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Slides - Deontologia Jurídica

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DEONTOLOGIA JURÍDICA
Professor Adriano Barcelos
Lei 8.906/94 – Estatuto da OAB
Código de Ética e Disciplina
Regulamento Geral – arts. 1º ao 43
O Congresso Nacional pode alterar o Estatuto da OAB (EOAB). Já o Conselho Federal pode alterar Código de Ética e Discplina (CED) e o Regulamento Geral (REG).
 O Novo Código de Ética e Disciplina começou a valer em 2015, juntamente com o Novo CPC. O CED vem responder um vácuo legislativo de 20 anos desde o EOAB. Em 20 anos surgiu a internet, e, com ela, o processo digital. Ou seja, muita coisa mudou.
Artigos importantes do EOAB – 7º, 28 e 34. O primeiro são os direitos do advogado, o 28 dispõe sobre as infrações disciplinares e o 34 sobre quando o advogado não pode advogar. 
Princípios que regem a Advocacia
Quais são os princípios que regem a advocacia:
■ Não mercantilização da advocacia: a advocacia não é um produto que pode ser comercializado. A relação entre advogado e cliente fixa-se no princípio da confiança.
■ Princípio da confiança: eu tenho que confiar no meu cliente e meu cliente precisa confiar em mim.
■ Princípio da defesa dos direitos humanos: o advogado deve defender os direitos humanos. 
■ Princípio da defesa da dignidade da pessoa humana: está disposto não só no CED, mas também na CF.
Atos privativos do Advogado
Atos privativos e não privativos de advogado: o art. 1º do EOAB, estabelece o que o advogado pode ou não fazer.
É necessário um advogado quando:
■ A parte for postular junto ao poder judiciário (exceto no âmbito dos Juizados, em causas até 20 salários mínimos);
■ For necessário visto em ato constitutivo de sociedade, exceto quando se tratar de micro e pequena empresa ou eireli. A micro e pequena empresa estão dispostas no EOAB, já a eireli está em legislação específica e não no estatuto.
■ Necessitar de assessoria, consultoria, gerência e direção jurídica. Nestes casos é necessário um advogado, ou seja, um indivíduo graduado em direito e inscrito nos quadros da OAB. Se ele está na graduação de direito, ele não pode ser consultor jurídico. Se ele se formou e não prestou a OAB, pode ser promovido a gerente jurídico? Não. Supondo que ele se formou, colou grau, passou no exame de ordem, pediu a inscrição, mas ainda não teve o pedido deferido ou não prestou juramento, ele ainda não é advogado, portanto não pode ser promovido para essas posições.
Quando não é necessário um advogado?
Hipóteses (previstas no EOAB):
■ Em caso de Habeas Corpus. Por ter forma livre, qualquer um pode impetrar. HC deve ser impetrado por um cidadão, não precisando ser advogado. Se um advogado impetrar HC ele vai impetrar como cidadão, não é computado como exercício efetivo da advocacia;
■ Em casos propostos no Juizado Especial Cível (até 20 salários mínimos) e Juizado Especial Federal (até 60 salários mínimos). O teto do Juizado é de 40 salários mínimos, entretanto, quando o valor da causa for entre 20 e 40 salários, é necessário um advogado;
■ Em casos propostos na Justiça do Trabalho, exceto nos Tribunais Superiores. Mas caso o advogado seja parte, este figurará como advogado, não como cidadão;
■ Na Justiça de paz.
Quando não é necessário um advogado?
Hipóteses (não estão previstas no EOAB):
■ Em casos de ação revisional penal – ascendente, descendente e cônjuge podem propor essa ação, não sendo necessário constituir advogado, mas se o advogado lá estiver, figurará como tal, conforme o art. 623, CPP;
■ No Processo Disciplinar Administrativo (PAD): STF sumulou esse tema de forma vinculante, não sendo necessário advogado neste caso;
■ Em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta pelo presidente da república: o presidente não precisa de advogado para propor ADI;
■ Quando proposta Ação de alimentos.
Atenção! Pegadinha!
Nos casos de Mandado de Segurança, Habeas Data, JECRIM, Ação Popular e Ação Civil Pública: é NECESSÁRIO constituir advogado!
A atividade da advocacia pode ser divulgada em conjunto com outra atividade?
NÃO! 
Devido ao princípio da não mercantilização da advocacia, não é possível criar um ambiente favorável para transformar a advocacia numa atividade mercantil. Não se pode nem exercer conjuntamente no mesmo espaço com outra atividade.
Existem dois julgados do Tribunal de Ética e disciplina: entrada conjunta com salas separadas, exemplo: sala 201 advogado, sala 202 dentista, tal situação é PERMITIDA. O que não pode ocorrer é que dentro da sala ou andar coexistam as duas atividades, por exemplo, mesmo que as entradas sejam distintas. 
Sigilo Profissional
Em uma hipótese de um escritório compartilhado – ou seja, compartilhamento de espaços de trabalho ou salas compartilhadas de advogados, não é possível ter este tipo de espaço, devido ao princípio do sigilo profissional. O advogado deve resguardar o sigilo profissional, mesmo entre colegas.
Hipótese (pegadinha): Um advogado recém formado, aprovado no exame de ordem, é contratado como consultor jurídico de uma imobiliária, após o expediente ele recebe clientes para tratar sobra HC e JEF, propõe 5 ações por ano, mesmo sem ser inscrito no quadro de advogados. Ele não pode ser consultor, vez que ainda não se inscreveu no quadro de advogados. Ou seja, não pode trabalhar na imobiliária. Este mesmo advogado pode impetrar HC, embora não possa trabalhar com JEF. 
Mandato e Procuração
É o instrumento público ou particular pelo qual são transferidos poderes ao advogado. 
O mandato ou procuração é assinado, podendo ser feito em conjunto com o contrato de honorários. Esse mandato ou procuração terá um fim.
Se for um mandato judicial, este se inicia com a assinatura do contrato ou da procuração e se finda com o arquivamento do processo. Por outro lado, se for uma via extrajudicial, não há previsão de prescrição, decadência ou validade, este será valido até a sua revogação.
