direito·.agrário: o novo Código Florestal em foco; Patrimônio çienético e conhecimentos..:.tradiciotiais: a_ importância da Lei n. 13.123/2015. - PROGRAMA DE CURSO: UNIDADE 1 - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO AMBIENTAL 1.1-Princípios específicos de proteção ambiental. 1.2-Princípios: ·primazia formal e material sobre as regras jurídicas. 1.3-Princípios fundamentais do Direito Ambiental. UNIDADE 2 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO AMBIENTAL 2.1- A associaçãb/ dissoluçã"o: Homem - Natureza. 2.2- As etapas à percepção da problemática ambiental. 2.3- Equilíbrio:/ Deseqliilíbrio-(consciência ecológica). 2.4- Meio ambiente nafuraL artificial, cultural e db trabalho. 2.5- Direito Amlliental. 2.6- A evolução histórica dalegislàção de Proteção. 2. 7- Tutela internacional do mefor ambiente. UNIDADE 3 - COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA AMBIENTAL 3.1- Competências constituçiortç:lis: ·regislativa e administrativa ou material. 3.2- Subdivisões da ·competência legislativa. 3.3- Subdivisões da competência-administrativa ou material. UNIDADE 4 - DIRETRIZES, PRINCÍPIOS, OBJETIVOS E INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (Lei 6.938/81) 4.1- Diretrizes. 4.2- Princípios e objetivos. 4.3- Finalidades e Instrumentos. 4.4- Espaços territoriais especialmente protegidos. 4.5- Órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). 4:6- Competências. UNIDADE 5 - LEIS ESPECIAIS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 5.1- Código Florestal (Lei 12.651/2012). 5.2- Sistema Nacional de Unidades de Conserva,;:ãc, d'c Nertureza_=. ~NUC _((Lei -2- --~---~-------~---~---~ '--/~-~--~--........,-~-'---___, 9.985/00). 5.3- Lei de crimes ambientais ( Lei 9.605/98). 5.4- Polica Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9.433/97). UNIDADE 6 - BENS AMBIENTAIS: PREVENÇÃO E RESPONSABILIDADE 6.1- Bens de uso comum do povo. 6.2- Prevenção. 6.3- Responsabilidade civil. 3 6.4- Responsabilidade penal (crfmes ambientais) e administrativa (infrações adminis- trativas). BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 1- MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente, São Paulo: RT, 2005 2- FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. São Pau- lo: Saraiva, 2010 3- SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de Direito Ambiental. São Paulo: Saraiva, 2011 - BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: 1- MUKA_I, T., Direito-Ambiental Sistematizado. 3ª ed. Rio de Janeiro: Forense Univer- sitário, 2010 2- ANTUNES, Paulo Bessa. Curso de Direito Ambiental. Rio de Janeiro: Lumis Juris, 2005 3° MORAES, luís Carlos da Silva: Curso de Direito Ambiental. São Paulo: Atlas, 2004 4 -DERANI, CriStia·ne. -Direito ambiental econômi.co. São Paulo: Saraiva, 2009. - 3 - i> ) ' ) ) 1 " J ) \ ) ) ) ) ) \ " ) > ) ) ) .\ í ) ) 1 \ r -~- O Significado de Termos Relativos ao Meio Ambiente para Fins Jurídicos A abordagem jurídica dos direitos dífusos, mais especifi- camente do nosso objeto de estudo, o direito ambiental, inseriu conceitos em sua normativa que merecem ser esclarecídos, ten- do em vista a apreensão do seu sentido no contexto jurídico. E isso porque, muítas vezes, o campo do ciência jurídica não comporta a definição deles, já que se tratam de conceitos que estão atrelados a outras disciplinas, tais como o biologia, a agronomia e a economia. entre outras. Também alguns ter- mos, polissêmicos, que assumem um sentido próprio quando inseridos no contexto da proteção ao meio ambiente, assim como outras pQ.lavrns e expressões próprias do direito ambiell- tal. necessitam ser previamente abordadas. Assim, pensamos ser necessário debruçar-nos, mesmo que sucintamente, sobre alguns dos termos e expressões utili- zados pela normativa braSileira que reputamos imprescindí- veis paro a compreensão dos temas a serem analisados·no pre- sente estudo 10 . São eles: lO Cf. Ed~on Luiz Pd!~rs e Paulo de Tarso cie L~ra Pin:s, /00 questó'es de direito aml!ien- tal, p, S3 il 88. Cf. José Aíonso da Silva, Direit.o ambiertt11/ consti!uciorwl, p. 32-9:!. l 33 34 I 1) Agência Nacional de Águas {ANA) - criada em 2000, é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério do Meio Am- biente, e é responsável pela implementaçào da gestão dos re- cursos hídricos no Brasil. Entre suas funções, está aquela de realizar a cobrarrço pelo uso da água e proceder ó outorga de direito de uso dela em rios federais, entre outras. A primeiro bacia hidrográfica brasileira o ter cobrança pelo uso do água foi a do rio Paraíba do Sul, que fico nos estados de São Paulo, Rio-fie Janeiro e Minas Gerais. 2) Agência Nacional de Energia Elétrica jANEEL) - criado em 1996, por ser uma agência reguladora, é uma autar- quia federal sob reglme especial, vinculado ao Ministério de Energia Elétrica. Tem a função de regular e fiscalizar o produ- ção, transmissão e comercialização de energia elétrico no Bra- sil. Isso significa, entre outras coisos, implementar os polítirns e diretrizes do governo federal poro o exploração e o aproveita- mento hidráulico, licitar novos concessões de geração, trans- missão e distribuição de energia elétrica e negociar com o Agência Nacional do Petróleo os critérios para fixação dos pre- ços de transporte de combustíveis fósseis e gás natural, quan- do destinados à geração de energia elétrico. O Brasil possui uma capacidade instalado de 101,7 mil megawotts, dos quais 74,4 mil meg_awatts em hidrelétricas (dados de 2007). 3) Agendo 21 - programa de ações destinadas a imple- mentar os princípios definidos durante o Cúpula da Terra, or- ganizada sob a égide das Nações Unidas em 1992. Apresentada durante a conferência no Rio de Janeiro, o nllmero 21 diz res- peito ao século XXI. A Agenda 21, também chamada de Ação 21, é uma estratégia global para o desenvolvimento sustentável. Trota-se de um plano de ação ao mesmo tempo global, nacional e local, que instaura uma nova parceria mundial para o desen- volvimento sustentável. A construção da Agenda 21 brasileira !lll'"r 1 teve início em 1997 e foi concluídn em 2002. Já a chamado Agenda 21 local consiste em uma proposta para implantar,'.em nível local, um projeto de desenvolvimento sustentável. Essa ogenda preconiza o diálogo entre os coletividades locais, oS ha- lJitantes, as orgnni:wções locais e os empresas para mlotar um programo dr Ação 21 cm escalo dn coletividade. 4) Agrobiodiversidade • considerando c1 noção de que ::i biodiversidmle designo n diversidade. do ser vivo, incluindo o ' diversidode biológ1cn e o cullurnl, a agrobiodiversídode desig- no o conjunto dos recursos fitogenéticos (ou recunos genéticos vegetais), 5) Ag:rofloresta •- designo um tipo de utilização das ter- ras que associo árvores e lavouras numa mesma unidade de gestão. Os jardins de Kandy, no Sri Lanka, com base na associu-çõo estreita de urn nível domürnnte de grandes árvores (como o coqueiro), com um nível mais baixo de árvores, como as bana- neiras e pimenteiras e, nu periferia um nível baixo de milho, mnndioca etc., frequentemente completados por_ um arrozal, representam esse tipo de floresta. 6) Agrossistema - consiste em um ecossistema criado por agricultores por meio de plantas cultivadas e animais domésticos. 7) Amazônia - um biorna onde está a maior bacia hi~ drogrúfica do mundo. São quase 8 milhões de q1,tilómetros qua- drados distribuídos em nove países da América do Sul: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Su- riname e Venezuela. Mais da metade da Amazônia (4,1 milhões de quilômetros quadrados) encontro-se no Brnsil. 8) Aquiculturn -- consiste na criação de animais mari- nhos ou de água doce, Tem nssumido um lugar considerável na prod1u;ão.das proteínas animais consumidas no mundo. A pro- , l 35 36 I g~essã.o espetacular da aquicultura no mundo res~onde a. uma 16Qica de gestão de recursos. Em confraposfçâo à estagnação dqs resultados da pesca, responde um cresdf.\lento da produção aquícola, :ue se multiplicou por catorze desje os anos 1970. 9) Aren de Proteção Permanente (~PAI ·- prevista no Sistema Nacional de Unidades de Conservaçfo {SNUC), o APA é uma das modalidades de unidade de conservação. Em geral é ' uma á~a extensa, que co~porta ocupação 1umana e proprie• dades públicas e privadas. E destinada ó pres1?rvação dos recur- sos naturais (fauna, flora, solo e recursos hlj dricos). Por conta disso, a ocupação e as atividades econômicas devem ser contro- ladas e fiscalizadas pelo poder público. A ~G.ioria das APAS i brasDeiras está na região Sudeste, como a dai Serra do Mor, que é o maior unidade de conservação do Estado re São Paulo, ~om; uma área de 570 mil hectares. 