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História da Psicologia Patricia Rossi Carraro Aula 1 * Estudo Histórico da Psicologia: - A importância do passado para o entendimento do presente. - As ideias psicológicas na antiguidade e idade média - As ideias psicológicas no renascimento e modernidade. Conteúdo da Aula * A importância do passado para o entendimento do presente Por que estudar a história da psicologia? Passado é relevante para o presente. A história é importante: o estudo da evolução do pensamento favorece a compreensão da Psicologia contemporânea. * * História da Psicologia – área de estudos inserida na Psicologia. Há: revistas especializadas, centros de pesquisa e uma divisão da APA dedicado à história da Psicologia. Não há nenhuma forma única, abordagem ou definição de psicologia em que todos os psicólogos concordam. Atualmente – diversidade. A história é a única linha de trabalho que dá ordem e impõe significado para o campo amplo. A importância do passado para o entendimento do presente Psicologia como área de estudo: uma das mais antigas e uma das mais recentes. Uma das mais remotas - aborda a mente, assunto que remonta aos filósofos gregos (Sócrates, Platão e Aristóteles) no séc. V a.C. Pode ser vista com mais de 2000 anos de idade se marcarmos nossas origens com a fusão da psicologia e da filosofia. A importância do passado para o entendimento do presente www.lojapelicano233.mvu.com.br twitter.com Aristóteles * * Filósofos estudavam a natureza humana especulando, intuindo e generalizando com base nas suas experiências. A importância do passado para o entendimento do presente SÓCRATES - A principal característica do ser humano seria a Razão. O homem é a sua alma (psique) - A Maiêutica - através desta linha filosófica ele procura dentro do homem a verdade. “Conhece-te a ti mesmo”. PLATÃO - O lugar da razão no corpo humano era a cabeça representando fisicamente a psique. O Mito da Caverna. A relação entre mundo sensível e mundo inteligível. Alma dotada de verdadeiro conhecimento. ARISTÓTELES - Entendia corpo e a mente de forma integrada, e percebia a psique como princípio ativo. Vida conduzida com a razão assegura a felicidade. Enfraquecimento do pensamento mítico. * Em meados do século XIX, a psicologia que era estudada pelos filósofos, passa a ser estudada pela fisiologia e neurofisiologia. Necessidade de tornar-se Ciência Observação e experimentação cuidadosamente controladas para estudar a mente humana – torna-se distinta da filosofia. Necessidade de métodos precisos e objetivos. A importância do passado para o entendimento do presente * Século XIX - ponto de partida para estudar as questões da Psicologia contemporânea. Abordagens filosóficas antigas - “Pré-história” da Psicologia. A importância do passado para o entendimento do presente * Duas formas de conceitualizar como a história acontece: ► A teoria personalística - visualização de que as contribuições dos indivíduos é o que alimenta o progresso. ► A teoria naturalística - ideia de que a época molda o indivíduo. Descobertas simultâneas, importância atribuída ao fato naquela época. O espírito de uma época determina a ação dos sujeitos históricos. A importância do passado para o entendimento do presente * Filosofia na Antiguidade Antiguidade: séc. III a.C – III d.C. - Período de apropriação da cultura grega pelos romanos por todo mundo mediterrâneo (HELENISMO). Surgem alguns núcleos filosóficos – pensar o homem de maneiras particulares. - Preocupação com: ética e conhecimento; alma e a fé, sensações, prazer e a morte. As ideias psicológicas na Antiguidade e Idade Média * - Estoicismo (Zenão, 300 a.C.) - Preocupação com a ética, acentua a vontade humana como capacidade de negar os impulsos objetivando a firmeza da alma. - Desprezo dos prazeres, pois geram sofrimento; aceitar com impassibilidade seu destino. - Epicurismo (Epicuro, 300 a.C.) - Preocupação com a ética fundada no prazer e no afastamento da dor. O bem se encontra no prazer. - Prazer do corpo – sofrimento / prazer espiritual - amizade As ideias psicológicas na Antiguidade e Idade Média * Cultura Ocidental - Base nos pilares: • Helenismo (gregos) - dualismo corpo e alma e soberania da alma; homem responde pelo seu destino; base racional • Judaísmo - sem distinção entre corpo e alma; apoio no Velho Testamento. • Cristianismo - explica origem e destino da alma; crença na vida eterna; vitória sobre o pecado pela redenção. As ideias psicológicas na Antiguidade e Idade Média * Filosofia na Idade Média Idade Média (séc.V ao séc. XIV) - A doutrina religiosa (Igreja católica) - apoderou-se dos movimentos culturais e religiosos, determinando as relações sociais por séculos. - Crescimento das populações, das cidades, escolas e lutas pelo poder político e econômico (da igreja). - A razão é usada como dom de Deus. As ideias psicológicas na Antiguidade e Idade Média * Cristianismo - Patrística - Primeiros séculos da era cristã - Construção dos dogmas cristãos, ou seja, das