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24
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA 
CAMPUS SANTOS – RANGEL
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS 
CURSO: PSICOLOGIA
BEATRIZ SOARES DE OLIVEIRA RAMOS – RA T2853J-2
BRENNA BRITO NASCIMENTO – RA N1821G-1
DANIEL SEVERINO RODRIGUES – RA D37888-0
GUSTAVO BUENO FERREIRA DE LIMA - RA D308AC-6
MARCELA DORNELLAS DA COSTA - RA N14754-7
MONIQUE MENDONÇA VERÇOZA DA SILVA – RA N1737G-6
RAFAELA DO CARMO SANTIAGO - RA N19531-2
RAISSA FURTADO MAGRINI - RA N1634G-9
A FALTA DE PERSPECTIVA DO JOVEM NO ENSINO MÉDIO:
VISÃO DO PROFESSOR
SANTOS/2019
BEATRIZ SOARES DE OLIVEIRA RAMOS – RA T2853J-2
BRENNA BRITO NASCIMENTO – RA N1821G-1
DANIEL SEVERINO RODRIGUES – RA D37888-0
GUSTAVO BUENO FERREIRA DE LIMA - RA D308AC-6
MARCELA DORNELLAS DA COSTA - RA N14754-7
MONIQUE MENDONÇA VERÇOZA DA SILVA – RA N1737G-6
RAFAELA DO CARMO SANTIAGO - RA N19531-2
RAISSA FURTADO MAGRINI - RA N1634G-9
 
 
 
A FALTA DE PERSPECTIVA DO JOVEM NO ENSINO MÉDIO:
VISÃO DO PROFESSOR
Trabalho apresentado às disciplinas
Atividades Práticas Supervisionadas e 
Psicologia Escolar, do curso de Psicologia da 
Universidade Paulista de Santos, 
Ministrada pela Prof. Clarissa Castilho.
 
 
  