10) Áreas de Pl"eservução Permantnte (APP) - são. pr,evistas pelo Novo Código Flor.estai (Lei Fede ai n. 12.651/2012) como área.s protegidas, cobertos ou não portegetaçõo nativa, CO)Jl a função ambiental de preservar os re ursos hídricos, a p,°:isagem, a estabilidade geológico, a biodiv rsidode, proteger o ~olo e assegurar o bem-estar dos populaçtes humanas. São , fotma.das, principalmente, por todas as for as de vegetaçã?' sit~a-~•s_nas margens de rios, l~goas ou rese f atórios-de úguas : art1fic101·s, bem como aquelas s~tuados em to os de morros, m- c;ostas íngremes, bordas de chapados, dentre utras. 11) Áreas Protegidas - são espaços pttegidos por leis, regulam~ntos e políticas públicas de planeja ' ento do territó- rio para ljmitar ou regulamentar as ativida es humanas com o objetivo, sobretudo, de proteger os ecossistelpas. As áreas pro- tegidas estão distribuídas desigualmente do nosso planeta. Ap.enas um quinto dos países do mundo pro1·ege menos de 1% de seu território. P""· 'I J· l ) ) ) ) ) ) ) ) .1 ) ) ) ) '•; > í 1 :, 1 ) ,> ) 1 ) 1 ) ', ) ) i ) ) ) ) ·r 12) Aridez - estado dos espaços atingidos pnr uma seca permanente. A aridez traduz, no terreno, os efeitos de uma gra- ve escassez de água. 13) Atmosfera - é um meio fluido retido em volta do terra pelas forças da gravidade. É um componente do geossiste- ma, indissoluvelmente ligado à hidrosfera (elo chave do ciclo da água), à bíosfera (espaço das trocas gasosas e hídricas), à li- tosferQ (vetor determinante da morfogênese). ' 14) Auditoria Ambiental - chama-se de auditoria am- biental o regula111ento comunitário EMAS (Environmental Ma- nagement and Audit System) que permite descrever as exi_gên- cias aplicáveis ao Sistema de Administração Ambiental (SAA). 15) Bacio Hidrográfica - também designad-a bacia flu- vial ou bacia de drenagem, é o termo que denota, ao mesmo tempo, a superfície receptora das precipitações que alimen- tam, mais ou menos din;tamente, a rede dos cursos de água cómpreendida em uma superfície, e a área drenada por essa mesma rede hidrográfica. 16) Biodiversidade ou diversidade biológica - termo ou expressão que significa a variedade entre os organismos vi- vos de todas as fontes, incluindo, entre outros, ecossistemas terrestres, mar-ítimos e outros aquáticos e os complexos do qual fazem parte; inclui-se nesse contexto a diversidade dentro das espécies, entre as espécies e dos ecossistemasn. 17) Biorna - refere-se à comunidade biótica característi- .ca de uma região considerada e que pode evoluir para vários biótopos. 11 A definição supracitada foi retirada da Con~enção sobre a biodiversidade, decomnte da Conferência das Naçõr,s Unidas para o Meio Ambient~, e DP,senvolvim.ento. Eco- -Rio, 1992. l 37 38 I 18) Biocenose -· é constituída de seres vivos (animais, vegetais e micro-organismos) que ocupam a mesma área. 19) Biocombustível - é todo combustível renovável pro- duzido o portí'r de vegetais cultivados como cona-de-oçúcar, beterraba, milho, soja, dendê, mamona, entre outros, para a adição ou substituição aos derivados de petróleo. 20) Biodiversidade - diversidade da vida em diferentes níveiSló- genético, que diz respeito às diferenças existentes no interior de uma mesmo espécie; específica, que se dedico Cl de- finir o número, mas também a raridade dos espécies presentes em um espaço especifico: diversidade ecossistêmico, que se in• teressa não somente pelas variedades dos meios, mas também pelo interação entre as espécies que o compõem. 21) Biorna - conjunto dos ecossistemas terrestres, carac- terizados por tipos fisionômicos semelhantes. O Brasil está di- vidido em sete biornas: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mato Atlântica, Pampa, Pantanal e Zona Costeira. 22) Biosfera - é formada por um mosaico de ecossiste- mas. É a esfera da vida, que só existe em sistemas auto-organi- zados e autorregulados em função de determinado meio. Desse modo, não há lugar na biosfera em que não se identifique um ecossistema. Como exemplos, podemos citar os rios, os mores, as florestas, os·serras etc. 23) Biostasia - caracteriza, em um espaço específico, um período de estabilidade bioclimático da cobertura vegetal denso, que bloqueia toda evolução morfogênico ligado a proces- sos de erosão. 24) Biótopo - configura a área geográfico com recursos suficientes para assegurar o conservação da vida. 25) Caotingo - único b.iomo que fica totalmente em ter- ritório brasileiro, está distribuído em 844 mil quilômetros qua- r ' . 1 drados, que correSpondern a 9,92% do território ri.aciona), sen- do 60% do Nordeste. 26) Carga poluidora - consiste na quantidade de mate- riol carregado por um fluido que exerce efeito danoso em deter- rninoclos usos de recur50s naturais. 27) Cerrado - o biorna Cerrado ocupa cerca de 1.,9 mi- lhão de quilômetros quadrados, pouco menos de um quarto do território brasileiro. Avaliações recentes estimam que entre 38 0 57%~do veyetoção nativa esteja desmcituda. Atualmente, o mnior vetor de desmatamento é a pecuário. Um dos grandes problema~ do Cerrndo é ser percebido pela sociedade brasileira como um tipo de vegetação pobre, umn reserva de terras a ser desbravada. 28) Certificação Florestal - termo utilizado para certi- ficar que a. madeira posta à venda no mercado provém de flo- restas geridas de maneira sustentá.vel. 29) Charneca - é um tipo de paisagem dos ambientes oceânicos da faixa ocidental do continente europeu nas latitu- des temperadas. A cho.rneca tem uma. estrutura. fisionômico. feita de moitas baixas e de ervas diversas. 30) Chuvas Ácidos e Acidificação - o termo "chuva ácida" define as precipitações á.cidas (chuva, neve, geada, né- voa}. O dióxido de enxofre e os óxidos de nitrogênio são as prin- cipais causas das chuvas ácidas. Esses poluentes oxidam-se no ar para formar ácido sulfúrico e ácido nítrico ou seus sais. Nós os encontramos nas nuvens e, depois, nas precipitações, às ve• zes G centenas de quilômetros dos pontos de emissão do dióxidode enxofre ou dos óxidos de nitrogênio. 31) Cinturão verde --- consiste em uma coroa de espaços verdes (arborizados e agrícolas) ronservudos e administrados em torno de uma aglomero.çô.o urbano. " 1 39 10·1 · 32) ClímaxJResiliência - designu o estado d2 equilíbrio clima-solo-veg etoçõo-founa que caracteriza um ecossistemo em estado final de evolução no ausência de todo intervenção humano. 33) Clorofluorcarbonetos (CFCs) - são compostos 90s0- sos artificiais, utilizados depois da Segunda Guer~o Mui:1d-iol nos circuitos de refrigeração e como propulsores para a.s pom- bQ$ de aerossóis. Nos anos 1980, foram acusados dt destrhir o camada de ozônio da estratosfera. 34) Complexos Deltaicos e Meio Ambiente - o delta corresponde à foz de um curso de ó.gun onde os oluviôe~ flu- viais se acumulam, em vez de serem redistribuídos, sobre 'uma grande extensão pelas ondas e pelos correntes liton:inéos: Eles marcam um avanço das terras sobre o mar e se encontram tan- to quando há marés como quando estas sã.o pouco marcod,as: é o aporte considerável de sedimentos que é determin-0nte. 35) Conservação ecológica - gestão da utilização do :bios- fera pelo ser humano, de forma o produzi!" o melhor beneficio sus- tentado para as gerações atuais, mas que mantenha sua poten- cialidade no sentid0 de soti-sfazer a.s necessidades das gerci.ções futuras. A conservação ecológica é um processo dinâmico, tendo por finalidades manter os processos ecológicos e os sistemds vi- tais essenciais, permitir o aproveitamern:o continuado das espé- cies e dos ecossistemas e preservar a diversidade genética 12• 36) COP 21 e 22 - A COP 21 ocorreu em Paris, em 2015, e a COP 22 em Marraquexe, no Marrocos, em 2016. Essas conferên- cias sobre o clima, patrocinadas pela ONU. foram reahzadasicom l '2 cr. !UCN. Cstratégfo Mw1diuf para a Conservação: /. A cunsc:ruaçâo doe-recursos vivos para um dese,wo{_[!rin,mto .msrentado, n. 4, apudJosé Afonso da Silva, Comefllário con• , 'rrixruiif_i/ Co11smü1ção. 4. ed, São Paulo: MalhdrQs, 200;/, p.,8·38: · ) ) ) 1 1 ) ) ) ) ) ) ) ) \. ) > " '1 1 > ;j ) ' ) ) ) ) ) ) ) '> .1 ) ) ) ', , í- 0 propósito de promover o redução de emissões de carbono no mundo. O objetivo é que todas as nações, e não somente os países mais poluidores, participem do combate às mudanças dímáti- cas. O objetivo de longo prazo do acordo de Paris foi manter o aquecimento global "muito abaixo" de 2 ºC. o acordo de Marra- quexe visa construir instrumentos para a efetivação das metas prescritas em 2015. 