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2
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
Nome (s) do (s) aluno (s) RA: 
JULIA 
LAÍS 
TRABALHO DE OBSERVAÇÃO COM SITUAÇÃO PROBLEMA – 1º BIMESTRE
Campus JUNDIAÍ
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
1.1 PRIMEIRA INFÂNCIA	5
1.2 SEGUNDA INFÂNCIA	5
1.3 TERCEIRA INFÂNCIA 	5
2 MÉTODO	6
2.1 OBJETIVO	5
2.1 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................................5
2.2 SITUAÇÃO PROBLEMA.............................................................................................................5
3 DISCUSSÃO – ARTICULAÇÃO TEÓRICA	7
4 REFERÊNCIAS	8
1 INTRODUÇÃO
O respectivo trabalho permeia sobre as diversas fases do desenvolvimento infantil: físico, cognitivo e psicossocial. Contempla o período considerado infância de 0 a 11 anos e 30 dias. 
 O estudo sobre a infância foi dividido entre a primeira infância, segunda infância e terceira infância.
Em seguida realizamos uma profunda análise do estudo de caso de Salomão e Romana, que prestes a se divorciarem foram buscar ajuda psicológica para auxiliar seu filho a passar por essa situação, na análise do estudo de caso recorremos as principais teorias de Erickson e Piaget que discorrem sobre o desenvolvimento infantil. Também relatamos outros autores que abordam o desenvolvimento humano dando ênfases pontuais de acordo com o contexto. 
 
1.1 Primeira Infância
Nascimento e desenvolvimento físico nos três primeiros anos
No século XX o nascimento das crianças em diversos países desenvolvidos era um ritual social feminino, em volta da mulher ficavam parentes e vizinhos do mesmo sexo. A parteira que comandava não tinha nenhum treinamento formal, porém assim que realizava o parto ela cortava o cordão umbilical e examinava o bebê, nesse tempo o nascimento de uma criança era muito perigoso e tornava-se uma luta contra a morte, as mulheres realizava seu parto em casa, ás vezes com parteiras e ás vezes sozinhas, sem nenhum benéfico e preparo, através desse ato causava morte entre a mulher ou seu filho, ou os dois juntos. Depois de um tempo os partos passaram a ser realizado no hospital, a partir dessa ideia começou a diminuir o número de mortes e riscos de gravidez. O trabalho de parto ocorre em três etapas: a primeira, a mais longa e geralmente as mulheres que tem o primeiro filho que é a mais curta etapa, dependendo da etapa as contrações podem ser fortes e intensas ou razoáveis, assim o bebê se desloca em direção ao canal vaginal, se passar mais de duas horas é sinal que precisa e uma ajuda. No final das etapas nasce o bebê, porém ainda ligado à placenta no corpo da mãe pelo cordão umbilical, que cuidadosamente deve ser cortado e fechado. A monitoração eletrônica fetal é usada para acompanhar durante o parto os batimentos cardíacos e alertar qualquer problema sério, fornece valiosas informações até os mínimos detalhes. Existem dois tipos de parto, o normal e a cesariana, cada um de uma forma e vantagem diferente, o parto mais comum é o normal, o que deveria ser mais indicado por ele ser “natural”, porém, as mulheres preferem o parto cesariano, por dizer que não sentem dor, só que ele acaba sendo perigoso e trazendo problemas ás mães quanto aos recém-nascidos, trazendo até a morte. As primeiras quatro semanas de vida é o período Neonatal, tempo de transição do útero, onde o feto é sustentado pela mãe. O recém-nascido tem em média cerca de 50 centímetros de comprimento e pesa aproximadamente 3,5 kg, os meninos geralmente é maior e mais pesadinho que as meninas, muitos dos recém-nascidos tem a aparência rosada, e muitos nascem com uma proteção gordurosa contra infecções, que secam logo nos primeiros dias. Antes do nascimento todo o desenvolvimento do bebê era através do corpo da mãe, respiração, alimentação, entre outras. Após o nascimento essas funções dirigidas tem que ser por conta própria da criança. Assim faz com que a criança precisa obter oxigênio sozinho, já que antes dependia de sua mãe, ele passa a respirar assim que tem contato com o ar, é importante observar o bebê em todo o mundo desde seus primeiros minutos até suas primeiras semanas para saber se ele tem problemas ou não. Eles tem uma hora determinada que é regulada seus ciclos diários para alimentação, sono e eliminação e até o humor, esse é chamado de estado de alerta, a maioria deles passam seu tempo dormindo , mas a corda de hora em hora. As crianças prematuras podem ser ajudadas pelo método canguru, ou seja, o bebê é colocado perto dos seios de sua mãe por cerca de uma hora para ambos terem contato. Algumas gestantes não entram em trabalho de parto após a 42° semana de gestação, isso torna-se do bebê um pós-maduro, faz com ele seja magro e comprido, por ainda continuar crescendo dentro da barriga. Os bebês que nascem e morrem são chamados de natimortos, acontece na 20° semana de gestação, geralmente é detectada durante o trabalho de parto, anualmente existem vários fetos que nascem mortos e causa não é esclarecida como deveria. A primeira infância é uma fase que traz muitos riscos, as causas são por conta de infecções graves, entre elas, diarreia, pneumonia, e tétano. Doenças infantis, conhecidas e outras fatais, podem ser evitadas através de vacinas que mobilizam as defesas naturais do corpo, durante o primeiro ano de vida, as vacinas são rotineiras. Assim como acontece antes do nascimento, o crescimento e o desenvolvimento físico seguem o princípio cefalocaudal e o princípio próximo-distal. Princípio cefalocaudal: o crescimento ocorre de cima para baixo, normalmente o cérebro cresce durante a gravidez e isso faz com que a cabeça seja grande, mas não acontece e a cabeça é bem menor, isso dificulta algumas coisas, entre elas, fazem com que a criança aprenda a fazer muitos movimentos com a mão ao invés de gatinhar. Princípio Próximo-distal: o crescimento ocorre de dentro para fora, no útero o desenvolvimento se forma de jeito que pode prejudicar a criança quando nascer. Durante seus três primeiros anos de vida, o corpo da criança desenvolve de uma maneira rápida e ágil, fazendo com que ela fique grande de uma forma acelerada. 
 Durante os seis primeiros meses a amamentação é extremamente importante para a criança, além de suas vantagens a saúde e seus benefícios, porém é descartável a amamentação se a mãe estiver com alguma doença ou infecção. Os primeiros movimentos dos bebês é o de sucção que lhe permite a controlar a ingestão de líquidos, isso vem através do sistema nervoso. 
 O desenvolvimento do cérebro começa aproximadamente na terceira semana, com 1 mês começa a surgir as principais regiões do cérebro, é fundamental esse crescimento para o desenvolvimentofísico, cognitivo e emocional, ao nascer o cérebro tem um quarto a um terço de seu volume adulto definitivo, aos 6 anos fica próximo do tamanho adulto. Quando piscamos por causa da intensidade da luz, nossas pálpebras agem involuntariamente isso é chamado de comportamento reflexo, estima-se que bebês humanos tenham 27 reflexos, presentes no nascimento ou pouco depois, os reflexos primitivos tais como o de sucção, rotação e o reflexo de moro. As áreas de recompensa do cérebro em desenvolvimento crescem durante seus primeiros meses de vida, fazendo com que o recém-nascido entenda algumas coisinhas que vê ou toca. O tato é o primeiro sentido a desenvolver, os sentidos do olfato e paladar começam a se desenvolver no útero, a audição também é desenvolvida antes do nascimento, fetos respondem a sons e parecem a aprender a reconhecê-los. A visão é o sentindo menos desenvolvido quando o bebê nasce, porque há tão pouco para ver no útero. As habilidades motoras durante uma sequência elas são desenvolvidas, depende da maturação, da experiência e motivação. Os testes de avaliação de Denver é utilizado para mapear o progresso de criança de 1 mês a 6 anos, e para identificar também aquelas que não se desenvolvem corretamente. Ao nascer as crianças conseguem virar a cabeça de um lado para o outro, erguer enquanto estão deitadas de costas ou bruços e erguer a cabeça mais alto nos dois ou três meses às vezes ao ponto de perder equilíbrio , com quatro meses as crianças conseguem manter a cabeça ereta sem precisar de muita ajuda. Se a palma da mão do bebê for acariciada, a mão fecha com firmeza, com três meses e meio eles conseguem agarrar objetos moderados, como um chocalho, depois eles conseguem pegar um objeto com a mão e transferi-los para a outra, com sete e onze meses as mãos tornam-se suficientes coordenadas para pegar objetos pequenos, como ervilha, aos quinze meses ele sabe montar uma torre com dois cubos, e uns meses depois após o terceiro aniversário já conseguem desenhar um círculo. Depois de três meses o bebê começa a rolar, primeiro de frente para trás e depois de trás para frente, com seis meses ele consegue sentar sem apoio, e com oito meses e meio assume a posição sentada sem auxílio, entre os seis e dez meses conseguem se deslocar por conta própria arrastando-se ou engatinhando, segurando na mão de alguém ou apoiando-se em algum móvel o bebê mediano consegue ficar em pé depois dos sete meses, ele pode ficar em pé sozinho com onze meses. De acordo com a teoria dos sistemas dinâmicos, bebês normais desenvolvem as mesmas habilidades na mesma ordem, porque elas são da mesma maneira e passam por desafio físico e necessidades parecidas. Assim eles descobrem que andar é melhor do que engatinhar. (Diane E. Papalia e Ruth Duskin Feldman 2013, p.128) 
Desenvolvimento cognitivo nos três primeiros anos, 
o desenvolvimento cognitivo ele sugere 6
abordagem
‘’behavorista estuda as mudanças de comportamento em resposta e esperiencia’’.
