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Memorex Filosofia

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Filósofos pré-socráticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Correntes pré-socráticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os pré-socráticos 
 
• Primeiros filósofos. Séc. VI a.C. 
• Naturalistas. 
• Busca da “arché” (princípio da realidade). 
• Compreensão da “physis” (natureza). 
• Cosmologia (origem racional do universo). 
• Raciocínio puro (logos). 
Filósofos jônicos. 
 
A ideia de que tudo no universo pode ser reduzido basicamente a uma única substância é a teoria do monismo, e 
Tales e seus seguidores foram os primeiros a propor isso dentro da filosofia ocidental. 
 
a) Tales de Mileto: água (arché). Geômetra e astrônomo. Previu um eclipse. Panpsiquismo. 
 
b) Anaximandro de Mileto: apeiron, o infinito (arché). “Sobre a natureza”. 
 
c) Anaxímenes de Mileto: ar (arché). “Sobre a natureza” 
 
d) Heráclito de Éfeso: fogo, “inteligência” (arché). “Sobre a natureza”. “Tudo se move”. Orfismo. 
• Filósofos pitagóricos (filósofos, religiosos e políticos). Ideal político aristocrático + comerciantes. 
 
Os pitagóricos identificavam o número (e seus componentes) como o “princípio”. Encaravam o universo como uma 
harmonia numérica. Encaravam a música, traduzida em determinações numéricas, como purificação e catarse. Os 
fenômenos da natureza, sobretudo o tempo, tem uma inferência numérica. A justiça coincidiria com o 4 (2 x 2) ou 
com o 9 (3 x 3), pela ideia de equidade. A inteligência coincidiria com o número 1, pela ideia de imobilidade, 
enquanto a opinião seria o 2. Os números não seriam meras representações mentais, mas, a própria realidade 
(physis). Os números, por sua vez, derivariam de dois “elementos” que, juntos, completam-se (um indeterminado e 
outro determinado). Os pares (“femininos”) são indeterminados e menos perfeitos; os ímpares (“masculinos”) são 
limitantes e mais perfeitos. O número 1 seria uma exceção a essa regra (nem par, nem ímpar, mas, parimpar), pois, 
dele todos os outros procederiam. Pitagóricos desconheciam o zero (0). O número 10, porém, seria o número da 
perfeição, representado como um triângulo perfeito, tendo o número 4 em cada lado (tetraktys). 
 
a) Pitágoras. Metempsicose. O fim da filosofia: purificar e libertar a alma do corpo. Influência órfica. 
 
b) Filolau. Atribuiu movimento à Terra. Antiterra (invisível). 
 
c) Árquitas. Maior dos pitagóricos e amigo de Platão. 
• Filósofos eleatas (Filósofos de Eleia) 
 
 
a) Parmênides. Político ativo. “Sobre a natureza”. 
Pai da Ontologia (Teoria do Ser). “O ser é e o 
não-ser não é”. Razão (verdade) e sentidos (erro). 
O ser é imutável, atemporal, uniforme, necessário 
e imutável. 
 
b) Zenão. Paradoxos contra a multiplicidade, 
divisibilidade e movimento. Criador da dialética, 
segundo Aristóteles. 
 
c) Melisso. O ser é infinito, uno, incorpóreo. 
• Filósofos atomistas 
 
Os atomistas tentaram resolver a aporia (dificuldade 
racional) imposta pelos atomistas acerca do ser. 
Segundo os atomistas, um ser que não nasce e que 
não morre, nem sofre mudanças, adere aos 
fundamentos da realidade sensível (átomos). O átomo 
é indivisível e representa uma realidade captável 
apenas com o intelecto e é dotado de movimento. 
 
a) Leucipo. Fundador 
 
b) Demócrito. Aprofundou. 
 
A filosofia antiga grega tem uma historia extensa. Parte 
do século VI a.C. e chega até o ano de 529 d.C. (com 
a fusão estabelecida aos elementos culturais 
romanos), ano em que o imperador Justiniano mandou 
fechar as escolas pagãs e dispersar seus seguidores. 
Nesse espaço de tempo, podemos destacar o começo 
de tudo com o problema da Physis (isto é, da natureza) 
e do Cosmo, e que, entre os séculos VI e V a.C. 
 
 
Sofistas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Protágoras (480 – 415 a.C.) – Abdera. 
 
a) “O homem é a medida de todas as coisas”. 
b) Antilogias (Todo argumento tem dois lados). 
c) O homem como foco da filosofia. 
d) Voltou-se para questões práticas. 
e) Rejeitou a existência de definições absolutas. 
f) Foi conselheiro de Péricles. 
g) Agnosticismo. Crime de impiedade. 
• Górgias (485 – 380 a.C.) – Leontinos. 
 
a) “Sobre a natureza ou sobre o não-ser”. 
b) Niilismo. 
c) Apresentava-se publicamente (retórica). 
d) Foi embaixador em Atenas. 
e) Acumulou notável fortuna material. 
f) Não professava ensinar a “areté” (virtude). 
g) A retórica é rainha das ciências. 
Na antiga Grécia, Atenas tornou-se, no século V a.C., sob a 
administração de Péricles, uma cidade-Estado importante e próspera e 
entrou em sua "Era de Ouro" de erudição e cultura. Essa realidade 
despertou a atração de pessoas de toda a Grécia. Nesse contexto, havia 
consideráveis vantagens àquelas que conheciam e sabiam interpretar a 
lei. Atenas era administrada sob princípios democráticos, com um 
sistema legal estabelecido. Exigia-se de qualquer pessoa levada à corte 
que defendesse sua causa. Foi nesse cenário que se desenvolveu um 
verdadeiro grupo de mestres de retórica, conhecidos como sofistas. Os 
sofistas eram professores itinerantes de legislação e retórica. 
• Pródicos – (465 – 395 a.C.) – Céos. 
 
a) Horai. 
b) Sinonímia. 
c) Ética pessimista. 
d) Precursor de Sócrates. 
e) Deuses são a Hipostatização do útil. 
f) Reinterpretação do mito de Hércules. 
Os sofistas 
 
• deslocam o interesse da filosofia da natureza para o homem. 
• instauram um clima cultural que se poderia chamar com o moderno termo "iluminista" 
• criticam a religião em perspectiva também ateia. 
• criticam o conceito de verdade e de bem. 
• destroem a imagem tradicional do homem. 
• consideram a virtude como objeto de ensino. 
• apresentam-se como mestres de virtude. 
• são expressão da crise da aristocracia e da ascensão politica das novas classes 
 
 
 
Sócrates (469 – 399 a.C.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Sócrates se concentrou na problemática do 
Homem, cuja essência é a alma, a psyché 
(inteligência). 
 
• Virtude (areté). Para Sócrates, é o que torna o 
homem um ser melhor e isso se dá pelo 
conhecimento. A fonte do mal é a ignorância. 
 
• Liberdade. Para Sócrates, é o autodomínio 
(razão > paixão). O maior dos escravos é quem 
não domina seus instintos. Nova concepção de 
herói (vence os inimigos interiores). Autarquia. 
 
• Felicidade. Não pode vir das coisas exteriores, 
do corpo, mas somente da alma. A alma feliz é 
ordenada (virtuosa). O homem virtuoso não ode 
sofrer nenhum mal, nem na vida, nem na morte. 
 
• Método socrático (dialética). Busca despojar a alma 
da ilusão do saber, curando-a. Fases: Negação, 
Ironia, Refutação e Maiêutica (obstetrícia espiritual). 
 
• Julgamento. Acusado de crime de impiedade 
(zombar dos deuses e corromper os jovens). 
Para Sócrates, Deus seria a Inteligência 
Ordenadora. 
 
Sócrates era filho de um pedreiro (Sofronisco), de quem 
teria seguido a profissão, e de uma parteira (Fainarete). 
Estudou filosofia e chegou a ser convocado para o serviço 
militar, participando da Guerra do Peloponeso. Com a 
morte do pai, herdou dinheiro suficiente para viver com a 
esposa Xantipa sem precisar trabalhar. Casou-se ainda 
com Mirto. Sócrates teve três filhos: Lamprocles, 
Sofronisco e Menexeno. Sócrates tornou-se uma figura 
conhecida em Atenas, envolvendo-se em discussões 
filosóficas com concidadãos e conquistando um séquito de 
jovens alunos. Ao fim, acusado de negar os deuses e de 
corromper o espírito da juventude (crime de impiedade), foi 
condenado à morte. Embora lhe tivesse sido oferecida a 
alternativa do exílio, ele aceitou o veredito de culpado e 
recebeu sua dose fatal de cicuta em 399 a .C. 
 
Sócrates acreditava na valorização da não-
violência: a razão poderia impor-se pela convicção 
e não pela força. Aceitou a condenação e se 
recusou a fugir do cárcere. 
 
• Negação: Induzir o interlocutor a apresentar o 
próprio saber. 
 
• Ironia: Assumem-seas teses do adversário 
para revelar seu erro. 
 
• Refutação: Levar o adversário à contradição e 
dissuadi-lo quanto às suas falsas convicções. 
 
• Maiêutica: Despertar a verdade que há em cada 
uma de nós, mediante perguntas e respostas. 
 
 
Platão (428 – 348 a.C.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Teoria das Ideias ou das Formas. 2ª 
Navegação. Trata-se da descoberta da 
Metafísica. 
 
• Mundo Inteligível (Mundo das Ideias): Eterno, 
imaterial, invisível e real. Princípios originários: 
Uno (Bem) e Díade. 
 
• Mundo sensível: criado, material, visível e 
cópia. Criado pelo Demiurgo (Deus-artífice). 
Formado pelas coisas materiais. 
 
• Dialética. Processo de conhecimento. Pode ser 
ascensional (sinótica) ou descensional 
(diairética). 
 
• Doxa (Opinião) x Episteme (Ciência). A Doxa 
divide-se em imaginação e crença. A Episteme 
divide-se em ciência intermediária e intelecção. 
 
