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Dificuldades de Aprendizagem e o Papel do Psicopedagogo

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2
as dificuldades de aprendizagem e o papel do psicopedagogo
Egidia Albina Grando [footnoteRef:1] [1: Aluna formanda Egidia A. Grando do Curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia pela Faculdade Universidade Cruzeiro do Sul - UNICSUL. Bacharel em Turismo pela Faculdade Taboão da Serra – FTS e Licenciada em Letras- Português pela Faculdade Anhanguera. Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Unicesumar de Londrina, Paraná. ] 
Cristiane Moura [footnoteRef:2][footnoteRef:3] [2: Professora Orientadora Cristiane C. Moura. Licenciada em Letras e Pedagogia, especialista em Psicopedagogia, todos pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID e pelo Espaço Psicopedagógico Buenos Aires – Argentina – EPSIBA. Graduanda em Psicologia pela Universidade Cruzeiro do Sul - UNICSUL
 ] [3: ] 
Resumo
Este artigo tem o objetivo de fazer-se refletir sobre o papel do psicopedagogo e as dificuldades de aprendizagem, considerando o seu papel e do professor no âmbito escolar e nas equipes escolares. O trabalho traz uma abordagem sobre as dificuldades de aprendizagem, apresenta também as possíveis causas e fatores que as desencadeiam tendo em vista que os educandos sofrem várias influencias para tal, e o papel do psicopedagogo frente a estas dificuldades. A importância da escola não está apenas em avaliar o aluno ou em transmitir os conhecimentos, por ser um local onde as dificuldades de aprendizagem podem ser identificadas com maior facilidade, pois a escola é a principal fonte de alfabetização onde as crianças tem a oportunidade de contato com a leitura, a escrita, a matemática, entre outros. 
Com pesquisa bibliográfica, foram utilizados alguns autores como LUCKESI e BOSSA. Com o andamento do trabalho entende-se que as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem devem ser identificadas e de imediato, encaminhadas para possíveis providencias.
Palavras-chave: Dificuldades. Aprendizagem. Criança. Psicopedagogo. Escola
RESUMEN:
This article aims to reflect on the role of the psychopedagogue and as learning difficulties, considering their role and the teacher in the school setting and in school teams. The work brings an approach on the learning difficulties, it also presents the possible causes and factors that can trigger the exhibition of the students who suffer several influences for this. The importance of the school is not just transmitting knowledge, because a place where learning difficulties can be identified more easily, because school is the main source of literacy where children have the opportunity to contact reading, writing, mathematics among others.
With bibliographic research, some theorists like Luckesi and Bossa were used. With the progress of the work, it is understood that children who have learning difficulties should be identified and immediate, referred by teachers to a psychopedagogue if they have the same at school, or otherwise referred to a pedagogical coordination for possible measures.
Keywords: Difficulties. Learning. Kid. Psychopedagogue. School.
 
1 iNTRODUÇÃO
Dificuldades de aprendizagem torna-se cada vez mais um tema ao qual muito se ouve falar, um numero alto de crianças estão sendo encaminhadas para atendimentos especializados fora das escolas, sendo, a dislexia, disgrafia, discalculia e a TDAH os principais transtornos. Este artigo tem por objetivo esclarecer os principais tipos de dificuldades, suas características e problemas associados, assim como ressaltar a importância do psicopedagogo dentro da instituição escolar, seu trabalho junto ao pedagogo na educação.
O termo dificuldade de aprendizagem refere-se a um grupo de transtornos que se manifesta por dificuldades significativas no uso e aquisição da fala, escrita, leitura, escuta e habilidades matemáticas. As dificuldades se manifestam em diversas áreas da aprendizagem, assim como em momentos distintos, quanto aos tipos é possível destacar os seguintes distúrbios: verbais (dificuldades para adquirir os processos simbólicos da leitura, escrita e matemática) e não verbais (problemas de adaptação social).