É necessário sempre advertir o cliente dos riscos do mandato. Você não pode e não deve estimular seu cliente a ingressar com aventura jurídica. Também não se pode prometer sucesso na causa, mas é possível avaliar a chance de êxito. 
É possível sobrepor um mandato no outro? SIM! Nas seguintes hipóteses: Caso haja a ciência do advogado anterior ou se tiver urgência para tomar essa medida. 
Mandato e Procuração
Tenho que aceitar imposição ética do meu cliente? Hipoteticamente, se o cliente diz que quer que o advogado assuma a causa com a sua sobrinha advogada, você não é obrigado a aceitar isso.
Posso atuar sem procuração? Sim, alegando urgência, por 15 dias prorrogável por igual período. Não são 30 dias automáticos, é necessário, portanto, que se peça a dilação de prazo por mais 15 dias.
Renúncia x Revogação
Caso o advogado não queira mais exercer o mandato, ele pode optar pela renuncia,.
A renúncia é um ato privativo do advogado e requer o prévio conhecimento do cliente.
Entretanto, não há que se falar em consentimento do cliente para que a renúncia ocorra. 
Também não se pode informar o motivo da denúncia (sob pena de infração disciplinar). 
Apesar da renúncia, o advogado deve permanecer no processo por 10 dias, salvo se outro advogado for constituído antes de findo esse período.
Renúncia x Revogação
Já a revogação é um ato privativo do cliente.
Requer o prévio e inequívoco conhecimento do advogado e não exige que ele permaneça na demanda por tempo algum. 
Quando há revogação de mandato, já se deve nomear o novo advogado, sob pena de extinção do feito sem julgamento do mérito, nos termos do art. 76 do CPC.
Substabelecimento
Em casos em que o advogado deseja dividir poderes ou transferir poderes, o instrumento utilizado é o substabelecimento.
Nesse caso, existem duas modalidades: com reserva de poderes e sem reserva de poderes. 
Com reserva de poderes: serão concedidos apenas alguns poderes para o advogado que recebe o substabelecimento, como, por exemplo, para representar o cliente em audiência em comarca distante.
Sem reserva de poderes: este exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente, uma vez que pode ser outra maneira de constituir novo advogado(sem a necessidade da renúncia ou revogação), vez que todos os poderes do advogado anterior são passados, sem restrição, para o advogado que recebe o substabelecimento.
Advogar contra ex-cliente ou ex-empregador é possível?
SIM! Mas com ressalvas. Deve-se, para tanto, preencher dois requisitos: o legal e o jurisprudencial.
O requisito legal é não quebrar o sigilo profissional. 
Já o requisito jurisprudencial é o decurso do prazo de 2 anos desde a quebra de vínculo com a empresa ou ex-empregador, por exemplor.
 Em casos que envolvem o sigilo profissional, não importa o decurso de tempo, mas sim que não se quebre, em nenhuma hipótese, esse sigilo.
Advogar contra ex-cliente ou ex-empregador é possível?
Em caso de conflito de interesse entre clientes, não é possível advogar.
A primeira medida a ser tomada quando se tem um conflito de interesse é a tentativa de dirimir esse conflito.
Caso isso não seja possível, o advogado deve optar por escolher uma ou nenhuma das partes.
Os critérios que devem ser adotados são o da prudência e discrição.
É possível ser patrono e preposto na mesma causa? NÃO. É proibido ao advogado ser patrono e preposto na mesma causa (o patrono é o advogado e o preposto representa a firma numa audiência). 
 
Direitos e deveres do Estagiário perante a OAB
O estagiário, para efeitos do exame de ordem, é o aluno regularmente matriculado nos dois últimos anos da faculdade de direito, que pode tirar a carteira de estagiário. 
O estagiário deve se inscrever no conselho seccional, no estado do local da faculdade.
Pode ser penalizado disciplinarmente? SIM! A pena de censura é a penalidade que pode ser imposta ao estagiário e seu advogado orientador, de acordo com o que estiver disposto no regramento ético estatutário. 
Exemplo: Uma estagiária pratica um ato que é punível com suspensão. Nesse caso, a estagiária será punida com censura e o advogado orientador pode ser punido com suspensão.
O estagiário também tem hipóteses de incompatibilidade. Por exemplo, um policial ativo não pode se inscrever nos quadros de estagiário da OAB. 
Direitos e deveres do Estagiário perante a OAB
Quais são os direitos do estagiário inscrito nos quadros da OAB?
- Assinar petição de juntada sozinho
- Fazer carga dos autos (é necessário ter um substabelecimento ou procuração nos autos que autorize o estagiário a fazê-lo). 
- Pedir certidão de processo em curso ou findo
- Participar de atos extrajudiciais, autorizado pelo advogado, como por exemplo uma reunião de condomínio
Importante ressaltar que o estagiário não pode figurar em publicidade do escritório nem em contrato de honorários, mas tão somente na procuração ou substabelecimento.
Direitos do Advogado
Artigos 6º e 7º da Lei nº 8.906/94.
Art. 6º - Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos.
Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho.
Direitos do Advogado
Art. 7º - São direitos do advogado:
I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia;
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis;
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;
Direitos do Advogado
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar;         (Vide ADIN 1.127-8)
VI - ingressar livremente:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares;
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;
d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença;
Direitos do Advogado
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas;
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo;
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça, assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade de tomar apontamentos; 
Direitos do Advogado
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital;
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais;
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias;
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela;
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado;
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.
Direitos do Advogado
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: 
a) apresentar razões e quesitos;         
§ 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI:
1) aos processos sob regime de segredo de justiça;2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada;
3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado.
§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.        (Vide ADIN 1.127-8)
Direitos do Advogado
§ 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo.
§ 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso e controle assegurados à OAB.     (Vide ADIN 1.127-8)
§ 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator.
§ 6o  Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes.             
§ 7o  A ressalva constante do § 6o deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-autores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade.
Direitos do Advogado
§ 10.  Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos direitos de que trata o inciso XIV.         
§ 11.  No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências.          
§ 12.  A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente.             
§ 13.  O disposto nos incisos XIII e XIV do caput deste artigo aplica-se integralmente a processos e a procedimentos eletrônicos, ressalvado o disposto nos §§ 10 e 11 deste artigo.            
