Buscar

caso concreto tributario

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Em	10/05/2001,	a	fiscalização	estadual	lavrou	auto	de	infração	e	notificou	a	empresa	COMÉRCIO	DE
BRINQUEDOS	EDUCATIVOS	ABC	LTDA.	para	recolher	ICMS	relativo	a	fatos	geradores	ocorridos	no
período	de	20/06/1999	a	31/12/1999.		A	notificada	impugnou,	sem	sucesso,	a	autuação	e	recorreu
tempestivamente	ao	Conselho	de	Contribuintes,	em	20/06/2001.	Em	face	da	sobrecarga	de	processos	na
2a.	Instância	administrativa,	o	recurso	restou	paralisado,	sem	qualquer	despacho	nem	petição	das	partes,
até	20/09/2001,	vindo	a	ser	julgado,	também	desfavoravelmente	ao	contribuinte,	em	10/10/2001.		Publicada
a	decisão	(e	o	aresto	unânime)	em	15/10/2001,	foi	a	sociedade	dela	notificada,	esgotando-se	o	prazo	para
pagar	o	débito	em	22/10/2001.	
Não	advindo	pagamento	nem	pedido	de	parcelamento,	foi	o	crédito	tributário	inscrito	em	dívida	ativa,	em
22/11/2007,	vindo,	contudo,	a	execução	fiscal	a	ser	ajuizada	somente	em	29/11/2007.		Citada,	a	executada
ofereceu	bens	suficientes	à	penhora	e,	efetuada	esta,	ajuizou	embargos	à	execução,	alegando	haver
ocorrido	a	decadência	e,	ad	argumentandum,	a	prescrição.
Pergunta-se:		
a	)Procede	a	alegação	de	decadência?		Se	positivo,	quando	ocorreu?	
R=	Não	tem	decadência,	porque	segundo	o	art.173,	CTN	o	prazo	decadencial	é	de	cinco	anos.
b)	Procede	a	alegação	de	prescrição?		Se	positivo,	em	que	data	teria	ocorrido?
R=	Sim,	22/10/2001	que	começa	a	contar	os	cinco	anos,	esta	prescrito	em	22/10/2006.
c)Quais	as	causas	de	suspensão	e	as	de	interrupção	do	prazo	prescricional	da	ação	de	cobrança	do	crédito
tributário?		(Mencione	os	dispositivos	legais)
R=	art.	151,	CTN.	Suspendem	a	exigibilidade	do	crédito	tributário:
I	-	moratória;
II	-	o	depósito	do	seu	montante	integral;
III	-	as	reclamações	e	os	recursos,	nos	termos	das	leis	reguladoras	do	processo	tributário	administrativo;
IV	-	a	concessão	de	medida	liminar	em	mandado	de	segurança.
V	-	a	concessão	de	medida	liminar	ou	de	tutela	antecipada,	em	outras	espécies	de	ação	judicial;	(Incluído
pela	Lcp	nº	104,	de	10.1.2001).
VI	-	o	parcelamento.	(Incluído	pela	Lcp	nº	104,	de	10.1.2001).
d)o	prazo	prescricional	dessa	ação,	o	que	se	extingue:	o	direito	de	ação	ou	o	próprio	crédito	tributário?
R=	Art.	174.	A	ação	para	a	cobrança	do	crédito	tributário	prescreve	em	cinco	anos,	contados	da	data	da	sua
constituição	definitiva.
Parágrafo	único.	A	prescrição	se	interrompe:
I	-	pelo	despacho	do	juiz	que	ordenar	a	citação	em	execução	fiscal;	(Redação	dada	pela	Lcp	nº	118,	de
2005).
II	-	pelo	protesto	judicial;
III	-	por	qualquer	ato	judicial	que	constitua	em	mora	o	devedor;
IV	-	por	qualquer	ato	inequívoco	ainda	que	extrajudicial,	que	importe	em	reconhecimento	do	débito	pelo
devedor.
Se	extingue	o	direito	de	ação	e	o	credito	tributário	art.156,caput,CTN.
	e)	A		prescrição	pode	ser	reconhecida	de	ofício	pelo	juízo?
Respostas	fundamentadas.
R=	Sim,	art.219,§	5º,	CPC,	O	juiz	pronunciará,	de	ofício,	a	prescrição.	(Redação	dada	pela	Lei	nº	11.280,	de
2006);
lei	da	6.830/1980	art.40,	O	Juiz	suspenderá	o	curso	da	execução,	enquanto	não	for	localizado	o	devedor	ou
encontrados	bens	sobre	os	quais	possa	recair	a	penhora,	e,	nesses	casos,	não	correrá	o	prazo	de
prescrição.
§	1º	-	Suspenso	o	curso	da	execução,	será	aberta	vista	dos	autos	ao	representante	judicial	da	Fazenda
Pública.
	§	2º	-	Decorrido	o	prazo	máximo	de	1	(um)	ano,	sem	que	seja	localizado	o	devedor	ou	encontrados	bens
penhoráveis,	o	Juiz	ordenará	o	arquivamento	dos	autos.
	§	3º	-	Encontrados	que	sejam,	a	qualquer	tempo,	o	devedor	ou	os	bens,	serão	desarquivados	os	autos
para	prosseguimento	da	execução.
		§	4o	Se	da	decisão	que	ordenar	o	arquivamento	tiver	decorrido	o	prazo	prescricional,	o	juiz,	depois	de
ouvida	a	Fazenda	Pública,	poderá,	de	ofício,	reconhecer	a	prescrição	intercorrente	e	decretá-la	de	imediato.
(Incluído	pela	Lei	nº	11.051,	de	2004).
Questões	objetivas:	
	1-A	ação	para	cobrança	do	crédito	tributário	está	sujeita	a	prazo:
a.)	Decadencial	de	5	(cinco	anos),	contados	do	primeiro	dia	do	exercício	civil	seguinte	àquele	em	que	o
lançamento	poderia	ser	efetuado;
2 / 162 / 16
b.)	Prescricional	de	180	(cento	e	oitenta)	dias,	contados	da	inscrição	do	crédito	tributário	na	divida	ativa;
c.)	Prescricional	de	20	(vinte)	anos,	contados	do	vencimento	do	prazo	para	pagamento;
X	d).	Prescricional	de	5	(cinco)	anos,	contados	da	data	da	sua	constituição	definitiva.	(	EARTHUR)
CASO	CONCRETO:	05
Em	1999,	determinado	Município	concedeu	isenção	do	ISSQN,	por	10	(dez)	anos,	para	as	empresas
prestadoras	de	serviços	que	viessem	se	instalar	naquele	território,	gerando,	em	cada	uma	delas	25	(vinte	e
cinco)	empregos	diretos.
Várias	dessas	empresas,	atraídas	por	esse	incentivo	fiscal,	lá	se	instalaram.	E	no	ano	de	2002,	surgiu	uma
outra	norma	jurídica	revogando		essa	isenção	do	ISSQN.
Responda:
a)	Este	caso	concreto	refere-se	a	qual	espécie	de	isenção?
R=	Isenção	Onerosa
b)	Deve	esta	isenção	ser	revogada?	Qual	(is)	princípio(s)	deve(m)	ser	observado(s)?
R=		Poder	pode	porém	não		vale	para	essa,	todos	que	estão		antes	da	lei	,	vai	ser	respeitado,	a	lei	pode	ser
revogada	mas	não	vai	valer	para	essas	pessoas	que	foi	dado	a	isenção	,	principio	da	segurança	jurídica.
C)	É	possível	o	ajuizamento	de	alguma	ação	para	evitar	a	revogação	da	isenção	mencionada	no	caso
concreto?	Caso	positivo,	qual	(is)?
R=	Mandado	de	Segurança
Questões	objetivas:	
1.	O	taxista	João	recebeu	do	fisco	estadual		uma		correspondência		na		qual		lhe		foi	informado	que,	mesmo
tendo	ocorrido	o	fato		gerador	do	IPVA,	ele	não	precisaria	pagar	o	tributo,	uma	vez	que	fora	aprovada	uma
lei,	pela	respectiva	assembleia	legislativa,	que	excluía	o	crédito	tributário	dos	taxistas,	relativamente		ao
	IPVA.
Nessa		situação	hipotética,		pode-se	dizer		que	a	citada	lei	estabeleceu		uma.
(A)	remissão.
(B)	transação.
X(C)	isenção.
(D)	anistia.
CASO	CONCRETO	06
Em	dificuldade	para	saldar	seus	débitos,	inclusive	tributários,	a	sociedade	comercial	Irmãos	Tavares	&	Cia.
Ltda.,	decidiu	cerrar	suas	portas	sumariamente,	deixando	de	dar	baixa	regular	em	seus	registros	e
obrigações	comerciais	e	fiscais.	Tomando	conhecimento	do	fato,	fiscais	da	Receita	Federal	verificaram	não
ter	sido	recolhido	o	Imposto	de	Renda	dos	dois	últimos	exercícios,	tendo	em	conseqüência	procedido	ao
lançamento.	Notificada	regularmente	a	empresa,	na	pessoa	de	seu	sócio-gerente,	deixou	de	defender-se
administrativamente,	correndo	o	processo	administrativo-fiscal	à	revelia	e	culminando	com	a	inscrição	do
crédito	tributário	em	dívida	ativa	e	imediato	ajuizamento	da	execução	fiscal.	Alertado	por	seu	ex-contador,	o
sócio-gerente	aliena	vários	bens	sociais.	Pergunta-se:
a)																					São	válidos	esses	atos	de	alienação?	Em	que	circunstâncias?
R=	É	valida	se	tivermos	diante	de	duas	circunstancias,	primeira	ele	alienou,	mas	deixou	bem	suficiente
segunda	ele	alienou	antes	da	inscrição	na	divida	ativa	art.	185,	CTN,	presunção	de	fraude.
b)																				Poderão	ser	executados	bens	do	sócio-gerente?	Em	qualquer	hipótese?
R=	Não,	sumula	430	STJ,	sumula	435	STJ
c)	E	bens	dos	demais	sócios	não	gerentes?
								Justifique	as	respostas	com	base	na	legislação	e	na	jurisprudência.
R=	Não	justifica	pegar	os	bens	de	outros	sócios,	súmula	430	STJ.
		
QUESTAO	OBJETIVA
Marque	a	opção	incorreta:
(		)	a.	No	exercício	da	fiscalização	tributária,	devem	ser	respeitados	o	sigilo	profissional	e	o	bancário.
(		)	b.	O	contribuinte	tem	o	dever	de	conservar	seus	livros	e	documentos	comerciais	e	fiscais	pelo	prazo	da
prescrição	da	ação	de	cobrança	dos	créditos	tributários.
(		)	c.	O	Fisco	é	obrigado	a	guardar	sigilo	sobre	as	informações	que	os	contribuintes	lhe	prestam.
(X)	d.	O	exercício	da	fiscalização	tributária	é	o	mais	amplo	possível,	implicando	o	atendimento	de	todas	as
3 / 163 / 16
exigências	de	apresentação	de	qualquer	documento	e	informação,	sem	exceção.
