Buscar

O Poder dos Simbolos - 2ªParte - 2ªEdição

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 95 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 95 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 95 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
PROJETO ALQUIMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PODER DOS SÍMBOLOS 
 
2ª PARTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2014 
1ª EDIÇÃO 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
PROJETO ALQUIMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PODER DOS SÍMBOLOS 
2ª PARTE 
 
 
 
 
O Poder dos Símbolos 
A verdade sobre a natureza codificada nos 
símbolos 
 
Símbolo 
O Símbolo não é a energia! 
O Símbolo representa a energia! 
A energia está dentro de nós 
É uma dádiva de Deus... 
E cabe a cada um de nós 
Usarmos dela com sabedoria. 
O Símbolo demonstra 
O acesso e utilização da energia 
De forma velada e secreta. 
Somente aos que tem a devida cautela 
E vontade de conhecimento 
Será-lhes revelado o mistério 
Por trás dos Símbolos! 
 
Projeto Alquimia 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2014 
1ª EDIÇÃO 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
INDICE 
 
 
ALQUIMIA ........................................................................................................................ 05 
 Símbolos Alquímicos ............................................................................................. 05 
 História .................................................................................................................... 06 
 A Pedra Filosofal .................................................................................................... 07 
 O Processo Alquímico ............................................................................................ 08 
 O Homunculus ......................................................................................................... 10 
 Ligado aos nossos dias ............................................................................................ 10 
5 ELEMENTOS – 4 ESTAÇÕES ....................................................................................... 12 
SOLSTÍSICO E EQUINÓCIO ............................................................................................ 16 
 Solstícios de Inverno ............................................................................................... 17 
 Importância cultural e religiosa ............................................................................... 18 
 Equinócio ................................................................................................................. 19 
 Referência Culturais ................................................................................................ 20 
 A Estações ............................................................................................................... 20 
OS NÚMEROS ................................................................................................................... 22 
 Representação Numérica ......................................................................................... 23 
 Alguns Símbolos Antigos ........................................................................................ 23 
 O ábaco ................................................................................................................... 24 
 O Sistema de numeração Indo-Arábico ................................................................... 24 
 Notas históricas sobre a atual notação posicional ................................................... 24 
 Notação Posicional .................................................................................................. 27 
 O Sistema Romano de Numeração .......................................................................... 28 
 Conclusão ................................................................................................................ 29 
OUROBOROS .................................................................................................................... 30 
 Símbolos & Signos .................................................................................................. 31 
ZODÍACOS ......................................................................................................................... 33 
 Introdução à Astrologia ........................................................................................... 33 
 Estados Elementares ou Qualidade ......................................................................... 35 
ASTROLOGIA ................................................................................................................... 37 
 Está escrito nas estrelas ........................................................................................... 37 
 DPT – Discrição do Próprio Tema .......................................................................... 39 
 Princípios de Energia ............................................................................................... 43 
 Os Quatro Elementos .............................................................................................. 44 
O INFINITO ........................................................................................................................ 49 
 Introdução ................................................................................................................ 49 
 Os Gregos e o Infinito ............................................................................................. 49 
 Arquimedes e o Método da Exaustão ...................................................................... 51 
 Especulações Medievais sobre o Contínuo e o Infinito .......................................... 53 
 O Infinito no Renascimento .................................................................................... 54 
 Uma Definição de Infinito Matemático ................................................................... 56 
 O Infinito Físico ...................................................................................................... 58 
 O Infinito no Universo ............................................................................................ 59 
 Lemniscata ...............................................................................................................60 
CABALA ............................................................................................................................ 62 
 Introdução ............................................................................................................... 62 
 Origens da Cabala ................................................................................................... 70 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 A Árvore da Vida .................................................................................................... 71 
 O que são as 10 sefirats? ......................................................................................... 74 
 O que é alma-raíz? .................................................................................................. 80 
 Alfabeto Sagrado – Hebraico .................................................................................. 81 
 Os Números ............................................................................................................. 82 
 O que é reativo e proativo? ..................................................................................... 86 
 A Métrica da Cabala ............................................................................................... 87 
 Descendo e Subindo a Escada ................................................................................ 89 
BIBLIOGRAFIA ONLINE ................................................................................................. 95 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
5
 
 ALQUIMIA 
 
 A Alquimia é uma tradição antiga que combina elementosde química, física, 
astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo, e religião. 
 
 Existem três objetivos principais na sua prática. 
 
 Um deles é a transmutação dos metais inferiores em ouro, o outro a obtenção do 
Elixir da Longa Vida, uma panacéia universal, um remédio que curaria todas as doenças e 
daria vida eterna àqueles que o ingerissem. 
 
 Ambos estes objetivos poderiam ser atingidos ao obter a pedra filosofal, uma 
substância mística que amplifica os poderes de um alquimista. 
 
 Finalmente, o terceiro objetivo era criar vida humana artificial, os homunculus. É 
reconhecido que, apesar de não ter caráter científico, a alquimia foi uma fase importante na 
qual se desenvolveram muitos dos procedimentos e conhecimentos que mais tarde foram 
utilizados pela química. 
 
 A alquimia foi praticada na Mesopotâmia, Egito Antigo, Mundo Islâmico, Pérsia, 
Índia, Japão, Coréia e China, na Grécia Clássica, em Roma, e na Europa. 
 
 Alguns estudiosos da alquimia admitem que o Elixir da longa vida e a pedra 
filosofal são temas simbólicos, que provêm de práticas de purificação espiritual, e dessa 
forma, não poderiam ser considerados substâncias reais. 
 
 Há pesquisadores que identificam o elixir da longa vida como um líquido produzido 
pelo próprio corpo humano, que teria a propriedade de prolongar indefinidamente a vida 
daqueles que conseguissem realizar a chamada "Grande Obra", tornando-se assim 
verdadeiros alquimistas. Existem referências dessa substância desconhecida também na 
tradição da Yoga. 
 
 
 Símbolos Alquímicos 
 
 Embora alguns, influenciados pelo conhecimento científico moderno, atribuam à 
alquimia um caráter de "proto-ciência", devemos nos lembrar que ela tem mais de religião 
que de ciência. Assim, ao contrário da ciência moderna que busca descobrir o novo, a 
alquimia preocupava-se com os segredos do passado, e em preservar um suposto 
conhecimento antigo. 
 
 Parte desta confusão de tratar a alquimia como proto-ciência é conseqüência da 
importância que, nos dias de hoje, se dá à alquimia física (que manipulava substâncias 
químicas para obter novas substâncias), particularmente como precursora da química. 
 
 Esse trabalho irá falar do trabalho alquímico relacionado com os metais, que era 
apenas uma metáfora para um trabalho espiritual. Torna-se mais clara a razão para ocultar 
toda e qualquer conotação espiritual deste trabalho, na forma de manipulação de "metais", 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
6
 
se nos lembrarmos que na Idade Média havia a possibilidade de ser acusado de heresia, 
acabando por ser perseguido pela Inquisição da Igreja Católica. 
 
 Como ciência oculta, a alquimia reveste-se de um aspecto desconhecido, oculto e 
místico. Muitos dos textos alquímicos, rebuscados e contraditórios, devem ser entendidos 
sob esta perspectiva, mais interessados em esconder que em revelar. 
 
 A própria transmutação dos metais é um exemplo deste aspecto místico da 
alquimia. Para o alquimista, o universo todo tendia a um estado de perfeição. Como, 
tradicionalmente, o ouro era considerado o metal mais nobre, ele representava esta 
perfeição. Assim, a transmutação dos metais inferiores em ouro representa o desejo do 
alquimista de auxiliar a natureza em sua obra, levando-a a um estado de maior perfeição. A 
alquimia vem se desenvolvendo nos tempos modernos. Portanto, a alquimia é uma arte 
filosófica, que busca ver o universo de uma outra forma, encontrando nele seu aspecto 
espiritual e superior. 
 
 
 História 
 
 Alguns opinam que a palavra "alquimia" vem da expressão árabe "al Khen" 
 de raiz grega, "alkimya"), que significa "o país negro", nome dado ءايميخلا ou ءايميكلا)
ao Egito na antiguidade, e que é uma referência ao hermetismo, com o qual a alquimia tem 
relação. Outros acham que está relacionado com o vocábulo grego "chyma", que se 
relaciona com a fundição de metais. 
 
 Podemos dividir a história da alquimia em dois movimentos independentes: a 
Alquimia chinesa e a Alquimia Ocidental, esta última desenvolvendo-se ao longo do tempo 
no Egito (em especial Alexandria), Mesopotâmia, Grécia, Roma, Índia, Mundo Islâmico, e 
Europa. 
 
 A alquimia chinesa estaria associada ao Taoísmo e parece ter evoluído quase ao 
mesmo tempo que em Alexandria ou na Grécia. O seu principal objetivo era fabricar o 
elixir da longa vida, que segundo eles, estava relacionado com fabricação do ouro, não 
havendo a pedra filosofal e o homunculus, que trata-se de conceitos puramente ocidentais. 
 
 Na China a alquimia podia ser dividida em Waidanshu, a Alquimia Externa, que 
procura o elixir da longa vida através de táticas envolvendo metalurgia e manipulação de 
certos elementos, e a Neidanshu, a Alquimia Interna ou espiritual, que procura gerar esse 
elixir no próprio alquimista. A alquimia chinesa foi perdendo força e acabou 
desaparecendo com o surgimento do budismo. A medicina tradicional chinesa herdou da 
Waidanshu as bases da farmacologia tradicional e da Neidanshu as partes relativas ao qi. 
Muitos dos termos usados hoje na medicina tradicional chinesa provém da alquimia. 
 