Direitos da Advogada
Art. 7o-A. São direitos da advogada:               
I - gestante:           
a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X;          
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;         
II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê;  
       
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição;       
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente.      
§ 1o  Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto perdurar, respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação.        
Direitos da Advogada
§ 2o  Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à advogada adotante ou que der à luz serão concedidos pelo prazo previsto no art. 392 do Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho).        
§ 3o O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou que der à luz será concedido pelo prazo previsto no § 6o do art. 313 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).         
Art. 7º-B  Constitui crime violar direito ou prerrogativa de advogado previstos nos incisos II, III, IV e V do caput do art. 7º desta Lei:      
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.    
Desagravo Público
Todo advogado no exercício da profissão, quando ofendido, poderá pedir ao respectivo conselho do local da ofensa ou do ofensor uma sessão solene de desagravo público, independentemente da vontade do ofendido. 
Qualquer pessoa pode pedir.
Quem pode ser o ofensor? Qualquer autoridade, qualquer servidor público, qualquer pessoa. 
Se o fato tiver repercussão nacional, quem promove a sessão de desagravo é o Conselho Federal. 
O efeito prático: busca resgatar a imagem, diminuir o dano que se gerou àquele advogado. Se a pessoa for servidora pública, poderá informar para a área que a pessoa atua. Visa dar publicidade às forças e prerrogativas dos advogados. 
Desagravo Público
As mudanças significativas do desagravo público:
 Representação do ofendido > julgamento > sessão do desagravo
A alteração legislativa trouxe o seguinte: da representação é nomeado um relator, esse relator tendo dúvidas sobre a ofensa ou não, vai pedir esclarecimentos, o ofensor tem 15 dias para esclarecer o que aconteceu. 
Da representação até o julgamento tem-se o prazo máximo de 60 dias e dado o julgamento, conferido a necessidade da sessão de desagravo, 30 dias. 
Da representação até o desagravo, o tempo máximo só pode ser de 90 dias. 
Inviolabilidade do escritório de advocacia
O local de trabalho, dos meios de trabalho e das comunicações entre advogado e cliente, são todos, via de regra, invioláveis.
Requisitos para violar um escritório de advocacia: Ordem judicial expedida por juiz competente com objeto delimitado, decisão fundamentada e a presença de um representante da OAB. Faltando algum desses requisitos, esse ato é nulo.
 
Meios de trabalho do advogado são invioláveis, entretanto, apresenta os mesmos requisitos para serem violados.
Comunicações telefônicas, telemáticas (mensagens instantâneas) e epistolares (carta). Só podem violar com delimitação do objeto.
Possibilidade de prisão do Advogado
Dentro ou fora do exercício profissional, o advogado até o trânsito em julgado tem que ser recolhido em sala de estado maior (sala dos chefes de estado). 
Dentro do exercício profissional é necessário observar os requisitos: 
dentro do exercício profissional;
 flagrante delito; 
prática de crime inafiançável e 
a presença de um representante da OAB. 
É necessário preencher os 4 requisitos para prender o advogado na prática profissional. 
Possibilidade de prisão do Advogado
Se a OAB for notificada, mas não mandar representante, não gera nulidade. 
Mas se a OAB não foi notificada, isso sim gera nulidade.
 E se não tiver uma sala de estado maior ou uma instalação condigna? Pode ser decretada prisão domiciliar do advogado.
Falar com cliente preso: o advogado pode falar mesmo sem procuração. Mesmo no período de incomunicabilidade, no período da quarentena (esse é o entendimento do EOAB). 
O STF tem um entendimento diferente: é possível falar com o cliente preso, mesmo sem procuração, entretanto no períodode incomunicabilidade é necessária procuração. 
Vistas de Autos e Inquérito Policial
Inquérito policial e processo administrativo: o advogado pode ver, tomar nota, tirar cópias, mesmo sem procuração. E carga do processo: é possível tirar os autos do cartório somente com procuração. 
Processo em andamento: é possível ver, tomar nota e tirar cópias mesmo sem procuração. Entretanto, a carga só pode ser feita com procuração.
Processo findo: é possível ver, anotar e tirar cópia, mesmo sem procuração. É possível fazer carga mesmo sem procuração, pelo período máximo de 10 dias.
Vistas de Autos e Inquérito Policial
Exceções da vista de autos e inquérito policial:
- Processo ou inquérito que corre sob segredo ou sigilo: só é possível ver, tomar apontamentos e tirar cópia caso o advogado conste na procuração. Sem procuração não é possível ter acesso ao processo sigiloso. 
- Processos com documentos originais de difícil restauração: é proibido fazer carga
- O advogado que é intimado a devolver os autos, está proibido de fazer carga dos autos que foi intimado a devolver. 
Reter abusivamente os autos é uma infração disciplinar. Os autos são retidos abusivamente quando tal ato gera prejuízo a alguém. Se eu não houve prejuízo a ninguém, então não é uma infração disciplinar.
Vistas de Autos e Inquérito Policial
Limites de acesso ao inquérito policial – Lei nº 13.245/16. 
O advogado pode acessar o inquérito policial (que tem natureza jurídica inquisitória). O advogado pode ter acesso a todos os documentos que constam dentro do inquérito, exceto investigações que possam ser prejudicadas.
Durante a investigação podem ser praticados determinados atos com o cliente, o advogado tem o direito de acompanhar todos esses atos. E se tiver o acesso negado, aquele ato é considerado nulo.
Sigilo Profissional
É um direito e dever do advogado. 
É necessário respeitar o sigilo profissional, só podendo ser quebrado com justo motivo. 
Justo motivo – a lei traz um rol exemplificativo – como, por exemplo, grave ameaça do direito à vida ou ataque à honra do advogado.
Ainda que o advogado tenha um justo motivo, é facultativo quebrar o sigilo e não uma obrigação. 
Supondo que o advogado seja arrolado como testemunha pelo cliente e autorizado a quebrar o sigilo profissional, mesmo assim o advogado NÃO pode quebrar o sigilo profissional. Ou seja, ele deve comparecer à audiência, mas não pode depor como testemunha sob pena de quebra do sigilo profissional. 
