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BENEFÍCIOS DA GESTÃO DE COMPRAS EFICIENTE NA LUCRATIVIDADE DAS ORGANIZAÇÕES O termo compra pode ser definido como a aquisição onerosa de uma coisa ou de um direito, pelo qual se paga determinado preço. As atividades relacionadas a compras envolvem uma série de fatores como seleção de fornecedores, qualificação dos serviços, determinação de prazos de vendas, previsão de preços, serviços e mudanças na demanda, entre outros. A gestão de compras é uma atividade fundamental para o bom gerenciamento das empresas e que influencia diretamente nos seus estoques e no relacionamento com os clientes, estando também relacionada à competitividade e ao sucesso da organização. A aquisição de matérias primas, suprimentos e componentes representa um fator decisivo na atividade de uma empresa, pois dependendo de como é conduzida podem gerar redução nos custos e melhorias consideráveis nos lucros. Decorrente das mudanças ocorridas nas organizações, a função compras não é mais vista como uma atividade rotineira e sim como parte do processo de logística das empresas. Isso porque mais do que simplesmente adquirir produtos, o setor de compras atualmente se inter-relaciona com todos os outros setores da empresa, influenciando e sendo influenciado. Deste modo, a função compras e sua área correspondente vem ganhando espaço e evidência no contexto das organizações, já que não basta apenas comprar, é preciso comprar bem, procurando obter o maior número de vantagens possível. O termo compra pode ser definido como a aquisição onerosa de uma coisa ou de um direito, pelo qual se paga determinado preço. A gestão de compras é uma atividade fundamental para o bom gerenciamento das empresas e que influencia diretamente nos seus estoques e no relacionamento com os clientes, estando também relacionada à competitividade e ao sucesso da organização. Segundo Arnold (1999) “a função compras é responsável pelo estabelecimento do fluxo dos materiais na firma, pelo segmento junto ao fornecedor, e pela agilização da entrega.”. A aquisição de matérias-primas, suprimentos e componentes representa um fator decisivo na atividade de uma empresa, pois dependendo de como é conduzida podem gerar redução nos custos e melhorias consideráveis nos lucros. A Gestão da aquisição – a conhecida função de compras – assume papel verdadeiramente estratégico nos negócios de hoje em face do volume de recursos, principalmente financeiros, envolvidos, deixando cada vez mais para trás a visão preconceituosa de que era uma atividade burocrática e repetitiva, um centro de despesa e não um centro de lucros. (MORAES, 2005) Ao longo do tempo, a função compras passou a ser imprescindível para a administração de recursos materiais de uma empresa. Hoje saber comprar de forma a beneficiar a organização é determinante não somente para a competividade, como para a própria permanência da empresa no mercado. Hoje se calcula que o total gasto pelas empresas com compras varia de 50% a 80% da receita bruta. Portanto, pequenas reduções no custo das aquisições podem repercutir de maneira altamente positiva no lucro da empresa. Ballou (2001) comenta que as atividades relacionadas a compras envolvem uma série de fatores como seleção de fornecedores, qualificação dos serviços, determinação de prazos de vendas, previsão de preços, serviços e mudanças na demanda, entre outros. Conforme afirmam Gaither & Frazier (2001), o departamento de compras desempenha um papel fundamental na realização dos objetivos da empresa. “Sua missão é perceber as necessidades competitivas dos produtos e serviços, tornando-se responsável pela entrega no tempo certo, custos, qualidade e outros elementos na estratégia de operações”. Para isso é fundamental manter um banco de dados de fornecedores atualizado, ter poder de negociação e estabelecer um relacionamento baseado na confiança mútua com o fornecedor. Para Moraes (2005) é necessário também que as pessoas que trabalham nesta área estarem muito bem informadas e atualizadas, além de terem habilidades interpessoais como poder de negociação, facilidade de trabalhar em equipe, boa comunicação, capacidade de gestão de conflitos. Baily et al. (2000) definem o perfil ideal do comprador moderno