SANTOS/2019
RESUMO
O projeto deu-se a partir de uma pesquisa de campo em escolas da rede pública e privada onde coletou-se os dados e os analisou a partir da representação social do professor frente a temática da falta de perspectiva de seus alunos. Busca-se compreender a atuação dos profissionais a partir de suas referências em sua atuação no ensino médio. Então, a partir das dinâmicas escolares em complô com as demandas familiares, culturais e subjetivas um caminho irá se construindo para uma melhor compreensão do fenômeno investigado. 
palavras chave: perspectiva, jovens, ensino médio e professor. 
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Dados dos profissionais entrevistados	9
Tabela 2 - Tabela comparativa entre o antigo Projeto Educacional de Ensino e a nova proposta que foi aprovada	17
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	6
2.	OBJETIVO	8
3.	METODOLOGIA	8
4.	RESULTADOS E DISCUSSÕES	10
4.1	O fracasso escolar	10
4.2	A visão dos professores sobre a relação entre família, escola e aluno	12
4.3	Fatores externos e internos	15
4.4	O novo ensino médio e as estruturas das escolas	16
5.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	21
6.	REFERENCIAL TEÓRICO	22
7.	ANEXOS	24
7.1	Perguntas a serem dirigidas aos professores	24
INTRODUÇÃO
Ao longo do processo histórico a instituição escolar adquiriu uma estrutura jurídica e política como esteios para se realizar a formação do indivíduo (SARTORIO, p. 3). Isto é, parece-nos indispensável contextualizar historicamente e socialmente o processo de escolarização, bem como suas influências sociais, econômicas e intelectuais. Dessa maneira será possível o entendimento de modelos educacionais ministrado na escola contemporânea brasileira.
Segundo Sartorio (2011), sob um viés da educação brasileira e toda a sua trajetória, em 1549 surgiram as primeiras escolas jesuítas com o objetivo de integrar os nativos ao mundo cristão. Os colégios jesuítas surgiram em moldes da escola atual: com crianças nas carteiras e professores em salas de aula. Eram obras de instituições de caridade católicas que ensinavam a ler, escrever, contar e, junto, iam transmitindo as lições do catecismo. A evolução da escola no Brasil sofre um forte incremento na reestruturação econômica, ocasionada pelo processo de industrialização iniciado na segunda metade dos anos de 1920 e a instauração de uma nova ordem política. Concretiza-se que, no Brasil, a educação passou a ser realmente debatida somente a partir do século XX com as tendências pedagógicas, onde os intelectuais da Escola Nova surgiram com críticas à educação tradicional. Após o término da Ditatura Militar que assolou o país de 1964 e 1984, iniciou-se no Brasil o processo de redemocratização. Neste período, educadores e políticos entram seriamente em um debate com o intuito de promover novas perspectivas educacionais.
Em vista a Era Vargas (1930 – 1945) e o período e pós Ditadura Militar é perceptível o movimento de professores em prol de uma modificação na educação. Tal fato nos mostra que, dificilmente haverá mudança social que não passe pela educação e pelo professor. (SARTORIO, 2011)
Neste contexto a prática pedagógica do professor e as suas representações sobre a profissão estão intimamente ligadas às trajetórias pessoais. Através da experiência, o professor vai construindo e reconstruindo a sua identidade profissional, no dia-a-dia as interações cotidianas favorecem a produção das representações sobre o mundo, assim, o fazer pedagógico e a profissão docente contribuem para a formação de uma identidade.
Sendo assim, se emerge um docente histórico-cultural que tem em sua prática o reflexo de sua compreensão de homem e de mundo.
Com isto, percebe-se que os contextos muito influenciam a prática pedagógica do professor. Ademais, ao pensarmos no ambiente escolar, é inquestionável a variedade de manifestações de comportamentos que o professor irá presenciar, uma vez que a escola apresenta-se como um espaço onde ocorrem múltiplas manifestações devido aos diferentes meios socioculturais e familiares que implicam em diferentes experiências, aprendizagens, leituras e representações de mundo como forma de julgamentos, valores e comportamentos distintos.
Neste seguimento a escola torna-se uma instituição privilegiada para evocar o debate sobre inúmeros assuntos emergentes da sociedade contemporânea, sendo um deles: a perspectiva do jovem sobre o seu próprio futuro.
Nesta ótica, torna-se necessário destrinchar a temática a ser investigada na presente pesquisa em suas variadas esferas políticas de manifestações, buscando uma aproximação do tema a partir das manifestações no dia-a-dia escolar.
Com isto, é necessário um instrumento ampliador que busque analisar tais questões sobre um olhar amplo, sempre considerando a) a história de cada professor b) as influências familiares c) o contexto sócio-político d) as normas institucionais e) a subjetividade de cada aluno
É somente a partir de uma leitura global acerca do fenômeno investigado que conseguiremos respeitar a subjetividade de cada indivíduo, bem como lapidando o fenômeno psicológico que irá se apresentar.
OBJETIVO
Na perspectiva do teórico Paulo Freire, busca-se compreender nesta pesquisa a construção dialética entre professor e aluno em diferentes contextos sociais da instituição escolar. Com isto, investiga-se o profissional da educação e sua presença na sociedade educacional enquanto representante social.
Dessa maneira seguiremos com a ideia de que: a educação é um processo formativo que envolve relações humanas, portanto educar é intervir na capacidade de ser e de agir das pessoas. Ou seja, compreende-se que, ser professor não se restringe unicamente à docência pois engloba responsabilidades sociais e políticas, sendo assim, em virtude de nossa pesquisa, olharemos para essas questões a partir da temática da perspectiva dos jovens do ensino médico, sobretudo como o professor lida com tais questões.
Portanto, nosso objetivo primordial é compreender nestes contextos de práticas pedagógicas a posição dos profissionais da educação e as suas representações. Afinal, a emergência deste ser histórico-cultural reflete o seu papel social.
METODOLOGIA
A metodologia aplicada foi efetuada por meio de uma entrevista de caráter semiestruturado de cunho qualitativo. As perguntas formuladas para aplicação visam investigar os múltiplos contextos e motivos das manifestações da temática investigada e abordam assuntos acerca de temas sobre a opinião destes professores sobre: seus alunos, a respeito de sua intervenção profissional e dos fatores internos e externos que podem contribuir para falta ou existência de perspectiva de seus alunos. 
Este projeto foi fundamentado com base nesta pesquisa de campo, questionário utilizado e troca dialética durante a entrevista em combinação com a reflexão e o referencial teórico. 
Para alcançar os pressupostos solicitados no projeto utilizamos o termo deconsentimento livre e esclarecido (TCLE), um documento elaborado pelo professor responsável pela disciplina, a qual a pesquisa se dirige onde se esclarece dados sobre a pesquisa que será realizada com o profissional da área e permitirá a decisão positiva ou negativa perante a pesquisa a ser feita. Juntamente com o termo de consentimento será exibido a carta de apresentação, documento único e indispensável que informa o interesse e a motivação para a entrevista, descrevendo os pontos fortes e o agente mobilizador da análise. Vale ressaltar que, as entrevistas realizadas foram voluntárias, os nomes dos entrevistados foram substituídos por nomes fictícios para preservar a identidade dos mesmos e que as gravações realizadas durante a pesquisa foram autorizadas pelos profissionais.
	ENSINO PÚBLICO
	NOME
	IDADE
	ANOS LECIONANDO
	DISCIPLINA LECIONADA
	CIDADE DE ATUAÇÃO
	
