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artigo esporotricose felina

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São Bernardo do Campo 
2018 
SARAH CRISTINE RIBEIRO BAPTISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPOROTRICOSE FELINA 
 
 
São Bernardo do Campo 
2018 
 
 
 
 
 
 
SARAH CRISTINE RIBEIRO BAPTISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPOROTRICOSE FELINA 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Universidade Anhanguera de São Paulo – 
UNIAN - ABC, como requisito parcial para a 
obtenção do título de graduado em Medicina 
Veterinária. 
Orientadora: Sarah Crespo 
 
 
 
 
SARAH CRISTINE RIBEIRO BAPTISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SARAH CRISTINE RIBEIRO BAPTISTA 
 
 
 
ESPOROTRICOSE FELINA 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
(Universidade Anhanguera de São Paulo Unian 
– ABC), como requisito parcial para a obtenção 
do título de graduado em (Medicina Veterinária). 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
Cidade, dia de mês de ano (Fonte Arial 12) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico a minha conclusão de curso á minha família, em especial a minha mãe, 
Rosangela e a minha Vó, Lazinha que sempre me deram força para vencer essa difícil 
batalha que é ser estudante. 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus, por sempre me guiar para um caminho melhor e a 
realização de um sonho. 
Á minha mãe Rosângela uma mulher guerreira e batalhadora que sempre fez o 
impossível para criar os 2 filhos sozinha e ainda sim dar os melhores conselhos e 
incentivar a não desistir de seus sonhos e objetivos, pois sem luta não há conquista. 
Á minha Vó Lazinha que desde o começo torce por mim e pela realização de um 
sonho que também é dela, agradeço as belas palavras sábias de incentivo para não 
desistir e o carinho que tem por mim. 
A meu irmão Matheus, que sempre apoio, e sem isso nada seria, agradeço aos 
meus colegas de estudo Kiany, Angela, Vivian, Patricia, Fernanda, que fizeram parte 
desta jornada para conseguirmos essa vitória e que levarei no coração para sempre. 
Ao meu namorado Bruno, que esteve comigo sempre fazendo o possível para me 
ajudar, aguentando meus stress de prova, choro, alegrias, e mesmo assim 
continuava me incentivando não foi fácil mais conseguimos. 
A minha gata Myah, minha companheira de estudos, que não saia do meu lado 
enquanto não fosse dormir, dormia em cima de livros e nootbooks me mostrando 
que estava no caminho certo, amo imensamente. 
A todos meus professores, que implantou em mim a semente do conhecimento. 
 
OBRIGADO! 
 
 
 
 
 
 
 
BAPTISTA, Sarah Cristine Ribeiro. Esporotricose Felina. 2018. 31f. Trabalho de 
Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) – Universidade 
Anhanguera de São Paulo Unian- Abc, São Bernando do Campo, 2018. 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A esporotricose é reconhecida como uma doença crônica causada pelo fungo 
dimórfico Sporothrix schenckii. Os felinos domésticos com esporotricose representam 
um papel importante na transmissão da doença para outras espécies e seres 
humanos. Essa micose e frenquente no Brasil, e vem aumentando as ocorrências da 
esporotricose adquirida pelo contato com gatos infectados, e é atualmente 
considerada de notificação obrigatória por se tratar de uma zoonoses. O objetivo deste 
trabalho é alertar a todos do meio acadêmico, métodos diagnóstico e controle efetivos 
afim de se escolher a abordagem terapêutica mais conveniente ao caso, e como 
consequência a proteção dos seres humanos quanto às estas enfermidades. 
 
 
Palavras-chave: Esporotricose; Zoonoses; Felinos; Sporothrix; Fungos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BAPTISTA, Sarah Cristine Ribeiro. Feline Sporothichosis. 2018. 31f. Trabalho de 
Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) – Universidade 
Anhanguera de São Paulo Unian Abc, São Bernardo do Campo,2018. 
ABSTRACT 
Sporothichosis is recognized as a chronic disease caused by the dimorphic fungus 
Sporothrix schenkii Domestic felines with sporotrichosis play na importante role in 
transmitting the disease to other species and humans. This mycosis is frequente in 
Brazil, and has increased the occurrence of sporothichosis acquired by contact with 
infected cats and is currently considered a mandatory notification because it is a 
zoonosis. The objective of this work is to alert all of the academic environment, 
effective diagnostic and control methods in order to choose the most conveniente 
therapeutic approach to the case, and as a consequence, the protection of humans 
about these diseases. 
 