da seguinte forma: (...) Vê a função como geradora potencial de lucro: acredita que deve contribuir para os planos a longo prazo como parceiro em igualdade de condições. Possui MBA; forte base financeira e tecnológica; assume que a área de compras é vital para o bem-estar da empresa, que necessita de contribuição criativa para os planos e as políticas corporativas. Aspira assumir uma diretoria; ansioso para eliminar as deficiências da administração de recursos humanos e proporcionar melhores condições de trabalho. Possui metas bem definidas para atingir objetivos, com o uso de melhor planejamento, criatividade e colaboração de outros executivos da empresa. Decorrente das mudanças ocorridas nas organizações, a função compras não é mais vista como uma atividade rotineira e sim como parte do processo de logística das empresas. Isso porque mais do que simplesmente adquirir produtos, o setor de compras atualmente se inter-relaciona com todos os outros setores da empresa, influenciando e sendo influenciado. Toda empresa na consecução de seus objetivos necessita de grande interação entre todos os seus departamentos ou processos, no caso de assim estar organizada. [...] A área de compras interage intensamente com todas as outras, recebendo e processando informações, como também alimentando outros departamentos de informações úteis às suas tomadas de decisão. (MARTINS & ALT, 2001) Os níveis de estoque da empresa, por exemplo, afetam o custo de produção e podem trazer outros problemas para a empresa, como a necessidade de um maior controle, de pessoal e despesas com a sua manutenção. Assim, a área de compras tem uma função importante de cuidar para que os níveis de estoque da empresa estejam sempre equilibrados. Segundo Moraes (2005) o departamento de compras também pode assumir vários outros papéis. Um deles está relacionado com a negociação de preços com os fornecedores. “Essa negociação determinará o preço final dos produtos e, portanto, a competitividade da empresa”. Normalmente a função compras tem quatro objetivos principais: obter mercadorias e serviços na quantidade certa, com qualidade e a um menor custo; garantir que a entrega seja feita de maneira correta; e, desenvolver e manter boas relações com os fornecedores. Martins & Alt (2001) a esse respeito comentam que Os objetivos de compras devem estar alinhados aos objetivos estratégicos da empresa como um todo, visando o melhor atendimento ao cliente externo e interno. Essa preocupação tem tornado a função compras extremamente dinâmica, utilizando-se de tecnologias cada vez mais sofisticadas e atuais como o EDI, a Internet e cartões de crédito. (MARTINS & ALT, 2001, p. 67) O setor de compras está também inter-relacionado com os níveis de estoque. A ele compete a tarefa de equilibrar a quantidade de materiais a serem comprados para que os demais departamentos da empresa encontrem-se satisfeitos continuamente. “É importante que se consiga otimizar o investimento, aumentando o uso eficiente dos meios financeiros, minimizando as necessidades de capital investido em estoques”. (DIAS, 2005) Esta é uma questão delicada e que está diretamente ligada à gestão de compras, pois níveis de estoque, apesar de significarem uma segurança de que a produção não precisará sofrer interrupções, ao mesmo tempo demanda custos na maioria das vezes altos para a empresa, pois tem que ser armazenados e controlados constantemente. Para Arnold (1999) a função compra é um processo muito amplo que acaba por envolver a todos na organização. O setor específico, geralmente, em face da competitividade empresarial, precisa da ajuda de outros setores da organização, como o de desenvolvimento de produtos, área financeira, para que as aquisições realmente tragam benefícios para a organização. Segundo Dias (1997) a evolução da função compras nas organizaçõesmostra que é fundamental a atenção a ser dada a este setor. Atualmente as empresas se preocupam muito com o processo de compras, pois este sendo executado com sucesso pode ser motivo de redução de custos para a empresa. Neste sentido cabe aos responsáveis por tal processo estarem atentos a preço, prazo, volume e qualidade para se beneficiarem da execução eficaz deste processo. (DIAS, 1997) Baily et al. (2000) comentam