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COMECANDO DO ZERO DIREITO PREVIDENCIARIO 2019 CDZ_DIR_PREV_AULA_03

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AULA 03 
SEGURADO ESPECIAL 
• O segurado especial vai exercer, individualmente ou em regime de economia familiar, atividade agropecuária, 
pesqueira artesanal, extrativista vegetal ou de seringueiro. 
REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR 
- caracteriza-se pela a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência 
e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e cola-
boração, sem a utilização de empregados permanentes. 
O pescador artesanal é aquela pessoa física que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca 
sua profissão habitual ou meio principal de vida desde que: 
– não utilize embarcação ou; 
– utilize embarcação de pequeno porte (com arqueação bruta igual ou menor a 20). 
 Assemelha-se ao pescador artesanal aquele que realiza atividade de apoio à pesca artesanal, exercendo trabalhos 
de confecção e de reparos de artes e petrechos de pesca e de reparos em embarcações de pequeno porte ou 
atuando no processamento do produto da pesca artesanal. 
• O segurado especial não precisa ser proprietário do imóvel rural onde exerce suas atividades. Pode ser meeiro, 
parceiro, arrendatário rural, usufrutuário, comodatário, etc. 
Não precisa, também, morar no imóvel rural. Ele pode residir em aglomerado urbano próximo ao imóvel rural. 
• Veja a tabela abaixo: 
• O segurado especial poderá contratar empregados ou contribuintes individuais no período de até 120 pes-
soas/dia/ano, não podendo ter empregados permanentes. Esse período não precisa ser em épocas de safra e não 
será computado nesse prazo de até 120 dias o período de afastamento em decorrência da percepção de auxílio-
doença. Caso o limite legal seja superado, o segurado especial deixará de ser assim considerado e será qualificado 
como contribuinte individual. 
 
• O segurado especial poderá exercer certas atividades sem que, com isso, perca a condição de especial. Veja a 
tabela abaixo: 
 
 
 
 
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• O segurado especial poderá ter rendimentos, conforme tabela abaixo, que não o desqualificam como especial: 
 
 
 
 
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( 1) SEGURADO FACULTATIVO 
 
Lei 8.213/91: Art. 13. É segurado facultativo o maior de 14 (quatorze) anos que se filiar ao RGPS, mediante contri-
buição, desde que não incluído nas disposições do art. 11. 
 
Decreto 3048/99: Art. 11. É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao RGPS, medi-
ante contribuição, (...), desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado 
obrigatório da previdência social. 
 
SEGURADO FACULTATIVO 
• O segurado facultativo é a pessoa física que não se enquadra na qualidade de segurado obrigatório do RGPS, 
tampouco figura como segurado obrigatório de regime próprio de previdência social e que, por vontade própria, filia-
se ao RGPS a fim de obter proteção previdenciária do Estado. 
• Sua filiação poderá ocorrer para maiores de 16 anos, com a inscrição e o pagamento da primeira contribuição à 
previdência social. 
CF, art. 201. § 5º: 
É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa partici-
pante de regime próprio de previdência 
 
 
 
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 Como exemplos de segurados facultativos, podemos citar: 
– a dona de casa; 
– o síndico de condomínio, quando não remunerado; 
– o estudante; 
- o presidiário; 
- o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior; 
– aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social. 
IN 971/2009 SRF – art. 5º, parágrafo 3º: 
Poderá contribuir como segurado facultativo: 
I - o trabalhador afastado temporariamente de suas atividades, desde que não receba remuneração no período de 
afastamento e não exerça outra atividade que o vincule ao RGPS ou ao RPPS; e 
II - o estagiário que cumpre os requisitos previstos na Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, na forma do § 2º 
do art. 12 da mesma Lei; 
III - o apenado recolhido à prisão sob regime fechado ou semiaberto, que, nessa condição, presta serviços remune-
rados, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização 
carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria; e (Incluído(a) pelo(a) Instrução 
Normativa RFB nº 1453, de 24 de fevereiro de 2014) 
IV - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência 
social. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1453, de 24 de fevereiro de 2014) 
SEGURADOS 
 
Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao RGPS é obrigatoria-
mente filiado em relação a cada uma delas; 
Caso o servidor civil ou militar venha a exercer, concomitantemente, uma ou mais atividades abrangidas pelo RGPS, 
tornar-se-ão segurados obrigatórios em relação a essas atividades; 
O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no RGPS de antes 
da investidura. 
• O aposentado pelo RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida pelo RGPS é segu-
rado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata a Lei nº 8.212/91, para 
fins de custeio da seguridade social. 
FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO 
 
A FILIAÇÃO é o vínculo jurídico estabelecido entre o segurado e o Regime Geral de Previdência Social. É, conforme 
dispõe o art. 20 do Decreto nº 3.048/99, “o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previ-
dência social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações”. 
INSCRIÇÃO 
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=50210
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=50210
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=50210
 
 
 
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A INSCRIÇÃO é o cadastramento do segurado perante o regime previdenciário. É o ato pelo qual o segurado é 
cadastrado no RGPS por meio de comprovação de dados pessoais e outros elementos necessários e úteis a sua 
caracterização. 
INSCRIÇÃO – SEGURADOS 
 
Empregado: feita diretamente pela empresa com a inscrição no FGTS. 
Trabalhador avulso: pelo preenchimento dos documentos que o habilitem ao exercício da atividade e pelo cadas-
tramento e registro no sindicato ou órgão gestor de mão de obra. 
Acontece, também, quase que simultaneamente com a inscrição no FGTS, em que o trabalhador receberá um 
número de identificação. 
 
Empregado doméstico: com a Lei Complementar nº 150/2015 e a entrada em vigor da obrigatoriedade do depósito 
do FGTS pelo empregador: 
- A inscrição é feita através do sistema e-Social 
CI: feita diretamente pelos canais de atendimento do INSS. 
A empresa tomadora de serviço e as cooperativas de trabalho e de produção são obrigadas a inscrever o CI que 
lhe prestar serviço. 
Segurado especial: feita pela apresentação de documento que comprove o exercício da atividade agropecuária, 
pesqueira artesanal ou extrativista vegetal. 
A inscrição do segurado especial será feita de forma a vinculá-lo ao respectivo grupo familiar e conterá, além das 
informações pessoais, a identificação da propriedade em que desenvolve a atividade e a que título, se nela reside 
ou o Município onde reside e, quando for o caso, a identificação e inscrição da pessoa responsável pelo grupo 
familiar. 
O segurado especial integrante de grupo familiar que não seja proprietário ou dono do imóvel rural em que desen-
volve sua atividade deverá informar, no ato da inscrição, conforme o caso, o nome do parceiro ou meeiro outorgante, 
arrendador, comodante ou assemelhado. 
 Art. 38-A. O Ministério da Economia manterá sistema de cadastro dos segurados especiais no Cadastro Nacional 
deInformações Sociais - CNIS, observado o disposto nos § 4º e § 5º do art. 17, e poderá firmar acordo de coope-
ração com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com outros órgãos da administração pública 
federal, estadual, distrital e municipal para a manutenção e a gestão do sistema de cadastro. 
§ 1º O sistema de que trata o caput preverá a manutenção e a atualização anual do cadastro e conterá as informa-
ções necessárias à caracterização da condição de segurado especial, nos termos do disposto no Regulamento. 
(...) 
§ 4º A atualização anual de que trata o § 1º será feita até 30 de junho do ano subsequente. 
§ 5º Decorrido o prazo de que trata o § 4º, o segurado especial só poderá computar o período de trabalho rural se 
efetuado em época própria o recolhimento na forma prevista no art. 25 da Lei nº 8.212, de 1991. 
§ 6º É vedada a atualização de que trata o § 1º após o prazo de cinco anos, contado da data estabelecida no § 4º. 
Art. 38-B. O INSS utilizará as informações constantes do cadastro de que trata o art. 38-A para fins de comprovação 
do exercício da atividade e da condição do segurado especial e do respectivo grupo familiar. 
§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a comprovação da condição e do exercício da atividade rural do segurado 
especial ocorrerá exclusivamente pelas informações constantes do cadastro a que se refere o art. 38-A. 
§ 2º Para o período anterior a 1º de janeiro de 2020, o segurado especial comprovará o tempo de exercício da 
atividade rural por meio de autodeclaração ratificada por entidades públicas credenciadas, nos termos do disposto 
no art. 13 da Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010, e por outros órgãos públicos, na forma prevista no Regula-
mento. 
§ 3º Na hipótese de haver divergência de informações, para fins de reconhecimento de direito com vistas à conces-
são de benefício, o INSS poderá exigir a apresentação dos documentos referidos no art. 106. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12188.htm
 