Critérios para inscrição nos quadros da OAB 
Passar no exame de ordem preenche 1 dos 7 requisitos para ser advogado. Os requisitos estão demonstrados no art. 8º, EOAB. Vejamos:
- Capacidade civil: ser maior de 18 anos (salvo se for emancipado), não podendo ser uma pessoa interditada. 
- Diploma ou certidão de graduação em direito: documento necessário para se inscrever nos quadros da OAB, porque para prestar o exame o aluno deve estar no último ano da graduação. 
- Título de eleitor e quitação com o serviço militar obrigatório: para verificar o exercício da cidadania.
- Aprovação no exame de ordem
Critérios para inscrição nos quadros da OAB 
- Não exercer atividade incompatível com a advocacia para se inscrever nos quadros da OAB. Por exemplo: não é possível ser juiz e advogado, oficial de justiça e advogado, policial e advogado, delegado e advogado. Um policial militar na ativa não pode ser advogado, não pode promover sua inscrição nos quadros da OAB, mas pode fazer faculdade de direito. 
- Pode prestar o exame de ordem enquanto pratica a atividade incompatível? SIM! Quando Mas tal candidato só poderia requerer sua inscrição nos quadros da OAB quando se aposentar do cargo incompatível. 
- Idoneidade moral: idôneo moral é aquele que tem uma postura adequada. Ao contrário do inidôneo moral (pratica crime infamante – é aquele que provoca forte repúdio ético da comunidade geral ou profissional acarretando desonra para o seu autor caso venha a exercer a advocacia – causa má fama). 
- Prestar compromisso perante o Conselho
Critérios para inscrição nos quadros da OAB 
Advogado público tem que se inscrever nos quadros da OAB? SIM! Art. 8º do Código de Ética e Disciplina. Entretanto, o STJ entende que defensor público não precisa promover inscrição nos quadros da OAB.
 
Advogado estrangeiro - Pode viver no brasil atuando em 3 hipóteses:
- Advogar de maneira precária: supondo que um advogado holandês trabalha apenas com contratos holandeses no Brasil. Essa atuação é possível? SIM, mas devo pedir uma autorização junto à OAB, para atuar de forma precária.
- Advogar plenamente: supondo que um advogado holandês veio para o brasil, tem uma autorização precária, mas começa a querer trabalhar plenamente. Para isso, ele deve preencher dois requisitos: (i) validar seu diploma junto ao MEC; (ii) passar no exame de ordem.
- Advogado português: advogado regularmente inscrito na OAP, poderá pedir inscrição junto aos quadros da OAB sem ter que prestar o exame de ordem. Tratado de reciprocidade. O advogado brasileiro também pode se inscrever na OAP. 
Espécies de Inscrição
Inscrição principal ou definitiva: aquela em que o advogado quer estabelece seu domicílio profissional. 
Transferência: caso o advogado queira mudar de estado, é necessário pedir a transferência da inscrição.
Reinscrição: para todo advogado que por qualquer motivo tenha cancelado sua inscrição, mas quer voltar aos quadros da OAB. Para se reinscrever deverá fazer prova de 4 incisos do art. 8º: incisos I, V, VI e VII. 
Deve, inclusive, demonstrar: (i) tem capacidade civil; (ii) não exercer atividade incompatível com a advocacia; (iii) idoneidade moral; (iv) prestar compromisso perante o conselho.
 É necessário prestar novo exame de ordem nos casos de reinscrição? NÃO! O aprovado no exame de ordem nunca mais tem que prestar o exame de ordem.
Inscrição suplementar: para todo advogado que exercer mais de 5 causas ao ano em conselho seccional distinto ao da sua inscrição principal, é necessário efetuar inscrição suplementar. Todos os sócios, independente do número de causas, devem promover inscrição suplementar quando abrem filial em outro estado.
Identificação do Advogado
É feita pela cédula de identificação profissional. Existe um cadastro nacional da advocacia, todos os advogados são registrados no cadastro nacional do advogado. Consta o nome, o número de inscrição, o endereço profissional e o telefone.
Cancelamento x licença:
- O cancelamento apaga o número de inscrição, justamente por ser definitivo.
- A licença não apaga o número de inscrição, é apenas é temporária.
- Hipóteses de cancelamento e licença:
Advogado falecido - hipótese de cancelamento
Advogado tem doença mental considerada curável - hipótese de licença
Desistir da atuação como advogado - hipótese de cancelamento
Viajar por anos – hipótese de licença
Supondo que o advogado é proibido de exercer a advocacia, qual a medida cabível: cancelamento, licença ou depende? Depende. Se a incompatibilidade for permanente, então ocorre o cancelamento. Se a incompatibilidade for temporária, acarreta em licença. Incompatibilidade permanente é vitalícia ou estável (juiz, delegado, policial militar, bombeiro, promotor). 
Licença – mandato (ex: prefeito, governador, presidente, membro da mesa do poder legislativo) ou precariedade (ex: ministro da saúde, ministro da educação, etc, podem ser exonerados a qualquer tempo de modo que é temporário).
Quando há licença, o advogado continua pagando a sua inscrição na OAB.
Sociedade de Advogados
Capítulo 4 EOAB – Sociedade de advogados
Onde eu registro a sociedade de advogados? No Conselho Seccional.
Só podem participar de uma sociedade de advogados, advogados inscritos na OAB. A administração deve ser feita por advogados e não por um administrador.
Uma novidade é a sociedade unipessoal. Antes a sociedade unipessoal não era permitida. O advogado é o único sócio. Os aspectos positivos são: a questão tributária, limitação de responsabilidade, recolhimento de imposto a menor. Tudoque se aplica para sociedade simples se aplicada para sociedade unipessoal. 
Seja matriz ou filial no mesmo conselho seccional eu só posso participar de uma sociedade. Seja sociedade simples ou unipessoal. 
Honorários Advocatícios
Os honorários constam em uma tabela que é fixada pelo Conselho Seccional.
 Os honorários advocatícios de cada estado podem ser diferentes, vez que cada conselho seccional fixa uma tabela de honorários.
 Cada estado tem sua própria tabela devido à capacidade contributiva de cada um. 
O estatuto da advocacia diz que não é possível cobrar acima da tabela injustificadamente e nem abaixo com habitualidade. 