37) Corte raso - ocorre quando o povoamento (vegeta- ção) é .. t:ortodo completamente em uma açõb. 38) Créditos de carbono -· constituem a peça-mestra, de inspiração neoliberal, do dispositivo que foi escolhido para enquadrar uma redução progressiva das emissões antrópicos de gases de efeito estufa. Nas negociações que levaram ao Pro- tocolo de Kyoto, essa peça se impôs sob pressão norte-ornerica" na, diante das abordagens voluntaristas europeias. Esse méto- do consiste em, uma vez estabelecidos os objetivos globais e as quotas nacionais, deixar agir os mecanismos do mercado. Qualquer país que nõ.o utilizar a sua quota, por conta do pro- gresso tecnológico acelerado ou de marasmo econõmico, pode vender parte dela a oútro país que estiver demorando a se pôr em conformidade, voluntariamente ou não. 39) Crise climática - em acepção amplo, o termo "cri· se" significa um não retorno ao estado anterior. O clima não para de se ajustar, mas nunca está em crise. Em contrapartida, é inegável que suas mudanças, lentas ou rápidas, são capazes de disparar crises para outros aspectos do meio ambiente: cri- ses morfológicas, por exemplo, já que, em matéria de erosão, a resiliência (retorno ao estado inicial) é impossível. 40) Custo externo-é o custo que sofrem outros agentes. da economia por causo de um agente emissor de uma externo- lidade negativo como, no caso do meio ambiente, a emissão de l 41 poluentes ou de resíduos, a superexploração dos recursos natu- rais, a degradação de uma paisagem etc. É, portanto, a expres- são monetarizado do dano que sofrem os outros agentes em razão da atividade do responsável pela externalidade. 41) Dnno ambiental - diz respeito a qualquer degrada- ção do meio ambiente, qualquer diminuição do capital natural (ecossistema, biodiversidade), qualquer dano causado às pes- soas (,f)rejuízo de sua integridade fisica) ou aos bens por causa da alteração do meio ambiente, qualquer dano econômico (em- pobrecimento, cessação de ganhos) devido à exploração de um ambiente. 42) Decrescimento sustentável - implica o redução do consumo de_ matérias"primas e de energia e a reavaliação do relação com a riqueza, com o progresso e com o espaço, Contra- riamente aos defensores do desenvolvimento sustentável, os partidários do decrescimento sustentável não creem que os mecanismos de mercado sejam suficientes poro restaurar o equilíbrio ecológico. 43) Desenvolvimento ~ um produto da Guerra Fria. Subjaz a ideia de que os países pobres devem obrigatoriamente percorrer tirn caminho idêntico ao dos países ricos, que os con- du'zo à entrado no sociedade de consumo. 44) Desenvolvimento sustentável - de acordo com o Relatório Brundtlond (1987), o desenvo!viinenro que responde ás necessidades das gerações atuais não pode comprometer as necessidades das gerações futuras. O desenvolvimento susten- tável vincula-se a um compromisso entre três contradições fundamentais: os interesses da-s gerações atuais diante dos das gerações futuras, os interesses dos países industrializados e os dos países em desenvolvimento, os nece~sidades dos seres hu- 42 ! manos e os da preservação dos ecossistemas. r , , ! 1 1 ! "'···· 45) Dese1·tificaçõo -·-- designa o degradação dus terros nas moos Clridas, semiúridas e subúmidas secos em conse- quência de diversos fotores, entre os quais as variações climá- ticas e us atividades humanas. A noção de limiar de irreversi- bilidade permite distinguir degradação e desertificação, a qual ciparece ao cabo de um processo evolutivo. 46) Deslizamento - é um movimento de terreno que se coracteriza por uma descida em massa de um volume de mate- • riais móveis ao longo de uma encosto. 47) Desmatamento ou desflores(amento - parece sim- ples: é o desuparecimento de espaços florestais. Mos a expressão "espaço florestal" engloba realidades tão díferentes, ou seja, ín· cluí das florestas densos dos regiões tropicais às• formaç5es fre- quentemente abertas do dorrúnio mediterrâneo. Assim s~ndo, temos que não existe um só tipo de desmatamento, mas nume- rosos. Além disso, o que se entende por de·saparecimento· pode englobar uma modificação duradoura da atribuição das terras ou mesmo uma conversão temporária paro a agricultura. 48) Desmatamento --- consiste na destruição, corte e obc1te iniiiscrimínudo de matas e florestas, com a finalidade de comercialização de madeiro, utilização dos terrenos para-agri- cultura, pecuária, urbanirnção ou outra atividade econômica ou, ainda, qualquer obro de engenharia. O desmatamento é termo que nos interesso conceituar, já que ele pode causar di- versos desequilíbrios ecológicos, nlterar o clima, .ª biodiversi- dade. a paisagem e contribuir para o numento do efeito estufa. 49) Direito ombientnl o direito ambiental surgiu como disciplina jurídica ao longo da segunda metade do século XX. A Conferência de Estocolmo, em 1972, gerou uma dinâmiw que favoreceu sua afirmação e depois seu enriquecimento, tan- to do ponto de vista institucional quanto operacional. A Cúpu- la da Terra no Rio de Janeiro, em junho de 1992, marcou sua. l 43 44 I evolução pelo ,reconhecimento.dos prin1ípios ine:entes à sua implantação. Seu domínio progressivamente ampliou-se. 50) Diversidade - a ConstituiçãJ Federal de 1988,' no art. 225, II, determina ser necessário"prrservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético", f que significa pre~er- var todas as espéci.es, mediante o fator faracterizante e dife- renciador da imensa quantidade de espéFies vivas do Pais, in- cluindo aí todos os reinos biológicos {veg~tais e animais). . . . 51) Ecodesenvolvimento- pode serldefi_nido como um pro- cesso de desenvolvimento esclarecido, iJJ.Ue a soda respeito ao rri-eio ambiente, pró.ticas. democrátiq1s e luta co ro as desigu:i.lc).odes. 52) ·ecodumping ~ o dumping é prática ciue cons:~ste em vender nos mercados externos produ os a preços·inferidres ' aos que sfüJ praticados no mercado nacio 0.1 ou mesmo a preÇos inferiores aos preço·s de custo. Por anal gia a essa práticq, o dumpiiig ambiental ou ecodumping é a 1 mnipulação voluntá- ria, por um Estado, dos instrumentos de política do meio q,m- biente à sua disposição (taxas, sistemas e licença de emissões negociáveis, regulamentações, normas e e.) com vistas a ÇLU- mentar a competitividade de sua indústr a doméstica. 53) Ecologia - nasceu na Alemanhq em 1868, criada pelo biólogo Haeckel, e pode ser definida, genericpmente, como "o estu- do do servivÓ em seu meio". É a ciência quetstuda as condições de existência dos seres vivos e as interações, e qualquer pature'za, existentes entre esses seres vivos e seu mei 1_1. Definição essenljal para a apreensão do sentido qu,e expressõej como "sítio de valor ' 13 Cf. Ro~er Dajoz,-~:c:;:;~::·;~;~;: .. p. ;~, -~osé Afonso da Sil~a chama a atenção para a irn· portância de apreender a realidade que a palavra expr~ssa a fim de compreender o sentido de expressões cogstitucionais corno "sítio de valo.r ecológico", "meio am- biente ecologicamente equilibrado", "processo ecol 'gico", "1mwejo ecológico", "ecos~ist~ma" (iJ. Cf, aits. 2l6, V, e 225). C(. José Afon o da Silva, Direi'm ambienlal wnst1t11cwnal, p. 83. , 1 ,, .,, ,, f ' ) ) ) ) l ) ) ) ) ) ) ' ' ) ! ! ) ) 1 ) ' ! ) ) ,) ) ) ) ! ) ) ', ) l r ecológico", "meio ambiente ecologicamente equilibrado", "processo ecológico", "manejo ecológico" e "ecossistema" assumem no texto constitucional - vide arts. 216, V, e 225 da Constituição de 1988, 1mpórtante salientOr, com José Afonso da Silva, que, quando os chamados ambientalistas clamam pela defesa da ecologia, estão se referindo à "( ... ) defesa, proteção, preservação e conservação da qualidade essencial daquela realidade, daquelas relações e intera- ções ambientois"14• ,, 54) Ecologia industrial - objetiva repensar os proces- sos de produção e de consumo. Trata-se de fazer o sistema in- dustrial imitar o sistema natural. A abordagem apoia-se na medida dos fluxos de matérias e de energla que atravessam os sistemas produtivos, o que deve permitir otimizar e reduzires- ses fluxos e reciclar os resíduos. 55) Ecologia profunda fdeep ecologyl- concepção que se inscreve nas posições norteramericanas do século XIX sobre a proteção da natureza. Nesse sentido, entende-se que há justiça quando se tende a preservar a integridade, a estabilidade e a be- leza da comunidade biótica. É injusta quando tende ao inverso. 56) Economia ecológica - parte do reconhecimento da interdependência entre economia e meio ambiente para estu- dar-lhes a interface, com o auxílio de conceito-s tomados de em- préstimo às ciências da natureza, em particular da ecologia. Sublinha a limitada capacidade de assimilação dos ecossiste- mas e contesta que as substituições entre os ativos naturais e o capital manufaturado sejam sempre possíveis, sustentando que o capital natural é insubstituível. A nossa Constituição Fe- deral, nos princípios da ordem econômica (art. 170), estabelece o elo entre ecologia e economia. 