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Prof. Dr. Lucas Lautert Dezordi 
LIÇÕES DE MACROECONOMIA. CEC – Concursos e Editora Curitiba 
0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIÇÕES DE MACROECONOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEZORDI, Lucas. Lições de Macroeconomia. 
Curitiba: CEC – Concursos e Editora Curitiba, 
2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Lucas Lautert Dezordi 
LIÇÕES DE MACROECONOMIA. CEC – Concursos e Editora Curitiba 
1 
 
CAPÍTULO I 
 
1. INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA E FORMAS DE MENSURAÇÃO DA ATIVIDADE 
ECONÔMICA 
 
1.1 INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ECONÔMICA 
 
Antes de definirmos a macroeconomia é importante destacar que o objeto de estudo da 
economia, em uma visão introdutória, pode ser considerado como: a administração dos recursos 
(fatores) produtivos limitados para atender as necessidades ilimitadas, isto é, cada vez mais 
complexas em nossa sociedade. Com isso, devemos definir e destacar a importância dos fatores 
de produção e do conceito de produto, para entendermos o objeto de estudo das ciências 
econômicas. 
 
FATORES DE PRODUÇÃO: 
 
Recursos ou Fatores de Produção são os elementos básicos utilizados na produção de bens e 
serviços. São classificados em 5 grandes grupos: 
 
I) TRABALHO: ( TR ) 
É todo esforço humano, físico, mental ou intelectual, despendido na produção de bens e serviços. 
É determinado pela População Economicamente Ativa (PEA): empregada. 
 
II) CAPITAL OU BENS DE CAPITAL: ( K ) 
São bens fabricados pelo homem e que são utilizados no processo de produção de outros bens. 
Ex: edifícios, computadores, máquinas, instalações fabris. 
 
III) RECURSOS NATURAIS OU TERRA: ( RN ) 
São as dádivas da natureza, tais como florestas, recursos minerais, hídricos, petróleo. 
 
IV) TECNOLOGIA: ( TEC ) 
Conjunto de conhecimento e de habilidades que ampliam a capacidade produtiva. 
 
V) CAPACIDADE EMPRESARIAL: ( CE ) 
É o empresário que organiza a produção, reunindo e combinando os demais recursos. Ele é 
muitas vezes representado pelo acionista ou diretores que tenham participação no lucro e que 
tenham poder de decisão. 
 
DETERMINAÇÃO DO PRODUTO FINAL (Y): 
O Produto da economia é todo bem final e serviço o qual será utilizado para atender uma 
necessidade humana. Com isso, este estará sendo disponibilizado para o mercado. Ele é 
determinado pela combinação dos fatores relacionados acima. O produto (Y) é função dos 
fatores de produção como demonstrado a seguir. Do lado direito, os bens e serviços, os quais 
irão atender as necessidades ilimitadas, são escassos porque os fatores os são. Gerando com 
isso um conflito fundamental na ciência econômica: administrar os recursos (fatores) produtivos 
escassos para atender as necessidades ilimitadas. 
 
 
Y = f ( T; Tr; K; Tec; CE ) 
 
 
Bens e serviços Recursos (Fatores) de produção 
Necessidades ilimitadas Escassos 
 
Prof. Dr. Lucas Lautert Dezordi 
LIÇÕES DE MACROECONOMIA. CEC – Concursos e Editora Curitiba 
2 
 
É importante destacar que a produção a qual vai atender as necessidades humanas ilimitadas 
depende necessariamente dos fatores de produção que são escassos. Outra característica 
fundamental para entender a economia é observar que durante o processo de produção ocorrem 
remunerações aos fatores que são utilizados, que são os custos produtivos. Assim, todo o 
processo de produção é também, necessariamente um processo de geração de renda, a qual 
pode ser originada por diversas fontes. Vejamos as Remunerações dos Fatores de Produção, 
no quadro abaixo: 
 
QUADRO 1.1 - REMUNERAÇÃO DOS FATORES DE PRODUÇÃO 
 
Os fatores de produção à esquerda do quadro estão na sua forma física. Como destacado 
anteriormente são escassos e devem ser bem administrados. Consequentemente, as 
remunerações dos fatores de produção, à direita do quadro que estão na forma monetária ($) 
também serão escassas. 
Perceba que o desenvolvimento dos fatores de produção é fundamental para a economia gerar 
renda e riqueza para a sociedade. Por isso, políticas ou ações as quais visam melhorar os 
recursos, tais como ampliação do nível de educação, utilização racional e não predatória do meio 
ambiente, pesquisa e desenvolvimento (P&D), ampliação da infra-estrutura são indispensáveis 
a qualquer país. 
 
1.2 O QUE É MACROECONOMIA? 
 
Com o objetivo de fornecer uma análise consistente do conflito fundamental a ciência econômica 
é dividida em duas grandes áreas: microeconomia e macroeconomia. Estas são consideradas 
estudo da escassez e da administração eficiente dos recursos. Na prova de Auditor Fiscal da 
Receita Federal (AFRF), o conteúdo está voltado para a análise da macroeconomia, sendo a 
parte da economia estudada neste curso. Contudo, é importante definirmos bem a diferença 
entre essas duas áreas. 
Ambas vão discutir as relações produtivas dos agentes econômicos. O quadro a seguir destaca 
os quatro agentes econômicos e suas atividades. 
 
QUADRO 1.2 – AGENTES ECONÔMICOS E SUAS PRINCIPAIS ATIVIDADES 
 
 
FATORES DE PRODUÇÃO REMUNERAÇÃO DOS FATORES 
RECURSOS NATURAIS ALUGUEL 
TRABALHO SALÁRIO 
CAPITAL JUROS 
TECNOLOGIA ROYALTIES 
CAPACIDADE EMPRESARIAL LUCRO 
AGENTES ECONÔMICOS ATIVIDADES ECONÔMICAS 
Famílias (pessoas físicas – CPF) 
Consumo, poupança, recebem salários, 
ofertam mão-de-obra. 
Empresas (pessoas jurídicas – CNPJ) 
Investimentos privados, produção de bens e 
serviços, geram lucros e demandam mão-de-
obra. 
Governo (setor público: Federal, Estadual e 
Municipal) 
Investimentos públicos em infra-estrutura, 
administração pública, tributação, 
transferências. 
Resto do Mundo (setor externo, não-
residentes) 
Exportações e importações de bens e 
serviços não-fatores, envio e recebimento de 
renda. 
Prof. Dr. Lucas Lautert Dezordi 
LIÇÕES DE MACROECONOMIA. CEC – Concursos e Editora Curitiba 
3 
 
A microeconomia estuda a atividade econômica dos agentes de uma forma específica. Por 
exemplo: o consumo de sapatos das famílias; e o investimento em novas fábricas da Ford. 
Percebam que nos dois casos especificamos inicialmente o tipo de consumo e em seguida o 
nome (ou área de atuação) da empresa. Ainda na microeconomia, podemos destacar mais 
alguns exemplos: oferta e demanda de automóveis; investimentos privados na construção civil; 
exportações de soja brasileira para os EUA; e investimento público em saneamento básico. 
A macroeconomia analisa as atividades dos agentes econômicos em seu conjunto: agregado. 
Por exemplo: consumo das famílias; e o investimento das empresas. Neste caso, não 
especificamos o tipo de consumo e investimento e muito menos determinamos o nome das 
empresas envolvidas no investimento. Neste termo, a macro considera o consumo agregado das 
unidades familiares, ou simplesmente o consumo das famílias e, o investimento privado nacional 
ou investimento privado. Percebam que é fundamental definirmos o objeto de estudo da prova 
AFRF que é a Macroeconomia. Portanto, seguem mais alguns exemplos de variáveis ou 
atividades da macroeconomia: 
 
 Gasto do governo; 
 Exportações de bens para o exterior ou para um determinado país; 
 Importações de bens para o exterior ou para um determinado país; 
 Balança comercial; 
 Saldo em transações correntes; 
 Setor externo 
 Tributação ou carga tributária; 
 Oferta e Demanda Agregada; 
 Produto (Renda) Nacional ou Interna; 
 
A Macroeconomia estuda o comportamento agregado dos econômicos (famílias, 
empresas, governo e resto do mundo) que participam do processo de produção de bens 
e serviços. Conseqüentemente seu objeto de estudo está focalizado no desempenho 
econômico do país. Portanto, analisa as políticas econômicas e as principais variáveis, 
tais como: taxa de inflação; taxa de câmbio; taxa de juros; salários; emprego (ou 
desemprego) da economia; produção e renda agregada. 
 
1.3 FORMAS DE MENSURAÇÃO DO PRODUTO: UMA VISÃO QUALITATIVA 
 
Até agora apresentamos as definições de fatores de produção, conflito fundamental, agentes 
econômicos e macroeconomia. Será que todos estes conceitospodem ser estudados em 
conjunto? A resposta é sim. Quando analisamos todos eles ao mesmo tempo em uma lógica 
econômica criamos o conceito de sistema econômico. Este se organiza da seguinte forma, 
conforme figura 1. Os fatores de produção escassos são alocados no aparelho produtivo o qual, 
no lado direito vai gerar o produto nacional (oferta agregada) e do lado esquerdo a renda nacional 
(demanda agregada). 
No lado direito do aparelho produtivo há a produção de bens finais e serviços a qual ocorre 
fisicamente e em várias unidades de medidas, como destacadas na figura. Estas por sua vez 
não podem ser inicialmente somadas, pois não podemos somar quilograma com metro, ou metro 
quadrado com hora aula. Antes precisamos transformar todas as medidas em um denominador 
comum, que no caso da economia é a unidade monetária ($). Após essa transformação 
somamos todos os bens finais e serviços produzidos e obtemos o Produto Nacional, pela 
metodologia da Oferta Agregada. 
Neste sentido, temos: 
O produto agregado ou nacional (PN) mensurado pela ótica da Oferta Agregada é o valor 
monetário de todos os bens finais e serviços produzidos no decorrer de um determinado período 
(trimestre, semestre e ano). Ele inclui o valor dos bens produzidos, como casas e automóveis e 
valor dos serviços como educação e segurança. 
 