que (...) o processo de compras cada vez mais está se envolvendo na tomada de decisões estratégicas das empresas, pois compras são vistas como uma área de agregação de valor, não simplesmente de redução de custos e também a maior consciência do crescimento do gasto em materiais e do potencial de lucro de compras. Deste modo, percebe-se que a gestão de compras eficaz pode contribuir significativamente para o alcance dos objetivos estratégicos e das metas das organizações. Uma gestão de compras eficiente pode trazer maior agilidade nas operações efetuadas pelas organizações e a qualidade crescente das aquisições, o que para a empresa é um diferencial altamente competitivo e positivo. Diante do exposto, pode-se concluir que a função compras e sua área correspondente vêm ganhando espaço e evidência no contexto das organizações, já que não basta apenas comprar, é preciso comprar bem. A gestão de compras eficiente está inter-relacionada à qualidade de produtos, minimização dos custos de produção, maior agilidade nas aquisições, o que se manifesta de maneira positiva nas organizações. Deve, portanto, merecer atenção especial porque, se analisarmos a fundo, o processo produtivo começa neste setor. Assim, além de melhorar a lucratividade das organizações, uma gestão de compras eficiente pode aumentar a produtividade, a qualidade dos produtos e, consequentemente, a satisfação dos clientes. Da visão tradicional que entende o processo de compras como o mero ato de comprar, a função compras evoluiu, tanto que hoje é considerada de importância estratégica para as organizações. E a tendência é que isso se intensifique, especialmente em face dos atuais desafios das organizações que precisam se manter competitivas, em condições de enfrentar desafios e obter lucro e sucesso empresarial. Revista Científica Eletrônica de Ciências Contábeis é uma publicação semestral da Faculdade de Ciências Jurídicas e Gerenciais de Garça FAEG/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça – ACEG. Rua das Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel: (0**14) 3407-8000 – www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br. http://files.newlogistica.webnode.com.br/200000053-b5aceb629f/Gestão%20de%20compras.PDF Regras são boas justificativas para seguir um determinado princípio moral, direcionando o mundo para sociedades mais justas. A ausência de justificativas na ética dos negócios leva ou para a desorientação nas decisões, ou conduz as decisões no sentido de prestigiar os interesses de determinados grupos. A aplicação destas regras e princípios é tão importante quanto sua justificativa, desde que seja caracterizada como um passo para sair da teoria para a ação (BESCHORNER, 2006). Dúvidas com relação ao comprometimento ético das organizações sempre existiram, principalmente quando a maximização dos lucros está em perigo (DI LORENZO, 2006). Nos últimos anos, relatórios de violação de ética nos negócios têm colocado em dúvida as práticas dos princípios de governança corporativa, as quais requerem condutas de negócio em conformidade com a lei. Alguns regimes legais são mais eficientes do que outros, no que diz respeito a assegurar um comprometimento maior das empresas com as conformidades legais. Condutas corporativas, que ignoram ou burlam as leis ou seus propósitos finais, estão tipicamente associadas a leis ou mandados legislativos fracos (DI LORENZO, 2006), mas também podem ser atribuídas a uma aplicação pouco eficiente das leis. O código de ética pode ser um instrumento efetivo para servir como um guia de comportamento ético nos processos de tomada decisão dos empregados (STEVENS, 2008). No entanto, apenas a existência de um código de ética não assegura que a empresa irá apresentar decisões consideradas éticas. A cultura da corporação, comunicação, exemplos, vivência do código de ética pelos superiores e punição de seus infratores, influenciam os empregados da empresa a respeitarem e agirem de acordo com o código de ética da corporação, consequentemente, a influenciarem positivamente a percepção do público e dos stakeholders (Figura 1). Mensagens sobre o valor da ética devem vir como parte da estratégia corporativa e, quando violações ocorrerem, penalidades devem ser aplicadas. O