• Estado Ideal. O político deve ser um filósofo 
(aristocracia). As classes estariam associadas 
às almas (racional, irascível e apetitiva) 
 
• Arte. Mimese (Cópia). A arte esconde o 
verdadeiro e corrompe o homem. Ela se volta 
para as faculdades irracionais da alma. 
 
• Diálogos. Platão escreveu ao todo 36 diálogos, 
subdivididos em nove tetralogias. 
 
• Academia. Escola fundada por Platão. 
Priorizava o ensino da Matemática. 
 
• Platão, nasceu Arístocles, em Atenas, no ano 
428 a.C. Era filho de Ariston (descendente do 
rei Codro) e de Perictíone (parente do legislador 
Sólon). Membro de uma família aristocrática, foi 
inicialmente educado para uma carreira política. 
Foi discípulo de Crátilo, que, por sua vez, foi 
discípulo de Heráclito. Depois, Platão teve 
Sócrates como mestre. Platão não apoiava a 
democracia, inclusive pelas injustiças para com 
Sócrates. Platão deixou Atenas e fez uma série 
de viagens (Mégara, Siracusa), quando teve 
conhecimento da filosofia pitagórica. De 
regresso a Atenas, fundou a Academia. Deixou 
Atenas por outras ocasiões, até fixar-se por 
definitivo em Atenas em 360 a.C. Platão morreu 
em Atenas em 348 a.C., aos 80 anos. Não teve 
filhos. 
A partir do diálogo 
Górgias, Platão passou a 
atribuir novo valor ao 
mito, dando-lhe grande 
importância narrativa. 
 
• Anamnese (Reminiscência). É a recordação 
de verdades conhecidas pela alma e que 
reemergem de vez em quando na experiência. 
 
Platão tem uma visão 
dualista do homem: corpo 
(sensível) e por alma 
(suprassensível). 
Metempsicose é a 
transmigração da alma 
para um corpo. Platão 
copia isso do Orfismo. 
 
Aristóteles (384 – 322 a.C.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Aristóteles, o Estagirita. Família (Nicômaco e 
Faestis). Asclepíadas. 
 
• Viagens: Atenas. Ásia Menor. Macedônia. 
Cálcis (morte, em 322 a.C.). 
 
• Liceu. Escola fundada por Aristóteles em 
Atenas. Escola Peripatética. Aulas esotéricas e 
exotéricas. 
 
• Ciências. O conhecimento foi dividido em três 
grandes áreas: Ciências Teoréticas, Ciências 
Práticas e Ciências Poiéticas. 
 
• Ciências Teoréticas: Metafísica (causas do 
ser), Física (substância sensível, movimento) e 
Matemática (estudos dos objetos matemáticos). 
 
• Ciências Práticas: Ética (fim supremo do 
homem, a felicidade) e Política (cidadãos, 
liberdade e ócio). 
 
• Ciências Poiéticas: Buscam produzir algo. 
Poesia (mimese e catarse) e Retórica (estudo 
dos meios de persuasão). 
 
• Lógica (Analítica). Órganon (Instrumento). 
Princípios (Identidade, Não-contradição e 
Terceiro Excluído. 
 
Aristóteles nasceu em Estagira, nordeste da Grécia (atual). Era filho de 
Nicômaco, médico da família real da Macedônia e foi educado como 
membro da aristocracia. Em Atenas, estudou e ensinou na Academia de 
Platão. Quando Platão morreu, Aristóteles trocou Atenas pela Jônia. Foi 
então designado preceptor na corte macedônica, onde instruiu o jovem 
Alexandre, o Grande. Em 335 a.C., retornou a Atenas e fundou o Liceu. 
Depois da morte de Alexandre em 323 a.C., um sentimento 
antimacedônico espalhou-se por Atenas. Aristóteles foi acusado de 
crime de impiedade, o que o levou a fugir para Cálcis, terra natal de sua 
mãe, onde morreu no ano seguinte. 
Aristóteles se diferencia de Platão em três aspectos gerais: 
 
• o abandono da componente místico-religioso-escatológica. 
• o escasso interesse pela matemática e, ao contrário, a valorização 
das ciências naturais; 
• o método sistemático em vez do dialético-dialógico. 
Para Aristóteles, todos os seres são dotados de quatro causas: Material, Formal, Eficiente e Final. 
Em seus estudos sobre movimento, Aristóteles fala de Potência e de Ato, de onde vem a ideia de Motor. 
Existe uma substância suprassensível (Deus), que é causa do tempo e do movimento. É o Motor Imóvel. 
A Psicologia aristotélica é parte integrante da Física e estuda os seres animados (dotados de alma): vegetais, 
animais e homens. 
 
 
Filosofia Helenística 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Cinismo. Fundado por Antístenes (445 – 365 
a.C.), mas Diógenes de Sínope (412 – 323 
a.C.) foi o principal expoente. 
• Objetivo da vida: viver na virtude, conforme a 
natureza. 
• Cinosargo (escola) – Nothoi (alunos 
marginalizados). 
• A mais anticultural das filosofias gregas. 
Opunha-se às leis e aos costumes. 
• Defendia a Apatia (indiferença às vicissitudes), 
a Parresia (liberdade de palavra), Anaideia 
(liberdade de ação) e a Autarquia 
(autodomínio). 
 
• Epicurismo. Fundado por Epicuro (341 – 271 
a.C.). 
• Escola do Jardim. 
• Influência dos atomistas. 
• Influência socrática (filosofia como arte de vida). 
• Influencia cirenaica (felicidade x prazer). 
• Felicidade: falta de dor (ataraxia, em relação à 
alma; e aponia, em relação ao corpo). 
• Todos os homens são iguais. 
• O conhecimento se fundamenta sobre a 
sensação. 
• A alma é um agregado de átomos. 
 
 
• Estoicismo. Fundado por Zenão de Cítio (344 
– 262 a.C.). 
• Filósofos do portão (estoá, em grego). 
• Renegava a metafísica e toda forma de 
transcendência. Concebia a filosofia como a 
arte de viver. 
• Opunha-se ao Epicursimo (redução do mundo e 
do homem a átomos e a identificação do prazer 
como o bem do homem). 
• Comparava a Filosofia a um pomar: muro 
(Lógica), árvores (Física) e frutos (Ética). 
• Todos os seres são dotados de um senso de 
conservação. 
 
• Ceticismo. Fundador por Pirro de Élida (360 – 
270). Também chamado de Pirronismo. 
• Influência dos gimnosofistas (pensadores 
gregos), que diziam que tudo não passa de 
vaidade. 
• Pirro negou o ser e os princípios do ser. 
• As coisas são em si indiferenciadas, 
incomensuráveis e indiscrimináveis. 
• Os sentidos e a razão não estão em condição 
de estabelecer a verdade e a falsidade. 
• O homem deve permanecer sem opinião. 
• O sábio usa de afasia (calar-se), para atingir a 
ataraxia (imperturbabilidade). 
• As correntes filosóficas helenísticas derivam da verdadeira fusão estabelecida entre as culturas grega e orientais, 
a partir da expansão política, militar e territorial macedônica, comandada por Alexandre, o Grande, entre 334 e 
323 a.C. 
• Tratava-se de um contexto de crise política da Pólis, sendo o ideal cosmopolita cada vez mais valorizado. O 
homem da cidade cedeu para o homem-indivíduo. 
• A concepção de homem atinge uma dimensão de igualitarismo universal, em detrimento do modelo 
exclusivamente grego. 
• Surgiu, dessa forma, a necessidade de formas de pensamento mais adequadas à realidade imposta pela 
expansão macedônica. 
• Nesse sentido, surgiram as chamadas correntes helenísticas. 
• O centro cultural deixou de ser Atenas e passou a ser Alexandria. 
 
Filosofia Medieval 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Patrística. Corrente filosófica cristã. Doutrina 
dospais (padres) da Igreja. 
• São Justino (100-165), primeiro filósofo cristão 
(apologeta). São Clemente de Alexandria (150 
– 215) e Orígenes (184 – 253) também se 
destacam nesse período. 
• Os padres da igreja eram ligados à Escola 
Neoplatônica de Alexandria. 
• Conciliava os princípios filosóficos gregos aos 
dogmas cristãos. 
• Firmou-se através dos Concílios (Doutrina). 
• Opunha-se ao paganismo e às heresias. 
• Influência grega, judaica e cristã. 
• Lançou os fundamentos da tradição católica. 
• Santo Agostinho (354 – 430) 
• Tagaste, Madaura, Cartago, Roma, Milão. 
• Vida dissoluta e de prazeres. 
• Concubinato. Adeodato (filho) 
• Confissões (autobiografia). 
• Influência de Cícero e do Maniqueísmo. 
• Orador, Professor de Retórica. 
• Santo Ambrósio x Neoplatonismo (Plotino e 
Porfírio) + Cristianismo (São Paulo e São João). 
• Hipona: sacerdócio e bispado. 
• Filosofia (Platão) + Teologia. Crer para entender. 
• Teoria da Iluminação (revelação divina). 
• História de ciclos (influência sobre Hegel). 
• A Cidade de Deus (Céu > Terra). 
• Escolástica. Aristotelismo cristão. 
• A Europa vivia uma fragmentação política e 
cultural e uma instabilidade social e econômica, 
além do desinteresse dos bárbaros pela 
Filosofia. 
• Esforço dos monges beneditinos. Copismo. 
• SIRG (séc. IX). 
• Reforma Gregoriana. Escolas em mosteiros: 
Trivium e Quadrivium. 
• Santo Anselmo (1033 – 1109). Monológio e 
Proslógio. Prova da existência de Deus (retórica, 
lógica e ontológica). 
 
