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http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ PROJETO ALQUIMIA O PODER DOS SÍMBOLOS 2ª PARTE SÃO PAULO 2014 1ª EDIÇÃO http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ PROJETO ALQUIMIA O PODER DOS SÍMBOLOS 2ª PARTE O Poder dos Símbolos A verdade sobre a natureza codificada nos símbolos Símbolo O Símbolo não é a energia! O Símbolo representa a energia! A energia está dentro de nós É uma dádiva de Deus... E cabe a cada um de nós Usarmos dela com sabedoria. O Símbolo demonstra O acesso e utilização da energia De forma velada e secreta. Somente aos que tem a devida cautela E vontade de conhecimento Será-lhes revelado o mistério Por trás dos Símbolos! Projeto Alquimia SÃO PAULO 2014 1ª EDIÇÃO http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ INDICE ALQUIMIA ........................................................................................................................ 05 Símbolos Alquímicos ............................................................................................. 05 História .................................................................................................................... 06 A Pedra Filosofal .................................................................................................... 07 O Processo Alquímico ............................................................................................ 08 O Homunculus ......................................................................................................... 10 Ligado aos nossos dias ............................................................................................ 10 5 ELEMENTOS – 4 ESTAÇÕES ....................................................................................... 12 SOLSTÍSICO E EQUINÓCIO ............................................................................................ 16 Solstícios de Inverno ............................................................................................... 17 Importância cultural e religiosa ............................................................................... 18 Equinócio ................................................................................................................. 19 Referência Culturais ................................................................................................ 20 A Estações ............................................................................................................... 20 OS NÚMEROS ................................................................................................................... 22 Representação Numérica ......................................................................................... 23 Alguns Símbolos Antigos ........................................................................................ 23 O ábaco ................................................................................................................... 24 O Sistema de numeração Indo-Arábico ................................................................... 24 Notas históricas sobre a atual notação posicional ................................................... 24 Notação Posicional .................................................................................................. 27 O Sistema Romano de Numeração .......................................................................... 28 Conclusão ................................................................................................................ 29 OUROBOROS .................................................................................................................... 30 Símbolos & Signos .................................................................................................. 31 ZODÍACOS ......................................................................................................................... 33 Introdução à Astrologia ........................................................................................... 33 Estados Elementares ou Qualidade ......................................................................... 35 ASTROLOGIA ................................................................................................................... 37 Está escrito nas estrelas ........................................................................................... 37 DPT – Discrição do Próprio Tema .......................................................................... 39 Princípios de Energia ............................................................................................... 43 Os Quatro Elementos .............................................................................................. 44 O INFINITO ........................................................................................................................ 49 Introdução ................................................................................................................ 49 Os Gregos e o Infinito ............................................................................................. 49 Arquimedes e o Método da Exaustão ...................................................................... 51 Especulações Medievais sobre o Contínuo e o Infinito .......................................... 53 O Infinito no Renascimento .................................................................................... 54 Uma Definição de Infinito Matemático ................................................................... 56 O Infinito Físico ...................................................................................................... 58 O Infinito no Universo ............................................................................................ 59 Lemniscata ...............................................................................................................60 CABALA ............................................................................................................................ 62 Introdução ............................................................................................................... 62 Origens da Cabala ................................................................................................... 70 http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ A Árvore da Vida .................................................................................................... 71 O que são as 10 sefirats? ......................................................................................... 74 O que é alma-raíz? .................................................................................................. 80 Alfabeto Sagrado – Hebraico .................................................................................. 81 Os Números ............................................................................................................. 82 O que é reativo e proativo? ..................................................................................... 86 A Métrica da Cabala ............................................................................................... 87 Descendo e Subindo a Escada ................................................................................ 89 BIBLIOGRAFIA ONLINE ................................................................................................. 95 http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 5 ALQUIMIA A Alquimia é uma tradição antiga que combina elementosde química, física, astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo, e religião. Existem três objetivos principais na sua prática. Um deles é a transmutação dos metais inferiores em ouro, o outro a obtenção do Elixir da Longa Vida, uma panacéia universal, um remédio que curaria todas as doenças e daria vida eterna àqueles que o ingerissem. Ambos estes objetivos poderiam ser atingidos ao obter a pedra filosofal, uma substância mística que amplifica os poderes de um alquimista. Finalmente, o terceiro objetivo era criar vida humana artificial, os homunculus. É reconhecido que, apesar de não ter caráter científico, a alquimia foi uma fase importante na qual se desenvolveram muitos dos procedimentos e conhecimentos que mais tarde foram utilizados pela química. A alquimia foi praticada na Mesopotâmia, Egito Antigo, Mundo Islâmico, Pérsia, Índia, Japão, Coréia e China, na Grécia Clássica, em Roma, e na Europa. Alguns estudiosos da alquimia admitem que o Elixir da longa vida e a pedra filosofal são temas simbólicos, que provêm de práticas de purificação espiritual, e dessa forma, não poderiam ser considerados substâncias reais. Há pesquisadores que identificam o elixir da longa vida como um líquido produzido pelo próprio corpo humano, que teria a propriedade de prolongar indefinidamente a vida daqueles que conseguissem realizar a chamada "Grande Obra", tornando-se assim verdadeiros alquimistas. Existem referências dessa substância desconhecida também na tradição da Yoga. Símbolos Alquímicos Embora alguns, influenciados pelo conhecimento científico moderno, atribuam à alquimia um caráter de "proto-ciência", devemos nos lembrar que ela tem mais de religião que de ciência. Assim, ao contrário da ciência moderna que busca descobrir o novo, a alquimia preocupava-se com os segredos do passado, e em preservar um suposto conhecimento antigo. Parte desta confusão de tratar a alquimia como proto-ciência é conseqüência da importância que, nos dias de hoje, se dá à alquimia física (que manipulava substâncias químicas para obter novas substâncias), particularmente como precursora da química. Esse trabalho irá falar do trabalho alquímico relacionado com os metais, que era apenas uma metáfora para um trabalho espiritual. Torna-se mais clara a razão para ocultar toda e qualquer conotação espiritual deste trabalho, na forma de manipulação de "metais", http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 6 se nos lembrarmos que na Idade Média havia a possibilidade de ser acusado de heresia, acabando por ser perseguido pela Inquisição da Igreja Católica. Como ciência oculta, a alquimia reveste-se de um aspecto desconhecido, oculto e místico. Muitos dos textos alquímicos, rebuscados e contraditórios, devem ser entendidos sob esta perspectiva, mais interessados em esconder que em revelar. A própria transmutação dos metais é um exemplo deste aspecto místico da alquimia. Para o alquimista, o universo todo tendia a um estado de perfeição. Como, tradicionalmente, o ouro era considerado o metal mais nobre, ele representava esta perfeição. Assim, a transmutação dos metais inferiores em ouro representa o desejo do alquimista de auxiliar a natureza em sua obra, levando-a a um estado de maior perfeição. A alquimia vem se desenvolvendo nos tempos modernos. Portanto, a alquimia é uma arte filosófica, que busca ver o universo de uma outra forma, encontrando nele seu aspecto espiritual e superior. História Alguns opinam que a palavra "alquimia" vem da expressão árabe "al Khen" de raiz grega, "alkimya"), que significa "o país negro", nome dado ءايميخلا ou ءايميكلا) ao Egito na antiguidade, e que é uma referência ao hermetismo, com o qual a alquimia tem relação. Outros acham que está relacionado com o vocábulo grego "chyma", que se relaciona com a fundição de metais. Podemos dividir a história da alquimia em dois movimentos independentes: a Alquimia chinesa e a Alquimia Ocidental, esta última desenvolvendo-se ao longo do tempo no Egito (em especial Alexandria), Mesopotâmia, Grécia, Roma, Índia, Mundo Islâmico, e Europa. A alquimia chinesa estaria associada ao Taoísmo e parece ter evoluído quase ao mesmo tempo que em Alexandria ou na Grécia. O seu principal objetivo era fabricar o elixir da longa vida, que segundo eles, estava relacionado com fabricação do ouro, não havendo a pedra filosofal e o homunculus, que trata-se de conceitos puramente ocidentais. Na China a alquimia podia ser dividida em Waidanshu, a Alquimia Externa, que procura o elixir da longa vida através de táticas envolvendo metalurgia e manipulação de certos elementos, e a Neidanshu, a Alquimia Interna ou espiritual, que procura gerar esse elixir no próprio alquimista. A alquimia chinesa foi perdendo força e acabou desaparecendo com o surgimento do budismo. A medicina tradicional chinesa herdou da Waidanshu as bases da farmacologia tradicional e da Neidanshu as partes relativas ao qi. Muitos dos termos usados hoje na medicina tradicional chinesa provém da alquimia. A filosofia védica também considera que há um vínculo entre a imortalidade e o ouro. Esta ideia provavelmente foi adquirida dos gregos, quando Alexandre, o Grande invadiu a Índia no ano 325 a.C., e teria procurado a fonte da juventude. Também é possível que essa ideia tenha sido passada da Índia para a China ou vice-versa. O Hinduísmo a primeira religião da Índia, tem outras idéias de imortalidade, diferentes do elixir da longa vida. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 7 No Egito Antigo a alquimia era considerada obra do deus Thoth, também conhecido por Hermes Trismegistus, por isto o termo hermetismo esta associado à alquimia. Na cidade de Alexandria, no Egito, a alquimia recebeu influência das filosofias gregas de Aristóteles e do neoplatonismo. Foi graças às campanhas de Alexandre, o Grande que a alquimia se disseminou em todo o oriente. E foram os muçulmanos que a levaram novamente para a Europa, em razão da conquista Islâmica da Península Ibérica, particularmente para Al-Andaluz ao redor do ano de 950. Assim, este florescimento da alquimia na península Ibérica durante a Idade Média está relacionado a presença muçulmana na Europa neste período. Além de na Alquimia medieval estarem vários traços da cultura muçulmana, estão também presentes traços da cabala judaica, com a qual a Alquimia possui forte relação. Durante a Idade Média muitos alquimistas foram julgados pela Inquisição, e condenados à fogueira por alegado pacto com o diabo. Por isto, até os dias de hoje o enxofre, material usado pelos alquimistas, é associado ao demônio. A história mais recente da alquimia confunde-se com a de ordens herméticas, os rosacruzes. A Pedra Filosofal Os alquimistas tentavam produzir em laboratório a pedra filosofal (ou medicina universal) a partir de matéria-prima mais grosseira. Com esta pedra seria possível obter a transmutação dos metais e o Elixir da Imortalidade, que é capaz de prolongar a vida indefinidamente. O trabalho relacionado com a pedra filosofal era chamado por eles de "A Grande Obra". Alguns consideram que o trabalho de laboratório dos alquimistas medievais com os "metais" era, na verdade, uma metáfora para a verdadeira natureza espiritual da alquimia. Assim, a transformação dos metais em ouro pode ser interpretada como uma transformação de si próprio, de um estado inferior para um estado espiritual superior. Outros consideram que as operações alquímicas e a transmutação do operador ocorrem em paralelo; existem, ainda, outras opiniões. A pedra filosofal poderia não só efetuar a transmutação, mas também elaborar o Elixir da Longa Vida, uma panaceia universal, que prolongaria a vida indefinidamente. Isto demonstra as preocupaçõesdos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários alquimistas são considerados precursores da moderna medicina, e entre eles destaca-se Paracelso. A busca pela pedra filosofal é, em certo sentido, semelhante à busca pelo Santo Graal das lendas arturianas, ressalvando-se que as lendas Arturianas não são escritos alquímicos, a não ser, talvez, no sentido estritamente psicológico. Em seu romance "Parsifal", escrito entre os anos de 1210 e 1220, Wolfram von Eschenbach associa o Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos céus por seres celestiais e teria poderes inimagináveis. Também na cultura islâmica desempenha papel importante uma pedra, chamada Hajar el Aswad, que é guardada dentro de uma construção chamada de Kaaba, considerada sagrada, tornou-se em objeto de culto em Meca. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 8 Transmutação de metais inferiores em ouro. Objectivo secundário dos alquimistas A própria palavra "hermético" sugere a dificuldade dos textos dos autores alquímicos. Esta tem por causas • os autores se referirem às substâncias e processos por nomes próprios à Alquimia, • haver vários processos (vias) de operação que não são explicitados, • a maioria das substâncias serem referidas com perífrases elaboradas, • a existência de muitas referências mitológicas e cultas, • uso de palavras que, lidas em voz alta, produzem uma outra, • não apresentar partes de processos, referindo o leitor a outro autor, • não apresentar as operações por ordem, • enganar propositadamente o leitor. Em alguns casos (e.g. Mutus Liber, O Livro Mudo) a exposição é feita apenas, ou predominantemente, por gravuras alegóricas. Escrito dessa maneira, até um livro de culinária seria impenetrável em seu conteúdo. As finalidades deste obscurecimento eram proteger-se de perseguições e não deixar os processos cair na via pública. Qualificações habituais dos autores são o ser "caridoso", se expõe os seus temas corre(c)tamente, ou "invejoso" (cioso do seu conhecimento) se engana o leitor. Um autor pode ser caridoso num trecho e invejoso noutro. O Processo Alquímico O processo alquímico é o principal trabalho dos alquimistas (frequentemente chamado de "A Grande Obra"). Trata-se da manipulação dos metais, e da fabricação da pedra filosofal. As matérias-primas do processo alquímico são, entre outros, o orvalho, o sal, o mercúrio e o enxofre. De um modo geral, o processo alquímico é descrito de forma velada usando-se uma complicada simbologia que inclui símbolos astrológicos, animais e figuras enigmáticas. O orvalho é utilizado para umedecer ou banhar a matéria-prima. O sal é o dissolvente universal. Os outros dois elementos, mercúrio e enxofre são as principais matérias-primas da alquimia. O enxofre é o princípio fixo, ativo, masculino, que representa as propriedades de combustão e corrosão dos metais. O mercúrio é o princípio volátil, passivo, feminino, inerte. Ambos, combinados, formam o que os alquimistas descrevem como o "coito do Rei e da Rainha". O sal, também conhecido por arsénico, é o meio de ligação entre o mercúrio e o enxofre, muitas vezes associado à energia vital, que une corpo e alma. A linguagem dos textos alquímicos com frequência faz uso de imagens sexuais. E não é muito incomum que a ligação de elementos seja comparada a um "coito". Normalmente este casamento é associado à morte, e é representado, com frequência, ocorrendo dentro de um sarcófago. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 9 Enquanto a união de ambos os elementos é representada por um "casamento" ou "coito", o combate entre o enxofre e o mercúrio, entre o fixo e o volátil, entre o masculino e o feminino é comumente representado pela luta entre o dragão alado e o dragão áptero. Também é muito frequente o uso de símbolos da astrologia na linguagem alquímica. Associam-se os planetas da astrologia com os elementos da seguinte forma: • Sol com o ouro • A Lua com a prata • Mercúrio com mercúrio • Vênus com o cobre • Marte com o ferro • Júpiter com estanho • Saturno com chumbo Os alquimistas acreditavam que o mundo material é composto por matéria-prima sob várias formas, as primeiras dessas formas eram os quatro elementos (água, fogo, terra e ar), divididos em duas qualidades: Húmido (que trabalhava prinipalmente com o orvalho) ou Seco, Frio ou Quente. As qualidades dos elementos e suas eminentes proporções determinavam a forma de um objeto, por isso, os alquimistas acreditavam ser possível a transmutação: transformar uma forma ou matéria em outra alterando as proporções dos elementos através dos processos de destilação, combustão, aquecimento e evaporação. Exemplo de um processo alquímico Os alquimistas também associavam animais com os elementos, por exemplo, normalmente, o unicórnio ou o veado é usado para representar o elemento terra, o peixe para representar a água, pássaros para o ar, e a salamandra o fogo. Também haviam símbolos para outras substâncias, por exemplo, o sal é normalmente representado por um leão verde. O corvo simboliza a fase de putrefação do processo alquímico, que assume uma cor negra. Enquanto que um tonel de vinho representa a fermentação, fase muito freqüentemente citada pelos alquimistas no processo alquímico. Segundo os alquimistas a matéria passaria por quatro estágios principais, que por vezes, também ter significado espiritual: • Nigredo: ou Operação Negra, é o estágio em que a matéria é dissolvida e putrefacta (associada ao calor e ao fogo); • Albedo: ou Operação Branca, é o estágio em que a substância é purificada (associada à ablução com Aquae Vitae, à luz da lua, feminina e à prata); • Citrinitas: ou Operação Amarela, é o estágio em que se opera a transmutação dos metais, da prata em ouro, ou da luz da lua, passiva, em luz solar, activa; • Rubedo: ou Operação Vermelha, é o estágio final, em que se produz a Pedra Filosofal - o culminar da obra ou do casamento alquímico. Os processos apresentam perigo real de explosão (algumas composições resultam em reações violentas, que se aproximam da pólvora), queimaduras (temperatura próximas dos 1000 °C e quase sempre acima dos 100 °C, ácidos e bases fortes), envenenamento (gases) e toxicidade por metais (Mercúrio, Antimónio, Chumbo). Os perigos psicológicos são também reais, em consequência de trabalho excessivo, concentração prolongada, frustração repetida, falta de repouso, por vezes isolamento, estímulos à imaginação, etc. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 10 O Homunculus Talvez uma das mais interessantes idéias dos alquimistas seja a criação de vida humana a partir de materiais inanimados. Não se pode duvidar da influência que a tradição judaica teve neste aspecto, pois na cabala existe a possibilidade de dar vida a um ser artificial, o Golem. O conceito do homúnculo (do latim, homunculus, pequeno homem) parece ter sido usado pela primeira vez pelo alquimista Paracelsus para designar uma criatura que tinha cerca de 12 polegadas de altura e que, segundo ele, poderia ser criada por meio de sémen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de cavalo durante 40 dias. Então, segundo ele, se formaria o embrião. Outro Alquimista famoso que tentou criar homúnculus foi Johanned Konrad Dippel, que utilizava técnicas bizarras como fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com sangue de menstruação. É possível que o homúnculo seja quer uma alegoria, quer uma interpretação demasiado literal das imagens alegóricas alquímicas respeitantes à criação, pela Arte, de novas entidades minerais, sejam elas objectivos finais ou intermédios. Essas imagens comportam, muitasvezes, a representação de um ser emblemático, humano, animal ou quimérico, numa retorta. Ligado aos nossos dias A alquimia medieval acabou fundando, com os estudos sobre os metais, as bases da química moderna. Diversas novas substâncias foram descobertas pelos alquimistas, como o arsênico. Eles também deixaram como legado alguns procedimentos que usamos até hoje, como o famoso banho-maria, devido a alquimista Maria, a Judia, considerada fundadora da Alquimia na Antiguidade; a ela atribui-se também a descoberta do ácido clorídrico. Ironia do destino, o desejo dos alquimistas de transmutar os metais tornou-se realidade nos nossos dias com a fissão e fusão nuclear. • Alberto Magno, conseguiu preparar a potassa caustica. Foi o primeiro a descrever a composição química do cinabre, do alvaiade e do mínio. • Raimundo Lúlio preparou o bicarbonato de potássio. • Paracelso identificou o zinco; pioneiro na utilização medicinal dos compostos químicos • Giambattista della Porta preparou o óxido de estanho • Basile Valentin descobriu os ácidos sulfúrico e clorídrico A psicologia moderna também incorporou muito da simbologia da alquimia. Carl Jung reexaminou a simbologia alquímica procurando mostrar o significado oculto destes símbolos e sua importância como um caminho espiritual. Mas com certeza a maior influência da alquimia foi nas chamadas ciências ocultas. Não há ramo do ocultismo ocidental que não tenha recebido alguma ideia da alquimia, e que não a referencie. No entanto, os alquimistas tradicionais, "metálicos", continuam a existir e agora apresentam os seus trabalhos na Web, em sites, forums e blogs, incluindo fotografias das substâncias necessárias ou que vão obtendo, ou dos seus equipamentos, bem como os seus próprios comentários à obra de outros autores, clássicos e contemporâneos. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 11 Acima de tudo, a alquimia deixou uma mensagem poderosa de busca pela perfeição. Em um mundo tomado pelo culto ao dinheiro a à aparência exterior, em que pouco o homem busca a si próprio e ao seu íntimo, as vozes dos antigos alquimistas aparecem como um chamado para que o homem reencontre seu lado espiritual e superior; ou a que, na mais simples das análises, tenha um qualquer objectivo na vida, ainda que longínquo, através do viver uma aventura que se pode cumprir numa divisão esquecida da casa Um aspecto interessante de sua teoria da matéria era que nada é criado e nada é destruído, mas tudo se transforma dependendo da relação uns com os outros dos quatro elementos básicos constituintes. Esta idéia de conservação da matéria só voltou a ser afirmada por Lavoisier cerca de dois mil e duzentos anos mais tarde com o aparecimento da química. Os elementos podem ser transformados um no outro. Se a Terra é por demais irrigada, dissolve-se se transformando em líquido (Água). A Água endurecida e condensada transforma-se em Terra. Quando a água é evaporada por aquecimento, transforma-se em Ar. Se a água é queimada, transforma-se em Fogo. O Fogo quando se apaga vira Terra, e assim vai seguindo, nada perdendo e sim se transformando. Platão atribuiu três qualidades a cada Elemento. Ao Fogo; fluidez, claridade, mobilidade. A Terra; escuridão, densidade e imobilidade. O ar recebe do Fogo fluidez e mobilidade, da Terra escuridão. A água recebe da Terra escuridão e densidade e do Fogo, mobilidade. Hermes dizia que o Fogo é ilimitado e invisível. Interpenetra todas as coisas, espalha-se pelo Céu e é reluzente nos infernos. Encontra-se nas pedras, extraídos por um golpe com metal, na Terra quando ao for escavada solta fumaça, na Água aquecendo as fontes, no mar que esquenta ao ser agitado pelos ventos, no ar que queimamos. Todos os animais e criaturas vivem devido ao calor. Na Terra estão contidas as sementes, as virtudes germinativas de todas as coisas e, portanto a Terra é animal, vegetal e mineral. Fertilizada pelos outros elementos e pelo Céu, a Terra faz nascer dela mesma a abundância e todas as coisas, encerra grandes segredos. À Água, continua Platão, é uma virtude germinal de todas as coisas, sem ela nenhuma erva ou planta pode brotar. Especialmente os animais, cujo sêmen é de origem aquosa. O Ar é um Espírito Vital que permeia todos os seres, dando vida e substância a todas as coisas. Recebe dentro de si a influência de corpos celestes, recebe a essência de todas as coisas naturais e artificiais, fornece matéria para diferentes sonhos e adivinhações. