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Questionário direito civil 1 - 1° semestre Direito

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Responda o questionário abaixo, justificando suas respostas.
1) O que é pessoa para o direito?
É todo ser humano ou ideal/fictício/coletivo dotado de personalidade. Entretanto, no direito, quando falamos em personalidade não estamos nos referindo àquela ética, moral ou característica ao ser humano, mas àquela de valor jurídico, chamada de personalidade jurídica. No direito civil trata acerca das pessoas como sujeitos de direito e busca regular a vida em sociedade, bem como as relações que estas compõem.
 Há duas espécies de pessoas que integram o ordenamento jurídico: 
· A pessoa natural ou pessoa física, ou seja, o ser humano propriamente dito.
· E a pessoa jurídica (ser ideal ou fictício), essa formada por um grupo de pessoas naturais.
2) O que é personalidade?
Todo aquele que nasce com vida torna-se uma pessoa, ou seja, adquire personalidade. Esta é, portanto, qualidade ou atributo do
ser humano. Pode ser definida como aptidão genérica para adquirir
direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem civil. É
pressuposto para a inserção e atuação da pessoa na ordem jurídica.
A personalidade é, portanto, o conceito básico da ordem
jurídica, que a estende a todos os homens, consagrando-a na
legislação civil e nos direitos constitucionais de vida, liberdade e
igualdade . É qualidade jurídica que se revela como condição
preliminar de todos os direitos e deveres.
3) O que seria o nascimento com vida? Qual a importância para o direito em definir se a pessoa nasceu ou não com vida?
Conforme o Art 2° do Código Civil, nascer com vida significa respirar. 
Se respirou, viveu, ainda que tenha vindo a óbito em seguida. 
 Para o direito a importância em definir se a pessoa nasceu ou não com vida se deve, primeiramente, para saber se houve aquisição de personalidade jurídica; por conseguinte saber se houve aquisição do direito à herança; e para determinar qual tipo de certidão será emitida.
· Nasceu com vida e morreu: certidão de nascimento e Óbito 
· Nasceu morto (natimorto): Certidão de Natimorto
4) O que seria a capacidade de aquisição de direito e deveres definido no artigo 1º?
Segundo o artigo, 1º do Código Civil, “toda a pessoa é capaz de direitos na ordem civil”. Tal capacidade refere-se a aptidão que uma pessoa possui de executar e atuar plenamente em sua vida civil.
Em outras palavras, capaz é a pessoa que consegue e pode responder por suas ações realizadas na vida em sociedade, como por exemplo, assinar um contrato ou comprar ou vender coisas.
Muitas vezes a personalidade é confundida ou taxada com o mesmo significado da capacidade de aquisição, mas a diferença esta no que diz respeito a natureza de ambas. A Primeira (personalidade) é atributo do sujeito, inerente à sua natureza, desde o início de seu nascimento com vida, e a capacidade é a aptidão para o exercício de atos e negócios jurídicos. 
Capacidade de direito ou de gozo: É a possibilidade que toda pessoa tem de ser sujeito de Direito. Define-se como sendo a aptidão genérica para aquisição de direitos e deveres.
Nem todos – que sempre possuem personalidade integralmente – imbuem-se das duas capacidades citadas (de direito ou de gozo). Neste sentido, a personalidade jurídica é um preceito generalizante e absoluto: ou há personalidade ou não há. A capacidade, por outro lado, constitui-se de relatividade.
5) O que é nascituro?
Segundo a visão da biologia (que estuda a vida), a fecundação do óvulo pelo gameta masculino dá origem ao ovo, que, em via de regra, instala-se na membrana interna do útero, ocorrendo o fenômeno da nidação. O ovo germina por cerca de três semanas, surgindo o embrião.
Compreende o estágio embrionário o período entre a quarta e a sétima semanas após a concepção, apresentando o concepto as principais estruturas orgânicas que compõe o ser humano. Este ser que está se formando é o nascituro, que embora já concebido ainda não nasceu.