’’psicometria estuda as habilidades ‘’ .’’piagentiana estuda como a mente se adapta ao ambiente.
‘’processamento de informação tem como objetivo descobrir como as crianças usam as informações
e como a utiliza .
‘’neoro ciência cognitiva estuda como o sistema nervoso indica quais são as estruturas do cérebro.’’
‘’sociocontextual examina processo de aprendizagem .’’
Os bebes nascem com vários sentidos são capazes de aprender com o que veem comem ,sentem
cheiro ,lembram do que aprenderam a partir de uma certa idade começa a ter estímulos a prendem
associar algumas coisas pelo condicionamento clássico eles aprendem a emitir respostas ,reflexos
são estimulados seja ambiental ou parental ,os bebes não conseguem se lembrar de nada antes dos
seus 2 anos de idade
Uma explicação feita por Piaget 1971 alguns estudos contam que os bebes repetem acoes feitas
dias ou semanas depois , eles podem mexer as pernas repetir chutes , lembrando-se do que avia
feito antes ‘’a atividade do bebe esta totalmente monopolizada pela necessidade primaria ,
fisiológica sejam elas tonico , posturais ,alimentar de sono tais necessidades são mais
automaticamente atendidas como eram durante o período fetal oque causa na criança mementos
de espera da ansiedade e de desconforto ‘’ ( Duarte ;Gulasa 2005,p.21 )
Bebes de 2 a 6 meses podem reconhecer brinquedos a maioria deles podem melhorar com uma
lembrança familiar estando num ambiente conhecido , os bebes não tem uma memoria tao ativa
quanto uma criança mais ou ate mesmo um adulto eles estão passando por transformações embora
não haja nada comprovado sobre terem um comportamento inteligente, a um estudo sendo feito
direcionado a bebes para entender alguns conceitos ,para isso se desenvolveu por benet e seu
colega Theodore,Simom ,criaram o teste de Qi ( questionamento de inteligência que são feitos por
perguntasse tarefas nas quais as crianças mostram suas habilidades) .ja o teste para bebes e
baseado em apenas observação .‘’o desenvolvimento avança de acordo com a sucessão desses
estágios que se caracterizam pelo maior domínio do conjunto motos cognitivo proporcionado pela
maturação e pelo meio social ‘’.(Amaral ,2004 ,p79)
Antigamente era considerado que o bebe já nascia inteligente mais agora sabemos que e
erreditariamente estimulada desde a infância e também um fator importante e quando as crianças
recebem afetos de seus pais ,brincadeiras ou seja um ambiente domestico positivo a criança terá
resultados positivos ,se a criança tiver acompanhamento nos primeiro anos de vida eles tem
desenvolvimento cognitivo ,ele tendo incentivo sendo supervisionados sendo elogiados tendo
orientações ,sendo protegidos tendo comunicação e tendo limites de comportamento eles tem um
funcionamento melhor do cérebro de acordo com ‘’Duarte e Gulassa (2005,p.19) baseados em
Walton nesse período de vida ,a criança tem total dependência do meio externo social .As crianças
que tem acompanhamento terapêutico educacional ,pediátrico ,alimentar eles tem um
desenvolvimento melhor durante os primeiros meses e futuramente ,durante algumas atividade elas
tem os sentidos mais abusados ,tem uma evolução grande na aprendizagem por mais que era
continua tentando já que conseguiu resolver pequenos probleminhas
(contribuindo com as possibilidades praticas desse novo estagio ,encontra-se o fraguimento da
marcha e da linguagem )nas palavras de Costa (2005.p32 ) de acordo com Piaget os estágios senso
motor de 1 a 4 meses já tem comportamento deferentes já fazem algumas atividades ,de 4ª8 meses
ele percebem o ambiente ja fazem coisas por eles mesmos de 8 a 12 já consegue pegar o chocalho
engatinhar de 12 a18 já não são mais limitados a tentativas e erros usam gestos e palavras e sabem
fingir ,o crescimento cognitivo inicial tem por meio de reação circulares a condição de o bebe fazer
barulhos agradáveis ,faz com que surge o leite nos seios da Mae e tenha uma sensação boa ,já sabe
sugar o seios da Mae e sentir prazer ,ele tem boa audição e visão ,ele aprende a manipular objetos
começa a repetir movimentos intencionalmente vai ficar feliz ao ver pessoas conhecidas vai
engatinhar para pegar algo que gosta eles tem a capacidade de representar mentalmente pensar em
soluções e esperimentalas ,eles lembram ,pensam ,os bebes também tem capacidade de imitar faces
humanas de alguém mexer com a face e também a língua ,Piaget suspeitava que as crianças com
menos de 18 meses não poderiao fazer imitaçõesporque não tinha capacidade de reter
conhecimento ,habilidades e ideias porem Piaget subestimou os bebes porque bebes de 6 semanas
já imitava os movimentos faciais de um adulto então bebes novos podem sim ter representações
mentais .
Segundo Walton ,citado por costa (2005) e a função simbólica que que possibilitara a criança a
representar o real e a lidar com o meio por intermédio de gestos simbólicos passando a ver objetos
pelo seu significado e não somente por aparência .
Na imitação induzida os bebes imitao uma série de acoes depois de passado alguns dias eles
conseguem reproduzir o mesmo processo de antes empurar carinho ,segurar a mamadeira ,acender
a luz ,eles só conseguem armazenar algo em sua mente por inúmeras vezes que ele fez tal coisa ele
tem a capacidade de perceber o tamanho e a forma do objeto ,entre o 4 e 8 mês procura por algo
que derrubou e se não achar não se importa ,entre 8 e 12 meses ele vai procurar o brinquedo no
mesmo lugar em que derrubou mesmo que já tenha sido retirado do lugar ,entre 12e 18 messes não
comete mais erros procura o objeto no lugar certo entre 18 e 24 eles já sabem onde esta o objeto
mesmo que não tenha sido escondido .
Em boa parte do conhecimento que se e obtido ,são por símbolos ,sendo que uma tarefa na infância que deve ser feita ,intencionalmente para que a criança tenha um bom desenvolvimento. Aos 15
messes soa capazes de apontar algum objeto e nomear .ate os três anos elas veem televisão ,sem
colocar semelhança com a realidade .
Segundo Piaget o reflexo comportamental e o começo do pensamento e longo ,no seu primeiro ano
e meio a sua aprendizagem vem por meio do seu sentido e movimento ,bebes e crianças tem
competência cognitiva .para deixarem as proporções e representações ,os pesquisadores analisam
cada caso no que os bebes prestao atenção e por quanto tempo nos primeiros mês de vida a
criança e bem mais inteligente .eles tem uma percepção maior e habilidades motoras boas também .
Na medida da preferencia visual -o bebe olha para diversas magens na maoria de reconhecimento
visual o bebe demonstra dois tipos de estímulos ,um familiar e um novo no primeiro mês de vida .