JOSÉ
	
38 anos
	
15 anos
	Biologia e Educação Física
	
Guarujá 
	
ELIANA
	
45 anos
	
10 anos
	Geografia, História, Filosofia, Sociologia e Ensino Religioso
	
Guarujá
	
JOAQUIM
	
57 anos
	
29 anos
	Língua Portuguesa, Literatura e Redação
	
Guarujá
	ENSINO PARTICULAR
	
ROBERTA
	
37 anos
	
18 anos
	Língua portuguesa e Literatura
	
São Vicente
	
MARCOS 
	
24 anos
	
5 anos
	Filosofia, Sociologia e Artes
	
Cubatão 
	
JOÃO 
	
36 anos
	
15 anos
	Biologia e Física
	
São Vicente
As amostras colhidas divergem de forma igualitária entre: três profissionais do ensino privado e três profissionais do ensino público. Como exemplificado na tabela a seguir:
Tabela 1 - Dado dos profissionais entrevistados·
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
O fracasso escolar 
O fracasso escolar é um fenômeno que envolve diversos aspectos, bem como: estrutura da instituição escolar, professores, alunos, família, falta de perspectiva do jovem, entre outros aspectos físicos, sociais, cognitivos e/ou psicológicos. Para Ireland (2007, p. 23) o fracasso escolar sempre existiu, uma vez que o ser humano não pode viver sem aprender e, quando aprende, às vezes fracassa.
Nas entrevistas concebidas, o fracasso escolar é concebido como algo institucionalizado - faz parte do sistema e do processo educacional. Há também quem concebe tal questão a partir da desistência ou evasão do aluno, ou até mesmo quando o aluno se forma sem aprender ou quando acha que aprendeu tudo aquilo que precisa e assim acaba não precisando buscar novos recursos, sendo um jovem promissor que não é qualificado para ingressar na sociedade. Ademais, alguns acreditam que o desinteresse por parte dos alunos está presente e pode-se ser considerado um fracasso escolar já que o aluno desinteressado ou desmotivado não aprende independente das estratégias de ensino oferecidas pela escola e com as ferramentas disponíveis pelo professor, ou seja tenta-se de tudo e mesmo assim não é possível encontrar uma solução para determinado acontecimento. 
“A causa do fracasso passa, assim, a ser situada na própria criança que de vítima se transforma em réu. Dizemos vítima porque, segundo este ponto de vista, esquecemos de considerar que esta criança sofre as consequências de um sistema social e educacional perverso, que não lhe oferece as condições necessárias para se apropriar do conhecimento dito formal, cientifico ou padronizado (ou seja, o conhecimento que a escola objetiva transmitir).” (COSTA, 1994).
O fracasso é uma das muitas batalhas enfrentadas pelos profissionais de educação e pela escola, pois, além de ser um problema pedagógico, é também um problema de cunho social e econômico. De acordo com Patto (1990), o fracasso escolar no Brasil é um processo social que realiza-se no cotidiano escolar Brasileiro, resultante de um sistema educacional que gera barreiras que impedem que seus próprios meios sejam alcançados por conta de motivos já citados, como falta de fortalecimento de vínculos entre escola, família e aluno, problemas com professores que são incapazes de produzir e auxiliar o estudante a entender como deve buscar determinadas informações, limitando o mesmo que introjeta determinadas características e passa a se olhar com mais falta de vontade e como alguém incapaz e também a estrutura das escolas que pode não ter o necessário para lidar com tudo aquilo que se espera quando tratamos de tentar evitar o processo sistemático do fracasso escolar. Abaixo segue uma fala de um dos professores entrevistados onde foi perguntado qual a opinião sobre o próprio fracasso escolar e como o mesmo a enxerga em sua rotina de trabalho:
 “Fracasso escolar, eu prefiro começar pelo fracasso da própria escola tem na proposição do ensino. Eu acho que vem daí, porque se a gente pensar que a escola não tem um modelo de sucesso para ensinar, culpar somente o aluno que é fracassado na escola é jogar a culpa para ele num sistema que não é efetivo. Então eu acho que o fracasso escolar ele pode ter muitas razões socioeconômicas, contexto familiar de violência, de famílias desestruturadas, de sistema de ensino do professor, do sistema, de uma escola não reconhecer dificuldades não perceber que afinal que aquele aluno aprende, mas não aprendi daquele jeito aprende de outro e quem tem que identificar e resolver isso é escola. Nós somos a instituição social que tem a tarefa de ensinar” (Prof. José)
Portanto, como dito e observado através dos estudos, muitos profissionais ainda tem opiniões diferentes sobre como este processo acontece, porém na fala a cima o professor coloca antes do fracasso do próprio aluno, o fracasso da escola, pois a mesma é responsável por tentar dar ao sujeito um sistema de ensino que vem falhando a um bom tempo, por também não conseguir arcar com todas as necessidades que o jovem tem e precisa para poder desenvolver-se aprendendo a aprender de forma clara e critica, além de que também puxa para o lado de questões fora da escola, tratando de assuntos familiares como questões de violência e falta de estrutura de famílias que podem vir a transformar ambiente em tóxico que afeta o aluno, onde também internaliza-se algumas coisas e assim ele fica em dois ambientes que geram problemas para o mesmo e assim fica preso em uma cela onde altas punições e restrições acontecem.