verdades reveladas, que exigem aceitação incondicional. - Filosofia desenvolvida pelos padres da Igreja. - Encontrar justificativas racionais para as verdades reveladas; conciliar razão e fé. Santo Agostinho (354-430): inspirado em Platão, faz cisão entre corpo e alma. Alma = sede da razão e prova de manifestação de deus no Homem. As ideias psicológicas na Antiguidade e Idade Média * Escolástica - Século IX – surgem escolas que cultivam o saber teológico e filosófico. - Ensino por meio de leituras e comentários dos textos de teólogos e filósofos. - As sínteses doutrinais do final da Idade Média – sumas (Suma Teológica – Santo Tomáz de Aquino). São Tomás de Aquino – (1224 – 1274): busca em Aristóteles a distinção entre essência e existência (o homem na sua essência busca a perfeição através da sua existência); busca da perfeição seria a busca de Deus. As ideias psicológicas na Antiguidade e Idade Média * Renascimento Uma volta deliberada, que propunha a ressurreição consciente (o re-nascimento) do passado, considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média. Ideias psicológicas - Renascimento e Modernidade * Renascimento Idade Moderna - Séc. XV - XVIII Século XVII – explosão de conhecimentos (artes, ciências, literatura, filosofia...) Final do séc. XVII e XVIII – novas vertentes de pensamentos: Positivismo Associacionismo Empirismo Ideias psicológicas - Renascimento e Modernidade * Racionalismo Doutrina em que tudo que existe tem uma causa inteligível, mesmo que não possa ser demonstrada de fato, como a origem do Universo. Privilegia a razão em detrimento da experiência do mundo sensível como via de acesso ao conhecimento. Ideias psicológicas - Renascimento e Modernidade * Descartes (1596 – 1650) Ênfase para o pensamento, libertando-o dos dogmas teológicos e tradicionais rígidos. Representa a passagem da Renascença para o período moderno da ciência. Visão mecanicista do corpo/estudo das estruturas cerebrais. Ideias psicológicas - Renascimento e Modernidade www.biography.com * Após Descartes – desenvolvimento rápido de novas vertentes de pensamento: - Positivismo – reconhece fatos que são objetivamente observáveis. O conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. Uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos (Comte) - Materialismo – considera os fatos do universo como suficientemente explicados em termos físicos pela existência e natureza da matéria (Leibniz) Ideias psicológicas - Renascimento e Modernidade * Empirismo Doutrina filosófica em que o conhecimento é visto como resultado da experiência. Limita o conhecimento à vivência, só aceitando verdades que possam ser comprovadas pelos sentidos. Ideias psicológicas - Renascimento e ModernidadePrincipal representante: John Locke (1632/ 1704) - Experiência derivada da sensação (sobre a mente) e da reflexão (do próprio funcionamento da mente). Sempre haverá a experiência sensorial primeiro. www.cosmovisions.com * Iluminismo Crença que todos os indivíduos possuem em relação à vida, à liberdade, à posse de bens materiais; Crítica ao Absolutismo, ao Mercantilismo e aos privilégios da nobreza e do clero; Defesa da liberdade política e econômica e da igualdade de todos perante a lei. Crítica à Igreja Católica, embora não se excluísse a crença em Deus. Ideias psicológicas - Renascimento e Modernidade * SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da psicologia moderna. Cengage Learning: São Paulo, 2009. DESCARTES. https://www.youtube.com/watch?v=M3oLEGlzs6k Univesp tv FILÓSOFOS E A EDUCAÇÃO - Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino https://www.youtube.com/watch?v=ebHcsjfcVok Referências Patricia Rossi Carraro Resumo Graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU/1992), Especialista em Psicopedagogia (1996), Sexualidade Humana no contexto da Saúde (1997), Educação à Distância (2010), Mestrado (2003) e Doutorado (2008) em Ciências - Área: Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (USP). Pós-Doutorado (2016) pelo Programa de Pós-Doutorado do Departamento de Psicologia - Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é docente do Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto no Ensino a distância (2009-Atual) nos cursos de graduação em Letras, Ciências Contábeis e Pedagogia; e nos cursos de graduação presencial em Psicologia (2013-Atual) e Pedagogia (2015-Atual). Orienta pesquisas (Iniciação Científica) junto ao Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto. Docente dos cursos de Pós-graduação (lato sensu) (2016-Atual) em Psicopedagogia Institucional e Clínica e Docência e Gestão do Ensino Superior. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Processos Perceptuais e Cognitivos, Desenvolvimento Humano, Psicologia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: formação do professor, formação continuada, psicologia escolar e inovações pedagógicas. Link Lattes http://lattes.cnpq.br/2702770632225885 * Obrigado! *
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