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A2 Fundamentos do design - UAM Pergunta 1 1 em 1 pontos Na obra Design, cultura e sociedade, Gui Bonsiepe – um dos mais conhecidos designers e teóricos do mundo – refere-se ao termo design de uma forma generalizada, destacando a associação do termo design às funções estético-formais, em especial no contexto brasileiro. Dessa forma, o autor afirma: “Contudo, no senso comum, o termo design está fortemente associado às atividades estético-formais. Isso ocorreu em diversos países, mas assumiu conotações peculiares no Brasil” (BONSIEPE, 2013, p. 13). BONSIEPE, G. Design, cultura e sociedade. São Paulo: Blücher, 2011. Nesse sentido, assinale com V as alternativas verdadeiras e com F as alternativas falsas. ( ) A associação do termo design às funções estético-formais refere-se à comunicação visual do produto, ou seja, à forma visual deste. ( ) As funções estético-formais do design referem-se aos elementos visuais, semânticos e simbólicos que caracterizarão as linhas do produto. ( ) Pode-se dizer que as funções estético-formais geram um conceito independente dos requisitos técnicos, definidos pelas metas do design. ( ) No Brasil, as atividades estético-formais assumiram conotações peculiares pelos códigos lingüísticos, diferente de outros países ( ) A associação das funções estético-formais com o design está condicionada às demais relações com outras áreas, no Brasil. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de respostas. Resposta Selecionada: V, V, F, F, F. Resposta Correta: V, V, F, F, F. Pergunta 2 1 em 1 pontos A Revolução Industrial se constituiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto nos processos de produção, na Inglaterra, em meados do século XVIII (PRONI, 1977). O autor ainda afirma que esse fato ocorreu pela substituição da era da agricultura pelas máquinas, superando o trabalho humano. “Pode-se dizer que a industrialização inglesa foi, em contraste com outras que viriam, um processo “orgânico”, que decorreu do desenvolvimento anterior da manufatura e de um prolongado período de acumulação de capital e de proletarização dos camponeses e artesãos” (PRONI, 1997, p. 11). PRONI, M. W. História do capitalismo: uma visão panorâmica. Cadernos do CESIT, Campinas, n. 25, out. 1997. Assinale a alternativa correta em relação ao tema. Resposta Selecionada: O fato da substituição da era agrícola pela Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no início do século XVIII, não garantiu a melhoria da qualidade de vida para os trabalhadores. Houve o empobrecimento das massas gerando uma nova relação entre capital e trabalho. Resposta Correta: O fato da substituição da era agrícola pela Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no início do século XVIII, não garantiu a melhoria da qualidade de vida para os trabalhadores. Houve o empobrecimento das massas gerando uma nova relação entre capital e trabalho. Feedback da resposta: Você acertou! A Revolução Industrial realmente ocorreu por um conjunto de fatores, inclusive tecnológicos, que conduziram impacto nos processos de produção. Esses novos processos não privilegiaram a melhoria da qualidade de vida para os trabalhadores, ao contrário, houve uma proletarização dos camponeses e artesãos. Pergunta 3 1 em 1 pontos Há uma relação entre o vestuário à importância do automóvel para o brasileiro, nos anos 1960. Por ser considerado uma extensão do próprio corpo, o carro também carrega em si a beleza e o glamour, que são motivos de observação da sociedade. Nesse sentido, quanto mais caro for o modelo do carro, maior o bom gosto e o status de quem o adquire (LUCHEZI, 2016). LUCHEZI, T. F. O Automóvel como Símbolo da Sociedade Contemporânea. Anais do VI Seminário de Pesquisa em Turismo do Mercosul. Caxias do Sul: Universidade de Caxias do Sul, 2016. A autora se refere ao início da fabricação dos primeiros automóveis brasileiros. As propagandas em veículos de comunicação impressos exploravam o paralelo entre o carro e a moda, isto é, sob a ótica da época, a aquisição do carro só acontecia para indivíduos de bom gosto. A figura a seguir é uma maneira clássica de representar esse tipo de propaganda: Figura I – Propaganda da montadora Aero–Willys em Revista, 1961. Fonte: Revista Quatro Rodas, 1961 apud LUCHEZI, 2016, p. 6. Além do contexto imagético exposto na imagem, a propaganda destaca: “Noite de elegância...ambientes de bom gosto. E