A falta de perspectiva do jovem e sua desmotivação levam a questões pedagógicas que precisam ser analisadas e estudadas através da revisão interna e externa, buscando solução da prática pedagógica. Isto ocorre através da identificação do problema, avaliação e intervenção através da atuação sobre o mesmo. Porém não é tão simples de fazer esse processo, visto que através de estudos de alguns textos sobre a falta de capacidade de instituições e famílias esse processo acaba sendo muito dificultado por conter barreiras que precisam ser derrubadas. Dessa maneira, para que o fracasso escolar tenha menor efeito e reduza, é necessário o diálogo entre escola e família, e que por mais que ambas tenham problemas elas devem priorizar o desenvolvimento do sujeito que está entre as duas, ou seja: o aluno. Então, deve-se buscar maneiras de sintetizar as informações e instrumentos que consigam auxiliar o aluno e o filho tanto no ambiente escolar quanto no ambiente familiar e que assim, juntas elas consigam planejar os processos de intervenção e buscar ali uma alternativa mais correta para agir na situação e evitar o processo de fracasso.
Para Freire (1998) o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às classes menos favorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. Relata em um de seus discursos que a missão do professor era possibilitar a criação ou a produção de conhecimentos. O aluno precisa apenas de que lhe sejam facilitadas as condições para o auto aprendizado e quando conhece-se toda essa história e entende-se o contexto, fica muito mais tranquilo de começar a produção do aprender a aprender, e que este caminho além de ser facilitado, pode ser prazeroso e divertido, pois assim ambas as partes estarão ajudando e o aluno não se sentira preso, mas sim determinado a tentar mudarseu próprio contexto e pensamento, pois quando conhece-se sua origem, você pode adquirir maneiras para tentar mudar algo que não goste ou lutar por uma causa que considera ideal para mudar um cenário e assim continuar ajudando a produzir novos saberes junto com a escola.
A visão dos professores sobre a relação entre família, escola e aluno
Inquestionavelmente este é um dos assuntos mais tratados em artigos e trabalhos sobre a falta de perspectiva do aluno por constar as questões que envolvem a família, a escola e o aluno em um processo para que uma boa formação aconteça. Entretanto, a dissertação tratara neste ponto sobre como essa tríade que deve ser formulada e em como este grupo deve estar alinhado para que o aluno consiga desenvolver-se a partir do auxílio de ambas as partes de forma que assim não fiquem distantes e jogando a culpa de um possível fracasso escolar apenas no aluno, ou na escola ou na família. Com isto, de acordo com as entrevistas, os professores acabam ressaltando este assunto e sempre colocam que a escola e a família precisam estar alinhadas para que o aluno consiga manter o foco e receba o apoio para um bom processo de educação - bem como salienta Piaget em seus textos: 
“Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, pois a muita coisa que a uma informação mútua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades” [...] PIAGET (2007, p.50).
Com isso, fermenta-se ainda mais que tal ligação entre a instituição de ensino e família é de extrema importância para que o aluno consiga manter o foco para continuar realizando seus feitos na escola.
 Os professores entrevistados tratam de como essa relação é vista tanto no âmbito particular quanto no público, e ali mostram-se as divergências e semelhanças de como os professores lidam com essa temática com: a) os seus companheiros de trabalho; b) com a estrutura da escola (que é de extrema importância para auxiliar o profissional de educação no meio de cativar o aluno e o atrair para a síntese de conhecimento e a construção do mesmo). 
Mas como propor para o ambiente escolar e a família uma aproximação, o que pode ser feito para que esta relação continue crescendo de forma saudável e visando o crescimento? Muitos autores colocam que a escola deve ser o pilar dessa relação pois é dela o papel de auxiliar o aluno no desenvolvimento do conhecimento, autonomia e senso-critico, porque é a mesma que encontrará as habilidades que o aluno tem e a conservará - além de oferecer um ambiente propicio para que o aluno consiga desenvolver seu talento e capacidade de continuar crescendo através dos processos de aprendizagem. Além do mais, a escola deve ser um espaço democrático onde os alunos possuam a liberdade de dirigir e de ter maior autonomia em determinadas atividades que possam criar juntamente com o auxílio do seu professor, como ocorre na Escola da Ponte[footnoteRef:1], onde é citada em uma entrevista de José Pacheco (2004). A Escola da Ponte mostra-se como um local onde os alunos têm liberdade e não ficam suprimidos em uma sala de aula que o suga e consome toda sua vontade e força para estudar, mas sim desenvolvem autonomia e capacidade de criatividade, sem deixar de conhecer os conceitos importantes que tratamos durante a trajetória de estudos e continuamos até hoje a conhecer novos métodos e processos de ensino. [1: A Escola da Ponte é uma instituição pública de ensino localizada em Portugal, e dirigida pelo educador, especialista em música e em leitura e escrita, José Pacheco. Lá, os alunos não são divididos em classes nem em anos de escolaridade. Portadores de necessidades especiais dividem o espaço com os outros alunos. Cada aluno e a maioria dos orientadores educativos são responsáveis por algum aspecto do funcionamento da escola e estes últimos acompanham todos os educandos e trabalham para que conquistem sua autonomia, compreendendo o porquê e o para quê estudar.] 