CASO	CONCRETO		8
Irmãos	Souza	&	Cia.	Ltda.,	grande	atacadista	de	gêneros		alimentícios,	foi	autuada	em	novembro/2008	pela
fiscalização	do	ICMS,	por	recolhimentos	insuficientes	do	imposto	durante	os	anos	de	2005	e	2006,	tendo	o
auto	de	infraçãototalizado	créditos	tributários	(principal,	multas,	juros	e	atualização	monetária)	no	valor	de
R$	5	milhões.		Impugnado	tempestivamente,	o	lançamento	veio	a	ser	mantido,	em	fevereiro/2009,	pela
Junta	de	Revisão	Fiscal.	Dessa	decisão,	recorre	voluntariamente	a		empresa	para	o	Conselho	de
Contribuintes,	deixando,	contudo	de	efetuar	depósito	de	30%	da	quantia	em	discussão,	bem	assim	de,
alternativamente,	oferecer	fiança	bancária,	conforme	prevê	a	legislação	de	regência,	para	“garantia	de
instância”.
O	processo	administrativo	fiscal	é	encaminhado	ao	Presidente	do	Conselho	de	Contribuintes,	que	detém	o
juízo	preliminar	de	admissibilidade	do	recurso;	que	se	vier	a	ser	admitido	será	distribuído	a	uma	das
Câmaras,	a	qual	poderá	rever	a	decisão	vestibular	de	admissibilidade.
-Como	deve	o	Presidente	do	Conselho	de	contribuintes	prodecer?	Deve	exigir	o	mencionado	depósito
prévio	administrativo?	Responda	de	acordo	com	o	entendimento	atual	do	Supremo	Tribunal	Federal.
R=	O	presidente	do	conselho	de	contribuintes	deve	admitir	o	recurso	e	remeter	a	uma	das	câmaras	para
julgamento.	É	ilegítima	a	exigência	de	depósito	ou	arrolamento	como	condição	para	recorrer.	Tal	exigência
foi	considerada	inconstitucional	pelo	STF	em	março	/2007	na	ADI	1976	de	relatoria	do	então	Ministro
Joaquim	Barbosa,	que	entendeu	que	a	exigência	constitui	obstáculo	sério	(e	intransponível	para
consideráveis	parcelas	da	população)	ao	exercício	do	direito	de	petição,	além	de	caracterizar	ofensa	ao
principio	do	contraditório,	ambos	previstos	na	CF.									Ademais,	a	exigência	converte-se,	na	prática,	em
suspensão	do	direito	de	recorrer,	constituindo	nítida	violação	ao	principio	da	proporcionalidade.
QUESTÃO	OBJETIVA
Pessoa	física,	contribuinte	do	Imposto	sobre	a	Renda,	apresenta	sua	declaração	anual	de	ajuste,
entendendo	fazer	jus	à	restituição	de	R$	10.000,00.	Processada	a	declaração	pela	Secretaria	da	Receita
Federal	durante	quase	três	anos,	é	finalmente	intimado	o	contribuinte,	por	via	postal,	de	que	suas	deduções
foram	glosadas,	ocasionando	a	expedição	de	notificação	de	lançamento	do	imposto	pela	autoridade
administrativa,	com	penalidades	e	acréscimos	legais,	por	entender	o	Fisco	que	as	despesas	eram
indedutíveis,	sendo,	conseqüentemente,	indeferida	sua	restituição.	O	contribuinte,	dois	dias	depois	de	haver
recebido	a	intimação	pelo	Correio,	busca	assistência	profissional	de	um	advogado.	Indique	a	providência
INCORRETA	e	que	não	seria	tomada	pelo	advogado:
(		)	a.	Aguardar	a	inscrição	do	crédito	tributário	em	dívida	da	União	e	o	ajuizamento	da	execução	para,
garantido	o	Juízo,	opor	embargos	de	devedor
(		)	b.	Solicitar	à	autoridade	administrativa	que	calcule	o	alegado	débito	do	cliente.	Em	seqüência,	propor
ação	anulatória	do	ato	declarativo	da	dívida	precedida	do	depósito	do	montante	integral	do	alegado	crédito
da	Fazenda	Pública,	com	penalidades,	acréscimos	legais	e	demais	encargos,	tal	como	calculados	pela
autoridade	administrativa,	a	fim	de	elidir	sua	inscrição	em	Dívida	Ativa	da	União	e	o	ajuizamento	da
execução	fiscal,	ficando	a	exigibilidade	do	crédito	tributário	suspensa	pelo	depósito.
(	X	)		c.	Impugnar	a	exigência	representada	pela	notificação	de	lançamento,	60	(sessenta)	dias	depois	da
data	em	que	tiver	sido	feita	a	intimação	da	exigência	ao	cliente,	isto	é,	da	data	de	recebimento,	pelo	cliente,
da	intimação	por	via	postal
(		)		d.	Depois	de	examinar	os	fatos	e	a	legislação	aplicável,	dar	parecer	escrito	ao	cliente	no	sentido	de	que
efetivamente	não	fazia	jus	à	restituição	que	pleiteou,	sendo,	portanto,	procedentes	a	glosa	das	despesas	e
o	lançamento;	informar	ao	cliente,	ainda,	que	o	seu	débito	poderá	ser	pago	à	vista,	ou	ser	parcelado,
havendo	nessas	duas	hipóteses	possibilidade	de	redução	da	multa	até	o	fim	do	prazo	de	impugnação
CASO	CONCRETO	13
O	BANCO	DO	BRASIL	S/A	promove	ação	anulatória	perante	o	Município	de	Goiânia	para	obter	a
declaração	de	nulidade	de	auto	de	infração,	lavrado	pelo	não	recolhimento	do	ISSQN,	sobre	serviços
bancários	não	incluídos	na	lista	anexa	a	Lei	116/03.	Como	fundamento	de	sua	pretensão	invoca	a
impossibilidade	de	aplicação	de	analogia	para	exigir	pagamento	de	tributo	não	previsto	na	lei,	consoante
previsão	do	art.	108,	§	1º,	CTN.	O	Município	de	Goiânia,	em	sede	de	contestação,	resiste	à	pretensão
autoral	sob	a	justificativa	de	que	o	caso	é	de	aplicação	extensiva	da	lei	e	não	de	analogia.	Com	quem	está
a	razão?	Resposta	fundamentada.
R=	A	doutrina	entende	que	NÃO,	porque	fere	o	principio	da	estrita	legitimidade,	art.150,	I,CRFB/88,	porém	a
jurisprudência	Aceita	interpretação	extensiva.
4 / 164 / 16
QUESTÃO	OBJETIVA
Com	relação	à	competência	para	estabelecer	normas	gerais	de	direito	tributário,	julgue	os	seguintes	itens:
I	-	A	lei	complementar	tributária	pode	fixar	alíquotas	específicas	para	tributos	da	competência	estadual	ou
municipal.
II	-	A	lei	complementar	tributária	deve	versar	apenas	sobre	normas	gerais	tributárias,	consideradas	estas
como	normas-quadro,	versando	sobre	princípios,	diretrizes	e	balizas	normativas,	dentro	das	quais	o	ente
tributante	deverá	exercer	sua	competência	tributária,	definindo	os	elementos	essenciais	da	hipótese	de
incidência,	respeitando	o	princípio	federativo	e	seu	corolário:	a	autonomia	financeira	e	tributária	dos	entes
integrantes	da	República	Federativa	do	Brasil.
III	-	As	obrigações	acessórias	em	relação	a	tributos	de	competência	de	estados	e	municípios	podem	ser
especificadas	em	lei	complementar	tributária	federal.
IV	-	Na	hipótese	de	ser	revogada	a	lista	de	serviços	anexa	à	lei	complementar	tributária	nacional	do	ISSQN
(imposto	sobre	serviços	de	qualquer	natureza),	não	poderão	os	municípios	cobrar	o	referido	imposto	em
seus	territórios.
Estão	certos	apenas	os	itens:
(		)	a.	I	e	II;
(		)	b.	I	e	III;
(		)		c.	II	e	III;
(X)	d.	II	e		IV
CASO	14
CASO	CONCRETO
João	Manuel	saiu	de	casa	em	uma	comum	noite	de	sábado	com	a	finalidade	de	comprar	um	maço	de
cigarros	no	botequim	da	esquina.	Sua	esposa,	Maria,	estranhou	a	situação,	mas	não	questionou	a	vontade
do	marido.	O		seu	estranhamento	somente	se	manifestou	horas	mais	tarde	ao	não	ver	o		marido	retornar.
Dirigiu-se	ao	bar	e	não	o	encontrou.	Disseram-lhe,	contudo	que	ele	havia	entrado	em	um	veículo,	onde	se
podia	ver	a		figura	de	uma	loura.	Buscou	ajuda	dos	filhos	para	encontrar	João	Manuel.	Nenhum	sucesso.
Com	o	passar	dos	anos,	decidiram	pedir	a	partilha	dos	bens	e,	assim,	a	decretação	da	morte	presumida	de
João,	nos	termos	da	lei	civil.	Seguindo-se	o	rito	processual,	é	decretada	a	morte	presumida	e	realizada	a
sucessão	provisória.	Alguns	meses	após	esta	última	decisão,	João	Manuel	regressa	de	sua	longa	lua-de-
mel	com	a	loura	e	requer	a	devolução	de	seu	patrimônio	-	o	que	é	imediatamente	deferido	pelo	juízo
competente.
Indaga-se:
a)	Há	incidência	do	ITCMD	na	sucessão	provisória?
R=	Sim	é	legitima,	sumula	331	STF,	“É	legítima	a	incidência	do	imposto	de	transmissão	causa	mortis	no
inventário	por	morte	presumida”,
b)	Há	incidência	do	ITCMD	na	devolução	do	patrimônio	a	João	Manuel?
R=	Não,	mas	dependendo	do	Estado	se	houver	previsão	em	lei,	Art.118,	CTN.
QUESTÃO	OBJETIVA
Assinale	a	opção	correta	no	que	se	refere	aos	impostos	de	competência	dos	municípios:
A	(					)	Um	município	que	institui	lei	estabelecendo	alíquotas	progressivas	para	o	IPTU	em	razão	do	valor	do
imóvel	e,	também,	alíquotas	diversas	de	acordo	com	o	uso	do	imóvel,	contraria	dispositivo	constitucional
que,	tendo	como	parâmetro	o	uso	do	bem	imóvel,	veda	o	estabelecimento	de	alíquotas	diversas	para	o
IPTU.
B	(	X	)	Considere-se	um	ato	de	compra	e	venda	de	bem	imóvel	localizado	no	DF,	sendo	o	comprador
domiciliado	em	Goiânia	–	GO	e	o	vendedor,	em	Imperatriz	–	MA.		Nesse	caso,	será	devido	ao	DF	o	imposto
sobre	transmissão	inter	vivos,	a	qualquer	título,	de	bem	imóvel.
C	(					)	Compete	à	lei	ordinária	fixar	as	alíquotas	mínimas	do	ISS,	e	à	lei	complementar,	fixar	as	alíquotas
máximas.
