Buscar

direito processual civil

Prévia do material em texto

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
1
ÍNDICE
Evolução dos Métodos de Resolução de Litígios e Equivalentes Jurisdicionais �������������������������������������������2
Características Principais da Jurisdição �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Princípios ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
2
Evolução dos Métodos de Resolução de Litígios 
e Equivalentes Jurisdicionais
Litígio: é o conflito de interesse qualificado por uma pretensão resistida�
Nas fases primitivas da civilização dos povos, inexistia um Estado aparelhado e capaz de superar 
os ímpetos individualistas dos homens, impondo o direito acima da vontade dos particulares� Vale 
dizer, inexistia órgão estatal que, com soberania e autoridade, fosse capaz de garantir o cumprimen-
to do direito, bem como inexistiam leis para regulamentar com precisão a vida em sociedade� Assim 
sendo, os conflitos eram solucionados por meio da Autotutela�
 → AUTOTUTELA ou AUTODEFESA: é a forma mais antiga de solução dos litígios, caracteri-
zada fundamentalmente pelo sacrifício integral do interesse de uma das partes envolvidas no 
conflito em razão do exercício da força pela parte vencedora� Essa força deve ser compreendida 
não somente pela força física, podendo ter por base o aspecto afetivo, econômico, religioso etc� É 
evidente que a autotutela é um método que não procura prestigiar os fundamentos de um Estado 
democrático de direito�
Duas características marcantes neste método de resolução eram:
a) ausência de juiz distinto das partes;
b) imposição da decisão por uma das partes à outra�
Paralelamente, surgia também a figura da autocomposição�
 → AUTOCOMPOSIÇÃO: uma das partes conflitantes, ou ambas, abre mão do interesse ou de 
parte dele� SÃO TRÊS AS FORMAS DE AUTOCOMPOSIÇÃO:
a) desistência (renúncia à pretensão);
b) submissão (renúncia à resistência oferecida à pretensão);
c) transação (concessões recíprocas)�
Todas essas figuras têm em comum a circunstância de serem parciais, pois, dependem da ativi-
dade de uma ou de ambas as partes envolvidas no conflito�
EX�: JÚLIO pretende obter 10, mas ADRIANO está disposto a pagar 5� Havendo sacrifício recípro-
co, as partes podem se autocompor por qualquer valor entre 5 e 10 (transação)� JÚLIO pode abdicar 
do direito de receber o crédito de 10 (renúncia), se ADRIANO, mesmo acreditando ser devedor de 
apenas 5, pagar a JÚLIO os 10 cobrados (submissão)�
A figura da arbitragem muito influente nos dias atuais também teve seu momento de surgi-
mento antes mesmo do Poder Judiciário, com a evolução da sociedade os envolvidos nos conflitos 
escolhiam pessoas imparciais para analisarem os conflitos e para que decidissem, sendo totalmente 
respeitadas as decisões arbitrais�
Com a afirmação do Estado e seu aparelhamento, surgiu a JURISDIÇÃO ESTATAL: trata-se na 
atividade mediante a qual os juízes estatais examinam as pretensões e resolvem os conflitos�
JURISDIÇÃO é o poder/dever do Estado de dizer o direito, chamando para si a responsabilidade de reso-
lução de todos os conflitos existentes na sociedade, a capacidade para dizer o direito de forma definitiva�
Características Principais da Jurisdição
a) CARÁTER SUBSTITUTIVO: entende-se pela peculiaridade de a jurisdição substituir a 
vontade das partes pela vontade da lei no caso concreto, resolvendo o conflito entre elas e pro-
porcionando a pacificação social� Ex�: numa obrigação inadimplida, a vontade do devedor 
(não pagar) será substituída pela vontade da lei (realização do pagamento)�
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
3
b) INÉRCIA: significa que o juiz, representante jurisdicional, não poderá dar início a um 
processo sem manifestação prévia das partes�
c) DEFINITIVIDADE: pela qual se afirma que a decisão do conflito por meio jurisdicional é 
única que se torna imutável e definitiva� Essa definitividade significa que a decisão que solu-
cionou o conflito deverá ser respeitada por todos�
 → NEOPROCESSUALISMO: A interpretação das normas processuais deve ser feita de acordo com 
a Constituição Federal�
Art. 1º O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais 
estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código.
Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, 
resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoa-
bilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
Direito Processual Civil: instrumento que o Estado põe à disposição dos litigantes a fim de 
administrar justiça�
Princípios
a) Princípio da Inércia/Demanda/Impulso oficial: a atividade jurisdicional se inicia mediante pro-
vocação jurisdicional, mas após seu início, a sequência de atos processuais e o desenvolvimento 
do processo ficarão a cargo do juiz, nos termos do Art� 2º, CPC� O Art� 2º do CPC/2015 manteve 
o preceito instituído no Art� 262 do CPC/1973, o qual ratificava a necessidade de provocação da 
jurisdição para formação da relação jurídico-processual� Do ponto de vista instrumental, essa pro-
vocação é feita pela petição inicial� Ajuizada a ação, ou seja, protocolada a petição inicial, o processo 
segue o procedimento previsto em lei, cabendo ao juiz impulsionar os atos subsequentes�
Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções 
previstas em lei.
b) Princípio da inafastabilidade da jurisdição – Art� 5º XXXV, CF e Art� 3º, CPC: O caput do 
artigo contempla o denominado princípio da inafastabilidade da jurisdição, também conhe-
cido como princípio do acesso à Justiça, previsto no Art� 5º, XXXV, da Constituição Federal� 
Segundo esse princípio, todos têm direito de buscar a tutela jurisdicional do Estado visando 
à solução de conflitos decorrentes da vida em sociedade� O Estado, a quem a Constituição 
outorgou o poder de solucionar os litígios em caráter definitivo, não pode delegar ou se recusar 
a exercer essa função�
Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
§ 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei.
§ 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
§ 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por 
juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
Outros meios de solução dos litígios� O novo CPC não tem por foco exclusivamente o processo 
jurisdicional� O processo, na visão contemporânea, anda para frente, no sentido da composição, seja 
pela outorga da sentença estatal, da sentença arbitral ou do acordo entre as partes� Na perspectiva 
do novo Código, não se afigura correto falar em “meios alternativos” de solução de litígios para se 
referir à arbitragem, à conciliação e à mediação� Não mais se pode falar em relação de alternatividade 
entre o processo jurisdicional eos outros meios de solução consensual dos litígios� Todos, igual-
mente, são contemplados no novo Código e devem ser promovidos pelo Estado (§ 2º) e estimulados 
por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do 
processo judicial (§ 3º)�
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
4
c) Princípio da duração razoável do processo: Art� 4º do CPC e Art� 5º, LXXVIII, da CF�
Art. 5º, LXXVIII, a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do 
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Art. 4º. As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a ativi-
dade satisfativa.
d) Princípio da boa-fé – Art� 5º, CPC� O Código de Processo Civil consagrou de forma expressa, 
neste artigo, o princípio da boa-fé objetiva, segundo o qual todos os sujeitos processuais devem 
adotar uma conduta no processo em respeito à lealdade e à boa-fé�
Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.

Continue navegando