Geralmente a escola é a primeira a detectar que um aluno está manifestando dificuldades de aprendizagem, principalmente o professor, pois exerce papel fundamental na formação das crianças. Neste momento surge a importância do psicopedagogo já dentro da escola para um pronto atendimento, quanto mais cedo os encaminhamentos para possíveis diagnósticos ocorrerem, menos excluída da escola e do direito de aprender estas crianças se sentirão, elas necessitam que lhes seja assegurado o respeito a sua individualidade, reconhecimento de suas competências e possibilidades para que não fracassem. 
2 OS PRINCIPAIS TIPOS DE DIFICULDADES, CARACTERISTICAS E PROBLEMAS ASSOCIADOS
As crianças com dificuldades de aprendizagem podem assegurar uma série de características próprias e problemas associados, estes fatores podem agir individualmente ou inter-relacionados. Alguns aspectos que fazem parte destes problemas podem ser a atenção, percepção, cognitivos, memoria, psicomotores, psicolinguísticos e emocionais. Estes devem ser observados e avaliados para que possa ser feito um diagnostico adequado, será necessário investigar e descobrir qual fator está influenciando mais nas dificuldades manifestadas pela criança. 
Entre as características pode-se observar diversos tipos de mudanças no comportamento, manifestam insegurança e baixa autoestima, tendem a apresentar ansiedade, regressões, oposições, agressividade reacional, tensão e problemas nos relacionamentos interpessoais, incluindo um rebaixamento em sua habilidade social.
Os transtornos de aprendizagem podem ser considerados desordens que interferem na maneira de como adquirir o conhecimento. Citamos alguns tipos mais comuns de transtornos de aprendizagem: 
 Dislexia 
Considerada uma dificuldade especifica de linguagem que se apresenta na língua escrita. A criança apresenta dificuldades de processamento da linguagem para reconhecer, reproduzir, identificar, associar, e ordenar os sons e as formas das letras, organizando-os corretamente. É muito comum encontrar-se outras pessoas com dificuldades parecidas no histórico familiar. 
Emergem no início da aprendizagem da leitura e da escrita, anos iniciais de alfabetização, considerado um problema crônico, com origem no cérebro, coluna vertebral e nervos (neurobiológica). Pode estar associada ou não a quadros de Déficit de atenção (DDA), porém, nem todo quadro de déficit de atenção é acompanhado de dislexia. Citamos algumas dificuldades, como:
· Demoras na aquisição e desenvolvimento da linguagem oral, dificuldade de expressão e compreensão, alteração persistente na fala;
Copiar e escrever números e letras incorretamente;
· Dificuldades na hora organizar-se no tempo, reconhecer as horas, dias da semana e meses do ano;
· Dificuldades de organizar sequências espacial e temporal, ordenar as letras do alfabeto, silabas em palavras longas, sequência de fatos;
· Pouco tempo de atenção nas atividades, mesmo elas sendo muito importantes;
· Dificuldades em memorizar fatos recentes, números de telefone e recados;
· Dificuldades em organizar a agenda escolar ou a rotina diária;
· Dificuldades em participas de brincadeiras coletivas; 
· Falta de interessem em livros impressos e escutas de histórias; 
Para um diagnóstico correto, é sempre bom oferecer além das atividades da escrita, a de matemática, ofertar um problema matemático, escrito e oral e comparar as respostas, é comum encontrar respostas diferentes, corretas na questão oral e incorreta na escrita. A mesma criança que não consegue resolver o problema matemático por escrito pode conseguir na forma oral, então podemos assim concluir que a dificuldades desta criança não é na aprendizagem da matemática e sim na da leitura. 
Com todas estas dificuldades ainda vamos encontrar aquela criança que consegue aprender a ler, porém, vai levar consigo uma dislexia escondida. Estas crianças, normalmente são incompreendidas em suas dificuldades, vistas como desinteressadose muito cobradas, entramos agora na parte da reação apatia ou da revolta, apresentam características como, dificuldades em reconhecer rimas, vocabulário reduzido, construções gramaticais incorretas, dificuldades em entender uma palavra pelo seu significado, dificuldades em fazer copias, trabalhos , produzem a leitura mas não compreendem o que leram, dificuldades com desenhos geométricos, trabalhos com mapas e dicionários, grande dificuldade em aprender uma segunda língua, alterações de comportamento, agressividade, desinteresse, baixa autoestima.