Se o advogado cobra acima da tabela injustificadamente, ele pratica o locupletação indevida (seria eu ganhar um valor desproporcional do merecimento do meu trabalho). 
Existe justificativa para cobrar acima da tabela de honorários? SIM! Art. 49, Código de Ética e Disciplina. É possível cobrar acima da tabela por conta da sua competência e seu renome.
E abaixo da tabela com habitualidade? NÃO! Não é possível cobrar com habitualidade porque estaria provocando aviltamento de clientes. Entretanto, cobrar abaixo da tabela sem que haja habitualidade é possível.
Honorários Advocatícios
Existem três tipos de honorários:
Honorários pactuados: tem-se, sem disposição contrária, 1/3 no início da demanda, 1/3 na sentença de primeira instância e 1/3 com o trânsito em julgado. São aqueles que o advogado fixa com o seu cliente.
- Honorários de sucumbência: são aqueles devidos pela parte que perde o processo, a parte que perde deve um valor fixado na sentença à parte que vence. Pode variar de 1 a 20% do valor da condenação. 
- Além dos honorários pactuados, pode receber o advogado no final da causa o honorário de sucumbência. Não é permitido a compensação dos honorários de sucumbência com os honorários pactuados.
- E se o juiz julga parcialmente procedente a demanda? Ambos ganharam e ambos perderam. Quando o juiz julga parcialmente a demanda você vai ter a sucumbência recíproca, também não é permitida a compensação.
- Honorários arbitrados judicialmente: são aqueles fixados quando existe uma controvérsia do quanto é devido. Se o arbitramento for entre advogados, primeiro se deve procurar o tribunal de ética e disciplina antes do arbitramento judicial, apenas depois se procura o judiciário.
Honorários Advocatícios
Art. 85, CPC - Sucumbência recursal. Majora o valor da sucumbência a ser paga. Ocorre quando se perde na primeira instância, recorre e perde novamente. 
Os honorários podem ser recebidos pela pessoa jurídica. 
Honorários tem natureza alimentar. É, portanto, considerado crédito privilegiado em eventual habilitação de credores. 
Não pode ultrapassar 20% o valor dos honorários de sucumbência. Existe a sucumbência da fazenda pública.
Honorários Advocatícios
O NCPC vai fixar os valores da verba sucumbencial para a fazenda pública: 
Essa questão é destinada para fazenda pública, mas começa a se aplicar extensivamente para a advocacia em geral.
	Valor da causa	Honorários sucumbenciais
	Até 200 salários	10 a 20%
	+ de 200 até 2 mil salários	8 a 10%
	+ de 2 mil até 20 mil salários	5 a 8%
	+ de 20 mil até 100 mil salários	3 a 5%
	+ de 100 mil salários	1 a 3%
Honorários Advocatícios
Os honorários podem ser cobrados dentro da própria ação ou em ação autônoma. 
Para poder executar o cliente, o advogado não pode advogar para ele. Portanto, exige-se a renúncia antecipada da demanda para poder executar.
O advogado só poderá descontar os honorários devidos do valor da causa se houver cláusula prévia no contrato de honorários. 
A pretensão da cobrança de honorários prescreve em quanto tempo? Em 5 anos. Art. 25, EOAB. A contar do fim da relação, as hipóteses estão no art. 25. Quando a relação chega ao fim, começa a contar o prazo prescricional. 
Acordo entre as partes prejudicam os honorários? NÃO! Mesmo com acordo, os honorários são devidos finalmente.
Cláusula Quota Litis: contrato em que se assume a demanda, não cobra imediatamente do cliente por esse trabalho, no final é possível cobrar acima da tabela de honorários. O valor máximo para cobrança é de 30% do valor da causa. 
Honorários Advocatícios
Honorários em assistência jurídica gratuita: assistência jurídica gratuita ocorre quando a parte não tem condições de pagar o advogado. 
Na assistência jurídica gratuita, é possível ser condenado a pagar a sucumbência? SIM! Entretanto, a exigibilidade fica suspensa por até anos, durante os quais, se houver mudança da situação financeira, a parte deve arcar com as custas do advogado. 
Emissão de duplicata e indicação à protesto: o crédito por honorário não autoriza o saque por duplicata ou outro crédito mercantil, exceto a emissão de fatura, que tem que estar decorrente de contrato escrito. É vedada a tirada a protesto. O novo código trouxe a possibilidade de estabelecer cheque e nota promissória emitida em nome do cliente, que pode ser levada a protesto (art. 58, Código de Ética), desde que frustradas todas as formas de cobrança.
Cobrança de honorários com cartão de crédito: antigamente era vedada tal forma de cobrança, mas atualmente é possível cobrar honorários com cartão de crédito. Entretanto, não é possível anunciar que a cobrança dos honorários é feita desta maneira.
 É possível anunciar o escritório de advocacia, mas não a forma de cobrança de pagamento.
Incompatibilidade e Impedimento
Incompatibilidade é a proibição total para o exercício da advocacia, enquanto o impedimento é a proibição parcial.
Proibição parcial são hipóteses em que você não pode advogar em determinadas circunstâncias.
Incompatibilidade (art. 28, EOAB)
Hipóteses de carreiras incompatíveis: militar na ativa, cartorário, oficial de justiça, juiz, promotor, delegado, sujeito que tem competência para lançamento de tributo, fiscal da receita federal, chefe do poder executivo e seus substitutos legais, policial, membros da mesa do poder legislativo, bombeiro, gerente e diretor de instituições financeiras.
O juiz eleitoral é uma excepcionalidade, vez que tem mandato e pode advogar. 
Incompatibilidade e Impedimento
A licença temporária de um cargo incompatível permanente não permite o exercício da advocacia. Somente se houver exoneração do cargo, o indivíduo poderá advogar.
Impedimento: proibição parcial para o exercício da advocacia. No impedimento tem-se a esfera união, estados e municípios. 
A figura do servidor público sem poder decisório existe na união, nos estados e no município. Nenhum servidor público pode advogar contra a esfera que o remunera. Os membros do poder legislativo são o deputado federal, senador, deputado estadual e vereador, respectivamente da união, estados e municípios e não podem advogar contra nenhum ente público e nenhum ente da federação, mas no restante podem advogar livremente. 