D	(					)	Considere-se	que	certo	município	edite	lei	excluindo	o	ISS	sobre	exportações	de	sérvios	para	países
da	América	Latina.		Nesse	caso,	a	lei	municipal	contrariao	texto	constitucional,	pois	apenas	a	Constituição
Federal	pode	dispor	acerca	da	exclusão	da	incidência	do	ISS	sobre	a	exportação	de	serviços.
	CASO	15
CASO	CONCRETO
Determinado	 proprietário	 de	 veículo	 automotor	 (VECTRA-GT)	 ajuíza	 ação	 anulatória	 de
5 / 165 / 16
lançamento	do	IPVA,	tendo	como	argumentos	o	texto	do	artigo	146,	inciso	III	da	CRFB/88,	e	a
ausência	 de	 dispositivos	 no	 Código	 Tributário	 Nacional	 acerca	 do	 IPVA.	 Entende	 o
proprietário	 do	 veículo	 automotor	 que	 os	 Estados	 não	 podem	 inovar	 a	 ordem	 jurídica	 na
ausência	 de	 Lei	 Complementar	 sobre	 o	 tributo	 em	 exame,	 já	 que	 a	 tributação	 não	 teria
suporte	constitucional.
A	liminar	pleiteada	foi	indeferida.
O	Estado	do	Rio	de	Janeiro	apresenta	contestação,	defendendo	a	tributação	em	comento,	 já
que	a	ausência	da	Lei	Complementar	geral	não	impossibilita	a	cobrança	do	IPVA.
Decida	a	questão,	declinando	os	fundamentos	jurídicos	pertinentes.
R=	Se	não	 tem	 lei	 geral	 os	Estados	 tem	competência	para	 a	 cobrança	de	 IPVA,	 se
houver	permanecer	a	lei	complementar	geral,	art.24,§3º	da	CRBF/88,	art.34	do	ADCT.
QUESTÃO	OBJETIVA
Com	base	em	contrato,	 locatário	de	 imóvel	assumiu	a	responsabilidade	pelo	pagamento	dos
encargos	referentes	à	locação.	Por	mais	de	um	ano	o	administrador	indicado	pelo	proprietário
recebeu	 os	 valores	 correspondentes	 ao	 aluguel,	 quotas	 de	 condomínio	 e	 tributos,	 fazendo
pressupor	o	recolhimento	regular	dos	tributos.	Em	certo	momento,	porém,	verificou-se	que	o
IPTU	 deixou	 de	 ser	 recolhido	 ao	 fisco	 municipal.	 De	 posse	 da	 intimação	 do	 município,	 o
proprietário	exigiu	que	o	locatário	efetuasse	o	pagamento	do	imposto	em	atraso.	Nesse	caso,
o	locatário:
a)(	 	 	 )	 pode	 recusar-se	 a	 pagar	 o	 tributo,	 alegando	 que	 a	 obrigação	 de	 pagar	 compete	 ao
administrador	do	imóvel,	na	qualidade	de	responsável	por	substituição;
b)(	X	)	pode	recusar-se	a	pagar	o	tributo,	alegando	que	a	responsabilidade	pelo	pagamento
do	tributo	remanesce	com	o	proprietário,	apesar	do	contrato;
c)(	 	 	 )	está	obrigado	a	pagar	o	tributo,	tendo	em	vista	que	a	responsabilidade	assumida	por
contrato	lhe	transfere	a	responsabilidade	pelo	pagamento;
CASO	CONCRETO	1:	José	Manuel	contratou	um	contador	para	fazer	a	sua	declaração	de	imposto	de
renda.	O	contador	lhe	solicitou	todos	os	documentos	e	informações	necessários	e	conferiu	todos	os
dados,	com	base	em	possíveis	cruzamentos	de	informações.	Como	resultado	da	declaração
apresentada,	restou	apurado	o	dever	de	recolher	pouco	mais	de	três	mil	reais.	O	contador	entrega	a
José	Manuel	a	declaração	impressa	e	em	versão	digital,	acompanhada	da	guia	de	recolhimento	da
primeira	parcela,	dentro	do	prazo	legal	e	orienta	ele	a	recolher	as	demais	parcelas.	José	Manuel	recebe
e	paga	a	primeira	parcela,	mas	se	esquece	de	fazer	qualquer	pagamento	nos	meses	seguintes.
José	Manuel	se	habilita	em	um	certame	público	para	prestar	serviços	públicos	como	temporário	em
virtude	de	grande	evento	esportivo	que	ocorrerá	em	sua	cidade,	conduzido	pelas	forças	armadas.	Para
isso,	lhe	é	solicitada	a	entrega	de	certidões	que	comprovem	sua	regularidade	fiscal.	José	Manuel
solicita	este	documento	à	receita	federal	e	recebe	a	informação	de	que	em	seu	nome	consta	dívida
ativa	inscrita	pelo	não	pagamento	de	imposto	de	renda	declarado.
Insurge-se	e	entra	em	contato	com	seu	contador	que	lhe	relembra	que	deveria	pagar	as	demais
parcelas	pela	declaração	feita	recentemente,	mas	ele	reclama	pois	a	RFB	inscreveu	seu	nome	sem
sequer	lhe	notificar	antes.
Indaga-se:	1)	O	caso	concreto	trata	de	que	espécie	de	lançamento?	Resposta:	Lançamento	por
homologação,	conforme	o	artigo	158	do	CTN.
2)	A	inscrição	é	regular	ou	deveria	haver	alguma	notificação	prévia?	Resposta:	É	regular,	conforme
entendimento	da	Sumula	436	do	STF,	que	o	fisco	não	precisa	notificar	previamente.
Questão	objetiva:	A	alíquota	do	ITR,	em	1995,	era	de	1,5%;	em	1996,	de	2%;	e	em	1997,	de	1%.
Durante	o	ano	de	1997,	o	Fisco	Federal,	verificando	que	Joaquim	de	Souza	não	pagara	o	ITR	de	1995,
efetuou	o	lançamento	à	alíquota	de	2%	e	promoveu	a	notificação.	Joaquim	entende	que	a	alíquota
aplicável	é	de	1%.	Na	verdade:
(	)	a.	Joaquim	está	com	o	entendimento	correto,	pois	1%	era	a	alíquota	do	exercício	em	que	ocorreram
6 / 166 / 16
o	lançamento	e	a	notificação;
(	)	b.	o	entendimento	do	Fisco	é	correto,	pois,	no	caso,	deve	prevalecer	a	alíquota	maior;
(	)	c.	a	alíquota	aplicável	é	a	de	1%,	por	consequência	do	princípio	in	dubio	pro	reo;
(X)	d.	a	alíquota	correta	é	a	da	data	da	ocorrência	do	fato	gerador,	ou	seja,	1,5%;art.	144	do	CTN.
(	)	e.	a	alíquota	correta	é	a	de	1,5%,	por	representar	a	média	das	três	alíquotas,	em	face	do	princípio	da
razoabilidade.
CASO	CONCRETO	2:	Diante	de	ato	de	autoridade	pública	supostamente	eivado	de	ilegalidade,
CREMILDO	BULGAR	impetra	Mandado	de	Segurança	com	pedido	de	liminar	para	suspender	a
exigibilidade	do	crédito	tributário	referente	ao	imposto	de	renda,	que	monta	em	R$	20.000,00.
Deferida	a	liminar,	o	Juízo	de	Primeiro	Grau	leva	3	anos	para	julgar	o	mérito,	e,	ao	fazê-lo,	denega	a
segurança.	O	contribuinte,	então,	interpõe	Apelação,	acreditando	que,	ao	ser	recebida	no	duplo	efeito,
esta	preservará	os	efeitos	da	liminar.	A	Fazenda,	por	sua	vez,	ajuíza	a	competente	execução	fiscal	para
a	satisfação	do	seu	crédito,	que	a	esta	altura	já	alcança	R$	24.000,00,	por	estar	acrescido	de	juros	de
mora	e	devidamente	corrigido	monetariamente.	Na	execução,	o	contribuinte	alega	que	a	mesma	deve
ser	extinta	em	face	da	existência	de	mandado	de	segurança	ainda	não	transitado	em	julgado.	Pergunta-
se:
a)	Nas	condições	apresentadas,	a	Execução	Fiscal	deve	ser	extinta	sem	resolução	de	mérito?	Resposta:
Não.	A	execução	fiscal	não	deve	ser	extinta	sem	resolução	do	mérito	porque	apelação	em	mandado	de
segurança	não	é	recebida	em	duplo	efeito,	sendo	assim,	o	crédito	passa	a	ser	exigível,	podendo,
portanto,	ser	executado.	De	acordo	com	a	súmula	405,	STJ	a	apelação	não	tem	efeito	suspensivo.
b)	Quais	os	efeitos	da	sentença	denegatória	da	segurança?	Resposta:	1º	–	Poderá	ocorrer	a
exigibilidade	do	crédito;
2º	–	O	acréscimo	dos	juros	e	mora	uma	vez	que	a	denegação	da	segurança	tem	efeitos	ex-tunc.
c)	No	caso	em	tela	é	cabível	a	incidência	de	juros	e	correção	monetária?	Resposta:	Sim.	Porque	os
efeitos	da	denegatória	são	ex-tunc,	sendo	o	crédito	exigível	desde	a	data	do	lançamento	do	crédito.	A
forma	de	impedir	os	juros	seria	o	depósito	do	montante	integral.
Questão	objetiva:	O	depósito	do	montante	integral,	previsto	no	art.	151,	II	do	Código	Tributário
Nacional	é:
a)	concedido	pelo	Julgador	desde	que	o	interessado	preencha	os	requisitos	legais;
b)	condição	de	procedibilidade	para	o	processamento	da	Ação	Anulatória	de	Lançamento;
correta	⇒	c)	direito	subjetivo	da	parte	concedido	por	lei;	art.	64	da	Lei	9.430/96
d)	causa	de	suspensão	da	exigibilidade	do	crédito	tributário	desde	que,	concomitantemente	seja
deferida	liminar.
Caso	Concreto	3:	Durante	os	anos	de	1989	a	1994	o	Governo	Federal,	através	do	extinto	DAC
(Departamento	de	Aviação	Civil)	tabelou	os	preços	das	passagens	aéreas	que	as	empresas	cobrariam
dos	passageiros,	e	na	composição	daquele	preço	o	ICMS	não	foi	incluído.	Não	obstante,	os	Estados
cobravam	das	Cias	aéreas	uma	vultosa	quantia	a	título	de	ICMS.	Posteriormente,	aquele	ICMS	veio	a
ser	considerado	inconstitucional,	sendo	possível,	em	tese,	o	pedido	de	restituição.	Imediatamente	a	CIA
AÉREA	VOE	BEM	–	tempestivamente	–	pleiteou	a	restituição,	via	ação	de	repetição	de	indébito,	em
dobro,	do	ICMS	indevidamente	recolhido.	A	Fazenda	Estadual,	no	entanto,	contestou	o	pedido
alegando,	em	preliminar,	a	ilegitimidade	da	CIA	AÉREA,	por	descumprimento	do	art.	166	do	CTN,	uma
vez	que	o	ICMS	é	imposto	indireto,	no	qual	ocorre	a	transferência	do	encargo	financeiro,	bem	como
ocorreu	a	prescrição.	No	mérito,	sustenta	a	impossibilidade	de	devolução	do	valor	pago	em	dobro.