Alguns estudos apontam que recém nascidos lembram sons ainda na maturação e sabem diferenciar
alguns tipos de sons .nos primeiros meses eles não tem um bom desenvolvimento da atenção .por
volta dos 18 meses as crianças já tem capacidade de entender que um cachorro não e um gato ,já
sabem falar ,já conseguem caracterizar por nomes os objetos ,já a maturação neurológico e
importante para o desenvolvimento cognitivo .na primeira infância as estruturas responsáveis pelo
armazenamento da memoria não esta formado .
‘’a primeira infância e ,e sem qualquer duvida ,um objeto de escolha para observação pura .(Wallon
2005 ,p31 ) também as crianças independente de terem cuidadores que lhe darão atenção ou não
,todas tinham um tipo de desenvolvimento ,uns sabendo amarrar os sapatos e outros não . a
linguagem das crianças não desenvolvidas através de representações de objetos e acoes sendo
assim eles desenvolverão sentimentos e ideias ,a fim de poderem fazer oque queiram . entao a
partir do nascimento o bebe começa a se comunicar com choro ,cresce -se um pouco começa a olhar
quem esta feliz ,ate começar as imitação começam a fazer gestos simbólicos ,a apontar para
determinados objetos entre os 10e 14 meses já conseguem conversar ,dando assim o inicio a fala
linguística .eles aprendem muitas palavras sem poder usala .aos 24 messes já conseguem reconhecer objetos e dar nomes .o vocabulário se torna passivo (recpitivo ou entendido )e se torna cada vez mais rápido e preciso nas palavras e pronunciamento .a criança tem que viver em sociedade para ter uma comunicação boa ,para ter capacidade cognitiva ,para ter uma percepção maior ,para poder falar e se comunicar melhor ou seja uma criança com um convívio com pessoas tem tendência a ser mais inteligentes por poderem fazer perguntas e terem suas respostas ‘’enfluencias dos elementos (emoções ,sentimentos ,pensamentos ) para a realização dos movimentos corporais ( Limongelli ,2004 ,p.49)
DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL
Na passagem dos cinco para os sete anos , as crianças começam a ter auto conceito
e desenvolvimento cognitivo . O auto conceito e o desenvolvimento , começa com
ela descobrindo suas capacidades , seus traços , sua identidade ,começa a descrever
seu ambiente , elas também descrevem sua personalidade , começa a observar e ter
falas concretas sobre alguns assuntos . E no seu auto descrever-se coloca como
primeiro plano, seus pensamentos saltam de um detalhe para outro , sem conexões
lógicas , entre os aspectos de si mesmo e outro .A criança passa a ter auto estima
,com base na sua capacidade cognitiva de definir a si próprio , eles entendem e
podem controlar seu sentimentos ....É um avanço nos estudos , porque eles sabem o
que os deixam felizes e tristes , também é um grande impacto sobre as mídias
eletrônicas sobre as crianças ,
Só no final do terceiro ano que se desenvolve sentimentos como a culpa , vergonha
e o orgulho , já no terceiro estagio do desenvolvimento psicossocial e que se começa
a entender os sentimentos conflitantes das crianças e surgem quando querem fazer
alguma coisa e é errada , temos então as crianças na fase da pre - escola que fazem
cada vez mais o que não se deve fazer , essa parte do conflito surge uma divisão ,
uma parte q continua criança com uma parte q continua adulta .
Então pulamos para a identidade de gêneros que é a consciência de ser ou não do
sexo masculino ou feminino , por serem diferenças psicológicas ou comportamento
entre o homem e a mulher , algumas diferenças se tornam mais pronunciadas após
os três anos .
A diferença de gêneros na cognição são poucas e pequenas , e preciso lembrar ,
que diferenças de gêneros são validas para grandes grupos de meninas e meninos .
As perspectivas do desenvolvimentos de gêneros são relacionadas em três
aspectos ; Papeis de gênero , tipificação de gêneros e estereótipos de gêneros . Foi
feito um estudo e em alguns casos sugerem que a identidade de gêneros tem raízes
em fatores biológicos e não e mudada facilmente .(Diamond e Sigmund,1997.pag
290)
A principal atividade na primeira infância , e as brincadeiras; Elas brincam com
a comida , com as roupas ,com os sapatos do seus pais , uma hora e um vaqueiro ,
outra um astronauta , eles brincam com sua imaginação e com objetos . Com as
brincadeiras eles desenvolvem suas coordenações motoras , estimulam os sentidos ,
exercitam os músculos , obtém domínio sobre seu corpo .
Niveis cognitivos do brincar :
Jogo funcional denominado jogo locomotor .
Jogo construtivo denominado jogos com objeto .
Jogo dramático ,jogo do faz de conta , jogo da fantasia ou jogo imaginativo .
Crianças de todas as idades envolvem em todas as categorias do brincar
descritas por Parten ( k .h . Rubin , bukousk e parker , 1998 pg 298 ) .
Os valores culturais também afetam o ambiente a parentalidade as formas de
disciplina o o raciocínio indutivo , afirmação de poder e retirada do amor ,
também a alguns estilos de parentalidade :
Parentalidade autoritária .
Parentalidade permissiva .
Parentalidade democrática .
Há três questão especificas comportamentais :
Comportamento ; pro – social , altruísmo .
Agressão -agressão instrumental ; agressão explicita , agressão relacional (social ou
indireta) .
Medo ;
Os relacionamentos com outras crianças são desenvolvidas através da amizade
elas brincam lado a lado.
Relacionamentos de irmãos: para uma criança pequena com risco de problemas
comportamentais , um relacionamento positivo com um irmão ou um amigo pode
amortecer os efeitos de um relacionamento negativo com o outro ( Mc Elwain e
Volling , 2005 pg 309 )
Filho único:
Em um estudo conhecido dos filhos únicos , dizem q são mimados egoístas ,
solitários ou desajustados . Porem após uma analise de 115 estudos , desmentem .
Em realizações ocupacionais e educacionais e na inteligência verbal , os filhos
únicos tem um desempenho melhor do que as crianças com irmãos .
Maustratos : abusos físicos , negligencia , abusos sexuais ,maus tratos emocionais
, são alguns danos causados nas crianças com menos de três anos .
As experiencias dos três primeiros anos formam a base do desenvolvimento
1.2 Segunda Infância
Segunda infância refere-se ao período que vai dos tres anos de idade até os seis . Neste período "As crianças vivem em um mundo de imaginação e sentimentos... Elas aplicam a forma que lhes agrada ao objeto mais insignificante, e veem nele tudo o que desejam ver".(Adam G. Oehlenschlager, 1857.) 
"O brincar dá às crianças uma chance de praticar o que estão aprendendo... Elas têm que brincar com o que sabem que é verdadeiro a fim de descobrir mais, e então podem usar o que aprenderam em novas formas de brincar". (Fref Roger, Mister Rogers Talks with Parents, 1983)
Na segunda infância as crianças crescem mais devagar em comparação à primeira infância, porém fazem enormes progressos no desenvolvimento e na coordenação muscular. Há também avanços na capacidade de falar, pensar, lembrar, entre outros.
Desenvolvimento Físico e Cognitivo na Segunda Infância.
Na segunda infância, as crianças emagrecem e crescem rapidamente. Necessitam dormir menos do que antes e tem maior probabilidade de desenvolver distúrbios do sono. Tornam-se também melhores para dar laços em calçados, desenhar com lápis de cor e despejar caixas de cereais em flocos; e começam a demonstrar uma preferência por usar mão direita ou esquerda. (Papalia e Fildman 2013)
Durante esse período o desenvolvimento da criança tem seu crescimento em menor escala comparado com a primeira infância mas ainda sim seu crescimento é continuo. Elas crescem mais e ficam com um aspecto mais magro, perdendo aquela forma característica dos bebês. Há um grande avanço também quanto as habilidades motoras: correr, pular, saltitar. São habilidades motoras que conseguem ser muito melhor desempenhadas pela criança.
A criança pode apresentar alguns distúrbios do sono, como: 
 Terror do sono ( ou noturno):
A criança não está realmente acordadas se acalma rapidamente e na manhã seguinte não lembra de nada. É bastante comum e ocorre principalmente nas idades de 3 a 13 anos, além de afetar mais meninos.
Caminhar e durante o sono são comportamentos razoavelmente comuns na segunda infância. O melhor é não interromper o sonambulismo ou terrores noturnos, essas interrupções podem confundir e amendrontar ainda mais as crianças.
