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eBook_Imposto_de_Renda_Infomoney.pdf

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GUIA PARA
O INVESTIDOR
PAGAR MENOS 
IMPOSTO
DE RENDA
ebook
2019
Os meses de março e abril marcam a temporada 
de declaração do Imposto de Renda, quando 
cerca de 28,8 milhões de contribuintes brasileiros 
devem prestar contas à Receita Federal. No IR 
2019, está obrigado a apresentar a declaração 
quem recebeu, em 2018, rendimentos tributáveis 
superiores a R$ 28.559,70 ou rendimentos isentos, 
não-tributáveis e tributados somente na fonte cuja 
soma seja superior a R$ 40.000. Também deve 
declarar quem obteve, em qualquer mês, ganho de 
capital na alienação de bens sujeito à incidência 
do imposto ou realizou operações na bolsa de 
valores.
É importante entender que ter de 
declarar IR não é necessariamente 
ruim. A maioria dos brasileiros que 
trabalha com carteira assinada recebe, 
na verdade, uma boa notícia ao final 
da declaração: a de que haverá 
restituição de parte dos valores
já pagos.
A decisão mais importante para receber dinheiro de 
volta é se será entregue a declaração pelo modelo 
simplificado ou completo. O modelo simplificado é a 
melhor opção para quem não tem muitas despesas 
para deduzir, enquanto o completo é ideal para 
quem tem gastos com médicos, hospitais, 
educação, dependentes, etc. Vale a pena preencher 
todas as informações necessárias nos dois modelos 
e simular qual deles é mais vantajoso.
Em relação aos investimentos, as aplicações devem 
ser separadas em duas grandes categorias: as de 
renda fixa, em que o IR já é cobrado na fonte, e as 
de renda variável, em que o cálculo do imposto a 
ser pago é feito pelo próprio contribuinte.
01
No caso de ações negociadas em Bolsa e de contratos de ouro, existe 
isenção de imposto para as vendas que não ultrapassem R$ 20 mil por mês. 
Acima disso, sempre que houver lucro é preciso pagar um Darf (documento 
de arrecadação de receitas federais) até o último dia útil do mês subsequente 
às operações. Na regra geral, para operações comuns, a alíquota 
corresponde a 15% do lucro obtido nas operações, descontadas as taxas 
pagas à corretora e à Bolsa. Além do imposto pago pelo contribuinte, as 
corretoras também retêm na fonte 0,005% do valor de venda das ações a 
título de Dirf (declaração do imposto sobre a renda retido na fonte). Esse 
percentual simbólico serve para que a Receita Federal tenha acesso às 
movimentações dos contribuintes – e possa pegar quem decide sonegar o 
IR. 
Para operações de day trade (compra e venda de ações no mesmo dia), a 
alíquota do IR sobe para 20% do ganho de capital (diferença líquida positiva 
entre os valores de compra e de venda), independentemente do valor das 
operações. O pagamento também é feito por meio de Darf no mês 
subsequente às negociações. A corretora vai reter na fonte 1% do lucro das 
operações e repassar à Receita. Já o contribuinte terá de recolher 20% do 
lucro, descontando os custos e o que já foi retido na fonte. 
Em situações em que há prejuízo com as operações em determinado mês, o 
investidor não precisa pagar IR e ganha um crédito tributário que poderá ser 
usado para abater o imposto nos meses seguintes. Por exemplo, se um 
investidor vendeu ações da Petrobras em um mês e realizou um prejuízo de 
R$ 3 mil, ele poderá usar esse crédito para pagar menos imposto no mês 
seguinte, quando vendeu ações da Ambev com R$ 5 mil de lucro. Nesse 
caso, a alíquota de IR de 15% será incidente apenas sobre a diferença 
positiva entre as operações (R$ 5.000 – R$ 3.000 = R$ 2.000). Ou seja, o IR 
a ser pago será de R$ 300, ou 15% de R$ 2.000. 
O investidor também deverá declarar as posições em ações que mantinha no 