 A filosofia védica também considera que há um vínculo entre a imortalidade e o 
ouro. Esta ideia provavelmente foi adquirida dos gregos, quando Alexandre, o Grande 
invadiu a Índia no ano 325 a.C., e teria procurado a fonte da juventude. Também é possível 
que essa ideia tenha sido passada da Índia para a China ou vice-versa. O Hinduísmo a 
primeira religião da Índia, tem outras idéias de imortalidade, diferentes do elixir da longa 
vida. 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
7
 
 No Egito Antigo a alquimia era considerada obra do deus Thoth, também 
conhecido por Hermes Trismegistus, por isto o termo hermetismo esta associado à 
alquimia. Na cidade de Alexandria, no Egito, a alquimia recebeu influência das filosofias 
gregas de Aristóteles e do neoplatonismo. 
 
 Foi graças às campanhas de Alexandre, o Grande que a alquimia se disseminou em 
todo o oriente. E foram os muçulmanos que a levaram novamente para a Europa, em razão 
da conquista Islâmica da Península Ibérica, particularmente para Al-Andaluz ao redor do 
ano de 950. Assim, este florescimento da alquimia na península Ibérica durante a Idade 
Média está relacionado a presença muçulmana na Europa neste período. Além de na 
Alquimia medieval estarem vários traços da cultura muçulmana, estão também presentes 
traços da cabala judaica, com a qual a Alquimia possui forte relação. 
 
 Durante a Idade Média muitos alquimistas foram julgados pela Inquisição, e 
condenados à fogueira por alegado pacto com o diabo. Por isto, até os dias de hoje o 
enxofre, material usado pelos alquimistas, é associado ao demônio. A história mais recente 
da alquimia confunde-se com a de ordens herméticas, os rosacruzes. 
 
 
 A Pedra Filosofal 
 
 Os alquimistas tentavam produzir em laboratório a pedra filosofal (ou medicina 
universal) a partir de matéria-prima mais grosseira. Com esta pedra seria possível obter a 
transmutação dos metais e o Elixir da Imortalidade, que é capaz de prolongar a vida 
indefinidamente. O trabalho relacionado com a pedra filosofal era chamado por eles de "A 
Grande Obra". 
 
 Alguns consideram que o trabalho de laboratório dos alquimistas medievais com os 
"metais" era, na verdade, uma metáfora para a verdadeira natureza espiritual da alquimia. 
Assim, a transformação dos metais em ouro pode ser interpretada como uma transformação 
de si próprio, de um estado inferior para um estado espiritual superior. Outros consideram 
que as operações alquímicas e a transmutação do operador ocorrem em paralelo; existem, 
ainda, outras opiniões. 
 
 A pedra filosofal poderia não só efetuar a transmutação, mas também elaborar o 
Elixir da Longa Vida, uma panaceia universal, que prolongaria a vida indefinidamente. Isto 
demonstra as preocupaçõesdos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários alquimistas 
são considerados precursores da moderna medicina, e entre eles destaca-se Paracelso. 
 
 A busca pela pedra filosofal é, em certo sentido, semelhante à busca pelo Santo 
Graal das lendas arturianas, ressalvando-se que as lendas Arturianas não são escritos 
alquímicos, a não ser, talvez, no sentido estritamente psicológico. Em seu romance 
"Parsifal", escrito entre os anos de 1210 e 1220, Wolfram von Eschenbach associa o Santo 
Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos céus por seres celestiais 
e teria poderes inimagináveis. Também na cultura islâmica desempenha papel importante 
uma pedra, chamada Hajar el Aswad, que é guardada dentro de uma construção chamada 
de Kaaba, considerada sagrada, tornou-se em objeto de culto em Meca. 
 
 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
8
 
 Transmutação de metais inferiores em ouro. Objectivo secundário dos alquimistas 
 
 A própria palavra "hermético" sugere a dificuldade dos textos dos autores 
alquímicos. Esta tem por causas 
• os autores se referirem às substâncias e processos por nomes próprios à 
Alquimia, 
• haver vários processos (vias) de operação que não são explicitados, 
• a maioria das substâncias serem referidas com perífrases elaboradas, 
• a existência de muitas referências mitológicas e cultas, 
• uso de palavras que, lidas em voz alta, produzem uma outra, 
• não apresentar partes de processos, referindo o leitor a outro autor, 
• não apresentar as operações por ordem, 
• enganar propositadamente o leitor. 
 
 Em alguns casos (e.g. Mutus Liber, O Livro Mudo) a exposição é feita apenas, ou 
predominantemente, por gravuras alegóricas. Escrito dessa maneira, até um livro de 
culinária seria impenetrável em seu conteúdo. As finalidades deste obscurecimento eram 
proteger-se de perseguições e não deixar os processos cair na via pública. 
 
 Qualificações habituais dos autores são o ser "caridoso", se expõe os seus temas 
corre(c)tamente, ou "invejoso" (cioso do seu conhecimento) se engana o leitor. Um autor 
pode ser caridoso num trecho e invejoso noutro. 
 
 
 O Processo Alquímico 
 
 O processo alquímico é o principal trabalho dos alquimistas (frequentemente 
chamado de "A Grande Obra"). Trata-se da manipulação dos metais, e da fabricação da 
pedra filosofal. As matérias-primas do processo alquímico são, entre outros, o orvalho, o 
sal, o mercúrio e o enxofre. De um modo geral, o processo alquímico é descrito de forma 
velada usando-se uma complicada simbologia que inclui símbolos astrológicos, animais e 
figuras enigmáticas. 
 
 O orvalho é utilizado para umedecer ou banhar a matéria-prima. O sal é o 
dissolvente universal. Os outros dois elementos, mercúrio e enxofre são as principais 
matérias-primas da alquimia. O enxofre é o princípio fixo, ativo, masculino, que representa 
as propriedades de combustão e corrosão dos metais. O mercúrio é o princípio volátil, 
passivo, feminino, inerte. Ambos, combinados, formam o que os alquimistas descrevem 
como o "coito do Rei e da Rainha". 
 
 O sal, também conhecido por arsénico, é o meio de ligação entre o mercúrio e o 
enxofre, muitas vezes associado à energia vital, que une corpo e alma. 
 
 A linguagem dos textos alquímicos com frequência faz uso de imagens sexuais. E 
não é muito incomum que a ligação de elementos seja comparada a um "coito". 
Normalmente este casamento é associado à morte, e é representado, com frequência, 
ocorrendo dentro de um sarcófago. 
 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
9
 
 Enquanto a união de ambos os elementos é representada por um "casamento" ou 
"coito", o combate entre o enxofre e o mercúrio, entre o fixo e o volátil, entre o masculino 
e o feminino é comumente representado pela luta entre o dragão alado e o dragão áptero. 
 
 Também é muito frequente o uso de símbolos da astrologia na linguagem 
alquímica. Associam-se os planetas da astrologia com os elementos da seguinte forma: 
• Sol com o ouro 
• A Lua com a prata 
• Mercúrio com mercúrio 
• Vênus com o cobre 
• Marte com o ferro 
• Júpiter com estanho 
• Saturno com chumbo 
 
 Os alquimistas acreditavam que o mundo material é composto por matéria-prima 
sob várias formas, as primeiras dessas formas eram os quatro elementos (água, fogo, terra e 
ar), divididos em duas qualidades: Húmido (que trabalhava prinipalmente com o orvalho) 
ou Seco, Frio ou Quente. As qualidades dos elementos e suas eminentes proporções 
determinavam a forma de um objeto, por isso, os alquimistas acreditavam ser possível a 
transmutação: transformar uma forma ou matéria em outra alterando as proporções dos 
elementos através dos processos de destilação, combustão, aquecimento e evaporação. 
 
 
 Exemplo de um processo alquímico 
 Os alquimistas também associavam animais com os elementos, por exemplo, 
normalmente, o unicórnio ou o veado é usado para representar o elemento terra, o peixe 
para representar a água, pássaros para o ar, e a salamandra o fogo. Também haviam 
símbolos para outras substâncias, por exemplo, o sal é normalmente representado por um 
leão verde. O corvo simboliza a fase de putrefação do processo alquímico, que assume uma 
cor negra. Enquanto que um tonel de vinho representa a fermentação, fase muito 
freqüentemente citada pelos alquimistas no processo alquímico. 
 
 Segundo os alquimistas a matéria passaria por quatro estágios principais, que por 
vezes, também ter significado espiritual: 
• Nigredo: ou Operação Negra, é o estágio em que a matéria é dissolvida e 
putrefacta (associada ao calor e ao fogo); 
• Albedo: ou Operação Branca, é o estágio em que a substância é purificada 
(associada à ablução com Aquae Vitae, à luz da lua, feminina e à prata); 
• Citrinitas: ou Operação Amarela, é o estágio em que se opera a transmutação 
dos metais, da prata em ouro, ou da luz da lua, passiva, em luz solar, activa; 
• Rubedo: ou Operação Vermelha, é o estágio final, em que se produz a Pedra 
Filosofal - o culminar da obra ou do casamento alquímico. 
 
