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Questões sobre Sucessão e Herança

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Exercícios de fixação (GABARITO)
01 - . (TJ/SP/Outorga de Delegações de Notas e de Registro/6º Concurso/2009) Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. Tal regra é decorrente do princípio conhecido como
a) saisine.
b) transmissibilidade imediata.
c) sucebilidade incondicional.
d) herança instantânea.
Resposta: “a”. Uma vez aberta a sucessão, dispõe o art. 1.784 do Código Civil, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros. Nisso consiste o princípio da saisine, segundo o qual o próprio defunto transmite ao sucessor a propriedade e a posse da herança.
02 2. (TJ/SP/Juiz de Direito/183º Concurso/2011) Assinale a alternativa CORRETA.
a) Regula a sucessão a lei vigente ao tempo da abertura do inventário.
b) A sucessão abre-se no lugar do falecimento.
c) É possível a aceitação parcial da herança.
d) O ato de renúncia da herança é passível de revogação.
e) Os descendentes de herdeiro excluído sucedem como se ele fosse morto antes da abertura da sucessão.
Resposta: “e”. Vide art. 1.816 do CC.
03 - (Del/Pol/RJ/Acadelpol Silvio Terra/XI Concurso/2009) Em relação à sucessão é CORRETO dizer:
a) A abertura da sucessão ocorre no momento da morte do autor da herança, assim como a abertura do inventário.
b) Os herdeiros não têm, automaticamente, a propriedade e o direito à posse dos bens a partir do falecimento, já que dependem de ato processual específico.
c) Mesmo havendo herdeiros necessários, o testador poderá dispor da totalidade da herança.
d) Quanto aos sucessores do indigno, pode-se afirmar que assim como os do renunciante, sucedem por direito próprio e partilham por cabeça.
e) A partir do Código Civil de 2002, o cônjuge saiu da condição de herdeiro que poderia ser afastado por disposição testamentária, para ser elevado à categoria de herdeiro necessário.
Resposta: “e”. Vide art. 1.845 do CC.
04 – (MP/SP/Analista de Promotoria/VUNESP/2010) Considere as afirmações seguintes:
I. tanto o instituto da indignidade quanto o da deserdação procuram afastar da herança aquele que a ela não faz jus, em razão de reprovável conduta que teve em relação ao autor sucessionis, ou, ainda, contra seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente;
II. a pena de indignidade é cominada pela própria lei, nos casos expressos que enumera, ao passo que a deserdação repousa na vontade exclusiva do de cujus que a impõe ao culpado, em ato de última vontade, desde que fundada em motivo legal;
III. somente a autoria em crime de homicídio doloso, tentado ou consumado contra o autor da herança, pode afastar o herdeiro da sucessão.
Está correto o contido em
a) I, II e III.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, apenas.
Resposta: “d”. I: Vide arts. 1.814 e 1.961 do CC; II: Vide arts. 1.814 e 1.964 do CC
05 – (MP/BA/Promotor de Justiça/2010) A Constituição Federal da República Federativa do Brasil consagra, no seu artigo 5º, XXX, o direito de herança como direito fundamental. Com efeito, vaticina Ney de Mello Almada: “o Direito das Sucessões é o conjunto de princípios legais disciplinadores da transmissão, aos herdeiros e legatários, do patrimônio sucessível de uma pessoa, que vem a falecer”. Nessa esteira, aduz Lacerda de Almeida que, em razão da repercussão social, tais princípios são “fundamentais e de ordem pública”.
Assim sendo, marque a alternativa CORRETA, após o exame de veracidade das assertivas abaixo.
I. A aquisição da propriedade mortis causa se dá com o registro da partilha no cartório de registro de imóveis competente.
II. De acordo com a legislação pátria, o direito a sucessão aberta consubstancia-se em uma universalidade iuris, bem assim em direito real imobiliário.
III. Na sucessão mortis causa de estrangeiro domiciliado no Brasil, no que tange aos bens situados no Brasil, invariavelmente se aplicará a Lei Material Brasileira.
IV. Quando proferida após 5 (cinco) anos da abertura da sucessão, a sentença que declara a vacância produzirá efeitos retro-operantes.
V. Em matéria de sucessão legítima, pode-se afirmar que a representação somente é possível na linha reta descendente.
a) FVFVF.
b) VVFVV.
c) FFVFF.
d) VFVVF.
e) FVVFV.
Resposta: “a”. I: Vide art. 1.784 do CC; II: Vide arts. 91 e 1.791 do CC; III:Vide art. 10, § 1º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro; IV:Vide art. 1.822 do CC; V: Vide art. 1.853 do CC.
