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PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
pedagogia - 4ºflex/5ºsemestre
TALITA
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR em grupo
“As manifestações culturais e artísticas na Educação Infantil”
Ivaiporã
2019
TALITA
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
“As manifestações culturais e artísticas na Educação Infantil
Trabalho apresentado ao Curso Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Educação e Artes; Letramentos e Alfabetização; Literatura Infantojuvenil; Ludicidade e Educação; Práticas Pedagógicas em Pedagogia: Práticas de Alfabetização e Letramento; Estágio Curricular em Pedagogia I: Educação Infantil.
Prof. Andressa Aparecida Lopes; Edneia de Cassia Santos Pinho; Jackeline Rodrigues Gonçalves Guerreiro;
Natália da Silva Bugança; Natália Gomes dos Santos; Tatiane Mota dos Santos Jardim e Luciane Batistella Bianchini.
Ivaiporã
2019
SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO
42 REFERENCIAL TEÓRICO
3 PROPOSTA DE TRABALHO DOCENTE.................................................................6
4 CONCLUSÃO...........................................................................................................9
REFERÊNCIAS..........................................................................................................10
ANEXO.......................................................................................................................11
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo estudar, analisar e analisar sobre o tema “pluralidade cultural”, que é importante de se reconhecimento de culturas “diferentes”, pois se vive em uma sociedade repleta de concepções historicamente constituídas, na qual as diferenças encontram-se presentes e são perceptíveis, porém, muitas vezes, ignoradas ou concebidas de forma preconceituosa. Socializar o conhecimento deve ser tarefa primordial da escola, mas é também de atuar na transformação dos saberes para com os educandos.
A pluralidade cultural nos leva às nossas origens como povo brasileiro, à nossa diversidade e ao nosso próprio olhar sobre nós mesmos bem como às nossas múltiplas culturas. Por meio dela, educador e aluno partem para uma viagem, navegando pelas etnias, pela história e geografia cultural brasileira.
É função de a escola abordar a pluralidade cultural com as crianças logo nas primeiras séries do ensino fundamental, pois é o lugar em que todos os alunos devem ter as mesmas oportunidades, mas com estratégias de aprendizagens diferentes. A criança na escola convive com a diversidade e pode aprender com ela. Singularidades presentes nas características de cultura, de etnias, de regiões, de famílias, são de fato percebidas com mais clareza quando colocadas junto a outras. A percepção, individualmente, elabora-se com maior precisão graças ao outro, que se coloca como limite e possibilidade.
Através desse estudo será realizado uma Produção Textual para trazer mais informações e conhecimento sobre o projeto, para aprimorar sua prática em sala desenvolvendo o processo de ensino.
2 referencial teórico
A cultura brasileira é um grande conjunto de culturas, que resumem as diversas etnias que formam o povo brasileiro. Por essa razão, não existe uma cultura brasileira homogênea, e sim um mosaico de diferentes vertentes culturais que formam, juntas, a cultura do Brasil. É comum prevalecerem vários estereótipos, tanto regionais, quanto em relação a grupos étnicos, sociais e culturais. Em Alta Floresta há um exemplo local dessa pluralidade, com a chegada de trabalhadores para a construção de uma usina, percebem-se pessoas de diversas regiões e algumas até de outros países. Mesmo em regiões onde não se apresente uma diversidade cultural tão acentuada, o conhecimento desta característica plural no Brasil é extremamente relevante, pois, ao permitir conhecimento mútuo entre regiões, grupos e indivíduos, consolida o espírito democrático.
 O grande desafio proposto para a Educação é estabelecer vínculos entre o que se aprende na escola e a vida da população brasileira. Historicamente, a escola tem dificuldades para lidar com a diversidade. As diferenças tornam-se problemas ao invés de oportunidades para produzir saberes em diferentes níveis de aprendizagens.
A pluralidade cultural tem o desafio de respeitar e valorizar os diferentes grupos que compõem a cultura brasileira, incentivando o convívio dessas diferentes características e fazendo disso um fator de enriquecimento cultural, valorizando a identidade cultural de cada grupo que compõe o mosaico étnico brasileiro.
A escola tem um papel fundamental nesse processo. Um importante passo nesse sentido foi à inserção da pluralidade cultural como um dos temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Trabalhar a pluralidade cultural dentro da escola significa caminhar para o reconhecimento e a valorização das diferenças culturais. Essa proposta, porém, retrata muitas dificuldades. Exatamente por existir na cultura brasileira pessoas com diferentes etnias, crenças religiosas, orientações políticas, entre outros aspectos. Diante desse cenário de diversidade, a escola entra em confronto com valores e características diversas. Com isso, surge o grande desafio da escola de como conciliar a pluralidade cultural diante da existência de valores culturais particulares.