14 CL José Afonso da Silva, ob. cit,, p. 837. x, l 45 57) Ecossistemas - são formados por um conjunto com- plexo de componentes tanto bióticos como abióticos, que consti· tuem uma unidade ecológica básica funcional. A Constituição Federal de 1988, no art. 225, § 1º, l. impõe ao Poder Público o dever de "prover o manejo ecológico das espécies e ecossiste- mas". Conceito fundamental em ecologio. É neles que se dão as relações ecológicas. Compõem-se de dois elementos, quais se- jam, um lugar com recursos suficientes para assegurar a con- • serVação da vida (biótopo) e um agrupamento de seres vivos --- animais, vegetais e micro-organismos - que o ocupa (biocenose). Sobre o termo "ecossistema", é importante ressal- tar, com José Afonso da Silvo, que a Constituiçào impõe ao Po- der Público "o dever de prover o manejo ecológico dos ecossiste- mas" (art. 225, § 1!!, !), que consiste na conservação do sistema como um todo, sempre com a ideia de utilização sustentada dos recursos ecossistêmicos. O que é diferente do "manejo das espê- cies", que consiste na gestào de elementos do ecossistema. 58) Ecotaxa ou taxa ambiental - consiste em toda taxa fiscal sobre as fontes de poluição e sobre a exploração dos recursos naturais não renováveis. 59) Ecótono - termo que designa o espaço de contato entre dois ecossistemas diferentes. Esse espaço de contato cons- titui, às vezes, um ecossistema pleno, que compreende, além das características próprias aos dois ecossistemas enquadran- tes, particularidades que permitem individualizá-lo. 60) Educação ambiental - a educação ambiental para o desenvolvimento sustentável deve combinar-se com a instrução cívica, ter por objetivo formar o cidadã.o consciente de seus direi- tos e deveres e permitir a tomada de consciência pelo aluno quan- to ao caráter finito do planeta e de seus recursos; além disso, deve orientar acerca de certas práticas a serem evitadas ou abolidas, 46 I como o desperdício dos recursos, por exemplo. Essa educação exige ' t,1 ' 1 também muitas ref1exôes para nô.o incorrer em visües sisternati,. cnmente drnmatizodas e freqLLentemente simplístcts, populmizo- das de formo u111plc1 pela mídia. Elo implirn ensinar G dúvida e o incerteza e levantar mais perguntas do que trazer respostas. 61) Efeito estufo -- processo natural que proporciona d. superfície do. Terra tempernturns suportáveis se o efeito não existisse. O referido efeito compreende a ação protetiva· exerci~ do sobre o radiação emitida pela superfície da Terra. Ocorre . ' que os gases emitidos pela ação humana {C02 , por exemplo) in- terferem de forma negativa (como uma espécie de efeito estufo adicional), aumentando o buraco na camada (de ozônio) prote- tíva e favorecendo o aquecimento global. . 62) El Niiio - no origem, era o nome dado ao aquecimen- to temporário que afetava as águas litorôneas do Peru, perto do Natal, e ocorria em intervalos regulares (4 a 7 anos). Hoje é, por um lado, uma gangorra que, após ter arrastado as águas tropicais para o oeste do Pacífico, os traz de volta para ,o leste, onde elas detêm as subidas de águas frias; por outro lado, é um deslocamento concomitante dos setores de conversão e de chu- va máximas, que produz dilúvios em zonas semió.ridos e secas ocasionais em z.onas normalmente irrigados. 63) Enchente choma-se enchente (ou cheio) o aumento importante do volume de um curso de água, rütidomente supe- rior ôs Vmiuções sr1zono1s do regime anual. 64} Energia fóssil- a expressão designa o energia pro- duzidG por rocll(!s suryidGs da transformação de matérias orgânicas. 65) Energia nuclear - trata-se da fusão nuclear poro fins de utilização energético. A energia nuclear é utilizada principalmente poro a produção de eletricidade. Também é uti- lizado para fins militares, propulsão de novios._e _submarinos e tem usos no medicino. 111 66) Energia renovável: biomassa - o termo agr..1po vó- rios elementos: madeira•energio, o biogós e os biocombustívei~. A vantagem desse tipo de energia é que quase não _produz gases de efeito estufo e contribui paro reduzir a dep,endênda energé- tico. Mas algumas dificuldades se apresentam no tocante 09custo da produção, que permanece alto. Coloca"se também ~ questão da concorrênci~ de superfícies das cul_turas destinado1 à alimentoçõ.o e as destinadas aos biocombustíveis. Atualmen- l . i te, os oiocornbustiveis ainda ocupam um lugot limitado a:m terc mos de sua utilização. 67) Equilíbrio ecológico •- consiste na harmonia das re- i lações e interações dos elementos do meio am~iente, resrnltan~ do-se os elementos que compõem o meio ambiente mais ::'avorá.7 veis à qualidade de vida. A nossa Constituição ,vigente refere-se ao "equilibrio ecológico" no ort. 225, utilizando a expressão "'meio ambiente ecologic.amente equilibrado~. 68) Estepe - formação vegetal baixa., com menos de 5 metros de altura, em geral aberto, deixando amplos setores do solo nu eritre os arbustos ou as relvas, composta de lenhosos baixos ou de herbáceas, situado à margem dos desertos. 69) Estocolmo (Conferência de) - em 1972, reuniu-se, em Estocolmo a primeira Conferência Internacional sob a égidé dos Nações Unidas·, com o objetivo de avaliar o estado do Plotie-, ta. Com efeito, a Suécia, em 1968, propusera às Nações Unidas uma conferência mundial sobre os problemas ambientais que- implicavom uma cooperação internacional. A Conferên-cia dei Estocolmo consagrou, portanto, a abordagem globalizada do, meio ambiente, conforme atestou sua divisa, "Uma Só Terra". 70) Estudo de Impacto Ambiental - é um instrumento regulamentar destinado a prevenir poluições ou prejuízos_, ten- 48 I ·rondo agir Q.O ris.co,. erri sua fo!J,te,.onl:es di(·qúalt].üei oper(lção. · r -·~ ' ) 1 ) ) ) ) ) 1 " ) ) \ ! ) ) ) } ' ) 1 ) 1 ' ) i ) ' ) ) ) ) ) } } ', ) ) ) ) ) \ ) ,1 ) ) \ ''f" 71) Eutrofizoçõo - errriquecimento do,s cursos de águo ou dos lagos e das massas de água em geral com elementos nutritivos, essencialmente fósforo, e a multiplicnção de plantas oquátícas. A proliferação que ocorre o seguir consome o oxigê- nio disponível na água, o que culmino com o desctparecimf'.nto da vida nesta. A eutrofizoção diz respeito, sobretudo, aos seto- res que recebem produtos derivados da agricultura intensiva, forte consumidora de fertilizantes, e grande volume de esgotos domésticos, como os rios Tietê e Pinheiros, no Região Metropo-,, litona de São Paulo. 72) Externalidades - define-se a existência de om efei- to externo, ou de uma externalidade, pelo foto de o bem-estar de um agente - a satisfação de um consumidor ou o lucro de uma empresa - ou sua liberdade de escolha de comportamento estarem diretamente afetados pelos ações de um terceiro, sem que isso dê lugar a qualquer transação d·e mercado entre os dois protagonistas. Externalidade positivo ocorre quando me- lhoro o bem-estar do agente implicado; fala-se então de econo- mia externa (atividades de pesquísos e desenvolvimento, em- preendida por certas empresas, que traz benefícios a terceiros). Quando ela degrada o bem-estar do agente, a externalidade é negativa, é uma "desecouomio" externa: é o caso das externa- !idades que correspondem à degradação do meio ambiente, como todas as emissões de gases de efeito estufo, os dejetos pó- Juentes etc. Quando o fonte produtora da externolidade não é identificável, o que é o caso de muitos situações de poluição global, a externalidade é dita difusa. É possível dístinguir as externalidode.s estáticas das externalidades dinâmicas. As pri- meiras têm um efeito reversível sobre o bem-estar dos agentes e podem ser tratados por acordos entre agentes econômicos, ao passo que as segundas têm efeitos persistentes no economia e não podem, portanto, ser compensadas pelos mesmos métodos (emissão de gases do efeito estufo}. j 19 ~ ~ ~; ~ ~ 1 l·~ ' ' M 1 ~ 'I' '' ~ ·1· ,j '~ ? n: :~:, 50 1 73) Fator 4, fator 10 •- o fator 4 designa o objetivo de dividir por 4, até 2050, as emissões de gases de efeito estufo, com relação à situação de 1990 nos países industrializados O fator 10 prevê (1 redução em 10 vezes do f1uxo de matéria utili- zada por esses países. 74) Fauna15 - em sentido amplo, a palovrn "fauno" refe- re-se ao, conjuoto de todos os animais de uma região ou de um perí9do g·eológico, abrangendo a fauna aquático, a das árvores, a do solo (insetos e micro-organismos) e a silvestre (animais de pelo e de pena). Não devem ser incluídos os animais doméslicos ou domesticados, nem os de cativeiro, criotórios e os de zoológi- cos particulares, devidamente regularizados. 