 Pesadelos:
Também são comuns, eles se manifestam principalmente quando a criança vai para a cama muito tarde, ao fazer refeições pesadas antes de deitar-se ou por excitação excessiva ( assistir a um filme de terror ou ouvir uma história assustadora antes de dormir).
Pesadelos frequentes podem indicar estresses execessivos.
 Enurese:
Urinação involuntária e repetida à noite por crianças com idade suficiente para manter o controle da bexiga. Ela não é incomum, ocorre com cerca de 15% das crianças de 5 anos e tende a parar por volta dos 8 anos. A criança não deve ser culpada nem punida. A enurese persistente além das idades de 8 a 10 anos podem ser um sinal de autoestima baixa ou de outros problemas psicológicos.
Esses distúrbios são bem comuns durante esse período e tendem a passar conforme a criança vai se desenvolvendo.
 A alimentação da criança deve ser saudável, porque se a alimentação for ruim nesse período, com excesso de açúcar e gordura, a criança poderá desenvolver obesidade e que será difícil de se reverter posteriormente.
Habilidades motoras na Segunda Infância.
 Aos três anos de Idade: A criança ainda não é capaz de girar ou parar de repente (ou rapidamente); Consegue subir uma escada sem ajuda, alterando os pés.
 Aos quatro anos de Idade: Nessa idade se espera que a criança tenha um maior controle do ato de parar, arrancar e girar.
 Aos cinco anos de Idade: Possui total controle nas habilidades de girar, arrancar e parar de forma efetiva em jogos; Conseguem descer uma escada longa sem ajuda, alterando os pés.
Há uma grande melhoria nas habilidade motoras. Uma evidência disso é o desenho da criança, que primeiro começa com formas geométricas irregulares e depois consegue ter maior domínio conseguindo assim desenhar com mais precisão essas formas. Entre três e quatro anos a criança começa utilizar sua imaginação na elaboração de desenhos. Somente entre os quatro a cinco anos de idade que a criança entra no estágio do seu desenvolvimento artístico, onde ela expressa melhor seu desenho de forma qualitativa.
Desenvolvimento Cognitivo.
Piaget chamava a segunda infância de estágio pré-operatório do desenvolvimento cognitivo, "porque as crianças dessa idade ainda não estão preparadas para se envolver em operações mentais lógicas como estarão no estágio operatório-concreto na terceira infância" (Papalia, p. 259). Normalmente nesse estagio se da entre os dois anos de idade até os sete anos, durantre esse período a criança tem uma expansão no uso do pensamento simbólico, que surgiu no estágio sensório-motor.
Avanços cognitivos durante a segunda infância.
 Eles começam perceber que alguns acontecimentos têm suas causas por consequência de outras ações, desenvolvendo o entendimento de causa e efeito.
 Desenvolvem a capacidade de classificar: podem organizar pessoas, objetos e eventos em categorias significativas.
 A criança começa apurar mais seus sentimentos e se inicia a capacidade de imaginar como os outros podem se sentir.
 Conseguem perceber que o fato de mudar superficialmente uma determinada característica não muda as coisas como um tudo.
 Já são capazes de lidar com quantidades, ter noção de unidades e números. Mas ainda não possui um pensamento lógico. 
Durante o estágio sensório-motor, são capazes de entender que se mudamos determinadas características de um objeto ele continuará sendo o mesmo objeto e não um outro. A categorização nada mais é que a capacidade de identificar similaridades e diferenças. "Um tipo de categorização é a capacidade dela distinguir as coisas vivas das coisas inanimadas" (Papalia, p. 261), ela começa a ser capaz de saber que uma pedra não é uma pessoa, pois a pessoa está "viva" e a pedra não.
 Desenvolvimento da Linguagem.
Durante esse período as crianças começam a ter avanços bem significativos na linguagem, verbal ou não verbal. Depois dos dois anos de idade a criança começa ter um maior domínio do seu raciocínio, mesmo sendo pouco é o suficiente para que passa aparecer os primeiros pensamentos e ajudar na sua organização interna e externa. Quando as crianças começam falar podemos notar claramente como elas organização e entendem o mundo à sua volta.
Algumas crianças podem apresentar atrasos na fala, mas no geral, até os sete anos recuperam todo o tempo perdido e mantem o desenvolvimento normal da linguagem. É durante a segunda infância que as crianças ingressam na fase pré-escolar, aumentam sua perspectiva de mundo e melhoram suas habilidade sociais.
"Processo pelo qual uma criança absorve o significado de uma palavra nova após ouvi-la uma ou duas vezes em uma conversa".
 (Papalia, p. 272).
Desenvolvimento Psicossocial na Segunda Infância.
 É de três a seis anos de idade que há uma das mais importantes fases do desenvolvimento psicossocial das crianças. Durante todo esse período há o desenvolvimento da identidade da criança, com esse desenvolvimento cognitivo a criança começa a aperfeiçoar seu autoconceito que iniciou lá com os seus primeiros passos, Harter (1996, p. 207) nos diz que o autoconceito é "uma construção cognitiva, [...] um sistema de representações descritivas e avaliativas sobre a nossa pessoa".
O desenvolvimento psicossocial esta relacionado ao autoconceito da própria criança que é sua autoestima. A autoestima ajuda em seu desenvolvimento psicossocial, em suas emoções, ela estimula a criança a explorar o desconhecido e a agregar fatores já conhecidos. Aos cinco anos a autoestimada criança pode não estar relacionada com a realidade, dos cinco aos sete anos a autoestima da criança se torna mais realista. Em outras palavras: "elas tendem a aceitar o julgamento dos adultos, que geralmente dão um retorno positivo e não crítico e, portanto, podem supervalorizar suas capacidades" (Papalia, p. 285). A aprovação dos pais é um reforço positivo quanto as habilidades das crianças são importantes contribuições para a autoestima da criança.
 "A autoestima é a parte autoavaliativa do autoconceito, o julgamento que a criança faz sobre seu valor geral. A autoestima baseia-se na crescente capacidade cognitiva da criança de descrever e definir a si própria" (Papalia, p. 285). É o julgamento que um indivíduo faz sobre seu próprio valor pessoal.
Durante a segunda infância, cresce o leque social da criança, ela começa fazer novas amizades e essas novas aquisições são experiências importantes para o aprendizado, para domínio de suas emoções e desejos, através da brincadeira a criança poderá explorar o mundo a sua volta, conhecerá a si mesma e enfrentará conflitos emocionais próprios dessa fase.
 Outra característica na segunda infância, é sobre sua identidade de gênero a curiosidade e os questionamentos referentes surgem desde muito cedo na vida das crianças. A partir dos três anos elas ficam cada vez mais instigadas pelas descobertas no próprio corpo e no ambiente em que vivem. Elas se tornam motivadas a se relacionar com outros membros de seu grupo e procuram informações relacionadas a gênero, muitas vezes se tornando muito rigorosos quanto a aderirem aos estereótipos de gênero. Por exemplo, crianças entre três e cinco anos de idade preferem brincar com outros de seu próprio gênero. Também preferem interagir com brinquedos e realizarem atividades estereotípicos de seu gênero.
1.3 Terceira Infância 
A terceira infância compreende o período dos 6 a 12 anos de idade. Durante o desenvolvimento da Terceira Infância, as crianças passam a racionalizar seus pensamentos e crenças, procurando os porquês por trás dos problemas ou fatos. Elas também começam a analisar padrões de comportamento ensinados por sua família e sociedade. Esta racionalização leva as crianças a efetuar comparações entre si e outras crianças da mesma faixa etária. (Papalia e Feldman , 2013).
Desenvolvimento Físico e Cognitivo na Terceira Infância.
O desenvolvimento físico não é tão rápido na terceira infância quanto nos períodos anteriores. Os meninos são levemente maiores que as meninas no início desse período, mas as meninas passam pelo surto de crescimento do que os meninos no final.
“A obesidade parece ser causada por tendências hereditárias, ou por baixos níveis de movimentação ou exercício, além de dietas altamente gordurosas e calóricas. As crianças de hoje não têm tão boa forma quanto às de anos anteriores. É importante desenvolver hábitos e habilidades vitalícias para manter a boa forma“. (PAPALAIA & OLDS, 2006).
As doenças são menos comuns durante esse período do que nos estágios anteriores, embora se mantenham bastante regulares. Outros problemas de saúde incluem a obesidade.
