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Luana Mascarenhas Couto 18.2 - EBMSP
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TERRITORIALIZAÇÃO
A territorialização surge em 1920 nos sistemas de saúde, devido à necessidade de implantação um sistema de redes no serviço público de saúde. 
A territorialização é necessária tanto na implantação de uma nova equipe de saúde da família quanto como ferramenta de estratégia rápida para reconhecimento, identificação e responsabilização sanitária de determinada área para, em seguida, estabelece um relacionamento horizontal e vertical com outros serviços adjacentes.
A área de abrangência é uma área delimitada geograficamente que determinada à responsabilidade sanitária de uma equipe de saúde da família. No Brasil a recomendação é que cada médico da família atenda em torno de 2000 a 3500 pessoas. 
O território-microárea é uma unidade operacional de um agente de comunitário de saúde, em que o objeto é a prática de vigilância a saúde e no qual residem no máximo 750 habitantes.
No Brasil, a territorialização é um pressuposto básico da Estratégia de Saúde da Família. Essa estratégia foi proposta como modelo de assistência com base na prevenção e na promoção de saúde, com reestruturação dos serviços da saúde e de sua relação com a comunidade (aumentando o vínculo com o indivíduo e com sua família) e com a atuação nos níveis de atenção primária, secundária e terciária com consequente melhora na acessibilidade. 
Com o objetivo maior de realizar a vigilância em saúde, os agentes comunitários de saúde (ACS) integram a equipe de saúde e realizam o elo entre a comunidade do território da unidade de saúde e os profissionais.
 Cada Unidade Básica de Saúde (UBS) tem um espaço delimitado com determinadas características, naturais ou elaboradas pelo homem, que definem o ambiente e influem no processo saúde-doença da população. 
A territorialização é um processo de apropriação por atores sociais de uma área geográfica delimitada, considerando-se o perfil epidemiológico, social, cultural, político e administrativo desse espaço e que está em constante mutação.
Princípios da medicina de família e comunidade
I Princípio: A MFC é influenciada pela comunidade: o médico de família e comunidade deve apresentar habilidade para responder e adaptar-se às mudanças de situação e à diversidade de situações clínicas de acordo com as necessidades das pessoas e utilizando-se dos recursos disponíveis, assim como utilizar-se da rede de serviços secundários e terciários com critérios.
II Princípio: O médico de família e comunidade é o recurso de uma população definida; por isso, ele tem uma responsabilidade para assegurar melhoria nas condições de saúde dessa população, em especial daquelas com maior risco social, com a possibilidade de avaliar, planejar estratégias e implementar ações de prevenção e de promoção à saúde, individuais e coletivas da população.
Territorialização: base para a operacionalização da vigilância em saúde
O objetivo do processo de territorialização é permitir que as necessidades e os problemas dos grupos sejam definidos, possibilitando o estabelecimento de ações mais apropriadas e resolutivas.
A associação de algumas ferramentas de abordagem familiar (tais como genograma e ecomapa) na territorialização reforça e auxilia o diagnóstico comunitário, o qual é etapa fundamental no trabalho do médico de família e comunidade.
Os problemas e as necessidades da população de um território serão conhecidos a partir de uma coleta sistemática de dados, por meio da qual serão determinadas as populações expostas a risco, os problemas prioritários, as vulnerabilidades e as relações interespaciais que geram necessidade de intervenção. 
Utilização do trinômio: informação- decisão- ação:
- Informação subtende a obtenção de dados primários e sua sistematização. 
- A partir dos dados coletados e do uso dos conhecimentos da epidemiologia, ocorre o planejamento estratégico de ações, que terão destinação local bem definida em função dos problemas encontrados.
- As ações em saúde serão operacionalizadas conforme decisão baseada nos dados coletados e inter-relacionados com os dos profissionais de saúde da própria base territorial e de outros setores do Estado.