Torna-se evidente que o educador deve atuar como mediador desse processo, estabelecendo uma relação de troca, de compartilhamento, a fim de valorizar a cultura particular do aluno e os valores culturais da sociedade, promovendo uma relação entre os conteúdos trabalhados em sala de aula e a realidade histórica e cultural dos alunos. Para que isso ocorra, é importante que o professor esteja sempre atento às atitudes do grupo, aceitando críticas, sugestões e acima de tudo promovendo debates, contribuindo para a formação crítica dos alunos.
Uma ação pedagógica realmente pautada na diversidade cultural deve ter como princípio uma política curricular da identidade e da diferença. Tem obrigação de ir além das benevolentes declarações de boa vontade para com a diferença, ela coloca em seu centro uma teoria que permita não só reconhecer e celebrar a diferença, mas também questioná-la, a fim de perceber como ela discursivamente está constituída. (NOGUEIRA; FELIPE; TERUYA, 2008). 
Porém, para que tal prática se consolide nos espaços escolares é fundamental que os professores estejam preparados, ponto que nos leva à questão da formação inicial e continuada de professores. Sabemos que, em grande medida, os cursos de formação de professores dão maior atenção à formação específica em detrimento de uma formação generalista e humanística que permita ao graduando uma melhor compreensão da realidade social na qual está inserido, bem como da realidade escolar como espaço de sua atuação profissional. 
Considerando os PCN, podemos ressaltar a importância da pluralidade cultural nas práticas pedagógicas, o que fica claro nos objetivos para o Ensino Fundamental: 
Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais (BRASIL, 1997, p. 6). 
Sendo assim, a pluralidade cultural preconiza o respeito às diferenças, sejam quais forem e assim, diminuindo significativamente a exclusão social em todos os aspectos. A escola é um espaço essencial para que esse respeito seja demonstrado plenamente, evidenciando o processo educacional em todas as especificidades. Ao considerar essa perspectiva, será possível conduzir uma real educação de qualidade, funcional e efetiva que possibilite aos educandos o conhecimento da existência da variedade de culturas no território brasileiro. Como consequência, será ressaltada a riqueza cultural e étnica existente em nosso país, conduzindo a reflexão sobre a função da língua portuguesa neste multiculturalismo. A forma de inserir práticas pedagógicas dessetema será fundamental para se proporcionar uma consciência crítica diante das questões que podem ser construídas pelos alunos.
PROPOSTA DE TRABALHO DOCENTE
Identificação da Escola: Escola Municipal Pequeno Príncipe
Disciplinas: História, Geografia, Artes, Educação Física e Informática
Período de Realização: 1 semestre
Turma: Desenvolvida para alunos de 06 anos á 08 anos.
Professores: Ergita
Objetivo geral: Possibilitar o desenvolvimento de valores básicos para a consciência étnico-racial no meio escolar, para que respeitem o outro e a si mesmo, e para que compreendam e valorizem a diversidade sociocultural e a convivência livre de conflitos.
Objetivos específicos: 
· Produzir conhecimentos, atitudes, posturas e valores que eduquem crianças quanto à diversidade étnica racial.
· Compreender que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a grupo étnico racial distinto, possuindo cultura e histórias próprias.
· Valorizar respeitando pessoas negras, brancas, mestiças assumindo atitudes de superação de conflitos gerados no convívio escolar.
Conteúdos: “Valorizando as Diferenças”.
	Cronograma da Proposta De Trabalho Docente
	(X) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio
	Data da Aula:
	14/03/18 ao 16/03/18
	Introdução
	19/03/18
	Referencial Teórico
	22/03/18
	Objetivo
	24/03/18
	Metodologia Trabalhada
	28/03/18
	Conclusão Final
Percurso metodológico: 
1ª Atividade:
· Apresentar á história aos alunos para uma melhor compreensão; 
· Organizar uma roda de conversas sobre a história.
· Conversar com as crianças sobre as “famílias” (povos) que formam o Brasil, como somos diferentes de uns dos outros.
· Depois de escutarem a mesma, pedir para que eles façam um desenho ilustrando a história.
2ª Atividade:
· Confecção da Boneca: Pegue duas meias calças e peça ajuda das crianças para irem amassando o jornal e colocando dentro das meias. Amarre pela cintura as duas meias cheias de jornal, de modo que as pernas de uma fique para baixo formando as pernas da boneca e as pernas da outra meia fique para cima formando os braços. Agora corte a pernas da terceira meia, encha de jornal até ficar uma bola e costure nas outras meias, formando a cabeça. Coloque uma roupa de criança na boneca, cole com cola quente a lã para o cabelo (podem-se fazer várias trancinhas e por as fitinhas). Cole os olhos, boca e nariz feitos com EVA.