• Santo Tomás de Aquino (1225 – 1274). “Boi mundo”. 
• Expoente máximo entre os escolásticos. 
• Aristotelismo cristão. 
• Frade dominicano. Discípulo de Alberto Magno. 
• A Teologia retifica a Filosofia, mas não a substitui. A fé 
melhora a razão. 
• Ente (Tudo aquilo que existe). Deus é ser (essência) 
• Teologia Negativa. 
• Cinco provas (vias) da existência de Deus: Movimento, 
Eficiência, Contingência, Perfeição e Finalidade. 
• Suma Teológica. 
• Livre arbítrio: o homem é natureza racional. 
• Filosofia Árabe. Serviu para preservar o conhecimento ocidental. 
• Cultura grega (difusão para o Oriente Médio: Pérgamo, Antioquia e Alexandria). 
• Heresias cristãs (Arianismo e Nestorianismo) migraram para o Oriente Médio. 
• Neoplatonistas fogem da perseguição de Justiniano recorrendo à Pérsia. 
• Árabes se expandiram pelo Oriente Médio e absorveram e aprofundaram elementos das culturas grega e judaico-
cristã. Traduziram e comentaram obras filosóficas ocidentais. Reintroduziram o saber grego na Europa. 
• Avicena (Neoplatonismo + Aristotelismo). Muito bem aceito no Ocidente. 
• Averróes (maior nome do Aristotelismo entre os árabes). Primado da Filosofia sobre a Religião. 
• Maimônides (Guia dos Perplexos). Teologia Negativa (Deus é conhecido pelo que Ele não é). 
• Querela dos Universais. Realistas (Universais são reais). Conceitualistas (Universais são conceitos). 
Nominalistas (Universais são nomes). 
 
A religião cristã, embora originária do judaísmo, surge e se desenvolve no contexto do helenismo, e é precisamente 
da síntese entre o judaísmo, o cristianismo e a cultura grega que se origina a tradição cultural ocidental de que 
somos herdeiros até hoje. 
A leitura que os primeiros pensadores cristãos fazem da filosofia grega é sempre altamente seletiva, tomando aquilo 
que consideram compatível com o cristianismo enquanto religião revelada. Assim, valorizaram sobremaneira a: 
 
a) metafísica platônica (dualismo entre mundo espiritual e material); 
b) lógica aristotélica (recursos demonstrativos e dialéticos); 
c) retórica dos estoicos e sua ética (resignação, austeridade e autocontrole). 
 
Filosofia Moderna 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Racionalismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• René Descartes (1596 – 1650) 
 
• “Fundador” da Filosofia Moderna. 
• Discurso sobre o Método (1637). 
• “Penso, logo existo!” (“Cogito ergo sum!”) 
• “Dúvida metódica” (verificar, analisar, sintetizar e enumerar). 
• Apesar do ceticismo, o conhecimento é possível. 
• Matemático. Propôs fundir álgebra e geometria. 
• Duvida hiperbólica ou sistemática. 
• res cogitans x res divina x res extensa. 
• Mente e corpo são substâncias distintas (dualismo). 
• Gênio maligno (induz ao erro). 
• Árvore cartesiana (Metafísica: raiz; física: tronco; galhos: ciências e 
moral). 
• Pascal (1623 – 1662) 
 
• Matemático, Físico, Teólogo e 
Filósofo. 
• Pensamentos. 
• Oposição aos libertins. 
• "O coração tem suas razões, que 
a própria razão desconhece". 
• Jansenismo x Catolicismo. 
• Aposta de Pascal e a existência 
de Deus. 
• A imaginação é uma força 
poderosa no homem. 
 
 
• Espinosa (1632 – 1677) 
 
• Ética. 
• Família judaica. 
• Deus é a causa de tudo que existe; tudo que existe, 
existe em Deus. 
• Substância (aquilo que explica a si mesmo). 
• Monismo da substância (Deus ou natureza). 
• Dualismo do atributo (corpo e mente). 
• Deus é o mundo e o mundo é Deus (panteísmo, 
“Deus sive natura”). 
• Deus é causa imanente do mundo. 
• O estoico moderno. Emoções ativas e passivas. 
 
 
• Leibniz (1646 – 1716) 
 
• Monadologia. 
• Verdades de razão (necessária) e de fato 
(contingente). 
• O universo é composto de “mônadas” 
(substâncias simples e individuais). 
• Cada mônada está isolada de outras mônadas. 
• Cada mônada contém uma completa 
representação de todo o universo em seu estado 
passado, presente e futuro. 
• toda mente humana é uma mônada que contém 
uma representação completa do universo. 
Com frequência, a Filosofia Moderna é apresentada dividida em duas escolas, a dos racionalistas (incluindo 
Descartes, Pascal, Espinosa e Leibniz) e a dos empiristas (incluindo Bacon, Hobbes, Locke, Berkeley e Hume). 
Vários filósofos não se encaixaram automaticamente neste ou naquele grupo, cada qual sendo ao mesmo tempo 
semelhante e diferente dos outros de maneira complexa. Entretanto, a diferença essencial entre as duas escolas era 
epistemológica: elas divergiam em suas opiniões sobre o que podemos saber e como sabemos o que sabemos. 
Dito de maneira simples, os empiristas sustentavam que o conhecimento derivaria dos sentidos e da experiência, 
enquanto os racionalistas afirmavam que o conhecimento pode ser adquirido exclusivamente por meio da reflexão 
racional. 
 Descartes Pascal Espinosa Leibniz 
 
 
Empirismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Francis Bacon (1561 – 1626) 
 
• Novum Organum. 
• A Teoria do Ídolos (Tribo, Caverna, Foro e Teatro). 
• O poder do homem está em produzir em um corpo 
novas naturezas. 
• A ciência está na descoberta das formas. 
• As três tábuas sobre as quais se deve basear a 
nova indução. 
 
• Thomas Hobbes (1588 – 1679) 
 
• O pensador de Malmesbury. 
• Influência de Galileu (1564 – 1642) 
• Corporeísmo. 
• Mecanicismo. 
• Materialismo. 
 
 
• John Locke (1632 – 1704) 
 
• Liberal, empirista e contratualista. 
• Teoria da tábua rasa. Crítica ao inatismo de Platão 
e o Racionalismo cartesiano. 
• “Ensaio acerca do Entendimento Humano” (1690). 
• Estudou Medicina e Física em Oxford. 
• Experiência do príncipe e do sapateiro. 
• Todo conhecimento se origina na sensação. 
• Não há ideias inatas no espírito. 
• Através das experiências, o entendimento produz 
novas ideias por abstração. 
• O entendimento é passivo na origem, pois é 
tributário dos sentidos. 
• O entendimento se torna ativo quando combina 
ideias simples e forma ideias complexas. 
• A grande consequência do Empirismo se revela na 
concepção do Estado social e do poder político. 
 
• George Berkeley (1685 – 1753) 
 
• “Idealismo imaterialista” (Nega a substância 
material). Monista. 
• Ser é ser percebido (Uma coisa só existe na medida 
em que ela percebe ou é percebida). 
• Todo conhecimento vem da percepção (O ser 
sujeito é aquele que percebe e o ser objeto é o 
percebido). 
• Experiência(fonte primária de conhecimento): 
depende dos sentidos. 
• As ideias podem vir de fora (pelos sentidos: 
sensações) ou de dentro (da mente: pensamentos). 
• Deus é a consciência onisciente e onipresente. 
• Considerava o empirismo lockeano “moderado”. 
• Tratado sobre os Princípios do Conhecimento 
Humano (1710). 
 
 
• David Hume (1711 – 1776) 
 
• Empirismo radical e cético. Opunha-se ao Racionalismo, sobretudo por seu caráter teológico-metafísico. 
• Hume buscava na Filosofia, o que Newton alcançou na Física. Hume queria uma “Filosofia Natural”. 
• Em Hume, a Natureza se impõe à razão. O homem-filósofo deve ceder ao homem-natureza. 
• Tratado sobre a Natureza Humana (três volumes, entre 1739 e 1740). 
• Investigação sobre o Entendimento Humano (1748). 
• História da Inglaterra (seis volumes, entre 1754 e 1762). 
• Profunda influência sobre o pensamento de Kant, a Fenomenologia e a Filosofia Analítica. 
• Relacionou-se intelectualmente com Diderot, D’Alembert, d’Holbach e, sobretudo, Rousseau. 
• Amigo de Adam Smith, defendia o livre-comércio. Apoiou a independência dos EUA. 
• Impossibilidade de certeza absoluta. Não há ideias inatas. O conhecimento vem da experiência. 
• A relação entre causa e efeito é discutível. A causalidade é um hábito. A base de causa e efeito é a experiência. 
• O conteúdo da mente humana: percepções (impressões e ideias). 
• Liberdade é não necessidade (casualidade). “A razão não pode contrapor-se à paixão na condução da vontade”. 
• A religião não tem fundamento racional, nem moral. A religião é instintiva (medo da morte). 
Bacon Hobbes Locke Berkeley Hume 
 
 
Contratualismo 
 
 
 
 
a) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Thomas Hobbes (1588 – 1679), o “gêmeo do medo”. 
 
• Leviatã (1651). “Autoridade inquestionável”. 
• Estado de natureza x Estado civil. 
• Natureza má do ser humano (agressivo, belicoso). 
• O homem é visto em uma perspectiva mecanicista. 
• “Guerra de todos contra todos”. Bellum omnia omnes 
• Estado e Sociedade fortes. 
• A função do Estado = manter a ordem. 
• “Pai do Totalitarismo” x “Pensador democrático”. 
• Estado > Leis. Estado > Religião. 
• Empirismo x Filosofia Política. 
• Um pensador individualista, mas, não liberal. 
• A liberdade é a ausência de impedimento. 
• Homem = corpo natural. Estado = corpo artificial. 
• Opôs-se à Revolução Puritana (1642 – 1649). 
• Não defendia exatamente o Absolutismo, mas, o 
poder exercido de forma absoluta. 
• John Locke (1632 – 1704). 
 
• Contratualista liberal. 
• Tratados sobre o Governo Civil (Governo 
consentido). Autoridade constituída. 
• Função do Estado: proteger os direitos naturais 
(Jusnaturalismo): vida, liberdade e propriedade. 
• Cláusula lockeana: O fundamento da 
propriedade é o trabalho. 
• Último grande filósofo que justifica a 
escravidão. 
• O Legislativo é o poder supremo (Leis>Estado). 
• O poder do Estado é limitado. 
• Resistência ao governo tirânico. 
• Influenciou as revoluções Gloriosa, Americana 
e Francesa. 
• Defendia a tolerância religiosa. 
 
• Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) 
 
• Escreveu sobre Política, Ética e Educação. 
• Um dos maiores nomes do Iluminismo. Influenciou sobremaneira a 
Revolução Francesa (1789 – 1799). 
• Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens (1755). Emílio 
(1762). O Contrato Social (1762). 
• Participou da Enciclopédia, editada por Diderot (verbete = Economia 
Política). 
• Correspondeu-se com Voltaire (Carta sobre a Providência) e com 
D’Alembert (Carta sobre os espetáculos). 
• Compôs uma ópera (O adivinho da vila), em 1752. Dedicou-se ao estudo da 
Botânica no fim de sua vida. 
• Vítima de perseguições políticas, instigadas por seu espírito contestador, 
viveu longo período no exílio. 
• Rejeita a religião revelada e apoia uma religião natural (o homem 
encontraria Deus em seu coração). 
• Entende que a natureza humana é boa, corrompida pela sociedade, que é 
desigual e injusta. 
• Contrário à escravidão, defendia a liberdade natural do homem. 
• A soberania política pertence ao conjunto dos membros da sociedade, cujo 
fundamento é a vontade geral. 
• O papel da Educação é a formação da vontade geral, convertendo cada 
indivíduo em cidadão. 
 
• John Rawls (1921 – 2002) 
 
• Professor de Filosofia Política (Harvard). 
• Uma Teoria da Justiça (1971). Liberalismo Político (1993). O Direito dos 
Povos (1999). 
• O Contrato Social se firma efetivamente mediante Justiça, garantida pela 
Liberdade e pela Igualdade. 
 
Rousseau 
John Rawls 
 
Kant (1724 – 1804) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Crítica da Razão Pura - 1781 (Teoria do Conhecimento – Filosofia Transcendental). Início do Idealismo alemão. 
 
• Obra dedicada a Francis Bacon, o iniciador do Empirismo. 
• Busca examinar os limites da razão teórica e estabelecer os critérios de um conhecimento legítimo. 
• O conhecimento só é possível a partir da conjunção de matéria (a partir dos sentidos) e forma (categorias do 
entendimento). 
• Juízos Analíticos (são lógicos, a priori) ≠ Juízos Sintéticos (são empíricos, a posteriori). 
• Juízos sintéticos a priori = universais e necessários; ampliam o nosso conhecimento. 
• Revolução Copernicana = o objeto é determinado pelo sujeito. Importante entender como os dois se relacionam. 
• O conhecimento do objeto resulta de suas faculdades da mente (razão): sensibilidade e entendimento. 
• Primeira parte do livro: Estética Transcendental (formas puras da sensibilidade: intuições de espaço e tempo). 
• Segunda parte do livro: Analítica Transcendental (conceitos puros do entendimento: categorias) 
• Há dois mundos: fenomênico (realidade de nossa experiência) e numênico (realidade em si mesma, “coisa-em-si”). 
 
• Crítica da Razão Prática - 1788 
 
• Discussão sobre questões éticas. 
• Metafísica dos costumes (1797) também é sobre ética. 
• Considera o homem como agente livre e racional. 
• A ética é estritamente racional e universal. 
• Os princípios da razão prática são leis universais e 
definem os nossos deveres. 
• A ética kantiana é uma ética do dever (prescritiva). 
• As ações humanas seguem uma determinação causal, 
embora o homem seja racional e isso o diferencia da 
ordem natural. 
• O dever consiste na obediência a uma lei universal. 
• Imperativo Categórico ≠ imperativos hipotéticos. 
• A ética kantiana não visa a felicidade, mas, o dever. 
• A razão prática pressupõe uma crença em Deus e na 
liberdade e imortalidade da alma. 
 
• Crítica do Juízo - 1790 
 
• Kant analisa os juízos de gosto e os juízos 
teleológicos. 
• Juízos de gosto: fundamento da estética. É 
objetivo e universal. 
• A beleza é uma “finalidade sem fim”. 
• Juízos teleológicos: finalidade. 
• Faculdade dos juízos: intermediária entre a razão 
teórica e a razão prática. 
• Kant analisa o belo por meio de categorias, do 
sublime e noção de gênio. 
• O sublime é afim ao belo, mas não está nas 
coisas, mas no homem. Está associado ao que é 
informe e ilimitado. 
• O belo reflete a forma do objeto, caracterizada 
pela limitação. 
• O pensador de língua alemã Immanuel Kant (1724-1804) deixou uma produção que pode ser vista como um 
verdadeiro marco na Filosofia Moderna. 
• O pensamento de Kant costuma estar segmentado em duas fases: 
 
a) Dogmática, que vai até a Dissertação de 1770. Kant era essencial e exclusivamente racionalista. 
b) Crítica, a partir da publicação da Crítica da razão pura (1ª ed. 1781). Kant buscou superar a dicotomia entre 
racionalismo e empirismo. 
 
Immanuel Kant nasceu em 1724, numa modesta família de artesãos. Cresceu e 
trabalhou toda a vida na cosmopolita cidade portuária báltica de Konigsberg (atual 
Kaliningrado), então parte da Prússia. Embora nunca tenha deixado a província natal, 
tornou-se um filósofo internacionalmente conhecido ainda em vida. Kant estudou 
filosofia,física e matemática na Universidade de Konigsberg e lecionou na mesma 
instituição nos 27 anos seguintes. Em 1792, suas visões heterodoxas levaram o rei 
Friedrich Wilhelm II a proibi-lo de lecionar. Ele retornou ao ofício após a morte do rei, 
cinco anos depois. Kant publicou ao longo de toda a sua carreira, mas é mais 
conhecido pela série de obras inovadoras produzidas entre os cinquenta e setenta 
anos. Embora fosse um homem brilhante e sociável, nunca se casou. Morreu em 1804, 
com quase oitenta anos. 
 
Idealismo alemão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Materialismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Friedrich Hegel (1770 – 1831) 
 
• Pensador monista e idealista. 
• Todo os fenômenos são aspectos de um único 
espírito. 
• Filósofo da totalidade, do saber absoluto. 
• Fenomenologia do Espírito (1807). 
• Espírito (Consciência): Sensível, Infeliz e Absoluto. 
• O Espírito Absoluto é uma força-guia na natureza. 
• O que é real, é racional. O que é racional, é real. 
• Dialética (História): Tese x Antítese → Síntese. 
• Cada movimento surge como solução das 
contradições inerentes ao movimento anterior. 
• Beleza artística > Beleza natural. 
 
• Arthur Schopenhauer (1788 – 1860) 
 
• Sistema metafísico ateu e ético. 
• Pessimismo filosófico. 
• O mundo como vontade e representação (1818). 
• Introduziu elementos orientais (indianos e budistas) 
à Filosofia alemã. 
• A vontade é a fonte da dor. O prazer é uma fuga. 
• O amor é uma meta de vida; não garante felicidade. 
• O sofrimento é positivo, porque se faz sentir. 
• A arte é um exercício de combate à dor, porquanto 
conduz ao controle da vontade. 
• O homem necessita de uma vida de ascetismo. 
• É da natureza da mulher ser obediente. 
• Ludwig Feuerbach (1804 – 1872) 
 
• A essência do Cristianismo (1841). 
• A experiência humana bastava para explicar a existência. 
• Homens não são uma forma externalizada de um espírito absoluto, mas o oposto: criamos a ideia de um espírito 
maior, um deus, a partir de nossos próprios desejos e aspirações. 
• Em nosso anseio por tudo o que há de melhor na humanidade (amor, compaixão, bondade), imaginamos um ser 
que incorpora essas qualidades no mais alto grau possível e o chamamos "Deus". 
• A teologia (o estudo sobre Deus) é, portanto, nada mais do que antropologia (o estudo sobre a humanidade). 
• Não só nos iludimos em pensar que um ser divino existe como também esquecemos ou renunciamos ao que 
somos. Perdemos de vista o fato de que tais virtudes já existem em humanos, não em deuses. 
• Karl Marx (1818 – 1883). 
 
• Família de origem judaica (O pai, Heinrich, advogado. A mãe, Henriette, dona de casa). Nasceu em Trier. 
• Doutorou-se em Filosofia em Berlim (1841) aos 18 anos. Dedicou-se ao Jornalismo. 
• Casou-se com Jenny von Westphalen (1843). 
• Teve em Friedrich Engels um amigo e colaborador por toda a vida desde que se conheceram. 
• Influências de Hegel e de Feuerbach. Foi um hegeliano de esquerda, mas depois rompeu. 
• Leu e aprofundou as teorias dos economistas clássicos (Smith, Ricardo, Pecqueur, Say). 
• Criticava o Socialismo Utópico, em favor do Socialismo Científico. 
• A Ideologia Alemã (escrito em 1846). Manifesto do partido comunista (1848). Os dois em parceria com Engels. 
• O Capital (1867). Os outros dois volumes foram publicados postumamente (1885 e 1894, respectivamente). 
• Crítica da Economia Política (1859). 
• Foi um dos principais organizadores da primeira Internacional (1864 – 1876). 
• Alienação do trabalho (pior arquiteto x melhor abelha). Reificação. 
• Materialismo histórico. Não é a consciência dos homens que determina o ser, mas é o ser social que determina a 
consciência do homem. A estrutura econômica determina a superestrutura das ideias. 
• Superestrutura (política), Estrutura (sociedade) e Infraestrutura (economia). 
• Materialismo dialético. Marx inverte a dialética hegeliana (das ideias para a história, da mente para os fatos). 
• A luta de classes é o motor da história. 
• A mercadoria tem duplo valor: valor de uso e valor de troca. 
• Mais-valia. Produto suplementar não pago pelo capitalista ao operário. Processo de acumulação capitalista. 
• O advento do Comunismo (Revolução Armada x Ditadura Proletária). 
 
