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RESENHA PROCESSO PENAL IBF

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RESENHA IBF
NOME: CARLOS ABNER DE BARROS MACÁRIO – COD 650305
CURSO: PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL
DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL PENAL – LEI 3689/49 E LEIS ESPARSAS. 
INTRODUÇÃO
O escopo norteador deste trabalho é a elaboração de uma resenha sobre o Processo penal decreto 3689/41 e suas alterações, buscando ser uma rápida e sucinta análise da aplicação do direito processual penal e sua importância no ordenamento jurídicos, sem uma profunda classificação jurídica, doutrinária e jurisprudencial, apenas e tão somente superficial, mas, sobretudo, relevante e de acordo com as aulas do conteúdo. 
ANÁLISE SOBRE O TEMA: Processo Penal no ordenamento jurídico
O processo penal só se inicia quando uma norma penal é criada. Em alguns poucos casos há processo penal preventivo, como no caso do flagrante delito.
O direito processual penal é ramo do direito público que cuida de disciplinar as regras de investigação, processamento, julgamento, recursos e o pós trânsito em julgado. É o corpo de normas jurídicas cuja finalidade é regular a persecução do estado, através de seus órgãos constituídos, para que se possa aplicar a norma penal realizando a pretensão punitiva no caso concreto.
O poder de legislar em matéria de direito processual penal está no artigo 22, inciso I da CF. É de competência exclusiva da União.
CRITÉRIOS TERRITORIAL, TEMPORAL E PESSOAL
No nosso sistema só se aplica a norma processual nacional (princípio da territorialidade absoluta). Não se pode aplicar normas processuais estrangeira. No direito penal, contudo, é possível aplicar normas de outros territórios, mas no processo penal isso não é possível.
O artigo 2 da Lei Processual Penal estabelece que lei processual penal não retroage. Isso só se aplica às leis puras. As leis improprias heterotopias, se forem para beneficiar os réus, poderão retroagir.
O corpo diplomático tem imunidade absoluta, não podendo sofrer nenhum processo. O cônsul tem imunidade relativa, ou seja, só não pode ser processado por crimes cometidos no exercício de suas funções.
O Presidente da República pode responder por crimes cometidos no exercício de suas funções, mas se cometer crimes estranho à sua função, só será processado após o término do seu mandado.
O promotor e o juiz não têm imunidade com relação a crime, apenas foro privilegiado, mas tem imunidade parcial quanto à prisão.
Os parlamentares tem imunidade quanto aos crimes de honra (hoje podem ser processados, mas se a câmara decidir, o processo pode ser suspenso até que acabe seu mandato).
Os inimputáveis não podem ser condenados (só no curso da ação se tornar inimputável, o processo é suspenso até que se retorne à sanidade).
Os menores não se encaixam no Código Penal, pois tem legislação própria.
PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL
O princípio é uma sobre norma que orienta todo o processo legislativo. Existem princípios expressos e implícitos, eles existem da própria interpretação que se faz do texto constitucional.
Para Evitar que haja uma prolixidade na resenha, trarei todos os princípios sem disseca-los um a um para dar mais objetividade e clareza ao resumo, vejamos os princípios: 1. Princípio do juiz natural (artigo 5, inciso LXIII); 2. Princípio do devido processo legal (artigo 5, inciso 64); 3. Princípio da ampla defesa (artigo 5, inciso 65); 4. Princípio do contraditório; 5. Princípio do duplo grau de jurisdição; 6. Princípio da proibição da prova ilícita; 7. Princípio da presunção da inocência ou da não culpabilidade (artigo 5, inciso LXVII da CF; 8. Princípio da motivação das decisões judiciais (artigo 93, inciso IX da CF); 9. Princípio da economia processual (artigo 5, inciso 88 da CF); 10. Princípios do júri (artigo 38, b, c e d da CF); 11. Princípio da obrigatoriedade da ação penal pública; 12. Principio da oficialidade; 13. Princípio da verdade real; 14. Princípio da oralidade; 15. Princípio da concentração; 16. Princípio da identidade física do juiz; 17. Princípio da indivisibilidade da ação penal privada; 18. Princípio da comunhão ou aquisição das provas.