“Lá não há séries, ciclos, turmas, anos, manuais, testes e aulas. Os alunos se agrupam de acordo com os interesses comuns para desenvolver projetos de pesquisa. Há também os estudos individuais, depois compartilhados com os colegas. Os estudantes podem recorrer a qualquer professor para solicitar suas respostas. Se eles não conseguem responder, os encaminham a um especialista”. [...] JOSÉ PACHECO para o site nova escola (abril, 2004)
Percebe-se então o quão é importante dar a liberdade, mas também é necessário que a escola e os professores façam essa mediação auxiliando no desenvolvimento, articulação de ensinos e aproximação com a família, que pode acontecer através de propostas como dinâmicas de grupo em família, dias e eventos promotores de atividade junto a pais e filhos e também palestras que mostram como é importante a relação entre família e escola e que a mesma deve tomar também cuidado ao tentar investigar dificuldades de alguns alunos (pois são alguns diagnósticos e rótulos que colocam no aluno alguns dos grandes causadores de problemas entre família e escola).
Já no âmbito familiar é importante que tomem determinados cuidados para com a saúde do filho: a) o processo de passar um sonho e uma vontade para o filho através da projeção; b) infligir causas como se fossem culpa do sujeito, tratar o mesmo como diferente por ter um transtorno; c) jogar a tarefa toda para o âmbito escolar e colocar como obrigação que a mesma tenha que resolver tudo sozinha sem levar em conta uma totalidade de fatores que podem vir a atrapalhar o desempenho do aluno. 
Em decorrência de tais características e questões levantadas, notou-se que durante as entrevistas obteve-se respostas para a pergunta de como é a relação entre família e escola e como os professores tendem a enxergar essa importância:
“A família tem importância demais nesse assunto, porque se a família não incentiva a nada, a família joga o aluno dentro da sala de aula ele fica sozinho. Eu acho que o negócio da educação é sempre ter uma conversa”. (Prof. Marcos)
 “Eu penso que na verdade a instituição escolar ela deveria trazer mais os pais pra dentro da escola. Os pais tinham que estar presentes constantemente. Essa história de uma reunião semestral, eu acho ela totalmente errada. Pra mim a reunião tinha que ser uma vez por mês, uma vez por mês, e aí eu começar a perceber quais são os pais que não participam e conversar com os pais, reunião de conversa mesmo. Já conversou com o seu filho? Já viu quais são as habilidades...? Olha eu percebi que seu filho tem tal habilidade, você já conversou com ele? É isso! Os jovens estão precisando de atenção. Eles estão largados. Então trazer os pais para o ambiente escolar, seria uma maravilha” (Prof. Eliana)
	Nos trechos acima destaca-se que até hoje os professores atuantes na área escolar continuam defendendo a interação importantíssima entre família e a instituição, porém deve haver uma intervenção no sistema onde ambas encontram-se, porque, de acordo com os autores salientados até o presente momento e os entrevistados, a família até hoje possui extrema importância para incentivar o aluno e combater assim a falta de perspectiva, e juntamente com a escola deve haver uma relação dialética e procurar entender através das interações e sínteses um melhor caminho para que o aluno possa progredir. Sendo também o dever para ambas evitar rótulos e preconceitos que acabem causando problemas ao aluno para que assim as discordâncias possam diminuir e o diálogo ideal apareça - assim o aprender a aprender não seja algo somente do aluno mas de todos os componentes do grupo que irão interagir entre si e que por mais que obstáculos apareçam, sempre é possível tratar os assuntos com extrema categoria e não deixar o estudante preso em uma cela onde sofre com ações negativas de ambos os lados. 
Fatores externos e internosÉ fundamental que dentre as estratégias de ensino na escola seja considerado os fatores internos bem como os fatores externos que rodeiam o aluno - os fatores onde os estudantes encontram-se, as suas condições sócio afetivas, estrutura familiar, insatisfação de necessidades básicas, respectivamente. Em consequência, compreende-se a aprendizagem como um processo que envolve diversos aspectos interligados, tais como os biológicos, sociais e organizacionais que interagindo entre si.
“Na verdade, junta um pouco das duas coisas. O interno, assim, acho que são muitas questões mal resolvidas, saúde mental é uma coisa que não se fala no Brasil, parece uma coisa de outro planeta, então as pessoas têm questões mal resolvidas, que talvez se fosse bem resolvidas ajudassem as pessoas a criarem um plano de vida, criarem uma perspectiva, um caminho pra seguir, elas estão tão mal resolvidas lutando contra elas [...]” (Prof. José) 