seu Aero-Willys – distinto, sóbrio, de linhas clássicas –acompanhando o sucesso de suas reuniões sociais”. Considere as assertivas a seguir. A propaganda da época para essa marca associava a moda, o sucesso e as conquistas como “atributos” do veículo. Pela imagem da propaganda, o carro e a mulher estão associados ao sucesso nas noites e nas reuniões sociais da época. O carro é o elemento que não pode faltar na vida das pessoas. Elas só terão sucesso em suas reuniões sociais ao lado dele. Há um excesso de atributos condicionados ao carro. A pessoa deveria pensar que o carro, além de elegante, era sóbrio e distinto. Esse tipo de propaganda permanece até os dias atuais, é moda. O carro como objeto de desejo é desenvolvido por designers da época. O veículo Aero-Willys era moda e o melhor veículo dos anos 1960. Por isso, a propaganda enaltece a imagem e status dignos do veículo. Assinale a alternativa que apresenta a(s) assertiva(s) correta (s). Resposta Selecionada: I, II e IV. Resposta Correta: I, II e IV. Feedback da resposta: Você acertou. Na propaganda apresentada, o status do carro está associado ao sucesso, ao lado de uma mulher, nas reuniões sociais e nos passeios. Ou seja, as conquistas como “atributos” do veículo e por isso a imagem induz a pessoa a acreditar nisso. Pergunta 4 1 em 1 pontos O design gráfico do pós-guerra foi caracterizado por uma crescente homogeneidade, correspondente a internacionalização da economia. O Modernismo ingressou em uma segunda fase, conhecida como Estilo Internacional, em que se buscou impor os preceitos estéticos das antigas vanguardas de maneira normativa e monolítica. “Um bom exemplo no design gráfico está nos trabalhos ligados à chamada Escola Suíça, nos quais predominam as cores vermelho, amarelo e azul, a tipografia sem-serifa, as manchas de texto ditas arejadas e outros cacoetes derivados das teorias de Jan Tschichold e do fazer da Bauhaus, reduzidas a um receituário pronto” CARDOS, R. O design gráfico e sua história. Disponível em: < https://docente.ifrn.edu.br/carlosdias/informatica/programacao-visual/o-design-grafico-e-sua- historia >. Acesso em: 17/01/2019. Os preceitos estéticos das antigas vanguardas, impostos pelo Estilo Internacional da Segunda fase do Modernismo, refletiram nas Artes Gráficas. Leia as assertivas a seguir sobre o tema. Gerou a consolidação racionalista de funções operacionais em formas pretensamente universais e imutáveis. Engessou de vez a proposta do moderno como a descoberta constante do novo. Refletiu uma amalgamação incômoda de aspirações utópicas com uma prática autoritária. Proibiu o conhecimento das leituras reducionistas das teorias psicológicas da Gestalt. Desestimulou a busca por um suposto funcionalismo. Assinale a alternativa que apresenta a(s) assertiva(s) correta(s). Resposta Selecionada: I, II, III. Resposta Correta: I, II, III. Feedback da resposta: A resposta está correta! Os preceitos estéticos das antigas vanguardas de maneira normativa e monolítica, impostos no Estilo Internacional do pós- guerra, buscava inclusive, incentivar conhecimento das teorias psicológicas da Gestalt e estimular a busca pelo funcionalismo. Pergunta 5 1 em 1 pontos Dentro do campo do design, destaca-se o automóvel como produto emblemático na história dos objetos, evoluindo tanto como veículo de transporte como produto de consumo.Nos anos de 1930, teriam se constituído na era dos automóveis criados para o transporte de massas, quando a comodidade no manejo do carro e seu perfeito funcionamento eram seus principais objetivos. A ideia de Adolf Hitler era que cada alemão teria um Volkswagen na sua garagem, seria um sonho. Ele “não parecia levar em conta considerações de mercado em relação aos desejos dos consumidores – mais subjetivos e talvez conceituais – e sim a simples satisfação de uma necessidade básica de transporte individual” (BRANDÃO, 2011, p. 43) BRANDÃO, R. L. O automóvel no Brasil entre 1955 e 1961: a intervenção de ovos imaginários na Era JK. Dissertação (mestrado) Juiz de Fora: UFJF, 2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/ppghistoria/files/2011/01/Ramon-de-Lima-Brand%C3%A3o.pdf >. Acesso em: 18/01/2019. Considere as assertivas a seguir. Os automóveis são também bens de consumo e suas vendas estão diretamente ligadas à sua estética, história e seu nome, confirmando a relevância da relação entre o capitalismo e o design. Durante a Segunda Guerra Mundial foi