06 - (MP/GO/Promotor de Justiça/2010) Em relação a sucessão em geral, analise as afirmações seguintes:
I. O princípio da saisine nos informa que, aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários, 
independentemente de saberem ou não que o autor da sucessão tenha falecido.
II. O herdeiro sucede a título universal e o legatário a título singular. A sucessão a título singular tanto pode ocorrer na sucessão legítima como na testamentária.
III. A cessão de direitos hereditários é um negócio jurídico translativo inter vivos porque só pode ser celebrado depois da abertura da sucessão e por não ser admitido em nosso direito o pacto sucessório.
IV. A aceitação é um ato jurídico unilateral não receptício porque se aperfeiçoa com uma única manifestação de vontade e não depende de ser comunicado a outrem para que produza seus efeitos.
a) Corretos apenas os itens I, II e III.
b) Corretos apenas os itens I, II e IV.
c) Corretos apenas os itens I, III e IV.
d) Corretos apenas os itens II, III e IV.
Resposta: “c”. I: Vide art. 1.784 do CC; III: O nosso direito não admite a cessão de direitos hereditários (art. 1.793), estando vivo o hereditando. Antes da abertura da sucessão, a cessão configuraria pacto sucessório; IV: A aceitação é negócio jurídico unilateral, porque se aperfeiçoa com uma única manifestação de vontade (CC, art. 1.804), e de natureza não receptícia, porque não depende de ser comunicada a outrem para que produza seus efeitos. O item II está errado, porque a sucessão legítima é sempre a título universal, visto que transfere aos herdeiros a totalidade ou fração ideal do patrimônio do de cujus.
07- (OAB/Exame de Ordem Unificado 2009.3/CESPE/UnB/2010) Acerca das regras aplicáveis às sucessões, assinale a opção CORRETA.
a) O direito à sucessão aberta bem como o quinhão de que disponha o coerdeiro não pode ser objeto de cessão por escritura pública.
b) A renúncia da herança deve constar expressa e exclusivamente de instrumento público.
c) Quando não se efetua o direito de acrescer, não se transmite aos herdeiros legítimos a quota vaga do nomeado.
d) São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.
Resposta: “d”. Vide art. 1.812 do CC.
8- (PGE/SC/Procurador do Estado/7º Concurso/2009) Assinale a alternativa CORRETA.
a) Se o legatário for menor, o legado de alimentos abrange exclusivamente os gastos com alimentação.
b) O autor da herança que não possui ascendente e descendente pode dispor de mais da metade de seus bens em testamento.
c) Cabe direito de representação para os filhos do herdeiro renunciante.
d) A renúncia da herança terá plena eficácia se feita por instrumento particular.
e) Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens existentes na abertura da sucessão, abatidas as dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor dos bens sujeitos a colação.
Resposta: “e”. Vide art. 1.847 do CC.
09- (Procurador da República/24º Concurso/2008) Em relação à sucessão, é CORRETO dizer:
I. Os efeitos da exclusão do herdeiro indigno transmitem-se aos seus descendentes.
II. Falecendo o herdeiro, antes de declarar se aceita a herança, o direito de aceitar transmite-se aos seus herdeiros.
III. Se o testamento caducar ou for considerado nulo, subsistirá a sucessão legítima.
IV. Até o compromisso do inventariante, o administrador provisório da herança será a pessoa de confiança do juiz.
Das proposições acima:
a) I e II estão corretas;
b) I e III estão corretas;
c) II e III estão corretas;
d) II e IV estão corretas.
Resposta: “c”. II: Vide art. 1.809 do CC; III: Vide art. 1.788 do CC.
10– Analista judiciário – Área judiciária – TRT 1ª região,ano de 2013. Ryan, inglês, em uma de suas viagens a lazer pelo Brasil e pelo Estado do Espírito Santo, conheceu Perla, brasileira nata, e ambos iniciaram relacionamento amoroso e casaram-se na cidade de Vitória, onde residiram por cerca de dez anos e adquiriram um imóvel residencial de alto padrão e dois conjuntos comerciais. Do relacionamento entre Ryan e Perla nasceram Pedro e Mariana, também na cidade de Vitória. No mês de Janeiro de 2012 Ryan e Perla mudaram-se definitivamente para a Inglaterra e, no mês Julho, Ryan faleceu em decorrência de um infarto fulminante. Neste caso, em regra, a sucessão de bens amealhados pelo casal e que estão no Brasil, será regulada pela lei
a) brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, independentemente de eventual conteúdo favorável aos herdeiros da lei inglesa.
b) inglesa, tendo em vista a nacionalidade de Ryan.
c) brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
d) inglesa, tendo em vista o local do falecimento de Ryan.
e) brasileira ou inglesa, cabendo aos herdeiros exercer a opção no momento da abertura da sucessão.
