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RETROVIRAIS - HIV

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RESENHA: MEDICAÇÕES ANTIRRETROVIRAIS: DROGAS E SEUS EFEITOS PARA INIBIR O AVANÇO DO HIV
De acordo com o site do Governo Federal vinculado ao Ministério da Saúde diz que os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década dos anos 80. Esses medicamentos agem de forma a inibir a multiplicação do vírus do HIV no organismo, evitando assim, o enfraquecimento do sistema imunológico, além de, demonstrar ter grande eficiência na prevenção fazendo com que quem esteja no tratamento com uso dessa medicação não transmita o HIV por via sexual. O uso regular dos ARV por parte dos infectados é fundamental para garantir o controle da doença e prevenir a evolução para a Aids. O surgimento desses medicamentos foi de grande importância para o tratamento, pois, antes essa infecção era fatal e hoje passou a ser uma condição crônica controlável, apesar de ainda não existe cura.
O uso desses medicamentos traz grandes benefícios individuais a saúde do paciente como: aumento da disposição, da energia, do apetite, ampliação da expectativa de vida e o não desenvolvimento de outras doenças. Através do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil distribui gratuitamente essa medicação desde 1996 e a partir de 2013 o sistema garante o tratamento para todas pessoas infectadas.
O Grupo de Incentivo a Vida (GIV) que trabalha na causa e pelos direitos dos que vivem com HIV apresenta as classes existentes atualmente quanto as medicações. Eles auxiliam na orientação do uso correto da medicação esclarecendo alguns pontos, claro, sempre alertando sobre a importância de seguir a orientação médica. 
Sendo assim as classes são:
· Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa: Estes inibidores atuam sobre a enzima transcriptase reversa, tornando defeituosa a cadeia de DNA que o vírus HIV cria dentro das células de defesa do organismo. Essa ação impede que o vírus se reproduza. São eles: Abacavir (ABC), Didanosina (ddl), Lamivudina (3TC), Tenofovir (TDF) e Zidovudina (AZT).
· Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa: Neste também os medicamentos atuam sobre a enzima transcriptase reversa, bloqueando diretamente sua ação e a multiplicação do vírus. São eles: Efavirenz (EFZ), Neviparina (NVP) e Etravirina (ETR).
· Inibidores de Protease: Esses inibidores atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e impedindo a produção de novas cópias de células infectadas com HIV. São eles: Atazanavir (ATV), Darunavir (DRV), Fosamprenavir (FPV), Lopinavir (LPV), Nelfinavir (NFV), Ritonavir (RTV), Saquinavir (SQV) e Tipranavir (TPV).
· Inibidores de Fusão: Essa classe de medicamentos que impedem a entrada do vírus HIV nas células de defesa do organismo, impedindo a sua reprodução. São eles: Enfuvirtida (T20).
· Inibidores da Integrase: Medicamentos que bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células. São eles: Dolutegravir (DTG) e Raltegravir (RAL).
· Inibidores de Entrada: Nova classe de medicamentos que impedem a entrada do vírus HIV nas células de defesa do organismo, impedindo a sua reprodução. No caso específico do Maraviroc, sua atuação se baseia no bloqueio dos receptores CCR5 (proteína localizada na superfície dos macrófagos - células do sistema imunológico) impedindo a entrada do HIV e a infecção destas células que é o Maraviroc (MRV). (GIV, 2019)
Atualmente é necessário a combinação de três antirretrovirais (ARV) para combater o HIV, sendo dois medicamentos de classes diferentes que podem ser combinados em um só comprimido. O GIV diz que o tratamento é complexo e necessita de acompanhamento médico para avaliar adaptações do organismo ao tratamento, seus efeitos colaterais e as dificuldades que podem surgir em seguir corretamente o tratamento. 
Carneiro (2019), diz que existem duas classes de efeitos colaterais nessa medicação os de curto prazo e longo prazo. Os de curto prazo são náuseas, vômitos, diarreia, cefaleia, sonolência, falta de concentração, rash cutâneo, disfunção hepática, reações alérgicas, alterações hematológicas, etc. Já as de longo prazo são alterações hematológicas e metabólicas, dislipidemia, alteração glicose, perda mineral óssea, lipodistrofia, alteração renal e cardiovascular.
De acordo com o GIV (2019), ao surgimento de algum efeito colateral o paciente deve informar ao médico ou farmacêutico e o soro positivo deve ter orientação sobre o que fazer. O grupo ainda propõe alguns cuidados que devem ocorrer como sempre lavar as mãos antes de manipular e tomar os medicamentos; observar toda mudança corporal e qualquer alteração avisar o médico; não indicar o uso nem dar sobras de medicamentos a outras pessoas; havendo vômito, entrar em contato com o médico e farmacêutico e não tomar qualquer medicação sem prescrição médica.
Dentre toda pesquisa feita em relação a essa classe de medicação foi indicado benefícios que a medicação pode causar, mas, nem todos os soros positivos podem fazer uso de tais medicações. Porque tem pacientes que os efeitos colaterais podem ser grandes e não compensam os ganhos com a terapia.
BIBLIOGRAFIA
AIDS. Tratamento do HIV. 2019. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/tratamento-para-o-hiv>. Acesso em: 26/09/2019.
CARNEIRO, S. de A. Efeitos adversos dos Antirretrovirais. 2019. Disponível em: <http://www.smp.org.br/arquivos/site/pediatras/comunicados/efeitos-adversos-dos-antirretrovirais-pdf.pdf>. Acesso em: 27/09/2019.
GRUPO DE INCENTIVO A VIDA (GIV). Medicamentos. 2019. Disponível em:<http://giv.org.br/HIV-e-AIDS/Medicamentos/index.html>. Acesso em: 26/09/2019.

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