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 12 5 ELEMENTOS - 4 ESTAÇÕES O mundo real era considerado como o resultado de uma situação em que nenhuma das forças era vencedora.Os quatro elementos, sempre presentes em qualquer corpo, apareciam combinados parcialmente podendo então representar as situações naturais que ocorrem na natureza, como rios, vulcões e demais objetos.Por exemplo, considerava que o osso era composto de duas partes de terra, duas de água e quatro de fogo. Um aspecto interessante de sua teoria da matéria era que nada é criado e nada é destruido mas tudo se transforma dependendo da relação uns com os outros dos quatro elementos básicos constituintes.Esta idéia de conservação da matéria só voltou a ser afirmada por Lavoisier cerca de dois mil e duzentos anos mais tarde com o aparecimento da química. O filósofo e fisiolologista Empedocles (490a.C.-430 a.C) considerava que a matéria era conbsituida por esses quatro elementos e podiam ser submetidas ao amor, para uní-los e a discordia, para separá-los. O alquimista Frances, Francis Barret colocava que os quatro elementos, formam a base original de todas as coisas, compondo o corpo não por aglutinação, mas por transformação e união. Os elementos podem ser transformados um no outro. Se a Terra é por demais irrigada, dissolve-se transformando-se em líquido ( Água ) . A Água endurecida e condensada transforma-se em Terra. Quando a àgua é evaporada por aquecimento, transforma-se em Ar. Se a àgua é queimada, transforma-se em Fôgo. O Fogo quando se apaga vira Terra, e assim vai seguindo, nada perdendo e sim se transformando. Platão atribuiu tres qualidades a cada Elemento. Ao Fogo; fluidez, claridade, mobilidade. À Terra; escuridão, densidade e imobilidade. O ar recebe do Fogo fluidez e mobilidade, da Terra escuridão. A àgua recebe da Terra escuridão e densidade e do Fogo, mobilidade. Hermes dizia que o Fogo é ilimitado e invisível. Interpenetra todas as coisas, espalha-se pelo Céu e é reluzente nos infernos. Encontra-se nas pedras, extraídos por um golpe com metal, na Terra quando ao ser escavada solta fumaça, na Água aquecendo as fontes, no mar que esquenta ao ser agitado pelos ventos, no ar que queimamos. Todos os animais e criaturas vivem devido ao calor. Na Terra estão contidas as sementes, as virtudes germinativas de todas as coisas e, portanto a Terra é animal, vegetal e mineral. Fertilizada pelos outros elementos e pelo Céu, a Terra faz nascer dela mesma a abundância e todas as coisas, encerra grandes segredos. À Água, continua Platão, é uma virtude germinal de todas as coisas, sem ela nenhuma erva ou planta pode brotar. Especialmente os animais, cujo sêmem é de origem aquosa. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 13 O Ar é um Espírito Vital que permeia todos os seres, dando vida e substância a todas as coisas. Recebe dentro de sí a influência de corpos celestes, recebe a essência de todas as coisas naturais e artificiais, fornece matéria para diferentes sonhos e adivinhações. Na Astrologia, os elementos simbolizam uma função psíquica. Fogo, percepção, que significa perceber o que ocorre ao seu lado sem necessidade de raciocínio; Terra, sensação, sentir o que acontecena vida e como suportar esses acontecimentos; Ar, pensamento, comunicar e analisar seus pensamentos; Água, sentimento, como lidar com os sentimentos e emoções. Os doze signos do zodíaco são divididos em quatro temperamentos: • Signos de Fogo : ardentes, românticos, espontâneos, auto-suficientes • Signos de Terra : práticos, conservadores, sensuais, prudentes e realistas • Signos de Ar : comunicadores, idealistas, sem preconceitos • Signos de Água : emocionais, intuitívos, sensíveis, profundos. Tanto na astrologia como na medicina chineza são considerados 5 Elementos Básicos da Natureza. Entre eles existem uma relação de geração e dominação, onde se encaixam todas as manifestações do Universo. A teoria dos 5 Elementos considera o Universo formado pelo movimento e transformação dos 5 Princípios representdos por : Madeira - Fogo - Terra - Metal - Água. Segundo a Lei de Geração: • A Madeira por sua combustão gera o Fogo. Portanto a Madeira é mãe do Fogo. • Quando o Fogo cessa as cinzas são incorporadas a Terra. Portanto o Fogo é a mãe da Terra. • Dentro da terra achamos os metais. Portanto a Terra é mãe do Metal. • É dos Metais e das rochas que brotam as fontes de Água. Portanto o Metal é mãe da Água. • A Água dá vida aos vegetais gerando a Madeira. Portanto a Água é Mãe da Madeira. • Outro relacionamento é o da inibição, restrição e controle. A Lei da Dominação: • A Madeira, através das raízes e vegetais, inibe a Terra. • A Terra represa e absorve a Água. • A Água apaga o Fogo. • O Fogo derrete o Metal. • O Metal corta a Madeira. Os 5 Elementos chineses se correspondem com pontos cardeais, orgãos e vísceras, sentimentos, sabores, cores, alimentos, clima, enfim todas as manifestações do Universo. É um dos principais princípios do Tao, um completo sistema filosófico/metafísico chinês, inspirado por Lao Tsé, que entrevê e descreve O Caminho para alcançar seu próprio fim. O Tao foi escrito 600 anos a.C. É o xamanismo chinês. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 14 Leia um dos trechos do Livro de Ouro da Medicina Chineza"Ney Ching" : O princípio Yin e Yang - os elementos masculino ef feminino da Natureza - é o princípio básico de todo o Universo. É o princípio de tudo quanto existe na Criação. Efetua a transformação para a paternidade; é a raiz e a fonte da vida e da morte, e também se encontra nos tempos dos deuses. A Natureza tem quatro estações e cinco elementos. A fim de proporcionarem uma longa vida, as 4 estações e os 5 elementos acumulam o poder da criação existente no frio (água), no calor (fogo), na secura excessiva(metal), na umidade(terra) e no vento(madeira). A doutrina dos 5 elementos tem uma importância igual à do Yin/Yang. Entre eles existe uma relação de geração e dominação, onde se encaixam todas as manifestações do Universo. A teoria dos 5 elementos considera o Universo, formado pelo movimento e transformação dos mesmos. Respondendo diretamente sua pergunta com relação a "Ação" dos 5 elementos : Madeira : Movimento Fogo : Expansão Terra : Distribuição Metal : Interiorização Água : Concentração Segundo a Cronobiologia Chineza,o elemento Madeira (primavera) possui a capacidade de pôr em movimento, de dar nascimento. O elemento Fogo (verão) significa o movimento de expansão. Ele tem a tendência de espalhar o que recebeu da Madeira. O papel da Terra (veranico) se situa em dois níveis. De uma parte ela tem um lugar central e serve como intermediária entre duas mutações, então ela distribui. Sua ação culmina entre o fim do verão e o começo do outono (chamado de veranico). O Metal (outono), corresponde a idéia de recolhimento (interiorização) ou interação. Sai da parte mais Yang(verão) para se dirigir para a parte mais Yin (inverno). O Metal contém a idéia de ajuntar, coletar. O Elemnto Água (Inverno), corresponde ao máximo de Yin, na concentração, da qual vai renascer Yang que se dirige para a Madeira. A Doutrina dos 5 Elementos estuda os movimentos cíclicos do mundo. As forças elementais buscam expressar-se de 3 formas no ciclo de atividade. 1. O Caminho de Criação e Iniciação 2. O Caminho de Preservação ou Consolidação 3. O Caminho de Transição ou Mudança O primeiro estágio do ciclo de atividade é a iniciação. Eles pegam coisas para aplicarem energia. ( Fogo) O segundo estágio é para assegurar que o início está indo de forma segura e permanente, tem que ter um bom início para ser consolidado. A estabilidade da Terra é aplicada. A ação do Fogo na sólida Terra, produz gases ( Ar ) que através da condensação, torna-se Água. Então a mistura desses dois estágios iniciais produzem mudança. O terceiro estágio, então, é Mudança, ou a transição de uma condição para a outra.. Agua, portanto, acompanha o ar neste ciclo de geração. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 15 A sequência dos Elementos neste ciclo de geração com a roda é o seguinte : Fogo, Terra, Ar e Água, e a sequencia dos tres caminhos de expressão é Criando - Consolidando e Mudando. Cada elemento busca, portanto, expressão em cada um dos tres caminhos, através de uma sequência de geração em sincronia com os 12 segmentos de tempo da Terra na Roda Medicinal, e também são as 12 expressões de personalidade. O Fogo busca expressão por meio das idéias, por iniciar novas idéias, consolidando e aceitando idéias, e por fazer mudanças nas idéias e encontrar refresco nas circunstâncias. O Ar busca expressão por meio da comunicação, por colocar numa forma aquilo que já está sendo comunicado e por mudar os métodos de comunicação. A Água busca expressão por meio dos ideais, por formular e estabelece-los ou por modifica-los para ajustá-los aos tempos. A Terra busca expressão por meio do trabalho, e nos tres caminhos de atividade pelo trabalho de iniciação, por completar um trabalho, ou por mudar a forma de trabalho. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 16 SOLSTÍSICO E EQUINÓCIO As estações do ano existem devido à inclinação do eixo terrestre (de aproximadamente 23027') em relação ao plano da órbita da Terra ao redor do Sol, e ao movimento de translação da Terra ao redor do Sol. Observe a figura abaixo: Órbita da Terra ao redor do Sol: Percebemos na figura acima que ao percorrer sua órbita ao redor do Sol a Terra é iluminada pelos raios solares de maneiras diferentes conforme sua posição. Observamos que nos dias 23 de setembro e 21 de março, ambos os hemisférios terrestres são igualmente iluminados. Porém nos dias 22 de dezembro e 22 de junho, os hemisférios sul e norte diferem quanto a iluminação. Em 22 de dezembro, devido à inclinação do eixo terrestre o hemisfério sul recebe mais luz solar, marcando assim o início do verão neste hemisfério, conseqüentemente o início do inverno no hemisfério norte. Em 22 de junho a Terra se encontra em posição inversa, isto é, o hemisfério norte é que está mais voltado para o Sol, de maneira que recebe mais luz, marcando assim o início do verão neste hemisfério e início do inverno no hemisfério sul. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 17 Em 21 de março e 23 de setembro a Terra se encontra em posições tais que ambos os hemisférios são igualmente iluminados, marcando assim o início das 'meias estações', outono e primavera. Chama-se de solstício às posições em que a Terra se encontra em 22 de dezembro e 22 de junho. Por exemplo, dizemos que dia 22 de dezembro é solstício de verão no hemisfério sul e solstício de inverno no hemisfério norte. Em astronomia,solstício é o momento em que o Sol, durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador. O dia e hora exatos variam de um ano para outro. Quando ocorre no verão significa que a duração do dia é a mais longa do ano. Analogamente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da noite é a mais longa do ano. Chama-se equinócio às posições em que a Terra se encontra em 23 de setembro e 21 de março. Por exemplo, dizemos que dia 23 de setembro é equinócio de primavera no hemisfério sul e equinócio de outono no hemisfério norte. Devido à órbita elíptica da Terra, as datas nas quais ocorrem os solstícios não dividem o ano em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol (periélio) viaja mais velozmente do que quando está mais longe (afélio). Os trópicos de Câncer e Capricórnio são definidos em função dos solstícios. No solstício de verão no hemisfério sul, os raios solares incidem perpendicularmente à Terra na linha do Trópico de Capricórnio. No solstício de inverno do hemisfério sul, ocorre a mesma coisa no Trópico de Câncer. Em várias culturas ancestrais à volta do globo, o solstício de inverno era festejado com comemorações que deram origem a vários costumes hoje relacionados com o Natal da religião cristã. O solstício de inverno, o menor dia do ano, a partir de quando a duração do dia começa a crescer, simbolizava o início da vitória da luz sobre a escuridão. Festas pagãs das mitologias persa e indu referenciavam as divindidades de Mitra como um símbolo do "Sol Vencedor", marcada pelo solstício de inverno. A cultura do império romano incorporou a comemoração dessa divindade através do Sol Invictus. Com o fortalecimento da religião cristã, a data em que se comemorava as festas pagãs do "Sol Vencedor" passaram referenciar o Natal através da comemoração do nascimento de Jesus Cristo, sem vínculos diretos com as antigas festas pagãs. Solstícios de Inverno Solstício de inverno é um fenômeno astronômico usado para marcar o inicio do inverno. Ocorre normalmente entorno do dia 22 de dezembro no hemisfério norte, e 21 de junho no hemisfério sul. Esta data também era de grande importância para diversas culturas antigas, que de um modo geral à associavam simbolicamente às aspectos como o nascimento ou renascimento. A palavra solstício vem do latin sol (sol), e sistere (que não se move). http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 18 O solstício de inverno ocorre quando o sol atinge a maior distancia angular em relação ao plano que passa pela linha do equador. Embora sua data não seja a mesma em todos os anos, pode-se dizer que no hemisfério sul ocorre entorno do dia 21 de junho, e no hemisfério norte, entorno do dia 22 de dezembro. Esse momento não é fixo no calendário gregoriano em função do ano tropical da terra não ser um múltiplo exato de dias. Importância cultural e religiosa Esta data tinha grande importância para diversas culturas antigas que geralmente realizavam celebrações e festivais ligados às suas religiões. Chineses: no calendário chinês, o solstício de Inverno chama-se dong zhi (chegada do Inverno) e é considerado uma data de importância extrema, visto ser aí festejada a passagem de ano. Europa pré-cristã: os povos da Europa pré-cristã, chamados pelos católicos de pagãos, tinham grande ligação com esta data. Segundo alguns, monumentos como Stonehenge eram construídos de forma a estarem orientados para o por do sol do solstício de inverno e nascer do sol no solstício de verão. Roma antiga: entre os romanos os festivais eram muito populares. O período marcava a Saturnália, em homenagem ao deus Saturno. O deus persa Mitra, também cultuado por muitos romanos, teria nascido durante o solstício. Divindades ligadas ao Sol em geral eram celebradas no solstício também. Com a introdução do cristianismo no Império Romano houve, por parte da Igreja Católica, uma tentativa de cristianizar os festivais "pagãos". Há indícios de que a data de 25 de dezembro foi escolhida para representar o nascimento de Cristo já no século IV. Não há qualquer evidência bíblica de que Jesus teria nascido durante o inverno, mas o período do solstício, visto como o renascimento do Sol, carrega forte representatividade. Além disso, conseguiu aproveitar a popularidade das festividades da época. Neopaganismo: hoje esta data é revivida na celebração do Sabbat Neopagão Yule. Que revive algumas antigas tradições religiosas dos povos europeus pré-cristãos. Iluminação da Terra pelo Sol durante o solstício do hemisfério norte http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 19 Iluminação da Terra pelo Sol durante o solstício do hemisfério sul. Equinócio Em astronomia, equinócio é definido como um dos dois momentos em que o Sol, em sua órbita aparente (como vista da Terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste). Mais precisamente é o ponto onde a eclíptica cruza o equador celeste. A palavra equinócio vem do Latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte e o pôr do Sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar encontra-se metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração. Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro e definem as mudanças de estação. No hemisfério norte a primavera inicia em março e o outono em setembro. No hemisfério sul é o contrário, a primavera inicia em setembro e o outono em março. As datas dos equinócios variam de um ano para outro devido aos anos tropicais (o período entre dois equinócios de março) não terem exatamente 365 dias, fazendo com que a hora precisa do equinócio varie ao longo de um período de dezoito horas, que não encaixa necessariamente no mesmo dia. O ano trópico é um pouco menor que 365 dias e 6 horas. Assim, num ano comum, tendo 365 dias e portanto mais curto, a hora do equinócio é cerca de seis horas mais tarde que no ano anterior. Ao longo de cada sequência de três anos comuns, as datas tendem a adiantar-se um pouco menos de seis horas a cada ano. Entre um ano comum e o ano bissexto seguinte há um aparente atraso devido à intercalação do dia 29 de fevereiro. Também se verifica que a cada ciclo de quatro anos os equinócios tendem a atrasar- se. Isto implica, que ao longo do mesmo século, as datas dos equinócios tendem a ocorrer cada vez mais cedo. Assim, no século XXI só houve dois anos em que o equinócio de março aconteceu no dia 21 (2003 e 2007); nos demais, o equinócio tem ocorrido em 20 de março. Prevê-se que, por volta do ano 2040, passe a haver anos em que o equinócio aconteça no dia 19. Esta tendência só irá desfazer-se no fim do século, quando houver uma sequência de sete anos comuns consecutivos (2097 a 2103), em vez dos habituais três. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 20 Devido à órbita da Terra, as datas em que ocorrem os equinócios não dividem o ano em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol (periélio) viaja mais velozmente do que quanto está mais longe (afélio). Referências Culturais Em várias culturas nórdicas ancestrais, o equinócio da primavera era festejado com comemorações que deram origem avários costumes hoje relacionados com a Páscoa da religião cristã. As Estações A Primavera é a estação do ano que se segue ao Inverno e precede o Verão. É tipicamente associada ao reflorescimento da flora e da fauna terrestres. A Primavera do hemisfério norte é chamada de "Primavera boreal", e a do hemisfério sul é chamada de "Primavera austral". A "Primavera boreal" tem início, no Hemisfério Norte, a 20 de Março e termina a 21 de Junho. A "Primavera austral" tem início, no Hemisfério Sul, a 23 de Setembro e termina a 21 de Dezembro. Do ponto de vista da Astronomia, a primavera do hemisfério sul inicia-se no equinócio de Setembro e termina no solstício de Dezembro, no caso do hemisfério norte inicia-se no equinócio de Março e termina no solstício de Junho. Como se constata, no dia do equinócio o dia e a noite têm a mesma duração. A cada dia que passa, o dia aumenta e a noite vai encurtando um pouco, aumentando, assim, a insolação do hemisfério respectivo. Estas divisões das estações por equinócios e solstícios poderão ser fonte de equívocos, mas deve-se levar em conta a influência dos oceanos na temperatura média das estações. Na