Enfrente	todos	os	argumentos	trazidos	pelas	partes	e	aborde,	com	fundamento	na	doutrina,	na
legislação	e	na	jurisprudência,	se	são	procedentesou	improcedentes	as	alegações	apresentadas.
Resposta:	Terá	direito	a	repetição	de	indébito	de	acordo	com	o	art.	166	do	CTN.	Tem	como	uma	das
exigências	que	a	companhia	não	repassou	o	valor	do	ICMS,	a	empresa	não	tem	direito	a	repetição	de
indébito	em	dobro	por	causa	do	previsto	no	art.	167,	a	prescrição	ocorre	de	acordo	com	o	art.	168,	II
do	CTN.
Questão	objetiva:	João	realizou	pagamento	a	maior	do	IPVA	relativo	ao	fato	gerador	ocorrido	em	2007.
Tendo	consultado	o	valor	do	imposto	em	relação	ao	fato	gerador	ocorrido	em	2008,	o	contribuinte
identificou	que	o	valor	pago	a	maior	em	2007	é	suficiente	para	quitar	o	tributo	devido	em	2008.	Diante
7 / 167 / 16
disso,	pretende	requerer	a	seu	Estado	a	utilização	do	excesso	pago	em	2007	para	liquidar	o	imposto	de
2008.	Considerando	que	inexiste	lei	específica	disciplinando	a	matéria	no	Estado,	marque	a	alternativa
correta:
a.	(X)	João	deverá	proceder	ao	pagamento	do	IPVA/2008	e	requerer	a	restituição	do	IPVA/2007	pago	a
maior.	Art.	170	CTN.
b.	(	)	João	poderá	compensar	o	IPVA/2007	com	o	IPVA	devido	em	2008.
c.	(	)	O	pedido	de	compensação	deverá	ficar	sobrestado	até	que	sobrevenha	lei	estadual	específica.
d.	(	)	O	pedido	de	compensação	será	indeferido	porque	o	IPVA/2007	pago	a	maior	só	pode	ser	utilizado
na	compensação	de	débitos	de	exercícios	anteriores.
Caso	Concreto	4	:	Em	10/05/2010,	a	fiscalização	estadual	lavrou	auto	de	infração	e	notificou	a	empresa
COMÉRCIO	DE	BRINQUEDOS	EDUCATIVOS	ABC	LTDA.	para	recolher	ICMS	relativo	a	fatos	geradores
ocorridos	no	período	de	01/06/2008	a	31/12/2008.	Este	tributo	deveria	ter	sido	recolhido,	conforme
legislação	estadual	até	o	dia	10	do	mês	subsequente	à	data	da	ocorrência	do	fato	gerador.	A	notificada
impugnou,	sem	sucesso,	a	autuação	e	recorreu	tempestivamente	ao	Conselho	de	Contribuintes,	em
20/06/2010.	Em	face	da	sobrecarga	de	processos	na	2a.	instância	administrativa,	o	recurso	restou
paralisado,	sem	qualquer	despacho	nem	petição	das	partes,	até	20/09/2010,	vindo	a	ser	julgado,
também	desfavoravelmente	ao	contribuinte,	em	10/10/2010.	Publicada	a	decisão	(e	o	aresto	unânime)
em	15/10/2010,	foi	a	sociedade	dela	notificada,	esgotando-se	o	prazo	para	pagar	o	débito	em
22/10/2010.
Não	advindo	pagamento	nem	pedido	de	parcelamento,	foi	o	crédito	tributário	inscrito	em	dívida	ativa,
em	22/11/2016,	vindo,	contudo,	a	execução	fiscal	a	ser	ajuizada	somente	em	29/11/2016.	Citada,	a
executada	ofereceu	bens	suficientes	à	penhora	e,	efetuada	esta,	ajuizou	embargos	à	execução,
alegando	haver	ocorrido	a	decadência	e,	ad	argumentandum,	a	prescrição.	Pergunta-se:
a)	Procede	a	alegação	de	decadência?	Se	positivo,	quando	ocorreu?	Resposta:	Não.	Pois	o	fator	gerador
foi	no	período	compreendido	entre	01/06/2008	a	31/12/2008,	sendo	o	1º	dia	do	exercício	seguinte	o
prazo	para	efetuar	o	lançamento,	o	qual,	1/1/2009.	A	contagem	da	decadência	é	de	5	anos,	logo
teremos	a	decadência	em	1/1/2014.	No	caso	em	tela	a	constituição	do	crédito,	ou	seja,	o	lançamento	do
crédito	que	ocorreu	de	ofício	foi	em	10/05/2010.	Desta	forma	não	temos	que	falar	em	decadência	pois
está	dentro	do	prazo.
b)	Procede	a	alegação	de	prescrição?	Se	positivo,	em	que	data	teria	ocorrido?	Resposta:	Sim.	Pois	o
lançamento	definitivo	ocorreu	em	15/10/2015,	que	foi	quando	foi	publicada	a	decisão	do	recurso,
ocorrendo,	então,	o	trânsito	em	julgado	em	15/10/10.	O	prazo	da	prescrição	também	é	de	5	anos,
conforme	a	inteligência	do	art.	174	do	CTN	a	prescrição	é	contada	5	anos	da	data	da	sua	constituição
definitiva	que	seguindo	corrente	majoritária,	quando	o	lançamento	não	pode	ser	revisto	na	esfera
administrativa	e	não	ocorre	impugnação	no	prazo	de	30	dias.
c)	Quais	as	causas	de	suspensão	e	as	de	interrupção	do	prazo	prescricional	da	ação	de	cobrança	do
crédito	tributário?	(Mencione	os	dispositivos	legais)	Resposta:	INTERRUPÇÃO	E	SUSPENSÃO,	A
Interrupção	vem	no	bojo	do	parágrafo	único	art.	174,	do	CTN.	Já	a	Suspensão	está	no	art.	152	do	CTN,
nos	arts.	2º,	§3º	da	Lei	6.830/80(	Lei	de	Execuções	Fiscais)	e	nos	§§	1º;2º;3º;4º;5º	do	art.	40	e	no	seu
próprio	caput	todos	da	Lei	6.830/80(	Lei	de	Execuções	Fiscais).
d)	Esgotado	o	prazo	prescricional	dessa	ação,	o	que	se	extingue?	Resposta:	O	pagamento	de	crédito
prescrito,	gera	direito	a	repetição	de	indébito,	embasada	no	art.	156,	V	do	CTN,	que	enuncia	que	a
prescrição	extingue	o	crédito	tributário.
e)	A	prescrição	pode	ser	reconhecida	de	ofício	pelo	juízo?	Resposta:	A	prescrição	pode	ser	declarada	de
ofício	,	através	do	art.	40,	§4º	da	Lei	6.830/80.
Questão	objetiva:	(FGV-2016)	Em	dezembro	de	2015,	a	pessoa	jurídica	X	efetuou	a	entrega	da
declaração	do	imposto	sobre	a	renda	pessoa	jurídica	(IRPJ),	relativo	a	fatos	geradores	ocorridos	no	mês
de	julho	de	2015,	na	qual	reconheceu	o	débito	fiscal,	na	sua	integralidade.
No	entanto,	a	pessoa	jurídica	X	não	realizou	o	pagamento	do	IRPJ,	vencido	em	dezembro	de	2015.
Sobre	a	hipótese,	é	correto	afirmar	que	a	União	Federal	deverá
A	(	)	constituir	o	crédito,	por	meio	de	lançamento,	até	julho	de	2020.
B	(X)	constituir	o	crédito,	por	meio	de	lançamento,	até	janeiro	de	2021.
C	(	)	inscrever	o	crédito	em	dívida	ativa,	até	julho	de	2020.
8 / 168 / 16
D	(	)	ajuizar	execução	fiscal,	até	julho	de	2020.
E	(	)	ajuizar	execução	fiscal,	até	dezembro	de	2020.
A	entrega	da	declaração	pela	pessoa	jurídica,	reconhecendo	o	débito	fiscal	relativo	ao	IRPJ,	constitui	o
crédito	tributário,	independentemente	de	qualquer	providência	do	fisco.	Trata-se	da	Súmula	436,	do
STJ.	Portanto,	na	referida	situação,	devem	ser	descartadas	as	alternativas	que	se	referem	à
constituição	do	crédito	tributário.
O	prazo	para	a	União	ajuizar	a	ação	de	execução	fiscal	é	contado	a	partir	da	data	da	constituição
definitiva	do	crédito	tributário.	Como	a	entrega	da	declaração	ocorreu	em	dezembro	e	o	vencimento,
também	em	dezembro,	o	termo	inicial	do	prazo	prescricional	é	dezembro	de	2015.	Consequentemente,
a	União	poderá	ajuizar	a	ação	de	execução	fiscal	até	dezembro	de	2020.
Quanto	à	inscrição	em	dívida	ativa,	ela	pode	ocorre	até	os	dias	que	antecedem	a	prescrição	do	crédito
tributário.	Não	há	restrições	nesse	sentido.
Caso	Concreto	5	:	Em	2013,	determinado	Município	concedeu	isenção	do	ISSQN,	por	10	(dez)	anos,
para	as	empresas	prestadoras	de	serviços	que	viessem	se	instalar	naquele	território,	gerando,	em	cada
uma	delas	25	(vinte	e	cinco)	empregos	diretos.
Várias	dessas	empresas,	atraídas	por	esse	incentivo	fiscal,	lá	se	instalaram.	E	no	ano	de	2016,	surgiu
uma	outra	norma	jurídica	revogando	essa	isenção	do	ISSQN.Responda:
a)	Este	caso	concreto	refere-se	a	qual	espécie	de	isenção?	Resposta:	Prazo	Certo,	Onerosa,	Subjetiva	e
Condicionada
b)	Pode	esta	isenção	ser	revogada?	Qual(is)	princípio(s)	deve(m)	ser	observado(s)?	Resposta:	De	acordo
com	o	art.	178	do	CTN,	a	lei	que	concede	isenção	pode	ser	revogada,	porém	nas	isenções	de	Prazo
Certo	e	Onerosa,	não	cabe	a	revogação,	pois	estaria	violando	o	Princípio	da	Segurança	Jurídica	e	o
princípio	constitucional	da	anualidade	(§	29	do	art.	153	da	Constituição	Federal	de	1967).
c)	É	possível	o	ajuizamento	de	alguma	ação	para	evitar	a	revogação	da	isenção	mencionada	no	caso
concreto?	Caso	positivo,	qual(is)?	Resposta:	Sim.	Mandado	de	Segurança	ou	Ação	Declaratória.	Ação
de	contestação	dos	efeitos	da	lei	com	pedido	de	liminar	de	concessão,	já	que	a	matéria	não	diz	respeito
à	expectativa	de	direitos,	mas	sim	de	direito	adquirido.	Ver	súmula	544	STF(Isenções	tributárias
concedidas,	sob	condição	onerosa,	não	podem	ser	livremente	suprimidas).
Questão	objetiva:	O	Tribunal	de	Contas
(X)	a.	auxilia	o	Legislativo	na	fiscalização	da	aplicação	de	subvenções	e	na	apreciação	de	renúncia	de
receitas.