· Depois que a boneca estiver pronta combine com as crianças que essa irá visitar todas as casas. Quando a Menina Bonita estiver na casa da criança esta deve fazer algo divertido em conjunto com a boneca e sua família (ler a história que foi junto, passear, brincar…), depois a criança registra no caderno de desenho o que fizeram juntas, pode-se por fotos se a família desejar imprimir e colar.
· Assim a boneca vai passando de casa em casa. Depois, em sala, as crianças contam para os outros a experiência de ter a Menina Bonita em casa. Essa é uma atividade importante para trabalhar as questões raciais, levando a discussão para casa.
3ª Atividade:
· Aproveitar a descoberta do coelho (“a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos”) propor aos alunos que perguntem aos alunos com quem eles acham que se parecem. Essa atividade pode desdobrar-se em outras, por exemplo: as crianças podem entrevistar os pais para saberem com quem se parecem e apresentar os resultados da pesquisa oralmente (Por exemplo, dizendo frases como: Minha mãe diz que meus olhos são parecidos com os dela, mas que meus cabelos e minha boca se parecem com os da minha avó.
Recursos: 
Livro de História/ folha sulfite/ lápis de escrever, lápis de cor/ Jornal suficiente para forrar a boneca, meias calças escuras, lã preta, laços de fitas, EVAs para montar os olhos, boca e nariz, roupa de criança ou pedaços de tecido.
Avaliação:
A avaliação será constante, diagnóstica e com o intuito de reorganizar os conceitos e concluir de forma significativa.
Bibliografia:
BRASIL. Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Direitos humanos no cotidiano. Manual. 1998.
AZEVEDO, F. A cultura brasileira. 5. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1971.
3 CONCLUSÃO
O tema abordado neste trabalho Pluralidade Cultural deve levar em consideração a própria diversidade cultural existente no país e que se evidencia nas escolas e salas de aula. Identificamos que tal temática insere-se num contexto de tensão entre a afirmação da igualdade entre os seres humanos e o reconhecimento das diferenças étnicas, culturais e sociais. Destaca-se que igualdade e diferença não estão em oposição e que devem servir como fundamento de uma prática pedagógica para a formação de cidadãos capazes de compreender criticamente o contexto sócio-cultural em que estão inseridos e que este se configura também como espaço de formação de identidades.
 O ambiente escolar é um ambiente coletivo, de convivência, discussão, confronto, competição e colaboração. O que torna ainda mais enriquecedor o processo de construção do conhecimento, mas também envolve questões ligadas a valores: ética, honestidade, disciplinas, companheirismo, solidariedade, persistência e respeito. Quando não há um ambiente conciliador em que não aconteça a diferença, gera uma constante insatisfação. Acreditar na responsabilidade da escola, na formação de cidadãos, mais do que na transmissão de conhecimentos.
Portanto assim, penso que cabe ao educador socializar situações de aprendizagem estabelecendo diálogo com o educando sobre a sua e a nossa cultura estimulando-o neste momento a questionar, compreender e transformar o conhecimento gradativamente, registrando experiências nas relações e no convívio com o outro, respondendo simultaneamente, à demanda do grupo e a individualidade de cada criança.
REFERÊNCIAS
BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – Volume l – Brasília, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Brasília, DF, 1997.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiros e quartos ciclos do ensino fundamental - Os Temas Transversais. Brasília, DF, 1998.
CHAUÍ, M. Cultura e democracia. São Paulo: Brasiliense, 1985.
YUS, R.; trad. Ernani F. da Rosa. Temas Transversais: em busca de uma nova escola. Porto Alegre: ArtMed, 19.
GOBBI, Izabel. A temática indígena e a diversidade cultural nos livros didáticos de história: uma análise dos livros recomendados pelo Programa Nacional do Livro Didático,São Carlos: UFSCar, 2007.
NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. Lisboa: Nova Enciclopédia, 1992. 
NOGUEIRA, J.K.; FELIPE, D. A.; TERUYA, T. K. Conceitos de gênero, etnia e raça: reflexões sobre a diversidade cultural na educação escolar. Fazendo Gênero 8. Corpo, violência e poder, Florianópolis, 2008.
SILVA, Tomaz Tadeu Da. (organizador). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000, 133p. 
ANEXO
Menina Bonita do Laço de Fita
Era uma vez uma menina linda, linda.
Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros.
A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra na chuva.
Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas. Ela ficava parecendo uma princesa das terras da áfrica, ou uma fada do Reino do Luar.
E, havia um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando.
O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto na vida.
E pensava:
– Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela…
Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:
– Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
– Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina…
O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela. Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio umachuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
– Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
– Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.
O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi. Mas não ficou nada preto.
– Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
– Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.
O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
– Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia e… Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
– Artes de uma avó preta que ela tinha…
Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos.
E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.
Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.
Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha. Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.
E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:
– Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia:
– Conselhos da mãe da minha madrinha…

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