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OPERAÇÃO TATU

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OPERAÇÃO TATU
Operação tatu ou Projeto de Melhoramento da Fertilidade de Solos do Rio Grande do Sul, desenvolvido pelo João Mielniczuk em parceria com o pesquisador Werner Wünshe, integrante do CNP Trigo de Passo Fundo.
A Operação Tatu teve como foco a correção dos solos empobrecidos pelo manejo inadequado da terra, na região noroeste do Estado. Nestes locais a produtividade das principais culturas era muito baixa, o que forçava as famílias ao abandono das terras.
Foi batizado de Operação Tatu, por conta dos buracos feitos na terra para a retirada das amostras a serem estudadas na Ufrgs. Na época, a partir das análises de fertilidade dos solos, se concluiu que a quantidade de calcário utilizada para a correção da acidez e de adubo era inferior à necessária. 
A principal causa da erosão era a exploração irracional da terra, o excessivo preparo sem condições adequadas de umidade e a utilização do solo sem observar a capacidade agrícola. A área de atuação abrangeu, no período, aproximadamente 3 milhões de hectares.  
De início já se percebia progresso, principalmente no que dizia respeito à adoção das práticas simples, como a eliminação da queima da resteva do trigo, o emprego de culturas recuperadoras e a diminuição do preparo da terra, refletindo visivelmente na redução da erosão.
Mas o resultado alcançado mais positivo, de acordo com Mielniczuk, “foi a integração entre as instituições de ensino, pesquisa, extensão, cooperativas, crédito financeiro e líderes locais”. A atuação em conjunto fez com que um grande número de agricultores adotasse práticas de uso sensato do solo.
Atualmente, já se percebe um progresso com base no avanço da ciência do solo, através da geração do conhecimento ao longo do tempo. Nos anos 1960 eram encontrados problemas de fertilidade. Já nas décadas de 1970 e 1980, as dificuldades estavam na conservação. De lá para cá houve grandes evoluções. Atualmente, as maiores preocupações são com problemas climáticos, o controle de emissão de gases e o cuidado com o descarte de dejetos a fim de não afetar o solo.
COMO ATUAL OS ELEMENTOS BENÉFICOS?
Silício
Esse elemento é absorvido como ácido monosilícico (H4SiO4 ) pelas plantas, além de se movimentar pelo xilema da mesma maneira. Transporte de H4SiO4 no interior da planta acon0tece no mesmo sentido do fluxo da água (transpiração); Deposita-se principalmente na parede celular, nas brácteas das inflorescências, nos tricomas.
Dentre as funções estruturais e aumento da resistência das plantas, encontram-se: proporcionamento de resistência à parede celular; Aumenta a resistência às pragas e doenças; Reduz a taxa de senescência foliar; Melhora a arquitetura das folhas - reduz autossombreamento e acamamento; Maior capacidade fotossintética; Regula a evapotranspiração (economia de água); Reduz o efeito tóxico de metais pesados.
A falta de silício resulta em menor crescimento; menor produção (ARROZ é cultura altamente responsiva ao Si); Necrose em folhas maduras; Murchamento das plantas; Aumento do auto-sombreamento.
Sódio
É absorvido como Na+, possui mecanismo de contato íon-raiz - fluxo de massa e difusão. No xilema e no floema movimenta-se na forma de Na+. Plantas C4 respondem mais à adição de Na do que C3, além de estimular o crescimento vegetal
A abertura estomatal, juntamente com a manutenção do balanço de água e ele sendo um ativador de algumas enzimas, o somatório disso acaba substituindo parcialmente o K. Em relação a estimulação do crescimento vegetal, ocorre a expansão celular e balanço de água, a regulação estomática além de aumentar a área foliar – maior número de estômatos por unidade de área foliar – decréscimo na concentração de clorofila.
Cobalto
Mecanismo de contato íon-raiz: fluxo de massa; No xilema e no floema movimenta-se como Co2+ ; Concentração de Co em plantas varia de 0,05 a 0,3 mg kg-1 e é normalmente maior em leguminosas do que em gramíneas.
A principal função é a fixação de N2 em leguminosas. Em leguminosas dependentes da FBN, a deficiência de Co está associada com sintomas de deficiência de nitrogênio. Em leguminosas deficientes em Co existe a tendência de se acumular nos nódulos.
Selênio
Absorvido como SeO4 2- (selenato) com maior acumulação nas raízes. Pode substituir o S na cisteína e na metionina para formar os análogos, selenocisteína e selenometionina.
Grande variabilidade genética na absorção e no acúmulo de Se (crucíferas > gramíneas forrageiras > leguminosas > cereais)
A deficiência de Se para o ser humano pode causar cárie dental, erupções na pele, artrite e edema subcutâneo; O Se tem efeito inibitório em vários tipos de câncer; A deficiência de Se pode causar distrofia muscular em bovinos e ovinos.
GESSO AGRÍCOLA
Ele é utilizado como condicionador dos solos, como fonte dos nutrientes cálcio e enxofre e para aumento da relação cálcio/magnésio dos solos. Graças à sua grande solubilidade (145 vezes superior ao calcário), o gesso penetra nas camadas mais profundas dos solos (sub-superfície), complementando os benefícios da calagem, que age apenas na camada superficial (até 20 cm).
Aumentando a porosidade dos solos e neutralizando o alumínio tóxico, o gesso agrícola permite o aprofundamento das raízes, que passam a dispor de maior quantidade de nutrientes e de água para seu desenvolvimento e para suportar os períodos de estiagens e veranicos. O Gesso Agrícola dispensa a incorporação aos solos, podendo ser aplicado apenas superficialmente, sendo facilmente solubilizado e incorporado aos solos pelas chuvas.
A incorporação de cálcio e enxofre em profundidade nos solos favorece o crescimento das raízes, aumenta o vigor das plantas e melhora o valor dos alimentos, proporcionando maior produtividade e aumentando a qualidade dos produtos colhidos.
O Gesso Agrícola é utilizado também como condicionador na fermentação dos estercos, permitindo maior retenção do nitrogênio e enriquecendo o composto com cálcio e enxofre.
Em alguns solos, seja por sua própria natureza, seja pelo uso intensivo do calcário dolomítico, a relação cálcio/magnésio (Ca/Mg) apresenta valores inferiores aos desejados. A correção do problema com o uso do calcário calcítico provoca aumento do pH, frequentemente indesejável. A utilização do Gesso Agrícola permite corrigir o problema sem alteração do pH.
O calcário age na camada superficial do solo (até 20 cm de profundidade), corrigindo a acidez e elevando o pH na camada em que foi incorporado. O gesso agrícola atua na camada mais profunda dos solos, atacando as fontes de acidez sem, entretando, alterar o seu pH.
Além de fornecer os nutrientes cálcio e enxofre para as camadas mais profundas dos solos, o gesso agrícola neutraliza o alumínio tóxico e aumenta a porosidade dos solos, diminuindo a resistência à penetração das raízes que podem, assim, buscar os nutewwrientes e a água de que necessitam em horizontes mais amplos.w

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