possível se obter grandes avanços na área do design devido à extensa escassez de materiais e mão de obra especializada. https://docente.ifrn.edu.br/carlosdias/informatica/programacao-visual/o-design-grafico-e-sua-historia https://docente.ifrn.edu.br/carlosdias/informatica/programacao-visual/o-design-grafico-e-sua-historia Os automóveis são meios de transporte e o design atua apenas em sua fabricação, uma vez que as formas dos veículos influenciam nos aspectos de velocidade e consumo de combustível. Adolf Hitler sonhava que cada alemão teria um Volkswagen na sua garagem, porque ele queria implantar o consumismo na cultura alemã, a partir da compra de carros. Hitler acreditava que havia mercado em relação aos desejos dos consumidores e por isso qualquer pessoa poderia ter um carro, com bom desempenho e design. Assinale a alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) correta (s). Resposta Selecionada: I, apenas. Resposta Correta: I, apenas. Feedback da resposta: Você acertou! O automóvel é mais do que um veículo de transporte, é um bem de consumo, e muitas vezes são adquiridos apenas para exposição, sem sequer serem utilizados como meio de transporte. A McLaren pilotada por Ayrton Senna, em 1993, foi leiloada por R$ 17,9 milhões. Pergunta 6 1 em 1 pontos Damazio (2005) destaca o design e sociabilidade através da construção de objetos memoráveis, que tem origem nas coisas memoráveis associadas a jogos, esportes, eventos que promovam amizades, parcerias e outros vínculos significativos; situações que fazem sentir parte de um grupo e sentimentos de cooperação, pertencimento, união, amor, fraternidade e felicidade. DAMAZIO, V. Artefatos de memória da vida cotidiana: um olhar interdisciplinar sobre as coisas que fazem bem lembrar, 2005. Tese (Doutorado em Ciências Sociais). Rio de Janeiro: UERJ, 2005. Considerando a linha de pensamento da autora, assinale a alternativa correta. Resposta Selecionada: Nesta perspectiva, sociabilidade é “estar bem com o outro” e inclui produtos cujos efeitos fortalecem laços afetivos, facilitam o convívio, promovem interações sociais, ampliam o entendimento intercultural. Resposta Correta: Nesta perspectiva, sociabilidade é “estar bem com o outro” e inclui produtos cujos efeitos fortalecem laços afetivos, facilitam o convívio, promovem interações sociais, ampliam o entendimento intercultural. Feedback da resposta: A resposta está correta. Na atualidade, precisamos entender as nossas relações com os objetos. Os objetos memoráveis estão associados aos eventos que promovam amizades, parcerias e outros vínculos significativos. Situações que fazem sentir parte desse universo. Pergunta 7 1 em 1 pontos “Os designers têm e terão ao seu alcance a capacidade de demonstrar, tanto na forma como nos materiais e nos processos utilizados na concepção de um produto, que os objetos têm um impacto no mundo, seja social ou ambiental” (SILVA et al., 2012, p. 53). SILVA, J. C. R. P; et al. O futuro do design no Brasil. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. Disponível em: <http://www.santoandre.sp.gov.br/pesquisa/ebooks/364396.pdf>. Acesso em: 18/01/2019. Ou seja, existe uma necessidade de se desenvolver um modelo para um novo tipo de designer, munido de uma compreensão mais aprofundada e bem mais complexa da questão de valores e da sua responsabilidade com o mercado, com a sociedade e com o meio ambiente. Dessa forma, qual atividade é adequada ao novo modelo de design? Resposta Selecionada: Desenvolver produtos inovadores, a partir de materiais em resíduos. Resposta Correta: Desenvolver produtos inovadores, a partir de materiais em resíduos. Feedback da resposta: Você acertou! A alternativa está correta, pois a utilização de resíduos como matéria-prima aparece como uma alternativa sustentável. É necessário garantir que os meios de produção do design sejam ambientalmente corretos e estimulem a conscientização da sociedade. Pergunta 8 1 em 1 pontos Há muito tempo os calçados deixaram de ser apenas um produto para proteção dos pés. Os sapatos ganharam atributos simbólicos e estéticos, se transformando em um item que informa e insere uma pessoa em um contexto. Segundo Mourão (2018) “no tempo de Napoleão I manteve-se a moda do século anterior, mas os homens passaram a usar botas de cano longo. Luís Filipe, em seu reinado, passou a usar os sapatos e botinas de elástico, e a bota de verniz era escondida pela calça. Recentemente, no