75) Fertilizantes - têm a função de trazer aos vegetais elementos úteis para seu crescimento. Os agrônomos distinguem- -nos dos melhoramentos, como a colagem (aplicação de cal), que têm-como principal objetivo apenas melhorar as características flsico-químicas de um solo (por exemplo, reduzir sua acidez). 76) Fertilizante verde - os fertilizantes verdes corres- pondem a culturas que não são destinadas à colheita, mas a serem enterradas antes da implantação de uma cultura: eles têm lugar, portanto, nas rotações entre duas culturas princi- pais, por exemplo, entre um trigo colhido no verão e um milho semeado na primavera. 77) Flora - é um coletivo que se refere a·o conjunto dos espécies vegetais do país ou de determinado Jocalidude A floro brasileira compõe•se, assim, de todas os formas de vegetaçào IS Cumµre ressaltar, com José Afon~o da SíMi, que a C:onst1luiçilo l',1~ dist1nçào .:11Lre il fauna aquática e a fauna silves Ire, ao falar, respect'ivamenle, rrt1 pcsr,a e em CilÇJ O art. 2~, VI, da Constituição Federal declara compelir~ U11iào, ao> Estados e ao Ois· trilo Federal legislar rnncorre n tem ente s 1lbre caça, pesca e r au 11a. Assi 171, poncio í ou• na ao lado de caça e pesca, pode-se deduzir que quis empregar o termo em seíltido abrangente. Do mesmo modo deve ser entendido seu emprego nos arts. 23, VII, e 22.'i, § 1~, Vil. Cf. José Afonso da Silva, ob, cit., p. 846. ·f!! lf', , ,' "f'!7 úteis à terrn que revestem, o que inclui as florestas 1°, cerrados, caatingas, brejos e mesmo as forrageirns nativas que C?brem nossos compos naturais. A floresta constitui um tipo de flora. 78) Floresta -- comiste em uma formação vegetal espon· tôneo ou produzido, curacterizada pela predominância de ár- vores e pela sua estrutura fisionômica. É termo genérico para qualquer terreno plantado de árvores silvestres de extensão considerável. As inf1uências da floresta sobre o meio ambiente são rrfúltiplos. Elas se situam em diferentes níveis, da escala local à planetório. 79) Floresta Nocional (Flonoj - é: umc.. modalidade de unidade de conservação de uso sustentável. É uma área de pro" priedode da União, com cobertura florestal de espécies predomi- nantemente nativas, e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais eu pesquisa científico. Mora- dores que já hobitom CL ó.reo no ocasião da sun criação podem permanecer no lornl. Sua utilizuçã.o econômico é realizada por meio Lle concessóes promovidos pelo Serviço Florestal Brasileiro. A primeira F\ono com concess(lo para o manejo de madeira foi a do Jomari, em Rondônia, que começou a produzir em 2010. O mes- mo tipo de unidode de conservnçã.o pode se.r criado pelo Estado (Vloresto Esloduol) e pdo Município (Floresta Municipal), 80) Formações superficiO:is - são considerados forma- ções superficiais todos os materiais, em geral móveis, que se intercalam entre o rocha instalada, não alterada e os solos. 81) Fundação Nocional do Índio (FUNAI) - vinculuda oo Ministério da Justiço, o FUNAI é o órgão federal responsável pelo estabelecimento e pela execução da política indigenista 16 O conceito de [loresta não compreende as áreas verdes urb.anas, que ficam sob G re- gime dos planos dirctGres e de leis municipais de uso do solo, resµeúados os princí pios e limites il que 5c refere o art, 2~, parágrafo único, do Código Plorestal. ·cr. José Monso dJ Silva, ob. cit.,p. 8ff 1 Sl ,,,, (i ~,: ir/; ;111 ;l_i: 52 1 brasileira. É responsável pela administração e pelo monitora- mento dus terras indígenas regularizados e aquelas ocupadu~ por populações indlgenos, incluindo as isdladas e de rece~te contato. Deve zelar também pela conservação e recuperação do meío ambiente· e controlar impactos decorrentes de ir:terfer~n- cius externas às terras indígenas - áreas da: União coo usufru- to exclusivo dos povos inQJgenas ~. que utuulmente correspon- dem a 12,83% do território nacionul. ' 82) Fi:tndo Amazônia - criado em 2q08 pelo governo jfe- deral (Decreto n. 6.527), o Fundo Amazõnici tem o objetivo-·de financiar projetos para prevenção e comba;e uo desmatam1n- to, além do conservação e uso sustentável do biorna da Amaiõ- . ' nia, cujo finalidade é diminuir as emissões :de gases-estufa.' 83) Fundo para o Meio Ambiente l\'lundiol IGEF, ~m suo sigla em inglê:sl - foi criado, antes da Cúpula da Terra,, /.1º Rio de Janeiro, paro fürnncior projetos que protejam e levem em conta o meio ambiente mundial. 84) Gases do efeito estufa --- sob essa de11ominuç·Q.o, agrupam-se determinados gases capazes ::le exercer o papel de filtro e r\e reter uma parte da radiação que os atravessa. 85) Geossistema - traduz-se concretamente como urp.a unidade de po.isagem e é concebido como Em sistema territorial natural, que léva em conta o conjunto das estruturas que orgaili- zam um espaço e seu funcio.namento. Essa no,ção enriquece a r;io- çêLo de ecossistema, na. qual se inspira: o ecossistema ol). sistema ecolPgico integro as relações dos seres vivos entre si e com seu meio; o geossistemo concede mais lugar aos dados obióticos e apresenta os fatO"s untrópicos. Como tal. é o modelo de compreen- sã.o da paisagem por um procedimento que se situa na confluên- cia da geografia e da ecologia e na esteira ctos' ciências sociais, 86) Gestão ambiental - designa os métodos de gestão e de organização do empresa, que consideram, de maneiro siste- ) l 1 ) ) ) ) ) ' ' ) ) ) ) 1 ! ) ' ,, ) ) 1 \ ) \ ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) \ ) > ) ) ) \ mática, o impacto das atividades no meio ambiente e avaliam esse impacto, procurando reduzi-lo. A gestão do meio ambien- te, frequentemente, cruza-se com sistemas de gestão preexis- tentes, como a qualidade, a higiene ou a segurança, a ponto de, eventualmente, constituir com eles um sistema integrado. 87) Gestão ecológica - implica uma política de meio am- biente segundo a qual um país determina, organiza e põe em prá- tica cliversas ações que visam à preservação e ao melhoramenro ' da vida natural e humana 17• Cumpre ressaltar que a referida política deve orientar-se sempre com vistas ao sopesamento de interesses de ordem ecológica, sociológica e econômica, assim como apoiar-se sobre instrumentos institucionais e jurídicos. 88) Globalização - termo que surge nos anos 1960. Pre- diz o funcionamento de mercado e de modos de consumo em escala planetária, culminando em uma sociedade global. O ter- mo difunde-se rapidamente para além do campo econômico e é utilizado fora do campo científico, sobretudo pelas ONGs. 89) Holismo - provêm do grego halo, que significa todo, inteiro. Costuma-se resumir o holismo com a seguinte declara- ção: o todo é superior ó. soma das partes. O holismo, com efeito, postula que o conhecimento de um objeto ou de um ser não pode ser obtido se não se conhecer a totalidade, o sistema do qual ele faz parte. o holismo é utilizado pelo ecologia quando se procura deduzir a biologia dos seres vivos das condições do meio. 90) IBAMA {Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) - é uma autarquia fede- ral liga~a ao Ministério do Meio Ambiente. É o órgã,o executivo responsável pela execução da Política Nacional do Meio Ambien- te (PNMA), incluindo a fiscalização do uso dos recursos naturajs 17 Cf . .1.-P. Charbonneatr e outros, Enciclopédia de ecologfo, p. 359 .. I 53 (água, flora, fauna etc.) Também é o responsável pela análise dos estudos de impacto ambiental (EIA) de empreendimentos de âmbito federal e pela concessão das licenças ambientais ne- cessárias. Importante apontar que, desde 2007, com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (lCMBio), o IBAMA deixou de ser responsável pela gestão das unidades de conservação nacionais. 91) Impacto ambiental - é qualquer degradação do • meio ambiente, qualquer alteração dos atributos deste. Seu con· ceita legal é calcado no conceito de poluição, mas não é somente por esta que se causa impacto ambiental; o corte de árvores, a execução de obras que envolva a remoção de terra, terraplana- gem, aterros, extração de minérios, escavações, erosões, desbor- rancamentos etc. configuram outras formas de impacto am- biental. Tod~s as formas de degradação se subsumem na definição legal do art. 1º da Resolução CONAMA n. 1/86, tratada no capítulo 4 da presente obra . 92) Manejo biológico - diz respeito o todo e qualquer procedimento que vise a assegurar a conservação da diversida- de biológica e dos ecossistemas. Estão incluídos nesses procedi- mentos técnicos e mecanismos administrativos destinados ao aproveitamento racionalizado dos recursos naturais no âmbito de normas e regulamentos relativos à gestão ambiental. 