 Os processos apresentam perigo real de explosão (algumas composições resultam 
em reações violentas, que se aproximam da pólvora), queimaduras (temperatura próximas 
dos 1000 °C e quase sempre acima dos 100 °C, ácidos e bases fortes), envenenamento 
(gases) e toxicidade por metais (Mercúrio, Antimónio, Chumbo). Os perigos psicológicos 
são também reais, em consequência de trabalho excessivo, concentração prolongada, 
frustração repetida, falta de repouso, por vezes isolamento, estímulos à imaginação, etc. 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
10
 
 O Homunculus 
 
 Talvez uma das mais interessantes idéias dos alquimistas seja a criação de vida 
humana a partir de materiais inanimados. Não se pode duvidar da influência que a tradição 
judaica teve neste aspecto, pois na cabala existe a possibilidade de dar vida a um ser 
artificial, o Golem. 
 
 O conceito do homúnculo (do latim, homunculus, pequeno homem) parece ter sido 
usado pela primeira vez pelo alquimista Paracelsus para designar uma criatura que tinha 
cerca de 12 polegadas de altura e que, segundo ele, poderia ser criada por meio de sémen 
humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de cavalo 
durante 40 dias. Então, segundo ele, se formaria o embrião. Outro Alquimista famoso que 
tentou criar homúnculus foi Johanned Konrad Dippel, que utilizava técnicas bizarras como 
fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com sangue de 
menstruação. 
 
 É possível que o homúnculo seja quer uma alegoria, quer uma interpretação 
demasiado literal das imagens alegóricas alquímicas respeitantes à criação, pela Arte, de 
novas entidades minerais, sejam elas objectivos finais ou intermédios. Essas imagens 
comportam, muitasvezes, a representação de um ser emblemático, humano, animal ou 
quimérico, numa retorta. 
 
 
 Ligado aos nossos dias 
 
 A alquimia medieval acabou fundando, com os estudos sobre os metais, as bases da 
química moderna. Diversas novas substâncias foram descobertas pelos alquimistas, como o 
arsênico. Eles também deixaram como legado alguns procedimentos que usamos até hoje, 
como o famoso banho-maria, devido a alquimista Maria, a Judia, considerada fundadora da 
Alquimia na Antiguidade; a ela atribui-se também a descoberta do ácido clorídrico. Ironia 
do destino, o desejo dos alquimistas de transmutar os metais tornou-se realidade nos nossos 
dias com a fissão e fusão nuclear. 
• Alberto Magno, conseguiu preparar a potassa caustica. Foi o primeiro a 
descrever a composição química do cinabre, do alvaiade e do mínio. 
• Raimundo Lúlio preparou o bicarbonato de potássio. 
• Paracelso identificou o zinco; pioneiro na utilização medicinal dos compostos 
químicos 
• Giambattista della Porta preparou o óxido de estanho 
• Basile Valentin descobriu os ácidos sulfúrico e clorídrico 
 
 A psicologia moderna também incorporou muito da simbologia da alquimia. Carl 
Jung reexaminou a simbologia alquímica procurando mostrar o significado oculto destes 
símbolos e sua importância como um caminho espiritual. Mas com certeza a maior 
influência da alquimia foi nas chamadas ciências ocultas. Não há ramo do ocultismo 
ocidental que não tenha recebido alguma ideia da alquimia, e que não a referencie. 
 No entanto, os alquimistas tradicionais, "metálicos", continuam a existir e agora 
apresentam os seus trabalhos na Web, em sites, forums e blogs, incluindo fotografias das 
substâncias necessárias ou que vão obtendo, ou dos seus equipamentos, bem como os seus 
próprios comentários à obra de outros autores, clássicos e contemporâneos. 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
11
 
 
 Acima de tudo, a alquimia deixou uma mensagem poderosa de busca pela 
perfeição. Em um mundo tomado pelo culto ao dinheiro a à aparência exterior, em que 
pouco o homem busca a si próprio e ao seu íntimo, as vozes dos antigos alquimistas 
aparecem como um chamado para que o homem reencontre seu lado espiritual e superior; 
ou a que, na mais simples das análises, tenha um qualquer objectivo na vida, ainda que 
longínquo, através do viver uma aventura que se pode cumprir numa divisão esquecida da 
casa 
 
 Um aspecto interessante de sua teoria da matéria era que nada é criado e nada é 
destruído, mas tudo se transforma dependendo da relação uns com os outros dos quatro 
elementos básicos constituintes. Esta idéia de conservação da matéria só voltou a ser 
afirmada por Lavoisier cerca de dois mil e duzentos anos mais tarde com o aparecimento 
da química. 
 
 Os elementos podem ser transformados um no outro. Se a Terra é por demais 
irrigada, dissolve-se se transformando em líquido (Água). A Água endurecida e 
condensada transforma-se em Terra. Quando a água é evaporada por aquecimento, 
transforma-se em Ar. Se a água é queimada, transforma-se em Fogo. O Fogo quando se 
apaga vira Terra, e assim vai seguindo, nada perdendo e sim se transformando. 
 
 Platão atribuiu três qualidades a cada Elemento. Ao Fogo; fluidez, claridade, 
mobilidade. A Terra; escuridão, densidade e imobilidade. O ar recebe do Fogo fluidez e 
mobilidade, da Terra escuridão. A água recebe da Terra escuridão e densidade e do Fogo, 
mobilidade. 
 
 Hermes dizia que o Fogo é ilimitado e invisível. Interpenetra todas as coisas, 
espalha-se pelo Céu e é reluzente nos infernos. Encontra-se nas pedras, extraídos por um 
golpe com metal, na Terra quando ao for escavada solta fumaça, na Água aquecendo as 
fontes, no mar que esquenta ao ser agitado pelos ventos, no ar que queimamos. Todos os 
animais e criaturas vivem devido ao calor. 
 
 Na Terra estão contidas as sementes, as virtudes germinativas de todas as coisas e, 
portanto a Terra é animal, vegetal e mineral. Fertilizada pelos outros elementos e pelo Céu, 
a Terra faz nascer dela mesma a abundância e todas as coisas, encerra grandes segredos. 
 
 À Água, continua Platão, é uma virtude germinal de todas as coisas, sem ela 
nenhuma erva ou planta pode brotar. Especialmente os animais, cujo sêmen é de origem 
aquosa. 
 
 O Ar é um Espírito Vital que permeia todos os seres, dando vida e substância a 
todas as coisas. Recebe dentro de si a influência de corpos celestes, recebe a essência de 
todas as coisas naturais e artificiais, fornece matéria para diferentes sonhos e adivinhações. 
 
 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
12
 
 5 ELEMENTOS - 4 ESTAÇÕES 
 
 O mundo real era considerado como o resultado de uma situação em que nenhuma 
das forças era vencedora.Os quatro elementos, sempre presentes em qualquer corpo, 
apareciam combinados parcialmente podendo então representar as situações naturais que 
ocorrem na natureza, como rios, vulcões e demais objetos.Por exemplo, considerava que o 
osso era composto de duas partes de terra, duas de água e quatro de fogo. 
 
 Um aspecto interessante de sua teoria da matéria era que nada é criado e nada é 
destruido mas tudo se transforma dependendo da relação uns com os outros dos quatro 
elementos básicos constituintes.Esta idéia de conservação da matéria só voltou a ser 
afirmada por Lavoisier cerca de dois mil e duzentos anos mais tarde com o aparecimento 
da química. 
 
 O filósofo e fisiolologista Empedocles (490a.C.-430 a.C) considerava que a matéria 
era conbsituida por esses quatro elementos e podiam ser submetidas ao amor, para uní-los 
e a discordia, para separá-los. 
 
 O alquimista Frances, Francis Barret colocava que os quatro elementos, formam a 
base original de todas as coisas, compondo o corpo não por aglutinação, mas por 
transformação e união. 
 
 Os elementos podem ser transformados um no outro. Se a Terra é por demais 
irrigada, dissolve-se transformando-se em líquido ( Água ) . A Água endurecida e 
condensada transforma-se em Terra. Quando a àgua é evaporada por aquecimento, 
transforma-se em Ar. Se a àgua é queimada, transforma-se em Fôgo. O Fogo quando se 
apaga vira Terra, e assim vai seguindo, nada perdendo e sim se transformando. 
 
 Platão atribuiu tres qualidades a cada Elemento. Ao Fogo; fluidez, claridade, 
mobilidade. À Terra; escuridão, densidade e imobilidade. O ar recebe do Fogo fluidez e 
mobilidade, da Terra escuridão. A àgua recebe da Terra escuridão e densidade e do Fogo, 
mobilidade. 
 
 Hermes dizia que o Fogo é ilimitado e invisível. Interpenetra todas as coisas, 
espalha-se pelo Céu e é reluzente nos infernos. Encontra-se nas pedras, extraídos por um 
golpe com metal, na Terra quando ao ser escavada solta fumaça, na Água aquecendo as 
fontes, no mar que esquenta ao ser agitado pelos ventos, no ar que queimamos. Todos os 
animais e criaturas vivem devido ao calor. 
 
 Na Terra estão contidas as sementes, as virtudes germinativas de todas as coisas e, 
portanto a Terra é animal, vegetal e mineral. Fertilizada pelos outros elementos e pelo Céu, 
a Terra faz nascer dela mesma a abundância e todas as coisas, encerra grandes segredos. 
 
 À Água, continua Platão, é uma virtude germinal de todas as coisas, sem ela 
nenhuma erva ou planta pode brotar. Especialmente os animais, cujo sêmem é de origem 
aquosa. 
 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
13
 
 O Ar é um Espírito Vital que permeia todos os seres, dando vida e substância a 
todas as coisas. Recebe dentro de sí a influência de corpos celestes, recebe a essência de 
todas as coisas naturais e artificiais, fornece matéria para diferentes sonhos e adivinhações. 
 
