método das redes de interação 2° UC

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Meio Ambiente
MÉTODO DAS REDES DE INTERAÇÃO
O método das Redes de Interação envolve esquemas que representam o
seguimento de operações entre os elementos de um projeto. Este método busca
estabelecer relações de antecedência entre ações de um empreendimento e os
impactos ambientais por ele causados sejam de primeira ou segunda ordem.
Inicio caixa destaque: importante
A metodologia dessa ferramenta visa estabelecer uma sequência de impactos
ambientais provenientes de uma determinada intervenção, sendo representada por
um diagrama. Esta metodologia pode ser utilizada para orientar as medidas
mitigadoras a serem propostas para minimização e/ou eliminação dos impactos
ambientais observados nas redes de interação.
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O método estabelece relações do tipo causa-condição-efeito, proporcionando
uma apreciável e sucinta identificação dos impactos ambientais e suas inter-
relações. Este método também identifica os impactos indiretos e secundários de
forma subsequente ao impacto principal.
A ferramenta possibilita o cruzamento de diferentes áreas de atuação, ou seja,
podendo analisar em uma mesma rede de interação sobre economia, fauna, flora,
água, solo entre outras áreas.
Inicio bloco destaque: em resumo
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O método das Redes de Interação consiste em um gráfico ou diagrama
representando cadeias de impacto geradas pelas ações do projeto. Este método tem
a sua aplicação na identificação dos impactos ambientais diretos e indiretos
(secundários, terciários, etc.), suas vantagens são: abordagem integrada na análise
dos impactos e suas interações e facilidade de troca de informações entre
disciplinas. E suas desvantagens são: não destacam importância relativa dos
impactos; não consideram aspectos temporais e espaciais dos impactos; não
atendem às demais etapas do EIA (Estudo de Impacto Ambiental); não prevêem
cálculo da magnitude e não consideram a dinâmica dos sistemas ambientais.
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Exemplo aplicado à área ambiental
A aplicação do método de redes de interação sobre a urbanização e geração
de efluentes consiste nestas redes de interação representadas nas figuras 1 e 2.
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A imagem consiste no diagrama da aplicação do método de redes de interação
aplicado a urbanização. O diagrama contém 7 quadrinhos, um ligado ao outro por
uma seta, indicando uma ordem de precedencia. A ordem dos aspectos ambientais
indicada pelo diagrama é:
Urbanização
Impermeabilização do solo
Redução da taxa de infiltração de água
Aumento do escoamento superficial
Aumento do aporte hídrico para os corpos d’água
Aumento rápido da vazão dos corpos d’água
Danos e perdas econômicas
Figura 1 – Método de redes de interação aplicado à urbanização.
 
Fonte: Adaptado à UNIVERSIDADE DO PARANÁ (2015).
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A imagem consiste no diagrama da aplicação do método de redes de interação
aplicado a geração de efluentes. O diagrama contém 9 quadrinhos, um ligado ao
outro por uma seta, indicando uma ordem de precedencia. A ordem dos aspectos
ambientais indicada pelo diagrama é:
Geração de efluentes
Déficit do tratamento ou eficiência
Lançamento de poluentes orgânicos no rio
Propagação da poluição hídrica
Condições hidráulicas favoráveis
Estoque de carga poluidora
Condições de ressuspensão
Decomposição: consumo do OD
Morte de peixes
Figura 2 – Método de redes de interação aplicado à geração de efluentes.
 