93) Manejo ecológico dos espécies- é exigência decor- rente do art. 225, § JQ, I, da Constituição vigente. Decorre de um sistema de gestão ecológica das espécies vegetais e animais. É necessário que se promovo uma gestão ecológica planejada das espécies, abrangendo o zoneamento específico, para que se pos- sa efetuar o manejo, que configura um instrumento para a uti• lização sustentada das espécies. Conforme frisamos acima, a Constituição Federal de 1988, no art. 225, § JQ,I, impõe ao Poder 54 I Público o dever de "prover o manejo ecológico dos ecossiste- i!I"" "I mas", que é diferente do manejo ecológico das espécies. Este consiste na g€stõ.o de elementos do ecossistema, enquanto o manejo dos ecossistemas diz respeito à conservação do sistema como um todo, sempre levando em conta a ideia de utíliza~·õ.o sustentada dos recursos ecossistêmicos18 • São ecossisterhas im- portantes, estabelecidos pela Constituição: •O Floresta Arilazôni- ca, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossen- se e a Zona Costeiro. ' 94) Manejo de território--- objetivo'uma gestão ecológi- ca eficiente. Consiste rro organização do espaço nacional de for- ma que se valorizem os recursos naturais e humanos por meio de equipamentos apropriados e tendo em vista satisfazer as múltiplas necessidades das populações envolvidas. 95) Manejo florestal sustentável - díz respeito à ad- mimstraçClo de florestas paro obtenção de brneficios econômi" cos, sociais e ambientais, respeitando os mecanismos de sus- tentação do ecossistema, objeto elo manejo, e considerando, rnmulntiva ou olternntivamente, o utilizaÇão de múltiplas es- IJécies madeireiras, de múltiplos produtos e subprodutos não madeireiros, bem como a utilizoçêio de outros bens e serviços de natureza florestal. 96) Moto ciliar é formada pela vegetação existente à beira dos rios. 97) NIMBY l,cfcitoj - a expressão pr,ovém do inglês: Not in my backyard (não no meu quintal). Tratp.-se de um neologis- mo californiano criado nos anos 1980, para designar a oposição local n infraestruturas projetadas ou até mesmo existentes por causa dos danos que elas suscitam. 18 Sobre essa diferenciação, d. José Afonso da Sílva,Direito ambiental constitucional, p.9o. 1ss 98) Organismo geneticamente modificado fOGM) ·.- é ' aquele cujo material genético tenha sido 1lterado por qunlq~er técnica de engenharia genética. Um OGM é Uma planta na qµal se introduziu, de maneira artificial, um gene proveniente1 de outra ·espécie, gene que lhe traz uma card.cterística novo. ]No que diz respeitoao "quadro jurídico", o CGM -pode ser definido como um organismo, com exceção dos seres'humanos. cujo drn- terial genético foi modificado de uma mC1rieiro que não se ~fe- " ! 1 tue"por multiplicação e/ou por recombinação natural (ort. 2, do Diretriz Europeia 2001/18, de 12 de marçolde 2001). Os üdMs constituem um desafio paro a civilização contemporG.nea, t~n- to no nível científico, político e ambientat quanto no de saúde. 99) Ozônio - este gás, composto de tr'ês átomos de oxisê- nio {0 1), é pouco abundante na atmosfera, exceto em dois nív_eis nos quais, de origem diferente, exerce_ papéis diversos. No ·es- tratosfera, sua forte concentração natural revelo-se benéfica: seu poder de interceptação dos raios solares ultravioleta faz dele uma proteção parcial, sem dúvida, para os seres vivos. Entende-se então a preocupação suscite.da, em meados dos anos 1980, pela descoberta da diminuição de sua densidade q.ci- ma da Antártida: o buraco na camada de ozônio foi atribuído à produção de gases indus.triois, os CFCs. Em camadas muito bai- xas, suo acumulação a.ntrópica revela-se n0civa: é um. poluente perigoso para os vias respiratórias, cuja abundância não ces:sa de progredir junto com a dos resíduos dos co?lbustões, comoios escapamentos dos automóveis. A produção, em tempo de sol, ,do que se converlcionou chamar smog ''foto oxfoante" está expcis- to na entrada da poluição atmosférica. lOQ) Paisagem - por ·um lodo, a paisagem seria urha realidade tan~ível que o Olhar humano engloba e que a geog11a- fia física ou a ecologia tentam compreender como o conjunto 56 1 dos agendamentos formais aos quais os processos naturais (Se- ) .1 í ) ! ) ' . ) J ) \ ) ) ) ) ) ) ) '! 1 ) ) ! \ ) ) ) \ T dímentologia, geomorfologia, íluxos de biomassa, principal- mente) conduzem no superfície do Terra. Por outro lado, ~eria apenas a relação sensível que se estabelece entre o ser humano e o espetáculo de uma porção da Terra que se oferece a seus olhos e que não teria existência material. 101) Pampa -- o termo "pompa" é de origem indígena, que quer dizer região plano. É uma região de grandes latifün- dios,./oltados paro a pecuária, que não causa grandes impac- tos ambientais. Atualmente, no entanto, estão sendo implanta- das grandes monoculturas de árvores, que podem representar ameaça ao biorna. 102) Passivo ambiental - é constituído pelo valor mone- tário composto basicamente de três conjuntos de itens: as mul- tas, dívidas, ações jurídicas, taxas e impostos pagos em razão da inobser'vância de requisitos legais; os custos de implantação de procedimentos e tecnologias que possibilitem o atendimento às não conformidades; os dispêndios necessá-rios à recuperação de área degradada e indenização à população afetada. 103) Permafrost- o gelo que se instala no _solo (entendi- do em sentido amplo, o que compreende as formações superfi- ciais e, às vezes, o rocha subjacente), quando perdura por mais de úm ano, é designado pelo termo permafrost (do inglês: per- monent frost - gelo permanente) 104) Perturbação - configura um transtorno de alguns pardmetros (clinia, solo, fauna etc.) do meio ambiente, que pro" voca uma modificação mais ou menos forte do funcionamento do ecossistema. 105) Poluição - consiste, em linhas gerais, na contami- nação do meio ambiente. Pode ser entendida como qualquer al- teração das propriedades fisica-s, químicas ou biológicas do meio que possa constituir dano, direta ou indiretamente, à fauna, à ] 57 i ' .1, ,: i,[ !1 •11·· I': (j -111 )i:· ,111 flora, às condiçàes de saúde, bem-estar e desenvolvimento das populações humanos. É a degradação de um meio pela difusão, como subproduto involuntário de uma atividade humana, de agrntes materiais (poluentes}, que tornam esse meio insalubre, perigoso ou degradam as condições de vida. É uma externali- dade negativa . 106) Princípios do Direito Ambiental -- dada ll nalure- za do direito ambiental·-- direito difuso, que tem por principais • corac'terísticas a indeterminação dos sujeitos e a dificll mensu- ração do seu objeto-, tem-se que é ramo do direito cujas nor- mas retoras são essencialmente principiológicas: necessita de normas abstrat?S que comportem de forrou eficaz a solução dos casos concretos que se lhe apresentam. Dai o imprescind1- bilidade dos princípios do Direito Ambiental. 107) Princípio do Desenvolvimento Sustentável .. - es- tabelece a necessária harmonização entre o desenvolvimento econômico e social e a garantia da perenidade dos recursos na- turais. Tem raízes na Carta de Estocolmo de 1972, tendo sido consagrado na EC0-92, ocorrida no Rio de Janeiro. 108) Princípio do Direito Humano Fundamental - ga- rante que os seres humanos têm direito a uma•vida saudável e produtiva, em ha,rmonia com o meio ambiente. De acordo com esse princípio, as pessoas têm direito ao meio ambiente ecologi- camente equilibrado. 109) Princípio do Educação Ambiental - impõe ao po- der público o dever de promover a educação ambiental em to" dos os níveis de ensino e a conscientização pública para a pre- servação do meio ambiente. Além do ensino, a educação ambiental deve acontecer cotídianarnente em programas de conscientização pública direcionados à populnção. 110) Principio da Equidade Geracional - de acordo com 58 I esse princípio, as presentes e futuras gerações têm os mesmos ~ 1 r direitos quanto ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Assim, a utilização de recursos naturais para a satísfaçõ.o das necessidades atuais não deverá compromekr as possíbilidades de as gerações füt uras satisfazerem suas necessidades. O princí pio impõe também equidade na distribuição de beneficios e cus• tos entre gerações quanto ó. preservação ambiental. 111) Princípio da Função Socioarilbiental do Proprie- da1e - de acordo com este principio, a propriedade deve ser utilizada de modo sustentável, .com vistos não só ao bem-estor do proprietário mas do. coletividade como um todo. 112) Princípio da Informação e da Transparência das Informações e Atos-·· impõe que as pessoas têm direito de receber todas as informações relativos à proteção, preventivo e repressivG, do meio ambiente, Assim, pelo princípio, as pessoas têm direito de consultar os documentos de um Jicendamento ambiental, assim como têm direito de participar de consultas e de audiências públicas em matéria de meio ambiente. 