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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO DE RIBEIRÃO PRETO - FDRP DIREITO PREVIDENCIÁRIO – SEGURIDADE SOCIAL - 2020 PROFA. ASS. MARIA HEMÍLIA FONSECA AULAS 5-6-7-8 – REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS (1) (2) (3) (4) BENEFICIÁRIOS DO RGPS: SEGURADOS E DEPENDENTES MANUTENÇÃO, PERDA E REAQUISIÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO CARÊNCIA ■ BENEFICIÁRIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL: SEGURADOS E DEPENDENTES Beneficiários do RGPS - Segurados - Segurados obrigatórios - Segurados facultativos - Dependentes São beneficiários do RGPS os segurados da previdência social (obrigatórios e facultativos) e seus dependentes. São pessoas naturais que fazem jus ao recebimento de prestações previdenciárias, no caso de serem atingidas por algum dos infortúnios previstos em lei. Mantêm vínculo com a Previdência Social, com direitos e deveres. Os direitos são representados pela entrega das prestações previdenciárias sempre que constatada a ocorrência da situação protegida. As prestações previdenciárias subdividem-se em benefícios → com conteúdo pecuniário e os serviços → habilitação e reabilitação profissional e ao serviço social. Os deveres são representados pela obrigação de pagamento das contribuições previdenciárias. Segurados e dependentes são sujeitos ativos da relação jurídica cujo objeto seja o recebimento de prestação de natureza previdenciária. São diferentes as relações jurídicas que se estabelecem entre segurado e Previdência Social e entre dependente e Previdência Social. A relação jurídica entre segurado e Previdência Social se inicia com seu ingresso no sistema, e se estenderá enquanto estiver filiado. A relação jurídica entre dependente e Previdência Social só se formaliza se não houver mais a possibilidade de se instalar a relação jurídica com o segurado porque não há, no sistema previdenciário, nenhuma hipótese de cobertura concomitante para segurado e dependente. SEGURADOS A ideia de segurado vem do contrato de seguro do direito civil, no qual o segurado faz um contrato com a seguradora para ficar coberto contra certo risco. Segurados são pessoas que mantém um vínculo com a previdência social, decorrem destes vínculos direitos, como o de entrega da prestação previdenciária, e deveres, tal como a obrigação de pagamento das contribuições previdenciárias. O Segurado sempre será uma pessoa física, no caso o trabalhador. Nem todo contribuinte é segurado. Exemplo: pessoa jurídica não ser considerada “segurado”, apesar da lei determinar que a pessoa jurídica deve pagar certa contribuição à seguridade social. Ela não irá se aposentar, pois ela não é pessoa física. É segurado toda pessoa que usufrui ou pode usufruir de benefícios. Segurado não é apenas aquele que exerce atividade remunerada. Exemplo: dona de casa, o síndico não remunerado de condomínio, assim como o estudante e o desempregado podem se filiar ao sistema como segurados facultativos e pagar contribuição se assim desejarem, sendo este um ato volitivo - Facultativo Não é necessário de ter um vínculo empregatício para a configuração da condição de segurado. Também são segurados: o trabalhador avulso e o autônomo, dentre outros. Aquisição da qualidade de segurado: filiação e inscrição Filiação ao sistema → marco inicial da história previdenciária do segurado → vínculo que se estabelece entre o segurado e a Previdência Social. Para os trabalhadores celetistas, a anotação do contrato de trabalho na CTPS os torna automaticamente filiados ao RGPS, ou seja, afiliação não depende de um ato formal praticado entre a autarquia e o segurado. Outros → segurados contribuintes individuais e os facultativos → devem formalizar a filiação ao RGPS, praticando um ato formal → perante o INSS → inscrição Também não pode deixar de se mencionar que para ser segurado é necessário ter a idade mínima de 16 anos, que é a idade mínima permitida para trabalhar (Artigo 7°, XXXIII da CF), uma exceção a esta norma é a condição de aprendiz, pois este poderá ter no mínimo 14 anos de idade. OBS: ACP – PORTARIA CONJUNTA Nº 7, DE 9 DE ABRIL DE 2020 No caso do trabalhador alegar desconhecimento da obrigatoriedade da contribuição ou ser contrário a ela, nada poderá ser feito, pois não há possibilidade de exclusão voluntária da contribuição ao sistema. Também não importa se o trabalhador já é aposentado ou se exerce outra atividade que o vincule a regime previdenciário distinto, como, por exemplo, no caso de um militar; isso porque a filiação ao sistema pode ser múltipla. Cabe ainda ressaltar que a atividade exercida pelo trabalhador deve ser lícita e que a ilicitude não deve ser confundida com o chamado trabalho proibido. No caso de trabalho proibido a Constituição Federal veda expressamente certas características presentes no emprego em questão e não a atividade em si, um exemplo que pode ser citado é o caso de menores de 18 anos trabalhando em condições insalubres, fato este que configura um claro desrespeito à Constituição. Nesses casos o trabalhador não poderá ser prejudicado pela irregularidade de seu