INQUERITO POLICIAL 
O artigo 4 do Código Processual Penal trás o conceito, sendo um conjunto de diligencias realizadas pela autoridade policial, delegado, que tem por finalidade a apuração de uma infração penal e sua respectiva autoria, de modo a fornecer subsídios ao titular da ação penal.
NATUREZA JURÍDICA
Procedimento administrativo, visa tão somente informar.
COMPETÊNCIA
Artigo 4 – delegado de carreira. Aquele que atua no local, circunscrição, onde o crime se consumou (critério territorial). Porém caso exista uma delegacia especializada na comarca, como delegacia de homicídios ou da mulher, prevalecerá o critério material ou pessoal.
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL
1. Inqusitoriedade: essa característica vem a confirmar que não há contraditório nem ampla defesa. Tanto é assim que se o delegado de polícia quiser tomar depoimento de uma testemunha, ouvir a testemunha, ele não precisa comunicar as partes de que vai ouvir, ele não tem que intimar o advogado, pois a característica do inquérito é a inquisitoriedade, não tem que dar satisfação. O delegado deve confirmar a parcialidade, não a arbitrariedade. Nem o juiz precisa ter autorização judicial. Essa característica, no entanto, não afasta os direitos doa acusado, como por exemplo a integridade física. Não é porque ele está sendo investigado que eu posso simplesmente torturar o sujeito para ele prestar depoimento. Ele não tem a ampla defesa ou o contraditório, mas ele tem outras garantias preservadas, por exemplo, se ele for preso ele tem o direito de comunicar as pessoas. Tem-se que respeitar a dignidade da pessoa humana. Não é porque ele está sendo investigado, porque os indícios de autoria e materialidade pesam contra ele que eu vou violar todos esses direitos. O sujeito vai responder pelo delito que ele cometeu e sofrer a pena certa, mas não pode ser condenado além disso. O agente estatal da mesma forma que tem que zelar pela ordem pública tem que zelar pela integridade física do preso. Não pode suspender o delegado de polícia (artigo 107 CPP), pode requerer administrativamente o afastamento do delegado, mas não é o juiz que vai afastar, não há possibilidade de arguir a suspensão. Com relação às diligencias que eventualmente o MP requisite, o delegado é obrigado a cumprir, a despeito da discricionariedade do inquérito policial.
2. Obrigatoriedade: artigo 5 a 8 do CPP. Presentes os requisitos essenciais o inquérito deve obrigatoriamente ser instaurado, o delegado de polícia é obrigado a instaurar. Ele pode deixar de instaurar inquérito se o requisito legal não estiver presente, por exemplo, notificar algo que não é crime, como por exemplo, extravio de documento. A cultura de achar que o BO é suficiente não é verdade pois a pessoa pode mentir no BO.
3. Indisponibilidade: artigo 17 CPP. Instaurado o inquérito policial a autoridade policial não poder arquivar inquérito policial. Instaurou o inquérito policial tem que ir até o final, o delegado não pode deixar de investigar. Somente o juiz é que pode arquivar o inquérito.
4. Dispensabilidade: o inquérito policial não é indispensável. A despeito do inquérito acompanhar fisicamente a denúncia e portanto fazer parte da ação penal, o inquérito policial não é uma cautelar da ação penal, ele não é obrigatório, sua finalidade é reunir os indícios de autoria e materialidade, se já possui esses indícios pode propor a ação penal direto, ele pode ser dispensado.
5. Oficialidade: é um procedimento oficial sobre inteira responsabilidade do Estado. Mesmo o delito sendo de natureza privado somente o Estado pode investigar, só ele pode instaurar o inquérito policial.
6. Forma escrita: artigo 9 do CPP. Todos os atos e diligencias tem que ser reduzidos a termo, ou seja, para controlar e fiscalizar precisa ter tudo escrito para não esquecer ou se perder.