 
 
Key-words: sporothichosis ; Zoonosis ; Feline ; Sporothrix schenkii ; fungus . 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 1- Gatos com lesões ulceradas, localizadas em diversas áreas do corpo .... 15 
Figura 2 – A e B Forma cutânea lesões crostosas ulceradas em região de face 
(lateral esquerda e rostral) em um felino .................................................................. 16 
Figura 3 – A: Lesões em gomas ulceradas; B: Lesão Nodular em região de cabeça e 
pavilhão auricular; C: Lesões em membros torácicos .............................................. 16 
Figura 4- Formas Cutânea Localizada na mão, e Linfocutânea no braço ............... 17 
Figura 5 – Material coletado na superfície de lesão ulcerada com o auxilio de swab 
estéril ....................................................................................................................... 18 
Figura 6 – Sporothrix Schenkii na forma de leveduras ovaladas e arredondadas .... 19 
Figura 7 – Sporothrix Schenkii livres e no interior do citoplasma de macrófagos..... 20 
Figura 8 - Passo a passo para realizar a citologia ................................................... 20 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
EPI Equipamento de Proteção Individual 
FISPQ Ficha de Informação Segurança de Produto Químico 
HE Hematoxilina- eosina 
HIV Vírus da Imunodeficiência Humana 
IPEC Instituições de Pesquisa Evandro Chagas 
IV Intravenoso 
PAS Ácido Periodico de Schiff 
PCR Reação de Cadeia em Polimerase 
 
 
SUMÁRIO 
Pág. 
RESUMO 
ABSTRACT 
LISTA DE FIGURAS 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 9 
2. ESPOROTRICOSE FELINA ............................................................................. 10 
2.1 ETIOLOGIA ................................................................................................. 11 
2.2 EPIDEMIOLOGIA........................................................................................ 12 
2.3 PATOGÊNIA ............................................................................................... 13 
3. SINAIS CLINICOS ............................................................................................ 15 
3.1 HUMANOS.................................................................................................. 16 
3.2 DIAGNÓSTICO DA ESPOROTRICOSE ..................................................... 18 
3.3 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ................................................................... 22 
4. TRATAMENTO ................................................................................................. 23 
4.1 CONTROLE E PROFILAXIA ....................................................................... 24 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 26 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 27 
 
 
9 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A esporotricose é uma micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix 
schenckii, que acomete animais e seres humanos pela implantação traumática do 
fungo na derme, através de mordeduras, arranhões ou
contato com os exsudatos das 
lesões de gatos doentes e fragmentos vegetais (LARSSON 2010). 
Sendo uma zoonose de importância para a saúde pública e por falta de 
conhecimento prévio da doença, entre a população, muitos animais vem sendo 
abandonados ou tutores acabam solicitando a eutanásia de seus animais, 
disseminando a doença entre outros animais por não realizarem o tratamento e 
profilaxia adequada. O presente trabalho tem como objetivo, revisar a literatura sobre 
esporotricose a fim de alertar a todos do meio acadêmico, métodos diagnóstico e 
controle efetivos afim de se escolher a abordagem terapêutica mais conveniente ao 
caso, e como consequência a proteção dos seres humanos quanto às estas 
enfermidades por se tratar de uma zoonoses. 
O objetivo deste trabalho é descrever a esporotricose felina, etiologia, 
epidemiologia, patogenia, sinais clínicos em felinos e humanos, formas de 
diagnóstico, profilaxia e tratamento. Este trabalho, de revisão de literatura, teve como 
base pesquisas de artigos científicos no Google acadêmico Scielo e, Pubvet, PDF, 
Ebsco, livros da bibliotecas da universidade Anhanguera de São Paulo Unian Abc, no 
período de agosto de 2018 a novembro de 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
2. ESPOROTRICOSE FELINA 
 
A esporotricose é uma doença micótica sistêmica de seres humanos e de 
outras espécies animais, especialmente os felinos, causada pelo fungo dimórfico 
Sporothrix Schenkii, sendo considerado endêmico em todo o mundo. Considerada 
uma transmissão zoonótica emergente, o fungo sobrevive em vegetações mortas e 
solos, crescendo em plantas, infectando pessoas e animais por traumas e corpo 
estranho penetrantes, se tornando patogênica por suas habilidades dimórficas 
(LITTLE, 2015). 
O Sporothrix Schenkii também pode ser encontrado em culturas a 25° C, onde 
apresenta-se na forma filamentosa ou a 37° C na forma de levedura 
(LARSSON,2011). Os casos de incidência da esporotricose vem aumentando no país 
pelo contato com gatos domésticos contaminados, esta doença é atualmente 
considerada de notificação obrigatória (ROCHA, 2014). 
A transmissão da moléstia ocorre de forma clássica como mordeduras, 
arranhaduras ou mucosas com as secreções das lesões dos gatos infectados, ocorre 
a implantação do fungo no subcutâneo através de contato com plantas especialmente 
as ornamentais, como por exemplo a roseira, e o contato direto com lesões ulceradas 
dos felinos infectados, onde possuem um grande número de células fúngicas 
leveduriformes, que é facilmente transmitida de um animal para outro e humanos 
(MOURA, 2018). 
Os felinos mais predispostos a contrair o fungo são gatos jovens, que não são 
castrados e tem acesso livre a rua, isso predispõem a brigas entre outros felinos que 
possa ter o Sporothrix Schenkii. Apresentam características comportamentais como 
afiar as unhas em troncos de árvores e madeiras, se esfregar em solos e seus hábitos 
higiênicos também facilitam para se infectarem (BARROS, 2010). 
Após o fungo penetrar na pele através de uma punção, aranhão, mordidas 
surpeficiais ou profundas, contato com secreções de mucosa do animal o fungo sofre 
conversão para a fase de leveduras; em sinais extra cutâneos foram observados 
dispneia, problemas respiratórios, coriza e infecções subclínicas (LITTLE, 2015). 
O período de incubação varia de 3 a 30 dias, podendo chegar a meses, 
acredita-se que o desenvolvimento da esporotricose seja maior quando a infecção 
acontece por meio de ferimento e traumas causados por plantas do que por contato 
com gatos infectados. Já nos casos de acidentes com os gatos o período de incubação 
11 
 