(	)	b.	é	subordinado	ao	Poder	Legislativo,	ao	qual	auxilia	no	exercício	do	Controle	Externo.
(	)	c.	integra	o	Poder	Legislativo,	por	força	de	disposição	constitucional.
(	)	d.	não	integra	nenhum	dos	Poderes,	condição	assegurada	por	cláusula	pétrea	constitucional.
(	)	e.	tem	a	titularidade	do	exercício	do	controle	externo	e	suas	decisões	de	que	resultem	multa	ou
imputação	de	débito	tem	a	natureza	de	títuloexecutivo.
Caso	Concreto	6	:	Em	dificuldade	para	saldar	seus	débitos,	inclusive	tributários,	a	sociedade	comercial
Irmãos	Tavares	&	Cia.	Ltda.,	decidiu	cerrar	suas	portas	sumariamente,	deixando	de	dar	baixa	regular
em	seus	registros	e	obrigações	comerciais	e	fiscais.	Tomando	conhecimento	do	fato,	fiscais	da	Receita
Federal	verificaram	não	ter	sido	recolhido	o	Imposto	de	Renda	dos	dois	últimos	exercícios,	tendo	em
consequência	procedido	ao	lançamento.	Notificada	regularmente	a	empresa,	na	pessoa	de	seu	sócio-
gerente,	deixou	de	defender-se	administrativamente,	correndo	o	processo	administrativo-fiscal	à
revelia	e	culminando	com	a	inscrição	do	crédito	tributário	em	dívida	ativa	e	imediato	ajuizamento	da
execução	fiscal.	Alertado	por	seu	antigo	contador,	o	sócio-gerente	aliena	vários	bens	sociais.	Pergunta-
se:
a)	São	válidos	esses	atos	de	alienação?	Em	que	circunstâncias?	Resposta:	No	que	tange	à	letra	a,	a
resposta	deverá	fundar-se	no	art.	185	e	seu	parágrafo	do	CTN,	que	estabelece	a	presunção	de	fraude	à
execução	dos	atos	de	alienação	e	oneração	de	bens	do	sujeito	passivo	da	obrigação	tributária,
praticados	após	a	inscrição	do	respectivo	crédito	em	dívida	ativa,	salvo	se	remanescerem	bens	ou
rendas	suficientes	para	garantir	a	execução	fiscal.	Assim,	os	atos	do	sócio-gerente	alienando	bens
sociais	são	nulos	de	pleno	direito,	a	não	ser	que	haja	reservado	outros	bens	sociais	bastantes	para
assegurar	a	execução.
9 / 169 / 16
b)	Pode	a	Fazenda	Pública	requerer	a	falência	da	sociedade?	Resposta:	O	entendimento	do	STJ	é	no
sentido	de	que	a	Fazenda	Pública	NÃO	tem	legitimidade	para	requerer	a	falência	de	uma	empresa	com
débitos	tributários,	já	que	a	Fazenda	Pública	detém	um	regime	especial	de	cobrança	regulado	pela	Lei
n.	6.830/80	–	a	execução	fiscal.
Além	disso,	é	sabido	que	o	crédito	tributário	não	se	sujeita	ao	juízo	da	falência	(art.	187,	do	CTN),	tanto
que	a	execução	fiscal	sequer	é	suspensa	em	razão	da	falência	(art.	6º,	§	7º,	da	LEF).	Por	esta	razão,
entende-se	que	não	cabe	o	pedido	de	falência	feito	pela	Fazenda	Pública.	De	resto,	este	é	o	teor	do
Enunciado	56	da	Jornada	de	Direito	Comercial:	A	Fazenda	Pública	não	possui	legitimidade	ou	interesse
de	agir	para	requerer	a	falência	de	devedor	tributário.
c)	É	possível	ao	fisco	determinar	à	instituição	bancária	que	lhe	forneça	os	dados	das	movimentações	da
sociedade	e	do	sócio	gerente	para	buscar	identificar	as	irregularidades,	independente	de	autorização
judicial?	Resposta:	Sim.	É	possível	ao	fisco	determinar	à	instituição	bancária	que	lhe	forneça	os	dados
das	movimentações	da	sociedade	e	do	sócio	gerente	para	buscar	identificar	as	irregularidades,
independente	de	autorização	judicial	pois	o	STF	decidiu	no	sentido	de	que	a	autoridade	fiscal	não	se
submete	a	reserva	de	jurisdição	do	§	4	do	art.	5º	da	lei	complementar	105/2001.
Questão	objetiva	:	Em	processo	de	falência,	a	ordem	de	preferência	do	crédito	tributário	constituído
antes	da	decretação	da	falência	de	determinado	contribuinte	que	deve	também	créditos	trabalhistas
anteriores	à	quebra,	equivalentes	a	vinte	mil	reais;	créditos	trabalhistas	anteriores	à	quebra,	cedidos	a
terceiros,	equivalentes	a	quinze	mil	reais;	crédito	garantido	com	hipoteca	até	o	limite	do	valor	do	bem
gravado;	remuneração	devida	ao	administrador	judicial	equivalente	a	cinco	mil	reais,	corresponderá	ao
A	(	)	primeiro	pagamento.
B	(	)	segundo	pagamento.
C	(	)	terceiro	pagamento.
D	(X)	quarto	pagamento.
E	(	)	quinto	pagamento.
Caso	Concreto	7	:	João	Guimarães	é	sócio	da	empresa	Imobiliária	Irmãos	Guimarães	Ltda.	e	recebe
uma	citação	em	execução	fiscal	em	razão	de	ser	sócio	gerente	desta.	O	fiscal	pediu	o	redirecionamento
da	execução	fiscal	por	haver	identificado	que	o	que	levou	ao	não	pagamento	do	tributo	foi	escrituração
fiscal	irregular	atribuída	ao	sócio	gerente,	responsável	por	este	ato	de	gestão.	João,	depois	de
garantido	o	juízo,	oferece	embargos	alegando	a	indispensabilidade	de	incidente	de	desconsideração	da
personalidade	jurídica	para	redirecionamento	da	execução	fiscal	com	fulcro	no	art.	135	do	CTN.	É
necessário	o	incidente	de	desconsideração	da	personalidade	jurídica?	Resposta:	O	encontro	nacional
dos	juízes	de	Fazenda	Pública	entenderam	que	não.	Não	se	aplica	o	incidente	de	desconsideração	do
art.	135	do	CTN.	Neste	caso	estamos	diante	de	uma	responsabilidade	de	terceiros	a	responsabilidade
não	é	originariamente	da	sociedade	e	do	sócio.	Embora	o	caso	seja	controverso	e	deve	ser	considerado
o	Enunciado	53	da	Escola	de	Formação	e	Aperfeiçoamento	de	Magistrados.
Questão	objetiva:	Determinado	contribuinte,	devedor	de	tributo,	obtém	parcelamento	e	vem	efetuado	o
pagamento	conforme	deferido.	Apesar	disso,	sofre	processo	de	execução	fiscal	para	a	cobrança	do
referido	tributo.	Nos	embargos	de	devedor,	o	executado	poderá	alegar:
(	)	a.	a	carência	da	execução	fiscal,	em	face	da	novação	da	dívida,	que	teria	perdido	a	natureza
tributária	pelo	parcelamento.
(	)	b.	a	improcedência	da	execução	fiscal,	por	iliquidez	do	título	exequendo,	em	face	de	parte	da	dívida
já	estar	paga.
(	)	c.	o	reconhecimento	do	direito	apenas	parcial	à	execução	fiscal,	por	parte	do	Fisco,	em	face	da
existência	de	saldo	devedor	do	parcelamento.
(X)	d.	a	carência	da	execução	fiscal,	em	face	da	suspensão	da	exigibilidade	do	crédito	tributário.
O	parcelamento	tributário	é	previsto	no	art.	151,	VI	do	CTN	como	causa	de	suspensão	do	crédito
tributário.	Na	verdade,	diante	de	qualquer	uma	das	hipóteses	expressas	nesse	citado	preceito,	o	que	se
suspenderá	será	a	cobrança	do	crédito	tributário,	e	não	o	próprio	crédito.
Enfim,	se	determinado	contribuinte	é	devedor	de	tributo,	porém,	obtém	seu	parcelamento	e	vem
efetuando	o	pagamento	conforme	deferido,	não	há	base	legal	para	que	o	sujeito	ativo	intente	qualquer
medida	de	cobrança,	mormente	ação	de	execução	fiscal.
10 / 1610 / 16
CASO	CONCRETO	8	:	Irmãos	Souza	&	Cia.	Ltda.,	grande	atacadista	de	gêneros	alimentícios,	foi
autuada	em	novembro/2008	pela	fiscalização	do	ICMS,	por	recolhimentos	insuficientes	do	imposto
durante	os	anos	de	2005	e	2006,	tendo	o	auto	de	infração	totalizado	créditos	tributários	(principal,
multas,	juros	e	atualização	monetária)	no	valor	de	R$	5	milhões.	Impugnado	tempestivamente,	o
lançamento	veio	a	ser	mantido,	em	fevereiro/2009,	pela	Junta	de	Revisão	Fiscal.	Dessa	decisão,	recorre
voluntariamente	a	empresa	para	o	Conselho	de	Contribuintes,	deixando	contudo	de	efetuar	depósito	de
30%	da	quantia	em	discussão,	bem	assim	de,	alternativamente,	oferecer	fiança	bancária,	conforme
prevê	a	legislação	de	regência,	para	“garantia	de	instância”.
O	processo	administrativo	fiscal	é	encaminhado	ao	Presidente	do	Conselho	de	Contribuintes,	que
detém	o	juízo	preliminar	de	admissibilidade	do	recurso;	que	se	vier	a	ser	admitido,	será	distribuído	a
uma	das	Câmaras,	a	qual	poderá	rever	a	decisão	vestibular	de	admissibilidade.
Como	deve	o	Presidente	do	Conselho	de	contribuintes	proceder?	Deve	exigir	o	mencionado	depósito
prévio	administrativo?	Responda	de	acordo	com	o	entendimento	atual	do	Supremo	Tribunal	Federal.
Resposta:	O	presidente	do	conselho	de	contribuintes	deve	admitir	o	recurso	e	remeter	a	uma	das
câmaras	para	julgamento.	É	ilegítima	a	exigência	de	depósito	ou	arrolamento	como	condição	para
recorrer.	Tal	exigência	é	amparada	pela	a	Sumula	21	do	STF	que	É	inconstitucional	a	exigência	de
depósito	ou	arrolamento	prévios	de	dinheiro	ou	bens	para	admissibilidade	de	recurso	administrativo.
Na	ADI	1976	de	relatoria	do	então	Ministro	Joaquim	Barbosa,	que	entendeu	que	a	exigência	constitui
obstáculo	sério	(e	intransponível	para	consideráveis	parcelas	da	população)	ao	exercício	do	direito	de
petição,	além	de	caracterizar	ofensa	ao	princípio	do	contraditório,	ambos	previstos	na	CF.	Ademais,	a
exigência	converte-se,	na	prática,	em	suspensão	do	direito	de	recorrer,	constituindo	nítida	violação	ao
princípio	da	proporcionalidade.