comportamento ético contribui para a reputação, credibilidade e tradição da empresa, conduzindo-a para a responsabilidade social corporativa (RSC), responsabilidade ambiental e econômica e para a desejada sustentabilidade. A identidade e a reputação corporativa são reflexos das atitudes da empresa e da percepção do mercado sobre ela. Um dos indicativos desta percepção é aquela tida pelo fornecedor, pois, além de stakeholder, também representa o público que é influenciado pela mídia e ações externas da empresa no mercado. A atual ênfase na manutenção e na construção de relacionamentos de longo-prazo entre as empresas tem provocado o aumento da importância da função de compras na empresa. O comportamento ético na relação comprador – fornecedor é fator crítico na formação e na manutenção deste relacionamento. Muitos estudos vêm sendo elaborados sobre fatores que influenciam o relacionamento empregado – empresa e sobre o fornecedor na cadeia de suprimento. Entretanto há indícios de que existe pouca literatura sobre o relacionamento do fornecedor com os profissionais do setor de compras (compradores) da empresa, e sua percepção sobre o comportamento ético da empresa nas negociações. Bendixen e Abratt (2007) estudaram a percepção do comportamento ético de uma multinacional sul-africana pelos seus fornecedores e constataram haver uma relação positiva e ética entre os fornecedores e a empresa. Devido a objetivos concorrentes (a firma deseja obter o serviço pelo menor preço e o fornecedor deseja obter o maior lucro possível na transação), a relação comprador fornecedor é fonte potencial de sérios problemas éticos e legais que podem causar um impacto elevado na linha de base da organização, pois pagamentos de propinas e outros problemas podem originar altos custos para a organização. A ética da função de compras parece imperativa, se a organização desejar desenvolver um relacionamento de longo prazo, com base na confiança mútua (BENDIXEN; ABRATT, 2007). Confiança é definida por Swift (2001) como a convicção no acerto da previsão do comportamento da outra parte envolvida na relação. A ética lida com valores relacionados à conduta, com relação ao sentido do certo ou errado de determinadas ações e aos motivos que as provocam (ATKIN, 1999). Estudos indicam que firmas que enfatizam valores éticos e responsabilidade social, tendem a ser mais lucrativas do que outras. Isto pode ser creditado à relação positiva da empresa com os clientes, baixos custos para reconstrução de imagem e facilidade de atrair o capital (PETTIJHON; PETTIJHON e TAYLOR, 2008) De acordo com Guillot e Lincon (2005), na relação comprador - fornecedor uma parceria colaborativa de longo prazo permite à firma explorar os benefícios de incentivos do mercado e os benefícios da internacionalização da empresa. Um exemplo de relação colaborativa fornecedor – comprador foi o programa de confiança implantado pela Matsushita - fabricante japonês de televisão. Utilizando custo, qualidade, confiabilidade e sofisticação, a empresa criou critérios de classificação de seus fornecedores. As negociações realizadas por fornecedores kyoei-key (grau de confiabilidade máxima aferido ao fornecedor) recebiam menor controle do que aquelas realizadas por fornecedores comuns. Com esta política, a Matsushita motivou e facilitou a trocade conhecimentos, aprendizado mútuo e investimentos de relacionamentos específicos, reduzindo também seus custos de monitoramento dos fornecedores. Pettijhon, Pettijhon e Taylor (2008) estudaram como a percepção da ética nos negócios afeta os vendedores de varejo e sua intenção de deixar ou não a empresa na qual trabalha. Notaram que, quanto maior a satisfação no trabalho, maior o comprometimento do empregado e maior o nível de desempenho, que pode ser traduzido como maior lucro para a empresa. A firma não só deve apresentar um comportamento ético, mas também deve assegurar que o grupo de vendas o reconheça. A percepção da ética negativa apresenta resultados adversos potenciais, como elevada rotatividade, insatisfação no trabalho e menor lucro para a empresa. Se a esta tiver como intuito assegurar a percepção ética positiva dos empregados, deve utilizar exemplos positivos de comportamento ético, tanto do concorrente