é menor tendo maiores chances de manifestações sistêmicas dada a virulência 
aumentada devido a inoculação do fungo (MOURA et al., 2018). 
 
 ETIOLOGIA 
 
Sporothrix schenkii é um fungo que pertence à família Ophiostomomataceae, 
ordem Ophiostomatales, de subclasse Euascomycetes, e possui uma divisão 
Ascomycota medem (1 a 2 μm de diâmetro). Possui características de produção de 
melanina, que o protege da destruição macrofágica e pelas proteínas extracelulares 
(QUINN, MARKEY, CARTER et al., 2007). Possui predileção geofílica, encontrado em 
vegetação e matéria orgânica em decomposição, solo. É encontrado nas formas 
micelial no meio ambiente a temperaturas de 25° C e in vitro, e 37° C na forma 
leveduriforme, parasitismo, temperaturas entre 39 e 40° levam á inibição do 
crescimento fúngico (JERICÓ, 2005). 
A doença é uma micose que tem um alto potencial zoonótico, atingindo animais 
e seres humanos, o primeiro caso relatado da doença foi em 1900 no Johns Hopkins 
Hospital, em Baltimore que fica nos Estados Unidos onde publicou o primeiro e 
segundo caso humano de esporotricose com isolamento do fungo enviado ao 
micologista Erwin Smith que o descreveu como Sporotricha (GUSMÃO, 2017). Esta 
nomenclatura foi utilizada até a década de 1960, quando foi realizado um estudo, 
diferenciando os gêneros Sporothrix e Spotrichum, dando a idéia de um binômino 
ficando conhecido como Sporothrix Schenckii (ROCHA, 2014). 
No Rio de Janeiro o primeiro caso de Sporothrix Schenckii felina ocorreu em 
1998, então após os descobrimentos que a esporotricose se classifica como uma 
zoonose e para evitar surtos da doença, as Instituições de Pesquisa Clínica Evandro 
Chagas (IPEC) da Fundação Oswaldo Cruz conhecida como FioCruz, vem 
acompanhando os casos das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, 
acompanhando a evolução epidêmica desse fungo associado a transmissão zoonótica 
(ROCHA, 2014). 
Segundo Cruz (2013), demostrou-se que o sequenciamento de genes, que a 
espécie Spothrix Schenckii, é na verdade um complexo composto das seguintes 
espécies Sporothrix albicans, Sporothrix brasiliensis, Sporothrix globosa, Sporothrix 
luriei, Sporothrix mexicana e Sporothrix schenckii. Por ser dimórfico, quando em vida 
livre o fungo e encontrado na forma micelial, junto de vegetais e, quando ocorre a 
12 
 
penetração no tecido animal, atingi a forma parasitária leveduriforme, manifestando a 
doença. A esporotricose na forma livre, necessita de elevada umidade relativa 
ambiental (95 a 100%) e o solo rico matéria orgânica, para a forma micelial a 
temperatura ideal é de 25º C e 37° C para leveduriforme, que pode ser encontrados 
em madeiras, excrementos de animais e outros materiais de origem vegetal, feno e 
plantas mortas em decomposição (MOURA, 2018). 
A infecção se dá pelo contato com o solo, o ato de escavar e enterrar os dejetos 
com terra pelo hábito felino, brigas entre machos não castrados, arranhões e 
mordeduras dos suscetíveis, tutores que sofrem traumas de seus animais também 
contraem a doença, se não tiverem corretamente protegidos por luvas antes de 
manipularem (LARSSON, 2011). 
 