Imaginamos um aluno com estabilidade emocional e social tem mais facilidade de aprender e melhor condição de desenvolver o potencial acadêmico, mas não exclui a necessidade de fatores externos positivos também, assim como, um ambiente seguro que também resulta num melhor desenvolvimento e conforto para se expressar, aprender e ser motivado. Sob tal virtude, todos os professores entrevistados concordam com a constante interação e influência entre os fatores internos e externos dentro do desenvolvimento pedagógico. 
 “A família tem importância demais nesse assunto, porque se a família não incentiva a nada, a família joga o aluno dentro da sala de aula e ele fica sozinho”. (Prof. Marcos)
	Outro aspecto importante para olharmos é que sem a família, o aluno fica sem ter um dos pilares importantes para poder manifestar seu conhecimento. Digamos que esse vínculo familiar é de extrema importância para beneficiar os pontos importantes e continuar acrescentando valores que fiquem de acordo com os seguimentos que podem ajudar o aluno a desenvolver-se.
Porém, acima de tudo, os professores também tem essa importância. O aluno está motivado para aprender quando está disposto a iniciar e continuar o processo de aprendizagem, quando está interessado em aprender certo assunto, em resolver um dado problema e é exatamente isso que os professores devem continuar buscando em seus alunos e em si mesmos: a capacidade de poder provocar e mostrar que o aluno consegue ser um grande atuante no âmbito escolar e que essa autonomia deve ser cada vez mais fortalecida para que ele pratique atuações e marcos para si e desenvolva-se no meio acadêmico com todo o acesso possível a ideias e matérias. 
O novo ensino médio e as estruturas das escolas
Tratando-se de um assunto que tem aparecido no cenário Brasileiro há algum tempo, colocam-se no presente trabalho as questões sobre o projeto de novo modelo para o Ensino Médio e as mudanças para o vestibular do ENEM que vem sendo comentado no cenário atual do Brasil desde o ano de 2017.
O novo Ensino Médio teve sua aprovação através da medida provisória nº 748/2016 e na alteração na Lei nº 13.415/2017 que trata das diretrizes e Bases da educação Nacional. A questão é como o mesmo será produzido e como os estudantes conseguirão e buscarão meios de adaptar-se aos processos de mudança depois de longos períodos tratando de uma grade amplamente fechada e que contava com poucas alterações durante sua trajetória.
Segundo reportagens e fontes vindas de locais diversos, o novo Ensino Médio propõe uma carga horária um pouco maior do que o antigo – passando de 800 horas/aula para 1000 horas/aula por ano, fazendo com que os alunos acabem ficando mais tempo dentro das escolas produzindo atividades e buscando novos conhecimentos e resgatar o ensino integral. Este novo modelo também visa dar maior autonomia ao aluno com uma grade mais flexível que conterá determinados objetos de estudo que a antiga tinha a sua disposição, porém agora neste novo modo, a grade transformou-se e passo a ser da seguinte maneira. O novo Ensino Médio terá 3 matérias obrigatórias em todo o Brasil, sendo elas matemática, português e inglês e as outras matérias serão definidas em cinco áreas de conhecimento, que são linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias e uma quinta área que tratara das formações em cursos técnicos e passa a exigir um inglês obrigatório durante os 3 anos de ensino. Abaixo segue uma imagem que mostra como será a diferença exata entre o antigo projeto e a nova proposta que foi aprovada.
Tabela 2 - Tabela comparativa entre o antigo Projeto Educacional de Ensino e a nova proposta que foi aprovada
	Pontos 
	Antes
	Depois
	Carga Horária
	800 horas/aula durante 1 ano com 200 dias de ano letivo.
	1400 horas/aula sem colocar um número certo de dias letivos.
	Disciplinas obrigatórias
	Além de português e matemática, era obrigatório ter aula de artes, educação física, sociologia, filosofia.
	Agora dependerá do que será organizado pela Base Nacional Curricular e a mesma deve pensar se incluirá as matérias citadas ao lado
	Ensino técnico
	Lei permitia o técnico como uma integradora do ensino médio.
	Agora passa a ter o mesmo peso das áreas de conhecimento e dará mais atividades práticas ao aluno
	Linguagem estrangeira
	Escolas tinham obrigação de oferecer língua estrangeira a partir do 6°ano e a mesma escolheria qual seria.
	Inglês agora será obrigatório em todas as escolas, podendo oferecer uma segunda língua como espanhol por exemplo.
	Professores
	Professores com diplomas nas áreas de educação e pedagogia.
	As escolas podem contratar profissionais que tem determinados saberes para dar aula.
	Vestibulares
	As universidades são livres para definir que conteúdos serão utilizados para as provas seletivas.
	Lei determina que o conteúdo respeite e atenha-se as competências e habilidades das áreas definidas.
Porém, questiona-se: e outras instituições de ensino que não têm condições necessárias para arcar com este novo modelo? Pois sabe-se que a realidade é completamente diferente e as questões econômicas e valores divergem em determinados pontos. Para isso durante a pesquisa realizada, uma das perguntas tratava exatamente deste ponto e que dizia o seguinte: ”qual a sua opinião sobre os novos rumos que o ensino médio está tomando, pois estamos vivendo uma época de reformas na educação, sobretudo no ensino médio, como o profissional faz uma leitura sobre isso?”. Com está pergunta buscou-se entender qual a visão dos professores a respeito das reformas que a educação sofre e sofrerá em relação ao novo modelo proposto, visto que escolas particulares e públicas se identificam em contextos diferentes em relação à capacidade de estrutura e perspectiva de muitos alunos que as frequentam. Para isso, deve-se entender primeiro que este novo modelo realmente tem um bom planejamento e é parecido com alguns modelos famosos que existem no mundo, onde o aluno pode escolher como sua grade irá agir ao seu redor. 