Chefes gerais de carreiras públicas não são nem incompatíveis, nem impedidos, eles podem advogar somente para a fazenda pública - que os remunera.
Professor e diretor de instituição de ensino jurídico público: são casos expecionais, eles podem advogar livremente, inclusive contra a fazenda pública.
Infrações disciplinares
Censura, suspensão, exclusão e multa – São as penas aplicáveis para quem pratica uma infração disciplinar.
A censura e a suspensão podem ser cumuladas com multa.
A suspensão e a exclusão devem ser publicadas no diário oficial. Todos precisam ter ciência do advogado que não pode advogar - daquele que não vai poder atuar como advogado.
A pena mais branda é a pena de censura, depois a de suspensão e por último a de exclusão. 
A censura ainda pode ser convertida em uma advertência. Importante observar que a advertência não é a pena, a pena que o advogado recebe permanece sendo a de censura, o que ocorre é que a advertência é feita por ofício reservado e não apaga a primariedade, enquanto a censura é feita nos assentamentos do advogado e apaga a primariedade deste. 
A multa é pena acessória que varia de 1 a 10 anuidades. O julgadorvai ponderar qual a melhor punição para o caso concreto.
Infrações disciplinares
A suspensão existe em 3 modalidades: 
1- por período determinado (varia de 30 dias a 12 meses); 
2- por período indeterminado (até cumprimento da obrigação), são 3 hipóteses:
(i) não pagar valores devidos à OAB;
(ii) o advogado não presta contas ao cliente; 
(iii) inépcia profissional – advogado que reiteradamente pratica erros na técnica processual ou gramatical, ocorre então a suspensão até que ele seja aprovado em nova prova de habilitação(prova dentro do processo disciplinar administrativo, não é um novo exame de ordem) 
3- preventiva (pode durar no máximo 90 dias tomada a decisão pelo Tribunal de Ética e Disciplina em sede liminar – suspensão preventiva não é pena, é medida administrativa, para todo advogado que pratica um ato que macula a advocacia).
A exclusão é a prática de crime, é necessário que haja manifestação favorável de 2/3 dos membros do conselho seccional da OAB.
Se o advogado recebe duas penas de censura, estas são revertidas em uma suspensão. 
Caso o advogado receba 03 penas de suspensão, estas podem acarretar em exclusão dos quadros da OAB. Entretanto, a exclusão só é possível com a anuência de ao menos 2/3 do conselho seccional. 
Infrações disciplinares
Art. 34 da Lei nª 8.906/94 – Dispõe sobre as infrações disciplinares.
Art. 34. Constitui infração disciplinar:
I - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos;
II - manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei;
III - valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber;
IV - angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros;
V - assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha     colaborado;
VI - advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior;
VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional;
VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário;
IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio;
X - acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que funcione;
Infrações disciplinares
XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da renúncia;
XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública;
XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas pendentes;
XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa;
XV - fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como crime;
XVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou de autoridade da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado;
XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la;
XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta;
XIX - receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem expressa autorização do constituinte;
XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa;
Infrações disciplinares
XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele;
XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança;
XXIII - deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo;
XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
XXV - manter conduta incompatível com a advocacia;
XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB;
Infrações disciplinares
XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia;
XXVIII - praticar crime infamante;
XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação.
Parágrafo único. Inclui-se na conduta incompatível:
a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei;
b) incontinência pública e escandalosa;
c) embriaguez ou toxicomania habituais.
Sanções disciplinares
Art. 35. As sanções disciplinares consistem em:
I - censura;
II - suspensão;
III - exclusão;
IV - multa.
Parágrafo único. As sanções devem constar dos assentamentos do inscrito, após o trânsito em julgado da decisão, não podendo ser objeto de publicidade a de censura.
Art. 36. A censura é aplicável nos casos de:
I - infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34;
II - violação a preceito do Código de Ética e Disciplina;
III - violação a preceito desta lei, quando para a infração não se tenha estabelecido sanção mais grave.
Parágrafo único. A censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro nos assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante.
Sanções disciplinares
Art. 37. A suspensão é aplicável nos casos de:
I - infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34;
II - reincidência em infração disciplinar.
§ 1º A suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, em todo o território nacional, pelo prazo de trinta dias a doze meses, de acordo com os critérios de individualização previstos neste capítulo.
§ 2º Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34, a suspensão perdura até que satisfaça integralmente a dívida, inclusive com correção monetária.
§ 3º Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até que preste novas provas de habilitação.
Art. 38. A exclusão é aplicável nos casos de:
I - aplicação, por três vezes, de suspensão;
II - infrações definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 34.
Parágrafo único. Para a aplicação da sanção disciplinar de exclusão, é necessária a manifestação favorável de dois terços dos membros do Conselho Seccional competente.
Sanções disciplinares
Art. 39. A multa, variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma anuidade e o máximo de seu décuplo, é aplicável cumulativamente com a censura ou suspensão, em havendo circunstâncias agravantes.
Art. 40. Na aplicação das sanções disciplinares, são consideradas, para fins de atenuação, as seguintes circunstâncias, entre outras:
I - falta cometida na defesa de prerrogativa profissional;
II - ausência de punição disciplinar anterior;
III - exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão da OAB;
IV - prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública.
Parágrafo único. Os antecedentes profissionais do inscrito, as atenuantes, o grau de culpa por ele revelada, as circunstâncias e as consequências da infração são considerados para o fim de decidir:
a) sobre a conveniência da aplicação cumulativa da multa e de outra sanção disciplinar;
b) sobre o tempo de suspensão e o valor da multa aplicáveis.
Sanções disciplinares
Art. 41. É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de bom comportamento.
Parágrafo único. Quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o pedido de reabilitação depende também da correspondente reabilitação criminal.
Art. 42. Fica impedido de exercer o mandato o profissional a quem forem aplicadas as sanções disciplinares de suspensão ou exclusão.
Art. 43. A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em cinco anos, contados da data da constataçãooficial do fato.
§ 1º Aplica-se a prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de três anos, pendente de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofício, ou a requerimento da parte interessada, sem prejuízo de serem apuradas as responsabilidades pela paralisação.