Primavera do hemisfério sul, os oceanos meridionais ainda estão frios e vão aos poucos aquecendo, fazendo a Primavera ter temperaturas amenas ao longo da estação. O Verão é uma das quatro estações do ano. Neste período, as temperaturas permanecem elevadas e os dias são longos. Geralmente, o verão é também o período do ano reservado às férias. O Verão do hemisfério norte é chamado de "Verão boreal", e o do hemisfério sul é chamado de "Verão austral". O "Verão boreal" tem início com o solstício de Verão do Hemisfério Norte, que acontece cerca de 21 de Junho, e finda com o equinócio de Outono nesse mesmo hemisfério, por volta de 23 de Setembro. O "Verão http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 21 austral" tem início com o solstício de Verão do Hemisfério Sul, que acontece cerca de 21 de Dezembro, e finda com o equinócio de Outono, por volta de 20 de Março nesse mesmo hemisfério. Nos tempos primitivos, era comum dividir o ano em cinco estações, sendo o verão dividido em duas partes: o verão propriamente dito, de tempo quente e chuvoso (geralmente começava no fim da primavera), e o estio, de tempo quente e seco — palavra da qual deriva o termo "estiagem". Atualmente, usa-se a palavra "estio" como sinônimo raro para verão. O Outono é a estação do ano que sucede ao Verão e antecede o Inverno. É caracterizado por queda na temperatura , (excepto nas regiões próximas ao equador) e pelo amarelar das folhas das árvores, que indica a passagem de estações. O Outono do hemisfério norte é chamado de "Outono boreal", e o do hemisfério sul é chamado de "Outono austral". O "Outono boreal" tem início, no Hemisfério Norte, a 21 de Setembro e termina a 21 de Dezembro. O "Outono austral" tem início, no Hemisfério Sul, a 20 de Março e termina a 20 de Junho. Inverno é uma das quatro estações do ano nas zonas temperadas. O inverno do hemisfério norte é chamado de "inverno boreal", e o do hemisfério sul é chamado de "inverno austral". O "inverno boreal" tem início com o solstício de inverno no hemisfério norte, que ocorre por volta de 21 de dezembro, e termina com o equinócio de primavera, que acontece perto de 21 de março nesse mesmo hemisfério. O "inverno austral" tem início com o solstício de inverno no hemisfério sul, que ocorre por volta de 21 de junho, e termina com o equinócio de primavera, que acontece perto de 23 de Setembro nesse mesmo hemisfério. Engloba parte dos meses de Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março no hemisfério norte, e Junho, Julho, Agosto e Setembro no hemisfério sul. Acontece porque os raios solares incidem praticamente perpendicularmente no hemisfério onde acontece o verão e consequentemente, tem uma incidência tangencial no hemisfério oposto. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 22 OS NÚMEROS Você já usou muitas vezes os números, mas será que já parou para pensar sobre: Para descobrir sobre a origem dos números, precisamos mergulhar um pouco da história humana e entender os motivos religiosos desses criadores. Na verdade, desconhecemos qualquer outro motivo que tenha gerado os números. Os historiadores são auxiliados por diversas descobertas, como o estudo das ruínas de antigas civilizações, estudos de fósseis, o estudo da linguagem escrita e a avaliação do comportamento de diversos grupos étnicos desde o princípio dos tempos. Olhando ao redor, observamos a grande presença dos números. Quanto mais voltarmos na história, veremos que menor é a presença dos números. O Início do processo de contagem Os homens primitivos não tinham necessidade de contar, pois o que necessitavam para a sua sobrevivência era retirado da própria natureza. A necessidade de contar começou com o desenvolvimento das atividades humanas, quando o homem foi deixando de ser pescador e coletor de alimentos para fixar-se no solo. O homem começou a plantar, produzir alimentos, construir casas, proteções, fortificações e domesticar animais, usando os mesmos para obter a lã e o leite, tornando-se criador de animais domésticos, o que trouxe profundas modificações na vida humana. As primeiras formas de agricultura de que se tem notícia, foram criadas há cerca de dez mil anos na região que hoje é denominada Oriente Médio. A agricultura passou então a exigir o conhecimento do tempo, das estações do ano e das fases da Lua e assim começaram a surgir as primeiras formas de calendário. No pastoreio, o pastor usava várias formas para controlar o seu rebanho. Pela manhã, ele soltava os seus carneiros e analisava ao final da tarde, se algum tinha sido roubado, fugido, se perdido do rebanho ou se havia sido acrescentado um novo carneiro ao rebanho. Assim eles tinham a correspondência um a um, onde cada carneiro correspondia a uma pedrinha que era armazenada em um saco. No caso das pedrinhas, cada animal que saía para o pasto de manhã correspondia a uma pedra que era guardada em um saco de couro. No final do dia, quando os animais voltavam do pasto, era feita a correspondência inversa, onde, para cada animal que retornava, era retirada uma pedra do saco. Se no final do dia sobrasse alguma pedra, é porque faltava algum dos animais e se algum fosse acrescentado ao rebanho, era só acrescentar mais uma pedra. A palavra que usamos hoje, cálculo, é derivada da palavra latina calculus, que significa pedrinha. A correspondência unidade a unidade não era feita somente com pedras, mas eram usados também nós em cordas, marcas nas paredes, talhes em ossos, desenhos nas cavernas e outros tipos de marcação. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 23 Os talhes nas barras de madeira, que eram usados para marcar quantidades, continuaram a ser usados até o século XVIII na Inglaterra. A palavra talhe significa corte. Hoje em dia, usamos ainda a correspondência unidade a unidade. Representação Numérica Com o passar do tempo, as quantidades foram representadas por expressões, gestos, palavras e símbolos, sendo que cada povo tinha a sua maneira de representação. A faculdade humana natural de reconhecimento imediato de quantidades se resume a, no máximo, quatro elementos. Este senso numérico que é a faculdade que permite reconhecer que alguma coisa mudou em uma pequena coleção quando, sem seu conhecimento direto, um objeto foi tirado ou adicionado, à coleção. O senso numérico não podeser confundido com contagem, que é um atributo exclusivamente humano que necessita de um processo mental. "Distingüimos, sem erro e numa rápida vista um, dois, três e mesmo quatro elementos. mas aí para nosso poder de identificação dos números." História Universal dos Algarismos", Georges Ifrah. Temos também, alguns animais, ditos irracionais, como os rouxinóis e os corvos, que possuem este senso numérico onde reconhecem quantidades concretas que vão de um até três ou quatro unidades. Existe um exemplo célebre sobre um corvo que tinha capacidade de reconhecer quantidades. Curiosidade: Um fazendeiro estava disposto a matar um corvo que fez seu ninho na torre de observação de sua mansão. Por diversas vezes, tentou surpreender o pássaro, mas em vão: à aproximação do homem, o corvo saía do ninho. De uma árvore distante, ele esperava atentamente até que o homem saísse da torre e só então voltava ao ninho. Um dia, o fazendeiro tentou um ardil: dois homens entraram na torre, um ficou dentro e o outro saiu e se afastou. Mas o pássaro não foi enganado: manteve-se afastado até que o outro homem saísse da torre. A experiência foi repetida nos dias subsequentes com dois, três e quatro homens, ainda sem sucesso. Finalmente, foram utilizados cinco homens como antes, todos entraram na torre e um permaneceu lá dentro enquanto os outros quatro saíam e se afastavam. Desta vez o corvo perdeu a conta. Incapaz de distinguir entre quatro e cinco, voltou imediatamente ao ninho. Alguns Símbolos Antigos No começo da história da escrita de algumas civilizações como a egípcia, a babilônica e outras, os primeiros nove números inteiros eram anotados pela repetição de traços verticais: I II III IIII IIIII IIIIII IIIIIII IIIIIIII IIIIIIIII 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Depois este método foi mudado, devido à dificuldade de se contar mais do que quatro termos: I II III IIII IIII I IIII II IIII III IIII http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 24 IIII IIII IIII I 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Um dos sistemas de numeração mais antigos que se tem notícia é o egípcio. É um sistema de numeração de base dez e era composto pelos seguintes símbolos numéricos: Outro sistema de numeração muito importante foi o da Babilônia, criado a aproximadamente 4 mil anos. Algumas das primeiras formas de contagem foram utilizadas com as partes do corpo humano, sendo que em algumas aldeias os indivíduos chegavam a contar até o número 33. O ábaco O ábaco, em sua forma geral, é uma moldura retangular com fileiras de arame, cada fileira representando uma classe decimal diferente, nas quais correm pequenas bolas No princípio, os sistemas de numeração não facilitavam os cálculos, logo, um dos instrumentos utilizados para facilitar os cálculos foi o ábaco muito usado por diversas civilizações orientais e ocidentais. No Japão, o ábaco é chamado de soroban e na China de suánpan, que significa bandeja de calcular. O Sistema de numeração Indo-Arábico Nosso sistema de numeração surgiu na Ásia, há muitos séculos no Vale do rio Indo, onde hoje é o Paquistão. O primeiro número inventado foi o 1 e ele significava o homem e sua unicidade, o segundo número 2, significava a mulher da família, a dualidade e o número 3 (três) significava muitos, multidão. A curiosidade sobre os nomes do 3, não deve ter ocorrido por acaso. Inglês Francês Latim Grego Italiano Espanhol three trois tres treis tre tres Sueco Alemão Russo Polonês Hindu Português tre drei tri trzy tri três Notas históricas sobre a atual notação posicional Foi no Norte da Índia, por volta do século V da era cristã, que nasceu o mais antigo sistema de notação próximo do atual, o que é comprovado por vários documentos, além de ser citado por árabes (a quem esta descoberta foi atribuída por muitos anos). Antes de produzir tal sistema, os habitantes da Índia setentrional usaram por muito tempo uma numeração rudimentar que aparece em muitas inscrições do século III antes de Cristo. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 25 Esta numeração tinha uma característica do sistema moderno. Seus nove primeiros algarismos eram sinais independentes: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 O que significava que um número como o 5 não era entendido como 5 unidades mas como um símbolo independente. Por muito tempo, estes algarismos foram denominados algarismos arábicos, de uma forma errada. Ainda existia nesta época a dificuldade posicional e os hindus passaram a usar a notação por extenso para os números, pois não podiam exprimir grandes números por algarismos. Sem saber, estavam criando a notação posicional e também o zero. Cada algarismo tinha um nome: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 eka dvi tri catur pañca sat sapta asta nava Quando foi criada pelos hindús a base 10, cada dezena, cada centena e cada milhar, recebeu um nome individual: 10 = dasa 100 = sata 1.000 = sahasra 10.000 = ayuta 100.000 = laksa 1.000.000 = prayuta 10.000.000 = koti 100.000.000 = vyarbuda 1.000.000.000 = padma Ao invés de fazer como hoje, de acordo com as potências decrescentes de 10, os hindus escreviam os números em ordem crescente das potências de 10 por volta do século IV depois do nascimento de Jesus Cristo. Eles começavam pelas unidades, depois pelas dezenas, pelas centenas e assim por diante. O número 3.709 ficava: 9 700 3000 nove sete centos três mil nava sapta sata tri sahasra Poderiamos escrever o número 12.345 como: pañca caturdasa trisata dvisahasra ayuta pois, 12.345 = 5 + 40 + 300 + 2.000 + 10.000, logo: 5 = pañca 40 = catur dasa 300 = tri sata 2.000 = dvi sahasra 10.000 = ayuta pañca caturdasa trisata dvisahasra ayuta http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 26 Esta já era uma forma especial. Em virtude da grande repetição que ocorria com as potências de 10, por volta do século V depois do nascimento de Jesus Cristo, os matemáticos e astrônomos hindus resolveram abreviar a notação retirando os múltiplos de 10 que apareciam nos números grandes, assim o número 12.345 que era escrito como: pañca caturdasa trisata dvisahasra ayuta passou a ser escrito apenas: 54321 = pañca catur tri dvi dasa 12345 = 5 + 4×10 + 3×100 + 2×1000 + 1×10000 E esta se transformou em uma notação falada e escrita posicional excelente para a época, mas começaram a acontecer alguns problemas como escrever os números 321 e 301. 321 = 1 + 2 x 10 + 3 x 100 321 = dasa dvi tri 301 = 1 + 3 x 100 301 = dasa tri É lógico que este último número não poderia ser o 31, pois: 31 = 1 + 3 x 10 31 = dasa tri No número 301 faltava algo para representar as dezenas. Para construir este material, usamos algumas partes do excelente livro: "Os números: A história de uma grande invenção", Georges Ifrah, Editora Globo, 3a.edição, 1985, com a permissão da Editora. Notas históricas sobre a criaçãodo zero Tendo em vista o problema na construção dos números como 31 e 301, os hindus criaram um símbolo para representar algo vazio (ausência de tudo) que foi denominado sunya (a letra s tem um acento agudo e a letra u tem um traço horizontal sobre ela). Dessa forma foi resolvido o problema da ausência de um algarismo para representar as dezenas no número 301 e assim passaram a escrever: 301 = 1 + ? x 10 + 3 x 100 301 = dasa sunya tri Os hindus tinham acabado de descobrir o zero. Porém, estas notações só serviam para as palavras e não para os números, mas reunindo essas idéias apareceram juntos o zero bem como o atual sistema de notação posicional. Um dos primeiros locais onde aparece a notação posicional é um tratado de cosmologia denominado: Lokavibhaga, publicado na data de 25 de agosto de 458 do http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 27 calendário juliano, por um movimento religioso hindú para enaltecer as suas próprias qualidades científicas e religiosas. Neste texto, aparece o número 14.236.713 escrito claramente: triny ekam sapta sat trini dve catvary ekakam três um sete seis três dois quatro um Escrever tais números na ordem invertida, fornece: um quatro dois três seis sete um três 1 4 2 3 6 7 1 3 Números como 123.000 eram escritos como: sunya sunya sunya tri dvi dasa que significa: zero zero zero três dois um que escrito na ordem invertida fornece: um dois três zero zero zero No texto existe a palavra hindú sthanakramad que significa "por ordem de posição". Observamos que tal notação posicional já era então conhecida no quinto século de nossa era por uma grande quantidade de cientistas e matemáticos. Para escrever este material, usamos alguns tópicos do excelente livro: "Os números: A história de uma grande invenção", Georges Ifrah, Editora Globo, 3a.edição, 1985. Notação Posicional O sistema de numeração posicional indiano surgiu por volta do século V. Este princípio de numeração posicional já aparecia nos sistemas dos egípcios e chineses. No sistema de numeração indiana não posicional que aparece no século I não existia a necessidade do número zero. Notação (ou valor) posicional é quando representamos um número no sistema de numeração decimal, sendo que cada algarismo tem um determinado valor, de acordo com a posição relativa que ele ocupa na representação do numeral. Mudando a posição de um algarismo, estaremos alterando o valor do número. Por exemplo, tomemos o número 12. Mudando as posições dos algarismos teremos 21. 12 = 1 × 10 + 2 21 = 2 × 10 + 1 O zero foi o último número a ser inventado e o seu uso matemático parece ter sido criado pelos babilônios. Os documentos mais antigos conhecidos onde aparece o número zero, não são anteriores ao século III antes de Cristo. Nesta época, os números continham no máximo três algarismos. Um dos grandes problemas do homem começou a ser a representação de grandes quantidades. A solução para isto foi instituir uma base para os sistemas de numeração. Os http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 28 numerais indo-arábicos e a maioria dos outros sistemas de numeração usam a base dez, isto porque o princípio da contagem se deu em correspondência com os dedos das mãos de um indivíduo normal. Na base dez, cada dez unidades é representada por uma dezena, que é formada pelo número um e o número zero: 10. A base dez já aparecia no sistema de numeração chinês. Os sumérios e os babilônios usavam a base sessenta. Alguma vez você questionou sobre a razão pela qual há 360 graus em um círculo? Uma resposta razoável é que 360=6x60 e 60 é um dos menores números com grande quantidade de divisores, como por exemplo: D(60) = { 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 12, 15, 20, 30, 60} Os indianos reuniram as diferentes características do princípio posicional e da base dez em um único sistema numérico. Este sistema decimal posicional foi assimilado e difundido pelos árabes e por isso, passou a ser conhecido como sistema indo-arábico. Nosso sistema de numeração retrata o ábaco. Em cada posição que um número se encontra seu valor é diferente. O Sistema Romano de Numeração O sistema de numeração Romano é um sistema decimal, ou seja, sua base é dez. Este sistema é utilizado até hoje em representações de séculos, capítulos de livros, mostradores de relógios antigos, nomes de reis e papas e outros tipos de representações oficiais em documentos. Estas eram as primeiras formas da grafia dos algarismos romanos. Tal sistema não permite que sejam feitos cálculos, não se destinavam a fazer operações aritméticas mas apenas representar quantidades. Com o passar do tempo, os símbolos utilizados pelos romanos eram sete letras, cada uma com um valor numérico: Letra I V X L C D M Valor 1 5 10 50 100 500 1000 Leitura Um Cinco Dez Cinquenta Cem Quinhentos Mil Estas letras obedeciam aos três princípios: Todo símbolo numérico que possui valor menor do que o que está à sua esquerda, deve ser somado ao maior. VI = 5 + 1 = 6 XII = 10 + 1 + 1 = 12 CLIII = 100 + 50 + 3 = 153 Todo símbolo numérico que possui valor menor ao que está à sua direita, deve ser subtraído do maior. IX = 10 - 1 = 9 XL = 50 - 10 = 40 VD = 500 - 5 = 495 http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 29 Todo símbolo numérico com um traço horizontal sobre ele representa milhar e o símbolo numérico que