Resposta: C
Foro competente para abertura da sucessão: As regras do foro competente são: 1. O inventário deve ser feito no foro do último domicílio do autor da herança, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro (art. 1.785). 2. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, será considerado o local da situação dos bens. 3. Se além da falta de domicílio, o de cujus possuía bens em lugares diferentes, será considerado o lugar do óbito (art. 96 do CPC). 4. Se o autor da herança tinha mais de um domicílio, o inventário poderá ser processado em qualquer um deles, sendo mais sensata a escolha pelo local mais conveniente para os herdeiros.
Também a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
11 – Vunesp – Juiz de Direito Substituto – PA/2014) Quanto à capacidade sucessória do nascituro, assinale a alternativa correta.
a) não possui legitimidade para receber herança ou legado.
b) legitima-se a suceder desde que contemplado em testamento.
c) legitima-se a suceder desde que concebido quando da abertura da sucessão.
d) legitima-se a suceder desde que se trate de herança pela via direta e não colateral.
e) legitima-se a suceder por legado desde que concebido até 180 dias anteriores à abertura da sucessão.
Reposta: c
NÃO CONFUNDIR a regra do 1.798 CC, que trata do Nascituro (aquele já concebido) com a regra do 1.799, I, CC que trata do Concepturo (aquele já concebido ou a prole eventual). A questão trata do Nascituro e portanto é necessário que ele esteja concebido no momento da abertura da sucessão. Contudo o testamento pode dispor de cláusula reconhecendo o direito do concepturo ou prole eventual, se exigindo apenas que o ascendente deste esteja vivo quando da abertura da sucessão.
12 – (Defensor Público/AL 2009 – CESPE) Acerca das sucessões em geral, julgue o item a seguir:
A sucessão hereditária assenta-se, entre outras, em razão de ordem ética, na medida em que se presume a afeição do morto ao herdeiro, motivo pelo qual o neto que foi autor da denúncia que redundou na condenação do avô pelo crime de apropriação indébita não faz juz à herança deste.
( ) CERTO ( x) ERRADO - não é um dos casos de indignidade – art. 1814 cc
13 - (Defensor Público/TO – 2013 – CESPE) Acerca das sucessões, assinale a opção correta.
a) A sucessão abre-se no lugar da morte do falecido.
b) A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade, conforme seja legítima ou testamentária, e, havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança
c) A companheira ou o companheiro, na sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos na vigência da união estável, concorre com descendentes só do autor da herança, tendo direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída a cada um deles.
d) Legitimam-se a suceder apenas as pessoas já nascidas no momento da abertura da sucessão, não havendo direitos sucessórios do nascituro.
e) Aberta a sucessão pelo ajuizamento da ação de inventário, a herança transmite-se por sentença que homologa a partilha de bens aos herdeiros legítimos e testamentários.
Resposta: B – CORRETA
A – incorreta. Nos termos do art. 1785 cc, art 96 cc. Diversamente, o inventário extrajudicial pode ser realizado em qualquer lugar, pois os Cartórios de Notas (tabelionatos) não possuem regra de competência territorial (art. 8º da Lei 8935/94
B- correta – a sucessão legítima é aquela que decorre da aplicação da lei, em especial da ordem de vocação hereditária prevista em lei (está prevista nos arts. 1829 a 1856 cc). A sucessão testamentária é aquela que decorre da disposição de última vontade do falecido (testamento) e está regulada nos arts. 1857 a 1990 cc. De acordo com o princípio da limitada liberdade de testar, havendo herdeiros necessários (descendentes, ascendentes ou cônjuge), o testador só poderá dispor da metade da herança (art. 1789 do cc)
C- incorreta – a sucessão dos companheiros é regulada pelo art. 1790 cc e nos termos dos incisos I e II, o companheiro pode concorrer com descendentes comuns do falecido (recebendo a metade do que couber a cada um deles)
D- incorreta – conforme preceitua o art. 1798 CC, legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas (nascituro: ente concebido ainda não nascido) no momento da abertura da sucessão.