 EPIDEMIOLOGIA 
 
 A distribuição mundial da esporotricose ocorre principalmente em regiões de 
clima tropical e subtropical úmido. É uma micose subcutânea endêmica em diversas 
regiões da América Latina, Índia, África do Sul, Japão e China, sendo mais prevalente 
na América Latina com uma grande incidência no Brasil (GONTIJO et al., 2011). 
 A esporotricose vem sendo relatado em vários lugares do brasil, mais se 
destacando como surtos no Rio Grande do Sul, Minas e São Paulo, Paraíba e Alagoas 
ao longo dos 20 anos, o número descrito de casos registrado nesses estados somou 
120 gatos, destacando maior epidemiologia no Rio de Janeiro (BARROS et al., 2012). 
Mesmo já relatados em algumas regiões do nordeste brasileiro, a esporotricose 
felina ainda e pouco conhecida e explorada nestas regiões, porém, se não for dada a 
devida importância a esta doença de carácter zoonótica, correm o risco de se tornar 
áreas endêmicas por falta de conhecimento (MONTEIRO; TATENO, 2014). 
 No Rio de Janeiro é a maior causuística de epidemia, chegando a ultrapassar 
a que foi ocorrida na década de 1940 na África do Sul, em estudos foi relatado que a
uma década a esporotricose humana está se tornando uma doença urbana nas 
regiões metropolitana do Rio de Janeiro. Foi realizado uma análise da distribuição 
geográfica da doença, e observou-se uma alta taxa de casos ocorrendo em torno da 
capital fluminense, ultrapassando seus limites para outros municípios próximos 
chamado de cinturão de esporotricose (SILVA et al., 2012). 
13 
 
Estudos no Rio de Janeiro mostraram que a concentração de casos de 
esporotricose na região metropolitana se concentra em mulheres, que são dedicadas 
ás atividades do lar, são os grupos mais acometidos e expostos ao fungo, pois são 
geralmente as pessoas que cuidam dos animais que possam estar infectado. E que 
são população de baixo nível socioeconômico que utilizam os felinos como medida de 
controle de roedoeres e insetos (ROCHA, 2014). Os cães parecem não desempenhar 
um papel na cadeia epidemiológica da doença, pois até dezembro de 2009, não havia 
sido registrado a transmissão zoonótica do fungo para o ser humano com cães 
(SCHUBACH et al., 2006; BARROS et al., 2010). Essa zoonose adquire importância 
na epidemiologia pois as formas de contaminação ambiental (solo e vegetais) de 
animais infectados que morrem no ambiente isolado, e são jogados no lixo, em lotes 
vagos, terrenos baldios com plantas ou enterrados sem tratamento prévios, 
transmitindo a outros animais que vivem dentro das residências e tem contato com o 
ser humano (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). 
 
 PATOGÊNIA 
 
Existe três formas clínicas de esporotricose citadas como: Cutânea localizada, 
Linfocutânea, multifocal disseminada. Sendo as formas localizada e linfocutânea são 
as mais comuns em felinos, em seres humanos são as cutanêa-fixa, extracutânea e 
disseminada com susceptibilidade em pessoas imunocomprometidos; Felinos podem 
desenvolver mais de uma forma clínica, sendo assim se tornando-se difícil a 
classificação (GONTIJO, 2011; LITTLE, 2015; ROCHA, 2014). 
As lesões da forma cutânea é a mais frequente e aparece nódulos papulosos, 
que se localizam na região de membros distal ou em base da cauda e cabeça, as 
áreas acometidas pelo fungo se tornam ulceradas e drenam exsudato purulento, com 
formação de crostas espessas e áreas de necrose que podem se desenvolver e ter 
exposição dos músculos e ossos e acompanhadas de manifestações respiratórias que 
são vistas na forma de espirros, significando que há lesão em região nasal (QUINN et 
al., 2007). 
Nódulos secundários podem migrar ao longo do curso para os vasos linfáticos 
e espalhar a infecção para outros locais do corpo, os nódulos ulcerados liberam um 
exsudato seropurulento. Com um um grande número de células leveduriformes na 
14 
 
secreção das lesões, nos felinos produzido pela ulceração apresentam risco á saúde 
dos tutores que manipulam os animais (FONTES; SILVA; PORTILHO, 2014). 
Na forma localizada se não tratada pode evoluir para linfocutânea, com nódulos 
cutâneos, úlceras com secreções na pele do animal atingindo linfonodos, e é 
encontrada prioritariamente no fígado e pulmão com úlceras e acometimentos de 
outros órgãos. Na linfadenites e linfagites nodulares há lesões em mucosas, que 
podem ser observadas em conjunto com outros sinais clínicos como desidratação 
acompanhada de perda de peso e anorexia (ROCHA, 2014). 
Lesões que surgem após um período de incubação cerca de 1 mês, surge como 
ferimentos puntiformes com uma pequena secreção e depois evolui para abcessos 
bacterianos e feridas que são causadas pelo S. schenckii adquiridas em brigas ou 
celulites e antibióticos não são suficientes para desaparecimento das lesões (LITLLE, 
2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
3. SINAIS CLÍNICOS 
 
