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Bruna Cristina Bento D15JBB-3 Janicléia Pereira Timóteo D23JBB-7 Patrícia Júlia Rodrigues Gálves D17IDH-1 Wesley Santos Alves D259BG-5 APS – ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – 2017/2 A PRIVATIZAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL NO BRASIL UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP CAMPINAS 2017 Bruna Cristina Bento D15JBB-3 Janicléia Pereira Timóteo D23JBB-7 Patrícia Júlia Rodrigues Gálves D17IDH-1 Wesley Santos Alves D259BG-5 A PRIVATIZAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL NO BRASIL Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação da disciplina APS do curso de Direito da Universidade Paulista – UNIP. UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP CAMPINAS 2017 Agradecimentos “Primeiramente a nossa família que nos inspira e nos serve como base fazendo com que alcancemos cada vez mais a plenitude”. Não importa ao tempo o minuto que passa, mas o minuto que vem. O minuto que vem é forte, jucundo, supõe trazer em si a eternidade...” Machado de Assis. Sumário INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 7 CAPÍTULO 1 ................................................................................................................... 8 CAPÍTULO 2 ................................................................................................................... 9 O RESULTADO E A EXPERIÊNCIA DA PRIVATIZAÇÃO DOS PRESÍDIOS BRASILEIROS ............................................................................................................ 9 CAPÍTULO 3 ................................................................................................................. 11 ARGUMENTOS A FAVOR DA PRIVATIZAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO ............................................................................................................. 11 CAPÍTULO 4 ................................................................................................................. 13 ARGUMENTOS CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO ............................................................................................................. 13 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 15 7 INTRODUÇÃO O presente trabalho transcrito vem apresentar o sistema de privatização no sistema prisional do Brasil. Todos nós sabemos que o sistema prisional citado é muito precário quando comparamos ao de outros países, portanto, destacamos em um breve relato toda a matéria publicada na edição digital da Revista Exame de 20 de agosto de 2017, abordando assim os principais tópicos que foram publicados na matéria em epígrafe. Baseando-se em pesquisas realizadas em vários sites e também em livros que apresentam o conteúdo de direito, leis e códigos para que fosse respondida a pergunta do tema referido e explicado um pouco mais sobre a gravidade do assunto. 8 CAPÍTULO 1 O tema abaixo abordado vem citar casos que ocorrem nas penitenciárias brasileiras que se iniciam desde a abordagem e estendem-se no interrogatório e continua por todo o decorrer do cárcere privado. No relatório publicado, em novembro de 2016, os especialistas alertaram o Brasil sobre a gravidade dos casos de violência nos presídios o que acaba gerando mais risco de rebeliões pela revolta dos presidiários. Em uma das pesquisas realizadas em presídios brasileiros o que mais se destacou foi o complexo penitenciário Anísio Jobin, local onde ocorreu a primeira rebelião de 2017, onde cumulou mais de 56 mortes. O Brasil vem até maio, para dar uma resposta ao “Subcomitê” explicando as ações tomadas para implantar algumas recomendações exigidas por ela sobre as: superlotações dos presídios, o déficit de vagas, casos de torturas e rebeliões etc. O relatório apresentado pelo subcomitê aponta as principais exigências como: a prática de tortura frequente dentro dos presídios; quais foram as práticas de tortura e vedações de direitos humanos encontrados nos presídios visitados; o Brasil tem fechado os olhos para os assassinatos dentro dos presídios. A falta de investigação no Brasil leva ao aumento da cultura da violência e da impunidade. Essas violações frequentes de direitos humanos nos presídios estimulam o crescimento das facções criminosas dentro das cadeias, o que a ONU recomenda para as autoridades brasileiras é que a crise do sistema prisional requer um forte compromisso político e do mais alto nível de segurança. O Brasil conta com um sistema de combates e prevenção a tortura, principal assunto abordado acima, o que inclui o “Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate a Tortura que foi reconhecido como um desenvolvimento positivo pelos peritos do Subcomitê. 9 CAPÍTULO 2 O RESULTADO E A EXPERIÊNCIA DA PRIVATIZAÇÃO DOS PRESÍDIOS BRASILEIROS Existe até hoje um único presídio privatizado localizado em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O modelo tem sido utilizado não só no Brasil mas também em países como os Estados Unidos, a Inglaterra e a França, e como já era de se esperar, passa a trazer grandes reflexos sobre o Estado. Apesar de ainda existir apenas um complexo privatizado no pais, está sendo avaliada a ideia de se estabelecer mais presídios desta forma, pois os resultados estão cada vez mais positivos em comparação aos presídios atuais, principalmente quando comparada a questão dos gastos, as taxas diminuíram de r$ 2.000 para r$ 1.200 reais por mês, isso englobando toda assistência ao detento. As fugas, mortes e rebeliões estão praticamente nulas com este modelo, que por sua vez ainda conta com programas de reintegração social, teatro e salas de aula dentro de suas extensões. Além disso possuem empresas cadastradas que ajudam os presos a arranjarem empregos enquanto cumprem suas penas. O assunto do sistema prisional brasileiro se torna ainda mais catastrófico quando passamos a observar a quantidade de encarcerados que são “amontoados” dentro de presídios que