§ 2º A prescrição interrompe-se:
I - pela instauração de processo disciplinar ou pela notificação válida feita diretamente ao representado;
II - pela decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB.
Processo administrativo disciplinar
Ao processo disciplinar se aplicam o EOAB, o Código de Ética e de Disciplina, o Regulamento Geral, e, subsidiariamente o Código de Processo Penal.
Aos demais procedimentos se aplicam EOAB, CED e Regulamento Geral, e, subsidiariamente, aplica-se o processo administrativo e processo civil, nesta ordem.
O processo disciplinar corre sob sigilo. Somente as partes e os advogados podem ter acesso ao processo. Importante salientar que, de acordo com a súmula vinculante número 5, não é necessário advogado em processo disciplinar administrativo.
Onde o advogado infrator é processado e julgado? No conselho seccional do local da infração.
Existe o foro privilegiado. Quem é julgado pelo pleno do conselho federal? Todos os membros do conselho federal (presidente, vice-presidente, conselheiros federais, medalha rui Barbosa), incluindo membro honorário e vitalício e presidentes dos conselhos seccionais.
E no conselho seccional quem é julgado? Dirigentes de sub-sessão
Recursos e Revisão do processo disciplinar
Da decisão do tribunal de ética e disciplina cabe recurso ao conselho seccional.
Das decisões não unânimes, que contrariem a lei ou decisões que tiveram pronunciamento anterior, cabe recurso ao conselho federal. 
Prescrição: a pretensão punitiva prescreve em 5 anos a contar da data da constatação oficial do fato. 
Existe uma outra figura prescricional: a prescrição intercorrente, que é aquela em que se aguarda despacho ou decisão, sendo esse prazo é de 3 anos.
Revisão do processo disciplinar: existe essa possibilidade, caso haja algum fato novo.
Importante salientar que não é possível advogar junto ao tribunal de ética e disciplina caso o advogado exerça cargo ou mandato na OAB, salvo em causa própria. Art. 33 do código de ética e disciplina.
Prazos do processo disciplinar
Quais são os prazos no processo disciplinar administrativo? 
- Prazo para entrar na pauta de julgamento do TED: 20 dias.
- Prazo do relator e revisor para juntarem o voto: 10 dias.
- Prazo para fazer o parecer de admissibilidade: 30 dias.
- Prazo para juntar as razões de recurso interposto - via fax: 10 dias.
Sustentação oral: 15 minutos
Prazos de manifestação processual: 15 dias.
Linha do tempo do processo disciplinar
1 - Representação: tem que ser escrita ou reduzida a termo pela pessoa que se sente ofendida. Essa representação não pode ser anônima. É endereçada para o presidente do conselho seccional do local da infração. Deve-se narrar os fatos, arrolar as testemunhas (no máximo 5). 
Posso instaurar um processo disciplinar de ofício? SIM! caso se tenha uma fonte idônea. O anonimato não é considerado fonte idônea.
2- Parecer de admissibilidade: consiste na verificação, por parte de um julgador, se os requisitos mínimos do processo disciplinar estão preenchidos. 
Caso o julgador peça o arquivamento, o processo finda. 
Em relação ao parecer de admissibilidade, o parecerista tem 30 dias para fazê-lo. Caso não o faça no prazo, outra pessoa será nomeada para fazer o parecer. 
Linha do tempo do processo disciplinar
3 - Se for uma demanda de advogado contra advogado, haverá audiência de conciliação, que será presidida pelos membros da Turma Deontológica do Tribunal. 
4 - Defesa prévia: o réu vai se defender, vai atacar o mérito, juntar prova documental e arrolar testemunha (no máximo 5).
5 - Despacho saneador: neste passo, é verificado se a representação cumpre seus requisitos, se houve parecer de admissibilidade e se houve conciliação. 
O despacho saneador tem 2 caminhos a seguir: (i) ou se pede o arquivamento da demanda face a defesa prévia; (iii) ou se pede o prosseguimento da demanda.
6 - Instrução: momento em que são ouvidas as partes, as testemunhas e produzidas as provas.
Linha do tempo do processo disciplinar
7 - Parecer preliminar: novidade do código de ética de 2015. É a tipificação da infração disciplinar praticada pelo advogado, ou seja, se explicita qual foi a infração disciplinar praticada.
 
8 - Razões finais: sucessivamente autor e réu se pronunciam em razões finais.
9 - Julgamento: presentes o relator, revisor e demais julgadores. Entre relator e revisor tem-se a sustentação oral. Se o relator for o voto vencedor, ele faz o acórdão. Se o relator for o voto vencido, o último julgador que votou diferente dele irá fazer o acórdão.
10 - Recursos: os recursos têm efeito suspensivo, exceto quando se tratar de inscrição obtida com prova falsa, suspensão preventiva e eleições.
Estrutura do Tribunal de Ética e Disciplina
O Tribunal de Ética e Disciplina é organizado por turmas.
A primeira turma é a chamada “deontológica” e responde às consultas de interpretação da lei. Todas as consultas são em abstrato.
Quem responde as lacunas da lei é o Conselho Federal.
As demais turmas são as turmas julgadoras.
O Tribunal de Ética e Disciplina não é órgão da OAB! É o tribunal que pertence ao Conselho Seccional.
 
Organização da OAB
Goza de imunidade tributária total em relação aos seus bens, rendas e serviços.
Por apresentar características de autarquias e não autarquias é considerada entidade suis generes ou inominada. ADI 30-26/2006. Tem um regime próprio.
O pagamento da anuidade da OAB isenta o advogado de pagar a contribuição sindical.
Forma federativa:
- Conselho Federal: localizado em Brasília
- Conselho Seccional: 27 conselhos seccionais
- Subseção: quando houver a presença de mais de 15 advogados e com mais de 100 advogados, é possível formar uma diretoria.
- Caixa de Assistência ao Advogado: existe em todos os estados. Deve ser criado quando se ultrapassa a marca de 1500 advogados, vez que fornece assistência ao advogado. Exemplos: desconto em plano de saúde, em produto de higiene pessoal, em medicamento, em seguro de carro.
Competência
O conselho federal tem competência geral. Exemplo: regulamentar o exame de ordem, responder aos casos omissos da lei.