último dia do ano passado, mesmo que não tenha feito nenhuma operação 
em 2018. Basta acessar a ficha de “Bens e Direitos”, selecionar o código 
referente a “Ações” e incluir os dados da empresa, além das informações 
relativas à aquisição, como o custo e a quantidade de ações – lembrando 
que o valor declarado não é o das ações no último dia do ano, e sim o preço 
de compra. Quando for declarar os dividendos, que são isentos, é preciso 
incluí-los na seção “Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis”. Já os juros 
sobre capital próprio são taxados com desconto direto na fonte e informados 
em “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”.
Para declarar a renda obtida nas vendas inferiores a R$ 20 mil é preciso ir 
em “Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis” e acessar o item “Lucro na 
Alienação de Bens e/ou Direitos de Pequeno Valor”. Caso a soma das 
vendas em determinado mês seja maior que o limite de R$ 20 mil, o 
contribuinte deve acessar a aba “Demonstrativo de Apuração de Ganhos - 
Renda Variável” e, após selecionar o mês da operação, informar o lucro no 
item “Operações Comuns”. O mesmo procedimento vale para os lucros em 
operações de day trade. Quem deixar de pagar o imposto sobre aplicações 
de renda variável terá juros de 1% e receberá uma multa de 0,33% ao dia, 
calculada sobre o total do imposto devido, sendo o valor mínimo de R$ 
165,74 e o máximo de 20% do tributo.
AÇ
ÕE
S
02
Os investidores que compram fundos 
imobiliários na Bolsa estão isentos de pagar IR 
sobre os rendimentos mensalmente, mas, para 
isso, é necessário que o fundo não tenha 
menos do que 50 cotistas, e que o investidor 
não detenha mais do que 10% das cotas do 
fundo e os papéis sejam negociados 
exclusivamente em Bolsa. Esse é, na prática, o 
caso de todos os fundos negociados na B3. Em 
caso de lucro na venda das cotas, no entanto, 
o investidor não possui isenção de IR. É 
preciso pagar 20% de imposto sobre o ganho 
de capital (diferença positiva entre o valor de 
compra e de venda). O cálculo do imposto é de 
responsabilidade do próprio investidor, que 
deve pagar o IR por meio de Darf. Assim como 
no mercado acionário, o contribuinte pode 
abater os prejuízos de um mês do lucro 
consolidado nos meses seguintes para pagar 
menos IR no futuro.
Para informar o recebimento de aluguéis em 
fundos imobiliários para a Receita Federal, 
basta declarar o rendimento como isento na 
ficha de “Rendimentos Isentos e 
Não-Tributáveis”, especificando a origem. 
Quando houver lucro, a declaração deve ser 
feita por meio do menu “Renda Variável”, com 
a ficha “Operações Fundo Investimento 
Imobiliário”. O investidor ainda deve informar 
as posições em fundos imobiliários que 
possuía no final de 2018 na ficha de “Bens e 
Direitos”, com o número de cotas, o preço 
médio de aquisição e o CNPJ e o nome do 
fundo.
FU
ND
OS
 IM
OB
ILI
ÁR
IO
S
03
A previdência privada é um dos tipos de investimento que mais 
causa dúvidas no momento da declaração do IR. Os planos mais 
comuns são os PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livre) e os 
VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). No PGBL, é possível 
deduzir até 12% da renda tributável ao ano da base de cálculo do 
IR para quem entregar a declaração completa. Isso não significa 
que o investidor vai pagar 12% a menos de IR. Na verdade, se 
alguém tem uma renda tributável de R$ 100.000, por exemplo, 
haverá um desconto de 12% nesse valor – ou seja, a renda 
tributável passará a ser de R$ 88 mil, e será sobre esse valor que 
será cobrada a alíquota de IR correspondente. Também é 
importante entender que o cliente de um PGBL deixa de pagar IR 
