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Estudo dirigido 2, Periodontia 3 Anna Luiza Gonçalves Assunção 1. Quais consequências de processos infecciosos (como doenças periodontais) na evolução da gestação? Partos prematuros de bebês com baixo peso; Processos inflamatórios; 2. Explique o mecanismo que pode relacionar o parto prematuro e nascimento de bebês com baixo peso com a doença periodontal: Durante a gestação, há uma alta produção de progesterona e estrogênio, o que acarreta em mudanças fisiológicas e imunológicas importantes no organismo da gestante, como a doença periodontal, gengivite gravídica e granuloma piogênico. Um periodonto infectado atua como um reservatório para bactérias e seus subprodutos, atraindo mediadores da inflamação. A partir do foco infeccioso as bactérias e os mediadores da inflamação caem na corrente sanguínea chegando ao liquido amniótico, o que pode acarretar em parto prematuro. 3. Explique as alterações sistêmicas que ocorrem em pacientes gestantes, e como elas interferem no biofilme bucal. Durante a gestação, há uma alta produção de progesterona e estrogênio, o que acarreta em mudanças fisiológicas e imunológicas importantes no organismo da gestante, como a doença periodontal, gengivite gravídica e granuloma piogênico. 4. Discorra sobre radiografias e terapia medicamentosa (anestésicos, analgésicos, anti- inflamatório, antibiótico) em gestantes. A segurança das radiografias dentárias durante a gravidez é estabelecida pela qualidade do sensor radiográfico, colimadores e pelo uso de aventais de chumbo. Entretanto, é preferível que a grávida não tenha exposição à radiação durante a gravidez, especialmente durante o 1º trimestre, devido ao desenvolvimento do feto. Quanto aos medicamentos, a grande maioria dos medicamentos utilizados na odontologia podem ser utilizados durante a gravidez. Os antibióticos são muito utilizados na terapia periodontal, para o controle de bactérias. Os anestésicos mais indicados são: Lidocaína, prilocaína, etidocaína e articaína. Analgésicos: acetaminofeno. Aspirina e ibuprofeno devem ser evitados no 3º trimestre. 5. Qual conduta clínica ou protocolo de atendimento odontológico para pacientes gestantes? Primeiro trimestre: Exame clínico para identificação da presença ou não de doença periodontal; Intruções sobre higiene oral e controle de placa bacteriana; As gestantes que não forem portadoras de periodontopatites devem retornar a terapia de manutenção; Segundo trimestre: Tratamento da doença periodontal e terapia de manutenção, nas gestantes que não possuem a doença periodontal; Terceiro trimestre: Manutenção. 6. Cite as alterações bucais que podem acometer o paciente diabético: Queilose, ressecamento e fissura da mucosa; Queimação na boca e na língua; Redução do fluxo salivar; Alterações na microbiota da cavidade bucal; Influências no periodonto: Tendência ao aumento gengival; Pólipos gengivais sésseis ou pediculados; Proliferações gengivais; Abscessos; Periodontites; Mobilidade dentária; Diminuição nos mecanismos de defesa e o aumento da suscetibilidade a infecções, o que pode levar a doença periodontal destrutiva. Quando o diabetes está mal controlado e há má higiene oral, pode acontecer: Inflamação gengival grave; bolsas periodontais profundas; perda óssea rápida; Abscessos periodontais freqüentes. 7. Cite os sinais e/ou sintomas que alertam para a possibilidade de Diabetes Mellitus (DM): Poliúria/nictúria; Polidipsia/ boca seca/ polifagia; Emagrecimento rápido/ fraqueza (astenia); Diminuição brusca da acuidade visual; Achado de hiperglicemia ou glicosúria em exames de rotina; Predisposição a infecções; 8. Quais os valores do exame glicemia em jejum variando da normalidade até o paciente com diabetes? Citar os valores de todos os exames que foram vistos em aula. Exame Normal Pré-diabetes Diabetes Glicemia de jejum (mg/dL) <100 100 a 125 ≥126 Glicemia 2h após TOTG com 75g de glicose (mg/dL) <140 140 a 199 ≥200 Hemoglobina glicada (%) <5,7 5,7 a 6,4 ≥6,5 9. Qual sal anestésico é o de primeira escolha para o tratamento de um paciente diabético? De acordo com os conhecimentos atuais sobre a epinefrina, sabe-se que ela apresenta um efeito farmacológico oposto ao da insulina sendo possível o paciente diabético descompensado ou instável estar vulnerável aos efeitos desse hormônio. Portanto, o uso de vasoconstrictores do grupo das catecolaminas (epinefrina, norepinefrina e neocoberfina) deve ser evitado nesse tipo de paciente até que haja o controle da glicemia. Em pacientes com foco de infecção, é recomendado o emprego de solução anestésica que contenha felipressina, como a prilocaína 3%. 