Idealismo alemão é uma escola que teve desenvolvimento na Alemanha entre os séculos XVIII e XIX. Decorreu do 
Kantismo e esteve diretamente influenciada pelo Iluminismo e pelo Romantismo. O idealismo explorava as ideias em 
seus sentidos ontológico, epistemológico e ético. Os grandes nome do Idealismo alemão pós-kantiano: Johann 
Gottlieb Fichte (1762 – 1814), Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 – 1831) e Friedrich Schelling (1775 – 1854). 
 
 
 
Filosofia Contemporânea 
 
 
Existencialismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Søren Kierkegaard (1813 – 1855) 
 
• Pai do Existencialismo. Prioriza a realidade concreta sobre o pensamento abstrato. 
• Escreveu suas obras fazendo uso de pseudônimos. 
• Família abastada. Rompeu o noivado com Regine Olsen (1841). 
• Graduou-se em 1841 com um Magister Artium, equivalente a um PhD. 
• Enten – Eller (1843). Escrito sob o pseudônimo de Victor Eremita. 
• Temor e Tremor (1843). Escrito sob o pseudônimo de Johannes de Silentio. Fala de amor, religião e linguagem. O 
cavaleiro da fé. 
• O Conceito de Angústia (1844). Escrito sob o pseudônimo de Vigikius Haufniensis. Angústia é o medo 
desenfreado. Vertigem de liberdade. 
• O Desespero Humano (1849). Escrito sob o pseudônimo de Anti-Climacus. Desespero é associado a pecado. 
• O ser humano está inserido em três estágios: estético (desespero, pecado, o paraíso das experiências sensoriais), 
ético (evolução, limitação moral, aceitação das leis) e religioso (difícil de ser assimilado, compromisso com a fé, 
existência verdadeira). 
• Deus é (ser é eterno e infinito) e o homem existe (existir é criado e finito). O homem é responsável por seus atos. 
 
• Martin Heidegger (1889 – 1976) 
 
• Fenomenologia e Existencialismo. Foi aluno de 
Edmund Husserl. 
• “Ser e Tempo” (1927). 
• Dasein (ser aí). O ser que tem uma compreensão do 
Ser. 
• O ser humano é ainda mais fundamentalmente 
estruturado por sua temporalidade. 
• Existência autêntica e inautêntica. 
• Verdade (não-encanto). Arte (revelação da verdade). 
Linguagem (casa do ser). 
• “Ser-para-a-morte”. 
• Relação com o Nazismo. 
• Heidegger teve uma relação direta com o Nazismo, 
afiliando-se ao regime. 
• Foi professor de Hannah Arendt, com quem se 
envolveu amorosamente. 
 
• Jean-Paul Sartre (1905 – 1980) 
 
• Filosofia engajada. Posição política de 
esquerda. 
• Antilcolonialismo. 
• Influenciado pela Fenomenologia de Husserl. 
• A existência precede a essência (ser humano). 
• Relacionamento com Simone de Beauvoir 
(“Castor”). 
• “O ser e o nada”. “A Náusea”. 
• O “Em-si” (não tem consciência de si ou do 
mundo). 
• O “Para-si” (consciência humana). 
• “O homem está condenado a ser livre”. 
• “O existencialismo é um humanismo”. 
• Angústia, fruto da consciência da liberdade. 
• “O inferno são os outros”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Friedrich Nietzsche (1844 – 1900), o filósofo da suspeita. 
 
• Nietzsche nasceu aos 15 de outubro de 1844 em Röcken, nas imediações de 
Lutzen. 
• Filho de Karl Ludwig Nietzsche (1813 – 1849) e de Franziska Nietsche (1826 – 
1897). 
• Ele foi um crítico impiedoso do passado e um verdadeiro profeta “inatual” dos 
nossos dias. 
• Sofreu um colapso mental em 1889 (03 de janeiro) em Turim. 
• Viveu sob os cuidados da mãe e, depois da morte desta, da irmã. 
• Morreu aos 25 de agosto de 1900 em Weimar. 
• Estudou filologia clássica em Bonn e em Leipzig. 
• Sofreu influência de Schopenhauer, ao ler “O Mundo como vontade e 
representação”. 
• Em 1869, aos 25 anos, assumiu a disciplina de FilologiaClássica na 
Universidade de Basileia. Aí se tornou amigo de Jakob Burckhardt. 
• Também manteve amizade com o compositor alemão Richard Wagner. 
• Em 1879, demitiu-se do ensino, alegando problemas de saúde. Passou a viver, 
sempre mudando, entre a Suíça, Itália e Sul da França. 
• Em 1882, conheceu Lou Salomé, com quem viveu uma intensa relação. 
• Leitor de Dostoievski, Nietzsche destacava a obra “Crime e Castigo”. 
 
OBRAS 
 
• O nascimento da tragédia (1872). 
• Humano, demasiado humano (1878). 
• Aurora (1881). 
• A Gaia Ciência (1882). 
• Assim falou Zaratustra (1883). 
• Além do bem e do mal (1886). 
• A Genealogia da moral (1887). 
• O crepúsculo dos ídolos (1888). 
• O Anticristo (1888). 
• Ecce homo (1888). 
IDEIAS CENTRAIS 
 
• Dionisíaco e Apolíneo. 
• Saturação da história. 
• Niilismo. 
• A morte de Deus. 
• O super-homem (Übermensch). 
• Filosofia do martelo. 
• Transvalorização. 
• Eterno retorno. 
• Vontade de potência. 
• Amor fati. 
FRASES 
 
• Aquilo que não me mata, só me fortalece. (Crepúsculo dos ídolos). 
• Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te. (Além do bem e do mal). 
• Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.(Humano demasiado humano) 
• Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura. (Assim falou Zaratustra). 
• É mais fácil lidar com uma má consciência do que com uma má reputação. (A Gaia ciência). 
• Temos a arte para não morrer da verdade. (A Vontade de Poder). 
• O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são. (O 
Anticristo). 
• A mulher foi o segundo erro de Deus (Crepúsculo dos ídolos) 
• A filosofia para Nietzsche, representada por Sócrates, o “homem de uma visão só”, instaura o predomínio da 
razão, da racionalidade argumentativa, da lógica, do conhecimento científico, da demonstração. 
• Com isso, o homem perde a proximidade com a natureza e suas forças vitais, que mantinha no período 
anterior e que encontra sua expressão nos rituais dionisíacos, na dança, na embriaguez. 
• O advento do cristianismo reforçará a direção com o espírito do sacrifício e da submissão, com o pecado e a 
culpa, com o supremo paradoxo do “deus morto”, Cristo, o “crucificado”, como Nietzsche se refere a ele. 
• Nossa cultura seria fraca e decadente devido ao predomínio das “forças reativas” que a construíram. A 
verdade e a moral são os instrumentos que os fracos inventaram para submeter e controlar os fortes, os 
guerreiros. A tradição ocidental é o resultado desse processo. 
 
 
Fenomenologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Edmund Husserl (1859 – 1938) 
 
• Fundador da Fenomenologia. Criticou o Positivismo e o Historicismo. 
• Ideias para uma fenomenologia Pura (1913). 
• Husserl queria explorar a experiência em primeira pessoa de modo sistemático, 
deixando de lado todas as pressuposições. 
• O conhecimento das essências é possível quando colocamos entre parênteses 
os pressuspostos em relação ao mundo exterior (Epoché = suspensão do 
juízo). 
• Eidética = abstração da essência. 
• Noesis = compreensão imediata. 
• Noema = entidades objetivas. 
• De ascendência judaica, foi perseguido pelas leis nazistas de 1933. 
 
• Max Scheler (1874 – 1928) 
 
• A Fenomenologia concentra-se no intelecto ao investigar as estruturas da 
consciência, ignorando a experiência do amor ou do coração humano. 
• O formalismo na ética e a ética material dos valores (1913 – 1916). 
• Amor e conhecimento (1923). 
• O amor cria uma ponte do conhecimento mais pobre para o mais rico. 
• Influenciado por Blaise Pascal, crê numa lógica específica no coração humano, 
diferente da lógica do intelecto. 
• O amor é uma espécie de “parteira espiritual” que conduz o homem rumo ao 
conhecimento. 
 
• Maurice Merleau-Ponty (1908 – 1961) 
 
• Ponto de partida: estudo da percepção. 
• “Corpo próprio”: além de uma coisa, é uma condição de experiência 
permanente. 
• O corpo é um elemento na abertura perceptiva para o mundo. 
• Diferente de Husserl, acredita que a experiência não é só mental, mas, também 
corporal. 
• Fenomenologia da Percepção (1945). 
• Corpo-sujeito. Mente e corpo não são entes separados (oposição à tradição 
cartesiana). 
• Pensamento e percepção são incorporados. 
• Mundo, consciência e corpo são todos parte de um único sistema. 
 
A Fenomenologia é uma escola filosófica que tenta investigar todos os fenômenos da nossa experiência interior - é o 
estudo da consciência e suas estruturas. Husserl assumiu uma abordagem similar à de Descartes, mas a utilizou de 
modo diferente. Ele sugeriu que, se adotarmos uma atitude científica em relação à experiência, deixando de lado 
toda suposição particular (incluindo a suposição de que um mundo externo existe fora de nós), então poderemos 
começar a filosofar numa lousa limpa, livre de todas as inferências. Husserl chamou essa abordagem de 
fenomenologia: uma investigação filosófica sobre os fenômenos da experiência. Precisamos olhar para a experiência 
com urna atitude científica, deixando de lado (ou "colocando entre parênteses", como dizia Husserl) cada uma de 
nossas suposições. E, se olharmos cuidadosa e pacientemente, poderemos criar uma base segura de conhecimento 
para nos ajudar a lidar com problemas :filosóficos que têm nos acompanhado desde o início da filosofia. 
 
Husserl 
Merleau-Ponty 
Max Scheler 
 
Filosofia Analítica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por volta do início do século XX, as teorias de Albert Einstein (explicação mais detalhada sobre a natureza do 
universo) e a psicanálise de Sigmund Freud (ideia radicalmente nova sobre o funcionamento da mente) 
proporcionaram aos filósofos voltar sua atenção para questões de filosofia moral e política ou para questões mais 
abstratas da lógica e da análise linguística. Na vanguarda do movimento de análise lógica, que se tornou conhecida 
como Filosofia Analítica, estava a obra de Gottlob Frege, que uniu o processo filosófico da lógica com a matemática. 
Suas ideias foram recebidas de maneira entusiástica por um filósofo e matemático britânico, Bertrand Russell. 
 