O vocábulo Nascituro possui sua origem no latim nasciturus,significando “aquele que deverá nascer, que está por nascer”
Sendo assim, entende-se o nascituro como um ente formado e que possui a viabilidade do nascimento com vida. Terá seus direitos assegurados desde o momento da concepção (momento de formação do zigoto), a partir do momento em que passa a ser um ser vivo. É o ser humano em estágio fetal que se mantém vivo e ligado à sua mãe, aguardando que ela lhe dê à luz.
6) Quais são as teorias que definem o momento de aquisição da personalidade da pessoa natural?
Teorias sobre a natureza do nascituro:
· Teoria natalista: A teoria natalista se baseia na interpretação literal e simplificada da lei, relata que a personalidade jurídica começa com o nascimento com vida, inexistindo quaisquer expectativas de direitos antes dele. O nascituro não é ainda pessoa, não é um ser dotado de personalidade jurídica. Os direitos que se lhe reconhecem permanecem em estado potencial. Se nasce e adquire personalidade, integram-se na sua trilogia essencial, sujeito, objeto e relação jurídica; mas, se se frustra, o direito não chega a constituir-se, e não há falar, portanto, em reconhecimento de personalidade ao nascituro, nem se admitir que antes do nascimento já ele é sujeito de direito. Os doutrinadores que seguem essa linha de raciocínio não conferem personalidade jurídica ao nascituro, garantindo esse direito somente com o nascimento com vida.
· Teoria da personalidade condicional: A teoria da personalidade condicional defende a personalidade jurídica do nascituro sob a condição de que ele nasça com vida, sem o nascimento com vida não haverá aquisição da personalidade. Pussi (2008, p.87) relata que:
“A teoria da personalidade condicional é a que mais se aproxima da verdade, mas traz o inconveniente de levar a crer que a personalidade só existirá depois de cumprida a condição do nascimento, o que não representaria a verdade visto que a personalidade já existiria no momento da concepção.”
Segundo os doutrinadores que defendem essa teoria o nascituro possui uma personalidade condicional, subordinando sua eficácia a um evento futuro e incerto.
· Teoria concepcionista:
De acordo com a teoria concepcionista o nascituro é pessoa humana desde a concepção, sendo-lhe garantidos os direitos inerentes à personalidade.
Segundo Pamplona Filho e Araújo (2007):
“A doutrina concepcionista tem como base o fato de que, ao se proteger legalmente os direitos do nascituro, o ordenamento já o considera pessoa, na medida em que, segundo a sistematização do direito privado, somente pessoas são consideradas sujeitos de direito, e, consequentemente, possuem personalidade jurídica. Dessa forma, não há que se falar em expectativa de direitos para o nascituro, pois estes não estão condicionados ao nascimento com vida, existem independentemente dele.”
Seguindo o mesmo raciocínio, Diniz (2010, p. 36-37) afirma que: 
“Uma vez tendo o Código Civil atribuído direitos aos nascituros, estes são, inegavelmente, considerados seres humanos, e possuem personalidade civil. Ademais, entende que seus direitos à vida, à dignidade, à integridade física, à saúde, ao nascimento, entre outros, são muito mais decorrência dos direitos humanos guarnecidos pela Constituição Federal do que da determinação do Código Civil.”
Referencias: DINIZ, Maria Helena. Código Civil Anotado. São Paulo: Saraiva, 2010.
PAMPLONA FILHO, Rodolfo; ARAÚJO, Ana Thereza Meirelles.A tutela jurídica do nascituro à luz da Constituição Federal. Revista Magister de Direito Civil e Processual Civil, v. 18, p. 33-48, maio/jun 2007.
PUSSI, William Artur. Personalidade jurídica do nascituro. 2ª edição. Curitiba: Juruá, 2008.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil – Direito de
Família. Vol. V. 16ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2007.
7) Comente as incapacidades absolutas e relativas. Havendo a incapacidade de fato, quais são as regras para o seu suprimento?
No direito brasileiro não existe incapacidade de direito, porque
todos se tornam, ao nascer, capazes de adquirir direitos (CC, art. 1o).
Há, portanto, somente incapacidade de fato ou de exercício.