 
 
 
 
 
 
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LIÇÕES DE MACROECONOMIA. CEC – Concursos e Editora Curitiba 
4 
 
 
FIGURA 1 – ANÁLISE QUALITATIVA DO SISTEMA ECONÔMICO CAPITALISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RENDA NACIONAL PRODUTO 
NACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DEMANDA AGREGADA OFERTA AGREGADA 
 
 
 
 
 
 
Durante o processo de produção da economia há, necessariamente, o processo de remuneração 
dos fatores de produção, isto é a renda. No lado esquerdo da figura 1 ocorre a geração da Renda 
Nacional: que é a somatória em valores monetários dos salários, juros, aluguel, royalties e lucros 
pagos na economia em um período de tempo determinado. Assim, obtemos o Produto Nacional 
(PN) pela ótica da Renda Nacional ou remuneração dos fatores de produção. E, concluímos que 
produto e renda são equivalentes: 
 
)()( RNNACIONALRENDAPNNACIONALPRODUTO  
 
Em termos técnicos prefiro utilizar o conceito de equivalência entre produção e renda, pois o 
primeiro é gerado no lado direito da atividade econômica e o segundo no lado esquerdo. São 
processos interligados, mas diferentes. Em termos metafóricos poderíamos pensar em sua 
imagem em um espelho sem defeitos o qual reproduz o seu corpo. A imagem equivale a sua 
pessoa, mas não é você. Contudo, por motivo de simplificação, os professores de economia 
afirmam que produto é igual à renda (tudo bem!). 
Dado que ocorre a geração da renda pode-se calcular o Produto Nacional (PN) também pela 
ótica da demanda agregada a qual é a somatória dos gastos de todos os agentes econômicos: 
FATORES DE PRODUÇÃO 
 
Recursos Naturais, Trabalho, Capital, Tecnologia, 
Capacidade Empresaria. 
 
APARELHO PRODUTIVO 
 
 
Setores da Economia 
(Primário, Secundário e 
Terciário) 
BENS FINAIS E 
SERVIÇOS: 
 
Alimentos, Kg 
Vestuário, m 
Habitação, m2 
Educação, H/a 
Saúde, H/t 
Segurança, H/t 
 
REMUNERAÇÃO 
DOS FATORES ($): 
 
Salários 
Aluguel 
Juros 
Royalties 
Lucro 
 
 
MERCADO 
NACIONA
L 
 
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5 
 
consumo das famílias, investimentos das empresas, gasto do governo, exportações menos 
importações. 
Em uma visão qualitativa e preliminar do funcionamento do sistema econômico pode-se concluir 
que o desempenho do aparelho produtivo ou se preferir o Produto Nacional pode-se ser 
mensurado através de três metodologias distintas, a saber: i) Oferta Agregada (Produto); ii) 
Renda Nacional (remuneração dos fatores); e iii) Demanda Agregada (dispêndio)1. 
 
DEMANDARENDAPRODUTO  
 
Em termos quantitativos, análise que ainda não fizemos, o valor numérico em unidades 
monetárias deve ser necessariamente o mesmo para cada metodologia empregada. Ou seja, se 
calcularmos que o Produto Nacional em um determinado ano, pela ótica da oferta agregada, foi 
de R$ 1.450.000,00 (hum milhão e quatrocentos e cinqüenta mil reais), então este mesmo valor 
será encontrado pela metodologia da renda e da demanda. Naturalmente, os alunos atentos se 
perguntarão: Por que estudar essa três formas de mensuração? Na verdade, quando estudamos 
as três formas de mensuração do Produto em uma economia, passamos a conhecer a 
metodologia e consequentemente obtemos novas variáveis e informações extremamente 
relevantes do sistema econômico. Por exemplo: 
 
 O cálculo do PN pela ótica da oferta agregada (produção) possibilita a distinção entre 
Produto Nacional Real e Nominal; índices de preços: Laspeyres, Paasche e Fischer e 
suas respectivas taxas de inflação. 
 O cálculo do PN pela ótica da renda nacional possibilita uma visão mais clara da 
distribuição de renda no aparelho produtivo, bem como identificar problemas de má 
distribuição de renda. É útil para diferenciar o produto a preços de mercado e a custos 
de fatores. 
 O cálculo do PN pela ótica da demanda agregada é útil para diferenciar o produto bruto 
do líquido; o Produto Nacional Bruto (PNB) e o Produto Interno Bruto (PIB); conceitos do 
setor externo (saldo em transações correntes); identidade macroeconômica básica e 
análise de políticas econômicas. 
 
Na prova de AFRF, a primeira e a última metodologia são as mais requisitadas pela ESAF. É 
importante que o candidato conheça a origens das questões para saber o que está fazendo e 
como fazer. Neste sentido, esta visão inicial do sistema econômico deve ficar bem clara e, a 
partir desse ponto, podemos atacar as questões da prova com maior clareza técnica, 
fundamental para um bom raciocínio lógico. Destaco aos candidatos, que esta prova é de 
raciocínio econômico, sendo as questões bem formuladas dentro dos principais conceitos da 
macroeconomia. 
 
PONTOS IMPORTANTES (RESUMO): 
 
 O processo de produção é, necessariamente, um processo de geração de renda 
 Produto Nacional (PN) é equivalente (igual) à Renda Nacional (RN), em unidades 
monetárias: RNPN  . 
 Há três formas de mensuração do PN, isto é, da atividade econômica: i) Produto (oferta 
agregada); ii) Renda (remuneração dos fatores de produção); e iii) Demanda Agregada 
(dispêndio). 
 
1.4 MENSURAÇÃO DA ATIVIDADE PRODUTIVA: UMA VISÃO QUANTITATIVA 
 
1.4.1 ÓTICA DO PRODUTO (OFERTA AGREGADA) 
 
Neste caso, o produto nacional (PN) será calculado pela somatória de todos os bens e serviços 
produzidos, em unidade monetária, durante um período de tempo específico. Seria como 
mensurar a atividade econômica pelo lado direito da figura 1. Percebam que os produtos A e B 
são diferentes e podendo ser qualquer bem ou serviço e as quantidades físicas devem ser 
 
1 Os dados do PIB sob as três óticas na economia brasileira são demonstrados no quadro final desse 
capítulo, para os anos de 2004 a 2006. 
Prof. Dr. Lucas Lautert Dezordi 
LIÇÕES DE MACROECONOMIA. CEC – Concursos e Editora Curitiba 
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transformadas em unidades monetárias. A melhor forma de entendermos o cálculo do PN pela 
ótica da oferta é através de um exemplo. 
 
Exemplo 1.1: Considere uma hipotética economia registrou no ano 1, os seguintes dados 
macroeconômicos para os bens finais A e B. 
 
Produto Preço em R$ Quantidade em Kg 
A 7 10 
B 5 16 
 
Esta mesma economia registrou no ano 2, os seguintes dados macroeconômicos. 
 
Produto Preço em R$ Quantidade em Kg 
A 9 11 
B 6 19 
 
Neste caso iremos resolver e apresentar os conceitos das principias variáveis a partir de cinco 
etapas fundamentais, os quais os alunos devem repetir nos testes propostos. 
 
a) Calcular o Produto Nacional Nominal (PN nominal) ou a preços correntes para ambos os 
anos e sua taxa de crescimento. 
 
No ano 1: 
 
   11111min BBAAalno QPQPPN  
 
Sendo P e Q, preçose quantidades dos respectivos bens finais e serviços produzidos. 
 
    00,150$1651071min RPN alno  
 
Temos que no ano 1 o PN nominal foi de R$ 150,00. 
 
No ano 2: 
 
 
   22222min BBAAalno QPQPPN  
 
    00,213$1961192min RPN alno  
 
Temos que no ano 2 o PN nominal foi de R$ 213,00. 
 
Taxa de crescimento: 
 
Para calcularmos a taxa de crescimento do PN nominal (tx do PN nominal) entre os anos 1 e 2, 
devemos utilizar a seguinte relação: 
 
 
100
1min
1min2min
min 


alno
alnoalno
alno PN
PNPN
PNdoTx 
 
 
Com isso, temos, após eliminarmos a unidade monetária no numerador e denominador, temos: 
 
 
 
%00,42100
150
150213
min 

alnoPNdoTx 
 
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7 
 
O Produto Nominal cresceu a uma taxa anual de 42,00% entre os anos 1 e 2. 
 
Conceito: 
 
O Produto Nominal ou a Preços Correntes para os respectivos anos será determinado pela 
somatória do produto dos preços e das quantidades, descrito a seguir: 
 
)(min ttalno QPPN   (1.1) 
 
Sendo t o ano em análise. 
 
Com isso, o Produto nominal mede tanto as variações nos preços como nas quantidades. 
 
b) Calcular o Produto Real do ano 2 a preços de 1 ( 1/2realPN ): método de Paasche e sua 
taxa de crescimento. 
 
Na metodologia de Paasche, o ano-base é o inicial, neste exemplo 2006. Assim temos que: 
 
   21211/2 BBAAreal QPQPPN  
 
Percebam que como o ano-base é 1, os preços ficam constantes, NÃO ALTERANDO A BASE! 
 
    00,172$1951171/2 RPN real  
 
Portanto, o produto real do ano 2 a preços de 1 é de R$ 172,00. 
 
Como não podemos alterar a base, se não sairíamos da metodologia de Paasche, o produto 
nominal, no ano-base, por definição é igual ao produto real. Assim pode-se afirmar que o produto 
real do ano 1 é igual a R$ 150,00. Não precisando calcular novamente. 
 
Taxa de crescimento 
 
A taxa de crescimento do produto real entre os anos de 1 a 2 é determinada pela seguinte 
expressão: 
 
 
100
1
11/2 


real
realreal
real PN
PNPN
PNdoTx 
 
Aplicando os valores: 
 
 
%67,14100
150
150172


realPNdoTx 
 
c) Calcular o Produto Real do ano 1 a preços do ano 2 ( 2/1realPN ): método de Laspeyres 
e sua taxa de crescimento. 
 
Na metodologia de Paasche, o ano-base é o inicial, neste exemplo 2006. Assim temos que: 
 
   12122/1 BBAAreal QPQPPN  
 
Percebam que como o ano-base é 2, os preços ficam constantes, NÃO ALTERANDO A BASE! 
 
    00,186$1661092/1 RPN real  
 
Prof. Dr. Lucas Lautert Dezordi 
LIÇÕES DE MACROECONOMIA. CEC – Concursos e Editora Curitiba 
8 
 
Portanto, o produto real do ano 1 a preços de 2 é de R$ 186,00. 
 
 
Como não podemos alterar a base, se não sairíamos da metodologia de Laspeyres, o produto 
nominal, no ano-base, por definição é igual ao produto real. Assim pode-se afirmar que o produto 
real do ano 2 é igual a R$ 213,00. Não precisando calcular novamente. 
 