empregador, assim as normas previdenciárias são aplicáveis, há uma filiação automática. Os segurados são classificados como obrigatórios ou facultativos. SEGURADOS OBRIGATÓRIOS I) Segurados Obrigatórios Comuns: empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso. • Empregado O conceito é mais abrangente do que o trazido pelo direito do trabalho, a legislação procurou abarcar o maior número possível de trabalhadores urbanos e rurais, não importando para os requisitos de natureza trabalhista que caracterizam o vínculo empregatício. O aposentado que volta a trabalhar como empregado será segurado obrigatório. O Art. 11 da Lei 8213/91 lista os trabalhadores incluídos no presente conceito de empregado: a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas; c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior; d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular; e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio; f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional; g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais. •Empregado doméstico Aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa, a família ou a entidade familiar, mediante remuneração, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos. São exemplos de empregados domésticos: cozinheira, arrumadeira, mordomos, babás, motoristas particulares, jardineiro,porteiros, dentre outros. •Trabalhadores avulsos São trabalhadores que prestam serviços de natureza urbana ou rural, a diferentes tomadores de serviço, sem vínculo empregatício, com intermediação do órgão gestor de mão de obra ou sindicato da categoria profissional. Distingue-se do contribuinte individual pela intermediação obrigatória. Caso se trate de serviço prestado diretamente pelo trabalhador, não se trata de trabalhador avulso, mas sim de contribuinte individual. II) Segurados Obrigatórios Individuais: autônomos, equiparados a autônomos, eventuais, empresários. OBS: Essa espécie de segurados é bastante genérica, pode-se dizer que todo trabalhador excluído das demais características de segurado obrigatório será contribuinte individual. •Contribuintes individuais (autônomos e empresários) Figura criada pela Lei 9876/99, que englobou em uma única categoria os empresários, autônomos e equiparados. a) Empresários – são aqueles que exercem atividades gerenciais ou de direção em grupos empresariais, além de pessoas físicas que exploram atividades agropecuárias, pesqueiras e de extração mineral em garimpo. b) Autônomo – são aqueles que exerce atividade econômica por conta própria, com fins lucrativos ou não. A Lei 10403/02 inclui nessa categoria os ministros de confissão religiosa, padres, pastores e membros de instituto de vida consagrada. III) Segurados Obrigatórios Especiais: produtor rural, pescador artesanal. OBS: Uma contradição presente no sistema normativo que envolve esta categoria é que a lei previdenciária determina que esse segurado não tenha empregados, atuando em regime de economia familiar, sendo possível o auxilio eventual de terceiros em condições de mútua colaboração, dessa forma não pode haver subordinação nem remuneração; enquanto a Constituição permite que tenham empregados desde que não permanentes. •Segurados especiais São os trabalhadores rurais que exerçam suas atividades individualmente ou em sistema de economia familiar ainda que com auxílio eventual de terceiros. Nesse grupo se encontram o produtor rural, meeiro, arrendatário rural e pescadores artesanais. É considerado regime de economia familiar: o regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados (art. 11 § 1° Lei 8213/91). SEGURADOS FACULTATIVOS IV) Segurados Facultativos: dona de casa, estudante, desempregado. A qualidade de segurado facultativo surge na manifestação de vontade da criação do vínculo previdenciário e do pagamento da contribuição. São maiores de 16 anos os não exercentes de atividade remunerada mas que voluntariamente se vinculam ao INSS. Segurados facultativos São aquelas pessoas que exercem atividades não enquadradas como segurados obrigatórios e por opção filiam ao regime de previdência social. A regra básica do seguro social é a compulsoriedade de filiação e a consequente contribuição. Pelo princípio da universalidade no atendimento, existe a possibilidade de inclusão no sistema daqueles indivíduos que não se encaixam como segurados obrigatórios do RGPS. Exige-se que seja maior de 16 anos cuja atividade não seja ilícita. Não pode estar filiado como segurado obrigatório. São exemplos de segurado facultativo: a dona de casa, o estudante, síndico não remunerado de condomínio, bolsista, dentre outros. O segurado facultativo tem direito a todas as prestações compatíveis com sua condição de não exercente de atividade profissional (aposentadoria por tempo de contribuição, idade e invalidez, salário-maternidade, auxílio doença e auxílio acidente). O segurado facultativo não tem direito a aposentadoria especial, benefícios decorrentes de acidente de trabalho e salário família. A filiação como segurado facultativo só produz efeitos a partir da inscrição e do primeiro recolhimento e não pode ser retroativa, isto