A obesidade é cada vez mais comum entre as crianças. Ela é influenciada por fatores genéticos e ambientais. Já existe uma tendência mundial no sentido de alimentação a base de frutas e verduras, exercícios físicos sistemáticos, pois passou a ser preocupação de saúde pública. 
As infecções respiratórias e outros problemas de saúde comuns tendem a ter curta duração. A maioria das crianças dessa idade não tem problemas de saúde crônicos, mas a prevalência de tais males aumentou. 
A criança pode apresentar alguns distúrbios do sono, como: 
· Insônia
A insônia na terceira infância. A principal forma de insônia na criança é a comportamental da infância. SeTrata de um diagnóstico de exclusão e, na abordagem inicial da criança com insônia, o médico sempre deve afastar causas clínicas. Ela ocorre em 10% a 30% das crianças pré-escolares e é caracterizada pela dificuldade em adormecer e/ou manter o sono. Esses problemas estão associados com determinadas atitudes da criança ou dos pais e podem ser classificados em dois tipos: distúrbio de associação ou distúrbio de falta de limites.
· Distúrbios Respiratorios Do Sono
A apneia do sono é definida como uma parada da passagem do ar pelas vias aéreas superiores (VAS). As hipopneias do sono são eventos em que ocorre uma redução de pelo menos 50% na amplitude do fluxo aéreo.
· Hiperssonias 
O sono diurno pode ser considerado normal na infância, na forma de um cochilo rotineiro. Assim como no adulto, se considera como sonolência diurna a tendência ou ocorrência de sono durante o período de vigília, o que pode ser resultado da má qualidade e/ou da duração do sono noturno. 
· Distúrbios Do Ritimo Circadiano
Os distúrbios do ritmo circadiano podem ser entendidos como sono normal em quantidade e qualidade, mas que, por ocorrer em horários inadequados, pode trazer prejuízo à vida social ou familiar da criança. É possível que o marca-passo circadiano esteja atrasado ou avançado relativamente à hora desejada para dormir. Há bases genéticas para alguns desses distúrbios (avanço de fase do sono), enquanto outros são resultado de ajustes ambientais (trabalho em turnos). Na criança, o distúrbio do ritmo circadiano mais comum é a síndrome do atraso de fase do sono, que frequentemente está associado à sonolência diurna e à dificuldade escolar.
· Parassonias
O termo parassonia se refere a manifestações físicas indesejáveis que acometem os sistemas motor e/ou neurovegetativo durante o sono ou na transição sono-vigília. Diante de uma criança com queixa de movimentação excessiva durante o sono ou com “sono agitado”, uma das hipóteses a considerar é a ocorrência de uma parassonia.
· Distúrbios Do Movimento Relacionados Ao Sono
A síndrome das pernas inquietas (SPI) é uma alteração sensório-motora com aspectos neurológicos que afeta sobretudo o sono e a qualidade de vida da criança ou do adolescente. Os pacientes descrevem uma necessidade irresistível de mover as pernas, normalmente acompanhada de sensação desagradável, desconforto e/ou inquietude. As primeiras descrições de SPI já reconhecem seu caráter familiar. O curso clínico é variável, sendo, em geral, crônico e progressivo nas formas moderadas a graves. Interrupções do sono, incapacidade de adormecer e sono insuficiente são queixas comuns em crianças com SPI.
Habilidades motoras na Terceira Infância.
Comportamentos selecionados:
• Aos seis anos de idade: As meninas são superiores na precisão do movimento; os meninos são superiores em ações menos complexas que envolvam força. Pular (com os dois pés) é possível. As crianças sabem arremessar com transferência de peso e passo adequados. (Papalia e Feldman , 2013).
• Aos sete anos de idade: Equilíbrio em um dos pés sem olhar torna-se possível. As crianças são capazes de caminhar sobre barra fixa de 5 cm de largura. As crianças são capazes de pular e saltar com precisão em pequenos quadrados. As crianças são capazes de executar polichinelos. (Papalia e Feldman , 2013).
• Aos oito anos de idade: Dispõem de poder de preensão de 5,4 kg. Faixa etária com o maior número de jogos nos quais ambos os sexos participam. As crianças podem executar saltos rítmicos alternados num padrão de 2-2, 2-3 ou 3-3. As crianças podem arremessar uma bola pequena a aproximadamente 12 metros. (Papalia e Feldman , 2013).
• Aos nove anos de idade: Os meninos são capazes de correr a uma velocidade de 5 metros por segundo. Os meninos são capazes de arremessar uma bola pequena a aproximadamente 21,3 m de distância. (Papalia e Feldman , 2013).
• Aos dez anos de idade: As crianças são capazes de avaliar e interceptar a trajetória de pequenas bolas arremessadas a distância. As meninas são capazes de correr a uma velocidade de 5,1 metros por segundo. (Papalia e Feldman , 2013).
•Aos onze anos de idade: Salto a distância de 1,5 metros é possível para os meninos; 15,2 cm a menos para as meninas. (Papalia e Feldman , 2013).
• Aos doze anos de idade: Salto em alturade 91 cm é possível. (Papalia e Feldman , 2013).
Desenvolvimento Cognitivo.
Segundo Piaget, a aprendizagem só se dá com a desordem e ordem daquilo que já existe dentro de cada sujeito. É necessário obter contato com o difícil, com o incomodo para desestruturar o já existente e em seguida estruturá-lo novamente, com a pesquisa e também motivações tanto intrínseca como extrínseca para obter a aprendizagem, ressaltando que a motivação intrínseca é mais importante porque o sujeito tem que estar interessado em aprender, sendo que a junção dos dois (intrínseca e extrínseca) formam importantes aliados para a melhor aprendizagem do sujeito. (Papalia e Feldman , 2013).
O processo do conhecimento se dá na interação entre sujeito e objeto, esta interação Piaget chama de assimilação e acomodação. (Papalia e Feldman , 2013).
Assimilação para Piaget é “(...) uma integração a estruturas prévias, que podem permanecer invariáveis ou são mais ou menos modificadas por esta própria integração, mas sem descontinuidade com o estado precedente, isto é, sem serem destruídas, mas simplesmente acomodando-se à nova situação”. Simplificando, o processo de assimilação é a articulação das idéias já existentes com as que estão sendo aprendidas de forma que adapta o novo conhecimento com as estruturas cognitivas existentes. (Papalia e Feldman , 2013).
Acomodação é toda mudança de comportamento, alteração do sujeito, este só acontece quando o sujeito se transforma, amplia ou muda os seus esquemas. Esquema é a estrutura da ação, ou seja, nós vamos integrando uma determinada coisa com outra coisa que já entramos em contato anteriormente, assim vamos articulando o já conhecido com o que está sendo apresentado, mudando ou ampliando o esquema já existente. (Papalia e Feldman , 2013).
Não há assimilação sem acomodação e vice-versa, mas pode acontecer o predomínio de uma ou de outra, para ocorrer este processo é preciso que o sujeito tenha situações problemas que desafiem sua inteligência. (Papalia e Feldman , 2013).
Neste estágio há também as características do pensamento infantil, que são: egocentrismo – é a incapacidade de se colocar no ponto de vista do outro (por volta dos 4 ou 5 anos), a criança acha que todo mundo pensa como ela, então ela não questiona ninguém, por volta dos 6 ou 7 anos ela começa a ceder as pressões das pessoas que vivem a seu redor, ela começa a se questionar porque gera um conflito, assim ela começa a perceber que cada um pensa de um jeito; raciocínio transformacional (é a incapacidade para raciocinar com sucesso sobre transformações, a criança não focaliza a transformação; centração) a criança centra alguma coisa limitadamente, não a vê como um todo, ela é incapaz de explorar todos os aspectos, ela leva em consideração a percepção e não o raciocínio. Após os 6 ou 7 anos o pensamento da criança toma uma posição apropriada. (Papalia e Feldman , 2013).
O estágio Operatório concreto vai aproximadamente entre 7 à 11 anos. Aqui a criança desenvolve processos de pensamento lógico, não apresenta dificuldades na solução de problemas de conservação e apresenta argumentos corretos para suas respostas, a criança descentra suas percepções e acompanha as transformações, ela também começa a ser mais social saindo da sua fase egocêntrica ao fazer o uso da linguagem, a fala é usada com a intenção de se comunicar, ela percebe que as pessoas podem pensar e chegar a diferentes conclusões, sendo elas diferentes das suas, ela interage mais com as pessoas, quando aparece um conflito ela usa o raciocínio para resolver. (Papalia e Feldman , 2013).