O diagnóstico da dislexia precoce só tende a contribuir para a qualidade de vida desta criança, para quando ela chegar à vida adulta não carregar com ela frustrações que o impedirão de tomar conhecimento de suas habilidades.
Discalculia
A discalculia está relacionada a interferências na aprendizagem da matemática, como realizar um cálculo ou uma operação, entender um conceito ou uma aplicação matemática. Quem tem discalculia possui dificuldade para entender a quantidade das coisas tendo assim muita dificuldade para entender os números e o que eles representam. O transtorno pode ser caracterizado pela baixa capacidade em manejar números e conceitos matemáticos. 
Este tipo de transtorno geralmente começa a ser percebido na fase escolar, no terceiro ano do ensino fundamental, tendo em vista que é nesta fase escolar que as crianças começam a trabalhar com a matemática em um conjunto, pois já tiveram uma instrução formal dela, então começam a aparecer as dificuldades. Fatores genéticos podem ser associados aos quadros diagnosticados.
Mencionamos algumas dificuldades na fase inicial escolar:
· Dificuldades para organizar coisas de maneira lógica, como por exemplo, organizar os brinquedos;
· Aprendizado atrasado em relação a valores cardinais;
· Dificuldade em aprender a contar e distinguir números maiores e menores; 
· Dificuldades em reconhecer símbolos numéricos; 
· A não compreensão do significado de contagem; 
· Dificuldades em acompanhar a pontuação em jogos esportivos;
Além dos já citados, podemos acrescentar algumas dificuldades no ensino fundamental, como identificar símbolos matemáticos, linhas numéricas, pode vir a utilizar os dedos para contar e no ensino médio tem dificuldades em colocar os números na ordem correta, problemas com frações e medidas.
O professor geralmente ao detectar que o aluno não atinge os objetivos propostos para a sua faixa etária e nível de escolaridade, encaminha a criança para providencias cabíveis a situação, onde envolve primeiramente a equipe escolar, não é ele quem realiza o diagnóstico da criança. O diagnóstico da discalculia deve ser realizado o mais cedo possível, pois a partir dos sete ou oito anos, com a introdução dos símbolos específicos da matemática e das operações básicas, os sintomas se tornam mais visíveis.
As intervenções pedagógicas adequadas poderão ser iniciadas e não ocorrerá um comprometimento do desenvolvimento escolar de forma global, fazendo ainda com que o aluno não se sinta inseguro, com medo de novas situações e que não tenha baixa autoestima devido a críticas e punições de pais e colegas o que costuma acontecer muito. A discalculia pode vir associada a outros problemas como dislexia, TDHA e ansiedade. A participação da família e da escola é fundamental no reconhecimento dos sinais de dificuldade, buscar a intervenção de um profissional especializado é o melhor caminho. 
Disgrafia
Disgrafia é um distúrbio que dificulta a percepção e capacidade escrita, levando os portadores a frequentemente cometerem diferentes erros ortográficos, a criança apresenta dificuldade com a fluência da escrita em vários aspectos, como a junção de palavras de maneira inadequada, e a utilização de pouca ou muita força na hora de escrever, geralmente ela está associada a um problema psicomotor. A criança com disgrafia apresenta dificuldades no desenho ou no grafismo da letra.