Taxa de crescimento 
 
A taxa de crescimento do produto real entre os anos de 1 a 2 é determinada pela seguinte 
expressão: 
 
 
 
 
 
100
2/1
2/12 


real
realreal
real PN
PNPN
PNdoTx 
 
 
Aplicando os valores: 
 
 
%52,14100
186
186213


realPNdoTx 
 
O Produto Real ou a Preços Constantes mede apenas as variações nas quantidades dos bens 
produzidos. É calculado a partir da definição de um ano-base o qual permanece fixo. Neste 
exemplo, obtemos dois anos bases: 1 e 2. Quando definimos o ano 1 como base estamos usando 
a metodologia de Paasche e ao determinar o ano 2 como base utilizamos Laspeyres. A fórmula 
do produto real é dada por: 
 
)( treal QPPNB    (1.2) 
 
Sendo: P o nível de preços do ano-base; e tQ a quantidade produzida no período t. 
 
d) Calcular os índices de preços e suas respectivas taxas de inflação 
 
Os índices de preços podem ser calculados a partir de três metodologias: Índice de Preços de 
Paasche ( PI ); Índice de Preços de Laspeyres ( LI ); e o Índice de Fisher ( FI ). Todos medem 
apenas as variações nos preços. 
 
Índice de Preços de Paasche: é calculado a partir da razão do Produto nominal do ano 2 sobre 
o Produto real de 2 a preço do ano 1. 
 
1/2
2min
real
alno
P PN
PN
I  (1.3) 
 
2384,1
00,172$
00,213$

R
R
I P 
 
Com isso, temos que a inflação medida por Paasche é igual: ( %84,23100)12384,1  . 
 
Índice de Preços de Laspeyres: é calculado pela razão do Produto real do ano 1 a preço de 2 
sobre o Produto nominal do ano 1. 
 
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9 
 
1min
2/1
alno
real
L PN
PN
I  (1.4) 
 
2400,1
00,150$
00,186$

R
R
I L 
 
Com isso, temos que a inflação medida por Laspeyres é igual: ( %00,24100)12400,1  . 
 
Índice de Preços de Fischer: é conhecido como o índice ideal e foi proposto para tentar diminuir 
as distorções dos índices de Paasche e Laspeyres. É calculado pela média geométrica destes 
dois índices. 
 
LPF III  (1.5) 
 
    2392,12400,12384,1 FI 
 
 
Com isso, temos que a inflação medida por Fischer é igual: ( %92,23100)12392,1  . 
 
e) Conferindo os resultados do exercício 
 
É importante destacar que os resultados obtidos podem ser conferidos e consequentemente 
verificados sua validade. O raciocínio é o seguinte: o produto nominal mede a soma das 
variações nos preço e nas quantidades, conforme expresso a seguir: 
 
eçosPNPN realalno Pr%%% min  (1.6) 
 
Desenvolvemos os resultados de acordo com duas metodologias, com isso, devemos conferir o 
exercício a partir de um quadro. Entretanto, cabe ressaltar dois pontos. Primeiro, quando 
somamos porcentagens devemos antes transforma-las em índices, isto é, dividindo por 100 e 
acrescentando a unidade, sempre. Segundo, quando há soma transformamos em multiplicação. 
 
QUADRO 1.3 – CONFERINDO OS RESULTADOS DO EXEMPLO 1.1 
 
Metodologia de Paasche Metodologia de Laspeyres 
 
%84,23%67,14%00,42  
 
)100/84,231()100/67,141(%00,42  
 
%00,424200,1)2384,1()1467,1(%00,42  
 
 
 
%00,24%52,14%00,42  
 
)100/00,241()100/52,141(%00,42  
 
%00,424200,1)240,1()1452,1(%00,42  
 
 
O quadro 1.3 destaca que os valores obtidos ao longo dos itens a – d estão corretos, pois a soma 
dos índices de preço e de quantidade em ambas as metodologias são iguais ao produto nominal, 
salvo erros de arredondamento. Percebam que se o índice de quantidade (ou o crescimento do 
produto real) pela metodologia de Paasche for maior que o de Laspeyres, então, o seu índice de 
preços (ou sua inflação) será necessariamente menor que o índice de Laspeyres. Caso a taxa 
de crescimento do produto real de Paasche seja igual a de Laspeyres, então, seus índices de 
preços (ou taxas de inflação) serão necessariamente iguais. 
Outro ponto importante refere-se à inflação. Se o índice de preços, por qualquer metodologia, for 
igual a unidade, significa que a taxa de inflação é igual a zero. Portanto, uma economia sem 
inflação, é descrita quando 1P . Sendo P = índice de preços. 
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PONTOS IMPORTANTES (RESUMO): 
-O PN nominal mede as variações em preço e quantidade. 
-O PN real mede apenas as variações no índice de quantidade. 
-No ano-base, o PN nominal será necessariamente igual ao PN real e o índice de preços será 
igual a 1. 
-Já os índices de preços medem apenas as variações nos preços. 
-O Índice de Preços de Paasche e Laspeyres tendem ser diverentes, devido ao crescimento do 
produto real. 
-O Índice de Preços de Fischer é conhecido como o índice geral: média geométrica do IL e IP. 
Portanto, é muito próximo dos dois índices. 
-Os índices de preços ao consumidor utilizados no Brasil são obtidos a partir da formulação de 
Laspeyres. Os mais conhecidos são: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), 
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o Índice Geral de Preços(IGP). 
- O deflator implícito do PIB (ou do PNB) é obtido pelo Índice de Preços de Paasche e o cálculo 
do Produto Real Agregado utiliza-se a metodologia de Laspeyres, pois compara com valor do 
presente. 
 
 
1.4.2 ÓTICA DA DEMANDA AGREGADA (DISPÊNDIO) 
 
O produto calculado pela ótica da demanda agregada é contabilizado pelo gasto realizado por 
todos os agentes da economia. É importante destacar que a Demanda Agregada é determinada 
pela geração de Renda na economia e, assim, nesta metodologia iremos esclarecer as 
diferenças entre Produto Nacional e Interno e Produto Bruto e Líquido. 
 
Produto Interno ( PI )= Consumo das Famílias (C ) 
 + 
 Investimento Privado Nacional ( I ) 
 + 
 Gasto do Governo (G ) 
 + 
 Exportações de Bens e Serviços não Fatores ( X ) 
 - 
 Importações de Bens e Serviços não Fatores (M ) 
 
Consumo: Corresponde a demanda realizada pelos agentes familiares dos bens finais 
produzidos no período de mensuração do produto. Isto inclui escola, carro do ano, comida, 
geladeira nova, médico, transporte, a gasolina, entre outros. 
 
Investimento: O investimento é dividido em bruto e líquido, como veremos a seguir. Contudo, 
seu conceito deve ficar bem claro. Em economia investimento significa ampliação, por parte da 
empresa privada, do estoque de capital físico, ligado à produção. De fato, o investimento consiste 
a construção civil (novas casas), máquinas e equipamentos, construção e ampliação de fábricas 
e adições ao estoque de bens das empresas. Se uma empresa compra um carro novo então é 
investimento, mas se uma pessoa física o compra, então é consumo das famílias. Os 
investimentos do governo em novas rodovias, saneamento básico, aeroportos, entre outros, 
também são computados neste item. Se uma empresa compra um carro novo, então é 
investimento, mas se uma pessoa física o compra, então é consumo das famílias. 
De acordo o Sistema de Contas Nacionais (SCN), utilizado pelo Brasil, o investimento registra a 
ampliação da capacidade produtiva futura de uma economia por meio de investimentos correntes 
em ativos fixos, ou seja, bens produzidos factíveis de utilização repetida e contínua em outros 
processos produtivos por tempo superior a um ano, sem, no entanto, serem efetivamente 
consumidos pelos mesmos. Compra de terrenos não representam investimentos, pois é um ativo 
fixo não produzido. 
As fontes de informações dos investimentos são obtidas pelo formulário da Declaração de 
Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), fornecido pela Secretaria da Receita 
Federal. As unidades familiares participam da formação bruta de capital fixo no momento em que 
constroem uma nova residência ou a ampliam, expandindo o capital da economia. 
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Equipamentos, máquinas e caminhões são considerados investimentos quando comprados por 
Produtores familiares. 
 
Gasto do Governo: representam as compras efetuadas de bens e serviços pelo setor público, 
tanto na esfera municipal, estadual e federal. Incluem gastos com a administração pública, 
salários, defesa e segurança nacional, rodovias, ferrovias, saneamento básico, aeroportos, entre 
outros. Não estão incluídos, neste item, gastos com aposentadorias e programas sociais. 
Exportações de Bens e Serviços não Fatores: Representam os produtos finais vendidos para 
o exterior. No caso de um bem físico, isto é, uma mercadoria ela é contabilizada na balança 
comercial e no caso de um serviço não fatores, por exemplo, uma viagem internacional ou um 
transporte internacional é contabilizado na balança de serviços. 
 
Importações de Bens e Serviços não Fatores: Representam os produtos finais comprados do 
exterior. O fato desses produtos não representarem a atividade produtiva do país devem ser 
excluídos do cálculo da produção. 
 
Com isso, temos que o Produto Interno (PI) é dado pela seguinte identidade: 
 
MXGICPI  (1.7) 
 
 Diferença entre Bruto versus Líquido: 
 
Para diferenciarmos o Produto Bruto do Produto Líquido devemos analisar somente o 
investimento privado nacional. Em economia a palavra investimento tem um sentido bem 
específico e diferente do jargão do mercado financeiro e popular. Vamos analisar esse conceito. 
 
O Investimento Privado Bruto: EFBKFIb  (1.8) 
Sendo a FBKF a formação bruta de capital fixo corresponde aos gastos com novos 
equipamentos, edificações, máquinas sem descontar a depreciação do capital; e, ΔE 
variações nos estoques. 
 
Então temos que o Produto Nacional Bruto (PIB) é igual: 
 
MXGICPI b  (1.9) 
 
ou 
 
  MXGEFBKFCPI  (1.10) 
 
 
O Investimento Privado Líquido: EFLKFI L  (1.11) 
 
Sendo a FLKF a formação líquida de capital fixo corresponde aos gastos com novos 
equipamentos, edificações, máquinas descontando a depreciação do capital e, ΔE variações 
nos estoques. 
 
Neste caso, temos que o Produto Nacional Líquido (PIL) é igual: 
 
 
MXGICPIL L  (1.12) 
 
ou 
 
  MXGEFLKFCPIL  (1.13) 
 
É importante ressaltar: 
 
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RILPILeRIBPIB  
 
 Diferença entre PNB e PIB em um Sistema Econômico: Nacional versus Interno. 
 
A diferença entre nacional e interno só pode ser analisada pela mensuração da atividade 
produtiva através da ótica da demanda agregada. Como ela está relacionada a geração de renda, 
devemos fazer uma consideração da origem e destino dessa renda. Dois conceitos simples são 
necessários. 
 
O Produto Nacional Bruto (PNB) é medido através da renda gerada internamente e no exterior 
a qual irá ser gasta necessariamente no mercado nacional. Com isso, o PNB expressa o valor 
global de bens e serviços produzidos por brasileiros localizados no país ou fora dele. 
 