Território
O território é um espaço limitado político-administrativamente ou por ação de um grupo social, em que se edificam e exercitam os poderes do Estado e dos cidadãos, de grande importância para a definição estratégica de políticas públicas.
A partir da contextualização da dinâmica e da identificação dos problemas do território, podem-se verificar situações de risco, planejar, propor e implementar ações para a resolução desses problemas.
Para definir o território, deve-se delimitar a área de atuação dos serviços, analisar o ambiente, a população e a dinâmica social da área e definir relações horizontais com outros serviços e verticais com centros de referência.
Território-distrito
É a delimitação político-administrativa. 
A implantação do SUS trouxe a necessidade de regionalização e a municipalização dos sistemas de saúde, propondo-se, para isso, a estruturação de distritos sanitários. Esse distrito deveria compor uma rede de municípios para interação de serviços, elegendo o que apresentar maior capacidade tecnológica e resolutiva para ser a sede do distrito sanitário. 
No primeiro nível, em que se propicia a assistência individual e coletiva com prevenção e promoção de saúde, ocorre a demarcação territorial no interior do distrito, uma vez que requer a adscrição de clientela e delimitação da área de abrangência da unidade básica de saúde. 
O segundo e o terceiro níveis de atenção não possuem um recorte territorial definido, porém estão localizados no território do distrito. 
Território-área
Representa a delimitação da área de abrangência de uma unidade ambulatorial. Ou seja, é um espaço de determinação de corresponsabilidade pela saúde entre a população e o serviço.
Os limites da área devem considerar barreiras físicas e vias de acesso e de transporte da população às unidade de saúde. 
A área para uma Unidade de Saúde da Família é formadas por microáreas, nem sempre contíguas, onde atua uma equipe de saúde da família e residem em torno de 2000 a 3500 pessoas.
Território-microárea
É delimitada com a lógica da homogeneidade socioeconômica e sanitária.
Representa uma subdivisão do território-área.
Tem como objetivo a prática de vigilância em saúde e a melhoria de indicadores de saúde. 
Essa microárea é formada por um conjunto de família que congrega no máximo 750 habitantes, constituindo a unidade operacional do agente comunitário de saúde. Esse agente realiza o cadastro das famílias adscritas em sua base geográfica, identificando e mapeando áreas de maior risco.
OBS: O agente comunitário de saúde (ACS) pertence a comunidade.
Território-moradia
Representa o lugar de residência de uma família e é o alvo de intervenção e a fonte de informação, ou seja, é o objeto da prática da vigilância em saúde.
OBS: O território-distrito e moradia apresentam um território conceitualmente delimitado, e os territórios-área e microárea apresentam dimensões e população indefinidas, variando para cada UBS. 
OBS1: Várias ferramentas podem ser utilizadas a partir da territorialização dos serviços de saúde, entre elas o georreferenciamento, ecomapa, densidades populacionais e outros.
Sistemas de Georreferenciamento
O georreferenciamento do território-moradia permite a agregação espacial de dados que possibilitam a identificação de riscos sociais, mas encontra barreira na falta de uma base digital de ruas e quadras.
Cartografia
É possível utilizar a cartografia como instrumento de orientação, localização, representação de aspectos físicos e humanos e distribuição espacial de fenômenos.
Reflexões
O território é um recorte geográfico dinâmico que expressa características demográficas, epidemiológicas, administrativas, políticas, sociais e culturais específicas e a partir do qual os gestores podem planejar e propor ações, bem como melhorar a organização, o controle e a intervenção, conforme as necessidades da população adscrita.
Pontos a serem melhorados:- Caso a pessoa se mude, de rua ou bairro, muda a equipe e perdem-se as visitas domiciliares de todos os membros daquela equipe.
- Outro ponto a ser melhorado é o número de pessoas por médico de família. O ministério da saúde regulamenta que cada equipe deve atender entre 2000 e 3500 pessoas, porém nem sempre é o que se encontra na realidade. 
Questões:

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