Fonte: Adaptado à UNIVERSIDADE DO PARANÁ (2015).
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A imagem representa o diagrama de aplicação do método das redes de
interação.
A situação inicial é: ocupação desordenada do solo urbano de ambientes
ribeirinhos em conflito com a legislação em vigor; loteamentos localizados em áreas
de acentuado declive e em topo de morros. As próximas situações são:
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Desmatamento
Exposição do solo
Diminuição da capacidade de absorção/retenção de água no
solo
Aumento do escorrimento superficial das águas pluviais e
arraste de partículas sólidas
Assoreamento dos corpos d’água
Redução do número de espécies vegetais
Redução da oferta de alimentos para a fauna
Redução/extinção da população faunística terrestre e
ictiofaunística
Degradação do ambiente aquático
Alteração da paisagem e do relevo
Geração de empregos
Perda do ambiente natural para o lazer
Aumento na arrecadação de impostos municipais
Figura 3 – Fluxograma de aplicação do Método das Redes de Interação.
O método Sorensen
A primeira rede de interação foi elaborada por Sorensen em 1974 e aplicada à
resolução de conflitos de uso e ao controle de degradação ambiental em uma zona
costeira. Paralelamente, a partir do conceito de fluxo de energia em ecossistemas
estudados por Odum, desenvolveu-se um outro tipo de rede de interação, que
mostra os efeitos de ações externas nos fluxos energéticos de um sistema
ambiental, o que se denomina “diagrama de sistema”. As redes de interação,
identificando as cadeias de impacto, são úteis para a detecção de medidas
mitigadoras, principalmente no que se refere a impactos em ecossistemas naturais.
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Entretanto, serve apenas para a identificação de impactos adversos, sendo ainda
difícil sua associação a critérios de importância (MOREIRA, 1985). O método é um
tipo de rede de interação que organiza uma sequência de efeitos provocados por
cada ação do projeto – os impactos diretos.
A partir da identificação dos impactos diretos, a cadeia ou sucessão de
impactos indiretos, seus respectivos efeitos e as medidas mitigadoras são descrito
sem um fluxograma, ou seja, uma rede ou um sistema de interação. Um exemplo da
rede é mostrado na figura a seguir.
A imagem apresenta os efeitos do lançamento de SO2 por uma indústria, na
seguinte ordem de precedencia:
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Emissão do S02
Ocasiona a poluíção do ar
Problemas respiratórios
Cardiopatias
Poluíção do ar com H2SO4
Corrosão de materiais
Efeitos sobre as plantas
Acidificação dos lagos
Redução da biodiversidade dos lagos
Esta poluição ocasiona os problemas respiratórios e cardiopatias
Figura 4 - Efeitos do lançamento de SO2 por uma indústria. Fonte: Portal
UFCG/CTRN.
Uma indústria específica pode gerar gases de dióxido de enxofre em função de
seus processos produtivos, o que pode causar diretamente o impacto ambiental
negativo de poluição do ar. O contato desse gás com o vapor de água da atmosfera
gera um gás ácido, que pode causar uma cadeia sequencial de impactos ambientais
adversos indiretos, como corrosão de materiais, efeitos sobre as plantas e
acidificação dos lagos. Consequentemente, outros impactos indiretos e seqüenciais
são gerados, como a redução da biodiversidade de um lago, conforme esquema
anterior.
Os efeitos da poluição do ar podem gerar problemas para a saúde do homem,
como problemas respiratórios e cardiopatias.
Inicio caixa destaque: fundamental
Esse tipo de método não pode ser analisado isoladamente, pois seus diagnósticos
preliminares e definitivos refletirão apenas avaliações qualitativas. Portanto,
recomenda-se utilizá-los com outros métodos avaliativos, como matriz de interação e
sobreposição de cartas, por exemplo.
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Referências
CREMONEZ, F. E. et al. Avaliação de impacto ambiental: metodologias
aplicadas no Brasil.Revista Monografias Ambientais – REMOA, v.13, n.5, Santa
Maria, 2014.
CTRN – Centro de Tecnologia e Recursos Naturais. Introdução às Ciências
do Ambiente para Engenharia: 3ª Parte – Gestão do Meio Ambiente.
Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. Unidade Acadêmica de
Engenharia Civil. Campina Grande – Paraíba: UFCG.
MOREIRA, I. V. D. Avaliação de Impacto Ambiental – AIA. Assessoria
Técnica da Presidência. Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente –
FEEMA. Rio de Janeiro: Feema, 1985.
SEIFFERT, M.E. B. Gestão ambiental: instrumentos, esferas de ação e
educação ambiental. Ed. 3, São Paulo: Atlas, 2014.
Universidade Federal do Paraná. Engenharia Civil. Ciências do Ambiente:
Aula 14 – Impactos e Riscos Ambientais. Paraná, 2015.