Não é fácil de conseguir se diagnostica a disgrafia precocemente pois é uma aprendizagem complexa envolvendo o controle do ato motor da escrita exigindo muito treino para isto, podemos receber algumas situações que venham a indicar a disgrafia como:
· Traços grossos ou finos, grandes ou pequenos demais;
· Letras separadas ou sobrepostas;
· Dificuldade em utilizar o lápis ocasionando a postura gráfica incorreta;
· Caligrafia inclinada ou trêmula;
· Espaçamento irregular das letras ou palavras, borrões;
· Desorganização geral em relação a escrita em folha;
Estes diagnósticos devem ser realizados por profissionais pois requerem procedimentos bem específicos, pois a redução do grafismo possui três fatores fundamentais que são o desenvolvimento psicomotor, o desenvolvimento do grafismo e a especificidade do grafismo da criança. Quanto ao desenvolvimento psicomotor devem ser trabalhados aspectos relacionados com a postura, controlo corporal, dissociação de movimentos, representação mental do gesto necessário para o traço, percepção espaciotemporal, lateralização e coordenação Visio motora. Os aspetos relacionados com o grafismo, devem se treinar habilidades envolvendo a escrita, como atividades que impliquem a utilização de lápis e papel, de forma a melhorar os movimentos e posição gráfica, a pintura, o desenho e a modelagem. Corrigir erros específicos do grafismo, como o tamanho, forma, inclinação das letras, a apresentação do texto, a inclinação da folha e a manutenção das margens e linhas.
TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade)
O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) é uma doença crônica ou um transtorno neurobiológico caracterizado pela combinação de sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Um dos transtornos de aprendizagem mais conhecidos, causa comportamento agressivo, ansiedade, dificuldades de aprendizagem, inquietação. Geralmente os casos são diagnosticados na infância e acompanham as crianças por toda a vida, podem nascer com a criança ou podem vir a se desenvolverem após episódios de tensão e estresse. 
 Os sintomas se manifestam no início da infância, quando a criança começa a ir à escola o diagnostico pode ficar mais evidente, pois um dos principais sintomas da TDAH é a dificuldade em prestar atenção as aulas, responder as questões sem terminar e não conseguir ficar parado O TDAH pode se manifestar com sintomas de desatenção e de hiperatividade ou impulsividade, a quantidade destes sintomas classifica a TDAH em três subtipos: 
· Na apresentação combinada, os critérios de desatenção e hiperatividade-impulsividade são preenchidos nos últimos seis meses.
· Predominantemente desatento os critérios de desatenção são preenchidos nos últimos seis meses, mas os critérios de hiperatividade não são.
· Predominantemente hiperativo-impulsivo, os critérios de hiperatividade são preenchidos nos últimos seis meses e os critérios de desatenção não são.
Os sintomas da desatenção podem ser: 
· Dificuldade para se manter a concentração por muito tempo;
· Erros por falta de atenção no que se está fazendo, evitar atividades que requerem um grande esforço mental;
· Esquecem com facilidade o que se iria ler;
· Dificuldade em se organizar com o planejamento de tempo e com objetos;
· Possuem o habito de perder coisas;
· Não ouvem quando são chamados, podem ser considerados desatentos ou até egoístas;
Na hiperatividade e na impulsividade temos:
· Com frequência uma inquietação das mãos, dos pés e do corpo no geral;
· Fala excessiva;
· Presa em se comunicar, não esperando a vez de falar, atropelo a fala do outro;
· Constante mudança de posição e incapacidade de permanecer sentado por um período longo;
· Tendem a assumir o controle das atividades de outros indivíduos. 
Teremos também os graus de TDAH, que são considerados leve, quando poucos sintomas estão presentes e estes representam prejuízos pequenos no funcionamento social ou escolar. No moderado, os sintomas podem ser de leves a graves e no grave teremos muitos sintomas, que resultam em um prejuízo grande no funcionamento social, escolar e profissional.Os fatore que causam o TDAH podem ser divididos em fatores genéticos, onde encontramos o TDAH em filhos e familiares de pessoas com TDAH, ou seja uma questão de genética. Algumas evidencias de disfunção em portadores de TDAH mostram anormalidades cerebrais. Os fatores ambientas podem vir também a serem apontados como causas no diagnóstico da TDAH, como o baixo peso ao nascer, negligencia, abuso infantil, lares adotivos, exposição a neurotoxinas, infecções como a encefalite por exemplo. 