QUESTÃO	OBJETIVA:	Pessoa	física,	contribuinte	do	Imposto	sobre	a	Renda,	apresenta	sua	declaração
anual	de	ajuste,	entendendo	fazer	jus	à	restituição	de	R$	10.000,00.	Processada	a	declaraçãopela
Secretaria	da	Receita	Federal	durante	quase	três	anos,	é	finalmente	intimado	o	contribuinte,	por	via
postal,	de	que	suas	deduções	foram	glosadas,	ocasionando	a	expedição	de	notificação	de	lançamento
do	imposto	pela	autoridade	administrativa,	com	penalidades	e	acréscimos	legais,	por	entender	o	Fisco
que	as	despesas	eram	indedutíveis,	sendo,	consequentemente,	indeferida	sua	restituição.	O
contribuinte,	dois	dias	depois	de	haver	recebido	a	intimação	pelo	Correio,	busca	assistência
profissional	de	um	advogado.	Indique	a	providência	INCORRETA	e	que	não	seria	tomada	pelo
advogado:
(	)	a.	Aguardar	a	inscrição	do	crédito	tributário	em	dívida	da	União	e	o	ajuizamento	da	execução	para,
garantido	o	Juízo,	opor	embargos	de	devedor
(	)	b.	Solicitar	à	autoridade	administrativa	que	calcule	o	alegado	débito	do	cliente.	Em	sequência,
propor	ação	anulatória	do	ato	declarativo	da	dívida	precedida	do	depósito	do	montante	integral	do
alegado	crédito	da	Fazenda	Pública,	com	penalidades,	acréscimos	legais	e	demais	encargos,	tal	como
calculados	pela	autoridade	administrativa,	a	fim	de	elidir	sua	inscrição	em	Dívida	Ativa	da	União	e	o
ajuizamento	da	execução	fiscal,	ficando	a	exigibilidade	do	crédito	tributário	suspensa	pelo	depósito
(	X	)	c.	Impugnar	a	exigência	representada	pela	notificação	de	lançamento,	60	(sessenta)	dias	depois	da
data	em	que	tiver	sido	feita	a	intimação	da	exigência	ao	cliente,	isto	é,	da	data	de	recebimento,	pelo
cliente,	da	intimação	por	via	postal	ART.	15,	Decreto	Federal	n.º	70.235/72
(	)	d.	Depois	de	examinar	os	fatos	e	a	legislação	aplicável,	dar	parecer	escrito	ao	cliente	no	sentido	de
que	efetivamente	não	fazia	jus	à	restituição	que	pleiteou,	sendo,	portanto,	procedentes	a	glosa	das
despesas	e	o	lançamento;	informar	ao	cliente,	ainda,	que	o	seu	débito	poderá	ser	pago	à	vista,	ou	ser
parcelado,	havendo	nessas	duas	hipóteses	possibilidade	de	redução	da	multa	até	o	fim	do	prazo	de
impugnação
CASO	CONCRETO	9	:	Em	março	de	2014,	o	Estado	A	instituiu,	por	meio	de	decreto,	taxa	de	serviço	de
segurança	devida	pelas	pessoas	jurídicas	com	sede	naquele	Estado,	com	base	de	cálculo
correspondente	a	3%	(três	por	cento)	do	seu	faturamento	líquido	mensal.	A	taxa,	devida
trimestralmente	por	seus	sujeitos	passivos,	foi	criada	com	o	objetivo	de	remunerar	o	serviço	de
segurança	pública	prestado	na	região.	A	taxa	passou	a	ser	exigível	a	partir	da	data	da	publicação	do
decreto	que	a	instituiu.
Dez	dias	após	a	publicação	do	decreto	(antes,	portanto,	da	data	de	recolhimento	da	taxa),	a	pessoa
11 / 1611 / 16
jurídica	PJ	Ltda.	decide	impugnar	o	novo	tributo,	desde	que	sem	o	risco	de	suportar	os	custos	de
honorários	advocatícios	na	eventualidade	de	insucesso	na	demanda,	tendo	em	vista	que	pretende
participar	de	processo	licitatório	em	data	próxima,	para	o	qual	é	indispensável	a	apresentação	de
certidão	de	regularidade	fiscal,	a	qual	será	obstada	caso	a	pessoa	jurídica	deixe	de	pagar	o	tributo	sem
o	amparo	de	uma	medida	judicial.
Considerando	a	situação	econômica	do	contribuinte,	indique	a	medida	judicial	adequada	para	a
impugnação	do	novo	tributo	e	a	garantia	da	certidão	de	regularidade	fiscal	necessária	à	sua
participação	na	licitação,	considerando	a	desnecessidade	de	dilação	probatória	e	indicando	todos	os
fundamentos	jurídicos	aplicáveis	ao	caso.	Resposta:	A	peça	apropriada	é	o	Mandado	de	Segurança,
uma	vez	que	se	trata	de	direito	líquido	e	certo	e	a	medida	não	comporta	condenação	em	honorários
advocatícios	(Súmula	512	do	STF,	Súmula	105,	do	STJ,	e	Art.	25,	de	Lei	nº	12.016/2009).	Deve	ser
apresentado	pedido	de	liminar	para	assegurar	que	o	novo	tributo	não	poderá	impedir	o	impetrante	de
obter	a	certidão	de	regularidade	fiscal	da	pessoa	jurídica.	Para	tanto	devem	ser	demonstradas	a
presença	dos	requisitos	essenciais	à	liminar,	quais	sejam	o	fumus	boni	iuris	(plausibilidade	do	direito
alegado)	e	o	periculum	in	mora	(risco	na	demora	da	prestação	jurisdicional,	em	decorrência	da
proximidade	da	licitação).
Quanto	ao	mérito,	deve	ser	alegada	a	inconstitucionalidade	da	taxa	em	razão	da	violação	do	princípio
da	legalidade	(Art.	150,	I,	da	Constituição)	e	ao	princípio	da	anterioridade	(tanto	a	anterioridade	do
exercício	financeiro	quanto	a	anterioridade	nonagesimal	–	Art.	150,	III,	b	e	c,	da	CF).	Também	deve	ser
apontada	a	inconstitucionalidade	do	fato	gerador	da	taxa	não	corresponder	a	serviço	público	específico
e	divisível,	uma	vez	que	o	serviço	de	segurança	pública	possui	caráter	geral	e	indivisível	(Art.	145,	II,
da	Constituição).	Vale	destacar,	ainda,	que	a	taxa	é	um	tributo	contraprestacional/vinculado	e	a	base	de
cálculo	instituída	pelo	decreto	não	reflete	o	custo	despendido	pelo	Estado	para	a	prestação	da
atividade
Questão	objetiva	:	O	Tribunal	de	Contas
(	)	a.	auxilia	o	Legislativo	na	fiscalização	da	aplicação	de	subvenções	e	na	apreciação	de	renúncia	de
receitas.
(	)	b.	é	subordinado	ao	Poder	Legislativo,	ao	qual	auxilia	no	exercício	do	Controle	Externo.
(	)	c.	integra	o	Poder	Legislativo,	por	força	de	disposição	constitucional.
(	)	d.	não	integra	nenhum	dos	Poderes,	condição	assegurada	por	cláusula	pétrea	constitucional.
(	)e.	tem	a	titularidade	do	exercício	do	controle	externo	e	suas	decisões	de	que	resultem	multa	ou
imputação	de	débito	tem	a	natureza	de	título	executivo
CASO	CONCRETO	10	:	A	União,	por	não	ter	recursos	suficientes	para	cobrir	despesas	referentes	a
investimento	público	urgente	e	de	relevante	interesse	nacional,	instituiu,	por	meio	da	Lei	Ordinária	nº
1.234,	empréstimo	compulsório.	O	fato	gerador	do	citado	empréstimo	compulsório	é	a	propriedade	de
imóveis	rurais	e	o	tributo	somente	será	devido	de	maio	a	dezembro	de	2014.
Caio,	proprietário	de	imóvel	rural	situado	no	Estado	X,	após	receber	a	notificação	do	lançamento	do
crédito	tributário	referente	ao	empréstimo	compulsório	dos	meses	de	maio	a	dezembro	de	2014,	realiza
o	pagamento	do	tributo	cobrado.Posteriormente,	tendo	em	vista	notícias	veiculadas	a	respeito	da
possibilidade	desse	pagamento	ter	sido	indevido,	Caio	decide	procurá-lo(a)	com	o	objetivo	de	obter	a
restituição	dos	valores	pagos	indevidamente.	Resposta:	Para	que	restitua	os	valores	pagos
indevidamente,	o	advogado	que	o	representar	deverá	elaborar	a	petição	inicial	de	uma	Ação
objetivando	a	Repetição	de	Indébito,	uma	vez	que	se	pretende	a	restituição	do	empréstimo	compulsório
pago	indevidamente.	A	ação	declaratória	não	satisfaz	o	interesse	do	cliente,	visto	que	o	objetivo	não	é
evitar	o	lançamento	do	crédito	tributário.	Na	hipótese,	não	há	mais	lançamento	a	ser	realizado,	visto
que	o	tributo	só	seria	devido	pelo	período	de	maio	a	dezembro	de	2014.	Tampouco	é	cabível	a	ação
anulatória,	visto	que	não	há	lançamento	a	ser	anulado.	A	ação	de	repetição	de	indébito	deverá	ser
endereçada	à	Vara	Federal	da	Seção	Judiciária	do	Estado	X.	O	autor	da	ação	é	Caio	e	a	ré,	a	União.	No
mérito,	deverá	demonstrar	que	o	empréstimo	compulsório	é	inconstitucional,	uma	vez	que	este	tributo
deve	ser	instituído	por	lei	complementar,	conforme	o	Art.	148,	caput,	da	CRFB/88,	e	não	por	lei
ordinária	como	na	hipótese	do	enunciado.
Ademais,	o	advogado	deverá	indicar	a	violação	ao	princípio	da	anterioridade,	uma	vez	que	o
empréstimo	compulsório	referente	a	investimento	público	de	caráter	urgente	e	de	relevante	interesse
nacional	somente	pode	ser	cobrado	no	exercício	financeiro	seguinte	ao	da	publicação	da	lei,	em	2015,
conforme	o	Art.	148,	inc.	II	c/c	o	Art.	150,	inc.	III,	alínea	b,	ambos	da	CRFB/88.
QUESTÃO	OBJETIVA:	Um	contribuinte	do	Município,	inconformado	com	a	imposição	de	um	auto	de
infração	do	ISS,	decide	discutir	em	juízo	a	incidência	ou	não	do	tributo,	ingressa	com	a	ação	judicial
que	considera	oportuna	e	efetua	o	depósito	integral	e	em	dinheiro	do	valor	do	crédito	tributário	em
discussão.	Nesse	caso:
A	(	)	o	depósito	judicial	é	condição	inafastável	para	o	regular	processamento	da	ação;
B	(	)	com	a	decisão	definitiva	do	processo	contrária	ao	contribuinte,	a	quantia	depositada	deverá	ser
convertida	em	renda	da	Fazenda,	suspendendo	a	exigibilidade	do	crédito	tributário;
C	(	)	o	depósito	da	quantiaquestionada,	integral	ou	parcial,	suspende	a	exigibilidade	do	crédito
tributário;
12 / 1612 / 16
D	(X)	com	a	decisão	definitiva	do	processo	contrária	ao	contribuinte,	a	quantia	depositada	deverá	ser
convertida	em	renda	da	Fazenda,	extinguindo	o	crédito	tributário;
E	(	)	o	depósito	judicial	é	desnecessário,	pois	o	mero	ajuizamento	da	ação	suspende	a	exigibilidade	do
crédito	tributário.