Os entrevistados dizem que através deste novo meio pode-se promover uma autonomia maior do aluno para atuar na escola e em seu processo de formação a partir da seleção das matérias que tem maior afinidade, todavia cabe ressaltar que é importante ter o conhecimento de ao menos determinados contextos sobre cada matéria, pois apesar de qualificarem matemática e português como mais pesadas em relação a objeto de estudo, matérias como história, artes, filosofia, sociologia e geográfica são de extrema importância ao tratam da origem de como os pensadores começaram a estimular as ideias sobre o mundo, a história de grandes movimentos que ajudaram a humanidade a evoluir e que sem a geografia não seria possível realizar alguns estudos como processos de globalização e urbanização, além das matérias artísticas que destacam o uso do corpo e o significado de emoções e pensamentos em grandes obras, bem como utilizar essa poderosa ferramenta como emancipação humana. 
Cabe olhar para Eliana que trabalha em uma escola pública sobreessas questões do novo modelo de ensino médio. A professora cita a sua preocupação com o aumento da segregação que já acontece e que, tal realidade, pode ganhar maior proporção caso esse novo ensino médio possa ser aprovado:
“Eu não vejo nenhum benefício nessa reforma. Nenhum benefício que possa agregar quem já está segregado, quem já está fora. Eu não consigo ver um ajuntamento, eu não vejo, muito pelo ao contrário, eu vejo que a defasagem vai ser grande, infelizmente, infelizmente gente, infelizmente passe por esse governo absurdo”. (Prof. Eliana)
“Esta reforma do ensino médio é um equívoco político, considerando que a sociedade não participou e nem a legitimou; é um equívoco metodológico, tendo em vista que até o Ministério Público Federal (MPF) a considerou inconstitucional; e, também, trata-se de um equívoco pedagógico-epistemológico, pois mutila e fragmenta a formação humana, científica e técnica que os jovens têm direito na educação básica”.(GRABOWSKI, 2017).
Entretanto, não são todos os professores que entram com tal leitura apresentada acima o ensino médio e os seus moldes em atrapalhar o ambiente escolar, alguns mestres entrevistados falam do que esperam desse novo rumo que está sendo tomado. 
 Um professor que trabalha em uma escola particular através do modelo construtivista propõe que o novo ensino médio trará o que as escolas buscam que é dar mais autonomia ao aluno, já o segundo comentário visa a dar uma opinião sobre a nova reforma e acredita que se o plano for seguido corretamente e tiver apoio, o projeto trata grandes benefícios as escolas públicas no futuro.
“Bom, para a escola privada positiva, porque as escolas privadas têm condição de propor essa situação de mais escolhas principalmente as de médio e grande porte né grande principalmente. Essas escolas vão conseguir dar escolhas possíveis para os alunos, pensar na formação deles pra que ela seja melhor, mas que não perca a qualidade né. Vá poder dá formação aos professores, dá a condição de isso ser realidade”. (Prof. João)
“A questão da reforma que eles falam, eu acredito que seja positiva, não é tão negativa como alguns... É como eu falei para vocês, se vier mesmo essa reforma, acontecer de verdade, definitiva, ficar definitiva, não ser um projeto só de um governo depois chega outro governo e muda tudo, como acontece, não dá continuidade, tem que dar continuidade esse projeto, essas reformas, entendeu?”. (Prof. Joaquim)
	Mas como tratar este assunto do novo ensino médio sem falar das estruturas que muitas escolas possuem? Dessa maneira pode-se dizer que sobre o novo ensino médio ainda há pontos que precisam serem analisados pelo conjunto que atua na educação em nosso país, e sobretudo evocar a colaboração dos professores para com este projeto e, bem os demais estudiosos da educação.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização deste trabalho nos agregou ainda mais conhecimentos na área da psicologia escolar. Tivemos a oportunidade de observar e identificar a teoria na prática, a partir das entrevistas realizadas com profissionais da educação de diferentes municípios, tendo diferentes visões e relatos.
Contudo, ficou evidente a necessidade de um bom relacionamento entre cuidador, aluno e a instituição/professor (a) para que assim haja uma motivação desse estudante quanto a sua permanência na escola. Porém, é de conhecimento que essa ideia pouco se aplica a realidade do nosso país, onde a educação não recebe o devido investimento e a atenção necessária, fazendo com que essas relações sejam em sua grande maioria frágeis.