Incapacidade,destarte, é a restrição legal ao exercício dos atos da
vida civil, imposta pela lei somente aos que, excepcionalmente,
necessitam de proteção, pois a capacidade é a regra. Decorre
aquela do reconhecimento da inexistência, numa pessoa, dos
requisitos indispensáveis ao exercício dos seus direitos. Somente
por exceção expressamente consignada na lei é que se sonega ao
indivíduo a capacidade de ação.
Supre-se a incapacidade, que pode ser absoluta e relativa
conforme o grau de imaturidade, deficiência física ou mental da
pessoa, pelos institutos da representação e da assistência. O art. 3o do
Código Civil menciona os absolutamente incapazes de exercer
pessoalmente os seus direitos e que devem ser representados. E o art. 4o enumera os relativamente incapazes, dotados de algum discernimento e por isso autorizados a participar dos atos jurídicos de seu interesse, desde que
devidamente assistidos por seus representantes legais, salvo algumas hipóteses restritas em que se lhes permite atuar sozinhos.
A incapacidade absoluta acarreta a proibição total do
exercício, por si só, do direito. O ato somente poderá ser praticado
pelo representante legal do absolutamente incapaz. A inobservância
dessa regra provoca a nulidade do ato, nos termos do art. 166, I, do
Código Civil.
“Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente
os atos da vida civil:
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem
o necessário discernimento para a prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem
exprimir sua vontade”.
A incapacidade relativa permite que o incapaz pratique atos
da vida civil, desde que assistido por seu representante legal, sob pena
de anulabilidade (CC, art. 171, I). Certos atos, porém, pode praticar
sem a assistência de seu representante legal, como ser testemunha
(art. 228, I), aceitar mandato (art. 666), fazer testamento (art. 1.860,
parágrafo único), exercer empregos públicos para os quais não for
exigida a maioridade (art. 5o, parágrafo único, III), casar (art. 1.517),
ser eleitor, celebrar contrato de trabalho etc.
“Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à
maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por
deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por
legislação especial”
Havendo a incapacidade civil, segue as seguintes regras:
1) Os pais representam ou assistem os filhos
2) Na ausência de pais:
TUTELA: menores de 18 anos
CURATELA: Maiores de 18 anos e para bens do patrimônio histórico, cultural e paisagístico.
Meios de suprimento da Incapacidade:
Representação – Absolutamente Incapazes – Nulo (Não produz efeitos – ex tunc)
Assistência – Relativamente Incapazes – Anulável (Produz efeitos até a sentença – ex nunc)
Tutela – Aos Incapazes menores de 18 anos
Curatela – Aos Incapazes maiores de 18 anos (necessidade da Ação de Interdição que
deve ser registrada)
Tomada de decisão assistida - (lei de inclusão Art 116, lei 13.146 ) – Processo pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo menos 2 pessoas idôneas com as quais mantenha vinculo e que gozem da sua confiança para prestar-lhe apoio na tomada de decisão.
Emancipação - Art. 5, parágrafo único e incisos – Emancipação Voluntária, Judicial e Legal.
Maioridade – decurso do tempo, critério cronológico.
8) O que é a emancipação e quais são as suas espécies?
EMANCIPAÇÃO: Cessação da incapacidade de fato/civil, mas continua menor de idade, logo inimputável penalmente. Em regra, a incapacidade cessa juntamente com seu fato gerador. Logo, seja com a maioridade, seja com a reversão da causa
Emancipação Voluntária (Extrajudicial): Deriva da vontade dos pais. Ocorre por concessão dos pais, por meio de instrumento público que será averbado no registro civil.
Emancipação Judicial:
1) TUTOR: Deriva de uma sentença (processo judicial). Ocorre quando o Juiz, após ouvir o tutor do menor de 16 anos completos, concede uma sentença declaratória que deverá ser oficiada ao cartório, concedendo a emancipação.
2) Divergência PARENTAL: havendo divergência entre os pais, para que seja
emancipado deverá haver um processo judicial.