CASO	CONCRETO	11	:	O	governo	federal,	com	o	objetivo	de	proteger	a	indústria	nacional	fabricante
de	aço,	publicou,	em	15	de	fevereiro	do	ano	de	2015,	um	decreto	que	aumentava	de	15%	para	20%	a
alíquota	do	imposto	sobre	a	importação	de	produtos	siderúrgicos,	atendidas	as	condições	e	os	limites
estabelecidos	em	lei	formal.	O	decreto	previu	que	o	aumento	já	valeria	para	aquele	mesmo	exercício
financeiro.	Face	a	essas	alterações	a	Importadora	Siderúrgica	Ltda.	havia	adquirido	em	janeiro	de	2015
alguns	produtos	siderúrgicos	de	uma	indústria	chinesa.	Os	produtos	tiveram	seu	registro	de
importação	realizado	em	14	de	fevereiro	de	2015	e	ingressaram	no	território	nacional	em	20	de
fevereiro	do	mesmo	ano,	tendo	sido	desembaraçados	no	dia	25	de	fevereiro.	Considerando	a	hipótese
acima,	responda	aos	itens	a	seguir.
A)	A	majoração	da	alíquota	do	imposto	de	importação	poderia	se	dar	por	meio	de	um	ato	do	Poder
Executivo?	Resposta:	Sim.	O	Imposto	de	Importação	é	exceção	ao	princípio	da	legalidade,	ou	seja,	sua
alíquota	pode	ser	majorada	por	meio	de	ato	do	Poder	Executivo,	desde	que	atendidas	às	condições	e
aos	limites	estabelecidos	em	lei,	conforme	dispõe	o	Art.	153,	§1º,	da	CRFB/88.
B)	O	governo	federal	agiu	legalmente	ao	exigir	a	alíquota	majorada	do	imposto	de	importação	no
mesmo	exercício	financeiro?	Resposta:	Sim.	Por	ser	um	imposto	que	tem	como	função	regular	o
mercado,	o	Imposto	de	Importação	é	exceção	ao	princípio	da	anterioridade,	podendo	ser	alterado	e
cobrado	ao	tempo	conveniente,	conforme	o	Art.	150,	§	1º,	da	CRFB/88.
C)	Neste	caso	concreto,	qual	seria	a	alíquota	aplicável?	Indique	sempre	todos	os	fundamentos.
Resposta:
Questão	objetiva	:	Sobre	o	Imposto	de	Importação,	é	incorreto	afirmar	que:
A	(	)	o	imposto	não	incide	sobre	mercadoria	estrangeira	em	trânsito	aduaneiro	de	passagem,
acidentalmente	destruída.
B	(	)	para	efeito	de	cálculo	do	imposto,	considera-	se	ocorrido	o	fato	gerador	na	data	do	registro	da
declaração	de	importação	de	mercadoria	submetida	a	despacho	para	consumo.
C	(	)	para	efeito	de	cálculo	do	imposto,	considera-se	ocorrido	o	fato	gerador	na	data	do	registro	da
declaração	de	importação,	inclusive	no	caso	de	despacho	para	consumo	de	mercadoria	sob	regime
suspensivo	de	tributação	e	de	mercadoria	contida	em	remessa	postal	internacional	ou	conduzida	por
viajante,	sujeita	ao	regime	de	importação	comum.
D	(	)	são	contribuintes	do	imposto	o	importador,	assim	considerada	qualquer	pessoa	que	promova	a
entrada	de	mercadoria	estrangeira	no	Território	Nacional,	o	destinatário	de	remessa	postal
internacional	indicado	pelo	respectivo	remetente	e	o	adquirente	de	mercadoria	entrepostada.
E	(X)	o	representante,	no	País,	do	transportador	estrangeiro	é	responsável	subsidiário	pelo	imposto.
CASO	CONCRETO	13	:	O	BANCO	DO	BRASIL	S/A	promove	ação	anulatória	perante	o	Município	de
Goiânia	para	obter	a	declaração	de	nulidade	de	auto	de	infração,	lavrado	pelo	não	recolhimento	do
ISSQN,	sobre	serviços	bancários	não	incluídos	na	lista	anexa	a	Lei	116/03.	Como	fundamento	de	sua
pretensão	invoca	a	impossibilidade	de	aplicação	de	analogia	para	exigir	pagamento	de	tributo	não
previsto	na	lei,	consoante	previsão	do	art.	108,	§	1º,	CTN.	O	Município	de	Goiânia,	em	sede	de
contestação,	resiste	à	pretensão	autoral	sob	a	justificativa	de	que	o	caso	é	de	aplicação	extensiva	da	lei
e	não	de	analogia.	Com	quem	está	a	razão?	Resposta	fundamentada	:	A	razão	está	com	o	Banco	do
Brasil,	haja	vista	que	no	art.	150,	I,	da	CF/88	consagra	expressamente,	o	princípio	da	Legalidade,
vedando	aos	municípios	exigir	impostos	sem	que	a	lei	o	estabeleça,	portanto	não	prospera	o
recolhimento	de	ISSQN	pelo	o	município	de	Goiânia,	pois	se	na	lista	anexa	a	Lei	116/03	não	prevê
expressamente	o	recolhimento,	em	consequência	o	município	é	vedado	constitucionalmente	de	fazê-lo.
Além	do	mais	o	Banco	do	Brasil	em	seu	favor	invoca	o	art.	108,	§	1º,	CTN,	onde	aduz	que	o	emprego	da
analogia	não	poderá	resultar	na	exigência	de	tributo	não	previsto	em	lei.	Portanto	no	próprio	parágrafo
primeiro	do	art.	108,	encontra-se	um	choque,	em	que	a	analogia,	não	se	pode	exigir	tributo,	deixando
claro	que	é	em	decorrência	do	princípio	basilar	do	direito	tributário	(o	da	legalidade).	Este	limite	na
prevalência	do	princípio	em	relação	à	analogia	deverá	ocorrer	sempre	quando	houver	esta	antinomia.
QUESTÃO	OBJETIVA	:	Com	relação	à	competência	para	estabelecer	normas	gerais	de	direito	tributário,
julgue	os	seguintes	itens:
I	–	A	lei	complementar	tributária	pode	fixar	alíquotas	específicas	para	tributos	da	competência	estadual
ou	municipal.
II	–	A	lei	complementar	tributária	deve	versar	apenas	sobre	normas	gerais	tributárias,	consideradas
estas	como	normas-quadro,	versando	sobre	princípios,	diretrizes	e	balizas	normativas,	dentro	das	quais
o	ente	tributante	deverá	exercer	sua	competência	tributária,	definindo	os	elementos	essenciais	da
hipótese	de	incidência,	respeitando	o	princípio	federativo	e	seu	corolário:	a	autonomia	financeira	e
tributária	dos	entes	integrantes	da	República	Federativa	do	Brasil.
III	–	As	obrigações	acessórias	em	relação	a	tributos	de	competência	de	estados	e	municípios	podem	ser
especificadas	em	lei	complementar	tributária	federal.
13 / 1613 / 16
IV	–	Na	hipótese	de	ser	revogada	a	lista	de	serviços	anexa	à	lei	complementar	tributária	nacional	do
ISSQN	(imposto	sobre	serviços	de	qualquer	natureza),	não	poderão	os	municípios	cobrar	o	referido
imposto	em	seus	territórios.
Estão	certos	apenas	os	itens:	(	)	a.	I	e	II;	(	)	b.	I	e	III;	(	)	c.	II	e	III;	(	X	)	d.	II	e	IV
CASO	CONCRETO	14	:	Agenor	é	motorista	de	táxi	e	teve	seu	veículo	abalroado	por	ônibus	da
Companhia	Rio	de	Lata	que	avançou	o	sinal	vermelho	após	o	horário	das	22h	acreditando	que	tal
conduta,	por	não	ser	infração	de	trânsito,	o	legitimava	a	sequer	verificar	se	outro	veículo	vinha	na
outra	via.	Havia	câmera	de	uma	relojoaria	gravando	a	rua	no	momento	–	o	que	foi	utilizado	como	prova
em	ação	indenizatória	promovida	por	Agenor.	Havia	também	muitas	pessoas	na	frente	de	um	bar
movimentado	que	imediatamente	prestaram	socorro	a	Agenor	e	exigiram	que	o	motorista	o	fizesse	–	o
que	não	ocorreu.	Agenor,	surpreendentemente	ficou	ileso,	mas	terrivelmente	assustado,	em	pânico.	Na
demanda	indenizatória	ele	foi	vencedor	recebendo	indenização	no	valor	de	seu	veículo	–	em	virtude	de
perda	total	deste;	lucros	cessantes	–	em	virtude	dos	dias	em	que	esteve	sem	trabalhar	pela	falta	do
veículo;	e	dano	moral	–	em	virtude	do	reconhecido	sofrimento	causado	pelo	drástico	acidente.
A	Companhia	Rio	da	Lata	apresentou	cálculos	para	depósito	da	indenização	total	fazendo	incidir
imposto	de	renda	sobre	o	valor	total	e	manifestando-se	pelo	seu	dever	de	fazer	o	recolhimento,	por
determinação	legal.
Neste	caso	concreto,	responda	às	seguintes	perguntas:
a)	possui	a	Companhia	o	dever	de	recolher	o	imposto?	Resposta:	Não.	Os	rendimentos	pagos	em
cumprimento	de	decisão	judicial	estão	sujeitos	ao	imposto	sobre	a	renda	na	fonte	mediante	aplicação
da	tabela	progressiva	mensal.	A	retenção,	de	responsabilidade	da	pessoa	física	ou	jurídica	obrigada	ao
pagamento,	dar-se-á	no	momento	em	que,	por	qualquer	forma,	os	rendimentos	se	tornem	disponíveis
ao	beneficiário.
Os	rendimentos	pagos	em	cumprimento	de	decisão	judicial	estão	sujeitos	ao	imposto	sobre	a	renda	na
fonte	mediante	aplicação	da	tabela	progressiva	mensal.	A	retenção,	de	responsabilidade	da	pessoa
física	ou	jurídica	obrigada	ao	pagamento,	dar-se-á	no	momento	em	que,	por	qualquer	forma,	os
rendimentos	se	tornem	disponíveis	ao	beneficiário.
Fica	dispensada	a	soma	dos	rendimentos	pagos	no	mês,	para	aplicação	da	alíquota	correspondente,	nos
casos	de:	I	–	juros	e	indenizações	por	lucros	cessantes;e
II	–	honorários	advocatícios	e	remuneração	pela	prestação	de	serviços	no	curso	do	processo	judicial,
tais	como:	serviços	de	engenharia,	médico,	contador,	perito,	assistente	técnico,	avaliador,	leiloeiro,
síndico,	testamenteiro,	liquidante.
