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Profª Sheila Guimarães Sistema Digestório: O papel dos órgão anexos Trato digestório e órgãos anexos Processo de digestão Pâncreas, o fígado e a vesícula biliar facilitam os processos digestivos e absortivos do intestino delgado Há três secreções que atuam sobre o bolo alimentar no duodeno: 1 – suco pancreático 2 – Suco entérico 3 – Bile Relembrando: Fígado Órgão glandular secretório anexo ao sistema digestório Segundo maior órgão do corpo (primeiro é a pele). Ocupa quase totalmente o quadrante superior direito e uma pequena parte do quadrante superior direito do abdome Lobo direito Lobo esquerdo É formado por dois lobos: direito e esquerdo Fígado: divisão anatômica Lobo D Lobo E Ligamento falciforme Ducto biliar comum Artéria hepática Veia porta Ligamento de teres Veia cava inferior Fígado anterior Fígado posterior Vesícula biliar Hilo vascular (junção artéria hepática, veia porta e ducto biliar) Diafragma https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjgyby9gcTZAhWQslkKHctaA08QjRx6BAgAEAY&url=http://healthlifemedia.com/healthy/pt/anatomia-do-f%C3%ADgado/&psig=AOvVaw2haaai7yljCQ8LKTIn10-2&ust=1519749297877469 ❑suprimento sanguíneo duplo ❑artéria hepática supre cerca de 1/3 de sangue vindo da aorta (rico em oxigênio) ❑veia porta - outros 2/3 . Coleta sangue escoado do trato digestório (rico em nutrientes) ❑centro de regulação da homeostasia (biotransformação) Metabolização de substâncias tóxicas ❑recebe os vários nutrientes após a absorção e biotransforma ❑retém alguns para reserva e metabolismo próprio ❑distribui outros para a circulação sistêmica para eventual utilização ou depósitos em outros tecidos Fígado: funções À partir do entendimento do influxo de sangue compreende-se as funções do fígado •Metabolismo de CHO: • Conversão de galactose e frutose em glicose, glicogênese, glicogenólise e neoglicogênese •Metabolismo de ptns: • Transaminação e desaminação oxidativa, síntese de ptns •Metabolismo de lipídeos (não segue a via de entrada pela veia porta hepática) • β oxidação, produção de corpos cetônicos, síntese e hidrólise de TG, fosfolipídeos, colesterol e lipoptns • Armazenamento, ativação e transporte de vitaminas: • Lipossolúveis, B12, além de Zn, Fe, Cu e Mg Fígado: funções • Formação e excreção de bile (único fluxo que flui para fora do fígado) • Conversão de amônia em ureia (ciclo da ureia) • Conversão de importantes hormônios e vitaminas numa forma mais ativa. • hidroxilação inicial da vitamina D, a desiodinização da tiroxina (T4) em triiodotironina (T3) e a síntese de IGF-1 em resposta ao hormônio de crescimento produzida na hipófise. • Função imunológica: • as células de Kupffer hepáticas correspondem a cerca de 80-90% da população fixa de macrófagos. • são um importante mecanismo de filtro para a circulação sistémica não só por removerem do sangue partículas exógenas estranhas como bactérias, endotoxinas, parasitas mas também partículas endógenas como os eritrócitos senescentes. (EX: alimentos contaminados) • Destoxificação (Xenobióticos) Fígado: funções Fígado: produção da bile 1 - Produzida no fígado 2 – Sai pelos ductos hepáticos D e E 3 – Entra no ducto cístico 5 – Sai pelo ducto colédoco, estimulada pela Colecistoquinina (contração da vesícula) 4 – Armazenada e concentrada na vesícula Bile: funções Digestão no duodeno Ação da bile Produzida pelo fígado Qual a importância da bile???? Lipídeos são imiscíveis em água, ou seja, não se misturam. Digestão é feita pela água – a partir de hidrólise Armazenada na vesícula Sais biliares: Emulsificação dos lipídeos no duodeno Bile Emulsificação Maior área de contato com H2O lipases Micelas Grande bolha de lipídeo • Funções dos sais biliares • Auxiliam as enzimas digestórias • Reduzem a tensão superficial e quebram os glóbulos de gordura em gotículas (como sabão ou detergente) – isso é chamado de emulsificação • Realçam a absorção do colesterol e ácidos graxos • Ajudam a absorver as vitaminas lipossolúveis A, D, E e K • Os ácidos biliares são moléculas anfipáticas, isto é, têm um domínio hidrofóbico e outro hidrofílico e por essa razão quando em solução tendem a formar agregados chamados de micelas. Bile: funções • Combinado dos produtos secretados tanto dos hepatócitos como das células epiteliais do ducto biliar • Produção diária de bile - 500 a 1500 ml • Solução alcalina amarelo-esverdeada, contendo • Ácidos biliares: derivados do colesterol • Formados por ácido cólico (35%), quenodesoxicólico (35%), ácido desoxicólico (24%) e traços de litocólico e ursodesoxicólico (6%) • Os ác biliares se combinam com a glicina ou com a taurina, formando sais • Bilirrubina: pigmento formado de hemo (Hemo ou heme é um grupo prostético que consiste de um átomo de ferro contido no centro de um largo anel orgânico heterocíclico chamado porfirina) • Colesterol, gorduras neutras, fosfolipídios e eletrólitos Bile: composição 1 4 5 Vesícula biliar Duto biliar Ducto cístico Duodenum 3 Corrente sanguínea 2 Quimo com gordura entra no duodeno As células da mucosa intestinal, em resposta ao pH, do quimo gástrico, secretam o hormônio CCK e secretina na corrente sanguínea Sinais hormonais liberados na corrente sanguínea Estimulação dos órgãos efetores Duto pancreático Esfíncter hepatopancreático relaxa e a bile entra no duodeno Bile passa para do duto cístico para o duto biliar em direção ao duodeno CCK estimula a camada muscular da parede da vesícula biliar a se contrair Duto hepático comum Bile: regulação – Hormonal Bile: regulação – circulação entero-hepática • Os ácidos biliares são primariamente absorvidos de forma ativa por um transportador que existe exclusivamente no íleo • Os sais biliares absorvidos no íleo entram na circulação portal e retornam ao fígado onde são ressecretados. • Isso é chamado de circulação enterohepática de ácidos biliares e ocorre cerca de 2 vezes por refeição (6-8 vezes por dia). • cerca de 90% dos ácidos biliares são absorvidos • cerca de 10% são excretados nas fezes constituindo o único mecanismo significativo de excreção do colesterol • o pool corporal total de sais biliares é cerca de 3-4g • o fígado só sintetiza cerca 500 mg de ácidos biliares por dia apesar de secretar até cerca de 12-36 g de sais biliares/dia Bile: regulação – circulação entero-hepática Biotransformação hepática Após serem absorvidos, atingem a circulação sanguínea e caem no sistema porta - metabolização hepática Metabolização de xenobióticos Fígado tem a função de biotransformar (metabolizar) xenobióticos (qualquer substância estranha ao organismo, como fármacos) – Como? Reações de fase 1 hepática – chamada de reações de oxidação a partir de uma família de enzimas (citocromo P450) – incorporam O2 que as tornam mais polares que facilita a excreção Reações de fase 2 hepática – fármacos já podem ser conjugadas a outros elementos polares facilitando a excreção Desaminação Grupo amina livre Liberação da cadeia carbônica ou cetoácido Glicose Proteínas Amônia-NH3 Ureia Aumento do pH Efeitos colaterais, como cefaleia, dependem da capacidade de detoxicação hepática Fígado Sobrecarga renal? Fígado Amônia é muito tóxica, então o fígado converte a amônia em ureia. O fígado que tem a capacidade de metabolizar a amônia convertendo-a em ureia, uma molécula de baixa toxicidade e de alta solubilidade, muito adequada para a excreção via urina. Reações de transaminação Glutamato Aminoácidos Alanina e glutamina Princípios de bioquímica de Lehinnger- 5ª Ed. Biotransformação hepática: utilização de proteínas como