A esporotricose apresenta-se como micose granulomatosa, cutânea e 
piogranulomatosa com evolução subaguda ou crônica. Sendo descritas três formas 
clínicas: a cutânea, a linfocutânea e a disseminada, geralmente as lesões se localizam 
na cabeça, orelhas, nariz, tronco, membros e cauda (GONJITO et al., 2011). Nos 
felinos a forma cutânea e a disseminada são as que mais comuns de aparecer, lesões 
papulonodulares e alopécicas, na parte distal dos membros e base da cauda, e em 
região cefálica. Lesões se ulceram com exsudatos purulentos e com crostas 
espessadas, podendo ocorrer infecções secundárias (MONTEIRO, 2008). 
Na forma localizada se não tratada pode evoluir para linfocutânea, com nódulos 
cutâneos, úlceras com secreções na pele do animal atingindo linfonodos, e é 
encontrada prioritariamente no fígado e pulmão com úlceras e acometimentos de 
outros órgãos. Na linfadenites e linfagites nodulares há lesões em mucosas que 
podem ser observadas em conjunto com outros sinais clínicos como desidratação 
acompanhada de perda de peso e anorexia como mostra na Figura 1 (ROCHA, 2014). 
 
Figura 1- Gatos com lesões ulceradas, localizadas em diversas áreas do 
corpo 
 
Fonte: Cruz (2013, p. 11) 
 
Em lesões cutâneas conforme mostra a Figura 2 e 3, a presença de sinais 
respiratórios em gatos infectados com esporotricose é frequente na forma de espirros, 
que pode estar associada a lesões na mucosa nasal (GUERINO, 2016). 
16 
 
Extensas áreas de necrose podem se desenvolver e evoluir com a exposição 
de músculos e ossos, a doença pode se disseminar para outras partes do corpo por 
auto inoculação, pelos hábitos de higiene dos felinos (MONTEIRO et al., 2008). 
 
 Figura 2 – A e B Forma cutânea lesões crostosas ulceradas em região de 
face (lateral esquerda e rostral) em um felino 
 
 Fonte: Gusmão (2017, p.4) 
 
 Figura 3 – A: Lesões em gomas ulceradas; B: Lesão Nodular em região de 
cabeça e pavilhão auricular; C: Lesões em membros torácicos 
 
 Fonte: Araujo & Leal (2016, p. 10) 
 
 HUMANOS 
 
No homem, a forma mais comum dos sinais clínicos é a forma cutânea, com ou 
sem envolvimento dos linfonodos regionais, a implantação do organismo na pele, 
17 
 
secundando traumatismos, pode adquirir infecção cutânea ou subcutânea, que 
migram para o sistema linfáticos. Em alguns casos, o fungo pode ser inalado e causar 
infecção pulmonar, em indivíduos susceptíveis pode, disseminar-se a outros locais, a 
exemplo dos sistemas osteoarticular e nervoso central. Considera-se que o homem 
adquire a esporotricose, através de atividades de lazer, em ambientes externos, ou 
em atividades de risco como serviços de floristas, lavradores, jardineiros, médicos 
veterinários e auxiliares, aonde pode haver ferimento perfurante ou contato com solo 
ou com matéria vegetal (HUGO; ROCHA; FERREIRA, 2017). 
No local onde foi infectado há a formação de nódulo (cancro esporotricótico) e, 
por disseminação linfática local, (forma linfocutânea ou cutâneolinfática ou rosário 
espotricótico). Podem surgir outros nódulos secundários e evoluir de forma 
eritematosa e ulcerada como representado na Figura 4 (GUSMAO, 2017). 
 
 Figura 4- Formas Cutânea Localizada na mão, e Linfocutânea no braço 
 
 Fonte: Moura (2018, p.8) 
 
As formas extracutâneas (disseminadas) são raras, pode acontecer nas formas 
pulmonar, neurológicas, osteo-articular e ocular em pessoas imunossuprimidas 
18 
 
(portadores de infecção por HIV), terapias prolongadas com antibióticos, corticoides e 
quimioterápicos (MOURA, 2018). 
 