É importante levar em consideração todos os fatores que permeiam a vida do aluno antes de se realizar qualquer tipo de julgamento. Antes de enquadrar-se socialmente como estudante, ele é um sujeito singular. Dessa forma, quando se possui uma maior estabilidade interna e externa o desempenho e a motivação se tornam mais fáceis e acessíveis, fazendo com que ele permaneça na escola e se interesse por aquilo.
REFERENCIAL TEÓRICO
BOSSA. A. NADIA. FRACASSO ESCOLAR: UM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO. Porto Alegre. 2002.
BREVE REFLEXÃO ACERCA DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO E SEUS IMPACTOS NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE. Disponível em https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/23840_12892.pdf acesso em: 12/11/2019.
COSTA, Dóris Anita Freire. FRACASSO ESCOLAR: DIFERENÇA OU DEFICIÊNCIA? Porto Alegre: Kuarup, 1994. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/2336263/as_bases_historicas_da_instituicao_escolar_-_lucia_sartorio
FREIRE, P. (1998). PEDAGOGIA DO OPRIMIDO. 25 ª ed. (1ª edición: 1970). Rio de Janeiro: Paz e Terra.
GRABOWSKI, Gabriel. QUEM CONHECE A REFORMA DO ENSINO MÉDIO, A REPROVA. Revista Extraclasse do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul, Exclusivo WEB, [S.l.], fev. 2017. 
IRELAND, Vera. REPENSANDO A ESCOLA: UM ESTUDO SOBRE OS DESAFIOS DE APRENDER, LER E ESCREVER. Brasília: UNESCO, MEC/INEP, 2007
JOSÉ PACHECO E A ESCOLA NOVA, Disponível em https://novaescola.org.br/conteudo/335/jose-pacheco-e-a-escola-da-ponte acesso em: 11/11/2019.
NOVO ENSINO MÉDIO – PERGUNTAS E RESPOSTAS, disponível em http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=40361 acesso em: 12/11/2019
PARO. GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA PÚBLICA. São Paulo: Editora Ática, 2002.
PATTO, Maria H. S., A PRODUÇÃO DO FRACASSO ESCOLAR. HISTÓRIAS DE SUBMISSÃO E REBELDIA. São Paulo: T.A. Queiroz, 1990.
PIAGET, Jean. PARA ONDE VAI A EDUCAÇÃO? Rio de Janeiro: José Olímpio, 2007.
RUBEM ALVES: ”O OBJETIVO DA EDUCAÇÃO É CRIAR A ALEGRIA DE PENSAR”, Disponível em: < http://blogs.funiber.org/pt/formacao-professores/2016/09/20/funiber-rubem-alves-pensar>. acesso em 11/11/2019
SARAIVA, T. EDUCAÇÃO ONTEM, HOJE E SEMPRE. 2008. http://www.udemo.org.br/Leituras/Leituras_216.htm. Acesso em: 10 nov. 2019. Aceso em 12/11/2019
SARTORIO, L. A. V. AS BASES HISTÓRICAS DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR E A FINALIDADE DA EDUCAÇÃO. Capítulo publicado na Coletânea: Sociedade, Educação e Pesquisa em Ciências Humanas. Curitiba: Editora CRV, 2011.
SILVA,Eise.FRACASSOESCOLAR.https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/fracasso-escolar/26427. Acesso em: 10 nov. 2019. 
ANEXOS 
Perguntas a serem dirigidas aos professores
Entrevista semiestruturada
· PERGUNTAS SOBRE A VIDA PROFISSIONAL DOS PROFESSORES:
1) Quantos anos você está lecionando?
2) Qual é a disciplina lecionada por você?
3) Quais as maiores dificuldades que você encontra ao entrar na sala de aula?
5) Qual a sua opinião sobre o ensino médio? E o sentido maior desta fase do ensino?
· PERGUNTAS SOBRE O TEMA EM SI 
(voltado mais para a opinião/intervenção do professor):
A) OPINIÃO DO PROFESSOR ACERCA DOS ALUNOS:
1) Em sua opinião, qual é a visão dos jovens acerca do ensino médio?
- Quais são as suas motivações para causá-los? E os que não tem interesse, por que você acha que isso ocorre?
2) Você percebe em seus alunos o desejo de ingressar em um ensino superior?
3) Você acredita que a fase pré-vestibular influência na pressão dos jovens? Podendo culminar na falta de perspectiva?
- A cultura acerca de que: “você precisa estudar, passar no vestibular e ir direto pra faculdade” pressiona os jovens indecisos? De que maneira?
4) A maioria dos estudantes desta instituição é de qual classe social?
- Em um viés de classe social, há uma diferença entre os alunos? (Questionar sobre o número de desistências, perspectiva, etc.)
5) Em sua opinião, o que é fracasso escolar?
B) OPINIÇÃO DO PROFESSOR ACERDA DA INTERVENÇÃO PROFISSIONAL:
1) Quais atributos importantes de um professor que atua na educação do ensino médio?
2) Qual metodologia, em sua opinião, deveria ser utilizada para a emancipação dos estudantes? Por quê?
3) Algum aluno já desabafou com o(a) senhor(a) acerca de suas angustias sobre o futuro, a escolha de profissões, etc.? Como você lidou?
4) Em sua opinião, os profissionais da educação têm um compromisso com a temática? Ou seja, abordar esse assunto em sala de aula?
· PERGUNTAS MAIS ABRANJENTES 
(envolvendo a instituição escolar, família, etc.):
1) Em sua opinião, quais fatores externos (família, renda, etc.)e fatores internos (subjetivos) contribuem para a falta ou a existência de perspectiva dos alunos para o futuro? Eles estão interligados?
2) O sistema educacional de cada instituição e/ou do governo poderá interferir na autoestima do aluno? Por quê?
3) Como é a grade educacional desta escola?
- Os profissionais conversam entre si sobre a autoestima de seus alunos?
- Há uma preocupação sobre uma orientação institucional acerca das angustias vividas por seus alunos?
4) Como trabalhar essas questões em conjunto com a família?
· PERGUNTA DE ENCERRAMENTO:
1) Qual a sua opinião sobre os novos rumos que Ensino Médio no Brasil está tomando?
- Estamos vivendo uma época de reformas na educação, sobretudo no Ensino Médio, como o profissional da educação faz uma leitura sobre isso.

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