Emancipação Legal (Extrajudicial): Deriva da lei. O CC reconhece situações que geram o efeito da emancipação de forma automática, não havendo necessidade de vontade ou sentença.
1) Casamento – Certidão de Casamento
*União Estável, sendo vedada discriminação, também emancipa.
*Divórcio não anula a emancipação.
2) Exercício de emprego público EFETIVO – Exercício do emprego público EFETIVO
*Não serve posse, aprovação.
*Não serve cargo em comissão.
3) Colação de grau em curso superior
*só a finalização do curso não emancipa.
4) Estabelecimento civil ou comercial ou relação de emprego* + economia própria.
* doação/herança milionária não emancipa.
*Características da relação de emprego HABITUALIDADE
Enunciado 530 do CJF: A emancipação não tem o condão de afastar a incidência das questões do Estatuto da Criança e do Adolescente; o qual, por seu caráter protetivo, deve incidir (princípio da proteção integral).
A Emancipação tem o caráter IRREVOGÁVEL.
Emancipação Civil x Responsabilidade Civil dos Pais
Os pais que emancipam os filhos menores deixam de responder como responsáveis?
NÃO. Ainda que os filhos estejam emancipados a responsabilidade civil dos pais continuam respondendo.
9) Como o código civil distingue a morte presumida?
Conforme os artigos 6º e 7º do CC, a morte presumida pode ser estabelecida: (1) com decretação da ausência (art. 6º) ou (2) sem decretação da ausência (art. 7º).
· A morte presumida com decretação da ausência (desaparecimento de uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens ou se deixou representante ou procurador e ele não possa ou queira representá-la- artigos 22 e 23 do CC) se dá quando a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. Neste caso, a morte é reconhecida depois de uma sucessão de atos (declaração da ausência e curadoria dos bens, abertura da sucessão provisória e abertura da sucessão definitiva). Somente depois da abertura da sucessão definitiva é que se pode considerar a possibilidade de prática do ato registral que dá publicidade à morte presumida. Há necessidade de declaração judicial.
· A morte presumida sem decretação da ausência será declarada por sentença: 
I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável da morte.
10) Quais são os efeitos jurídicos da morte?
MORTE da Pessoa Natural: com a morte há a ABERTURA DA SUCESSÃO, e os herdeiros serão IMITIDOS na posse.
Efeitos Jurídicos da morte:
-Extingue a Personalidade jurídica
-Abertura da sucessão patrimonial
-Põe fim ao vínculo matrimonial
-Extingue o Poder Familiar
-Extingue as obrigações personalíssimas (Exceção: obrigação de alimentar)
11) Quais são as fases da morte presumida com a declaração de ausência?
· Curadoria de Ausentes (ou de Administração Provisória):
- Ausente uma pessoa, qualquer interessado na sua sucessão (e até mesmo o Ministério Público) poderá requerer ao Juiz a declaração de ausência e a nomeação de um curador;
- Os bens são arrecadados e entregues ao curador apenas para que os mesmos sejam administrados;
- Se o ausente não deixou um curador representante para cuidar de seus bens, durante 1 ano deve-se expedir editais convocando o ausente para retomar a posse de seus haveres;
Curador = qualquer interessado ou MP. No caso de qualquer interessado, há um preferencia:
1) Cônjuge (que não separado judicialmenteou de fato por mais de 2 anos)
2) Pais
3) Descendentes (mais próximo para mais afastado)
- Se o ausente deixou um curador representante para cuidar de seus bens, este prazo aumenta para 3 anos;
- Com a sua volta opera-se a cessação da curatela, o mesmo ocorrendo se houver notícia de seu óbito comprovado;
- O objetivo da curadoria dos bens é a proteção dos bens de ausente;
· Sucessão Provisória:
- Se o ausente não comparecer no prazo (1 ou 3 anos, dependendo da hipótese), poderá ser requerida e aberta a sucessão provisória e os herdeiros serão imitidos na posse provisória dos bens do ausente, na proporção de seu quinhão de herança. Início do processo de inventário e partilha dos bens.