 
 
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Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do 
correspondente às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que 
anterior à perda da qualidade de segurado: 
(...) 
§ 3º A comprovação do tempo de serviço para fins do disposto nesta Lei, inclusive mediante justificativa administra-
tiva ou judicial, observado o disposto no art. 108, só produzirá efeito quando for baseada em início de prova material 
contemporânea dos fatos, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de 
força maior ou caso fortuito, na forma prevista no Regulamento. 
Art. 106. A comprovação do exercício de atividade rural será feita, complementarmente à declaração de que trata o 
art. 38-B, por meio de: 
(...) 
IV - Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, de que trata o inciso II 
do caput do art. 2º da Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010, ou por documento que a substitua, emitidas apenas 
por instituições ou organizações públicas; 
O INSS, no ato de habilitação ou de concessão de benefício, deverá verificar a condição de segurado especial e, 
se for o caso, o pagamento da contribuição previdenciária, nos termos da Lei n
o
 8.212, de 24 de julho de 1991, 
considerando, dentre outros, o que consta do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). 
O INSS utilizará as informações constantes do cadastro dos segurados especiais para fins de comprovação do 
exercício da atividade e da condição do segurado especial e do respectivo grupo familiar. Havendo divergências de 
informações, para fins de reconhecimento de direito com vistas à concessão de benefício, o INSS poderá exigir a 
apresentação dos documentos que comprovem o exercício da atividade rural. 
ANTES 
• Comprovação por documentos, inclusive não contemporâneos, e convalidados por declaração de sindicato de 
trabalhadores rurais; 
• Não havia vinculação ao recolhimento como condição e não havia limite de tempo para declaração da atividade 
executada; 
• Não havia previsão para centralização das informações governamentais. 
DEPOIS 
• Para períodos anteriores a 01.01.2020, a comprovação se dará por meio de autodeclaração ratificada por meio de 
entidades executoras do PRONATER, ou outros órgãos públicos (definidos em regulamento). 
• Será exigida comprovação documental contemporânea em caso de divergência; 
DEPOIS 
• Foi revogada a possibilidade de comprovação utilizando a Declaração do Sindicato dos Trabalhadores Rurais; 
• Previsão de integração dos dados de órgãos públicos ao CNIS para formação do cadastro de segurado especial 
DEPOIS 
• Previsão de manutenção anual do cadastro (até 30/06 do ano subsequente) com limitação de atualização em até 
05 anos desde que haja recolhimento em época própria; 
• A partir de 01.01.2020 a comprovação da condição de Segurado Especial ocorrerá exclusivamente mediante o 
cadastramento prévio no CNIS. 
DEPOIS 
• Foi substituída a certidão do INCRA pela DAP. 
Inscrição – segurado facultativo 
Feita diretamente pelos canais de atendimento do INSS, com a apresentação de documento de identidade e decla-
ração expressa de que não exerce atividade que o enquadre na categoria de segurado obrigatório. 
 
MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO 
 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12188.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12188.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm
 
 
 
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I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício; 
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada 
abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; 
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória; 
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso; 
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; 
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. 
 
PRORROGAÇÕES DO PERÍODO DE GRAÇA 
 
Lei n. 8.213/91: Art. 15. § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado 
já tiver pago mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 
 
Lei n. 8.213/91: Art. 15. § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 meses para o segurado 
desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da 
Previdência Social**. ( 1) 
 
**MP 870/2019: não há mais Ministérios do Trabalho e da Previdência Social. Criou-se a Secretaria Especial de 
Previdência e Trabalho vinculada ao Ministério da Economia. 
DEPENDENTES DO RGPS 
 
 
 
• A existência de dependente de uma classe superior exclui o direito dos dependentes pertencentes às classes 
seguintes. 
 