Brasil, as chinelas bordadas das baianas se tornaram uma característica do povo. Hoje, mais comum o uso dos chinelos coloridos de borracha” (MOURÃO, 2018, p. 5) MOURÃO, N. M. Design afetivo e sustentabilidade: estímulo social aos pés da humanidade. In: Anais [do] ENSUS 2018 - V “Encontro de Sustentabilidade em Projeto”, Vol. III, Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, p. 453-463, 2018. Podemos deduzir que, na atualidade, produtos como os calcados, ganharam atributos simbólicos e estéticos. Sendo assim, assinale a alternativa correta. Resposta Selecionada: O objeto participa da vida do usuário conquistando significação. Resposta Correta: O objeto participa da vida do usuário conquistando significação. Feedback da resposta: A resposta está correta! Os humanos se apegam às coisas, e é nesse contexto que o designer pode atuar, buscando entender essas relações afetivas entre usuário e produto. Com isso, existe a necessidade da conscientização dos designers sobre os aspectos socioambientais, agregando ao produto as qualidades para preservação do meio ambiente. Pergunta 9 1 em 1 pontos Atualmente, percebe-se que o design já está inserido em tudo no mundo urbano: nos objetos pessoais, na casa, no trabalho, no lazer; nos serviços como educação, saúde, transporte, comunicação, entre outros. Percebe-se uma popularização do uso do termo design e dos conceitos que surgiram associados a valores estéticos, globalizados e de domínio. Esses novos conceitos incidem sob a expansão do design para outros aspectos, buscando qualificá-lo como processo criativo, inovador e provedor de soluções em quaisquer áreas que no design possa ser agregado (LIPOVETSKY; SERROY, 2014). LIPOVETSKY; G.; SERROY, J. A estetização do mundo. Viver na era do capitalismo artista. São Paulo: Companhia das Letras, 2014. A partir do texto apresentado acima, considere as seguintes afirmações. Um exemplo de expansão do design para outros aspectos é o design social, que é executado com o meio social, com o fim de beneficiar uma comunidade. O Design Thinking, que é uma abordagem de solução de problemas de forma coletiva e colaborativa para maximizar a empatia com as partes envolvidas, é um exemplo de agregar o design a outras áreas. A apropriação do termo designem outras áreas é vista de forma negativa, uma vez que o design atualmente deve ser restrito a produção de produtos de estética apurada. Os conceitos que são atribuídos ao design contemporâneo estão estruturados em atributos de acordo com as funções do design, que podem ser pela carência de criação de inovação, entre outros. Não há limites para o design, pois ele se tornou popular em todas as áreas. Contudo, o design na contemporaneidade é responsável pelo consumismo incorporado pelo capitalismo. Assinale a alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) correta (s). Resposta Selecionada: I e II. Resposta Correta: I e II. Feedback da resposta: Você acertou! As afirmações estão corretas porque o design social é uma forma da expansão do design para outros aspectos. Da mesma forma que o design thinking é uma abordagem que utiliza o processo criativo do design no processo de solução de problemas. Pergunta 10 0 em 1 pontos Bernardino (2010) relata que “o que realmente existe é uma criação de coisas materiais que evoluem precisamente porque foram criadas com sentido e finalidade, e como tal encontram-se guiadas por uma vontade ordenadora” (BERNARDINO, 2010, p. 57). BERNARDINO, P. Arte e tecnologia: intersecções. ARS, São Paulo, vol. 8, n. 16, 2010. No entanto, o desenvolvimento de um novo objeto trás o conhecimento prévio, que conduz à evolução. Ou seja, a criação de objetos segue paralelamente as etapas e procedimentos evolutivos da humanidade. A partir da afirmação de Bernardino, avalie as proposições e a relação entre elas. A criação de coisas materiais que evoluem PORQUE Foram criadas contendo sentido e finalidade. A respeito dessas proposições, assinale a opção correta. Resposta Selecionada: As proposições I e II são verdadeiras, mas a II não é justificativa da I. Resposta Correta: As proposições I e II são verdadeiras, e a II é justificativa da I. Feedback da resposta: A resposta está incorreta. Leia novamente o enunciado da questão. A concepção de um objeto segue as etapas e procedimentos evolutivos e o sentido e finalidade, são conseqüências desse processo.
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