O Produto Interno Bruto (PIB) é medido apenas pela renda gerada internamente destinada 
para o mercado nacional e externo. Com isso, o PIB expressa o valor global de todos os bens e 
serviços produzidos nos limites geográficos do país. 
 
É importante analisar a renda recebida do exterior (RRE) e a renda enviada ao exterior (REE). 
 
A Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE): 
 
)( RREREERLEE  
 
Com isso temos três possibilidades: 
 
a) Se RREREE  , então: PNBPIB  
 
RLEEPNBPIB  (1.14) 
 
Historicamente, o Brasil apresenta um PIB maior que o PNB por dois motivos. Primeiro, por ter 
sido durante muito tempo devedor internacional, pagando sistematicamente juros da dívida 
externa. Segundo, por receber muitas empresas multinacionais para operar no país, elas enviam 
lucro para suas matrizes no exterior. 
 
TABELA 1.1 VALORES ANUAIS DO PIB E DO PNB NA ECONOMIA BRASILEIRA (EM 
BILHÕES DE R$) 
 
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, Sistema de Contas Nacionais. Alguns valores 
podem ser ligeiramente diferentes em virtude dos arredondamentos. 
 
Considerando o PIB do Brasil: 
 
.558.2$)54(504.2 bilhõesRPIB  
 
 
b) Se RREREE  , então: PNBPIB  
 
 RLEEPIBPNB  (1.15) 
 
 ou 
 
Ano 
Produto Interno 
Bruto (PIB) 
Produto Nacional 
Bruto (PNB) 
Renda Líquida 
Enviada ao Exterior 
(RLEE) 
2004 1.941 1.883 58 
2005 2.147 2.085 62 
2006 2.332 2.274 58 
2007 2.558 2.504 54 
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RLEEMXGEFBKFCPNB  )( (1.16) 
 
Historicamente, os Estados Unidos apresentam um PNB maior que o PIB, também por 
dois motivos básicos: primeiro, ganharam as duas Guerras Mundiais tornando-se credores 
internacionais, com isso recebendo juros como remuneração do capital. Segundo, o país tem 
várias empresas multinacionais operando no exterior. Com isso, a economia norte-americana 
recebe muitos lucros de suas filiais. 
 
 
TABELA 1.2 VALORES ANUAIS DO PIB E DO PNB NA ECONOMIA DOS ESTADOS UNIDOS(EM BILHÕES DE US$). 
 
Fonte: Bureau of Economic Analysis. Site: www.bea.gov. Tabelas 1.1.5 e 1.7.5, agosto de 2008. Alguns 
valores podem ser ligeiramente diferentes em virtude dos arredondamentos. 
 
 
Considerando o PNB dos Estados Unidos em 2007: 
.910.13$)103(807.13 bilhõesUSPNB  
 
c) Se RREREE  , então: PNBPIB  
 
Hipoteticamente, em uma economia fechada, isto é, sem transações econômicas com o 
resto do mundo, o seu PIB será igual ao PNB. É difícil um país apresentar um histórico com PIB 
exatamente igual ao PNB. 
 
1.5 PRODUTO A PREÇO DE MERCADO E A CUSTO DE FATORES 
 
Apresentamos as metodologias de cálculo do produto, tanto pela ótica da demanda 
agregada quanto pela oferta. Neste caso, devemos diferenciar entre Produto a preço de mercado 
e a custo de fatores. 
O Produto Interno Bruto a custo de fatores ( CFPIB ) é dado por: 
 
subsídiosindiretosimpostosPIBPIB PMCF  
 ou 
subsídiosdelíquidosindiretosimpostosPIBPIB PMCF  
Consequentemente, o Produto Interno Bruto a preço de mercado é dado por: 
 
subsídiosindiretosimpostosPIBPIB CFPM  
 
Exemplo 1.2 Numa determinada economia hipotética, o Produto Nacional Líquido a Custo de 
Fatores é 210. Sabendo-se que: 
 
Renda Líquida Enviada ao Exterior = 50 
Impostos indiretos = 80 
Subsídios = 20 
Depreciação = 80 
 
Calcule o valor do Produto Interno Bruto a Preços de Mercado. 
 
RLEEodepreciaçãsubsídiosindiretosimpostosPNLPIB CFPM  
Ano 
Produto Interno 
Bruto (PIB) 
Produto Nacional 
Bruto (PNB) 
Renda Líquida Enviada ao 
Exterior (RLEE) 
2004 11.685 11.762 -77 
2005 12.421 12.514 -93 
2006 13.178 13.256 -78 
2007 13.807 13.910 -103 
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400$50802080210 PMPIB 
 
1.6 O PIB PELAS TRÊS ÓTICAS NA ECONOMIA BRASILEIRA 
 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seu Departamento de Contas 
Nacionais, calcula o Produto Interno Bruto (PIB), isto é, a geração de riqueza a partir das três 
metodologias . 
 
Pelo lado da produção - o PIB é igual ao valor bruto da produção (VBP) menos o consumo 
intermediário (CI) mais os impostos, líquidos de subsídios. 
 
Em 2006, o PIB segue o seguinte cálculo: 
 
797.369.2$491.1554.336032.087.2766.121.4 RPIBPM  milhões. 
 
Pelo lado da demanda - o PIB é igual a despesa de consumo final ( GC  ) mais a formação 
bruta de capital fixo mais a variação de estoques ( bI ) mais as exportações de bens e serviços 
menos as importações de bens e serviços ( NX ). 
 
Em 2006, o PIB segue o seguinte cálculo: 
 
  797.369.2$679.271457.340457.340340.397679.903.1 RPIBPM  milhões. 
 
Pelo lado da renda - o PIB é igual a remuneração dos empregados mais o total dos impostos, 
líquidos de subsídios, sobre a produção e a importação mais o rendimento misto bruto mais o 
excedente operacional bruto. 
 
Em 2006, o PIB segue o seguinte cálculo: 
 
797.369.2$872.4048.367311.825919.212391.969 RPIBPM  milhões. 
 
Rendimento misto equivale ao rendimento obtido pelos empregadores e pelos trabalhadores por 
conta própria. 
O Excedente Operacional Bruto é o PIB a custo de fatores descontado dos salários, sendo assim, 
o total de aluguel, juros e lucros. 
 
 
 
 
 
Quadro 1.3 Os componentes do PIB pelas três óticas: Produção, Renda e Demanda 
Agregada na Economia Brasileira: 2004 a 2006. 
Componentes do Produto Interno Bruto 
Produto Interno Bruto (1.000.000 R$) 
 
 2004 2005 2006 
A – Ótica da produção 
Total 1.941.498 2.147.239 2.369.797 
Produção 3.432.735 3.786.683 4.121.766 
Impostos sobre produtos 276.077 306.545 336.554 
Subsídios aos produtos (-) (-) 837 (-) 1.559 (-) 1.491 
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 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais, Sistema de Contas Nacionais 2002-2006. 
 
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 
 
 
1. (ESAF - AFRF)- Suponha uma economia que só produza dois bens finais (A e B). Considere 
os dados a seguir: 
 
 Quantidade do 
bem A 
Preço do bem 
A 
Quantidade do 
bem B 
Preço do bem 
B 
Período 1 10 5 12 6 
Período 2 10 7 10 9 
 
Com base nestes dados, é incorreto afirmar que: 
 
a) o produto nominal do período 2 foi maior do que o produto nominal do período 1. 
Consumo intermediário (-) (-) 1.766.477 (-) 1.944.430 (-) 2.087.032 
B – Ótica da despesa 
Total 1.941.498 2.147.239 2369.797 
Despesa de consumo final 1.533.895 1.721.783 1903.679 
Despesas de consumo das famílias 
 
1.135.125 1.265.094 1903.679 
Despesa de consumo das instituições sem fins de lucro 
a serviço das famílias 
 
25.486 29.136 32.872 
Despesa de consumo da administração pública 373.284 427.553 474.773 
Formação bruta de capital 332.333 347.976 397.340 
Formação bruta de capital fixo 312.516 342.237 389.328 
Variação de estoque 19.817 5.739 8.012 
Exportação de bens e serviços 318.892 324.842 340.457 
Importação de bens e serviços (-) 243.622 (-) 247.362 (-) 271.679 
C – Ótica da renda 
Total 1.941.498 2.147.239 2.369.797 
Remuneração dos empregados 763.237 860.886 969.391 
Salários 597.452 681.067 770.938 
Contribuições sociais efetivas 133.012 141.130 163.467 
Rendimento misto bruto 189.254 200.859 212.919 
Excedente operacional bruto 690.690 755.082 825.311 
Impostos sobre a produção e importação 301.026 334.521 367.048 
Subsídios a produção e importação (-) (-) 2.709 (-) 4.109 (-) 4.872 
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b) o crescimento do produto nominal entre os períodos 1 e 2 for de, aproximadamente, 
31%. 
c) não houve crescimento do produto real entre os períodos 1 e 2, considerando o índice 
de Laspeyres de preço. 
d) a inflação desta economia medida pelo índice de Laspeyres de preço foi de 30%. 
e) não houve crescimento do produto real, entre os períodos 1 e 2, considerando o índice 
de Fisher. 
 
Resolução 
 
Item a) 
 
    00,122$1261051 nomPN 
 
    00,160$1091072 nomPN 
 
De fato: o PN nominal do ano 2 foi maior que do ano 1. Verdadeiro. 
 
Item b) 
 
 
100
122
122160
min 

alnoPNdoTx = 31,15% 
 
A taxa de crescimento foi de aproximadamente 31%. Verdadeiro. 
Caso o valor encontrado fosse maior ou igual a 31,50%, então arredondando-o teríamos a taxa 
de 32% e a afirmação estaria incorreta. 
 
Item c) 
Para obtermos o crescimento do PN real pela metodologia de Laspeyres, devemos calcular o PN 
real do ano 1 a preço de 2, isto é, o passo c) do Exemplo 1.1: 
 
    00,178$1291072/1 realPN 
 
 
 
100
178
178160


realPNdoTx = -10,11% 
 
O produto real cresceu, pela metodologia de Laspeyres, a uma taxa negativa de 10,11% no 
período 2 em relação ao período 1. Com isso, não houve crescimento do produto real. 
Verdadeiro. 
 
 
Item d) 
 
4590,1
00,122$
00,178$
LI =   10014590,1  = 45,90% 
 
A inflação foi de 45,90% e não de 30% como afirmado pelo exercício. Incorreta. 
 
e) 
O Índice de Fisher é composto pela média geométrica dos Índices de Paasche e Laspeyres, com 
isso, podemos argumentar que o Fisher é muito próximo deles e se o item c) é verdadeiro então 
o item e) também o é. Verdadeiro. 
 