113) Princípio da Obrigatorieda~e da Intervenção Estatal - impõe ao Estado o dever de garantir o meio ambien- te ecologicamente equilibrado. O princípio impõe ao poder público a utilizaçõ.o de diversos instrumentos para proteg·er o meio ambiente, como o EIA, o RIMA, as aÚ.diências públicas, dentre outros. 114) Princípio da Participação Cole;tivo ou da Coope- ração de Todos - impõe ao Estado o dever Ge garantir o meio ambiente ecologicamente equilibrado. O priricípio impõe ao po- der público a utilização de diversos instrumentos para prote- ger o meio ambiente. 115) Princípio do Poluidor Pagador .. impõe ao polui- dor tonto o dever de prevenir o ocorrência de danos ambien- tais como o de reparar integralmente eventuais danos que causar com sua conduta. O princípio não permite n nnluinln I sq y, ; ti i: 'i 1 11 'li 1 1 li ,,, 1 ,, 11 conduta absolutamente vedada e passível de diversas e se"1e--, ras sanções. Ele a.penas reafirma o dever d~ preser·vaçõ.o e 9,e reparação integral por parte de quem praúca atividade qhle posso poluir. Esse princípio também impõe ao empre€ndedor o internalizn~:ão dos externalidades ambientais negativas do~ atividades potencialmente poluidoras, buscando evitaria socialização dos ônus (ou seja, que o sociedade pague pel?s danos causados pelo empreendedor) e o privatização dos bô- • nus (ou seja, que somente o empreendedor ganhe os bônus de gastar o meio ambiente). 116) Princípio do Protetor-Recebedor ~ é aqueleque possibilito aos agentes que protegem um bem de modo 2speci61 o direito de receberem uma compensação financeira por issçi, que pode ser feita, por exemplo, com a isenção de impostos. As- sim, o referido princípio fundamento a isenção do Imposto Ter- ritorial Rural (ITR) concedida às áreas de preservação perma- nente, de reserva legal e as declaradas de interesse ecológico pelo órgão ambiental competente. inchiídas nestas últimos as Reservas Particulares no Patrimônio Nocional (RPPNs). 117) Princípio da Responsabilidade Objetivo e da Ré- poração Integral - impõe o dever de qualquer pessoa respon- der integralmente pelos danos que causar ao meio ambiente, independenteffif'nte de provo de culpa ou dolo. Perceba que a proteção é duplo. Em primeiro lugar, fixa-se que o responsabi- lidade é objetiva, o que impede que o causador do dono deixe de ter a obrigação de reporá-lo sob o argumento de. que não agiu com culpa ou dolo. Em segundo lugar, o obrigação de reparar o dano não se limita a pagar uma indenizaçõ.o, mas impõ<! que a reparação seja específica.. isto é, deve-se buscar a restauração ou recuperação do bem ambiental lesado, procurando, assim, retornar à situação anterior ou ao mais próximo possivel do OU I status q.uo,ante. ~ ! 'f· \ 1 1 l 1 ) ) ) 1 ) ) ) .\ 1 ! ) 1 ) ) ) ) } ) ) ! \ ) \ ) ) 118) Princípio da Ubiquidade - impõe que as questões ambientais devem ser consideradas em todas as atividades hu- manas. Ubiquidade quer dizer existência concomitante em to- dos os lugares. De fato, o meio ambiente está em todos os luga- res, de modo que qualquer atividade deve ser feita com respeito CL sua proteção e à sua promoção. 119) Princípio do Usuârio-Pagador - as pessoas que usam recursos naturais devem pagar por tal utilização. Esse ' princípio difere do princípio do poluidor-pagador, pois o segundo diz respeito o condutas ilícitas oml:,ientolmente, ao passo que o primeiro, a condutas lícitas ambientalmente. Assim, aquele que polui (conduta ilícito) deve reparar o dano, pelo princípio dopo- luidor-pagador. Já aquele que usa a água (conduta lícita) deve pagar pelo seu uso, pelo principio do usuário-pagador. A ideia é que o usuário pague com o objetivo de incentivar o uso racional dos recursos naturais, além de fazer justiço, pois há pessoas que usam mais e pessoas que usam menos recursos naturais. 120) Potencial climático - assim como o meio ambien· te é o meio referido, toda a sociedade deve se ajustar ao clima, cuja ação é dupla: por um lado, produtora de obstáculos, de in- cômodos, de inconvenientes; por outro lado, fonte de vanta· gens, de amenidades, de benefícios. 121) Pro~essos ecológicos - a Constituição Federal, em seu art 225, § 1º-, refere-se aos processos ecológicos essenciais. que seriam os correlações recíprocas entre as espécies vegetais e animais e os relações destas com o meio que ocupam. Cumpre ressaltar que os processos ecológicos essenciais são governados, sustentados ou intensamente afetados pelos ecossistemas, sen- do indispensáveis d produção de alímentos, d saúde e a outros aspectos da sobrevivência humana·e do desenvolvimento sus: tentado. Configuram processos vitais'. a manutenção das ca- deias alimentares; os ciclos das águas, do carbono, do oxigênio, do hidrogênio, do nitrogênio, dos minerais; o produção humana l 6! de alimentos, de energia e de materiais orgânicos, inorgânicos e sintéticos com que se fazem vestuário, abrigos e ferromentas 19 122) Pousio - corresponde a uma terra lavrada que se deixa descansar. Consiste em um descanso periódico de uma terra cultivada. 123) Povos Indígenas - estima-se que a populm;ão indí- gena tenha sido, de cerca de 5 milhões de pessoas em 1500 no territ~io que é hoje o Brasil. Atualmente, são 234 povos, que falam 180 línguas diferentes. Estão presentes em todos os Esta- dos brasileiros e somam mais de 750 mil pessoas, vivendo em aldeias, comunidades e também nas cidade;,. O que os distin- gue é que, além de serem brasileiros e terem direitos como qualquer cidadão, os índios possuem uma identidade anterior e especifica, que é herdada de seus ancestrais. 124) Preservocionismo - define-se em oposição ao con- servacionismo. Firmo-se na primeira metade do século XX, principalmente em redes dos parques nacionais norte-america- nos. É uma corrente da ecologia que considr:ra que os espaços a proteger devem excluir toda ação humana, toda forma de ex- ploração dos recursos naturais. 125) Recifes de coral - são formas litorâneas muito ori- ginais, Nascem do acúmulo de múltiplas espécies vivas e, por isso, são notáveis marcadores da qualidade ambiental. 126) Recursos ambientais - são constituídos pela at- mosfera, pelas águas interiores, superficiais e subterrâneas, pelos estuórios, pelo mar territorial, pelo solo, pelo subsolo, pe- los elementos da biosfera, pela fauna e pela flora. 127) REDD- é a sigla paro Redução de Emissões por Desma- tamento e Degradação Florestal. Parte da ideia de incluir na conta- 62 1 19 Cf, José Afonso da Silva, Direito ambienta! constitucional, p. 87. r bilidade dos t'missões de gases de efeito estufo as ernis.sões evita- dos pdo redução do desmatamento e da degrodoçõ.o florestal. 128) Resíduos - são os "restos" de um processo de produ- ção, de tronsformoçõo ou de utilização todo substância, rnate- nol, produ10 ou, de modo geral, todo bem móvel abandono.do ou que é destinado ao abandono por seu detentor, 129) Resiliência remete à capacidade de se recuperar de um .+:hoque ott de uma perturbação e sublinha a flexibilida- de de uma pessoa, de um objeto ou de um sistema. 130) Resistnsia - caracteriza-se, em dado meio, como um período de instabilidade bioclimó.tica que se t~aduz pela destruí~ <;ão da cobertura vegetal, o que permite processos morfogenéticos capazes de degradar os solos e de criar novos modelados. 131) Saberes locais•- por muito tempo ignorados, e atê mesmo desprezados, os so.beres locuis sobre o. natureza ocupam atualmente um lugar central nas polítícas de conservação do biodiversidnde: são não somente cons'iderados instrumentos de gestão sustentável do meio ambiente, mas também, eles mes· mos, patrimônios. No Brasil, usa·se a expressão "conhecimento lradicional", A diversidade cultural expressada através dos sa- beres lornis ê reconhecida corno urna dime,nsão essencial da biodiversidade. 132) Saneamento - rnnsiste em coletar, tratar e evacuar as ó~uas servi.das urbanas ou industriais e as águas pluviais, a fim de eliminar os riscos de insalubridade para os moradores e neutrn!izur as diversas foi"rnas de poluição inaceitáveis para os ambientes aquáticos. 133) Savana -- o termo "savana" designa um conjunto de formações compostos principalmente de plantas herbó.ceas viva- zes dn família dos gramíneas, salpicado de ó.rvores ou de arbustos. l 63 64 I 134) Serviços ambientais -- são ch'amod• s serviçds ambientais as funções exercidas pela naturew poro a produ- ção de água, regulação do clima, conservoçãd dos solos. polini- zação dns plantas, entre tantas outras. Atualmente, com o:s altos índices de desmatamento, poluição e emissão de gases d.e ' efeito estufa, essas funções começam a ficar comprometidos !e se passo a procurar maneiras de valorizar e valorar os serviços ambientais. . ' 135) Sismo - abalo do solo que se define por sua magni• tude calculada com base nos registros dos sismógrafos. Expri- me a energia liberada, sob forma de ondas sísmicas, no focq, definido como o lugar onde se produz o movii:n_ento inicial. 