 DIAGNÓSTICO DA ESPOROTRICOSE 
 
O diagnóstico deve basear-se na anamnese feita pelo médico veterinário pela 
qual se caracteriza a evolução das lesões, terapias de tratamentos anteriores, quadros 
imunossupressores, exposições ás fontes de infecção, animais inteiros com acesso a 
rua, facilitando a linha de raciocínio. O exame físico permite visualizar a distribuição 
das lesões e presença de sinais do patognômonicos, na suspeita de esporotricose 
deve sempre se basear nos exames complementares confirmatórios como: 
histopatologia, citologia, provas sorológicas, testes intradérmicos, e reação em cadeia 
de polimerase (PCR). Os exames complementares laboratoriais
incluem hemograma, 
perfil bioquímico sem muitas alterações, só quando há comprometimento sistêmico 
podemos observar a ocorrência de anemias, leucocitose por neutrofilia, gamopatias e 
hipoalbuminemia (LARSSON et al., 2011). 
Considerando que o Sporothrix schenckii (esporotricose) tem predileção pelo 
sistema linfático, o material mais adequado pára ser coletado é um nódulo infartado, 
devendo-se evitar contaminações externas, deve ser feito uma incisão cirúrgica e 
retirado por inteiro, quando houver ulcerações, com o auxílio de um swab estéril 
Observe a Figura 5 (CRUZ, 2013). 
 
 Figura 5 – Material coletado na superfície de lesão ulcerada com o 
auxilio de swab estéril 
 
Fonte: Cruz (2013, p.13) 
19 
 
 
Para o exame micológico pode ser coletadas diversas amostras biológicas de 
acordo com o tipo de lesão e a localização, exsudato de lesões cutâneas, secreções 
nasal, lesões em mucosas podem ser obtidos por um swab estéril e realizado cultivo 
em Ágar Sabouraud, dextrose, acrescido de cicloeximida (25º e 37ºC). Favorecendo 
o crescimento fúngico sob a forma de colônias castanho enegrecidas, para 
estabelecer um diagnóstico através do isolamento do agente (Figura, 6), oscila entre 
35% a 94% dos casos; pois depende do material colhido (LACAZ, 2002). 
 
 Figura 6 – Sporothrix Schenkii na forma de leveduras ovaladas e 
arredondadas 
 
Fonte: Muller & Kirk’s, (2013, p.252) 
 
Os exames citopatológico e histopatológico são utilizados no diagnóstico da 
esporotricose nos felinos, os aspectos histopatológicos são uma combinação de 
reações inflamatórias dos tipos granulomatosa e piogênica, já no exame de 
citopatologia e possível observar as estruturas leveduriformes coradas pela prata ou 
pelo Ácido Período de Schiff (BORGES, 2008). 
A técnica da citologia pode ser realizada por ‘’imprinting’’ (método de aposição 
com lâmina) nas lesões ou com uma agulha fina fazer a punção aspirativa, cujo 
objetivo da análise é buscar o agente, que normalmente é encontrado no interior do 
20 
 
citoplasma de células inflamatórias ou que estão livremente na lâmina mostrado na 
Figura 7, devido a essa riqueza parasitária a citologia conduz a um diagnóstico fácil, 
baixo custo e rápido podendo ser implantado rotineiramente nas clínicas veterinárias 
(PIMENTEL, 2015). 
 
 Figura 7 – Sporothrix Schenkii livres e no interior do citoplasma de macrófagos 
 
Fonte: Muller & Kirk’s (2013, p.255) 
 
O médico veterinário responsável, pode usar para realizar o exame de citologia: 
seringa de 5, 10 e 20ml, para aspirar material e colocar sobre a lâmina e deslizar uma 
sobre a outra, após a colheta de material, fixar as lâminas ao ar e colocar em um 
frasco porta- lâminas com histórico detalhado na Figura 8. Em casos de líquidos, 
enviar o material colhido em frasco ou tubos estéreis sem anticoagulantes e 
conservantes manter sob refrigeração (2 e 8ºC) até 24 horas após a coleta (BORGES, 
2008). 
 
 Figura 8 - Passo a passo para realizar a citologia 
21 
 
 
 
 Fonte: TECSA (2018, p.5). 
 
 No exame histológico podem ser avaliados fragmentos de lesões cutâneas ou 
mucosas, obtidos através de biópsia e necropsia, os métodos de coloração mais 
utilizados são: hematoxilina-eosina (HE), ácido periódico de Schiff (PAS) e 
impregnação prata de Grocott, sendo as duas últimas mais utilizadas para 
visualização de fungos (ROCHA, 2014). 
É revelado no exame de histopatológico das lesões cutâneas felinas um 
infiltrado Inflamatório, formado por células mononucleares e polimorfonucleares, com 
predomínio de neutrófilos e macrófagos e leveduriformes sugestivas de Sporothrix 
spp, que se apresentam na forma arredondada ou em charuto, algumas vezes 
exibindo brotamento, com diâmetro entre 5 e 7 μm (MIRANDA, 2012). Previamente, 
deve-se sempre estar com luvas, escolher uma área de lesão nova intacta que não 
tenha sido drenada e submete-la a biopsia incisional ou excisional. O exame 
histopatológico mostra se confiável em 95 a 100% dos casos (LARSSON, 2011). 
Os testes intradérmicos utilizam antígeno, obtido através de cultivos de 
leveduriformes ou de polissacarídeos do Sporothrix, que são aplicado 
intradermicamente e após 48 horas teremos a leitura da eventual lesão presente, por 
22 
 