• Bertrand Russel (1872 – 1970) 
 
• Um liberal, um socialista, um pacifista, mas sem profundidade em nenhuma dessas partes. 
• Crítico da corrida armamentista e da guerra do Vietnã. 
• Entusiasta da democracia, defendia o sufrágio feminino. 
• Era um crítico ao regime stalinista e ao dogmatismo marxista. 
• Opunha-se à rigidez moral vitoriana quanto à sexualidade. Apoiava a ideia de divórcio. 
• Tese logicista (Lógica simbólica), de fundamentação matemática. 
• Ludwig Wittgenstein (1889 – 1951) 
 
• Filho de uma abastada família austríaca de origem judaica, viveu o ambiente cultural efervescente de Viena no 
final do séc. XIX. 
• Influenciou as duas correntes da Filosofia Analítica da linguagem contemporânea: a semântica formal e a 
pragmática. 
• Estudou engenharia e matemática. Em Cambridge, estudou com Bertrand Russel. 
• Lutou na I Guerra Mundial pelo Império Austro-Húngaro. 
• Tractatus logico-pholosophicus (1921). Busca uma essência da linguagem. 
• Wittgenstein busca fundamentar o conhecimento da realidade através da lógica, e não da epistemologia. 
• Grandes problemas metafísicos se originariam da má interpretação da linguagem 
• A Filosofia tem por objetivo a elucidação lógica dos pensamentos. 
• A Filosofia não é um corpo doutrinal, mas uma atividade. 
• Sem Filosofia, os pensamentos são nebulosos e indistintos. Sua tarefa é torná-los claros e bem delimitados. 
• Investigações Filosóficas (1952). Verdadeira ruptura com a primeira obra. Aqui surge um segundo Wittgenstein. 
• Nas Investigações a linguagem, entendida como tendo uma estrutura básica, uma forma lógica, desaparece, 
dissolve-se, dando lugar aos jogos de linguagem, múltiplos, multifacetados. 
• A noçãode jogo de linguagem se dá pelo uso que fazemos das expressões linguísticas nos diferentes contextos 
ou situações em que as empregamos. 
Bertrand Russel 
Wittgenstein 
 
Escola de Frankfurt 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Horkheimer Adorno Benjamin Marcuse 
 
• A Teoria Crítica da Escola de Frankfurt teve como objetivo o desenvolvimento de uma teoria crítica da cultura 
e da sociedade retomando a filosofia de Marx, sobretudo sua análise da ideologia, e aproximando-a de suas 
raízes hegelianas. 
 
• A Escola de Frankfurt preocupou-se sobretudo com o contexto social e cultural do surgimento das teorias, 
valores e visão de mundo da sociedade industrial avançada, procurando assim atualizar e desenvolver a teoria 
marxista enquanto teoria filosófica e sociológica. 
 
• A crítica frequentemente feita à interpretação frankfurtiana do marxismo é de que o aspecto revolucionário do 
pensamento de Marx acaba se enfraquecendo. 
 
Theodor Adorno (1903-1969) Filósofo alemão. 
fundador, juntamente com Horkheimer, em 1924, da 
famosa Escola de Frankfurt. Exilou-se por motivos 
políticos na Inglaterra (1933) e depois nos Estados 
Unidos (1937); retornando em 1949 à Alemanha. 
Inicialmente dedicou-se ao estudo de Kierkegaard, 
sobretudo à sua noção de subjetividade, passando 
depois à análise da dialética em um sentido crítico à 
formulação de Hegel. Desenvolveu urna teoria crítica 
da ideologia da sociedade industrial e de sua cultura, 
que marca distintamente a posição da escola de 
Frankfurt. Formulou o conceito de "indústria cultural" 
para caracterizar a exploração comercial e a 
vulgarização da cultura, principalmente através do 
rádio e do cinema. Denunciou sobretudo a ideologia 
da dominação da natureza pela técnica, que traz 
como consequência a dominação do próprio homem. 
É famosa, nesse sentido, sua polêmica com Popper 
e sua crítica ao Positivismo. Adorno destacou-se 
também como musicólogo, tendo sido ligado a Alban 
Berg, um dos criadores da música atonal, e 
escrevendo uma série de estudos sobre a música 
desde Wagner até a música popular e o jazz. Suas 
obras principais são: Kierkegaard, construção do 
estético (1933), Dialética do esclarecimento (1947, 
com Horkheimer), Filosofia da nova música (1949). 
Dialética negativa (1966), Teoria estética (1968), 
Três estudos sopre Hegel (1969). 
Max Horkheimer (1895-1973) foi um dos 
fundadores, juntamente com Adorno, da Escola de 
Frankfurt, Horkheimer nasceu na Alemanha, 
doutorando-se pela Universidade de Frankfurt. Em 
1934, foi para os Estados Unidos, onde lecionou na 
Universidade Columbia, em Nova York, regressando 
em 1950 à Alemanha. Horkheimer desenvolveu em 
estreita colaboração com Adorno, uma profunda 
reflexão sobre o projeto filosófico, político, científico e 
cultural do Iluminismo, e sua influência na formação 
da sociedade contemporânea e ele sua ideologia, no 
célebre Dialética do Iluminismo (1947). Sua obra é 
voltada sobretudo para temas centrais da sociedade 
contemporânea como a família, a questão da 
autoridade política e do autoritarismo, a cultura de 
massas e a ideologia da sociedade burguesa. Apesar 
de crítico do materialismo dialético, Horkheimer pode 
ser considerado um neomarxista por seu uso de 
categorias do marxismo em suas análises e por sua 
critica ao positivismo sociológico. Obras principais: A 
situação atual da filosofia social (1931); Estudos 
sobre a autoridade e a Família (1936), em 
colaboração com Marcuse e outros membros da 
escola; Por uma crítica da razão instrumental (1967). 
Muitos de seus artigos e ensaios foram publicados na 
Revista de pesquisa social, que dirigiu, destacando-
se Um novo conceito de ideologia (1930) e Teoria 
tradicional e teoria crítica (1937). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Herbert Marcuse (1898-1979) foi um filósofo alemão (nascido em Berlim) que estudou na Universidade de 
Freiburg, onde foi aluno de Husserl e Heidegger. Posteriormente ligou-se a Adorno e Horkheimer, tornando-se 
um dos mais destacados membros da escola de Frankfurt. Transferiu-se para os Estados Unidos (1934), como a 
maioria dos membros da escola, tendo sido professor em diversas universidades americanas (Columbia. 
Harvard, Califórnia). Marcuse alcançou grande notoriedade sobretudo a partir dos movimentos estudantis de 
1968 na França, Alemanha e Estados Unidos, devido a suas teses revolucionárias e a sua interpretação crítica 
da sociedade industrial contemporânea. A principal contribuição de Marcuse à teoria crítica frankfurtiana pode ser 
considerada a relação que desenvolveu entre o pensamento de Marx e o de Freud, em urna interpretação que 
realça o sentido libertário tanto do marxismo quanto da teoria psicanalítica. Para Marcuse, a repressão sexual e a 
repressão social são indissociáveis em nossa cultura. Denunciou inclusive a aparente tolerância existente no 
liberalismo de certas sociedades industriais avançadas como uma pseudoliberdade, conduzindo no fundo ao 
conformismo. Marcuse criticou igualmente o marxismo oficial da União Soviética, considerando-o muito distante 
do caráter revolucionário da filosofia de Marx. Suas principais obras são: Razão e revolução (1941), Eros e 
civilização (1955), O homem unidimensional (1964), O fim da utopia (1967). 
Walter Benjamin (1892-1940) foi um dos mais originais pensadores da escola de Frankfurt. Walter Benjamin 
nasceu na Alemanha, de família judia, revelando em seu pensamento forte influência da tradição cultural judaica, 
sobretudo da mística e da teologia. Inspirando-se em Marx, de cujo pensamento deu uma interpretação própria. 
Benjamin desenvolveu uma profunda reflexão critica sobre a arte e a cultura na sociedade de seu tempo, ainda 
que basicamente através de ensaios, artigos e textos fragmentários, publicados em revistas literárias e jornais. 
Em vários desses escritos. dentre os quais destaca-se seu ensaio sobre "A obra de arte na era de sua 
reprodutibilidade técnica", procura entender a mudança radical que se dá em relação à obra de arte, o que 
caracteriza, retornando urna ideia hegeliana, a perda de urna "aura", aquilo que faz do objeto de arte algo de 
único e especial. Ao reproduzir-se e difundir-se um objeto artístico, tal como acontece com o cinema e a 
fotografia, há uma ruptura com o modo tradicional de nos relacionarmos com esse objeto; por outro lado, essa 
nova relação contém um elemento revolucionário, capaz de contribuir decisivamente para a transformação das 
próprias estruturas sociais. Dentre seus escritos, destacam-se ainda um ensaio sobre Baudelaire e as "Teses 
sobre a filosofia da história". Sua obra completa (Escritos coletados, 6 vols.) foi publicada postumamente (1972-
1975). 
Jürgen Habermas (1929) é um filósofo alemão, pertencente à chamada "segunda geração" da escola de 
Frankfurt. Foi assistente de Adorno de 1956 a 1959, professor na Universidade de Heidelberg (1961-1964) e 
depois em Nova York (1968), diretor do Instituto Max Planck (1971), em Starnberg, Alemanha, sendo atualmente 
professor na Universidade de Frankfurt. A obra de Habermas desenvolve-se na perspectiva da teoria crítica da 
sociedade iniciada pela escola de Frankfurt, pretendendo ser uma revisão e uma atualização do Marxismo capaz 
de dar conta das características do capitalismo avançado da sociedade industrial contemporânea. Inspirando-se 
em Weber, Habermas toma como ponto central de sua análise a racionalidade dessa sociedade, caracterizando-
a cm termos de uma razão Instrumental, que visa estabelecer os meios para se alcançar um fim determinado. 
Segundo essa análise, o desenvolvimento técnico, e a ciência voltada para a aplicação técnica, que resultam 
dessa razão instrumental, acarretam a perda da autonomia do próprio hem, submetido igualmente às regras de 
dominaçãotécnica do mundo natural. Para Habermas, numa perspectiva crítica, é necessário portanto recuperar 
a dimensão da interação humana, de uma racionalidade não-instrumental, baseada no agir comunicativo entre 
sujeitos livres, de caráter emancipador em relação à dominação técnica. A ideologia corresponde, para 
Habermas, à distorção dessa possibilidade de ação comunicativa, produzindo relações assimétricas e impedindo 
que a interação se realize plenamente. A crítica, ao explicitar as condições da ação comunicativa, implícitas em 
todo uso significativo do discurso, permite o desmascaramento da ideologia e a retomada da razão 
emancipadora. Nesse sentido, a proposta de Habermas formula-se em termos de uma teoria da ação 
comunicativa, recorrendo inclusive à filosofia analítica da linguagem para tematizar essas condições do uso da 
linguagem livre de distorção como fundamento de uma nova racionalidade. Contra os críticos da Modernidade, 
que se caracterizam pela racionalidade técnica, como Lyotard, Habermas, no entanto, defende o racionalismo do 
projeto iniciado pelo *Iluminismo, considerando-o como projeto ainda a ser desenvolvido e ainda significativo para 
nossa época, desde que a razão seja entendida criticamente, no sentido do agir comunicativo. Dentre suas obras 
mais importantes, destacam-se: Teoria e praxis (1963), Técnica e ciência como "ideologia" (1968), Conhecimento 
e interesse (1968), O problema da legitimação no capitalismo tardio (1973), Para a reconstrução do materialismo 
histórico (1976), Teoria da ação comunicativa (1981), O discurso filosófico da modernidade (1985). 
Jürgen Habermas 
 
Utilitarismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Trata-se de uma doutrina centrada na questão da ética e defendida por grandes pensadores, como Bentham e 
John Stuart Mill. 
• Na definição de Mill, "as ações são boas quando tendem a promover a felicidade, más quando tendem a promover 
o oposto da felicidade". 
• As ações, boas ou más, são consideradas assim do ponto de vista de suas consequências, sendo o objetivo de 
uma boa ação, de acordo com os princípios do utilitarismo, promover em maior grau o bem geral. 
• As críticas ao Utilitarismo geralmente apontam para a dificuldade de se estabelecer um critério de bem geral, para 
o fato de que essa doutrina aceita o sacrifício de uma minoria em nome do bem geral, e para a não-consideração 
das intenções e motivos nos quais a ação se baseia, levando em conta apenas seus efeitos e consequências. 
 
• Jeremy Bentham (1748-1832) foi um filósofo inglês, fundador do Utilitarismo, desenvolvido depois por John Stuart 
Mill (1806-1873). 
• Para Bentham, o Utilitarismo seria a doutrina que, do ponto de vista moral, consideraria a utilidade como o principal 
critério da atividade. 
• Tratava-se de uma teoria da felicidade pensada segundo o modo de uma economia política ou em termos de gestão 
do capital-vida. 
• Em seu livro mais importante, Princípios de moral e de legislação (1780), Bentham escreveu: "A natureza colocou o 
homem sob o império de dois mestres soberanos: o prazer e a dor. 
• O princípio de utilidade reconhece essa sujeição e a supõe como fundamento do sistema que tem por objeto erigir, 
com a ajuda da razão e da lei, o edifício da felicidade. 
• "O importante é que o homem procure calcular como obter o máximo de felicidade com um mínimo de sofrimento. 
• Em outra obra, intitulada O panóptico (1786), Bentham elaborou todo um plano de organização arquitetural das 
prisões a fim de submeter os prisioneiros a uma vigilância permanente e poder reinseri-los no sistema produtivo. 
• Pretendia estender esse plano a todas as instituições de educação e de trabalho. 
• Escreveu também outro livro muito importante: Defesa da usura (1787). 
• John Stuart Mill (1806-1873) foi um filósofo e economista inglês que sempre esteve preocupado com a reforma e a 
melhoria das condições de vida dos homens. 
• Toda a sua vida foi pautada por uma intensa atividade: fundou revistas, círculos de estudos e foi membro do 
Parlamento. 
• Seus livros principais são: System Sistema de lógica (1843), Ensaios sobre algumas questões não-resolvidas de 
economia política (1844), Princípios de economia política (1848) e Utilitarismo (1863). 
• É considerado um dos primeiros a elaborar as chamadas leis da prova ou da pesquisa científica: expôs as quatro 
regras fundamentais do método experimental, já anunciadas por Francis Bacon (concordância, diferença, resíduos e 
variações) concomitantes. 
• Retomou de Bentham o princípio segundo o qual o interesse e o prazer constituem as molas da conduta humana, 
para elaborar uma moral utilitarista: do ponto de vista da moral, a utilidade é o principal critério da atividade humana; 
não há em nós uma consciência moral capaz de designar o bem e portadora de princípios de ação; o bem e o mal 
são uma questão de experiência; a reflexão moral se funda no fato de que os homens são seres sociais: os 
sentimentos morais fundamentais são a simpatia e a fraternidade. 
 
Jeremy Bentham 
 
John Stuart Mill 
 
 
 
Pragmatismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• John Dewey (1859-1952) foi um filósofo e educador norte-americano, além de professor de filosofia, psicologia e 
pedagogia nas Universidades de Chicago e Columbia (Nova York). 
• Desenvolveu o Pragmatismo formulado por Charles Peirce e William James, aplicando essa doutrina à lógica e à 
ética, e defendendo o Instrumentalismo ou o Experimentalismo em teoria da ciência. 
• Tornou-se célebre por ter fundado a chamada Escola Ativa. 
• Sua obra é vasta: Escola e sociedade (1889), A criança e o currículo (1902). Como nós pensamos (1910), 
Democracia e educação (1916), Experiência e educação (1938), Ensaios de lógica experimental (1916, 1954). 
• Criticou severamente o sistema tradicional de ensino centrado no mestre, esse monarca da classe. 
• Formulou uma concepção pedagógica segundo a qual a educação deve ser "urna preparação para a vida adulta", 
seus fins não devendo ser autoritariamente fixados do exterior nem tampouco estáticos. 
• A preocupação central de toda construção pedagógica deve ser a experiência, porque toda a pedagogia precisa 
organizar-se em torno desse fenômeno atual e vivo, que é o problema prático que se põe a criança, seguido do 
debate no qual ela se engaja para resolvê-lo. 
• A didática se resume no famoso método "do problema", que se desenvolve em cinco fases: a) a criança traz um 
problema (um objeto, uma preocupação etc.. relacionados com sua vida); b) definição em comum do problema; c) 
inspeção dos dados disponíveis; d) formação de uma hipótese de trabalho; e) comprovação da experiência (da 
validade das informações. dos meios e dos raciocínios). 
• Dewey inventou a escola ativa e os métodos ativos. Sua essência está em lançar mão das motivações espontâneas 
da criança para a descoberta, pela experiência pessoal, das informações úteis a serem assimiladas. 
 
• Concepção filosófica que defendendo o empirismo no campo da teoria do conhecimento e o utilitarismo no campo 
da moral (valoriza a prática mais do que a teoria e considera que devemos dar mais importância ás consequências). 
• O critério de verdade deve ser encontrado nos efeitos e consequências de uma ideia, em sua eficácia, em seu 
sucesso (A validade de uma ideia está na concretização dos resultados que se propõe obter). 
• Charles Sanders Peirce (1839-1914) foi um filósofo norte-americano, de formação científica (físico e químico), 
criador do Pragmatismo e que escreveu inúmeros trabalhos de lógica, metafísica, teoria do conhecimento e filosofia 
da ciência. 
• Peirce concebe o Pragmatismo como um método para estabelecer o significado dos conceitos a partir dos efeitos 
práticos de seu uso concreto. 
• Desenvolveu, nessa linha, uma teoria consensual de verdade, que seriao acordo a que chegariam os cientistas 
após o exame de suas hipóteses. 
• Contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da lógica matemática contemporânea e para a discussão da 
importância da probabilidade e do método indutivo na ciência. 
• É de grande importância sua teoria dos signos, que propõe distinções entre ícones, signos que guardam uma 
semelhança com o objeto representado; índices, que indicam o objeto representado; e símbolos, que são 
convencionais e supõem uma regra de uso para sua aplicação (uma das bases da semiótica contemporânea). 
 
• William James (1842-1910) foi um filósofo e psicólogo norte-americano, conhecido como um dos fundadores do 
Pragmatismo, definindo a verdade por "aquilo que tem êxito praticamente e traz o novo ao mundo", e como o 
primeiro a desenvolver a psicologia nos Estados Unidos. 
• Seu livro Principles of Psychologv (1890) é um clássico. 
• Em 1875, criou, em Harvard, o primeiro laboratório de psicologia. 
• Uma de suas teses centrais diz que a consciência é uma função biológica, que ela é ação sobre e no real, 
adaptação ativa a um meio que a influencia, mas que também modela (pois é operante). 
• James encontra-se na origem do "Funcionalismo" que será adotado por Dewey e outros da "escola de Chicago". 
• Seu pragmatismo deriva, na ordem do conhecimento, do Empirismo e, na ordem da ação, do Utilitarismo de John 
Stuart Mill. 
• O espírito que o domina sustenta que se deve dar maior importância à prática do que à teoria, o critério da verdade 
devendo ser procurado na ação. 
• Porque a verdade é uma ideia que tem êxito, o verdadeiro é aquilo que se verifica e que é útil. 
• O mesmo ocorre na ordem moral: o justo consiste naquilo que é vantajoso para nossa conduta. 
• O conhecimento deve ser prospectivo, voltado para o futuro e, por isso, a verdade é concebida como um 
"programa", seu valor sendo medido por sua eficácia (“valor monetário” de nossas ideias). 
 