Dica do professor: 
 
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Esse exercício pode ser feito de uma maneira muito mais rápida. Primeiro, é fundamental que o 
aluno tenha a visão geral e lógica do cálculo do produto pela ótica da oferta agregada. Minha 
dica consiste em analisar os seguintes pontos: 
 
 A quantidade do produto A entre os dois períodos não se altera, mas a quant. Do produto 
B cai de 12 para 10. Com isso, podemos afirmar com certeza que houve taxa de 
crescimento negativa do produto real. Ou melhor ainda: não houve crescimento do 
produto real; 
 Os preços dos bens A e B aumentaram, indicando inflação; 
 Sempre calcule o produtonominal e sua respectiva taxa de crescimento. Comece o 
exercício assim. Neste caso, você iria encontrar a taxa de 31,15%; 
 Sabendo que: 
 
eçosalod Pr%Re.Pr%%15,31  
E que o produto real foi necessariamente negativo, então pode-se concluir que em termos 
lógicos a variação percentual nos preços devem ser necessariamente maior do que 31%. 
Invalidando, assim, a afirmação do item d). 
 
2. (ESAF - AFRF) Considere uma economia hipotética que produza apenas 3 bens finais: arroz, 
feijão e carne, cujos preços (em unidades monetárias) e quantidades (em unidades físicas), 
para os períodos 1 e 2, encontram-se na tabela a seguir: 
período 
arroz feijão carne 
preço quant
. 
preço quant
. 
preço quant. 
1 2,20 10 3,00 13 8,00 13 
 
2 2,30 11 3,50 14 15,00 8 
Considerando que a inflação utilizada para o cálculo do Produto Real Agregado desta 
economia foi de 59,79% entre os dois períodos, podemos afirmar que: 
 
a) O Produto Nominal cresceu 17,76% enquanto o Produto Real cresceu apenas 2,26%. 
b) O Produto Nominal cresceu 12,32% ao passo que não houve alteração no Produto Real. 
c) O Produto Nominal cresceu 17,76% ao passo que o Produto Real caiu 26,26%. 
d) O Produto Nominal cresceu 15,15% ao passo que o Produto Real caiu 42,03%. 
e) O Produto Nominal cresceu 15,15% ao passo que o Produto Real caiu 59,79%. 
 
Primeiro ponto: esse exercício tem um erro no valor da inflação de 59,79%. O valor correto é 
de 59,70%. O cálculo do Produto Real Agregado é obtido pela metodologia de Laspeyres. 
 
Resolução: 
 
Item a) 
      00,165$1300,81300,31020,21 nomPN 
 
      30,194$800,151450,31130,22 nomPN 
 
 
100
0,165
0,1653,194
min 

alnoPNdoTx = 17,76% 
 
Calculando o produto nacional real do ano 1 a preço de 2: 
 
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      50,263$1300,151350,31030,22/1 realPN 
 
 
 
100
50,263
50,2633,194


realPNdoTx = -26,26% 
 
O produto nominal cresceu a uma taxa de 17,76% e o real caiu 26,26%. Falso. 
 
Item b) 
O produto nominal não cresceu a taxa de 12,32%. Falso. 
 
c) 
Correto! 
 
Itens d); e) 
 
Ambos são incorretos, pois afirmam que o produto nominal cresceu a uma taxa de 15,15%. 
 
 
Dica do professor: 
 
Vamos analisar esse exercício pelo passo e) do Exemplo 1.1: 
 
 O exercício afirma que a inflação foi de 59,70% (corrigido); 
 Você calculou a variação no produto nominal de 17,76%; 
 Então temos que: 
 
%70,59Re.Pr%%76,17  alod 
 
%70,59%76,17Re.Pr%  alod 
 
Dividindo as porcentagens e somando à unidade: 
 
 
  7374,05970,1
1776,1
Re.Pr%  alod . Em taxa:   10017374,0  = -26,26%. 
 
Caso você não tenha tanta habilidade ou tempo na hora da prova para fazer os cálculos da 
variação percentual do produto real, perceba que a soma da inflação (59,70%) com o produto 
real deve ser necessariamente igual a 17,76%. Com isso, fica fácil perceber que a variação do 
produto real deve ser negativa. Daria, portanto, para eliminar os itens: b); d); e). Na dúvida entre 
os itens a); c), podemos seguir o raciocínio de que a queda no produto real deve ser expressiva 
para compensar a elevada inflação. E, assim, ficaríamos com o item c)....de Certo!, fazendo 
apenas o cálculo da variação percentual do produto nominal. 
 
3. (ESAF - AFRF) Suponha uma economia hipotética que produza apenas 2 bens finais: A e B. 
Considere a tabela: 
 
Ano Preço de A Quantidade A Preço de B Quantidade de B 
1 2,00 10 3,50 15 
2 2,50 12 4,83 10 
 
Com base nestas informações e utilizando-se do índice de preços de Laspeyres, é correto afirmar 
que, entre os períodos 1 e 2: 
 
a) O produto nominal apresentou uma variação positiva de 8% e o produto real não 
apresentou variação. 
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b) O produto nominal apresentou uma variação positiva de 12% e o produto real uma 
variação negativa de 19,65%, aproximadamente. 
c) O produto nominal apresentou uma variação positiva de 8% e o produto real uma 
variação negativa de 8,33 %, aproximadamente. 
d) O produto nominal apresentou uma variação positiva de 8% e o produto real uma 
variação positiva de 2,5%. 
e) O produto nominal apresentou uma variação positiva de 8% e o produto real uma 
variação negativa de 19,65%, aproximadamente. 
 
Resolução: 
 
Item a) 
 
    50,72$1550,31000,21 nomPN 
 
    30,78$1083,41250,22 nomPN 
 
 
100
50,72
50,7230,78
min 

alnoPNdoTx = 8,00% 
 
Calculando o produto nacional real do ano 1 a preço de 2: 
 
 
    45,97$1583,41050,22/1 realPN 
 
 
 
100
45,97
45,973,78


realPNdoTx = -19,65% 
 
O produto nominal cresceu 8,00% e o produto real caiu 19,65%. Falso. 
 
Item b) 
 
O produto nominal não cresceu 12%. Falso. 
 
Item c) 
 
O produto real não caiu 8,33%. Falso. 
 
Item d) 
 
O produto real não cresceu 2,5%. Falso 
 
Item e) 
 
É o item verdadeiro. Ver os cálculos do item a). 
 
4. (ESAF - AFRF)- Considere um sistema de contas nacionais para uma economia aberta sem 
governo. Suponha os seguintes dados: 
 
Importações de bens e serviços não fatores = 100 
Renda líquida enviada ao exterior = 50 
Renda nacional líquida = 1.000 
Depreciação = 5 
Exportações de bens e serviços não fatores = 200 
Consumo pessoal = 500 
Variação de estoques = 80 
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Com base nessas informações, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: 
 
a) 375 
b) 275 
c) 430 
d) 330 
e) 150 
 
 
Resolução: 
 
Podemos resolver esse exercício pelo Produto Nacional Bruto (PNB) ou pelo Produto Interno 
Bruto (PIB). Percebam que no enunciado, a ESAF deixa claro que é sem governo: .0G 
 
Pelo PNB: 
 
RLEEPIBPNB  
  RLEEMXGICPNB b  
  RLEEMXGEFBKFCPNB  
Todo processo de produção, nas contas nacionais, é um precenso de geração de renda: 
5000.1  RNBPNB = 1005 
Então temos que: 
501002000805001005  FBKF 
FBKF = 375 
 
Pelo PIB: 
RLEEPNBPIB  
501005PIB = 1.055 
 MXGEFBKFCPIB  
1002000805001055  FBKF 
FBKF = 375 
 
Letra correta: item a). 
 
5. (INSS 2002) Considere os seguintes dados: Produto Interno Bruto a custo de fatores = 
1.000; renda enviada ao exterior = 100; renda recebida do exterior = 50; impostos indiretos = 
150; subsídios = 50; depreciação = 30. Com base nessas informações, o Produto Nacional 
Bruto a custo de fatores e a Renda Nacional Líquida a preços de mercado são, 
respectivamente: 
 
a) 1.250 e 1.050 
b) 1.120 e 1.050 
c) 950 e 1.250 
d) 950 e 1.020 
e) 1.250 e 1.120 
 
 
Calculado o CFPNB 
 
RLEEPIBPNB CFCF  
 
 50100000.1 CFPNB = 950 
 
Calculando o pmRNL 
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odepreciaçãsubsídiosindiretosimpostosPNBPNLRNL CFpmpm  
 
10203050150950 pmPNL 
 
Letra correta: item d) 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO II 
 
2. SETOR EXTERNO, BALANÇO DE PAGAMENTOS E A IDENTIDADE MACROECONÔMICA 
BÁSICA. 
 
2.1 CONCEITOS DO SETOR EXTERNO 
 
O setor externo é representado por todas as transações econômicas (bens, serviços e ativos) 
entre residentes e não-residentes, em um determinado período. O Balanço de Pagamentos (BP) 
registra contabilmente, em dólares norte-americanos (US$), estas transações externas. 
Os residentes são compostos pelas famílias e empresas que atuam no país. Consideramos 
residentes as pessoas que têm permanência fixa no país, ou se está temporariamente 
trabalhando no exterior. Também deve-se levar em consideração as filias de empresas 
multinacionais instaladas no país, que logicamente tem CNPJ para operar no território nacional. 
O próprio governo em suas esferas é considerado residente, com isso, gastos diplomáticos(embaixadas e consulados) no exterior devem ser registrados no balanço de pagamentos. 
O Balanço de Pagamentos tem como finalidade analisar a entrada e saída de dólares, isto 
é, divisas em uma determinada economia. Quando há entrada direta de dólares o país deve 
registrar a transação com sinal positivo ou crédito. Quando há saída direta de dólares o país 
deve registrar a transação com sinal negativo ou débito. Contudo, há transações entre residentes 
e não-residentes que devem ser registradas no BP, porém não representam nem saída e nem 
entrada líquida de dólares. Todos esses casos iremos analisar no exemplo 2.1, mas antes 
devemos estudar a estrutura do Balanço de Pagamentos. 
 
Créditos: (sinais positivos) 
 Exportações de bens e serviços não fatores 
 Recebimentos de doações e indenizações de estrangeiro 
 Vendas de ativos para estrangeiro 
 Recebimentos de fretes internacionais, serviços de seguros, etc. 
 