é, para computar período anterior ao da inscrição. A lei veda o recolhimento de contribuições relativas a competências anteriores à inscrição (Dec. n. 3.048/99, art. 11, § 3º), não sendo possível recolher contribuições não pagas na época oportuna, para fins de comprovação de tempo de contribuição. Depois da filiação, o segurado facultativo só pode recolher contribuições em atraso se não tiver perdido a qualidade de segurado (art. 11, § 4º, do RPS) DEPENDENTES São beneficiários indiretos. Trata-se daquelas pessoas vinculadas a um segurado, surgindo desse vínculo seu vínculo com a Previdência Social. Os dependentes do segurado falecido estão expressamente relacionados na legislação previdenciária. A relação jurídica entre dependentes e INSS só se instaura quando deixa de existir relação jurídica entre este e o segurado, o que ocorre com sua morte ou recolhimento à prisão. Não existe hipótese legal de cobertura previdenciária ao dependente e ao segurado, simultaneamente. A inscrição do dependente se dá por ocasião do requerimento do benefício a que tiver direito (art. 17, § 1º, do PBPS), e mediante a apresentação dos documentos exigidos pelo art. 22 do RPS. OBS: A partir de 13.11.2019 (EC n. 103/2019), a condição de dependente pode ser reconhecida antes do óbito do segurado, quando se tratar de dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave. Nesse caso, o dependente deverá ser submetido a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar, com revisões periódicas na forma da lei. Contudo, a relação jurídica previdenciária entre dependente e INSS só será aperfeiçoada com o óbito do segurado (art. 23, § 5º, da EC n. 103/2019). A legislação os divide em classes no art. 16 caput da Lei 8213/91, sendo que a existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes, podendo ser transferido apenas dentro da mesma classe. Os dependentes previdenciários são aqueles que mantém vínculo de dependência jurídico ou econômico com os segurados da previdência social. Estão postos em: Classe I: cônjuge, companheiro(a) e filho não emancipado de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido. Classe II: pais. Classe III: irmão, não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido. Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) II - os pais III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) § 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes. § 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) § 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada § 5º As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbitoou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) § 6º Na hipótese da alínea c do inciso V do § 2º do art. 77 desta Lei, a par da exigência do § 5º deste artigo, deverá ser apresentado, ainda, início de prova material que comprove união estável por pelo menos 2 (dois) anos antes do óbito do segurado. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) § 7º Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido condenado criminalmente por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) ■ MANUTENÇÃO, PERDA E REAQUISIÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO ■ Manutenção da qualidade de segurado: o “período de graça” A regra geral é a de que a qualidade de segurado se mantém enquanto forem pagas as contribuições previdenciárias para o custeio do RGPS. Manter a qualidade de segurado significa manter o direito à cobertura previdenciária prevista na Lei n. 8.213/91. Porém, a lei prevê situações em que, mesmo sem o pagamento de contribuições previdenciárias, é mantida a qualidade de segurado. É o que se denomina período de graça, durante o qual o segurado faz jus a toda a cobertura previdenciária. Exemplo: se, durante o período de graça, o segurado ficar incapaz total e definitivamente para o trabalho, terá direito à cobertura previdenciária de aposentadoria por invalidez, se cumprida a carência, quando for o caso. O período de graça pode ou não ter duração determinada, conforme dispõe a lei. As hipóteses de manutenção da condição de segurado sem contribuição estão taxativamente enumeradas no art. 15 do PBPS, e no art. 13 do RPS. Mantém a qualidade de segurado: Sem limite de prazo: quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente, restrição imposta pela Lei n. 13.876, de 18.06.2019, publicada na mesma data. Estar em gozo de benefício significa estar em período de recebimento de cobertura previdenciária, durante o qual o segurado não paga contribuições para o custeio do sistema. Exemplificando: enquanto estiver em gozo do benefício de auxílio-doença — o que ocorre quando o segurado está total e temporariamente incapacitado para o trabalho ou para suas atividades habituais (arts. 59 a 63 do PBPS) — mantém essa qualidade sem o pagamento de contribuições porque está, justamente, recebendo a cobertura previdenciária decorrente da contingência incapacidade total e temporária para o trabalho ou atividade habitualmente exercida. Artigo 15: Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício; I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; II - até doze meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o benefício do Seguro-Desemprego; (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019) (Revogada pela Medida Provisória nº 955, de 2020) Vigência encerrada II - até doze meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber o benefício do Seguro-Desemprego; (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019) (Revogada pela Medida Provisória nº 955, de 2020) (Vigência encerrada) II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art50 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Mpv/mpv955.