Hannah Arendt (1906 – 1975) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Notabilizou-se sobretudo por suas reflexões sobre 
a situação do mundo atual e sobre as crises que 
marcam nossa época: crise da religião, crise da 
tradição filosófica e crise da autoridade política. 
 
1. Filósofa alemã, de origem judaica, estudou com 
Heidegger e Jaspers, tendo emigrado 
inicialmente para a França e depois para os 
Estados Unidos (1941), onde foi professora na 
New School for Social Research de Nova York. 
4. Na filosofia política, é importante sua análise do 
totalitarismo, que interpreta como resultante 
precisamente da crise de autoridade. 
 
3. Para resolver essas crises, propõe a retomada de 
algumas características básicas dos movimentos 
revolucionários modernos como a Revolução 
Americana e a Francesa, em que o sistema de 
conselhos tornava as decisões políticas mais 
democráticas e participativas. 
 
5. Dentre suas principais obras destacam-se As 
origens do totalitarismo (1951) e A condição 
humana (1958). 
 
• No clássico As Origens do Totalitarismo, Arendt ocupa-se, sobretudo, da 
emergência do nazismo e do stalinismo como fenômenos do igualitarismo 
totalitário que vocifera: “Se você não é igual a mim, não tem direito a existir”. 
• “Foi como se naqueles últimos minutos [Eichmann] resumisse a lição que sua 
longa carreira de mal nos ensinou, a lição da terrível banalidade do mal, 
diante da qual as palavras e o pensamento parecem impotentes”. Hannah 
Arendt em Eichmann em Jerusalém. 
•
• Em A Condição Humana, publicado em 1958, Arendt traça um relato do desenvolvimento histórico da situação da 
existência humana, da Grécia Antiga até a Europa moderna. Ela teve como meta no livro discutir as possibilidades 
da vita activa no mundo moderno. Ela define as três atividades (labor, trabalho e ação) e descreve quatro campos 
possíveis: o político, o social, o público e o privado. A autora então explica como os gregos antigos posicionavam 
• Arendt defendia um conceito de “pluralismo” no âmbito político, acreditando que com esse pluralismo uma potencial 
liberdade e igualdade política seria gerada entre as pessoas. 
• Arendt ressaltava que para assumir a responsabilidade política deveriam estar presentes pessoas adequadas e 
dispostas, já que elas seriam responsáveis pelos convênios e leis que toda a sociedade deveriam se submeter. 
• Com isso defendia um sistema de democracia direta ou um sistema de conselhos. 
• Em julho de 1933 ela foi detida durante oito dias pela Gestapo. 
• Já naquele ano Arendt defendia a postura de que se devia lutar ativamente contra o nacional-socialismo. 
• Ao contrário dos filósofos alemães da época, entre eles alguns judeus, e isso gerou uma repugnância da parte de 
Arendt, que os considerava oportunistas ou mesmo entusiastas. 
• Nesse mesmo ano Hitler assumia o poder alemão e Arendt por ser judia ficou impedida sua segunda tese que lhe 
daria acesso à docência nas universidades alemães. 
• Seu envolvimento com o sionismo a levava a colidir com o antissemitismo do Terceiro Reich, fatores que a levaram 
a sair da Alemanha. 
• Em 1963 Hanna Arendt é contratada como professora da Universidade de Chicago, onde ensina até 1967, ano em 
que se muda para Nova York e passa a lecionar na New School for Social Research. 
• O trabalho filosófico de Hanna Arendt abarca temas como a política, a autoridade, o totalitarismo, a educação, a 
condição laboral, a violência e a condição feminina. 
 
Estruturalismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Michel Foucault 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Positivismo Lógico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Doutrina filosófica que considera a noção de estrutura fundamental como conceito teórico e metodológico. Concepção 
metodológica em diversas ciências (linguística, antropologia, psicologia etc.) que tem como procedimento a 
determinação e a análise de estruturas. 
 
Pode-se considerar o estruturalismo corno uma das 
principais correntes de pensamento, sobretudo nas 
ciências humanas, em nosso século. 
 
O método estruturalista de investigação científica foi 
estabelecido pelo linguista suíço Ferdinand de Saussurre, 
que afirma ver na linguagem a predominância do sistema 
sobre os elementos, visando extrair a estrutura do sistema 
através da análise das relações entre os elementos. 
A linguística, desse modo, teria por objeto não a descrição empírica das línguas, mas a análise do sistema abstrato que 
constitui as relações linguísticas. Lévi-Strauss aplicou o método estruturalista no estudo elos mitos e das relações de 
parentesco nas sociedades primitivas, tornando as estruturas sociais como modelos a serem descritos, estabelecendo 
assim o sentido da cultura em questão. 
 
• Doutrina do Círculo de Viena, também conhecida como Empirismo lógico, Positivismo Lógico ou neopositivismo. 
• Sua ideia central é a de que a linguagem da física constitui um paradigma para todas as ciências, naturais e 
humanas (dentre estas últimas sobretudo a psicologia), estabelecendo a possibilidade de se chegar a uma ciência 
unificada. 
• Essa linguagem, por sua vez, se reduz a sentenças protocolares, que descrevem dados da experiência imediata, e a 
sentenças lógicas que são analíticas. 
• A verificação empírica e o formalismo lógico são assim as bases da doutrina. 
• Uma das tarefas mais importantes, relativas à lógica da ciência, será o desenvolvimento das operações que corrente 
sustenta e que são possíveis: indicar as regras sintáticas para a inserção dos diferentes conceitos biológicos, 
psicológicos e sociológicos na linguagem física. 
• Essa análise dos conceitos de linguagens parciais conduz à concepção de uma linguagem unitária que suprimiria o 
estado de dispersão que reina atualmente na ciência. 
 
• Foucault, Michel (1926-1984) empreendeu urna importante análise epistemológica do surgimento das ciências 
humanas e de seu papel em nossa cultura, bem como uma crítica à noção tradicionalde sujeito. 
• Por outro lado, foi também grande a influência do próprio método de análise do discurso proposto por Foucault. 
• Seu ponto de partida é o conceito de episteme, uma rede de significados — uma "formação discursiva" — que 
caracterizaria uma determinada época nos diversos domínios da sociedade e da cultura: da literatura à ciência, da 
arte à filosofia. 
• A análise arqueológica, que realizou, representa um método original em história das ideias, cujas bases são 
formuladas em sua obra Arqueologia do saber (1969). Essa análise é essencialmente uma análise do discurso, 
tomado no entanto em um sentido prévio a qualquer categorização, procurando estabelecer relações não-
tematizadas e examinar com rigor corno as categorizações se dão no discurso, como o próprio discurso se 
constitui. 
• As palavras e as coisas: "o homem é uma invenção que a arqueologia de nosso pensamento mostra claramente a 
data recente, e talvez também o fim próximo". 
• Inspirando-se em Nietzsche, desenvolveu seu método em outra direção, que chamou de "genealogia", conceito que 
introduziu em seu Vigiar e punir (1975). 
• A genealogia é essencialmente uma análise histórica de como o poder pode ser considerado explicativo da 
produção dos saberes. 
• Os discursos são vistos agora a partir das condições políticas que os tornam possíveis. 
• O poder, contudo, deve ser visto aí de uma forma difusa, não se identificando necessariamente com o Estado, mas 
nas várias instâncias da vida social e cultural, em uma perspectiva que Foucault denominou "microfísíca do poder". 
• No primeiro volume de sua última obra, História da sexualidade, desenvolveu sua análise nessa direção. 
• Além dos já citados, destacam-se ainda os seguintes livros: História da loucura na idade clássica (1961), O 
nascimento da clínica (1963), A ordem do discurso (1971), História da sexualidade em três volumes: A vontade do 
saber (1976), O uso dos prazeres (1984) e O cuidado de si (1984). 
 
 
Feminismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A maior parte da história registrada, as mulheres têm sido consideradas subordinadas aos homens. 
• Durante o século XVIII, no entanto, a justiça dessa disposição começou a ser questionada abertamente. 
• Entre as vozes discordantes mais proeminentes estava a da radical inglesa Mary Wollstonecraft. 
• Muitos defendiam as diferenças físicas entre os sexos para justificar a desigualdade social entre mulheres e homens. 
• A visão de Locke de que o conhecimento advinha da experiência e da educação pôs em xeque tal raciocínio. 
• Para Wollstonecraft se a homem e mulheres é dada a mesma educação, ambos vão adquirir o mesmo conhecimento. 
• “Uma defesa dos direitos da mulher” (1792) foi uma espécie de resposta a Emílio (1762), de Jean-Jacques Rousseau. 
• Wollstonecraft semeou os movimentos sufragistas e feministas que floresceriam nos séculos XIX e XX. 
• Simone de Beauvoir (1908 – 1980) foi uma filósofa francesa ligada à corrente existencialista e à fenomenologia. 
• Em O segundo sexo, escreveu que o padrão de medida do humano passa por uma visão peculiarmente masculina. 
• O “Eu” do conhecimento filosófico é masculino (falta de oposição); seu par binário, o feminino, é o “Outro”. 
• O Eu é ativo e consciente, enquanto o Outro é tudo o que o Eu rejeita: passivo, sem voz e sem poder. 
• As mulheres são julgadas como iguais apenas na medida em que agem como os homens. 
• O pensamento de que as mulheres podem ser e fazer o mesmo que os homens é um erro (são diferentes). 
• A relação que cada pessoa tem com o próprio corpo e com ·o mundo é fortemente influenciada pelo gênero sexual. 
• Separou o ente biológico (a forma corporal das mulheres) e feminilidade (urna construção social). 
• A construção é aberta à interpretação, o que significa existirem várias maneiras de "ser mulher". 
• "Exortam-nos: sejam mulheres, permaneçam mulheres, tornem-se mulheres. Todo ser humano do sexo feminino 
não é, portanto, necessariamente mulher. Ninguém nasce mulher, torna-se mulher". 
• As mulheres devem livrar-se da ideia de ser como os homens e da passividade que a sociedade lhes atribuiu. 
• Uma existência autêntica é o único caminho para a igualdade e a liberdade.

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