3 O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO
A psicopedagogia surge como uma nova área de conhecimento em busca do compreender e resolver problemas de aprendizagem, pensar e refazer o trabalho no cotidiano das escolas. A formação nesta área gera uma oportunidade para entender o sujeito e refazer suas concepções e atitudes em ralação ao ensino, oferecendo instrumentalização necessária para atender as demandas da escola quanto aos alunos com dificuldades de aprendizagem, que é o foco principal da psicopedagogia. 
Segundo BOSSA (2007, p.21) a definição do objetivo da psicopedagogia seria:
O objetivo do tratamento psicopedagógico é o desaparecimento do sintoma e a possibilidade de o sujeito aprender normalmente em condições melhores enfatizando a relação que ele possa ter com a aprendizagem, ou seja, que o sujeito seja o agente da sua própria aprendizagem e que se aproprie do conhecimento.
O psicopedagogo não é um “resolvedor de problemas” e sim um profissional que dentro dos seus limites e de sua capacidade pode ajudar a escola a remover obstáculos que estivem no caminho entre o aluno e o conhecimento e a formar cidadãos por meio da construção de práticas educativas que venham a favorecer os processos de humanização e capacidade de um pensamento crítico. 
Na instituição escolar, a psicopedagogia, tem uma função complexa e por isso provoca algumas distorções conceituais quanto às atividades desenvolvidas pelo psicopedagogo. Em uma ação interdisciplinar ela dedica-se a áreas relacionadas ao planejamento educacional e assessoramento pedagógico, colabora com planos educacionais e lúdicos no âmbito das organizações, atuando numa modalidade cujo caráter é clínico institucional, ou seja, realizado diagnóstico institucional e propostas operacionais pertinentes.
Assim o psicopedagogo consegue atingir seus objetivos quando, ampliando a compreensão sobre as características e necessidades de aprendizagem de determinado aluno, abre espaço para que a escola viabilize recursos para atender às necessidades de aprendizagem.
Atualmente podemos observas nas escolas um grande número de alunos com dificuldades de aprendizagem, termos usados como “esse menino não aprende ou aluno problema”, são cada dia mais comuns de serem ouvidos pelos corredores das escolas. 
Os professores tem a função passarem o conteúdo e de avaliarem em um todo, os melhores alunos sempre são referência e considerados o padrão de do bom desenvolvimento escolar. O “aluno problema” acaba passando entre os outros, despercebido, suas dificuldades e capacidades não são avaliadas, pois, o objetivo não é a construção do conhecimento. 
A forma de avaliar dos professores pode estar equivocada ou apenas precisa de um ajuste, provas e testes por serem compatíveis com nosso contexto atual são mais fáceis de serem aplicados, porém é uma pratica não confiável, pois possui desvios pelos quais não se atinge os alunos com problemas de aprendizagem.
 Luckesi (2003, p.118) cita em sua obra que avaliação é uma ferramenta que o ser humano não se livra, faz parte do modo de agir, então é necessário que seja usada da melhor maneira possível. Ele tem a mesma opinião quando afirma que a característica que de imediato se evidencia na pratica educativa seria que a avaliação ganha um peso amplo nos processos de ensino tanto que passou a ser direcionada por uma pedagogia do exame. 
Uma avaliação tem o objetivo de classificar e não diagnosticar, se o conhecimento fosse visto de forma construtiva não classificaria. “O julgamento do valor que teria função de possibilitar uma nova tomada de decisão sobre o objeto avaliado, passa a ter função estática de classificar um objeto ou um ser humano histórico num padrão definitivamente determinado” (LUCKESI,2003, p.34).
Não se está fazendo nada com a criança que não aprende e tem suas dificuldades e limitações, porém precisa-se fazer. Estratégias como progressão continuada, aprovação automática, turnos integrais, aulas de reforços são importantes, mas não são totalmente eficazes. 
Atualmente o professor além de passar todo o conteúdo programático e seguir com as habilidades e estratégias para conseguir o resultado esperado, o de que o aluno aprenda, e consiga se preparar para atuar em sociedade, ele se depara também com os problemas sociais que os alunos trazem de fora da escola para dentro das salas de aula, onde podemos citar principalmente os de âmbito familiar. 