136) Sistema Agroflorcstal (SAF) - o. SAF é aquele em que culturas agricolas são manejadas em ass6ciação a espécies nativas, sobretudo árvores, com alta diversidade de esp.écies k interação entre esses componentes. No SAF rri.aduro, deve pre- dominar a fisionomia florestal. Em pequenas propriedades ou posses familiares ou de povose comunidades tradicionais, a legislação permite que o sistema seja adotado inclusive para a recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPi, desd!ê que não comprometa sua função ambiental. 137) Sistema Nacional de Unidades de Conservação j~NUC) -- a gesi:ão integrado das áreas protegidas no Brasil€ regida pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservaç.õ.o, ins- tituído pelo Lei n. 9.985, de 2000. Segundo a lei, existem dois tipos de unidades de conservação no País: as de proteção inte- gral, que não permitem qualquer uso direto dos recursos natü- rais (são os parques, estações ecológicas, reservas biológicos etc.), onde apenas atividades de pesquisa e lazer são permiti- das; e as de uso sustentável, que permitem o uso direto, mas com regras restritas (são os áreas de proteção ambiental, as florestàn10cionClis, ç:rs reservas-extrativistas itc.). T ' ) ! ) ) ) ' ) 1 ) ' ' ' ) ) ) ) ) ) \ 1 ) ) ) .·, ) '\ ) ) ) ) ) ) ) 1 ) ) ) ) ) ) ) 138) Sistema Nocional do Meio Ambiente (SlSNAMA) - o marco legislativo ambiental brasileiro é a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6.938/81), que criou a estrutura adminis- trativa ambientai vigente no País denominada Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA). Esse sistema funciona seguindo os princípios da lei, que determína que os recursos naturais devem ser utilizados de forma sustentável, que todos os ecossistemas existentes no território nacional merecem ser protegidos por unidaaes de conservação, que o poder público deve controlar as fontes de poluição e que quem degro.da um bem ambiental é obri- gado a reparar o dano ou indenizar a sociedade. 139) Sistêmica jobordagem) - o todo é mais do que a simples soma das partes, já. que um sistema é, ao mesmo tem- po, definido pelos elementos que o compõem e pela organização deles. A abordagem sístêmica permite apreender as interações entre os elementos do sísterna, as consequências dessas intera- ções e as diferentes retroações possíveis. Permite também exa- minar, em dado período, o conjunto dos fatores causais. Pode- mos, graças a ela, íntroduzir a temporalidade, fazendo evoluir o sistema e projetando seus diferentes estados· ao iongo do tem- po. A abordagem sistêmica permite, enfim, levar em conta a incerteza, expressa em termos de probabilidades. 140) Sociedade de risco - é o título de uma obra do so- ciólogo alemão Ulrich Beck, publicada em 1986, cujo subtítulo é "Rumo a uma outra modernidade" e que foi publicada no Brasil em 2010. A obra teve um enorme impacto na maneira de enca- rar os riscos nas sociedades pós-modernas. Beck propõe, entre outras coisas, uma reflexão sobre as sociedades modernas, in- dustriais, no sentido de que elas produzem ao mesmo tempo riquezas e riscos. Esses riscos não são mais externos à socieda- de: tornaram-se internos, nem que seja porque a fronteira en- tre natureza e cultura está completamente misturada. 1 fiS t'i 141) Solo -formação natural de superfície, de estrutura móvel e de espessura variável, resultante da transformação do rocha-mãe subjacente, sob a influência de diferentes processos químicos, físicos e biológicos . 142) Sustentabilidade -- Termo que assume papel im· portantíssimo no século XXI, tendo em vista o foto de a rele- vância da promoção do meio ambiente haver se ampliado em face de grandes acidentes ambientais A sustentabilidade, ao • coritrário do desenvolvimento sustentável. que tem como tripé o equilíbrio entre proteção social, econômico e ambiental, dó ênfase ó. tutela do meio ambiente, jó. que é essa dimensão do desenvolvimento sustentável que se impõe no século XXI, ante o dever transgerocional de garantir vida digna às futuros ge- rações, como bem expressa a teoria do complexidade, 143) Tsunami•-· em japonês tsu, porlo e nam1; onda, por- tanto, literalmente "onda portuário", impropriomente chamo• do "maremotr;'', já que o fenõmeno nõ.o tem relação nenhuma com os marés, pois é uma onda de gravidade devida na maior parte do tempo, a um sismo ou o um deslizamento brusco que afeta o fundo do mar. Pode também sobrevir na sequência de uma erupção vulcânica ou da queda de um meteorito. 144) Unidades de Conservação (UCJ - são áreas prote- gidas com a finalidade principal de conservar a biodiversida- de, mas também as paisagens. Podem ser públicas ou privadas (reserv_as particulares do patrimônio natural - RPPN) e ocu- pam aproximadamente 14% do território nacional. Podem ser de âmbito federal, estadual ou municipal e seguem os princí- pios do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc). Entre os maiores problemas das UC brasileiros estão a falta de recursos para fiscalização e gestão, fazendo de muitas delas "unidades de conservação de papel", ou seja. criados em lei, 66 I mas não efetivamente implantadas. Outro problema é que há [ muitos ecossistemas, como n maior parte dos existentes nos biornas Pantanal e Caatin.qo, próticomente sem nenhuma uni- dade de couservoc;êio. l45) Vegetação é formado pela qrnntidode total de pluntos e pnrtes vegetais corno follrns, caules e frutos que inte- gram u coberLurn do superfície de um solo. O termo também é usado de modo mais restrito pnra designar o conjunto de plan- tas que vivem em determinada área. ' 146) zoneamento - é a delimitação fixa no espaço de zonas definidas em função de critérios e limites de gravidade estabelecidos. Principio sobre o qual se efetuo a gestão dos ris- cos no espaço: o risco é visualiwdo sob a forma de zonas hie- rorquizadas em torno da fonte de perigo. Essas zonas servem de base à negociaçdo entre os atores locais para a tomada de decisão. A delimitação das zonas posso por um cálculo da con· cepçiio que a coletividade foz dos riScos. Indicação de Leitura ALLAND, Denis e RIALS, Stéphane. Dicionário de cultura jurídica. São Paulo: Martins Fontes, 2012. HINRICHS, Roger A. et al. Energia e meio ambiente. São Paulo: Cengoge Leorning, 2010. KRIDGER, Maria da Graça et al. Glossário multílingue de direito ambiental internacional. Rio de Janeiro: Forense. 2004. VEYRET, lvei-te (Org.} DÍci'Onário do meio ambiente. Sõo Paulo: Senuc, 2012 Indicação de Filmes TERRA (EUA). Direção de Mark Linfield e Alastair Fother- qilL 2007. O filme é um documentúno que segue o trílha de três famí, lias de animais: no Ártico, um urso polar e seus dois filhotes bus- l 57 68 I com comida antes que o gelo à sua volta derreta. No deserto do Kalahari, uma aliá e seu filhote vão em buscCl de água, mas, ho encontrá-la, terão que dividi-la com um grupo de leões. Durante a migração do Equador CL Antártida, uma baleia precisa manter seu filhote a salvo. O filme alerta porn a i111portànda do equil~brio edo- lógico e ambiental e mostra a luta dos animo.is pela sobre•1ivência. WALL-E (EUA). Direção de Andrew Staoton. 2008. ~ Esta animcição conta uma história futurista sobre hs consequência.s da. poluição e do lixo. Um robô é programa~o para limpar o planeta, retirando um cubo de lixo de cada vez, e certo dia. a.caba se envolvendo com um robô de busca de alto design chamada Eva. Em meio a diversas aventuras que os ro- bôs passam, revela-se o alerta da necessidad~ de uma humadi- dade mais consciente e capaz de evitar a destruição da Terro1• AVATAR (EUA). Direção de James cameron. 2009. O filme traz uma história futurista para alertar os serrs humanos para a necessidade de respeitar as diferenças e pre- servçir a natureza. Um militar, que ficou paraplégico em coril- bate, recebe a oportunidade de entrar em contato com um povo de outro planeta, que possui riquezas minerais que interessam aos humanos. Questões 1) Quais são as principais unidades de proteção ambien- tal no Brasil? Quais as especificidades de cada uma.e a repercussão no mundo prático delas decorrente? 2) O que vem a ser a chamada "sociedade do risco" e como a observância de alguns princípios
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