 
 
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• A dependência econômica dos dependentes de 1ª classe em relação ao segurado é presumida, e a dos demais 
deve ser comprovada. 
Ex-cônjuge, ex-companheiro(a) que têm direito à prestação alimentícia após a separação judicial ou o divórcio figu-
ram como dependentes. 
Súmula 336 do STJ: A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária 
por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente. 
FILHOS 
 
A - 18 anos x 21 anos? 
B - Universitário? 
C - Invalidez edeficiência? 
 
A – IDADE (18 X 21) 
 Princípio da especialidade? 
Critério cronológico? 
 
B – CONDIÇÃO DE UNIVERSITÁRIO 
 
 Súmula 37 da TNU: A pensão por morte, devida ao filho até os 21 anos de idade, não se prorroga pela pendência 
do curso universitário. 
C – INVALIDEZ / DEFICIÊNCIA 
 
Filho inválido pode trabalhar? 
 
Filho com deficiência pode trabalhar? () 
 
Lei 8.213/91(redação dada pela Lei 13.183/15): 
 Art. 77.§ 6º O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não 
impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou 
mental ou com deficiência grave.” (NR) 
 
A condição de filho inválido deve ser atestada pela perícia médica da previdência social. 
A incapacidade civil do filho e do irmão com deficiência intelectual ou mental não precisa ser mais declarada judici-
almente. 
O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a 
dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. 
A lei previdenciária não prevê o menor sob guarda como integrante do rol de dependentes do RGPS. 
No entanto, o STJ pacificou o entendimento de que “O menor sob guarda tem direito a receber o benefício de pensão 
por morte em caso de falecimento de seu tutor, uma vez que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) preva-
lece sobre a Lei Geral da Previdência Social.” 
A inscrição dos dependentes no RGPS só é feita no momento que eles forem requerer o seu benefício. Não há 
previsão legal para inscrever os dependentes do segurado no RGPS antes do requerimento do benefício previden-
ciário. 
INSCRIÇÃO DO DEPENDENTE 
 
- Sempre feita no momento do requerimento do benefício. 
Filhos e irmãos menores de 21 anos: certidão de nascimento; 
Filhos e irmãos inválidos: perícia médica para atestar a invalidez; 
 
Cônjuge: certidão de casamento; 
Os pais: certidão de nascimento do segurado. 
 
 
 
 
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Companheiro(a): comprovação de união estável (pelo menos 03 documentos previstos no art. 22, Decreto 3.048/99); 
Art. 16, §5º: A prova de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material contemporânea 
dos fatos, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou 
caso fortuito, conforme disposto no Regulamento. MP871/2019 
PERDA DA CONDIÇÃO DE DEPENDENTE (combinação com o art. 77, §2º, da Lei nº 8.213/91) 
Filho, pessoa a ele equiparada ou irmão: ao completarem 21 anos, salvo se inválido ou com deficiência; 
Filho ou irmão inválido: quando cessar a invalidez; 
Os pais: com a morte; 
Para todos os dependentes: com a perda da qualidade de segurado; 
 
 PERDA DA CONDIÇÃO DE DEPENDENTE (combinação com o art. 77, §2º, da Lei nº 8.213/91) 
 
Cônjuge, companheiro ou companheira deixam de receber pensão: 
 
- após 04 meses se o segurado não tiver 18 contribuições ou 02 anos de casamento ou união estável até a data do 
óbito. 
Essa regra não é aplicada em caso de morte por acidente de qualquer natureza, doença profissional ou do trabalho. 
 
CONCLUINDO (...) 
 
 
Cônjuge, companheiro ou companheira deixam de receber pensão: 
 
 - após o prazo estabelecido pela tabela abaixo, caso o segurado tenha 18 ou mais contribuições e o casamento 
ou a união estável tiverem sido iniciados há, pelo menos, 02 anos da data do óbito. 
 
 
 
 
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Se o óbito for decorrente de acidente de qualquer natureza ou doença profissional ou do trabalho, MESMO QUE 
NÃO haja 18 contribuições e o casamento ou a união estável não tenha 02 anos até a data do óbito, a pensão será 
paga pelo prazo da tabela abaixo. 
 
 
 
Cônjuge, companheiro ou companheira deixam de receber pensão: 
 
- se inválidos ou com deficiência: após a cessação da invalidez ou o afastamento da deficiência. 
Nesse caso, há que se respeitar o prazo mínimo de 04 meses ou o da tabela já demonstrada. 
 
 
 
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