agora, investe o dinheiro e recebe rendimentos. Mas, quando o 
dinheiro for resgatado, será necessário pagar IR sobre o 
rendimento e também sobre o principal. Então, onde está a 
vantagem? O ganho é que o investidor poderá pagar uma alíquota 
de apenas 10% - se deixar o dinheiro aplicado 10 anos – ao invés 
de pagar 27,5% sobre R$ 12.000 no caso acima, de alguém com 
uma renda tributável de R$ 100.000. As contribuições em PGBL 
devem ser informadas na pasta “Pagamentos e Doações 
Efetuadas”, no código referente a “Contribuições a Entidades de 
Previdência Complementar”.
Já no caso do VGBL, não é possível fazer nenhuma dedução. 
Porém, no momento do resgate só é pago imposto sobre o 
rendimento. E sobre os fundos VGBL não há cobrança do chamado 
come-cotas, uma antecipação semestral do IR devidoque incide 
sobre fundos de renda fixa e multimercados. Nesse caso, o saldo 
do último dia do ano deve ser declarado no item “Bens e Direitos”, 
no código referente a VGBL. Se houver resgates durante o ano, o 
ganho de capital é declarado na tabela de “Rendimentos Tributáveis 
Recebidos de Pessoa Jurídica”, no caso do plano com regime de 
tributação progressiva, ou na ficha “Rendimentos Sujeitos à 
Tributação Exclusiva/Definitiva”, para planos com tributação 
regressiva.
Na tabela progressiva, a alíquota segue as mesmas regras 
aplicadas aos salários e aumenta de acordo com o valor que o 
contribuinte vai receber do plano. Já na tributação regressiva a 
alíquota diminui com o tempo e é calculada de acordo com a data 
de cada contribuição ou aporte.
PR
EV
ID
ÊN
CI
A 
PR
IV
AD
A 
(P
GB
L E
 V
GB
L)
PERÍODO DE APORTE EM PREVIDÊNCIA ALÍQUOTA IR
Até 2 anos
De 2 a 4 anos
De 4 a 6 anos
De 6 a 8 anos
De 8 a 10 anos
Mais de 10 anos
35%
30%
25%
20%
15%
10%
04
As aplicações de renda fixa, como títulos do 
Tesouro Direto e CDB (certificados de depósito 
bancário), seguem tributação decrescente, de 
acordo com o prazo de investimento. O valor do 
imposto é apurado pelo banco ou corretora e 
descontado direto na fonte no momento do 
regaste. Os fundos DI, de renda fixa e 
multimercados recolhem semestralmente, em 
maio e novembro, um imposto de 15%, sobre a 
valorização das cotas no período – é o 
chamado come-cotas. Já nos fundos de curto 
prazo a alíquota sobe para 20%. Fundos de 
ações e de previdência não estão sujeitos ao 
come-cotas. O valor final do imposto será 
definido no momento do resgate, conforme a 
tabela a seguir:
O montante dessas aplicações deve constar no 
item “Bens e Direitos”. Quando houver saque da 
aplicação durante o ano-base, é preciso declarar 
o rendimento na área de “Rendimentos Sujeitos à 
Tributação Exclusiva/Definida”.
RE
ND
A 
FIX
A 
E F
UN
DO
S
PRAZO DE APLICAÇÃO ALÍQUOTA DE IR SOBRE O GANHO
Inferior a 6 meses
Entre 6 e 12 meses
Entre 12 e 24 meses
Superior a 24 meses
22,5%
20%
17,5%
15%
05
Diversos investimentos em renda fixa são isentos de IR para pessoas físicas, como
as LCI (letras de crédito imobiliário), LCA (letras de crédito do agronegócio), CRI 
(certificado de recebíveis imobiliários), CRA (certificado de recebíveis do agronegócio). 
A caderneta de poupança, o investimento mais popular do Brasil, também não está 
sujeita a tributação. 
As debêntures incentivadas não podem ser consideradas isentas do ponto de vista 
contábil, mas a alíquota definida pelo governo é de 0% (por isso incentivada). Na 
prática, portanto, o contribuinte não paga imposto sobre ela, mas os rendimentos 
destes ativos são declarados em Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva. 
Aproveite ao máximo a isenção de IR desses produtos, que podem turbinar a 
rentabilidade de suas aplicações financeiras.
INVESTIMENTO ALÍQUOTA DE IR
Ações (acima de R$ 20 mil)
Fundos de Investimento