E- incorreta – aberta a sucessão (no exato instante da morte), a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários – princípio saisine – art. 1784 cc
14 – (Defensor Público/AL 2009 – CESPE) Acerca das sucessões em geral, julgue o item a seguir:
Considere que, com o falecimento de João, tenha restado a seus dois únicos herdeiros, como herança, dois apartamentos de dois quartos localizados no mesmo andar de um prédio residencial. Nessa situação, mesmo considerando a possiblidade de divisão cômoda do acervo, é ineficaz a cessão onerosa do direito à sucessão de um desses imóveis a terceiro, se realizada por qualquer dos coerdeiros antes da partilha.
Resposta: correta – art. 1793, § 2º 
15 - João e Maria casaram-se em 2003, muito jovens e sem patrimônio, pelo regime da comunhão parcial de bens. Da união nasceram dois filhos, José e Carlos. Em 10.10.2013 João faleceu, deixando um patrimônio de R$ 2.000.000,00, adquirido na constância do casamento. O falecido deixou bens particulares, porém apenas bens de uso pessoal de pequena monta. Como serão partilhados tais bens, levando-se em conta a meação e a sucessão?
Resposta: No caso descrito, deve-se, inicialmente, assegurar a meação de Maria, que é de R$ 1.000.000,00. Em relação ao restante dos bens, adquirido durante o casamento (bens comuns), será dividido igualmente entre os filhos, José e Carlos, a título de herança, que recebem R$ 500.000,00 cada um, interpretação do art. 1.829, inciso I, do Código Civil. Isso porque, na linha do entendimento majoritário antes exposto, da doutrina e agora também da jurisprudência do STJ, a concorrência do cônjuge, no caso descrito e por ser o regime de bens do casamento, o da comunhão parcial, somente diz respeito aos bens particulares do falecido, que não são relatados no problema. Por esse caminho, a esposa é reconhecida apenas como meeira, e não como herdeira.
No entanto, se adotada a posição anterior do Superior Tribunal de Justiça noREsp 1.117.563/SP e no REsp 1.377.084/MG, no sentido de que a concorrênciasucessória diz respeito aos bens comuns, Maria receberia, além de sua meação, ovalor de R$ 166.666,66, em conjunto com osfilhos José e Carlos, que recebem amesma quota. Pela última ideia, a esposa passaria a ser meeira e herdeira, o que não
contava com o apoio deste autor, que sempre seguiu aquela posição majoritária.
Cabe ressaltar que essa posição anterior parece ter sido superada pelo próprioTribunal da Cidadania, que acabou por consolidar em sua Segunda Seção que aconcorrência sucessória do cônjuge, na comunhão parcial, diz respeito apenas aosbens particulares (ver: REsp 1.368.123/SP, 2.ª Seção, Rel. Min. Sidnei Beneti, Rel.p/ Acórdão Min. Raul Araújo, j. 22.04.2015, DJe 08.06.2015).
16 - João e Maria passaram a viver em união estável em 2003, muito jovens, sem patrimônio e sem a celebração de um contrato de convivência. Da união nasceram dois filhos, José e Carlos. Em 10.10.2013 João faleceu, deixando um patrimônio de R$ 2.000.000,00, todo ele adquirido onerosamente na constância da união estável. Como serão partilhados tais bens, levando-se em conta a meação e a sucessão?
Resposta posterior à decisão do STF: Como a união estável deve ser equiparada ao casamento, o companheiro deve ser colocado na ordem de sucessão legítima do art. 1.829 do Código Civil. Assim, inicialmente, deve-se assegurar a meação de Maria, que é de R$ 1.000.000,00. Em relação ao restante dos bens, adquirido durante o casamento (bens comuns), será dividido igualmente entre os filhos, José e Carlos, a título de herança, que recebem R$ 500.000,00 cada um, interpretação do art. 1.829, inciso I, do Código Civil. Como se nota, com a decisão do STF, a companheira recebe menos do que receberia no sistema anterior, ficando em dúvida o argumento da vedação do retrocesso, lançado no voto do Ministro Barroso. Eis aqui um interessante debate que pode ser realizado em sala de aula, em todos os níveis de ensino do Direito das Sucessões, desde a graduação até o doutorado em Direito.
17 - João e Maria se casaram em 1973, pelo então regime legal, que era o da comunhão universal de bens; ele com um patrimônio que corresponde hoje a R$ 1.000.000,00, ela sem bens. Da união nasceram dois filhos, José e Carlos. Durante o casamento, foi amealhado um patrimônio total de R$ 5.000.000,00, pelo trabalho de ambos. Além disso, João recebeu uma herança de R$ 3.000.000. No ano de 2012, João faleceu, vítima de um infarto. Como deve ser dividido todo o patrimônio, de R$ 9.000.000,00, levando-se em conta a meação e a sucessão?