10. Quais são as complicações do DM? Retinopatia; Nefropatia; Neuropatia; Doença macrovascular; Cicatrização retardada; Doença periodontal. 11. Quais os fatores de risco para o DM tipo II? Historia familiar da doença; Avançar da idade; Obesidade; Sedentarismo; Diagnóstico prévio de pré-diabetes ou diabetes mellitus gestacional; Presença de componentes da síndrome metabólica – hipertensão arterial e dislipidemia. 12. Quais as causas da gravidade da doença periodontal destrutiva associadas ao DM? -Aumento de glicose no fluído gengival e no sangue representa alteração no ambiente da microbiota o que causa alterações qualitativas nas bactérias. -Deficiência dos leucócitos polimorfonucleares (PMN – neutrófilos, eosinófilos e basófilos) -Comprometimento da quimiotaxia (migração celular), defeitos na fagocitose ou comprometimento da adesão. -Função dos PMN, monócitos e macrófagos comprometida – 1ª linha de defesa proporcionada pelos PMN contra os patógenos periodontais diminui – aumentando a probabilidade de proliferação bacteriana. 13. Condutas frente ao uso de antibióticos ao paciente diabético em tratamentos odontológicos: Para pacientes com diabetes, é necessário o uso de antibióticos no pré e no pós operatório, devido ao alto risco de infecção e a capacidade reduzida de cicatrização. Para pacientes descompensados e também para os que têm um bom controle glicêmico. A prescrição deve ser feita nos tratamentos odontológicos que podem provocar bacteremia significativa, em casos de infecções orais, extrações e antes de qualquer procedimento cirúrgico. Os mais indicados são as penicilinas ou cefalosporinas, e, em casos de pacientes alérgicos a eritromicina. 14. Qual o componente do cigarro está associado à diminuição do sangramento gengival e porque ocorre? Nicotina, causa aumento da pressão sanguínea e da velocidade cardíaca e respiratória, levando a vasoconstricção periférica o que resulta num menor sangramento à sondagem. 15. Quais as alterações microbiológicas que ocorrem no periodonto do paciente fumante? Ameaça microbiana em pacientes fumantes causa alterações mais qualitativas do que quantitativas no biofilme; No tabagismo há colonização por bactérias específicas periodontopatogênicas, que contribuem para a severidade da doença em fumantes; Os fumantes são mais suscetíveis à infecção pelo patógeno periodontal Porphyromonas gingivalis; 16. O que ocorre com os neutrófilos de um paciente fumante frente à DP? Sabe-se que os neutrófilos são a primeira linha de defesa contra a infecção bacteriana e, embora os fumantes realmente tenham um número significativamente mais elevado de neutrófilos na circulação periférica, a sua função é prejudicada. Os neutrófilos de fumantes mostraram diminuição da quimiotaxia, fagocitose e adesão. 17. Fale sobre as alterações imunológicas do tabagismo na DP: Os estudos constatam que, para existir uma manifestação da doença periodontal através dos microrganismos patogênicos, é preciso que o sistema imunológico do indivíduo esteja comprometido. Fumar aumenta a inflamação bucal, conforme mostrado por elevações significativas nos níveis do Fator de Necrose Tumoral (TNF) no fluido do sulco gengivalrelatado em fumantes comparados a não fumantes. Verifica-se, então, que o fumo causa uma imunossupressão, resposta inflamatória exagerada e atraso na função de células. O fumo causa uma imunossupressão, resposta inflamatória exagerada e atraso na função de células. Fumar suprime as funções quimiotáxica e fagocitária dos leucócitos polimorfonucleares (LPMN) na saliva e tecidos, aumentando a suscetibilidade a patógenos e a doença periodontal. Inibe a produção de IgG2, subclasse da imunoglobulina (anticorpos contra aggregatibacter actinomycetemcomitans e P Porphyromonas gingivalis são predominantemente compostos da classe IgG2), sugerindo que a supressão de anticorpos de IgG2 pode ser um mecanismo primário que induz à periodontite grave. 18. Efeitos do tabagismo sobre: a. Tecido ósseo Nicotina inibe a proliferação de osteoblastos; Limita a síntese de colágeno; Impede a formação óssea, o que aumenta a suscetibilidade para a doença periodontal. b. Tecido epitelial e conjuntivo Nos fumantes há superprodução de moléculas inflamatórias, levando à destruição do tecido e do osso alveolar, causando mobilidade dos dentes que culmina muitas vezes na perda dental. Com isso, pode-se afirmar que fumantes perdem 2 vezes mais dentes que os não fumantes. Maior perda de inserção; Maior profundidade de sondagem; Maiores recessões; Maior perda de osso alveolar; Maior quantidade de perdas dentárias; Menor gengivite e sangramento à sondagem; Maior quantidade de dentes com lesão de furca.
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