Tesouro Direto
CDBs
PGBL
VGBL
LCI e LCA
Poupança
CRI e CRA
Ações (abaixo de R$ 20 mil)
Debêntures incentivadas
15% sobre o lucro
De 22,5% a 15% (regressiva,
de acordo com o aumento do
prazo do investimento)
De 22,5% a 15% (regressiva)
De 22,5% a 15% (regressiva)
Progressiva ou regressiva;
incide sobre valor total
Progressiva ou regressiva;
incide sobre rendimentos
Isento
Isento
Isento
Isento
0%
ONDE INFORMAR
Demonstrativo de Renda Variável
Rendimentos Sujeitos a Tributação
Exclusiva/Definitiva
Rendimentos Sujeitos a Tributação
Exclusiva/Definitiva
Rendimentos Sujeitos a Tributação
Exclusiva/Definitiva
Pagamentos Efetuados
Bens e Direitos
Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis
Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis
Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis
Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis
Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva
RENDIMENTOS ISENTOS
Antes de começar a declaração, confira se você está com todos os documentos 
necessários. O tributarista do escritório PLKC Advogados, Rafael Palma Bifano, 
lembra que quanto mais detalhes forem informados, melhor é para o contribuinte. 
Veja a seguir um resumo das alíquotas e local para informar os investimentos:
PARA NÃO ERRAR
06
A declaração do IR vai muito além dos investimentos. A seguir compilamos uma 
série de dicas de especialistas para pagar o menor imposto possível sem 
transgredir os limites da legislação:
BASE DE CÁLCULO ANUAL EM R$
Até 22.847,76 - -
De 22.847,76 até 33.919,80 7,5 1.713,58
De 33.919,80 até 45.012,60 15 4.257,57
De 45.012,60 até 55.976,16 22,5 7.633,51
Acima de 55.976,16 27,5 10.432,32
ALÍQUOTA % PARCELA A DEDUZIR DO IMPOSTO EM R$
IMPOSTO DE RENDA – DICAS GERAIS
Quem é casado precisa descobrir se a melhor forma de declarar é em conjunto 
com o parceiro ou de forma individual. Se ambos os cônjuges possuem renda 
tributável, na maior parte vezes é mais vantajosa a declaração separada. Isso 
porque, ao colocar as duas rendas na mesma declaração, é provável que o casal 
passe a ser tributado em uma alíquota maior. Imagine que você ganhe R$ 25 mil 
anuais e seu cônjuge R$ 20 mil. Ao optar pela declaração conjunta, somariam 
uma renda de R$ 45 mil, o que os colocaria entre os que são tributados em 
22,5%. Já se declarassem em separado, uma parte seria tributada em 7,5% e a 
outra estaria isenta. Veja a seguir a tabela progressiva do Imposto de Renda 
2019 para entender melhor:
CASAIS: JUNTOS OU SEPARADOS?
Já para verificar qual forma de declarar é a mais vantajosa, o melhor é efetuar 
uma simulação com as duas declarações, simplificada e completa. Ela pode ser 
feita diretamente pelo programa da Receita. Para ter certeza sobre o melhor 
modelo, no entanto, o contribuinte deverá lançar o maior número de informações 
possível, incluindo tudo que poderia ser deduzido, para que o programa possa 
calcular qual seria o IR nos dois casos. Em geral, aqueles que não possuem 
muitas deduções devem optar pela declaração simplificada, que permite um 
desconto-padrão de 20% dos rendimentos tributáveis, no limite de R$ 16.754,34 
Já quem teve despesas dedutíveis que ultrapassem o equivalente a 20% da 
renda total acumulada durante o ano anterior ou ao limite de R$ 16.754,34 deve 
optar pela declaração completa, se tiver comprovantes dessas despesas.
SIMPLIFICADA OU COMPLETA
07
As deduções podem ser divididas em dois grupos: sem limites 
e com limites preestabelecidos. 
O QUE PODE SER DEDUZIDO?
Quando se trata da dedução de INSS de empregado doméstico, a Receita 
Federal permite o abatimento sobre o imposto devido da contribuição de apenas 
um trabalhador, ainda que na casa do contribuinte haja mais de um empregado 
registrado.
 