tratar-se de uma reação muito sensível, porém pouco especifica em indivíduos 
hígidos, pode se apresentar como negativa nas formas cutâneas disseminadas ou 
extra cutâneas, tornando seu uso pouco frequente e empregado nas clinicas 
veterinárias (BAZZI, 2015). 
As provas sorológicas raramente são empregas na medicina veterinária, sendo 
melhor indicado para trabalhos acadêmicos e não de rotina clinica, pode-se empregar 
as reações de imunofluorescência indireta, imunudifusão, fixação de complemento, a 
mais especifica e de fácil execução é de soro aglutinado (LACAZ, et al; 2002). A forma 
de diagnóstico PCR foi desenvolvida para a detecção do agente diretamente a partir 
de amostras teciduais, biopsiadas de pacientes, felinos e humanos com esporotricose 
(LARSSON, 2011). 
 
 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 
 Um diagnóstico diferencial relacionado a lesões é o carcinoma de células 
escamosas, que atingem pavilhão auricular de gatos brancos, plano nasal e 
pálpebras, micose fungoide, psoríase, lúpus vulgaris, pioderma gangrenoso. As 
características da proliferação neoplásica podem ser diferenciadas da esporotricose 
no exame histopatológico (BAZZI, 2015). 
As doenças infecciosas mais frequentes confundidas com a esporotricose 
cutânea ou cutânea-linfática são: norcardiose, micobacterioses, leishmaniose 
tegumentar, doenças alérgicas, síndrome leproíde felina, criptococose e 
histoplamasmose. E outros fungos como Fusarium sp, Blasmtomycosis sp, 
Paracoccidiodomycosis sp, Chromoblastomycosis sp, Lobomycosis sp (ROCHA et 
al., 2014; ARAUJO & LEAL et al., 2016). 
 
23 
 
4. TRATAMENTO 
 
As opções disponíveis para o tratamento da esporotricose felina são os 
azólicos, principalmente os triazólicos (fluconazol e itraconazol), iodetos de potássio 
e sódio, alilaminicos (terbifina) que, no entanto, se tem pouca experiência acumulada, 
nos casos de micoses (LARSSON, 2011). Estes protocolos apresentam uma baixa 
efetividade, devido limitações de fármaco e dificuldade de administração oral da 
medicação e manipulação do paciente, diminuindo as opções de antifúngicos 
disponíveis quando comparado aos antibacterianos. Além disso o custo é importante 
a se pensar quando se escolhe o protocolo de tratamento. O longo período de 
tratramento, proprietários ou membro da família que acabam se infectando pelo fungo, 
levam ao abandono e a solicitação de eutanásia (PEREIRA, 2009). 
O uso do cetoconazol no tratamento da esporotricose felina é bastante usado 
e obtém resultados, os compostos azólicos inibem a síntese do ergosterol o qual age 
na membrana celular dos fungos, e inibem a incorporação do acetato de ergosterol 
inibindo junto a enzima lanosterol-14-demetilase, por interferir no citocromo P-450 da 
levedura inibindo seu crescimento fúngico que resultam em necrose celular (ROCHA, 
2014). A dose usada na terapêutica da esporotricose é de 5 a 27mg/kg a cada 12 ou 
24horas via oral, e os efeitos colaterais observados foram elevada toxicidade hepática 
sendo indicado o acompanhamento periódico das enzimas hepáticas, ultimamente o 
cetoconazol tem sido substituído pelo itraconazol no tratamento, ainda sendo usada 
por motivos de baixo custo, não superando as vantagens do itraconazol 
(FERNANDES et al., 2004; NOBRE et al., 2002; JERICÓ et al., 2015). 
Considerando que o itraconazol é a terapêutica escolhida em clinicas de 
pequenos animais, pois tem ação nas micoses superficiais e sistêmica em animais 
mostrando efetividade e segurança quanto a outros agentes antifúngicos., seu 
mecanismo de ação é semelhante do cetoconazol, o fármaco é fungistático por isso 
se não calculada a dose correta por tempo suficiente,
pode ocorrer recidivas 
(MONTEJO, 2006). O itraconazol está disponível em capsulas de 10, 25, 50 e 100mg, 
apresentam soluções de uso oral e intravenosa (IV) a dose administrada por via oral 
é de 10mg/kg/dia a cada 12-24horas durante 3 meses ou mais, e após cura clínica 
deve ser continuado por mais 30 dias, apesar do itraconazol ser efetivo em muitos 
pacientes felinos, casos de falha terapêutica e refratários foram descritos (GONTIJO 
et al., 2011; MONTEIRO et al., 2008; REIS et al., 2012). 
24 
 