como próprios. Nessa linha exemplos negativos podem ocasionar resultados negativos. Fornecedores e compradores, por apresentarem interesses concorrentes, muitas vezes estão sujeitos a situações em que a conduta ética pode ser comprometida, induzindo-os a um comportamento não desejado. Segundo Argandoña (2003), a falta de transparência é considerada um dos fatores que promovem a corrupção. No setor privado, ela vai desde pequenos presentes até o uso de informações privilegiadas para obtenção de vantagens pessoais, envolvendo altos custos financeiros, legais, sociais, como perda de reputação e criação de uma atmosfera que favoreça a corrupção, e outros problemas éticos. − O que afeta a relação ética entre comprador e fornecedor? Serão considerados os seguintes pressupostos de estudos: − A cultura do país afeta a relação ética entre comprador e fornecedor. − A vivência dos códigos de ética afeta a relação ética entre comprador e fornecedor. − Um relacionamento confiável e transparente afeta a relação ética entre comprador e fornecedor. − A possibilidade de ganhar contratos por meio de presentes oferecidos afeta a relação ética entre comprador e fornecedor https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/2307/61070100621.pdf?sequence=2&isAllowed=y Halter, Maria Virgínia Rogério de Souza Estudo da percepção do fornecedor com relação à ética dos profissionais do setor de compras de grandes empresas multinacionais / Maria Virgínia Rogério de Souza Halter. - 2008. 95 f. A função de compras vem sendo valorizada desde os anos 70 após a crise do petróleo. Nessa crise, aprender a comprar na hora certa, o produto certo, ganhou grande importância dentro das empresas. Com a crise do Petróleo em 1973-1974, o setor de compras começava a ter um valor maior dentro das organizações, muitas matérias primas tiveram seu estoque em baixa, deixando consequentemente seus preços elevados. A partir dessa fase, saber comprar na hora certa serve como uma alavanca para a empresa. Dessa forma, reforça-se aqui o conceito do gerenciamento da cadeia de suprimentos ou supply chain management, conceituado por Martins Petrônio (2007) como a administração dos sistemas de logística integrada da empresa, com o uso de tecnologias avançadas, voltadas à planejar e controlar uma complexa rede de fatores visando produzir e distribuir produtos e serviços para satisfazer o cliente. E, além das informações trocadas com o meio, ela também precisa se comunicar com os setores da empresa, as trocas de informações internas devem incluir todos os departamentos, setores que a empresa conta em sua estrutura organizacional. Assim como toda a empresa, o setor de compras possui um organograma, que é extremamente importante na hora de fazer os pedidos de compras, o gerente deve seguir o processo de compras com base no que foi determinado como objetivo principal da empresa envolvendo todos os setores. No processo de compras a primeira decisão a ser tomada é decidir o que comprar, buscando sempre qualidade, menor preço, prazo de entrega e as quantidades necessárias para o suprimento das necessidades da empresa. Na seleção de um fornecedor são vários os critérios que são vistos como a habilidade técnica, capacidade produtiva, confiabilidade, pós venda, localização do fornecedor e o preço. Com a globalização as formas de comprar precisaram se adequar a um processo mais ágil. A administração de Compras apresentada como centro de lucros tem como meta reduzir os preços dos produtos adquiridos, de forma que tal redução permita às empresas ganhar competitividade no mercado consumidor. O Comprador é responsável pelo processo. A escolha dos fornecedores torna-se o diferencial de preço muito importante para a sobrevivência das empresas. Levando-se em consideração os parâmetros de qualidade, preço, tecnologia e serviço. A área de compras funciona como uma porta voz das necessidades das empresas em relação às novas tecnologias e inovações introduzidas nos materiais adquiridos. Hoje, a função está mais voltada para a necessidade de planejar o processo de aquisição de materiais com fornecedores mais confiáveis e em menor número, mantendo e organizando as entradas e saídas dos materiais. Nos dias atuais, é comum encontrar relacionamentos