No que diz respeito aos dependentes, casais que declaram em separado não 
podem incluir o mesmo filho, por exemplo, com dependente nas duas 
declarações. Já para pais separados, o filho só pode ser declarado como 
dependente na declaração daquele que detém sua guarda judicial.
 
Pais, avós ou bisavós que, em 2018, tenham recebido rendimentos, tributáveis 
ou não, de até R$ 22.847,76, também podem ser declarados como dependentes, 
sendo que para os cônjuges que optam pela declaração conjunta, sogro e sogra 
podem ser declarados como dependentes, ajudando a diminuir a fatia 
abocanhada pelo Leão. Já quando os filhos passam a receber renda, é preciso 
fazer as contas para saber se mantê-los na declaração é realmente vantajoso, 
uma vez que, ao somar as duas rendas, o titular poderá ser taxado com uma 
alíquota maior do IR.
 
A pensão alimentícia é outro item que merece atenção, especialmente para quem 
tem a guarda de um beneficiário de pensão. Em muitos casos, sobretudo quando 
há mais de um filho, é mais vantajoso criar o CPF de cada um e fazer a 
declaração individual de cada menor, pois, geralmente, ao somar o valor da 
pensão com a renda de quem tem a guarda, há uma incidência maior de IR. 
Neste ponto, é bom esclarecer, que quando não é feita a declaração separada, o 
pai ou a mãe que detém a guarda da criança deve pagar o carnê-leão.FIQUE DE OLHO
Sem limites – é possível deduzir o 
valor total dos seus gastos, ou de dependentes, com:
- Despesas médicas (consultas, planos de saúde pagos pelo 
próprio contribuinte, psicólogos, fisioterapeutas, entre outros); 
- Pensão alimentícia
- Contribuição para a previdência social e o livro-caixa (no caso de 
trabalhadores autônomos). 
Vale lembrar, contudo, que nas despesas com saúde, não são 
válidos gastos com remédios ou enfermeiros.
Com limites preestabelecidos - encontram-se:
- As deduções com dependentes, de até R$ 2.388,84 por pessoa;
 
- Educação formal, no valor de até R$ 3.561,50; 
- Contribuição à previdência do empregado doméstico, no valor 
de R$ 1.171,84.
- Incentivos fiscais, como doações a fundos da criança e do 
adolescente, limitados a 6% do imposto devido
- Gastos relacionados à previdência privada de até 12% da renda 
tributável. 
08
As negociações imobiliárias podem fazer 
com que os impostos a pagar sejam 
bastante altos. De modo geral, quem vende 
um imóvel deve pagar 15% de IR sobre o 
lucro da operação (preço de venda menos 
preço de compra). Porém, é possível reduzir 
o lucro ao declarar, por exemplo, 
benfeitorias realizadas no imóvel. Declarar 
gastos com reforma e benfeitoria, desde que 
comprovados através de documentos fiscais, 
diminuem a base de cálculo sobre o ganho 
de capital com a venda futura do imóvel. 
Consequentemente, haverá menos imposto 
a ser recolhido. As benfeitorias precisam ser 
lançadas à medida que vão sendo 
realizadas, ano a ano. No momento da 
venda, é possível descontar os gastos com 
corretagem do ganho total de capital.
 