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Congresso/adc-113-mpv955.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art50 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Mpv/mpv955.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Congresso/adc-127-mpv905.htm III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória; IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso; V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. § 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social. § 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos. ■ Perda da qualidade de segurado: consequências Regra geral, transcorrido o período de graça, sem que o segurado volte a pagar contribuições destinadas ao custeio do RGPS, opera-se a perda da qualidade de segurado. Perder a qualidade de segurado significa perder o direito a toda e qualquer cobertura previdenciária para o segurado e seus dependentes (art. 102 do PBPS). Necessário, porém, atentar para o disposto no § 4º do art. 15 do PBPS: a perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos. Há situações em que a perda da qualidade de segurado não acarreta a perda do direito à cobertura previdenciária. São hipóteses taxativamente enumeradas na lei: a) Aposentadorias por tempo de contribuição (regras de transição da EC n. 103/2019) e especial. O art. 3º da Lei n. 10.666/200398 e o § 5º do art. 13 do RPS preveem que a perda da qualidade de segurado não impede a concessão das aposentadorias por tempo de contribuição e especial. O dispositivo só pode ser compreendido se analisado de forma sistemática. O regime previdenciário é eminentemente contributivo, tanto que, como será analisado (item 5.3.4.1, infra), impõe o cumprimento de carências para que se aperfeiçoe o direito à proteção previdenciária, salvo exceções expressamente previstas na lei. Se o segurado cumpriu a necessária carência para a obtenção desses benefícios, a posterior perda da qualidade de segurado não pode impedi-lo de usufruir o benefício, sob pena de enriquecimento ilícito do orçamento previdenciário. É o que dispõem os arts. 102, § 1º, do PBPS, e 180, do RPS. O benefício será, então, concedido na forma da legislação em vigor nadata em que todos os requisitos foram cumpridos. É a garantia constitucional do direito adquirido, respeitada pela legislação previdenciária. b) Aposentadoria por idade. O § 1º do art. 3º da Lei n. 10.666/2003 dispõe que: “Na hipótese de aposentadoria por idade, a perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão desse benefício, desde que o segurado conte com, no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao exigido para efeito de carência na data do requerimento do benefício”. A Lei n. 10.666/2003 apenas acolheu o que a jurisprudência há muito decidia, garantindo o direito à aposentadoria por idade ao segurado que, tendo perdido essa condição, contasse com, no mínimo, o tempo de contribuição exigido para efeito de carência na data do requerimento do benefício. Note-se que o dispositivo legal determina que a carência a considerar é a da data do requerimento do benefício e não a da data em que o segurado completou a idade. A nosso ver, o dispositivo não se aplica a todas as situações. É que nem sempre a data do requerimento do benefício coincide com a data em que se completou a idade para esse tipo de aposentadoria. Pode ocorrer que o segurado humilde, sem informação, complete todos os requisitos para se aposentar por idade — carência + idade —, mas só faça o requerimento algum tempo depois. Se levada em consideração a carência exigida na data do requerimento, que pode ser maior, pode ocorrer de o segurado não conseguir cumpri-la. Se isso ocorrer, restará violado o seu direito adquirido de se aposentar pela norma vigente quando completou todos os requisitos. Não se deve perder de vista que a aposentadoria por idade só é concedida aos trabalhadores urbanos conforme as regras de transição da EC n. 103/2019, uma vez que o implemento da idade deixa de ser contingência protegida com aposentadoria. As regras, contudo, continuam valendo para os trabalhadores rurais, que continuam tendo direito à aposentadoria por idade aos 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher. c) Pensão por morte após a perda da qualidade de segurado. Regra geral, perdida a qualidade de segurado, tanto este quanto seus dependentes deixam de ter direito a toda e qualquer cobertura previdenciária. Há situações, porém, em que a perda da qualidade de segurado ocorre quando já cumpridos, pelo segurado, todos os requisitos para a