Os triazólicos (fluconazol) apresenta uma alternativa para o tratamento de 
esporotricose sistêmica, com múltiplas lesões cutâneas e sinais respiratórios que 
obteve cura clínica. Os iodetos de potássio possuem o mecanismo de ação 
desconhecido, mas acredita-se que ele age na modulação da resposta inflamatória e 
do aumento da resposta imune, fazendo com que cause danos celular da levedura, 
por alguma via desconhecida em concentração adequada lesionar a levedura in vivo 
(ROCHA, 2014). Possui efetividade no tratamento de esporotricose, baixo custo, é 
administrada na alimentação com saches ou patês nas formulas de cápsulas, maior 
efetividade com cura clínica das formas cutâneas e linfocutâneas o tratamento deve 
ser continuo mesmo após a cura das lesões usar por mais 30 dias. Se acontecer casos 
de iodismo nos animais deve ser suspenso por um determinado período (MONTEIRO 
et al., 2008). 
Os gatos que apresentam sensibilidade ao iodeto de potássio, podem ser 
tratados com a mesma dosagem (20mg/kg a 44mg/kg) a cada 12 horas durante 3 
meses, porém o itraconazol é a medicação de escolha. Foi descrito uma melhor 
resposta terapêutica com iodeto de potássio e itraconazol comparado ao uso da 
terapia com itraconazol em camundongos com esporotricose., jamais empregar o uso 
de corticoides e antinflamatorios imunossupressores (GONJITO et al., 2008; 
LARSSON, 2011). 
 
 CONTROLE E PROFILAXIA 
 
São recomendadas pela literatura, as medidas de controle da doença e orientar 
a população a procurar os serviços de saúde aos primeiros sinais da doença para ser 
orientados sobre os cuidados para se evitar o contágio com o animal possivelmente 
com a esporotricose. O hábito de manter gatos semi-domiciliados, ou seja, com 
acesso a rua, aumenta as chances de contágio por isso recomenda-se a castração 
(Orquiectomia) dos felinos, reduzindo as brigas e o interesse de saída para a rua para 
felinos com a doença recomenda-se esperar a cura clínica para realizar o 
procedimento (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). 
A posse responsável dos animais é uma ferramenta importante de controle 
dessa doença, pois durante o tratamento deve-se diminuir o contato e a manipulação 
com o animal e utilizar luvas de látex para proteção, administrar medicações junto com 
25 
 
rações úmidas ou patê. É aconselhado também manter o animal em isolamento em 
de outros animais e pessoas, em um ambiente próprio para receber os cuidados que 
necessita sem comprometer á saúde dos animais ou moradores do local (TATENO, 
2008). 
Em caso de óbito dos animais que estão recebendo tratamento ou que estão 
debilitados com suspeitas, não é recomendado enterrar os corpos para evitar que o 
fungo se espalhe pelo solo, sendo correto incinerá-los. Atualmente não existem 
vacinas, as medidas de pofilaxia incluem: tratamento adequado em animais doentes 
diagnostico rápido e limpeza ambiental e castrações (AZAMBUJA, 2013). 
A higienização do ambiente pode ajudar a reduzir a quantidade de fungos,e 
novas contaminações, para a desinfecção do ambiente domiciliar é indicado limpar 
com água e detergente neutro e álcool 70% pelo menos três vezes com uso de 
sapatos fechados e luvas de látex, tornando eficaz a eliminação do Sporotrhix spp. 
Nos serviços de saúde e veterinários recomenda a utilização dos Equipamentos de 
Proteção Individual (EPI), determinado pela Ficha de Informação Segurança de 
Produtos Químico (FISPQ), realizar a limpeza com água e detergente neutro e após 
secar o local, usar um pano com Hipoclorito de sódio 4% nas superfícies e deixar agir 
por 20 minutos (MADRID, 2011). 
 
 
 
26 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Através do estudo realizado conclui-se a importância do felino doméstico na 
transmissão do fungo á outros animais e seres humanos, onde a micose é geralmente 
adquirida através da inoculação e traumas do agente por meio de vegetais 
contaminados, e felinos que tenham acesso a rua por meio de briga com outros 
animais contaminados. 
Assim, se os devidos cuidados de profilaxia forem adotados, principalmente por 
Médicos Veterinários e proprietários de animais que tenham contraído o fungo, os 
riscos de transmissão da doença para humanos, serão bastante reduzidos junto aos 
exames complementares confirmatórios, que será essencial para decidir a medicação 
que será usada no tratamento da esporotricose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
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