Observar o ano em que o imóvel foi 
comprado também faz diferença. Casas e 
apartamentos comprados até 1969 estão 
isentos de IR. Já os imóveis adquiridos entre 
1970 e 1988 estão sujeitos a um percentual 
de redução sobre o ganho de capital, que 
varia conforme o ano de aquisição da 
propriedade. Em geral, quanto mais tempo a 
pessoa morou em um imóvel, maior será o 
desconto no IR sobre o ganho de capital.
 
A isenção de IR na venda de imóveis 
também é válida para aqueles vendidos por 
até R$ 440 mil, desde que seja o único 
imóvel do proprietário e este não tenha 
realizado nenhuma transação imobiliária nos 
últimos cinco anos. A isenção também é 
válida para quem aplica todo o dinheiro 
adquirido na venda de um imóvel na compra 
de outro até 180 dias após o fechamento da 
primeira transação.
 
Já para os imóveis comprados por meio de 
financiamento bancário, o correto, dizem os 
especialistas, é declarar a soma de todas as 
prestações já pagas - e não o valor total do 
imóvel. Além de diminuir o valor total do seu 
patrimônio, essa medida ajuda a valorizar o 
imóvel, já que, se ao quitar o empréstimo o 
proprietário optar pela venda, os juros pagos 
no financiamento também serão 
considerados como valor da propriedade, o 
que diminuirá, no momento futuro de venda, 
o ganho de capital e, consequentemente, a 
mordida do Leão.
IMPOSTOS X IMÓVEIS
Casais com imóveis alugados 
também podem reduzir o imposto 
incidente sobre os recebimentos. 
O ‘pulo do gato’ é dividir o valor 
recebido. Se uma das partes fica 
em casa e a outra possui 
rendimentos tributáveis, vale fazer 
uma declaração para a primeira e 
colocar os rendimentos com 
aluguéis nessa declaração, e assim 
aliviar a declaração do outro.
 
PULO DO GATO
NO ALUGUEL
DE IMÓVEIS
09
A cada ano, a Receita Federal aprimora seus processos 
para identificar inconsistências nas declarações dos 
contribuintes. Os cruzamentos de informações efetuados 
pelo fisco possuem tal grau de refinamento que pequenos 
erros no preenchimento da declaração podem levar à 
malha fina. Normalmente, os erros mais comuns se dão na 
informação de bens e das deduções. Muitas vezes o 
contribuinte, por falta de informação, não sabe diferenciar 
os diversos tipos de investimentos existentes hoje em dia, 
ou até mesmo se confunde com as siglas utilizadas pelas 
instituições financeiras como, por exemplo: VGBL, BGBL, 
investimento em bolsa, entre outros.
 
O que a população não sabe é que o fisco possui 
informação sobre todos esses investimentos através de 
declarações enviadas para a Secretaria da Receita Federal 
pelas instituições financeiras, que informam através da 
Declaração de Informações sobre Movimentações 
Financeiras, todas as movimentações efetuadas por 
pessoa física superiores a R$ 5 mil/mês.
 
Outro cruzamento comum – que leva muita gente à malha 
fina - é o de despesas médicas, que são cruzadas com a 
Declaração de Serviços Médicos e de Saúde. Neste caso, 
o contribuinte tem que ter certeza sobre o que está 
informando na declaração, pois o Fisco terá a informação 
dos consultórios médicos para verificar a veracidade da 
informação.
Há ainda outros cruzamentos de dados feitos pela Receita. 
Entre eles, o cruzamento com as despesas em que é 
registrado o CPF para obtenção da nota fiscal eletrônica. 
Este é um risco comum quando a pessoa atribui a seu CPF 
despesas de terceiros superiores ao seu rendimento. Além 
disso, há os cruzamentos com as despesas com cartão de 
crédito, o cruzamento com informações obtidas no cartório 
no caso da compra de imóveis e também o cruzamento 
com os dados do Detran no caso de compra de veículos.
CUIDADOS PARA NÃO
CAIR NA MALHA FINA
10

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