Débitos: (sinais negativos) 
 Importações de bens e serviços não fatores 
 Pagamentos de doações e indenizações a estrangeiro 
 Compra de ativos de estrangeiro 
 Pagamentos de fretes internacionais, serviços de seguros, gastos diplomáticos, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 A ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 
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A estrutura básica de um Balanço de Pagamentos é dada pelas seguintes contas: 
 
ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (US$) 
 
Sendo que: 
A.1. Balança Comercial: inclui basicamente as exportações e as importações de 
mercadorias. Se as exportações forem maiores do que as importações, a balança comercial 
do país será superavitária. Se ocorrer o contrário, a balança comercial será deficitária. O 
termo FOB, free on board, indica que devem ser incluídos nas exportações e importações 
todos os gastos até o embarque da mercadoria. 
A.2.1. Balança de Serviços não Fatores: inclui transportes e seguros internacionais, 
viagens internacionais, gastos governamentais diplomáticos. 
A.2.2 Serviços de Fatores (Renda de Capital): São incluídos juros, lucros, salários e 
royalties pagos (ou recebidos) ao exterior. 
A.3. Transferências Unilaterais (Donativos): Refere-se a pagamentos sem contrapartida 
de um país para outro, principalmente entre as unidades familiares e os governos. São as 
doações em dinheiro ou em mercadorias. 
B.1. Investimento: refere-se ao capital de não-residentes no país aplicados no país, sejam 
diretos ou de carteira. 
B.2. Reinvestimentos: Refere-se basicamente aos investimentos de empresas estrangeiras 
já operando no país com suas filiais. 
B.3. Empréstimos e Financiamentos a Longo e Médio Prazo: são recursos externos 
basicamente utilizados para aumentar o ativo imobilizado das empresas. 
B.4. Empréstimos a Curto Prazo: são recursos destinados a melhorar o ativo circulante das 
empresas e em geral seu vencimento é menor do um ano 
B.5. Amortizações: registra os pagamentos do principal referente a empréstimos ou 
financiamentos obtidos no exterior, ou vice versa. 
A BALANÇA DE TRANSAÇÕES CORRENTES 
 A.1. Balança Comercial (FOB – Free on Board) 
 A.1.1. Exportações FOB 
 A.1.2. Importações FOB 
 A.2 Balança de Serviços (Invisível) 
 A.2.1. Serviços não Fatores 
 A.2.2. Serviços de Fatores (Renda de Capital) 
 A.3. Transferências Unilaterais 
B. BALANÇA (MOVIMENTO) CAPITAIS AUTÔNOMOS 
 B.1. Investimentos 
 B.2. Reinvestimentos 
 B.3. Empréstimos de Financiamentos a Longo e Médio Prazo 
 B.4. Empréstimos a Curto Prazo 
 B.5. Amortizações 
C. ERROS E OMISSÕES 
A+B+C SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 
D VARIAÇÕES NAS RESERVAS OU MOVIMENTO DE CAPITAIS COMPENSATÓRIOS 
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24 
 
C. ERROS E OMISSÕES: surgem em função de equívocos existentes no registro das 
operações do país com o exterior 
D. VARIAÇÕES NAS RESERVAS (R) ou MOVIMENTOS DE CAPITAIS 
COMPENSATÓRIOS: De acordo com o saldo do balanço de pagamentos teremos variações 
nas reservas. O interessante notar é que os acréscimos nas reservas internacionais são 
lançadas em débito (sinal negativo) e as perdas em crédito (sinal positivo). A conta reservas 
irá mostrar o saldo do balanço de pagamentos com o sinal trocado, como veremos a seguir. 
 
Desconsiderando a conta “Erros e Omissões”, o setor externo pode ser representado pelas 
seguintes contas: 
 
SCKSTCSBP  
Sendo: 
SBP = Saldo do Balanço de Pagamentos. 
STC = Saldo em Transações Correntes 
SCK = Saldo da Conta Capital 
 
O setor externo pode registrar três saldos ( SBP ): 
 Se o total de Créditos for maior que o total de Débitos externos, em um determinado 
período, então: 0SBP , Superávit Externo e neste caso, as variações nas reservas 
serão negativas e de igual valor ao superávit 0R , que significa aumento das 
reservas para o país. 
 Se o total de Crédito for menor do que o total de Débitos externos, em um 
determinado período, então: SBP < 0, Déficit Externo e variações positivas e igual 
valor nas reservas 0R , indicando uma perda de reservas do país. 
 Se o total de Crédito for igual ao total de Débitos externos, em um determinado 
período, então: SBP = 0, Equilíbrio Externo e 0R . 
Em termos econômicos o Balanço de Pagamentos também pode ser analisado da seguinte 
forma: 
 A balança comercial registra as transações de bens 
 A balança de serviços e dividida em não fatores e renda (remuneração dos fatores) 
 As transferências unilaterais não são transações econômicas diretas, isto é, compra 
e venda de bens e serviços. 
 A conta de capital representa todas as compras e vendas de ativos, isto é, controle 
das empresas, títulos privados e públicos, moeda estrangeira e amortizações de 
dívidas. 
 A diferença entre a balança comercial e de serviços não fatores representa o saldo 
das transferências de recursos (capital) enviados menos os recursos recebidos do 
exterior ( STR ). Ela é dada por: 
 
 nfnf MXSTR  
Sendo: 
nfX = Transferência de recursos (capital) enviado ao exterior ou exportações de bens e serviços 
não fatores do balanço de pagamentos; e 
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nfM = Transferência de recursos (capital) recebido do exterior ou importações de bens e 
serviços não fatores do balanço de pagamentos; 
 
 A diferença entre a balança de serviços fatores (renda) com as transferências unilaterais 
representam a renda líquida enviada ao exterior ( RLEE ). Ela é dada por: 
 RREREERLEE  
 O saldo em transações correntes do balanço de pagamentos pela ótica da Demanda 
Agregada é dado por: 
   RREREEMXSTC nfnf  
ou 
  RLEEMXSTC nfnf  
 
 
 
Exemplo 2.1 Este exercício tem como objetivo apresentar os lançamentos mais requisitados das 
provas de economia e não somente da ESAF. Considere os seguintes dados que refletem as 
relações de uma economia hipotética com o resto do mundo, num determinado período de 
tempo, em unidades monetárias: 
 
- exportações com pagamento a vista: 250; 
- importações com pagamento a vista: 80; 
- importações de máquinas e equipamentos com financiamento externo: 100; 
- pagamento de juros de empréstimos, remessa de lucros e pagamento de aluguéis: 30; 
- recebimento de pagamentos de fretes e seguro internacional: 15 
- amortização de empréstimos: 80; 
- recebimento de mercadorias como doações: 10; 
- reinvestimentos de lucros de multinacionais: 50 
 
Com base nestas informações, calcule: 
 
a) O saldo da balança comercial, de serviços e transações correntes; 
b) O saldo da conta capital, do balanço de pagamento e a variação nas reservas; 
c) Pelo lado da demanda agregada calcule a renda líquida enviada ao exterior, as 
transferências líquidas de recursos e o saldo em transações correntes. 
 
Para realizar esse exercício é necessário, inicialmente realizar corretamente todos os 
lançamentos na estruturado balanço de pagamentos. 
 
Quadro 2.1 Estrutura do Balanço de Pagamentos: (em moeda estrangeira (US$). 
A BALANÇA DE TRANSAÇÕES CORRENTES: +5 
 A.1. Balança Comercial (FOB – Free on Board): +60 
 A.1.1. Exportações FOB: +250; 
 A.1.2. Importações FOB: -80; -100; -10 
 A.2 Balança de Serviços (Invisível): -65 
 A.2.1. Serviços não Fatores: +15 
 A.2.2. Serviços de Fatores (Renda de Capital): -30; -50 
 A.3. 
 Transferências Unilaterais: +10 
Doações em dinheiro e/ou mercadorias: +10 
B. BALANÇA (MOVIMENTO) CAPITAIS AUTÔNOMOS: +70 
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É fundamental explicar cada lançamento do exemplo. Não podemos esquecer que o saldo do 
balanço de pagamentos tem como função determinar se ocorreu entrada ou saída líquida de 
moeda estrangeira ou dólares norte-americanos. 
 
 Exportações com pagamento a vista: 250 
Deve-se creditar na balança comercial, sub-conta exportações. Como o pagamento é à vista, 
há entrada de dólares. 
 
 Importações com pagamento a vista: 80 
Deve-se debitar na balança comercial, sub-conta importações. Como o pagamento é à vista, 
há saída de dólares. 
 
 Importações de máquinas e equipamentos com financiamento externo: 100 
Esse lançamento é interessante. Quando há a importações de máquinas e equipamentos deve-
se, necessariamente debitar a conta balança comercial, mas pelo fato do pagamento não ter 
sido feito com pagamento à vista temos que creditar a conta financiamento externo. Percebam 
que não ocorreu nem entrada nem saída líquida de dólares. 
 
 Pagamento de juros de empréstimos, remessa de lucros e pagamento de 
aluguéis: 30 
Essas são as formas de remuneração de fatores. Com está sendo feito o pagamento há saída 
de divisas, isto é, débito na conta balança de serviços fatores (renda). 
 
 Recebimento de pagamentos de fretes e seguro internacional: 15 
Pelo fato do país estar recebendo o pagamento de fretes e seguros internacionais ocorre o 
crédito na conta de balança de serviços não fatores. 
 
 Amortização de empréstimos: 80 
A amortização de empréstimos significa o pagamento do principal, por isso é contabilizado com 
valor negativo. 
 
 Recebimento de mercadorias como doações: 10 
Toda mercadoria que um país recebe deve ser necessariamente registrada na balança 
comercial, neste caso, importação (débito). Como é uma doação, não há o pagamento e, 
consequentemente, a saída líquida de moeda estrangeira. Deve-se creditar a conta 
transferências unilaterais. 
 
 Reinvestimentos de lucros de multinacionais: 50 
Todo o lucro de uma empresa multinacional (residente) deve ser enviado para sua matriz (não-
residente). Se esta decidir reinvestir o lucro então há somente a seguinte operação contábil: 
débito na balança de serviços fatores (renda) e, automaticamente, crédito na conta 
reinvestimento do saldo da conta capital. Agora, as a matriz decidir realmente ficar com o lucro, 
então registra-se, com sinal negativo, apenas o valor do lucro enviado. 
 
a) O saldo da balança comercial é igual a +60; o saldo da balança de serviços é igual a -
65; e o saldo em transações correntes é igual a +5. 
 B.1. Investimentos 
 B.2. Reinvestimentos: +50 
 B.3. Empréstimos de Financiamentos a Longo e Médio Prazo: +100 
 B.4. Empréstimos a Curto Prazo 
 B.5. Amortizações: -80 
C. ERROS E OMISSÕES: 0 
A+B+C SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS: +75 
D VARIAÇÕES NAS RESERVAS: -75 
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27 
 
b) O saldo da conta capital é igual a +70 e do balanço de pagamentos igual a +75. Com 
isso, a variação nas reservas (capital compensatório) foi de -75. 
c) O calculo do saldo em transações correntes do balanço de pagamentos pela ótica da 
demanda agregada. 
 