aposentadoria, em qualquer de suas espécies. Nesses casos, se vivo estivesse, o segurado teria direito adquirido de se aposentar. Então, a morte, nesse caso, após a perda da qualidade de segurado continua sendo contingência geradora de necessidade protegida pelo sistema previdenciário, ficando garantido aos dependentes o benefício de pensão por morte (art. 102, § 2º, do PBPS e art. 180, § 2º, do RPS). Em Recurso Especial julgado sob o rito dos Recursos Repetitivos, o STJ adotou esse entendimento: “(...) I — A condição de segurado do de cujus é requisito necessário ao deferimento do benefício de pensão por morte ao(s) seu(s) dependente(s). Excepciona-se essa regra, porém, na hipótese de o falecido ter preenchido, ainda em vida, os requisitos necessários à concessão de uma das espécies de aposentadoria do Regime Geral de Previdência Social — RGPS. Precedentes. II —In casu, não detendo a de cujus, quando do evento morte, a condição de segurada, nem tendo preenchido em vida os requisitos necessários à sua aposentação, incabível o deferimento do benefício de pensão por morte aos seus dependentes (...)” (REsp 1.110.565, 3ª Seção, Rel. Min. Felix Fischer, DJe 03.08.2009). d) Aposentadoria por invalidez (incapacidade total e permanente). Não perde a qualidade de segurado aquele que deixa de contribuir em razão de incapacidade para o trabalho, fazendo jus à aposentadoria por invalidez (incapacidade permanente, na forma da EC n. 103/2019). A incapacidade, total ou parcial, temporária ou permanente, é contingência geradora de necessidade protegida pela Previdência Social, que, uma vez configurada, faz nascer direito subjetivo a um benefício por incapacidade (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, conforme se trate de incapacidade temporária ou permanente), que, por várias razões, pode não ter sido exercido pelo segurado durante o período de graça. ■ Reaquisição da qualidade de segurado Findo o período de graça, configura-se a perda da qualidade de segurado. Se este desejar impedir que isso aconteça, deverá providenciar o recolhimento da contribuição previdenciária referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados no art. 15 do PBPS (§ 4º do art. 15 e art. 14 do Dec. n. 3.048/99). Exemplificamos: se o período de graça findou em 13 de outubro e o segurado deseja manter essa qualidade, deve proceder ao recolhimento da contribuição referente ao mês de novembro no prazo fixado no Plano de Custeio (Lei n. 8.212/91). ■ Perda da qualidade de dependente As hipóteses de perda da qualidade de dependente estão relacionadas no art. 17 do RPS, modificado pelo Decreto n. 6.939, de 18.08.2009. Porém, o dispositivo deverá ser adequado às alterações do art. 16 decorrentes das Leis ns. 13.135 e 13.146, de 2015. Perdem a condição de dependentes: a) O cônjuge: pela separação judicial ou divórcio, se não tiver direito à pensão alimentícia; pelo decurso do prazo de pagamento de alimentos temporários fixados por decisão judicial; pela anulação do casamento, uma vez que, dissolvido o vínculo conjugal, o casamento anulado não pode gerar relação jurídica previdenciária; pelo óbito; por sentença transitada em julgado. b) A(o) companheira(o): quando cessar a união estável com o(a) segurado(a), se não tiver direito à pensão alimentícia, ou decorrer o pagamento de alimentos temporários fixados por decisão judicial. c) Os filhos e irmãos, de qualquer condição: quando completarem 21 anos, salvo se forem inválidos ou com deficiência mental ou intelectual ou deficiência grave, ou se emanciparem. Se, embora inválidos ou com deficiência mental ou intelectual ou deficiência grave, se emanciparem e a emancipação se der em decorrência de colação de grau em curso superior, não se opera a perda da qualidade de dependente (art. 114, II, do RPS). O Decreto n. 6.939/2009 modificou a redação do art. 108 do RPS: a pensão por morte somente será devida ao filho e ao irmão cuja invalidez tenha ocorrido antes da emancipação ou antes de completar a idade de 21 anos, desde que reconhecida ou comprovada, pela perícia médica do INSS, a continuidade da invalidez até a data do óbito do segurado. d) Os filhos e irmãos, de qualquer condição, com deficiência intelectual ou mental: pelo levantamento da interdição. Atente-se, porém, para a nova redação dada ao art. 16 do PBPS, que deixou de exigir a declaração judicial de incapacidade. e) Os dependentes em geral: quando cessar a invalidez, quando cessar a condição de deficiência ou pelo seu falecimento. ■ CARÊNCIA Segundo o artigo 24 da Lei n. 8.213/1991: “período de carência é o número de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências” (art. 24 da Lei n. 8.213/1991). Daniel Machado da Rocha: “Neste comando legal jaz uma norma protetiva do sistema impondo um período mínimo durante o qual o obreiro, cuja qualidade de segurado foi adquirida, não poderá usufruir de determinados benefícios, a fim de se preservar o sistema de previdência social, essencialmente contributivo, daqueles que só acorrem a ele quando atingidos pelo risco social”. A EC n. 103/2019 não cita a necessidade de cumprimento de períodos de carência para a concessão das