As operações lógicas é a ocorrência mais importante neste estágio porque as ações cognitivas internalizadas permitem que a criança chegue a conclusões lógicas, sendo elas controladas pela atividade cognitiva e não mais pela percepção e construídas a partir das estruturas anteriores como uma função de assimilação e acomodação. (Papalia e Feldman , 2013).
O estágio do Pensamento formal acontece após os 12 anos, a criança ou adolescente começa ter um pensamento hipotético (dedutivo, ou seja, começa a levantar hipóteses e deduzir conclusões). O adolescente usa esquemas aprendidos dos estágios anteriores para fortalecer as hipóteses deste estágio, assim ele vai aprimorando cada vez mais os estágios anteriores. Deste estágio em diante o que ocorre é o aperfeiçoamento dos estágios passados. (Papalia e Feldman , 2013).
Desenvolvimento Psicossocial na Terceira Infância.
Observamos como os jovens desenvolvem um conceito mais realista de si mesmos e como eles se tornam mais independentes dos pais e mais envolvidos com outras crianças estando com seus amigos, eles fazem descobertas sobre suas próprias atitudes, valores e habilidades. Ainda assim a família continua sendo influencia vital. A terceira infância permite aos jovens desenvolver conceitos mais realistas e mais complexos de si mesmos e de sua capacidade de sobreviver e ter êxito em sua cultura. (Papalia e Feldman , 2013).
 A auto-estima se desenvolve a medida que as crianças começam a ver a si mesmas como integrantes valiosos da sociedade. Segundo Erkson (1982) um dos principais determinantes da auto-estima é a opinião das crianças de sua capacidade para o trabalho produtivo, a questão a ser resolvida na crise da terceira infância é “produtividade versus inferioridade”. A virtude que se desenvolve com a resolução desta crise é a competência, uma visão do eu como capaz de dominar habilidades e completar tarefas. Outra perspectiva das origens da auto estima provém da pesquisa de Susan Harter, onde para ele a auto-estima depende tanto do que acham de si mesmas quanto a competência, quanto ao apoio social que recebem, primeiro dos pais e colegas, depois de amigos e professores.
 Outros aspectos que influenciam a auto-estima é a aparência física. Tanto o desenvolvimento emocional como cognitivo contribuem para auto-estima. A internalizarão da vergonha e o orgulho afetam a opinião que a criança tem de si mesma. 
As brincadeiras oferecem modos socialmente aceitáveis de competir, despender energia e agir de modo agressivo. O declínio do egocentrismo e o crescimento das habilidades permitem que as crianças em idade escolar interajam de modo mais significativo com os amigos. Os grupos se formam naturalmente entre crianças que vivem próximas uma das outras ou estudam juntas. Os grupos de crianças do mesmo sexo ajudam-nas incorporar papeis sexuais em seu autoconceito.
A popularidade adquiri maior importância na terceira infância, quando os jovens passam mais tempo com outras crianças e são muito afetados pela opinião dos pares. Nas crianças, suas habilidades sociais superiores fazem com que as outras pessoas gostem de estar com elas. As idéias de amizade das crianças, e seu modo de agir com seus amigos, mudam com a idade, refletindo o crescimento cognitivo e emocional. Por meio das amizades as crianças aprendem a se comunicar e cooperar. As amizades ajudam as crianças a sentirem-se bem em relação a si mesmos. Os amigos muitas vezes discordam e competem entre si, aprender a resolver os conflitos é uma importante função da amizade. (Papalia e Feldman , 2013).
2 MÉTODO
2.1 Objetivo
Introduzir o aluno na prática da pesquisa científica dos fenômenos do desenvolvimento da criança. Articular pesquisa e teoria. 
2.2 Justificativa
Este trabalho tem como objetivo promover o contato do aluno com crianças através da técnica de reflexão sobre uma situação problema, com o objetivo de eliminar o julgamento e o senso comum ao avaliar um caso concreto. 
2.3 Situação Problema
Salomão e Romana vão à sua procura para tentar resolver um problema prático com seu filho Salim que tem atualmente 8 anos. O casal resolveu se separar e busca uma orientação sobre o filho, pois têm dúvidas se ele conseguirá aceitar esse momento. Para poder orientá-los, você necessita saber algumas informações sobre como foi o desenvolvimento da criança até aquele momento, para conhece-lo melhor. Os pais contam que aos três anos Salim, sempre que possível buscava dormir na cama com eles. Para issoele insistia muito, com suplícios e soluços. Após 3 ou 4 noites, os pais cediam, pois acabavam com pena da criança. Quando não cediam, ele dormia no próprio quarto, mas ao longo da madrugada, Salim mudava-se para a cama dos pais, entre os dois e os mesmos, muito sonolentos, nada faziam. Aos 5 anos ele começou a frequentar a escola. Todos os dias selecionava quem ia busca-lo: ora a mãe, ora o pai. E se caso os pais trocavam na hora de pega-lo, ele armava uma gritaria na porta da escola e não queria ir embora para casa enquanto a pessoa desejada não chegasse. As professoras e a direção da escola achavam tudo muito estranho, pois no dia-a-dia das atividades ele se saia muito bem. O casal sempre deu todos os presentes que o filho solicitava. Agora com a separação sabem que o padrão econômico de vida de ambos irá ser reduzido pela metade e com isso estão preocupados em não poder atender todas as necessidades do filho. E há uma grande probabilidade de Salomão ser transferido de cidade, sendo essa uma das principais razões da separação, pois Romana não quer abandonar os pais a quem dedica boa parte do seu tempo, mesmo estes não tendo nenhum problema. Atualmente, Salim está no 3º ano do ensino fundamental, mas a coordenação da escola já comunicou que se ele não se dedicar mais, provavelmente será retido, já que no ano anterior foi aprovado pelo conselho de classe que considerou as dificuldades dos pais na sua educação. Vem apresentando problemas em matemática (não consegue compreender multiplicação e divisão) e em português troca letras e na escrita troca “p com q” e “b com d”. Quando vai ler algo em sala, gagueja e troca também algumas letras. Possui alguns amigos, mas nas brincadeiras é ele quem sempre determina as regras. Quando alguma criança propõe algo diferente, ele afirma que essa não é a forma correta, que deve ser outro jogo e ele não quer.
3 DISCUSSÃO: ARTICULAÇÃO TEÓRICA 
Primeiramente cabe indagarmos quais as consequências do divórcio nas relações familiares?
Para Raposo HS, et all (2011), o divórcio é tido como fator de estresse tanto para os pais quanto para as crianças. Menciona que os estudos indicam que crianças de famílias divorciadas estão em risco de apresentar problemas de ajustamento.
Papalia; Feldman, p.358-359 (2013) ressalta que as influencias mais importantes do ambiente familiar no desenvolvimento das crianças vem da atmosfera no lar. Um fator de contribuição para atmosfera familiar é se ela é sustentadora e amorosa ou dominada por conflito.
Foi realizado um estudo com 226 famílias com filhos em idade escolar , evidenciou-se que os conflitos existentes advinham da ineficácia dos pais para o exercício parental. Neste sentido Papalia; Feldman (2013) dispõem que: 
(..) as crianças dispostas a discórdia parental e parentalidade insatisfatória tendiam a apresentar altos níveis tanto de comportamento internalizantes, como ansiedade, medo, depressão, como de comportamento externalizantes como agressividade, brigas, desobediência e hostilidade.
Outro fator que contribui para a atmosfera familiar é como os pais lidam com a necessidade e a capacidade cada vez maior dos filhos em idade escolar de tomar suas próprias decisões. Outro aspecto ainda é a situação econômica da família. Como o trabalho dos pais afeta o bem estar dos filhos? A família tem dinheiro suficiente para prover as necessidades das crianças? p359.