não possuem a capacidade de abrigar nem 1/3 dos presos que se encontram no recinto atualmente. Os números assustam pois já se estipulam 700 mil detentos, cumprindo 98% das vezes penas referente ao tráfico de drogas. Os crimes de tortura são muito praticados nos presídios ainda nos dias de hoje, mesmo com sua proibição expressa na atual Constituição Federal de 1988, onde deixa explícito em seu artigo 5° do parágrafo III: “Art. 5º III - ninguem será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.” O Estado fecha os olhos para problemas supracitados que deveriam ser combatidos de outra forma, e não apenas com a privatização dos presídios, porém é muito mais simples 10 construir mais presídios que funcionem por um ou dois anos da forma planejada do que investir em educação de qualidade e em mais oportunidades tentando assim diminuir o problema cortando-o pela raíz. 11 CAPÍTULO 3 ARGUMENTOS A FAVOR DA PRIVATIZAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO 1. A empresa privada dispõe de maior habilidade para administrar porque está liberada da morosae complica burocracia do setor público, assim, além de conseguir remediar com menor custo é ainda mais rápido. A participação privada propiciará, mesmo que de maneira diminuta um atalhamento quanto ao alcance da dignidade humana do preso, já que poderá oferecer mais eficazmente; trabalho, escola, lazer, vestuário, local mais higiênico, construção de celas e presídios. Enfim, proporcionará chances maiores do preso não voltar a delinquir, ser útil, ao ponto de disputar vaga de emprego, alfabetização etc... 2. Auxiliando o Estado, nestes aspectos (emprego e estudo), estará concorrendo para a satisfação (direito fundamental e garantia da ordem econômica) do valor social do trabalho, livre iniciativa, busca do pleno emprego, tudo isto, para que se tenha uma existência digna (caput e VIII do art. 170 da CF). Ainda que no início a empresa privada não consiga se subsistir lá dentro com renda própria, e ,e necessitar do pagamento do Estado, ao menos, em tese, este estará despendendo um gasto com maior contrapartida. Outro ponto que atrairá a iniciativa privada cuja atividade seja no oferecimento de emprego, é que a LEI DE EXECUÇÃO PENAL prevê que o preso deve ganhar ao menos a remuneração de 1/3 do salário mínimo vigente (caput do art. 29), e que sua jornada normal de trabalho será entre 6 a 8 horas diárias de segunda a sábado com descanso aos domingos e feriados (art. 33). 3. Clarividente se torna que, respeitados tais direitos trabalhistas, não há qualquer outro envolvido, tal como: concessão de férias com remuneração, décimo terceiro salário, hora extra, descanso semanal remunerado, adicionais multas pelo não cumprimento, acidente de trabalho, etc... Se a iniciativa privada conseguir capacitar os presos para certo labor, e houver por parte destes uma produção considerável, seus lucros poderão ser vultosos. 12 Não tem dever de pagar aposentadoria ao preso, assim, fica a critério do preso contribuir privativamente. O que se torna quase impossível com os encargos atribuídos nas alíneas do artigo 29 da LEP. 13 CAPÍTULO 4 ARGUMENTOS CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO 1. O Estado já tem se afastado muito de suas obrigações constitucionais, principalmente nas áreas em que diz respeito a saúde pública, educação pública e segurança pública. A proposta do modelo privado de vigilância penitenciária seria mais uma fuga do Estado com suas responsabilidades. 2. A perspectiva de que seguranças privados façam a vigilância interna é considerada problemática do ponto de vista legal. Eles ficariam incumbidos de registrar desvios de comportamentos capazes de ampliar o tempo de pena-tarifa que é considerada imprópria para o trabalhador privado. Críticos ainda afirmam que uma empresa que busca lucro em um segmento que deveria prezar pela recuperação e ressocialização dos detentos é algo muito problemático. 3. O ideal seriam presídios menores e descentralizados para evitar que os presos venham para grandes centros e se misturem com facções. Esse modelo não interessa a iniciativa privada, que necessita de grandes presídios para obter um lucro que justifique o investimento. Presídios pequenos e com os presos separados faria com que não mantivessem contato um com o outro, dificultando então o tráfico que é muito presente nos presídios de hoje em dias e as comunicações que facilitam as fugas. 14 CONCLUSÃO Conforme citado o sistema penitenciário brasileiro tem se mostrado ineficiente nos últimos anos para a principal finalidade que é a ressocialização de seus apenados e a aplicação das penas de maneira desumana sem respeitar a dignidade e os princípios dos direitos humanos. Com o passar do tempo constatou-se a evolução da sociedade e das atribuições do Estado, havendo então significativa mudança na aplicação das penas, perdendo esta seu caráter punitivo/ vingativo e passando ao caráter de ressocializar o sujeito e recoloca-lo novamente em sociedade, em regra. Portanto, concluímos que é possível que haja uma recuperação dos apenados, pois o Estado é o maior violador dos Direitos humanos, cadeia hoje em dia se tornou “faculdade de bandido” pois os presos entram por terem roubado um celular e saem especialistas em assalto a bancos. Privatizando os presídios e tornando a situação dos presos mais humana e digna, mostraria o caminho correto para progredir como pessoa, podendo então agregar mais valores para a sociedade. 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Livro: A privatização do Sistema Prisional (Celia Regina Nilander de Sousa) https://www.pragmatismopolitico.com.br Código Penal – www.planalto.gov.br www.senado.leg.br/ noticias www.jusbrasil.com.br www.stj.jus.br A privatização do sistema prisional (autor: Sousa, Celia Regina Nilander de) Editora Saraiva. http://www.pragmatismopolitico.com.br/ http://www.planalto.gov.br/ http://www.senado.leg.br/ http://www.jusbrasil.com.br/ http://www.stj.jus.br/
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