  RLEEMXGICPNB nfnfb  
 
 
 
 
 
STCGICPNB b  
 
Em valores absolutos temos os seguintes dados sobre o saldo das transferências de recursos 
(capital) enviados menos os recursos recebidos do exterior STR : 
nfX = 250+15 = 265 
nfM = 80+100+10 = 190 
STR = (265 – 190) = +75 
 
Em valores absolutos temos os seguintes dados sobre a renda líquida enviada ao exterior RLEE
: 
 
REE 30+50 = 80 
RRE 10 
RLEE (80 – 10) = +70 
 
Então temos que o saldo da transferência de recursos enviado e recebido do exterior ( STR ) é 
igual a +75 e da renda líquida enviada ao exterior ( RLEE ) igual a +70 
Perceba que podemos afirmar com certeza que o PIB é maior que o PNB, pois REE > RRE. 
Com o objetivo de calcular o saldo em transações corrente ( STC ) podemos descontar do STR 
a RLEE : 
   RREREEMXSTC nfnf  
 
    570751080190265 STC 
Com isso, temos que o STC é igual a +5, necessariamente o mesmo valor encontrado nos 
lançamentos contábeis na Estrutura do Balanço de Pagamentos. 
 
2.3 IDENTIDADE MACROECONÔMICA BÁSICA 
 
Através da ótica da demanda agregada podemos obter o produto nacional, bruto ou líquido. 
Sabemos que, no sistema de contas nacional, todo processo de produção é necessariamente 
um processo de geração de renda. Com isso, podemos substituir o produto pela renda. A renda 
nacional bruta, que por convenção iremos chamar de Y , é dada por: 
 
  RLEEMXGICY nfnfb  
 
Entretanto, para estudarmos a identidade expressa acima e suas relações com a formação da 
poupança e do investimento iremos separar a análise em três partes, descritas a seguir. 
 
a. Economia fechada e sem governo 
O produto da economia (Y ) será determinado por dois agentes econômicos: Famílias e 
Empresas. 
ICY  
A renda é igual a soma do consumo das famílias e o investimento das empresas. 
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28 
 
CYI  
Como, por definição de poupança privada das famílias ( PS ) como sendo a parcela da renda não 
consumida, temos: 
CYSP  
Neste caso, a poupança privada será igual ao investimento das empresas. 
ISP  
A poupança privada pode ser líquida ou bruta, assim como o investimento privado. 
 EFBKFS pb  Poupança bruta 
 EFLKFS pl  Poupança líquida 
Na contabilidade nacional, há somente a diferenciação de bruto e líquido para a poupança 
privada e não para a poupança governamental e externa como iremos analisar em seguida. 
 
 
b. Economia fechada e com governo 
Neste caso, o produto da economia (Y ), ou seja, a renda será determinada por três agentes 
econômicos: Famílias; Empresas; e Governo. 
GICY  
A renda nacional é igual à soma do consumo das unidades familiares, dos investimentos das 
empresas e do gasto governamental. 
 
Para analisar a identidade macroeconômica pela lado da popança dos agentes da economia 
devemos subtrair a tributação (T ) em ambos os termos da identidade acima. Percebam que não 
estaremos alterando a identidade. 
TGICTY  
Define-se como a renda disponível a parcela da renda descontada dos tributos (impostos): 
 TYY d  . 
   TGICY d  
 TGIS p  
A poupança privada é igual à soma do investimento das empresas com o déficit do governo 
 TG  . 
 
    IGTCY d  
 
Sendo: 
 CYS dP  , poupança privada; e 
 GTSG  , poupança do governo (ou saldo do governo em conta corrente). 
 
Neste caso teremos que poupança privada acrescida da poupança do governo é igual ao 
investimento: 
 
ISS Gp  
 
Sendo poupança total igual a: )( GPT SSS  
IST  
 
c. Economia aberta e com governo 
Neste caso, o produto da economia (Y ) será determinado por quatro agentes econômicos: 
Famílias; Empresas; Governo; e Resto do Mundo. 
 
  RLEEMXGICY b  
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  RLEEMXSTC  
Subtraindo a tributação (T ) em ambos os termos da identidade acima, temos: 
 
)()( RLEEMXTGICTY  
    IXRLEEMGTCY d  
A poupança externa é igual a:  XRLEEMSE  . De fato, a poupança externa é o déficit 
em transaçõescorrentes do balanço de pagamentos ( STC ). 
 
ISSS EGP  
 
Sendo poupança total igual a: )( EGPT SSSS  
IST  
 
Conclusão: no equilíbrio macroeconômico, identidade macroeconômica básica, a poupança 
sempre será igual ao investimento. Atenção no seguinte detalhe: poupança bruta é igual ao 
investimento bruto e poupança líquida é igual ao investimento líquido, seguindo a lógica expressa 
a seguir: 
 
   EFBKFXRLEEMSS GPb  
 
   EFLKFXRLEEMSS GPl  
 
 
QUADRO 2.2 A IDENTIDADE MACROECONÔMICA BÁSICA: UM RESUMO 
 
 
Situações 
 
 
Relações contábeis 
 
Exemplos 
 
Dicas 
Economia 
fechada e sem 
governo 
ISP  
.  EFBKFS pb  
 EFLKFS pl  
 
10;50  ES pb , então: 
.40FBKF 
5;10;50  dES pb , 
então: .35FLKF 
 
 
 
Atenção na determinação 
da poupança privada, 
para verificar se ela é 
liquida ou bruta. E se for o 
caso descontar ou 
acrescentar a 
depreciação do capital (
d ). 
Economia 
fechada e com 
governo 
 
ISS Gp  
 TGIS p  
 IS p Déficit do Governo 
50;100  GP SS , então: 
.150I 
20;100  GP SS , então: 
120I 
50;100  GP SS (déficit do 
governo), então: 50I 
 
 
A poupança do governo 
pode ser positiva e, com 
isso, aumentar os 
investimentos, caso a 
pS permaneça 
constante. E, quanto 
menor a GS , menor será 
o Investimento, de acordo 
com o Exemplo. 
Economia 
aberta e com 
governo 
 
ISSS EGP  
)( RLEEMXISS Gp  
 
80;100;200  EGp SSS 
então: .380I 
40;100;200  EGp SSS 
então: 340I 
30;100;200  EGp SSS 
então: 270I 
A ES é determinada 
pelo déficit em transações 
correntes e, quanto maior 
for essa variável e 
mantendo-se constante 
as poupanças privadas e 
do governo, maior será o 
investimento. Isso 
significa que um 
determinado país 
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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 
 
1. (ESAF - AFRF) Com relação ao balanço de pagamentos, é incorreto afirmar que: 
 
a) as exportações de empresas multinacionais instaladas no Brasil são computadas na 
balança comercial do país. 
b) os investimentos diretos fazem parte dos chamados movimentos de capitais autônomos. 
c) o saldo da conta “transferências unilaterais” faz parte do saldo do balanço de 
pagamentos em transações correntes. 
d) o saldo total do balanço de pagamentos não é necessariamente nulo. 
e) as chamadas rendas de capital fazem parte do denominado balanço de serviços não 
fatores. 
 
Resolução 
 
Item a) 
 
As filias das empresas multinacionais operando no país são residentes e com isso, suas 
exportações devem ser registradas na balança comercial. Correto. 
 
Item b) 
Os investimentos estrangeiros diretos são compra ou venda de ativos entre residentes e não-
residentes e são registrados na conta B. Correto. 
 
Item c) 
O Saldo em transações correntes é igual a soma: balança comercial; balança de serviços; e 
transferências unilaterais. Correto. 
 
Item d) 
O saldo do balanço de pagamentos pode ser superavitário, deficitário e nulo. Correto. 
 
Item e) 
Rendas de capital devem ser computadas na balança de serviços fatores. Incorreto. 
 
2. (ESAF - AFRF) Considere os seguintes saldos do balanço de pagamentos para uma 
determinada economia hipotética, em unidades monetárias: 
 
 saldo da balança comercial: superávit de 100 
 saldo em transações correntes: déficit de 50 
 saldo total do balanço de pagamentos: superávit de 10 
 
Com base nestas informações e considerando que não ocorreram lançamentos na conta "erros 
e omissões", é correto afirmar que: 
consegue crescer mais 
do com seus recursos 
domésticos, absorvendo 
poupança externa. 
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31 
 
 
a) o saldo da conta "transferências unilaterais" foi necessariamente superavitário. 
b) independente do saldo da conta "transferências unilaterais", podemos afirmar com 
certeza que o saldo da balança de serviços foi superavitário. 
c) o saldo dos movimentos de capitais autônomos foi negativo. 
d) se a conta "transferências unilaterais" foi superavitária, podemos afirmar com certeza 
que a balança de serviços apresentou saldo positivo. 
e) se a conta "transferências unilaterais" foi superavitária, podemos afirmar com certeza 
que a balança de serviços apresentou saldo negativo. 
 
Resolução 
 
Item a) 
STC = balança comercial + balança de serviços + transferências unilaterais 
-50 = +100 + balança de serviços + transferências unilaterais 
A conta transferências unilaterais, neste caso, pode ser negativa ou positiva de acordo com o 
saldo da balança de serviços. Por exemplo: 
Se a balança de serviços for positiva em + 200, então necessariamente a conta transferências 
unilaterais será deficitária em – 350. 
Se a balança de serviços for negativa em – 200, então necessariamente a conta transferências 
unilaterais será superavitária em + 50. Incorreto. 
 
Item b) 
Como exposto no item a) o saldo da balança de serviços depende da conta transferências 
unilaterais. Incorreto. 
 
Item c) 
SCKSTCSBP  
60
5010


SCK
SCK
 
 
O saldo da conta capital autônomos foi superavitário em +60. Incorreto. 
 
Item d) 
STC = balança comercial + balança de serviços + transferências unilaterais 
Se transferências unilaterais for igual a +50, então: 
-50 = +100 + balança de serviços + 50 
Balança de serviços = - 200. Incorreto. 
 
Item e) 
Seguindo o raciocínio do item d), pode-se afirmar que se a conta transferências unilaterais foi 
superavitária podemos afirmar que a balança de serviços apresentou saldo negativo. Correto. 
 
3. (ESAF - AFRF) Considere as seguintes informações para uma economia hipotética aberta e 
sem governo, em unidades monetárias: 
 
 exportações de bens e serviços não-fatores = 100; 
 renda líquida enviada ao exterior = 50; 
 formação bruta de capital fixo mais variação de estoques = 150; 
 poupança líquida do setor privado = 50; 
 depreciação = 5; 
 saldo do governo em conta corrente = 35. 
 