Tanto Papalia e Feldman na citação acima, quanto Raposo HS, et all (2011), relatam que a situação econômica da família influencia de forma direta na qualidade de vida da criança, no problema em analise afirma que as condições econômicas diminuirão, nesse sentido Raposo HS, et all (2011) afirma:
 Problemas financeiros, um dos principais fatores de risco, relacionado com o pior ajustamento da criança à separação ou divórcio dos pais, é a diminuição da segurança financeira. As dificuldades econômicas que surgem após a dissolução marital27,28 parecem ter impacto significativo na redução dos níveis de bem-estar e sucesso acadêmico da criança29,30. As mudanças financeiras têm impacto direto, mas também indireto, sobre a criança. (p.30)
Papalia e Feldman (2013) afirmam que os conflitos familiares existentes advém da ineficácia dos pais quanto ao exercício da parentalidade, ou seja , no caso em análise quando aos três anos os pais permitiram que o filho continuasse dormindo em sua cama, e aos cinco anos o filho agia de forma excessiva, aos gritos a ponto de que o genitor escolhido fosse buscá-lo, nota-se uma dificuldade dos pais em administrar um convívio, um vínculo saudável com a criança. O vinculo saudável proporcionaria a confiança da criança em ambos para ir busca-la. Neste sentido Papalia; Feldman (2013) afirmam que crianças de apego inseguro tendem a demonstrar emoções mais negativas, ao passo que crianças de apego seguro são mais alegres e que crianças que tiveram vinculo seguro desenvolvem a capacidade de confiança em si mesma. Crianças com vínculo seguro tendem a ir bem na escola e manter relações saudáveis de empatia e maior facilidade de socialização exatamente o que não ocorre com Salim aos oito anos de idade. Habilidades que já teriam que ser superadas encontram-se em defasagem.
Cabe questionar será que na primeira infância os pais proporcionaram um vinculo do apego seguro para Salim? Proporcionaram o devido desenvolvimento referente a constituição do senso de identidade? A formação de um autoconceito positivo da criança para com ela mesma? Crescimento da autonomia ou autodeterminação? Socialização ou internalização de padrões comportamentais?
De acordo com (Harter 1996) o autoconceito é a imagem que temos de nós mesmos, o quadro total de nossas capacidades e traços. Descreve o que sabemos e sentimos sobre nossas ações. Nesse sentido a criança interioriza em sua autoimagem o quadro que os outros refletem de volta para ela.
Quando e como se desenvolve o autoconceito? Através de diversas experiencias aparentemente isoladas, como por exemplo entre uma amamentação e outra, o bebê começa a extrair padrões regulares que formam conceitos rudimentares de si mesmo e do outro. (Harter 1996)
Quanto ao desenvolvimento da autonomia Erikson (1950) identificou o período entre 18 meses e 3 anos como segundo estagio do desenvolvimento da personalidade, autonomia versus vergonha e dúvida, marcado pela passagem do controle externo para o autocontrole. Afirma ainda o mesmo autor que a liberdade sem limites não é segura e nem saudável enfatizando que as crianças pequenas precisam que os adultos estabeleçam limites apropriados e que dessa forma a vergonha e a dúvida ajudam para que elas possam reconhecer a necessidade desses limites.
Pelo histórico relatado na situação problema fica evidente que Salim não desenvolveu a autonomia e foi prejudicado em sua capacidade de gerenciar o autocontrole e que os adultos de referência não conseguiram estabelecer limites para ele.
Quanto a
às raízes do desenvolvimento moral englobam conceitos como socialização e autorregulação.
Segundo Papália e Friedman (2013 ) Socialização é o processo pelo qual a criança desenvolve hábitos , habilidades , valores e motivações que as tornam membros responsáveis e produtivos de uma sociedade. A aquiescência às expectativas parentais pode ser vista como um primeiro passo em direção aos padrões sociais. A socialização depende da internalização desses padrões.
No que diz respeito ao desenvolvimento da autorregulação Papália e Friedman (2013 ) trazem o exemplo de Leticia , de 2 anos que esta prestes a colocar o dedo na tomada , na sua casa as tomadas são tampadas, porém quando chega a casa do avô elas encontram-se descobertas, ao chegar perto da tomada e ouvir o grito de seu pai dizendo: - não - a criança interioriza de forma consciente que não deve fazer isso. Nesse sentido: “Leticia começa mostrar autorregulação :o controle de seu próprio comportamento para se conformar as exigências ou expectativas de um cuidador mesmo em sua ausência.” ( p.229). 
A regulação é a base da socialização e vincula todosos domínios do desenvolvimento, físico, cognitivo, social e emocional. Para que Leticia não coloque o dedo na tomada é necessário que cognitivamente ela entenda e tenha compreensão do que o pai havia lhe dito. A consciência cognitiva, porém, não é suficiente: a autorrestrição também requer controle emocional. Ao interpretar as respostas emocionais dos pais ao seu comportamento, a criança, continuamente absorve informação sobre as condutas que os pais aprovam. Á medida que a criança processa, armazena e age com base nessa informação, seu forte desejo de agradar aos pais a leva fazer o que os pais querem, estejam eles presentes ou não. Além do mais a qualidade do relacionamento com os pais afeta essa habilidade emergente. Papália e Friedman (2013)
A sensibilidade materna a tendência dos pais a usar termos mentais quando conversam com os filhos e o apoio ao comportamento autônomo da criança são influencias importantes na autorregulação. (Bernier, Carlson e Whipple, 2010)
Será que os pais de Salim agiram com sensibilidade e utilizaram termos mentais ao conversar com o filho incentivando a autonomia da criança? Durante todo o contexto o padrão de comportamento da criança contradiz o comando dos pais demonstrando dificuldade de autorregulação do filho. Será que a criança tem internalizado para si o papel do pai, o papel da mãe na relação familiar? Nesta faixa etária de 8 anos os papeis já eram para estar claro e internalizado na criança.
Será que as ações dos pais no dia a dia demonstravam clareza de comandos para a criança? Ou a confundia? 
Quando é mencionado que o motivo da separação é pelo simples fato de Romana não querer sair de perto da casa dos pais, não teria a própria mãe dificuldades para elaborar suas questões e conflitos internos e por isso não esteja com maturidade suficiente para lidar com as dificuldades do filho prejudicando dessa forma condutas assertivas e saudáveis na criação do mesmo? Essa atitude de não querer separar dos pais estando na fase adulta não caracterizaria uma falta de confiança e segurança em si própria para agir com maturidade? Ao relatar sobre a teoria do vínculo Amalia e Friedman , 2013, citando outros autores, relatam que mães que não tiveram apego seguro na infância tendem a agir com os filhos da mesma forma, “ Estudos que fazem uso do EAA,( Entrevista de Apego do Adulto), constataram que o modo como os adultos se recordam das primeiras experiências com os pais ou cuidadores esta relacionado ao seu bem estar emocional e podem influenciar a maneira como respondem a seus próprios filhos.” 
E na escola seu filho também se apresenta inseguro e incapaz de aprender demonstrando graves dificuldades. A escola relata que no ano anterior a criança passou pelo conselho, ou seja, é um problema que já vinha do ano anterior, foi se alastrando não é de agora que ele apresenta dificuldades.
No problema há o relato de que os pais sempre deram todos os presentes que o filho pedia, além de ceder as vontades do filho ao longo do seu desenvolvimento, desse modo, a criança não passou pela frustração para aprender a lidar com o não, na teoria psicanalítica é importante que a criança vivencie a castração para se desenvolver de forma sadia. Ao fazer-lhe a vontade ela interpretará que todos devem lhe servir e realizar suas vontades é essa forma com que poderá compreender o mundo que o cerca. E ao ouvir um não reage de forma agressiva com irritabilidade e birras, reação inadequada para fase de desenvolvimento da criança.
Salim vem apresentando problemas na escola, em matemática (não consegue compreender multiplicação e divisão) e em português troca letras e na escrita troca “p com q” e “b com d”. Quando vai ler algo em sala, gagueja e troca também algumas letras. Como até os cinco anos Salim pelas colocações das professoras e direção da escola no dia-a-dia das atividades ele se saia muito bem. Podemos subentender que no ensino fundamental, próximo aos conflitos de separação dos pais é que tenha adquirido essa queda no desenvolvimento escolar, a gagueira ter-se-ia dado a partir desse episódio? Na educação infantil subentende-se que era ausente essa condição, então será que a gagueira e dificuldades escolares tenham principalmente cunho emocional que surgiram com a questão do divórcio e por isso esteja bloqueando o aprendizado? 
Para Salim a questão da divisão é muito complicada, se no convívio com os colegas tende a ter uma postura egocêntrica, e de individualismo, não conseguindo se colocar no lugar do outro, como ele aprenderá divisão se ele mesmo tem dificuldade em lidar com isso? Ele não estaria dividido com a situação de separação dos pais? Como aprender nessas circunstâncias? 