 Na Astrologia, os elementos simbolizam uma função psíquica. Fogo, percepção, 
que significa perceber o que ocorre ao seu lado sem necessidade de raciocínio; Terra, 
sensação, sentir o que acontecena vida e como suportar esses acontecimentos; Ar, 
pensamento, comunicar e analisar seus pensamentos; Água, sentimento, como lidar com os 
sentimentos e emoções. 
 
 Os doze signos do zodíaco são divididos em quatro temperamentos: 
• Signos de Fogo : ardentes, românticos, espontâneos, auto-suficientes 
• Signos de Terra : práticos, conservadores, sensuais, prudentes e realistas 
• Signos de Ar : comunicadores, idealistas, sem preconceitos 
• Signos de Água : emocionais, intuitívos, sensíveis, profundos. 
 
 Tanto na astrologia como na medicina chineza são considerados 5 Elementos 
Básicos da Natureza. Entre eles existem uma relação de geração e dominação, onde se 
encaixam todas as manifestações do Universo. 
 
 A teoria dos 5 Elementos considera o Universo formado pelo movimento e 
transformação dos 5 Princípios representdos por : Madeira - Fogo - Terra - Metal - Água. 
 
 Segundo a Lei de Geração: 
• A Madeira por sua combustão gera o Fogo. Portanto a Madeira é mãe do Fogo. 
• Quando o Fogo cessa as cinzas são incorporadas a Terra. Portanto o Fogo é a 
mãe da Terra. 
• Dentro da terra achamos os metais. Portanto a Terra é mãe do Metal. 
• É dos Metais e das rochas que brotam as fontes de Água. Portanto o Metal é 
mãe da Água. 
• A Água dá vida aos vegetais gerando a Madeira. Portanto a Água é Mãe da 
Madeira. 
• Outro relacionamento é o da inibição, restrição e controle. A Lei da 
Dominação: 
• A Madeira, através das raízes e vegetais, inibe a Terra. 
• A Terra represa e absorve a Água. 
• A Água apaga o Fogo. 
• O Fogo derrete o Metal. 
• O Metal corta a Madeira. 
 
 Os 5 Elementos chineses se correspondem com pontos cardeais, orgãos e vísceras, 
sentimentos, sabores, cores, alimentos, clima, enfim todas as manifestações do Universo. É 
um dos principais princípios do Tao, um completo sistema filosófico/metafísico chinês, 
inspirado por Lao Tsé, que entrevê e descreve O Caminho para alcançar seu próprio fim. O 
Tao foi escrito 600 anos a.C. É o xamanismo chinês. 
 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
14
 
 Leia um dos trechos do Livro de Ouro da Medicina Chineza"Ney Ching" : 
 
 O princípio Yin e Yang - os elementos masculino ef feminino da Natureza - é o 
princípio básico de todo o Universo. É o princípio de tudo quanto existe na Criação. Efetua 
a transformação para a paternidade; é a raiz e a fonte da vida e da morte, e também se 
encontra nos tempos dos deuses. 
 
 A Natureza tem quatro estações e cinco elementos. A fim de proporcionarem uma 
longa vida, as 4 estações e os 5 elementos acumulam o poder da criação existente no frio 
(água), no calor (fogo), na secura excessiva(metal), na umidade(terra) e no vento(madeira). 
 
 A doutrina dos 5 elementos tem uma importância igual à do Yin/Yang. Entre eles 
existe uma relação de geração e dominação, onde se encaixam todas as manifestações do 
Universo. A teoria dos 5 elementos considera o Universo, formado pelo movimento e 
transformação dos mesmos. 
 
 Respondendo diretamente sua pergunta com relação a "Ação" dos 5 elementos : 
 
 Madeira : Movimento Fogo : Expansão Terra : Distribuição Metal : Interiorização 
Água : Concentração 
 
 Segundo a Cronobiologia Chineza,o elemento Madeira (primavera) possui a 
capacidade de pôr em movimento, de dar nascimento. O elemento Fogo (verão) significa o 
movimento de expansão. Ele tem a tendência de espalhar o que recebeu da Madeira. O 
papel da Terra (veranico) se situa em dois níveis. De uma parte ela tem um lugar central e 
serve como intermediária entre duas mutações, então ela distribui. Sua ação culmina entre 
o fim do verão e o começo do outono (chamado de veranico). O Metal (outono), 
corresponde a idéia de recolhimento (interiorização) ou interação. Sai da parte mais 
Yang(verão) para se dirigir para a parte mais Yin (inverno). O Metal contém a idéia de 
ajuntar, coletar. O Elemnto Água (Inverno), corresponde ao máximo de Yin, na 
concentração, da qual vai renascer Yang que se dirige para a Madeira. 
 
 A Doutrina dos 5 Elementos estuda os movimentos cíclicos do mundo. 
 
 As forças elementais buscam expressar-se de 3 formas no ciclo de atividade. 
1. O Caminho de Criação e Iniciação 
2. O Caminho de Preservação ou Consolidação 
3. O Caminho de Transição ou Mudança 
 
 O primeiro estágio do ciclo de atividade é a iniciação. Eles pegam coisas para 
aplicarem energia. ( Fogo) O segundo estágio é para assegurar que o início está indo de 
forma segura e permanente, tem que ter um bom início para ser consolidado. A 
estabilidade da Terra é aplicada. 
 
 A ação do Fogo na sólida Terra, produz gases ( Ar ) que através da condensação, 
torna-se Água. Então a mistura desses dois estágios iniciais produzem mudança. 
 
 O terceiro estágio, então, é Mudança, ou a transição de uma condição para a outra.. 
Agua, portanto, acompanha o ar neste ciclo de geração. 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
15
 
 A sequência dos Elementos neste ciclo de geração com a roda é o seguinte : Fogo, 
Terra, Ar e Água, e a sequencia dos tres caminhos de expressão é Criando - Consolidando 
e Mudando. Cada elemento busca, portanto, expressão em cada um dos tres caminhos, 
através de uma sequência de geração em sincronia com os 12 segmentos de tempo da Terra 
na Roda Medicinal, e também são as 12 expressões de personalidade. 
 
 O Fogo busca expressão por meio das idéias, por iniciar novas idéias, consolidando 
e aceitando idéias, e por fazer mudanças nas idéias e encontrar refresco nas circunstâncias. 
 
 O Ar busca expressão por meio da comunicação, por colocar numa forma aquilo 
que já está sendo comunicado e por mudar os métodos de comunicação. 
 
 A Água busca expressão por meio dos ideais, por formular e estabelece-los ou por 
modifica-los para ajustá-los aos tempos. 
 
 A Terra busca expressão por meio do trabalho, e nos tres caminhos de atividade 
pelo trabalho de iniciação, por completar um trabalho, ou por mudar a forma de trabalho. 
 
 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
16
 
 SOLSTÍSICO E EQUINÓCIO 
 
 As estações do ano existem devido à inclinação do eixo terrestre (de 
aproximadamente 23027') em relação ao plano da órbita da Terra ao redor do Sol, e ao 
movimento de translação da Terra ao redor do Sol. 
Observe a figura abaixo: 
 
Órbita da Terra ao redor do Sol: 
 
 Percebemos na figura acima que ao percorrer sua órbita ao redor do Sol a Terra é 
iluminada pelos raios solares de maneiras diferentes conforme sua posição. 
 
 Observamos que nos dias 23 de setembro e 21 de março, ambos os hemisférios 
terrestres são igualmente iluminados. Porém nos dias 22 de dezembro e 22 de junho, os 
hemisférios sul e norte diferem quanto a iluminação. 
 
 Em 22 de dezembro, devido à inclinação do eixo terrestre o hemisfério sul recebe 
mais luz solar, marcando assim o início do verão neste hemisfério, conseqüentemente o 
início do inverno no hemisfério norte. 
 
 Em 22 de junho a Terra se encontra em posição inversa, isto é, o hemisfério norte é 
que está mais voltado para o Sol, de maneira que recebe mais luz, marcando assim o início 
do verão neste hemisfério e início do inverno no hemisfério sul. 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
17
 
 Em 21 de março e 23 de setembro a Terra se encontra em posições tais que ambos 
os hemisférios são igualmente iluminados, marcando assim o início das 'meias estações', 
outono e primavera. 
 
 Chama-se de solstício às posições em que a Terra se encontra em 22 de dezembro e 
22 de junho. Por exemplo, dizemos que dia 22 de dezembro é solstício de verão no 
hemisfério sul e solstício de inverno no hemisfério norte. 
 
 Em astronomia,solstício é o momento em que o Sol, durante seu movimento 
aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha 
do equador. O dia e hora exatos variam de um ano para outro. Quando ocorre no verão 
significa que a duração do dia é a mais longa do ano. Analogamente, quando ocorre no 
inverno, significa que a duração da noite é a mais longa do ano. 
 
 Chama-se equinócio às posições em que a Terra se encontra em 23 de setembro e 
21 de março. Por exemplo, dizemos que dia 23 de setembro é equinócio de primavera no 
hemisfério sul e equinócio de outono no hemisfério norte. 
 
 Devido à órbita elíptica da Terra, as datas nas quais ocorrem os solstícios não 
dividem o ano em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está mais 
próxima do Sol (periélio) viaja mais velozmente do que quando está mais longe (afélio). 
 