7. Sigilo: artigo 20 do CPP. A regra é que o processos penal seja público, mas o inquérito policial deve ser sigiloso. Deve haver uma distinção entre sigilo esegredo. O delegado não precisa intimar o advogado que vai proceder determinada diligencia, mas no instante que proceder ele tem que juntar no inquérito para que as partes fiquem sabendo. Em razão da inquisitoriedade o delegado não tem que avisar o que vai fazer, mas ele tem que permitir que a parte tenha acesso aos procedimentos. Assim, não tem sigilo com os advogados das partes. Esse sigilo ocorre sempre que as investigações assim o exigirem, como por exemplo, pra não atrapalhar as investigações não se fala o nome do indiciado. O professor acredita que delegado, juiz e promotor não têm que falar nada, que delegado tem que investigar, promotor tem que propor a ação penal e juiz tem que julgar, não tem que ficar dando entrevista. O sigilo não é absoluto, mas restrito às hipóteses em que seja necessária a investigação não revelada, sob pena de não se colher os elementos almejados, ou quando o interesse social estiver presente, para preservar a intimidade de alguém. A súmula vinculante 14 diz que é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elemos de prova que, já documentado em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciaria, digam respeito aos exercícios do direito de defesa. Assim, é permitido acesso restrito pelo advogado do investigado aos elementos de informação que já estão documentados nos autos de inquérito. Dessa forma, não há que se falar em impedir referido acesso se uma interceptação telefônica já foi concluída e as conversas captadas estão devidamente encartadas nos autos, o mesmo valendo para qualquer outra medida restritiva das garantias individuais.
8. Discricionário: o delegado tem discricionariedade par adotar as medidas e diligencias que entender adequadas, não há um procedimento rígido a ser seguido.
9. Oficiosidade: em caso de crime de ação penal pública incondicionada, deve o delegado agir de oficio, instaurando o IP, ou seja, deve a autoridade policial atuar independentemente de provocação de quem quer que seja. Por outro lado, nos crimes de ação penal privada e condicionada à representação, não pode o delegado agir e instaurar o IP sem ser provocado pela vítima ou seu representante legal.
AÇÃO PENAL
Ação penal pública: legitimidade ativa pertence ao MP.
a) Incondicionada: inexiste necessidade de autorização para que o MP possa agir.
b) Condicionada: quando há necessidade de autorização, como por exemplo a representação da vítima em crime de ameaça (O prazo é de 6 meses contados a partir do conhecimento da autoria da infração.) ou a requisição (autorização) do Ministro da Justiça em crime de calunia contra o presidente (não há prazo, a requisição é possível enquanto o crime não estiver prescrito). Fica a cargo da vítima ou do Ministro da Justiça a autorização para que a ação penal possa ser instaurada pelo MP.
- Princípios: obrigatoriedade ou legalidade processual; indisponibilidade, oficialidade, transcendência ou pessoalidade e indivisibilidade.
Ação penal privada: legitimidade ativa da vítima (pessoalmente ou por procurador) ou de seu representante legal (menor de 18 anos ou doente mental). O prazo é de 6 meses contados a partir do conhecimento da autoria da infração.
a) exclusivamente privada: é possível que em alguns casos, alguém em lugar da vítima, ingresse com a ação penal quando esta estiver impossibilidade de o fazer – substituição da vítima (representante legal ou CCADI).
b) Personalíssima: no caso de incapacidade, morte ou ausência da vítima ninguém poderá ingressar ou continuar a ação penal. Assim, somente a vítima pode ingressar com a ação. Ex: induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento ao casamento.
c) Subsidiária da pública: em caso de ação pública, quando o MP permanecer inerte, poderá, excepcionalmente, a vítima do crime ingressar com a ação. MP será legitimado ativo.
- Princípios: oportunidade ou conveniência, disponibilidade, indivisibilidade, transcendência ou pessoalidade.
- Institutos da ação penal privada:
Renuncia ao direito da ação: manifestação de vontade do querelante no sentido de não promover a ação penal. Somente é possível antes do ingresso da queixa crime. Pode ser expressa ou tácita. Admite-se qualquer meio de prova para atesta-la. Ato unilateral.
Perdão do ofendido: somente possível após o ingresso da queixa, mas antes do trânsito em julgado. Ato bilateral. Pode ser expressa ou tácita.
Perempção: desinteresse do querelante após a instauração do processo.
CONCLUSÃO
Ainda que o presente trabalho não aborde de forma profunda todos os assuntos do Código de processo, foi exposto os elementos essenciais para a devida aplicação do direito processual penal num caso concreto, sendo a regra estabelecida pela lei penal com a observância do ordenamento constitucional vigente. 
Assim, os parâmetros aqui expostos são um resumo, dentro dos artigos mais importantes da normal processual penal, para aplicação do direito na prática, de forma sucinta e clara; em que pesa ainda ter havido artigos que não foram citados.

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