apresenta dois traços sobre ele representa milhão. Conclusão Os números são símbolos que a principio vieram para organizar, comparar e somente com a criação do comercio foi utilizado como forma de calculo. Os números são precursores das letras e da fala Vejamos o número um ele é como uma simples reta, designando assim uma unidade, podemos observar também que os números tem uma forte relação com as figuras geométricas. É assim também que se simboliza o número dois que é composto de duas retas, formando um ângulo agudo, Na seqüência temos o número três que contem três retas que fechadas formam um triângulo, o quatro também segue esta rotina, que só será quebrada do número cinco em diante que é onde se fortificam e se mistificam os símbolos, são umas séries de elementos “gramas” (pentagrama, hexagrama, etc.). Porém o número mais curioso é aquele que é neutro e não contém valor algum. Será mesmo ele assim? O número zero é o número que é inicio e fim. Ele é fim quando acabam os números negativos e inicio quando começam os positivos. O número zero é simbolizado por um circulo, e o circulo é assim, não tem principio e nem fim É como a figura de Oroboros, que veremos a seguir, ou do próprio infinito, onde muitos acreditam serem dois infinitos, ou até mesmo, dois lados do infinito interligados, um que seria o mundo existencial e outro que seria o espiritual, e que assim em nossa jornada caminhamos por estes dois mundos. Todo circulo é em si infinito, mesmo havendo ponto de partida e chegada, explica- se, tome como ponto de partida o local onde você reside, viagem em linha reta pelo mundo, cruze o globo e retorne pelo outro lado. Sentiu o infinito? Pois é, ele nunca acaba,mesmo chegando ao ponto onde partiu, daria-se assim outro inicio, outra jornada. São assim também as coisas do mundo elas tem um fim, mas não definitivo, porque todo fim, na verdade é um recomeço. E é esse o recado, o enigma que nos passa o número zero, a figura do círculo, oroboros, infinito ou seja lá qual outro nome ele receber. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 30 OUROBOROS Ouroboros (ou oroboro ou ainda uróboro) é um símbolo representado por uma serpente, ou um dragão, que morde a própria cauda. É um símbolo para a eternidade. Está relacionado com a alquimia, que é por vezes representado como dois animais míticos, mordendo rabo um ao outro.. É possível que o símbolo matemático de infinito tenha tido sua origem a partir desta imagem. Segundo o Dictionnaire des symboles o ouroboros simboliza o ciclo da evolução voltando-se sobre si mesmo. O símbolo contém as ideias de movimento, continuidade, auto fecundação e, em consequência, eterno retorno. Albert Pike, em seu livro, Morals and Dogma [p. 496], explica: "A serpente, enrolada em um ovo, era um símbolo comum para os egípcios, os druidas e os indianos. É uma referência à criação do universo". A forma circular do símbolo permite ainda a interpretação de que a serpente figura o mundo infernal, enquanto o mundo celeste é simbolizado pelo círculo. Noutra interpretação, menos maniqueísta, a serpente rompe uma evolução linear, ao morder a cauda, marcando uma mudança, pelo que parece emergir num outro nível de existência, simbolizado pelo círculo. Para alguns autores, a imagem da serpente mordendo a cauda, fechando-se sobre o próprio ciclo, evoca a roda da existência. A roda da existência é um símbolo solar, na maior parte das tradições. Ao contrário do círculo, a roda tem certa valência de imperfeição, reportando-se ao mundo do futuro, da criação contínua, da contingência, do perecível. O ouroboros costuma ser representado pelo círculo. O que parece indicar, além do perpétuo retorno, a espiral da evolução, a dança sagrada de morte e reconstrução. Pode-se referir que o ouroboros, ou símbolos semelhantes, constam de obras alquímicas, nas quais significa “alimenta este fogo com fogo, até que se extinga e obterás a coisa mais estável que penetras todas as coisas, e um verme devorou o outro, e emerge esta imagem”. Isto, após uma fase em que pela separação se divide o um em dois, que contém em si mesmo o três e o quatro, “... é um fogo que consome tudo, que abre e fecha todas as coisas”. Registre-se ainda, na tentativa de avançar pistas para a raiz etimológica da palavra “ouroboros”, que em copta “ouro” significa “rei” e em hebraico “ob” significa “serpente”. Se o segundo símbolo constante da nossa imagem for uma alcachofra, diga-se que esta é tida por alguns o análogo vegetal da fénix, pois após ser submetida ao calor a sua flor perde o colorido e fica totalmente branca, posto o que renasce. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 31 Geralmente, nos livros antigos, o símbolo vem acompanhado da expressão "Hen to pan" (o um, o todo). Remete-se assim, mais uma vez, ao tema da ressurreição, que pode simbolizar o “novo” nascimento do iniciado. Em relação a certos ensinamentos do budismo tibetano (como dzogchen e mahamudra), pode-se esboçar uma maneira específica para vivenciar (em estado meditativo) este ato de "morder a própria cauda". Por exemplo, ao perceber-se num estado mental atípico (além das formas habituais) procurar olhar a si mesmo. O Ouroboros é a representação gráfica de uma serpente ou um dragão, em forma circular, engolindo a própria cauda. Este símbolo é encontrado na antiga literatura esotérica (alguma vezes, associado à frase Hen to pan – O Todo ou O um) e em diversas tradições ocultistas e escolas iniciáticas em forma de amuleto. A origem etimológica do termo Ouroboros está, supostamente, na linguagem copta e no idioma hebreu, na qual ouro, em copta, significa Rei, e ob em hebreu, significa serpente. Mas, precisar sua origem e significado primitivo, torna-se uma tarefa praticamente impossível. Mesmo que de certa forma estejam interligados mas, paralelamente, trazem interpretações distintas. Os primeiros registros deste arquétipo foram encontrados entre os egípcios, chineses e povos do norte europeu (associado a serpente folclórica Jörmungandr) há mais de 3000 anos. Na civilização egípcia, é uma representação da ressurreição da divindade egípcia Rá, sob a forma do Sol. Também é encontrado entre os fenícios e gregos. Símbolos & Signos Entre tantos símbolos relacionados, o Ouroboros é um dos que apresenta maior hipótese de significados. Isto porque há outras representações iconográficas contidas e associadas ao próprio Ouroboros. A serpente, que nos textos canônicos está associada às aspectos maléficos, como no livro Gênesis 3:13, (Perguntou o Senhor Deus à mulher: Que é isto que fizeste? Respondeu a mulher: A Serpente enganou-me, e eu comi.), na maior parte das culturas pré-cristãs, é um símbolo de sabedoria. Partindo do princípio que o Ouroboros é um símbolo pré-cristão, pode-se supor que este conceito de sabedoria é predominante. Mas, pode-se também interpretar que o ato de engolir a si mesma, é uma interrupção do ciclo humano em uma busca evolutiva do espírito noutros planos. Por outro lado, pode significar a auto-destruição através do ato de consumir a própria carne e até mesmo a auto-fecundação. Ainda, o fato de encontrar-se na forma circular é um arquétipo representativo de movimentos ininterruptos e pode representar também o Universo. Além da interpretação de que a serpente atua nas esferas inferiores (Inferno), enquanto o círculo representa o Reino Divino. Em outras situações, o animal tem duas cores distintas. Neste caso, provavelmente, uma referência a Yin e Yang, ou pólos masculino e feminino, dia e noite, bem e mal, e outros paradoxos da natureza. Sob uma perspectiva alquímica, o Ouroboros é representado na figura de dois animais míticos engolindo um a cauda do outro; não sendo, neste caso, necessariamente, uma serpente. Segundo o Uractes Chymisches Werk (Leipzig – 1760), "alimenta este fogo http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 32 com fogo, até que se extinga e obterás a coisa mais estável que penetras todas as coisas, e um verme devorou o outro, e emerge esta imagem". Esta descrição alquímica é uma alusão ao processo de separação do material em dois elementos distintos. Porém, de uma forma mais ampla, o Ouroboros é uma representação dos ciclos reencarnatórios da alma humana. Ainda, segundo o Dictionnaire des Symboles, simboliza o "ciclo da evolução fechado sobre si mesmo. O símbolo contém as idéias de movimento, continuidade, autofecundação e, em conseqüência, o eterno retorno". Na obra Magic Symbols de Frederick Goodman é citado "serpente... [seja] o símbolo da sabedoria dos verdadeiros filósofos" e "O Tempo, do qual apenas a sabedoria brota". Atualmente, o Ouroboros é comumente encontrado em amuletos esotéricos, na simbologia maçônica e na teosofia. Porém, também está presente no selo dos Estados Unidos da América, posicionado acima da águia bicéfala. Ainda, é muito comum encontrá- lo em monumentos funerários, fazendo alusão, mais uma vez, aos ciclos da vida. http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 33 ZODÍACOS Os principais elementos o Fogo, a Terra, o Ar e a Água, e cada um de nós sintoniza em maior ou menor grau com algumas dessas ondas vibratórias. Cada elemento age em três modalidades vibratórias: cardinal, fixa e mutável.
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