 Os trópicos de Câncer e Capricórnio são definidos em função dos solstícios. No 
solstício de verão no hemisfério sul, os raios solares incidem perpendicularmente à Terra 
na linha do Trópico de Capricórnio. No solstício de inverno do hemisfério sul, ocorre a 
mesma coisa no Trópico de Câncer. 
 
 Em várias culturas ancestrais à volta do globo, o solstício de inverno era festejado 
com comemorações que deram origem a vários costumes hoje relacionados com o Natal da 
religião cristã. O solstício de inverno, o menor dia do ano, a partir de quando a duração do 
dia começa a crescer, simbolizava o início da vitória da luz sobre a escuridão. Festas pagãs 
das mitologias persa e indu referenciavam as divindidades de Mitra como um símbolo do 
"Sol Vencedor", marcada pelo solstício de inverno. A cultura do império romano 
incorporou a comemoração dessa divindade através do Sol Invictus. Com o fortalecimento 
da religião cristã, a data em que se comemorava as festas pagãs do "Sol Vencedor" 
passaram referenciar o Natal através da comemoração do nascimento de Jesus Cristo, sem 
vínculos diretos com as antigas festas pagãs. 
 
 Solstícios de Inverno 
 
 Solstício de inverno é um fenômeno astronômico usado para marcar o inicio do 
inverno. Ocorre normalmente entorno do dia 22 de dezembro no hemisfério norte, e 21 de 
junho no hemisfério sul. 
 
 Esta data também era de grande importância para diversas culturas antigas, que de 
um modo geral à associavam simbolicamente às aspectos como o nascimento ou 
renascimento. 
 
 A palavra solstício vem do latin sol (sol), e sistere (que não se move). 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
18
 
 
 O solstício de inverno ocorre quando o sol atinge a maior distancia angular em 
relação ao plano que passa pela linha do equador. Embora sua data não seja a mesma em 
todos os anos, pode-se dizer que no hemisfério sul ocorre entorno do dia 21 de junho, e no 
hemisfério norte, entorno do dia 22 de dezembro. 
 
 Esse momento não é fixo no calendário gregoriano em função do ano tropical da 
terra não ser um múltiplo exato de dias. 
 
 Importância cultural e religiosa 
 Esta data tinha grande importância para diversas culturas antigas que geralmente 
realizavam celebrações e festivais ligados às suas religiões. 
 
 Chineses: no calendário chinês, o solstício de Inverno chama-se dong zhi (chegada 
do Inverno) e é considerado uma data de importância extrema, visto ser aí festejada a 
passagem de ano. 
 
 Europa pré-cristã: os povos da Europa pré-cristã, chamados pelos católicos de 
pagãos, tinham grande ligação com esta data. Segundo alguns, monumentos como 
Stonehenge eram construídos de forma a estarem orientados para o por do sol do solstício 
de inverno e nascer do sol no solstício de verão. 
 
 Roma antiga: entre os romanos os festivais eram muito populares. O período 
marcava a Saturnália, em homenagem ao deus Saturno. O deus persa Mitra, também 
cultuado por muitos romanos, teria nascido durante o solstício. Divindades ligadas ao Sol 
em geral eram celebradas no solstício também. Com a introdução do cristianismo no 
Império Romano houve, por parte da Igreja Católica, uma tentativa de cristianizar os 
festivais "pagãos". Há indícios de que a data de 25 de dezembro foi escolhida para 
representar o nascimento de Cristo já no século IV. Não há qualquer evidência bíblica de 
que Jesus teria nascido durante o inverno, mas o período do solstício, visto como o 
renascimento do Sol, carrega forte representatividade. Além disso, conseguiu aproveitar a 
popularidade das festividades da época. 
 
 Neopaganismo: hoje esta data é revivida na celebração do Sabbat Neopagão Yule. 
Que revive algumas antigas tradições religiosas dos povos europeus pré-cristãos. 
 
 
Iluminação da Terra pelo Sol durante o solstício do hemisfério norte 
 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
19
 
 
Iluminação da Terra pelo Sol durante o solstício do hemisfério sul. 
 
 
 Equinócio 
 
 Em astronomia, equinócio é definido como um dos dois momentos em que o Sol, 
em sua órbita aparente (como vista da Terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do 
equador terrestre projetada na esfera celeste). Mais precisamente é o ponto onde a eclíptica 
cruza o equador celeste. 
 
 A palavra equinócio vem do Latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites 
iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração do dia, 
considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do 
círculo solar está acima do horizonte e o pôr do Sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em 
que o círculo solar encontra-se metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a 
noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração. 
 
 Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro e definem as mudanças de 
estação. No hemisfério norte a primavera inicia em março e o outono em setembro. No 
hemisfério sul é o contrário, a primavera inicia em setembro e o outono em março. 
 
 As datas dos equinócios variam de um ano para outro devido aos anos tropicais (o 
período entre dois equinócios de março) não terem exatamente 365 dias, fazendo com que 
a hora precisa do equinócio varie ao longo de um período de dezoito horas, que não 
encaixa necessariamente no mesmo dia. O ano trópico é um pouco menor que 365 dias e 6 
horas. Assim, num ano comum, tendo 365 dias e portanto mais curto, a hora do equinócio é 
cerca de seis horas mais tarde que no ano anterior. Ao longo de cada sequência de três anos 
comuns, as datas tendem a adiantar-se um pouco menos de seis horas a cada ano. Entre um 
ano comum e o ano bissexto seguinte há um aparente atraso devido à intercalação do dia 
29 de fevereiro. 
 
 Também se verifica que a cada ciclo de quatro anos os equinócios tendem a atrasar-
se. Isto implica, que ao longo do mesmo século, as datas dos equinócios tendem a ocorrer 
cada vez mais cedo. Assim, no século XXI só houve dois anos em que o equinócio de 
março aconteceu no dia 21 (2003 e 2007); nos demais, o equinócio tem ocorrido em 20 de 
março. Prevê-se que, por volta do ano 2040, passe a haver anos em que o equinócio 
aconteça no dia 19. Esta tendência só irá desfazer-se no fim do século, quando houver uma 
sequência de sete anos comuns consecutivos (2097 a 2103), em vez dos habituais três. 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
20
 
 Devido à órbita da Terra, as datas em que ocorrem os equinócios não dividem o ano 
em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol 
(periélio) viaja mais velozmente do que quanto está mais longe (afélio). 
 
 Referências Culturais 
 Em várias culturas nórdicas ancestrais, o equinócio da primavera era festejado com 
comemorações que deram origem avários costumes hoje relacionados com a Páscoa da 
religião cristã. 
 
 
 
 As Estações 
 A Primavera é a estação do ano que se segue ao Inverno e precede o Verão. É 
tipicamente associada ao reflorescimento da flora e da fauna terrestres. A Primavera do 
hemisfério norte é chamada de "Primavera boreal", e a do hemisfério sul é chamada de 
"Primavera austral". A "Primavera boreal" tem início, no Hemisfério Norte, a 20 de Março 
e termina a 21 de Junho. A "Primavera austral" tem início, no Hemisfério Sul, a 23 de 
Setembro e termina a 21 de Dezembro. 
 
 Do ponto de vista da Astronomia, a primavera do hemisfério sul inicia-se no 
equinócio de Setembro e termina no solstício de Dezembro, no caso do hemisfério norte 
inicia-se no equinócio de Março e termina no solstício de Junho. 
 
 Como se constata, no dia do equinócio o dia e a noite têm a mesma duração. A cada 
dia que passa, o dia aumenta e a noite vai encurtando um pouco, aumentando, assim, a 
insolação do hemisfério respectivo. 
 
 Estas divisões das estações por equinócios e solstícios poderão ser fonte de 
equívocos, mas deve-se levar em conta a influência dos oceanos na temperatura média das 
estações. Na Primavera do hemisfério sul, os oceanos meridionais ainda estão frios e vão 
aos poucos aquecendo, fazendo a Primavera ter temperaturas amenas ao longo da estação. 
 
 O Verão é uma das quatro estações do ano. Neste período, as temperaturas 
permanecem elevadas e os dias são longos. Geralmente, o verão é também o período do 
ano reservado às férias. O Verão do hemisfério norte é chamado de "Verão boreal", e o do 
hemisfério sul é chamado de "Verão austral". O "Verão boreal" tem início com o solstício 
de Verão do Hemisfério Norte, que acontece cerca de 21 de Junho, e finda com o 
equinócio de Outono nesse mesmo hemisfério, por volta de 23 de Setembro. O "Verão 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
21
 
austral" tem início com o solstício de Verão do Hemisfério Sul, que acontece cerca de 21 
de Dezembro, e finda com o equinócio de Outono, por volta de 20 de Março nesse mesmo 
hemisfério. 
 
 Nos tempos primitivos, era comum dividir o ano em cinco estações, sendo o verão 
dividido em duas partes: o verão propriamente dito, de tempo quente e chuvoso 
(geralmente começava no fim da primavera), e o estio, de tempo quente e seco — palavra 
da qual deriva o termo "estiagem". Atualmente, usa-se a palavra "estio" como sinônimo 
raro para verão. 
 
 O Outono é a estação do ano que sucede ao Verão e antecede o Inverno. É 
caracterizado por queda na temperatura , (excepto nas regiões próximas ao equador) e pelo 
amarelar das folhas das árvores, que indica a passagem de estações. O Outono do 
hemisfério norte é chamado de "Outono boreal", e o do hemisfério sul é chamado de 
"Outono austral". O "Outono boreal" tem início, no Hemisfério Norte, a 21 de Setembro e 
termina a 21 de Dezembro. O "Outono austral" tem início, no Hemisfério Sul, a 20 de 
Março e termina a 20 de Junho. 
 