O psicopedagogo é um profissional que pode auxiliar no processo de ensino aprendizagem e na avaliação do mesmo. Tê-lo dentro da escola seria o ideal.
A interação entre o professor e o psicopedagogo escolar exige respeito ao papel que cada um assume, considerar e valorizar o conhecimento que cada um construiu através de experiências vividas junto a escola e alunos, podem proporcionar maior autonomia, respeito por seu trabalho e habilidades ao resolverem os problemas que surgirão no decorrer do percurso escolar. Professor e psicopedagogo precisam estabelecer uma relação de confiança e parceria quanto aos problemas de sala de aula, em conjunto analisarão possíveis intervenções, pois o papel de ambos é essencial para que cheguem a possíveis soluções as necessidades encontradas assim como possam tentar prevenir problemas que possam vir a acontecer no âmbito escolar. 
As dificuldades de aprendizagem podem ser consideradas transtornos ou desordens que dificultam o ritmo de aprendizagem da criança, podem ser detectados nos primeiros anos de vida escolar e necessitam de acompanhamento de psicopedagogos, psicólogos, e alguns casos de fonoaudiólogos. Dependendo de cada caso, existem os tratamentos específicos que podem vir a diminuírem os transtornos ao longo dos anos. Não podemos deixar de investigar de onde vem o problema, pois podem estar associados a problemas na família, problemas de relacionamento com professor ou colegas.
Bossa (2000, p.23) cita que:
(...) papel do psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação. Já que no caráter assistencial, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais, fazendo com que os professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e às necessidades individuais de aprendizagem da criança.
Prevenir pode-se dizer que é a função do psicopedagogo, ajudar a orientar e diagnosticar corretamente os problemas relacionados a aprendizagem, evitando umas frustações escolares e erros de intervenção. 
Segundo BOSSA, o objetivo psicopedagógico seria o do desaparecimento do sintoma e a possibilidade de o sujeito aprender normalmente em condições melhores, que o sujeito seja agente de sua própria aprendizagem e que adquira o conhecimento tomando posse dele. 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As principais dificuldades de aprendizagem, como a dislexia, a discalculia, a disgrafia e a TDAH embora problemas sérios no decorrer do ensino aprendizagem se diagnosticados e tratados a tempo podem fazer uma diferença muito grande na vida das crianças. Teremos adultos mais reparados para lidarem consigo mesmos. 
A inserção do psicopedagogo nas escolas poderia contribuir em muito para melhorar todo o processo ensino-aprendizagem, um trabalho junto ao pedagogo poderia tornar o aprendizado mais coerente com a realidade de cada caso.Podemos destacar como um dos benefícios de se ter este profissional na própria instituição de ensino, que seria do aluno não precisa ser encaminhado para um consultório fora dela, não precisaria se deslocar e nem pagar para receber este apoio.
O psicopedagogo pode auxiliar a escola a garantir as melhores alternativas de solução das dificuldades de aprendizagem, levando o corpo docente a repensar e melhorar sua práxis pedagógica e o aluno a ser um sujeito ativo na elaboração do próprio conhecimento. Desta forma, poderemos alcançar o objetivo da avaliação, ou seja, fazer o aluno realmente aprender.
Para isto acontecer teremos que envolver a escola, a família, o professor e o aluno. O psicopedagogo poderá ajudar nesta mediação entre as partes e também individualmente cada uma delas, buscando a contribuição e o comprometimento de todos. As dificuldades de aprendizagem envolvem várias situações, porém o importante é a maneira como se percebe o potencial de aprendizagem das crianças, ao observar as potencialidades de cada uma, teremos melhores condições de uma intervenção e assim se obter melhores resultados. 
A fundamentação teórica do curso de psicopedagogia foi de grande valia para o meu crescimento profissional, pois aprendi que não existem limites para aprender e nem para ensinar, o que precisamos são de profissionais comprometidos com a verdadeira educação.
5 REFERÊNCIAS
BOSSA, Nádia. A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
BOSSA, Nádia A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 3º ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
LUCKESI, Cipriano. Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 12ª ed. São Paulo: Cortez, 2003.

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