Cabe	à	fonte	pagadora	(Banco	do	Brasil,	no	caso),	no	prazo	de	15	(quinze)	dias	da	data	da	retenção	de
que	trata	o	caput	do	art.	46	da	Lei	nº	8.541,	de	23	de	dezembro	de	1992,	comprovar,	nos	respectivos
autos,	o	recolhimento	do	imposto	sobre	a	renda	na	fonte	incidente	sobre	os	rendimentos	pagos	em
cumprimento	de	decisão	da	Justiça	do	Trabalho	(Lei	nº	10.833,	art.	28).
b)	incide	imposto	de	renda	sobre	todas	estas	verbas?	Resposta:	–	Na	demanda	indenizatória	ele	foi
vencedor	recebendo	indenização	no	valor	de	seu	veículo	–	em	virtude	de	perda	total	deste;	(DANOS
EMERGENTES):	NÃO	incide	Imposto	de	Renda.	O	STJ	considera	que	os	valores	pagos	com	despesas
médicas,	tratamentos,	cirurgia	etc,	caracterizam-se	como	danos	emergentes.	Logo,	sobre	eles	não
incide	Imposto	de	Renda,	já	que	o	lesado,	ao	receber	essa	a	indenização	no	valor	do	seu	carro,	não	teve
acréscimo	patrimonial.	Ele	apenas	foi	ressarcido,	ou	seja,	recebeu	de	volta	aquilo	que	pagou	para
comprar	o	carro.
–	Lucros	cessantes	–	em	virtude	dos	dias	em	que	esteve	sem	trabalhar	pela	falta	do	veículo;	INCIDE
imposto	de	renda.	Os	valores	recebidos	pelo	lesado	a	título	de	pensionamento	por	ter	ficado	com	a
capacidade	laborativa	reduzida	(art.	950,	parágrafo	único,	do	CC)	devem	ser	considerados	como	lucros
cessantes.
A	verba	de	que	trata	o	art.	950	do	CC	consiste	em	uma	indenização	pelo	fato	de	a	pessoa	ter	ficado
com	menores	condições	de	trabalhar,	o	que	fará	com	que	tenha,	em	tese,	menores	oportunidades	de
lucrar.	O	indivíduo	é	indenizado	porque	houve	uma	diminuição	de	sua	capacidade	de	obter	ganhos
(lucros).
Segundo	a	jurisprudência	do	STJ,	as	quantias	recebidas	a	título	de	lucros	cessantes	estão	sujeitas	ao
pagamento	de	imposto	de	renda,	já	que	constituem	verdadeiro	acréscimo	patrimonial.
Dano	moral	–	em	virtude	do	reconhecido	sofrimento	causado	pelo	drástico	acidente.	NÃO	incide
Imposto	de	Renda.
Súmula	498-STJ:	Não	incide	Imposto	de	Renda	sobre	a	indenização	por	danos	morais.
O	fato	gerador	do	IR	é	a	aquisição	de	disponibilidade	econômica	ou	jurídica	decorrente	de	acréscimo
patrimonial	(art.	43	do	CTN).	O	STJ	entende	que	as	verbas	recebidas	a	título	de	indenização	por	danos
morais	não	representam	acréscimo	patrimonial.
Questão	objetiva	:	(FGV-2016)	José	ajuizou	ação	trabalhista	contra	a	sociedade	empresária	Gama,	sua
antiga	empregadora,	visando	à	cobrança	de	salários	atrasados,	horas-extras	trabalhadas,	13º	salário,	e,
ainda,	licença-prêmio	não	gozada	por	necessidade	do	serviço.
O	juiz	deu	provimento	aos	pedidos	e	José	recebeu	todas	as	verbas	com	o	desconto	do	Imposto	sobre
Renda	Pessoa	Física	–	IRPF.
14 / 1614 / 16
Sobre	a	hipótese	descrita,	assinale	a	afirmativa	correta.
a)	Está	correta	a	retenção	do	IRPF,	uma	vez	que	todas	as	verbas	são	produto	do	trabalho	de	José.
b)	Está	incorreta	a	retenção	do	IRPF	no	que	se	refere	às	verbas	de	horas-extras	e	do	13º	salário,	por
serem	verbas	de	caráter	indenizatório.
c)	Está	incorreta	a	retenção	do	IRPF	no	que	se	refere	às	verbas	de	horas-extras	e	de	licença-prêmio
não	gozadas	por	necessidade	do	serviço,	por	serem	verbas	de	caráter	indenizatório.
Correta	==>	d)	Está	incorreta	a	retenção	do	IRPF	apenas	no	que	se	refere	à	verba	de	licença-prêmio
não	gozadas	por	necessidade	do	serviço,	por	ter	caráter	indenizatório.
e)	Está	incorreta	a	retenção	do	IRPF	apenas	no	que	se	refere	à	verba	de	horas-extras,	por	ter	caráter
indenizatório.
CASO	CONCRETO	15	:	Determinado	proprietário	de	veículo	automotor	(VECTRA-GT)	ajuíza	ação
anulatória	de	lançamento	do	IPVA,	tendo	como	argumentos	o	texto	do	artigo	146,	inciso	III	da
CRFB/88,	e	a	ausência	de	dispositivos	no	Código	Tributário	Nacional	acerca	do	IPVA.	Entende	o
proprietário	do	veículo	automotor	que	os	Estados	não	podem	inovar	a	ordem	jurídica	na	ausência	de
Lei	Complementar	sobre	o	tributo	em	exame,	já	que	a	tributação	não	teria	suporte	constitucional.
A	liminar	pleiteada	foi	indeferida.
O	Estado	do	Rio	de	Janeiro	apresenta	contestação,	defendendo	a	tributação	em	comento,	já	que	a
ausência	da	Lei	Complementar	geral	não	impossibilita	a	cobrança	do	IPVA.
Decida	a	questão,	declinando	os	fundamentos	jurídicos	pertinentes.
Resposta:	Diante	da	falta	de	normas	gerais	editadas	pela	União,	no	que	concerne	ao	IPVA,	o	STF
entende	que	os	Estados	podem	exercer	a	competência	legislativa	plena,	conforme	dispõe	o	art.	24,	§	3º,
da	CF	(AgRg	167.777/SP	e	RE	191.703	AgRISP).	Trata-se	de	tributo	com	finalidade	meramente	fiscal,
pois	tributa	uma	manifestação	de	riqueza	do	contribuinte	com	o	objetivo	de	arrecadar	recursos	para	os
cofres	públicos	estaduais.
QUESTÃO	OBJETIVA	:	Com	base	em	contrato,	locatário	de	imóvel	assumiu	a	responsabilidade	pelo
pagamento	dos	encargos	referentes	à	locação.	Por	mais	de	um	ano	o	administrador	indicado	pelo
proprietário	recebeu	os	valores	correspondentes	ao	aluguel,	quotas	de	condomínio	e	tributos,	fazendo
pressupor	o	recolhimento	regular	dos	tributos.	Em	certo	momento,	porém,	verificou-se	que	o	IPTU
deixou	de	ser	recolhido	ao	fisco	municipal.	De	posse	da	intimação	do	município,	o	proprietário	exigiu
que	o	locatário	efetuasse	o	pagamento	do	imposto	em	atraso.	Nesse	caso,	o	locatário:
(	)	a.	pode	recusar-se	a	pagar	o	tributo,	alegando	que	a	obrigação	de	pagar	compete	ao	administrador
do	imóvel,	na	qualidade	de	responsável	por	substituição;
(	X	)	b.	pode	recusar-se	a	pagar	o	tributo,	alegando	que	a	responsabilidade	pelo	pagamento	do	tributo
remanesce	com	o	proprietário,	apesar	do	contrato;
(	)	c.	está	obrigado	a	pagar	o	tributo,	tendo	em	vista	que	a	responsabilidade	assumida	por	contrato	lhe
transfere	a	responsabilidade	pelo	pagamento;
(	)	d.	está	obrigado	ao	pagamento	do	tributo,	tendo	em	vista	o	princípio	geral	do	direito	das	obrigações,
segundo	o	qual	quem	paga	mal,	paga	duas	vezes.
CASO	CONCRETO	16	:	João	Manuel	saiu	de	casa	em	uma	comum	noite	de	sábado	com	a	finalidade	de
comprar	um	maço	de	cigarros	no	botequim	da	esquina.	Sua	esposa,	Maria,	estranhou	a	situação,	mas
não	questionou	a	vontade	do	marido.	O	seu	estranhamento	somente	se	manifestou	horas	mais	tarde	ao
não	ver	o	marido	retornar.	Dirigiu-se	ao	bar	e	não	o	encontrou.	Disseram-lhe,	contudo	que	ele	havia
entrado	em	um	veículo,	onde	se	podia	ver	a	figura	de	uma	loura.	Buscou	ajuda	dos	filhos	para
encontrar	João	Manuel.	Nenhum	sucesso.	Com	o	passar	dos	anos,	decidiram	pedir	a	partilha	dos	bens
e,	assim,	a	decretação	da	morte	presumida	de	João,	nos	termos	da	lei	civil.	Seguindo-se	o	rito
processual,	é	decretada	a	morte	presumida	e	realizada	a	sucessão	provisória.	Alguns	meses	após	esta
última	decisão,	João	Manuel	regressa	de	sua	longa	lua-de-mel	com	a	loura	e	requer	a	devolução	de	seu
patrimônio	–	o	que	é	imediatamente	deferido	pelo	juízo	competente.
Indaga-se:	a)	Há	incidência	do	ITCMD	na	sucessão	provisória?	Resposta:	Sim	é	legitima,	sumula	331
STF,	“É	legítima	a	incidência	do	imposto	de	transmissão	causa	mortis	no	inventário	por	morte
presumida”,
b)	Há	incidência	do	ITCMD	na	devolução	do	patrimônio	a	João	Manuel?	Resposta:	Em	regra	Não,	mas
dependendo	do	Estado	se	houver	previsão	em	lei	pode	ser	que	haja	incidência,	Art.118,	CTN.
Questão	objetiva:	O	ITCMD
A	(	)	é	devido	em	favor	do	Estado	do	domicílio	do	donatário,	no	caso	de	doações	de	bens	móveis.
B	(X)	poderá	ser	progressivo,	a	despeito	da	inexistência	de	disposição	expressa	autorizando	a
progressividade	das	alíquotas	do	ITCMD	no	texto	constitucional.
C	(	)	é	devido	em	favor	do	Estado	do	donatário	para	o	caso	de	doações	de	imóveis	localizados	no
exterior,	desde	que	o	donatário	seja	domiciliado	no	Brasil.
D	(	)	é	devido	em	partes	iguais	aos	Estados	envolvidos,	sempre	que	haja	pluralidade	de	domicílios	civis.
E	(	)	poderá	ser	cobrado	concomitantemente	com	o	ITBI	na	hipótese	de	transmissão	de	bens	móveis.
15 / 1615 / 16
	
16 / 1616 / 16

Outros materiais