 Inverno é uma das quatro estações do ano nas zonas temperadas. O inverno do 
hemisfério norte é chamado de "inverno boreal", e o do hemisfério sul é chamado de 
"inverno austral". O "inverno boreal" tem início com o solstício de inverno no hemisfério 
norte, que ocorre por volta de 21 de dezembro, e termina com o equinócio de primavera, 
que acontece perto de 21 de março nesse mesmo hemisfério. O "inverno austral" tem início 
com o solstício de inverno no hemisfério sul, que ocorre por volta de 21 de junho, e 
termina com o equinócio de primavera, que acontece perto de 23 de Setembro nesse 
mesmo hemisfério. 
 
 Engloba parte dos meses de Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março no hemisfério 
norte, e Junho, Julho, Agosto e Setembro no hemisfério sul. 
 
 Acontece porque os raios solares incidem praticamente perpendicularmente no 
hemisfério onde acontece o verão e consequentemente, tem uma incidência tangencial no 
hemisfério oposto. 
 
 
 
 
 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
22
 
 OS NÚMEROS 
 
 Você já usou muitas vezes os números, mas será que já parou para pensar sobre: 
Para descobrir sobre a origem dos números, precisamos mergulhar um pouco da história 
humana e entender os motivos religiosos desses criadores. Na verdade, desconhecemos 
qualquer outro motivo que tenha gerado os números. 
 
 Os historiadores são auxiliados por diversas descobertas, como o estudo das ruínas 
de antigas civilizações, estudos de fósseis, o estudo da linguagem escrita e a avaliação do 
comportamento de diversos grupos étnicos desde o princípio dos tempos. 
 
 Olhando ao redor, observamos a grande presença dos números. 
 
 Quanto mais voltarmos na história, veremos que menor é a presença dos números. 
 
 O Início do processo de contagem 
 
 Os homens primitivos não tinham necessidade de contar, pois o que necessitavam 
para a sua sobrevivência era retirado da própria natureza. A necessidade de contar 
começou com o desenvolvimento das atividades humanas, quando o homem foi deixando 
de ser pescador e coletor de alimentos para fixar-se no solo. 
 
 O homem começou a plantar, produzir alimentos, construir casas, proteções, 
fortificações e domesticar animais, usando os mesmos para obter a lã e o leite, tornando-se 
criador de animais domésticos, o que trouxe profundas modificações na vida humana. 
 
 As primeiras formas de agricultura de que se tem notícia, foram criadas há cerca de 
dez mil anos na região que hoje é denominada Oriente Médio. 
 
 A agricultura passou então a exigir o conhecimento do tempo, das estações do ano e 
das fases da Lua e assim começaram a surgir as primeiras formas de calendário. 
 
 No pastoreio, o pastor usava várias formas para controlar o seu rebanho. Pela 
manhã, ele soltava os seus carneiros e analisava ao final da tarde, se algum tinha sido 
roubado, fugido, se perdido do rebanho ou se havia sido acrescentado um novo carneiro ao 
rebanho. Assim eles tinham a correspondência um a um, onde cada carneiro correspondia a 
uma pedrinha que era armazenada em um saco. 
 
 No caso das pedrinhas, cada animal que saía para o pasto de manhã correspondia a 
uma pedra que era guardada em um saco de couro. No final do dia, quando os animais 
voltavam do pasto, era feita a correspondência inversa, onde, para cada animal que 
retornava, era retirada uma pedra do saco. Se no final do dia sobrasse alguma pedra, é 
porque faltava algum dos animais e se algum fosse acrescentado ao rebanho, era só 
acrescentar mais uma pedra. A palavra que usamos hoje, cálculo, é derivada da palavra 
latina calculus, que significa pedrinha. 
 
 A correspondência unidade a unidade não era feita somente com pedras, mas eram 
usados também nós em cordas, marcas nas paredes, talhes em ossos, desenhos nas cavernas 
e outros tipos de marcação. 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
23
 
 Os talhes nas barras de madeira, que eram usados para marcar quantidades, 
continuaram a ser usados até o século XVIII na Inglaterra. A palavra talhe significa corte. 
Hoje em dia, usamos ainda a correspondência unidade a unidade. 
 
 Representação Numérica 
 Com o passar do tempo, as quantidades foram representadas por expressões, gestos, 
palavras e símbolos, sendo que cada povo tinha a sua maneira de representação. 
 
 A faculdade humana natural de reconhecimento imediato de quantidades se resume 
a, no máximo, quatro elementos. Este senso numérico que é a faculdade que permite 
reconhecer que alguma coisa mudou em uma pequena coleção quando, sem seu 
conhecimento direto, um objeto foi tirado ou adicionado, à coleção. 
 
 O senso numérico não podeser confundido com contagem, que é um atributo 
exclusivamente humano que necessita de um processo mental. 
 
 "Distingüimos, sem erro e numa rápida vista um, dois, três e mesmo quatro 
elementos. mas aí para nosso poder de identificação dos números." História Universal dos 
Algarismos", Georges Ifrah. 
 
 Temos também, alguns animais, ditos irracionais, como os rouxinóis e os corvos, 
que possuem este senso numérico onde reconhecem quantidades concretas que vão de um 
até três ou quatro unidades. Existe um exemplo célebre sobre um corvo que tinha 
capacidade de reconhecer quantidades. 
 
 Curiosidade: Um fazendeiro estava disposto a matar um corvo que fez seu ninho na 
torre de observação de sua mansão. Por diversas vezes, tentou surpreender o pássaro, mas 
em vão: à aproximação do homem, o corvo saía do ninho. De uma árvore distante, ele 
esperava atentamente até que o homem saísse da torre e só então voltava ao ninho. Um dia, 
o fazendeiro tentou um ardil: dois homens entraram na torre, um ficou dentro e o outro saiu 
e se afastou. Mas o pássaro não foi enganado: manteve-se afastado até que o outro homem 
saísse da torre. A experiência foi repetida nos dias subsequentes com dois, três e quatro 
homens, ainda sem sucesso. Finalmente, foram utilizados cinco homens como antes, todos 
entraram na torre e um permaneceu lá dentro enquanto os outros quatro saíam e se 
afastavam. Desta vez o corvo perdeu a conta. Incapaz de distinguir entre quatro e cinco, 
voltou imediatamente ao ninho. 
 
 Alguns Símbolos Antigos 
 No começo da história da escrita de algumas civilizações como a egípcia, a 
babilônica e outras, os primeiros nove números inteiros eram anotados pela repetição de 
traços verticais: 
 I II III IIII IIIII IIIIII IIIIIII IIIIIIII IIIIIIIII 
 1 2 3 4 5 6 7 8 9 
 Depois este método foi mudado, devido à dificuldade de se contar mais do que 
quatro termos: 
 I II III IIII IIII 
 I IIII 
 II IIII 
 III IIII 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
24
 
 IIII IIII 
 IIII 
 I 
 1 2 3 4 5 6 7 8 9 
 
 Um dos sistemas de numeração mais antigos que se tem notícia é o egípcio. É um 
sistema de numeração de base dez e era composto pelos seguintes símbolos numéricos: 
 
 Outro sistema de numeração muito importante foi o da Babilônia, criado a 
aproximadamente 4 mil anos. 
 
 Algumas das primeiras formas de contagem foram utilizadas com as partes do 
corpo humano, sendo que em algumas aldeias os indivíduos chegavam a contar até o 
número 33. 
 
 O ábaco 
 O ábaco, em sua forma geral, é uma moldura retangular com fileiras de arame, cada 
fileira representando uma classe decimal diferente, nas quais correm pequenas bolas 
 
 No princípio, os sistemas de numeração não facilitavam os cálculos, logo, um dos 
instrumentos utilizados para facilitar os cálculos foi o ábaco muito usado por diversas 
civilizações orientais e ocidentais. No Japão, o ábaco é chamado de soroban e na China de 
suánpan, que significa bandeja de calcular. 
 
 O Sistema de numeração Indo-Arábico 
 Nosso sistema de numeração surgiu na Ásia, há muitos séculos no Vale do rio Indo, 
onde hoje é o Paquistão. 
 
 O primeiro número inventado foi o 1 e ele significava o homem e sua unicidade, o 
segundo número 2, significava a mulher da família, a dualidade e o número 3 (três) 
significava muitos, multidão. A curiosidade sobre os nomes do 3, não deve ter ocorrido por 
acaso. 
 
 Inglês Francês Latim Grego Italiano Espanhol 
 three trois tres treis tre tres 
 Sueco Alemão Russo Polonês Hindu Português 
 tre drei tri trzy tri três 
 
 Notas históricas sobre a atual notação posicional 
 Foi no Norte da Índia, por volta do século V da era cristã, que nasceu o mais antigo 
sistema de notação próximo do atual, o que é comprovado por vários documentos, além de 
ser citado por árabes (a quem esta descoberta foi atribuída por muitos anos). 
 
 Antes de produzir tal sistema, os habitantes da Índia setentrional usaram por muito 
tempo uma numeração rudimentar que aparece em muitas inscrições do século III antes de 
Cristo. 
 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
25
 
 Esta numeração tinha uma característica do sistema moderno. Seus nove primeiros 
algarismos eram sinais independentes: 
 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 
 
 O que significava que um número como o 5 não era entendido como 5 unidades 
mas como um símbolo independente. 
 