- Os interessados na abertura da sucessão provisória estão listados no art. 27: cônjuge, herdeiros, os que possuem direitos sobre bens do ausente, credores de obrigações vencidas e não pagas.
- A sentença de abertura da sucessão provisória do Juiz é proferida logo no início do processo, para que se inicie a sucessão provisória.
- Porém há mais um prazo de 180 dias após a publicação para que a sentença de abertura da sucessão provisória transitar em julgado (o ausente poderá reaparecer neste tempo);
- Os herdeiros deverão prestar caução (garantia) para que recebam a posse provisória dos bens do ausente (Exceção: ascendentes, descendentes e cônjuge) .
- Após este prazo (180 dias), a ausência passa a ser presumida. Nesta fase cessa a curatela dos bens do ausente. É feita a partilha dos bens deixados e agora são os herdeiros, de forma provisória e condicional (e não mais o curador) que irão administrar os bens, prestando caução (ou seja, dando garantias de que os bens serão restituídos no caso do ausente aparecer).
- Os herdeiros ainda não têm a propriedade; exercem apenas a posse, não podendo vendê-los;
- A sucessão provisória é encerrada se o ausente retornar ou se comprovar a sua morte real, caso contrário aguarda-se 10 anos para a próxima fase.
- se o desaparecido aparecer dentro dos 10 anos, provando que o desaparecimento foi involuntário, terá direito aos seus BENS + 50% dos FRUTOS e RENDIMENTOS (capitalizados)
· Sucessão Definitiva:
- Após 10 anos do trânsito em julgado da sentença de abertura da sucessão provisória, sem que o ausente apareça, será declarada a morte presumida, onde ocorre a abertura da sucessão definitiva.
- Os herdeiros levantam as cauções prestadas e são imitidos na posse definitiva.
- A conversão em sucessão definitiva NÃO é automática, tem que ser requerida pelos interessados;
- Os sucessores deixam de ser provisórios, adquirindo a posse definitiva (ou o domínio) e a disposição dos bens recebidos, porém esta propriedade ainda é considerada RESOLÚVEL, ou seja, pode se resolver; pode se extinguir.
- Isto é, se o ausente retornar no prazo de mais 10 anos após à abertura da sucessão definitiva ele terá direito aos bens, porém NO ESTADO EM QUE SE ENCONTRAREM ou os SUB-ROGADOS, não tendo direito aos frutos ou rendimentos.
- Nesta fase se dissolve a Sociedade Conjugal (casamento)
OBS1: Se requerer a sucessão definitiva provando-se que o ausente conta com 80 anos de idade E que de 5 anos datam as últimas notícias dele, já se vai direto para a última fase (Sucessão Definitiva).
OBS2: A dissolução do matrimônio só é feito após o 1 ano (ou 3 anos) + 10 anos da Terceira Fase. Porém pode-se desfazer antes, com 2 anos de sumiço, pois quebrou-se um dos princípios do casamento, a Coabitação.
OBS3: Com a declaração de morte pelas duas exceções a cima, abre-se direto a Sucessão Definitiva, ou seja, não haverá a Sucessão Provisória.
OBS4: Decorridos todos os prazos, retornando o ausente, ele não terá direito à nada.
12) Do que se trata a comoriência e qual o efeito jurídico decorrente deste fato?
Comoriência (Art. 8º CC): Presunção de morte simultânea de pessoas herdeiras entre si (que se sucedem patrimonialmente). Não há necessidade de que seja no mesmo evento.
Efeito Jurídico: Não há transmissão de herança entre comorientes.
O principal efeito da presunção de morte simultânea é que,
não tendo havido tempo ou oportunidade para a transferência de bens
entre os comorientes, um não herda do outro. Não há, pois,
transferência de bens e direitos entre comorientes. Por conseguinte,
se morrem em acidente casal sem descendentes e ascendentes, sem
se saber qual morreu primeiro, um não herda do outro. Assim, os
colaterais da mulher ficarão com a meação dela, enquanto os
colaterais do marido ficarão com a meação dele.
Ordem de vocação hereditária (OVH) é:
1- Descendente;
2- Ascendente;
3- Cônjuge;

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