Resposta: Mais uma vez, é necessário assegurar a meação de Maria, que é de metade de todos os bens, anteriores e posteriores ao casamento, ou seja, o montante de R$ 4.500.000,00. Como o regime é o da comunhão universal de bens, não haverá concorrência sucessória do cônjuge com os descendentes em relação aos bens comuns adquiridos durante o casamento e os recebidos por herança, pois eles entram na meação e sobre eles não há sucessão. Ou seja, os R$ 4.500.000,00 serão atribuídos exclusivamente aos filhos do falecido, José e Carlos, que receberão R$ 2.250.000,00 cada um. Assim resumindo:
- Maria receberá só os R$ 4.500.000,00, de sua meação.
- José receberá R$ 2.250.000,00 (herança sem concorrência do cônjuge, pois tais bens já integram a meação).
- Carlos receberá R$ 2.250.000,00 (herança sem concorrência do cônjuge, pois tais bens já integram a meação).
SOMA TOTAL DOS VALORES = R$ 9.000.000,00.
18 - João e Maria se casaram em 1998, pelo então regime legal, qual seja o da comunhão parcial de bens. Não tiveram filhos. Em 2010, João faleceu, deixando apenas a esposa e os pais, Carlos e Josefina. João se casou sem bens e adquiriu um patrimônio de R$ 6.000.000,00. Como deve ser dividido todo o patrimônio do morto, levando-se em conta a meação e a sucessão?
Resposta: Maria deve ter assegurada a sua meação de R$ 3.000.00,00, pois todos os bens foram adquiridos durante o casamento. Quanto à outra metade, o cônjuge concorre com os ascendentes em relação a todos os bens, e sem qualquer influência do regime de bens adotado (art. 1.829, inciso II, do CC/2002). Nos termos do art. 1.837 da codificação, como o cônjuge concorre com ascendente em primeiro grau, terá direito a um terço da herança. Em suma, Maria recebe mais R$ 1.000.000,00, totalizando o seu montante recebido R$ 4.000.000,00. Carlos e Josefina, pais do morto, recebem R$ 1.000.000,00 cada um.
19 - João e Maria passaram a viver em união estável em 2003, quando João já tinha dois filhos, Carlos e Silvia. Não houve a celebração de contrato de convivência, sendo o regime o da comunhão parcial de bens. Em 2013, João faleceu, deixando um patrimônio de R$ 3.000.000,00. Desse montante, João já tinha R$ 1.000.000,00 quando teve início o relacionamento. O restante – R$ 2.000.000,00 – foi adquirido
onerosamente durante a união estável. Como serão partilhados tais bens, levando-se em conta a meação e a sucessão?
Resposta posterior à decisão do STF: Com a equiparação da união estável aocasamento, a solução é simplificada. De início, é preciso reservar a meação de Mariaquanto aos bens havidos durante a união, que é de R$1.000,00. Quanto ao restante dosbens, aplicando-se o art. 1.829, I, do Código Civil, o companheiro irá concorrer comos filhos quanto aos bens particulares do falecido, havidos antes da união (R$1.000.000,00). Assim, Maria, Carlos e Silvia recebem R$ 333.333,33 cada um.
Quanto aos R$ 1.000.00,00 restantes e que são posteriores ao casamento, devemser atribuídos apenas aos filhos Carlos e Sílvia, que recebem R$ 500.000,00 cada um.
Em resumo, o que agora coloca a companheira em situação de privilégio perante osistema anterior:
Maria recebe R$ 1.000.000,00 (meação dos adquiridos durante a união estável)+ R$ 333.333,33 (herança, em concorrência com descendentes do falecido,quanto aos bens particulares) = Total de R$ 1.333.333,33.
Carlos recebe R$ 500.000,00 (metade dos bens posteriores à união estável) + R$333.333,33 (concorrência com o companheiro e outro descendente quantoaos bens particulares) = Total de R$ 833.333,33.
Sílvia recebe a R$ 500.000,00 (metade dos bens posteriores à união estável) +R$ 333.333,33 (concorrência com o companheiro e outro descendente quantoaos bens particulares) = Total de R$ 833.333,33.SOMA TOTAL DOS VALORES = R$ 3.000.000,00.
Bom trabalho!!
Missão:Construir, com excelência, o conhecimento e o saber, por meio do ensino, pesquisa e extensão, formando indivíduos e profissionais capazes de promover a transformação e o desenvolvimento do contexto em que estão inseridos.
Visão:Ser referência em educação de qualidade e serviços prestados buscando, com base em princípios éticos e humanísticos, a integração entre comunidade e Instituição.

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