aposentadorias reguladas pelas regras transitórias da Reforma da Previdência. Entretanto, não significa quetenha revogado ou afastado a aplicação do cumprimento desse requisito. Isto porque, durante o período de carência, o beneficiário ainda não tem direito à prestação previdenciária. Como se cogita de Previdência, isto é, cobertura de danos futuros e incertos, e não de assistência, que seria a atividade de amparo a qualquer manifestação de necessidade decorrente de risco social, a presença do dano no próprio momento da vinculação distorceria a finalidade do sistema e levaria a Previdência Social a tornar-se uma instituição de caráter assistencial. O dia do início da contagem do período de carência é feito observando-se as seguintes regras: - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, trabalhador avulso e contribuinte individual (este a partir de abril de 2003, quando prestar serviços à empresa, que possui a obrigação de retenção e recolhimento): o primeiro dia do mês de filiação ao RGPS, ou seja, desde o primeiro dia do mês em que iniciou a execução de atividade remunerada nesta condição, sendo presumida a contribuição; - para o segurado contribuinte individual (observado o disposto no § 4º do art. 26 do Decreto n. 3.048/1999), especial (este enquanto contribuinte individual na forma do disposto no § 2º do art. 200 do mesmo Decreto), e facultativo: da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para esse fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, observado, quanto ao segurado facultativo, o disposto nos §§ 3º e 4º do art. 11 do Decreto n. 3.048/1999. O cálculo da carência é considerado a partir do primeiro dia do mês correspondente à competência a que se refere o recolhimento da contribuição. Isto é, mesmo o segurado que tenha começado a exercer atividade no dia 31 de um mês tem contabilizado, para efeitos de carência, todo o período daquele mês. As contribuições recolhidas em atraso devem ser consideradas para efeito de carência, desde que posteriores à primeira paga sem atraso, conforme regra prevista no art. 27, II, da Lei n. 8.213/1991. No entanto, existe a possibilidade de cômputo das contribuições recolhidas com atraso pelo contribuinte individual, relativas ao período entre a perda da qualidade de segurado e a sua reaquisição, para efeito de carência? Entendemos que sim, pois decorre da interpretação do art. 27, II, da Lei de Benefícios, que não exige a manutenção da qualidade de segurado nessa hipótese. Entretanto, o tema é polêmico no âmbito jurisprudencial. A concessão das prestações pecuniárias do RGPS depende dos seguintes períodos de carência, de acordo com o art. 25 da Lei n. 8.213/1991: - 12 contribuições mensais, nos casos de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez; - 24 contribuições mensais, no caso do auxílio-reclusão (incluído pela MP n. 871/2019, convertida na Lei n. 13.846/2019); - 180 contribuições mensais, nos casos de aposentadoria por idade, por tempo de serviço (transformada em aposentadoria por tempo de contribuição pela EC n. 20/1998 e extinta pela EC n. 103/2019) e especial; - 10 contribuições mensais, no caso do salário-maternidade para as seguradas contribuintes individuais e seguradas facultativas; - 12 meses de exercício de atividade rural, imediatamente anteriores ao do início do benefício, no caso do salário-maternidade das seguradas especiais (art. 25, III, com redação conferida pela Lei n. 13.846/2019, c/c art. 39, parágrafo único, da LBPS). A concessão das seguintes prestações pecuniárias do RGPS independe de carência, de acordo com o art. 26 da Lei n. 8.213/1991: I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei; IV - serviço social; V - reabilitação profissional. VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) Artigos 24 e 25 da Lei n. 8213/91: Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências. Parágrafo único. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2 (um terço) do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido. (Vide Medida Provisória nº 242, de 2005) (Revogado pela Medida Provisória nº 739, de 2016) (Vigência encerrada) Parágrafo único. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um terço) do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido. (Vide Medida Provisória nº 242, de 2005) (Revogado pela Medida Provisória nº 767, de 2017) (Revogado pela lei nº 13.457, de 2017) Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais; II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço, aposentadoria especial e abono de permanência em serviço: 180 (cento e oitenta) contribuições mensais. II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições mensais. (Redação dada pela Lei nº 8.870, de 1994) III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do caput do art. 11 e o art. 13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 871, de 2019) III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do caput do art. 11 e o art. 13 desta Lei: 10 (dez) contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei; e (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) IV -auxílio-reclusão: vinte e quatro contribuições mensais. (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019) IV - auxílio-reclusão: 24 (vinte e quatro) contribuições mensais. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será reduzido em númerode contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família, salário-maternidade, auxílio- acidente e pecúlios I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente; (Redação dada pela Medida Provisória nº 871, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Mpv/242.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Mpv/mpv739.htm#art11 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Congresso/adc-058-mpv739.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Mpv/242.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv767.htm#art12 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13457.htm#art13 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13457.htm#art13 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8870.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm#art25 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm#art25 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm#art25 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm#art25 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm#art25 I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; (Redação dada pela Medida Provisória nº 664, de 2014) (Vigência) II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei; IV - serviço social; V - reabilitação profissional. VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) Art. 27. Para cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições: I - referentes ao período a partir da data da filiação ao Regime Geral de Previdência Social, no caso dos segurados empregados e trabalhadores avulsos referidos nos incisos I e VI do art. 11; II - realizadas a contar da data do efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, no caso dos segurados referidos nos incisos II, III, IV, V e VII, este enquanto contribuinte facultativo, do art. 11 e no art. 13 desta lei. II - realizadas a contar da data do efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, no caso dos segurados empregado doméstico, contribuinte individual, especial e facultativo, referidos, respectivamente, nos incisos II, V e VII do art. 11 e no art. 13. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) Art. 27. Para cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições: (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Mpv/mpv664.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Mpv/mpv664.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Mpv/mpv664.htm#art5iii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp150.htm#art37 I - referentes ao período a partir da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), no caso dos segurados empregados, inclusive os domésticos, e dos trabalhadores avulsos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015) II - realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, no caso dos segurados contribuinte individual, especial e facultativo, referidos, respectivamente, nos incisos V e VII do art. 11 e no art. 13. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015) Parágrafo único. No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez e de salário-maternidade, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com os períodos previstos nos incisos I e III do caput do art. 25. (Incluído pela Medida Provisória nº 739, de 2016) (Vigência encerrada) Art. 27-A. No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez e de salário-maternidade, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com os períodos previstos nos incisos I e III do caput do art. 25. (Incluído pela Medida Provisória nº 767, de 2017) Art. 27-A. No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a concessão dos benefícios de que trata esta Lei, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos nos incisos I e III do caput do art. 25 desta Lei.(Incluído pela lei nº 13.457, de 2017) Art. 27-A. Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez, de salário- maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com os períodos integrais de carência previstos nos incisos I, III e IV do caput do art. 25. (Redação dada pela Medida Provisória nº 871, de 2019) Art. 27-A Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez, de salário- maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos nos incisos I, III e IV do caput do art. 25 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp150.htm#art37 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp150.htm#art37 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Mpv/mpv739.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Congresso/adc-058-mpv739.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv767.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13457.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm#art25 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm#art25 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24
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