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Trabalho - Carvão Mineral

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Curso de Engenharia Metalúrgica
METALURGIA EXTRATIVA
Tema: Processo sustentável de produção de carvão vegetal quanto aos aspectos: ambiental, econômico, social e cultural
Professor: Paulo Luiz Santos Junior
Alunos: Arthur Henrique Reis
Josué Gomes da Silva
Belo Horizonte
Março de 2019
Pontos de concordância com o autor
· A sustentabilidade: 
Em relação ao tópico da sustentabilidade, o autor aborda em um subtítulo sobre o conceito de sustentabilidade e sua relação com o crescimento ou desenvolvimento, gerando um conceito novo o desenvolvimento sustentável. O mesmo define o conceito de crescimento ou desenvolvimento econômico, uma evolução e bens e serviços, de uma região ou país, de medida comum para o aumento da renda per capita.	
O autor traz o surgimento do conceito de desenvolvimento sustentável na seguinte citação; “Para Almeida (2007), a concepção de desenvolvimento sustentável surgiu a partir da discussão internacional em torno do conceito de desenvolvimento, até então predominantemente atado à noção e crescimento.”
Definido de maneira geral que o desenvolvimento sempre estará atado a sustentabilidade e a preocupação com a preservação do meio ambiente, mesmo necessário o uso de seus recursos. Essa preocupação está atada pelos chamados atores do mundo bipolar, são eles: sociedade civil organizada, empresas e governos; que vem aumentando em função do crescimento do aquecimento global e de suas consequências.
A preocupação gerou várias mudanças no pensar sustentável, a nível global, de uma base filosófica que traz o conceito de satisfazer as necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras; em 1987 com o documento “Nosso Futuro comum” no Relatório Brundtland; em1992 na ECO 92 que ocorreu no Rio de janeiro; em 1997 no Protocolo de Kyoto com a Convenção sobre Mudanças Climáticas; em 1999 a Declaração do Milênio e criação do índice Dow Jones de sustentabilidade, que tornou o primeiro índice global criado para acompanhar o desempenho de empresas lideres em sustentabilidade com papéis na Bolsa de Valores de Nova York; em seguida o mesmo ocorreu no Brasil em 2005, com a criação do Índice de Sustentabilidade empresarial pela BOVESPA.
Podendo assim dizer que o novo desenvolvimento sustentável deve ser economicamente viável, culturalmente aceito e ecologicamente correto. Colocando assim os órgãos responsáveis pelo desenvolvimento em um dever social e ambiental além de nada mais econômico como acontecia.
· Produção de carvão:
Quando a produção de carvão teve início, ocorria de maneira desregrada a exploração de madeira nativa para a produção do mesmo. Com o passar do tempo e com a preocupação socioambiental aumentando, criação das leis trabalhistas, carga horaria de trabalho e fiscalização dos impactos ambientais. 
Algumas empresas, que o autor traz como uma produção teórica, se adequaram a esta formatação de respeitar o meio ambiente, ser culturalmente aceito e economicamente viável, mesmo sendo uma produção de alto custo. Com tipos de produções que otimizam o processo, utilizando menor quantidade de funcionários em um processo quase mecanizado, uma utilização consciente da madeira, matéria prima, com o uso de madeiras reflorestadas, agravando assim um impacto ambiental menor que o artesanal. 
Outras empresas não se adequaram a este processo, denominadas pelo autor como empresas de produção artesanal, utilizam da flora regional para produção do carvão de maneira totalmente desregrada aproveitando da baixa fiscalização empregando trabalhadores de diversas idades, um povo pobre que busca emprego e acaba se tornando uma vitima desse processo como uma nova escravidão, trabalho infantil, situações desumanas de trabalho e uma desvalorização explicita do salario da mão de obra fazem parte desse processo de produção artesanal aqui no Brasil, representam também 70¢da produção de carvão hoje. Por possuir fácil construção, denominado “Rabo Quente” o forno de produção artesanal é feito de alvenaria, e é possível ver a construção próxima as florestas nativas e em serie, produzindo assim uma produção elevada a baixo custo, de maneira totalmente caótica, culturalmente, ecologicamente e ambientalmente.