 A gagueira também pode estar associada com o fato de não conseguir identificar, falar, expressar o que sente e interiormente essa situação pode trazer angustias. A situação de separação dos pais pode ocasionar sufocamento que ele não consegue digerir, engolir, elaborar a situação, principalmente num histórico em que se encontra com problemas nas fases de seu desenvolvimento tanto psicossociais quanto cognitivos. Como aprender a ler o mundo se não consegue ler a si mesmo? 
Neste sentido Kelly e Emery, 2003). Discorrem que o divórcio é estressante para os filhos. Primeiro é estresse do conflito conjugal e então o da separação dos pais com a partida de um dos genitores. As crianças podem não entender o que está acontecendo. Obviamente que ate para os pais o divórcio também é estressante e pode afetar negativamente a educação dos filhos. O padrão de vida da família provavelmente vai cair, e, se o pai ou a mãe for embora, o relacionamento poderá se prejudicar.
Amato, (2005) ressalta que os problemas emocionais e comportamentais da criança também podem refletir o nível de conflito parental antes do divórcio. A adaptação de uma criança ao divorcio depende em parte da idade, da maturidade, do gênero, do temperamento e da adaptação psicossocial da criança antes do divórcio. Acima de tudo, crianças cujo pais se divorciam tem um risco mais alto para desfecho negativo segundo Amato (2005).
Tanto Kelly e Emery, ( 2003) quanto Amato defendem que a frequência de visitas do pai não é mais importante do que a qualidade do relacionamento entre pai e filho, se após a separação a criança tiver vinculo afetuoso de qualidade com o genitor , poderá superar essa fase podendo ter um bom desempenho na escola e menos problemas de comportamento.
O que no caso não se enquadra no contexto de Salim que conforme verificaremos no desenvolvimento da terceira infância conforme Erikson (1982) Para o autor a visão que a criança tem de sua capacidade para o trabalho produtivo refletirá em sua autoestima. Ao analisarmos o quarto estágio do desenvolvimento psicossocial focaliza-se na produtividade versus inferioridade, Salim encontra-se prejudicado em sua produtividade ao não conseguir aprender matemática e desenvolver a leitura em Língua Portuguesa.
 A terceira infância é o tempo em que as crianças devem aprender habilidades valorizadas em sua sociedade. “A virtude que acompanha a resolução bem-sucedida desse estágio é a competência, uma visão de si mesmo como capaz de dominar certas habilidades e realizar tarefas. Se as crianças se sentem inadequadas comparadas com seus pares, elas podem retrair-se para o seio protetor da família. Se por outro lado, elas tornam-se diligentes demais, elas podem negligenciar as relações sociais e transformar-se em viciadas em trabalho. 
 Foi realizada uma pesquisa em que se verificou que as crenças dos pais sobre a competência dos seus filhos em matemática e esportes estava fortemente associada às crenças dos filhos (Fredricks e Eccles, 2002).
Na terceira infância, as crianças têm conhecimento das regras de sua cultura para expressão emocional aceitável (Cole, 2002). Elas aprendem o que as deixa com raiva, com medo ou tristes e como as outras pessoas reagem à expressão dessas emoções e aprendem a comportar-se de acordo com a situação. Quando os pais respondem com desaprovação ou punição, emoções como raivae medo podem tornar-se mais intensas e prejudicar o ajustamento social da criança. (Fabes et all, 2001) 
A autorregulação emocional envolve controle por esforço (voluntário) das emoções, das atenções e do comportamento. As crianças com baixo controle voluntário tendem a tornar-se visivelmente irritadas ou frustradas quando interrompidas ou impedidas de fazerem alguma coisa que querem fazer. Crianças com alto controle voluntário podem conter o impulso de demonstrar emoção negativa em momentos inadequados. O controle voluntario ou por esforço pode ser baseado no temperamento, mas geralmente aumenta com a idade. Baixo controle voluntario pode prever problemas de comportamento futuros. (Eisenberg et al., 2004)
Diante do exposto, Salim já apresenta uma visão negativa de si o que influencia na baixa autoestima, na dificuldade de autonomia, pois não se enxerga capaz de fazer as coisas por si mesmo, nem mesmo uma conta de multiplicação e divisão e também demonstra insegurança na leitura ao gaguejar. Importante observar que são habilidades desenvolvidas desde a primeira infância e logo na segunda infância já apresentava dificuldades no desenvolvimento psicossocial o que veio se agravar na terceira infância inclusive com dificuldade no desenvolvimento cognitivo que verificaremos mais adiante.
No que diz respeito à interação social com os pares sua relação com os colegas não se baseia na cooperação e nem encontra-se desenvolvida a capacidade de empatia em colocar-se no lugar do outro, podemos evidenciar por suas atitudes nas brincadeiras com os colegas em que impõe suas regras, sua forma de brincar desconsiderando as opiniões e sugestões dos demais. Esse comportamento é incompatível com a terceira infância que segundo Papalia e Feldman (2013) menciona que é na terceira infância que que surge o grupo de pares de forma espontânea em que propicia o desenvolvimento de habilidades importantes e necessárias à socialização e à intimidade, e adquirem um senso de afiliação. São motivadas a realizar coisas, além de adquirirem um senso de identidade. Aprendem habilidades de liderança e comunicação, cooperação, papéis e regras.
Os grupos de pares ajudam a criança a aprender como se relacionar em sociedade, ajustar seus desejos às necessidades e desejos dos outros, tendo um equilíbrio de quando ceder e quando manter-se firme, o grupo de pares oferece segurança emocional. (Papalia e Fildeman 2013)
Sob a perspectiva dos estágios cognitivos formulados por Piaget descrito na obra de Papalia e Feldman (2013) , ressaltam que o egocentrismo é a incapacidade de se colocar no ponto de vista do outro, refere-se a fase pré- operatória por volta dos quatro ou cinco anos a criança acha que todo mundo pensa como ela, então ela não questiona ninguém, por volta dos 6 ou 7 anos ela começa a ceder às pressões das pessoas que vivem a seu redor, ela começa a se questionar porque gera um conflito, assim ela começa a perceber que cada um pensa de um jeito. Essa percepção Salim não desenvolveu ainda aos oito anos. 
Quanto ao estágio Operatório concreto vai aproximadamente entre 7 à 11 anos em que a criança desenvolve processos de pensamento lógico, não apresenta dificuldades na solução de problemas de conservação e apresenta argumentos corretos para suas respostas, a criança descentra suas percepções e acompanha as transformações, ela também começa a ser mais social saindo da sua fase egocêntrica ao fazer o uso da linguagem, a fala é usada com a intenção de se comunicar, ela percebe que as pessoas podem pensar e chegar a diferentes conclusões, sendo elas diferentes das suas, ela interage mais com as pessoas, quando aparece um conflito ela usa o raciocínio para resolver. (Papalia e Fildeman 2013)
As operações lógicas é a ocorrência mais importante neste estágio porque as ações cognitivas internalizadas permitem que a criança chegue a conclusões lógicas, sendo elas controladas pela atividade cognitiva e não mais pela percepção e construídas a partir das estruturas anteriores como uma função de assimilação e acomodação. Nessa fase portanto a criança pode resolver problemas logicamente se estiverem focadas no presente mas não consegue pensar de forma abstrata. (Papalia e Fildeman 2013)
Como uma criança com sérios conflitos internos que precisam ser devidamente elaborados e solucionados conseguirá estar focado no aqui e agora, ou seja no presente, para aprender? Como resolver problemas lógicos matemáticos se existe um bloqueio emocional que impede a aprendizagem? No caso em análise Salim não chegou ao desenvolvimento do raciocínio lógico matemático no grau de complexidade que sua faixa etária, oito anos, contemplaria. 
Desse modo, diante às análises realizadas podemos concluir que Salim demonstra dificuldade em ajustar seus desejos com os dos outros, estando na terceira infância ainda se mantem egocêntrico não superando as etapas anteriores do desenvolvimento. Comprometimento na autorregulação, no cumprimento de regras, inabilidades de cooperação e de possível falta na construção de vínculos mais sólidos com os colegas. Demonstra dificuldades em lidar emocionalmente com conflitos necessitando de intervenções inclusive com apoio e presença da família para lidar com todos os aspectos prejudicados no seu desenvolvimento psicossocial, cognitivo e emocional e que com a situação do divórcio aumenta ainda mais os riscos na saúde da criança caso os pais não intervenham de forma eficaz realizando as orientações e intervenções que a psicóloga sugerir.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Referências utilizadas nos moldes ABNT

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