fonte de energia Pâncreas Órgão fino e alongado que tem 24 a 36 cm de comprimento Se encontra atrás da curvatura maior do estômago, acomodado entre o estômago e o duodeno Há dois tipos de células ativas no pâncreas: Endócrinas– secretam hormônios – insulina e glucagon Exócrinas – acinares – produzem enzimas digestórias Pâncreas: anatomia Dividido anatomicamente em 3 partes: Calda Corpo Cabeça Porções Endócrina Exócrina Representa 90% do pâncreas e secreta 1 L de líquido por dia no duodeno Pâncreas: anatomia Porções Exócrina Organizada por agrupamentos de células secretoras, chamadas de ácinos, que circundam os ductos pancreáticos. Ácino pancreático Pâncreas: composição e função da secreção exócrina Células acinares Componentes da secreção Enzimático Aquoso Cél. Epiteliais (centroacinares) Água e íons: sódio, cloro potássio e bicarbonato Cél. acinares Digestão de carboidratos, proteínas e lipídeos Função do bicarbonato é alcalinizar o pH para tornar o ambiente ótimo para a ação enzimática no duodeno. Componentes exócrinos englobam: ácinos e seus ductos associados Pâncreas: mecanismos de secreção exócrina das células acinares As secreções enzimáticas ficam armazenadas nos grânulos secretórios até que um estímulo as libere As proteases pancreáticas são liberadas na forma inativa Liberadas no intestino, onde são ativadas e exercem suas funções Evita que o pâncreas faça autodigestão Dentro do duodeno, o tripsinogênio inativo é transformado em tripsina pela enteropeptidase, uma protease intestinal da borda em escova. Pâncreas: mecanismos de secreção exócrina das células acinares Exemplo: A tripsina, então, transforma outras duas proteases pancreáticas Procarboxipeptidase em carboxipeptidase Quimiotripsinogênio em quimiotripsina Procolipase em Colipase Fosfolipase A tripsina também ativa enzimas de digestão dos lipídeos Amilase e lipase são secretadas na sua forma ativa. ❑Enzimas digestivas: ❑Tripsina e quimotripsina – endoproteases ❑Carboxipeptidase – exoprotease ❑Amilase – hidrolisa ligações 1-4 ❑Lipase pancreática - hidrólise de lipídeos - formando AG e glicerol ❑ Colipase – ponte entre micela e a lipase ❑Iro-fosfatase A2 – hidrolisa fosfolipódeos ❑Colesterol esterase – hidrolisa a ligação éster do colesterol liberando 1 AG + Col livre ❑Ribonuclease e Desoxiribonuclease – hidrolisam ácidos nucléicos Pâncreas: enzimas pancreáticas • Secretina e CCK são liberados quando o quimo gorduroso ou ácido entra no duodeno • CCK e secretina entram na corrente sanguínea • Ao atingir o pâncreas: • CCK induz a secreção de suco pancreático rico em enzimas • Secretina causa a secreção de suco pancreático rico em bicarbonato • Estimulação vagal também provoca a liberação de suco pancreático Pâncreas: regulação hormonal 3 - Quimo ácido entrando no duodeno faz com que as células enteroendócrinas da parede duodenal liberem secretina; o quimo gorduroso e/ou ricos em proteínas induz a liberação de colecistocinina. 1 - Durante as fases cefálicas e gástrica, estimulação pelo nervo vago provoca liberação de suco pancreático e fracas contrações da vesícula biliar. 5 - Ao atingir o pâncreas, a colecistocinina induz a secre- ção de suco pancreático rico em enzimas; secretina provoca abundante secreção de suco pancreático rico em bicarbonato para neutralizar o pH e manter as enzimas ativas. 4 - Colecistocinina e secretina entram na corrente sanguínea. Pâncreas: fases da regulação hormonal 25% estimulado pela visão, olfato, paladar (nervo vago) – estimula secreção enzimática 2 – Fase gástrica – distensão do estômago estimula secreção de somente 10% da secreção pancreática. Fase intestinal contribui com 70% da secreção pancreática 28 Coordenação da regulação dos processos digestórios.
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