· O uso do Eucalipto na produção de carvão: 
Devido ao aumento do desmatamento de florestas nativas, trabalhos com condições escravas e a emissão de gases, tomou-se uma solução que diminui o uso de florestas nativas, para o uso de florestas plantadas de Eucalipto. Sendo o eucalipto uma opção muito viável, por ter madeira com características boas, rusticidade e uma boa produtividade.
O autor apresenta dados, de que em 10 anos não ouve muita relevância no uso das florestas de eucalipto de maneira positiva, os números de uso das florestas nativas não diminuíram de maneira considerável no ponto de vista ambiental. Mesmo com o aumento da área das florestas plantadas, que não obteve uma resposta pelas áreas siderúrgicas. Ainda afirma que na questão ambiental ainda existe um planejamento e aplicação mesmo com uma leve recaída neste ponto no ano de 2004.
Pontos de discordância com o autor
· Processos socialmente justos:
No item 7.3, precisamente na página 319 do artigo o autor cita: “Considerando o cenário montado para análise do aspecto social e as características do processo industrial de produção de carvão vegetal pelo PCCMV, observam-se as diferenças quanto: Ao cumprimento às leis trabalhistas vigentes no Brasil; À remuneração praticada e os benefícios assistenciais praticados pela indústria; Às condições ambientais no local de trabalho; À possibilidade de inclusão social da força de trabalho.” Porém, de acordo com os dados apresentados, o processo teórico apresenta uma oportunidade de emprego para apenas 18 pessoas, em contraste disso, o número de pessoas empregados pelo processo arsenal será de 88 pessoas. Logo, o processo teórico, não é socialmente justo, pois 70 pessoas perderiam seus eventuais empregos e fonte de renda.
· Aspectos ambientais:
Na comparação em relação aos aspectos ambientais, o autor considera o método teórico a melhor opção em termos de menor agressão ao meio ambiente e cita: ”Isto equivale dizer que o diferencial positivo do Processo Teórico em relação ao Processo Artesanal está no aproveitamento do poder energético da fumaça em função de: Aumento do rendimento da carbonização, obtendo maior quantidade de carvão em relação ao processo artesanal (suporte para a viabilidade econômica); Redução da quantidade do principal insumo do processo (lenha) para obtenção do carvão (suporte para a viabilidade econômica); Redução do abate de florestas nativas (suporte para a viabilidade ambiental); Redução e modificação da emissão dos gases, obtendo gases mais limpos e em menor volume (suporte para a viabilidade ambiental)”. Porém o método teórico ainda é bastante agressivo ao meio ambiente, sendo assim, o método teórico deixa de desmatar 550.000 ha de florestas, entretanto ela utiliza 1.450.000 ha de floresta, sendo uma prática que desmata e prejudica a área ambiental.
Também no âmbito ambiental o autor considera que: “A preocupação com a sustentabilidade vem tomando espaço cada vez maior nas decisões individuais, empresariais e governamentais, chamados por Almeida (2007) de atores do mundo tripolar – sociedade civil organizada, empresas e governos.” Na teoria, essas questões são discutidas, porem na pratica, ainda assim, a maioria dos empresários prefere utilizar o processo artesanal. Pois este é muito mais lucrativo e possui um menor investimento inicial. A prática do processo artesanal é muito utilizada também, por conta da baixíssima fiscalização em relação a pratica da mesma.
· Uso do eucalipto:
Na produção de carvão, hoje existem medidas que impactam de maneira menor o meio ambiente, visando o conceito de sustentabilidade. O carvão feito com o eucalipto pode ser sim uma solução, gerando uma diminuição do uso de florestas nativas. Mas o eucalipto é um grande agressor ao solo, ele obriga uma rotatividade do solo, por ressecaro solo e retirar os nutrientes e expõe o solo a uma erosão, impossibilitando o uso de outras culturas naquele solo pobre e seco.

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