Conselho seccional tem competência regional. Exemplo: traje do advogado.
Qual a diferença do conselho seccional para subseção? Subseção seria uma longa manus do conselho seccional.
Pode existir intervenção? SIM! O Conselho Federal pode intervir no conselho seccional se tiver a aprovação de 2/3 do conselho federal. O conselho seccional pode intervir na subseção e na caixa de assistência do advogado caso tenha a aprovação de 2/3 do conselho seccional.
Eleições da OAB
As eleições na OAB acontecem na segunda quinzena de novembro do último ano do mandato.
A Conferência Nacional da Advocacia Brasileira acontece no segundo ano do mandato e tem como objetivo discutir os principais temas da advocacia e o congraçamento dos advogados.
Advogado e estagiário tem direito a voto nos relatórios produzidos e deliberados na conferência, que são encaminhados ao presidente do conselho federal.
Direito a voz e voto
O Conselho Seccional é formado pelo presidente, vice-presidente e conselheiros seccionais (são membros efetivos – tem direito a voz e voto). Também são membros o ex-presidente do CS e o presidente do Instituto dos Advogados (esses dois últimos só têm direito a voz).
O Conselho Federal é formado por presidente, vice-presidente e conselheiros federais (são membros efetivos – tem direito a voz e voto). Também são membros o ex-presidente do Conselho Federal e o presidente do conselho seccional, bem como o agraciado pela medalha Rui Barbosa (esses três últimos só têm direito a voz).
Exceção: se os ex-presidentes forem anteriores a 1994 tem voz e voto.
Conselho Federal
O ConselhoFederal tem o pleno e o órgão especial. 
Quantos conselheiros federais são? São 3 por estado, totalizando 81 conselheiros federais.
 Quando falamos em pleno, participam todos os conselheiros. Quando falamos em órgão especial, apenas uma parte dos conselheiros, sendo 1 por estado. 
No caso do pleno, o responsável é o presidente do conselho federal. Já no órgão especial, o responsável é o vice-presidente do conselho federal. 
A nomenclatura correta é: Conselho Pleno do Conselho Federal e Órgão Especial do Conselho Pleno do Conselho Federal.
 
Eleições e mandato
O mandato da OAB é de 3 anos 
As eleições acontecem na segunda quinzena de novembro do último ano do mandato. 
A posse acontece da seguinte forma:
- No Conselho seccional: 1º de janeiro
- No Conselho federal: 1º de fevereiro
Para o conselho federal as eleições são indiretas, ou seja, os próprios conselheiros escolhem.
Quem pode se candidatar? Advogados que tenham 5 anos ininterruptos de inscrição na OAB, que não exerçam cargo exonerável ad nutum (cargo em confiança, cargo em comissão) e não tenham condenação disciplinar.
Quem perde o mandato? Quem cancelar, por qualquer motivo, a inscrição na OAB; quem tiver condenação disciplinar; quem faltar em 3 reuniões ordinárias consecutivas sem justificativa.
Eleições e mandato
O presidente paga anuidade? Não existe previsão que estipule o não pagamento da anuidade por parte do presidente.
O presidente recebe salário? NÃO!
O voto na OAB é obrigatório. Caso o advogado não vote, ele paga multa de 20% do valor da anuidade.
O dever de urbanidade que rege a advocacia também rege as eleições.
Como é escolhido o presidente do conselho federal? Todos os membros do conselho federal são eleitos numa chapa única. O presidente do conselho federal pode ser conselheiro ou não, mas precisa de apoio de pelo menos 6 conselhos seccionais para lançar sua candidatura. Dia 31 de janeiro o conselheiro federal mais antigo preside a seção e diz quem será o presidente do conselho federal.
Corregedorias gerais
É um instrumento criado pela OAB que verifica quais são as infrações disciplinares mais praticadas pelos advogados infratores e propõe soluções para diminuir a prática dessas infrações.
Publicidade da Advocacia
A publicidade está descrita nos artigos 39 ao 47 no Código de Ética e Disciplina de 2015.
 
Discrição e sobriedade: A publicidade pode ser feita, desde que siga estes requisitos primários. 
Publicidade do escritório de advocacia: também deve seguir os conceitos de discrição, sobriedade e moderação. O intuito da publicidade é informar, podendo ser feita somente no limite do escritório. 
O que pode e não pode fazer?
PODE: Fazer publicidade em jornal, revista e periódico em tamanhos moderados e discretos; fazer publicidade de títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte e as especialidade a que se dedicar; fazer publicidade do e-mail, telefone e site; nome completo e número da OAB; fazer publicidade do endereço, email, site, pagina eletrônica, QR code, logotipo, fotografia do escritório ou da sociedade, horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido. 
Publicidade da Advocacia
NÃO PODE: utilizar rádio, cinema e TV; fazer publicidade de cargos que ocupou, em respeito à inexistência de hierarquia entre juiz, promotor e advogado (não pode colocar no cartão de visita, pode colocar no currículo); fazer publicidade com foto, lista de clientes ou ações, preço e forma de pagamento; plaqueiro (panfletos); outdoor; em muros e paredes; veículos; elevadores ou em qualquer espaço público. 
Tudo isso se aplica para anúncios virtuais. 
Pode fazer anúncio em redes sociais? SIM! Desde que não fale dos clientes, forma de pagamento, entre outros. O anúncio também pode ser feito em site jurídico.
Posso mandar mala direta e boletim informativo para quem? Para quem pedir, para os clientes e para os colegas advogados.
É vedada a remessa de mala direta, distribuição de panfletos ou forma assemelhada de publicidade para angariar clientes.
Participação em programas de TV
O advogado não pode participar de programa de TV com habitualidade que tenha fito sensacionalista, nem de programa em que ele debata casos concretos.
Caso o advogado patrocine o caso, ainda assim ele não deve participar dos programas com habitualidade.
Se o caso for de grande repercussão midiática, o advogado pode dar entrevista. O que é vedado é a prática reiterada de falar sobre os casos patrocinados para autopromoção do advogado.
Caráter educacional, genérico e instrutivo – é isso que se recomenda.
É permitido o patrocínio de caráter científico-cultural.

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