 Por muito tempo, estes algarismos foram denominados algarismos arábicos, de uma 
forma errada. 
 
 Ainda existia nesta época a dificuldade posicional e os hindus passaram a usar a 
notação por extenso para os números, pois não podiam exprimir grandes números por 
algarismos. 
 
 Sem saber, estavam criando a notação posicional e também o zero. 
 
 Cada algarismo tinha um nome: 
 1 2 3 4 5 6 7 8 9 
 eka dvi tri catur pañca sat sapta asta nava 
 
 Quando foi criada pelos hindús a base 10, cada dezena, cada centena e cada milhar, 
recebeu um nome individual: 
 10 = dasa 
 100 = sata 
 1.000 = sahasra 
 10.000 = ayuta 
 100.000 = laksa 
 1.000.000 = prayuta 
 10.000.000 = koti 
 100.000.000 = vyarbuda 
 1.000.000.000 = padma 
 
 Ao invés de fazer como hoje, de acordo com as potências decrescentes de 10, os 
hindus escreviam os números em ordem crescente das potências de 10 por volta do século 
IV depois do nascimento de Jesus Cristo. Eles começavam pelas unidades, depois pelas 
dezenas, pelas centenas e assim por diante. O número 3.709 ficava: 
 9 700 3000 
 nove sete centos três mil 
 nava sapta sata tri sahasra 
 
 Poderiamos escrever o número 12.345 como: 
 pañca caturdasa trisata dvisahasra ayuta 
 pois, 12.345 = 5 + 40 + 300 + 2.000 + 10.000, logo: 
 5 = pañca 
 40 = catur dasa 
 300 = tri sata 
 2.000 = dvi sahasra 
 10.000 = ayuta 
 pañca caturdasa trisata dvisahasra ayuta 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
26
 
 
 Esta já era uma forma especial. 
 
 Em virtude da grande repetição que ocorria com as potências de 10, por volta do 
século V depois do nascimento de Jesus Cristo, os matemáticos e astrônomos hindus 
resolveram abreviar a notação retirando os múltiplos de 10 que apareciam nos números 
grandes, assim o número 12.345 que era escrito como: 
 pañca caturdasa trisata dvisahasra ayuta 
 passou a ser escrito apenas: 
 54321 = pañca catur tri dvi dasa 
 12345 = 5 + 4×10 + 3×100 + 2×1000 + 1×10000 
 
 E esta se transformou em uma notação falada e escrita posicional excelente para a 
época, mas começaram a acontecer alguns problemas como escrever os números 321 e 
301. 
 321 = 1 + 2 x 10 + 3 x 100 
 321 = dasa dvi tri 
 301 = 1 + 3 x 100 
 301 = dasa tri 
 
 É lógico que este último número não poderia ser o 31, pois: 
 31 = 1 + 3 x 10 
 31 = dasa tri 
 
 No número 301 faltava algo para representar as dezenas. 
 
 Para construir este material, usamos algumas partes do excelente livro: "Os 
números: A história de uma grande invenção", Georges Ifrah, Editora Globo, 3a.edição, 
1985, com a permissão da Editora. 
 
 Notas históricas sobre a criaçãodo zero 
 
 Tendo em vista o problema na construção dos números como 31 e 301, os hindus 
criaram um símbolo para representar algo vazio (ausência de tudo) que foi denominado 
sunya (a letra s tem um acento agudo e a letra u tem um traço horizontal sobre ela). 
 
 Dessa forma foi resolvido o problema da ausência de um algarismo para representar 
as dezenas no número 301 e assim passaram a escrever: 
 301 = 1 + ? x 10 + 3 x 100 
 301 = dasa sunya tri 
 
 Os hindus tinham acabado de descobrir o zero. 
 
 Porém, estas notações só serviam para as palavras e não para os números, mas 
reunindo essas idéias apareceram juntos o zero bem como o atual sistema de notação 
posicional. 
 
 Um dos primeiros locais onde aparece a notação posicional é um tratado de 
cosmologia denominado: Lokavibhaga, publicado na data de 25 de agosto de 458 do 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
27
 
calendário juliano, por um movimento religioso hindú para enaltecer as suas próprias 
qualidades científicas e religiosas. Neste texto, aparece o número 14.236.713 escrito 
claramente: 
 triny ekam sapta sat trini dve catvary ekakam 
 três um sete seis três dois quatro um 
 
 Escrever tais números na ordem invertida, fornece: 
 um quatro dois três seis sete um três 
 1 4 2 3 6 7 1 3 
 
 Números como 123.000 eram escritos como: 
 sunya sunya sunya tri dvi dasa 
 
 que significa: 
 zero zero zero três dois um 
 que escrito na ordem invertida fornece: 
 um dois três zero zero zero 
 
 No texto existe a palavra hindú sthanakramad que significa "por ordem de posição". 
 
 Observamos que tal notação posicional já era então conhecida no quinto século de 
nossa era por uma grande quantidade de cientistas e matemáticos. 
 
 Para escrever este material, usamos alguns tópicos do excelente livro: "Os números: 
A história de uma grande invenção", Georges Ifrah, Editora Globo, 3a.edição, 1985. 
 
 Notação Posicional 
 O sistema de numeração posicional indiano surgiu por volta do século V. Este 
princípio de numeração posicional já aparecia nos sistemas dos egípcios e chineses. 
 
 No sistema de numeração indiana não posicional que aparece no século I não 
existia a necessidade do número zero. 
 
 Notação (ou valor) posicional é quando representamos um número no sistema de 
numeração decimal, sendo que cada algarismo tem um determinado valor, de acordo com a 
posição relativa que ele ocupa na representação do numeral. 
 
 Mudando a posição de um algarismo, estaremos alterando o valor do número. Por 
exemplo, tomemos o número 12. Mudando as posições dos algarismos teremos 21. 
 12 = 1 × 10 + 2 
 21 = 2 × 10 + 1 
 
 O zero foi o último número a ser inventado e o seu uso matemático parece ter sido 
criado pelos babilônios. Os documentos mais antigos conhecidos onde aparece o número 
zero, não são anteriores ao século III antes de Cristo. Nesta época, os números continham 
no máximo três algarismos. 
 
 Um dos grandes problemas do homem começou a ser a representação de grandes 
quantidades. A solução para isto foi instituir uma base para os sistemas de numeração. Os 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
28
 
numerais indo-arábicos e a maioria dos outros sistemas de numeração usam a base dez, isto 
porque o princípio da contagem se deu em correspondência com os dedos das mãos de um 
indivíduo normal. 
 
 Na base dez, cada dez unidades é representada por uma dezena, que é formada pelo 
número um e o número zero: 10. 
 
 A base dez já aparecia no sistema de numeração chinês. 
 
 Os sumérios e os babilônios usavam a base sessenta. 
 
 Alguma vez você questionou sobre a razão pela qual há 360 graus em um círculo? 
Uma resposta razoável é que 360=6x60 e 60 é um dos menores números com grande 
quantidade de divisores, como por exemplo: 
 D(60) = { 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 12, 15, 20, 30, 60} 
 
 Os indianos reuniram as diferentes características do princípio posicional e da base 
dez em um único sistema numérico. Este sistema decimal posicional foi assimilado e 
difundido pelos árabes e por isso, passou a ser conhecido como sistema indo-arábico. 
 
 Nosso sistema de numeração retrata o ábaco. Em cada posição que um número se 
encontra seu valor é diferente. 
 
 O Sistema Romano de Numeração 
 O sistema de numeração Romano é um sistema decimal, ou seja, sua base é dez. 
Este sistema é utilizado até hoje em representações de séculos, capítulos de livros, 
mostradores de relógios antigos, nomes de reis e papas e outros tipos de representações 
oficiais em documentos. Estas eram as primeiras formas da grafia dos algarismos romanos. 
 
 Tal sistema não permite que sejam feitos cálculos, não se destinavam a fazer 
operações aritméticas mas apenas representar quantidades. Com o passar do tempo, os 
símbolos utilizados pelos romanos eram sete letras, cada uma com um valor numérico: 
 Letra I V X L C D M 
 Valor 1 5 10 50 100 500 1000 
 Leitura Um Cinco Dez Cinquenta Cem Quinhentos Mil 
 Estas letras obedeciam aos três princípios: 
 
 Todo símbolo numérico que possui valor menor do que o que está à sua esquerda, 
deve ser somado ao maior. 
 VI = 5 + 1 = 6 
 XII = 10 + 1 + 1 = 12 
 CLIII = 100 + 50 + 3 = 153 
 
 Todo símbolo numérico que possui valor menor ao que está à sua direita, deve ser 
subtraído do maior. 
 IX = 10 - 1 = 9 
 XL = 50 - 10 = 40 
 VD = 500 - 5 = 495 
 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
29
 
 Todo símbolo numérico com um traço horizontal sobre ele representa milhar e o 
símbolo numérico que apresenta dois traços sobre ele representa milhão. 
 
 Conclusão 
 Os números são símbolos que a principio vieram para organizar, comparar e 
somente com a criação do comercio foi utilizado como forma de calculo. Os números são 
precursores das letras e da fala 
 
 Vejamos o número um ele é como uma simples reta, designando assim uma 
unidade, podemos observar também que os números tem uma forte relação com as figuras 
geométricas. 
 