com fornecedores que facilitam que as empresas possam acompanhar as exigências em termos de tecnologia de ponta e qualidade assegurada e as exigências dos clientes. http://www.univale.com.br/unisite/documentos/Anais2008.pdf#page=93 A função compras desempenha um papel relevante na administração de materiais, pois é responsável pelo suprimento das necessidades de itens para produção interna, ou revenda, assim como, itens essenciais à prestação de serviços, de forma que não haja faltas que interrompa um processo de produção ou deixe de vender, mas também que não haja sobras que ocasionem em custos de armazenagem e capital de giro imobilizado. É de responsabilidade do setor de compras a qualidade do material comprado, a quantidade certa e o acompanhamento dos pedidos para verificar se os itens chegaram em boas condições, e no prazo contratado. Um dos pontos mais importantes para que se tenha um bom funcionamento da função compras, é previsão das necessidades, deve-se ter informações de quantidade, qualidade e prazo e entrega. Essas informações são fundamentais para que o comprador possa fazer o seu trabalho. Hoje o profissional de compras tem como otimizar seu trabalho. As empresas de softwares investiram em sistemas destinados para a função compras. São sistemas capazes de conferir estoque, classificar itens a serem comprados, avaliar fornecedores, controlar estoque, avaliar cotações, apurar preço de custo, entre outras funções. A tendência é que os equipamentos continuem evoluindo, que o profissional esteja cada vez mais estruturado, para que seu trabalho seja feito com mais eficiência. (LEENDERS, 2002) O grande problema de se adquirir um produto é manter um nível de qualidade, de acordo com a política de qualidade da empresa, que atenda as exigências do consumidor e aos padrões da empresa. No processo de produção há necessidade de se verificar a qualidade dos produtos, para isso, as empresas devem fazer análises prévias, referentes aos aspectos internos: verificar as condições das instalações, pessoal qualificado, matéria prima e o custo para atingir o nível de qualidade; Aspectos externos: verificar se existe alguma exigência do governo quando a qualidade do produto, as exigências de um público especifico e o mais importante os desejos do consumidor. No passado, o comprador não tinha grande importância dentro da empresa, ele era limitado a comprar alguns materiais. Hoje, deve ter ótimas qualificações e se atualizar sempre, deve ter profundo conhecimento do material comprado, para que possa discutir em igual nível de conhecimento com o fornecedor, deve saber ouvir atentamente os argumentos do vendedor, para que estes o ajudem na negociação. O comprador tem como característica estar identificado com a conduta ética da empresa, o objetivo é conseguir dos fornecedores negócioshonestos e compensadores, sem que o fornecedor alimente dúvidas quanto à sua dignidade. A comunicação entre os mais altos níveis da empresa com o departamento de compras, pode evitar problemas em relação aos fornecedores, assim, é grande a responsabilidade e a função atribuída a quem realiza as compras, pois está nas suas mãos fazer um bom negócio, visando sempre o lucro, o objetivo é comprar bem e eficientemente, pois o departamento de compras é um centro de lucros que deve ser bem administrado, considerando que reflete um percentual elevado dos investimentos feitos pelas empresas. A Ética é fundamento para todas as profissões, mas em algumas ela recebe maior atenção, por isso que muitas empresas criam um “código de conduta ética”. Esse código deve ser passado para todos os funcionários, principalmente para os do setor de compras. E, além dos funcionários os fornecedores e compradores, devem conhecer esse código, para que não sejam prejudicados. O Código deve ser igualmente aplicado, tanto no departamento de vendas quanto no de compras, não convém cobrar uma atitude ética em compras, senão há em vendas. A empresa deve, com o “código de conduta ética”, estabelecer os limites entre o “legal” e o “moral”, deve desencorajar uma atitude ilegal e deixar claro as consequências, caso o código não seja respeitado. Com a globalização as formas de comprar evoluíram, a rapidez de adquirir um produto facilitou muito, antes