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Resenha crítica: Nota Técnica 11/2019:
O governo federal preparou um documento que coloca em prática uma nova política de atendimento à saúde mental no Brasil. A nota técnica teve por base as reformas de 2017 e 2018 e acrescentou alguns pontos, dentre esses pontos está a volta dos hospitais psiquiátricos (mais conhecidos como manicômios) juntamente com as RAPS, o financiamento para o uso de tecnologias no atendimento (máquinas de eletrochoque), a possibilidade de internação de crianças e adolescentes e abstinência como uma das opções da política de atenção as drogas. Vale ressaltar que a lei da Reforma Psiquiátrica de 2001 foi a que estabeleceu novas diretrizes para o cuidado à saúde mental e aboliu os hospitais psiquiátricos e o eletrochoque por serem utilizados de forma indevida e por ferir os direitos humanos.
Há vários pontos a serem vistos, não é só a questão do retorno dos hospitais psiquiátricos juntamente com os RAPs, mas sim vários outros pontos que podem trazer o retorno de uma época onde o descaso e os meus tratos a parte “rejeitada” pela população eram grandes. Essa ideia de retornar a inclusão dos manicômios é de tamanho retrocesso ao que muitos lutaram para fazer a retirada, o que poderia ser investido ao reabrir esses locais, pode ser investido nos RAPs ja existentes e no aumento de leitos nos hospitais gerais com uma equipe profissional e preparada para situações de emergência que sabem tratar cada situação dos pacientes, não há uma certa precisão de um processo de internação pois na maioria das vezes o atendimento só é imediato. A nova técnica quer fazer a retirada de algumas pessoas da sociedade e mantê -las nos hospitais, depois da lei de 2001 abonar isso e fazer a reinclusão das mesmas após perceber que muitos poderiam ter um tratamento em casa, e assim que a nota relata, que há a possibilidade de crianças acima de 12 anos e adolescentes serem internadas, mas não relata se eles vão ter um acompanhamento psicossocial caso retorne a sociedade um dia. Em relação a abstinência (privação do uso de algo) julga-se por não ser um método tão eficaz por conta que pode prejudicar ou piorar a longo prazo a vida do paciente por conta dele poder voltar a querer utilizar a droga e o vício retornar. Sobre o eletrochoque, sabe- se que há relatos de pessoas que realmente se beneficiaram com isso, atualmente ele é um método utilizado em alguns hospitais privados para tratamento de depressão e entre outros com o uso de anestésicos e seguindo um protocolo, antigamente era utilizado como forma de tortura, a nota não fala nada sobre protocolo e não tem como garantir que este método vá ser utilizado de forma correta. 
Contudo, o ministério da saúde não vai ter como garantir que as salas cirúrgicas vão estar sempre preparadas para os procedimentos de eletrochoque (por ser um procedimento invasivo) pois já não há tantos recursos em hospitais para atendimentos básicos, e este processo é caro, ou seja, banir esse processo seria a melhor escolha para não gerar um alto custo. A assistência a criança e ao adolescente deveria ser maior nos RAPs infantis, assim evitando possíveis internações e o investimento nos RAPs existentes e na criação de mais unidades, juntamente com o maior atendimento nos hospitais gerais com o aumento de leitos, evitaria a volta dos manicômios e a redução de danos seria a melhor escolha para os pacientes dependentes para evitar possíveis retornos dos problemas. Vale ressaltar novamente que a nota técnica retrocede a um método antigo que vai contra os direitos humanos e que não irá trazer benefícios para a população que necessita de cuidados humanizados.
RESENHA CRÍTICA 
SAÚDE MENTAL 
MANAUS/AM
2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE
DOCENTE: PRISCA COELHO 
DISCENTES:MAYARA ALICE PEREIRA DE MELO; RAQUEL LIMA ROMERO
TURMA: EZN07S1
RESENHA CRÍTICA - NOTA TÉCNICA Nº 11/2019
SAÚDE MENTAL
MANAUS/AM
2019

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