Com base nestas informações e considerando as identidades macroeconômicas de um sistema 
de contas nacionais, é correto afirmar que as importações de bens e serviços não-fatores é igual 
a: 
 
a) 110 
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32 
 
b) 30 
c) 80 
d) 20 
e) 200 
 
 
Resolução 
No enunciado do exercício, há a afirmação de que a economia é sem governo. Contudo, oferece 
os dados do saldo do governo em conta corrente e devemos considerar o setor público. 
   EFBKFXRLEEMSS Gpb  
   
110
1501005035550


M
M
 
Com isso, o item correto é o a). 
 
4. (ESAF – AFRF) No ano de 1999, a conta de capital do sistema de contas nacionais no Brasil 
apresentou os seguintes dados (em R$ 1.000.000): 
 
 Poupança bruta: 149.491 
 Formação bruta de capital fixo: 184.087 
 Variação de estoques: 11.314 
 Transferências de capital enviada ao resto do mundo: 29 
 Transferências de capital recebida do resto do mundo: 91 
 
Com base nessas informações, é correto afirmar que a necessidade de financiamento foi igual 
a: 
 
a) 34.566 
b) 45.848 
c) 80.414 
d) 11.282 
e) 195.401 
 
 
Resolução 
 
Sabendo que o saldo das transferências de recursos (capital) enviados menos os recursos 
recebidos do exterior ( STR ). Ela é dada por: 
 
 nfnf MXSTR  
Sendo: 
nfX = Transferência de recursos (capital) enviado ao exterior ou exportações de bens e serviços 
não fatores do balanço de pagamentos; e 
nfM = Transferência de recursos (capital) recebido do exterior ou importações de bens e 
serviços não fatores do balanço de pagamentos; 
 
   EFBKFXRLEEMSS Gpb  
Com não há referência da renda líquida enviada ao exterior, então .0RLEE 
 
   
848.45
314.11087.18429091491.149


G
G
S
S
 
 
A necessidade de financiamento do setor público é igual a R$ 45.848 milhões. Letra b). 
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Dica do Professor: 
 
Os exercícios 3 e 4 são clássicos da prova de AFRF e são resolvidos pela identidade 
macroeconômica de um sistema de contas nacionais. Portanto, a identidade é muito clara: 
poupança total será sempre igual ao investimento (formação bruta de capital fixo + variação nos 
estoques). Neste caso, o investimento bruto foi de R$ 195.401 milhões e o exercício pediu para 
você calcular o valor da poupança do governo que faltava para preencher o investimento. Como 
a poupança privada é igual a R$ 149.491 milhões e a poupança externa R$ 62 milhões, então 
falta efetivamente R$ 45.848 milhões para financiar o valor do investimento de R$ 195.401 
milhões. 
 
5. (ESAF - AFRF) Considere as seguintes informações para uma economia hipotética (em 
unidades monetárias): 
 
Exportações de bens e serviços não fatores: 200 
Importações de bens e serviços não fatores: 300 
Renda líquida enviada ao exterior: 100 
 
Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas 
decorrentes de um sistema de contas nacionais, é correto afirmar que essa economia hipotética 
apresentou: 
 
a) déficit no balanço de pagamentos em transações correntes de 100. 
b) déficit no balanço de pagamentos em transações correntes de 200. 
c) superávit no balanço de pagamentos de 200. 
d) saldo nulo no balanço de pagamentos em transações correntes. 
e) superávit no balanço de pagamentos de 100. 
 
 
Resolução 
 
O saldo em transações correntes do balanço de pagamentos pela ótica da Demanda Agregada 
é dado por: 
   RREREEMXSTC nfnf  
ou 
  RLEEMXSTC nfnf  
Substituindo os valores: 
 
200
100300200


STC
STC
 
Déficit no balanço de pagamentos em transações correntes de 200. Letra b). 
 
6. (ESAF – AFRF) Considere: 
Ipr = investimento privado 
Ipu = investimento público 
Spr = poupança privada 
Sg = poupança do governo 
Se = poupança externa 
 
Com base nas identidades macroeconômicas fundamentais, pode-se afirmar que: 
 
a) Ipr + Ipu = Spr + Sg 
b) Déficit público = Spr - Ipr + Se 
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c) Ipr + Ipu + Se = Spr + Sg 
d) Déficit público = Spr + Ipr + Se 
e) Ipr = Spr + Se 
 
Resolução 
 
O investimento público ( PUI ) é despesa do governo: 
 
 TGISS PREPR  
 
Déficit do governo  TG  . 
 
Déficit do governo = EPRPR SIS  . Letra b). 
 
7. (ESAF – AFRF) Considere os seguintes dados que refletem as relações de uma economia 
hipotética com o resto do mundo, num determinado período de tempo, em unidades 
monetárias: 
- exportações com pagamento a vista: 100; 
- importações com pagamento a vista: 50; 
- entrada de investimento direto externo sob a forma de máquinas e equipamentos: 200; 
- pagamento de juros de empréstimos, remessa de lucros e pagamento de aluguéis: 80; e 
- amortização de empréstimos: 50. 
 
Pode-se afirmar que 
 
a) o saldo da balança comercial é de +50; o saldo da balança de serviços é de -130; o 
saldo em transações correntes é de -230; e o saldo total do balanço de pagamentos é 
de -80. 
b) o saldo da balança comercial é de +50; o saldo da balança de serviços é de -80; o saldo 
em transações correntes é de -230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -
80. 
c) o saldo da balança comercial é de -150; o saldo da balança de serviços é de -130; o 
saldo em transações correntes é de -230; e o saldo total do balanço de pagamentos é 
de -80. 
d) o saldo da balança comercial é de -150; o saldo da balança de serviços é de -80; o saldo 
em transações correntes é de +230; e o saldo total do balanço de pagamentos é nulo. 
e) o saldo da balança comercial é de -150; o saldo da balança de serviços é de -80; o saldo 
em transações correntes é de -230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -
80. 
 
Resolução 
 
Devemos lançar as transações econômicas na estrutura do balanço de pagamentos. 
 
ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (US$) 
A BALANÇA DE TRANSAÇÕES CORRENTES: -230 
 A.1. Balança Comercial (FOB – Free on Board): -150 
 A.1.1. Exportações FOB: +100 
 A.1.2. Importações FOB: -50; -200 
 A.2 Balança de Serviços (Invisível): -80 
 A.2.1. Serviços não Fatores 
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35 
 
 
A letra e) está correta. 
 
Dica do Professor: 
Caso a ESAF peça um exercício do setor externo com lançamentos, o candidato deverá 
necessariamente fazer um esboço rápido e correto da Estrutura do Balanço de Pagamentos. E, 
a partir dessa estrutura realizar os lançamentos corretos. O Exemplo 2.1 é similar a este só que 
é mais completo e mais difícil. Sugiro ao candidato um estudo detalhado do Balanço de 
Pagamentos e seus lançamentos. A prova é feita de detalhes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A.2.2. Serviços de Fatores (Renda de Capital): -80 
 A.3. 
 Transferências Unilaterais: 0 
Doações em dinheiro e/ou mercadorias: 
B. BALANÇA (MOVIMENTO) CAPITAIS AUTÔNOMOS: +150 
 B.1. Investimentos 
 B.2. Reinvestimentos 
 B.3. Empréstimos de Financiamentos a Longo e Médio Prazo: +200 
 B.4. Empréstimos a Curto Prazo 
 B.5. Amortizações: -50 
C. ERROS E OMISSÕES: 0 
A+B+C SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS: -80 
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36 
 
CAPÍTULO III 
 
3. AS CONTAS DO SISTEMA FINANCEIRO MONETÁRIO E A CRIAÇÃO DE MOEDA 
 
Calculamos o produto (PNB ou PIB) pelo seu valor monetário. No Brasil, o produto é calculado 
em reais, nos EUA em dólar norte-americano, na Inglaterra a libra e na maioria dos países 
europeus o euro. Todavia, o que vem a ser moeda? Como ela é criada? 
Neste item iremos responder essas perguntas. 
Para um sistema econômico, moeda é representada pelos ativos de elevadíssima liquidez 
(aceitação generalizada), podendo ser utilizado para a liquidação oficial de uma dívida. 
No Brasil, a moeda oficial utilizada pelos agentes econômicos é o Real (R$). Esta moeda é 
conhecida como Meios de Pagamento (MP) e podem estar em duas formas: i) moeda manual, 
conhecida como Papel Moeda em Poder do Público; e ii) moeda escritural, representada pelo 
volume de Depósitos à Vista nos bancos comerciais. Neste caso teremos então: 
 
BCDVPMPPMP  (1) 
 
A criação dos Meios de Pagamento só pode ser realizada pelo: 
 
i) Banco Central do Brasil (Bacen) – Emissão de Moeda Manual; e 
ii) Bancos Comerciais (BC) – Criação de Moeda Escritural ou bancária 
 
Conseqüentemente o Sistema Financeiro Monetário é formado pela Autoridade Monetária 
(Bacen) e pelos Bancos Comerciais (instituições financeiras autorizadas a receber depósitos à 
vista). O Bacen cria moeda manual ou a moeda física através da impressão e os bancos 
comerciais criam moeda escritural a partir das operações de empréstimos. 
 
3.1 CRIAÇÃO DE MOEDA MANUAL (PMPP): 
 
O Banco Central tem o poder instituído legalmente para emitir o papel-moeda. Entretanto, nem 
todo Papel Moeda Emitido (PME) transforma-se em moeda. O quadro abaixo mostra como o 
PME se transforma em moeda no sistema econômico. 
 
1 passo Bacen autoriza a emissão de moeda: PME 
2 passo PME – Caixa do Bacen = PMC 
3 passo PMC – Reservas totais nos bancos comerciais (R) = PMPP 
 
Com isso, temos: 
PMC = Papel Moeda em Circulação 
R = Reservas Totais 
Reservas Totais = Reservas Voluntárias + Reservas Compulsórias 
 
 Reservas Voluntárias no Banco Central: são feitas pelos bancos comerciais com o 
objetivo de atender excesso de pagamentos frente a recebimentos na compensação de 
cheques. 
 
 Reservas Compulsórias ou Obrigatórias: são recolhidas junto ao Banco Central como 
proporção dos depósitos à vista, e são utilizadas para garantir uma segurança mínima 
ao sistema bancário. 
 
No Brasil a taxa de compulsório é de 45% sobre os DVbc. 
 
PME = Caixa do Bacen + R + PMPP (2) 
 
PMC = R + PMPP (3) 
 
O Papel Moeda em

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