o índice de falta de produtos em estoque era muito alta, hoje a falta de produtos são quase inexistentes, ao contrário, existe uma diversidade de produtos, marcas, preços, opções de fornecimento, etc. De acordo com Martins e Campos (2007, p. 89): Na Gessy Lever, 20% da comunicação com fornecedores é feita eletronicamente. No Pão de Açúcar, graças a estas novas formas de compra, em dois anos, o índice de falta de produtos caiu de 25% para 4%, o tempo médio de armazenamento reduziu-se em mês (passou de 40 para 10 dias) e volume de cargas recebidas triplicou. A compra feita através da internet traz muitas vantagens, como rapidez, segurança, redução de custos e fortalece as parcerias entre fornecedores e clientes. SILVA, F. A. P; HUIDA, F; CRUZ, T. F.C. Gestão de Compras. http://www.univale.com.br/unisite/documentos/Anais2008.pdf#page=93 A auditoria interna é uma ferramenta que começa a ser utilizada pelos gestores afim de, preparar as organizações para acompanhar os processos que estão cada vez mais dinâmicos em todos os setores das empresas não importando se a empresa é uma multinacional, uma empresa média ou uma pequena empresa. O setor de compras é parte estratégica para a empresa que quer ter controle em todos os seus processos, com a finalidade de reduzir custos e aumentar o lucro, fazendo com que esses controles sejam mais exatos, aumentando os resultados através da informações geradas. A organização que tem metas e controle internos definidos utiliza-se, da auditoria como ferramenta de gestão e o setor de compras é parte estratégica para o crescimento e aumento dos lucros. O controle dos processos de compras formalizados deve ser devidamente aprovado, e autorizadas pelos gestores, obedecendo a limites de valores, níveis hierárquicos, estoques, qualidade dos produtos e diferentes fornecedores para evitar fraudes. A aquisição de matérias-primas, suprimentos e componentes representa um fator decisivo na atividade de uma empresa, tornando-se instrumento estratégico de lucro para a empresa. Ballou (2001) comenta que as atividades relacionadas a compras envolvem uma série de fatores como seleção de fornecedores, qualificação dos serviços, determinação de prazos de vendas, previsão de preços, serviços e mudanças na demanda, entre outros. Os níveis de estoque da empresa, por exemplo, afetam o custo de produção e podem trazer outros problemas para a empresa, como a necessidade de um maior controle, de pessoal e despesas com a sua manutenção. Assim, a área de compras tem uma função importante de cuidar para que os níveis de estoque da empresa estejam sempre equilibrados. Atualmente as empresas se preocupam muito com o processo de compras, pois este sendo executado com sucesso pode ser motivo de redução de custos para a empresa. Neste sentido cabe aos responsáveis por tal processo estarem atentos a preço, prazo, volume e qualidade para se beneficiarem da execução eficaz deste processo. (DIAS, 1997). Uma gestão de compras eficiente pode trazer maior agilidade nas operações efetuadas pelas organizações e a qualidade crescente das aquisições, o que para a empresa é um diferencial altamente competitivo e positivo. O Setor de Compras é diretamente ligado à produção, e com diversos setores dentro da empresa. O profissional de compras obedece a procedimentos internos devidamente estabelecidos pela administração. O setor de compras executa as operações de compras de insumos de produção, materiais de consumo interno, peça de reposição, serviços de manutenção, e compras de equipamentos. Esse profissional deve manter contato frequente com os fornecedores, a fim de sugerir à empresa matérias-primas alternativas que possam levar a preços melhores e custos menores. Nessa fase do processo de compras é importante observar a qualidade dos produtos alternativos que agregam valor ao produto final, nunca agregar custo. Ao profissional de compras não cabe à função de definir processo e nem ter autoridade para substituir os materiais especificados pela engenharia de produção. MOREIRA, J. C; FRANCO, L.J.V.; BOAS, S. C.O.V.; CAROLINO, S. M. B.; VIANA, W. D. Auditoria Interna no Setor de Compras: Importância do Controle de Compras e Fraudes. Revista Eletrônica das Faculdades Sudamérica, Volume 4, 2012.