 É assim também que se simboliza o número dois que é composto de duas retas, 
formando um ângulo agudo, Na seqüência temos o número três que contem três retas que 
fechadas formam um triângulo, o quatro também segue esta rotina, que só será quebrada do 
número cinco em diante que é onde se fortificam e se mistificam os símbolos, são umas 
séries de elementos “gramas” (pentagrama, hexagrama, etc.). 
 
 Porém o número mais curioso é aquele que é neutro e não contém valor algum. Será 
mesmo ele assim? 
 
 O número zero é o número que é inicio e fim. Ele é fim quando acabam os números 
negativos e inicio quando começam os positivos. 
 
 O número zero é simbolizado por um circulo, e o circulo é assim, não tem principio 
e nem fim 
 
 É como a figura de Oroboros, que veremos a seguir, ou do próprio infinito, onde 
muitos acreditam serem dois infinitos, ou até mesmo, dois lados do infinito interligados, 
um que seria o mundo existencial e outro que seria o espiritual, e que assim em nossa 
jornada caminhamos por estes dois mundos. 
 
 Todo circulo é em si infinito, mesmo havendo ponto de partida e chegada, explica-
se, tome como ponto de partida o local onde você reside, viagem em linha reta pelo 
mundo, cruze o globo e retorne pelo outro lado. Sentiu o infinito? Pois é, ele nunca acaba,mesmo chegando ao ponto onde partiu, daria-se assim outro inicio, outra jornada. 
 
 São assim também as coisas do mundo elas tem um fim, mas não definitivo, porque 
todo fim, na verdade é um recomeço. E é esse o recado, o enigma que nos passa o número 
zero, a figura do círculo, oroboros, infinito ou seja lá qual outro nome ele receber. 
 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
30
 
 
 OUROBOROS 
 Ouroboros (ou oroboro ou ainda uróboro) é um símbolo representado por uma 
serpente, ou um dragão, que morde a própria cauda. É um símbolo para a eternidade. Está 
relacionado com a alquimia, que é por vezes representado como dois animais míticos, 
mordendo rabo um ao outro.. É possível que o símbolo matemático de infinito tenha tido 
sua origem a partir desta imagem. 
 
 Segundo o Dictionnaire des symboles o 
ouroboros simboliza o ciclo da evolução voltando-se 
sobre si mesmo. O símbolo contém as ideias de 
movimento, continuidade, auto fecundação e, em 
consequência, eterno retorno. 
 Albert Pike, em seu livro, Morals and Dogma 
[p. 496], explica: "A serpente, enrolada em um ovo, 
era um símbolo comum para os egípcios, os druidas e 
os indianos. É uma referência à criação do universo". 
 A forma circular do símbolo permite ainda a 
interpretação de que a serpente figura o mundo infernal, enquanto o mundo celeste é 
simbolizado pelo círculo. 
 
 Noutra interpretação, menos maniqueísta, a serpente rompe uma evolução linear, ao 
morder a cauda, marcando uma mudança, pelo que parece emergir num outro nível de 
existência, simbolizado pelo círculo. 
 
 Para alguns autores, a imagem da serpente mordendo a cauda, fechando-se sobre o 
próprio ciclo, evoca a roda da existência. A roda da existência é um símbolo solar, na 
maior parte das tradições. Ao contrário do círculo, a roda tem certa valência de 
imperfeição, reportando-se ao mundo do futuro, da criação contínua, da contingência, do 
perecível. 
 
 O ouroboros costuma ser representado pelo círculo. O que parece indicar, além do 
perpétuo retorno, a espiral da evolução, a dança sagrada de morte e reconstrução. 
 
 Pode-se referir que o ouroboros, ou símbolos semelhantes, constam de obras 
alquímicas, nas quais significa “alimenta este fogo com fogo, até que se extinga e obterás a 
coisa mais estável que penetras todas as coisas, e um verme devorou o outro, e emerge esta 
imagem”. Isto, após uma fase em que pela separação se divide o um em dois, que contém 
em si mesmo o três e o quatro, “... é um fogo que consome tudo, que abre e fecha todas as 
coisas”. 
 
 Registre-se ainda, na tentativa de avançar pistas para a raiz etimológica da palavra 
“ouroboros”, que em copta “ouro” significa “rei” e em hebraico “ob” significa “serpente”. 
 
 Se o segundo símbolo constante da nossa imagem for uma alcachofra, diga-se que 
esta é tida por alguns o análogo vegetal da fénix, pois após ser submetida ao calor a sua 
flor perde o colorido e fica totalmente branca, posto o que renasce. 
 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
31
 
 Geralmente, nos livros antigos, o símbolo vem acompanhado da expressão "Hen to 
pan" (o um, o todo). Remete-se assim, mais uma vez, ao tema da ressurreição, que pode 
simbolizar o “novo” nascimento do iniciado. 
 
 Em relação a certos ensinamentos do budismo tibetano (como dzogchen e 
mahamudra), pode-se esboçar uma maneira específica para vivenciar (em estado 
meditativo) este ato de "morder a própria cauda". Por exemplo, ao perceber-se num estado 
mental atípico (além das formas habituais) procurar olhar a si mesmo. 
 
 O Ouroboros é a representação gráfica de uma serpente ou um dragão, em forma 
circular, engolindo a própria cauda. Este símbolo é encontrado na antiga literatura esotérica 
(alguma vezes, associado à frase Hen to pan – O Todo ou O um) e em diversas tradições 
ocultistas e escolas iniciáticas em forma de amuleto. 
 
 A origem etimológica do termo Ouroboros está, supostamente, na linguagem copta 
e no idioma hebreu, na qual ouro, em copta, significa Rei, e ob em hebreu, significa 
serpente. Mas, precisar sua origem e significado primitivo, torna-se uma tarefa 
praticamente impossível. Mesmo que de certa forma estejam interligados mas, 
paralelamente, trazem interpretações distintas. 
 
 Os primeiros registros deste arquétipo foram encontrados entre os egípcios, 
chineses e povos do norte europeu (associado a serpente folclórica Jörmungandr) há mais 
de 3000 anos. Na civilização egípcia, é uma representação da ressurreição da divindade 
egípcia Rá, sob a forma do Sol. Também é encontrado entre os fenícios e gregos. 
 
 Símbolos & Signos 
 Entre tantos símbolos relacionados, o Ouroboros é um dos que apresenta maior 
hipótese de significados. Isto porque há outras representações iconográficas contidas e 
associadas ao próprio Ouroboros. 
 
 A serpente, que nos textos canônicos está associada às aspectos maléficos, como no 
livro Gênesis 3:13, (Perguntou o Senhor Deus à mulher: Que é isto que fizeste? Respondeu 
a mulher: A Serpente enganou-me, e eu comi.), na maior parte das culturas pré-cristãs, é 
um símbolo de sabedoria. Partindo do princípio que o Ouroboros é um símbolo pré-cristão, 
pode-se supor que este conceito de sabedoria é predominante. 
 
 Mas, pode-se também interpretar que o ato de engolir a si mesma, é uma 
interrupção do ciclo humano em uma busca evolutiva do espírito noutros planos. Por outro 
lado, pode significar a auto-destruição através do ato de consumir a própria carne e até 
mesmo a auto-fecundação. Ainda, o fato de encontrar-se na forma circular é um arquétipo 
representativo de movimentos ininterruptos e pode representar também o Universo. Além 
da interpretação de que a serpente atua nas esferas inferiores (Inferno), enquanto o círculo 
representa o Reino Divino. Em outras situações, o animal tem duas cores distintas. Neste 
caso, provavelmente, uma referência a Yin e Yang, ou pólos masculino e feminino, dia e 
noite, bem e mal, e outros paradoxos da natureza. 
 
 Sob uma perspectiva alquímica, o Ouroboros é representado na figura de dois 
animais míticos engolindo um a cauda do outro; não sendo, neste caso, necessariamente, 
uma serpente. Segundo o Uractes Chymisches Werk (Leipzig – 1760), "alimenta este fogo 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
32
 
com fogo, até que se extinga e obterás a coisa mais estável que penetras todas as coisas, e 
um verme devorou o outro, e emerge esta imagem". Esta descrição alquímica é uma alusão 
ao processo de separação do material em dois elementos distintos. 
 
 Porém, de uma forma mais ampla, o Ouroboros é uma representação dos ciclos 
reencarnatórios da alma humana. Ainda, segundo o Dictionnaire des Symboles, simboliza 
o "ciclo da evolução fechado sobre si mesmo. O símbolo contém as idéias de movimento, 
continuidade, autofecundação e, em conseqüência, o eterno retorno". Na obra Magic 
Symbols de Frederick Goodman é citado "serpente... [seja] o símbolo da sabedoria dos 
verdadeiros filósofos" e "O Tempo, do qual apenas a sabedoria brota". 
 
 Atualmente, o Ouroboros é comumente encontrado em amuletos esotéricos, na 
simbologia maçônica e na teosofia. Porém, também está presente no selo dos Estados 
Unidos da América, posicionado acima da águia bicéfala. Ainda, é muito comum encontrá-
lo em monumentos funerários, fazendo alusão, mais uma vez, aos ciclos da vida. 
 
 
 
http://projetoalquimia.wordpress.com/ http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/ 
 
33
 
 ZODÍACOS 
 
 Os principais elementos o Fogo, a Terra, o Ar e a Água, e cada um de nós sintoniza 
em maior ou menor grau com algumas dessas ondas vibratórias. 
Cada elemento age em três modalidades vibratórias: cardinal, fixa e mutável.

Outros materiais