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Câncer Sistema Digestório

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................... 03
2. CÂNCER DE ESTÔMAGO ................................................................. 04
2.1. Fisiopatologia ........................................................................... 04
2.2. Incidência ................................................................................. 04
2.3. Mortalidade .............................................................................. 04 
2.4. Tratamento .............................................................................. 05 
2.5. Prevenção ............................................................................... 06 
2.6. Fatores de risco ....................................................................... 07
3. CÂNCER DE CÓLON E RETO .......................................................... 08
3.1. Fisiopatologia ........................................................................... 08
3.2. Incidência ................................................................................. 08
3.3. Mortalidade .............................................................................. 09
3.4. Tratamento ............................................................................... 09
3.5. Prevenção ................................................................................ 11
3.6. Fatores de risco ....................................................................... 11
3.7. Campanha “Março Azul-marinho” ............................................ 12
4. CÂNCER DE FÍGADO E VIAS BILIARES ......................................... 13
4.1. Fisiopatologia ........................................................................... 13
4.2. Incidência ................................................................................. 13
4.3. Mortalidade .............................................................................. 14
4.4. Tratamento .............................................................................. 14
4.5. Prevenção ............................................................................... 15
4.6. Fatores de risco ....................................................................... 17
4.7. Campanha “Fevereiro Verde” .................................................. 18
CONCLUSÃO .......................................................................................... 19
22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 20
1. INTRODUÇÃO 
	O câncer é a principal causa de morte em 10% dos municípios brasileiros, superando as doenças cardiovasculares. Se nada for feito para mudar ou estabilizar essa curva, calcula-se que até 2030 as neoplasias serão a primeira causa de morte no país. O aumento da mortalidade está relacionado com a dificuldade de um diagnóstico precoce, tratamento adequado e conscientização da população. 
	O objetivo deste trabalho é trazer informações necessárias para conhecimento sobre os cânceres de estômago, colorretal, de fígado e vias biliares. Bem como sua incidência, fatores de riscos, tratamentos e formas de prevenção. 
	Muitas neoplasias estão diretamente relacionadas ao estilo de vida da pessoa, como vida estressante, maus hábitos alimentares, sedentarismo e consumo excessivo de álcool e alimentos ultra processados, gordurosos e industrializados. 
	Devido ao avanço da medicina, a taxa de cura do câncer e de sobrevida do paciente aumentou devido à detecção precoce dos sintomas e início imediato do tratamento adequado. Para isso é necessário conscientizar a população sobre os fatores de riscos e sintomas de cada neoplasia, para que assim possam se prevenir e diminuir a incidência de números de casos de neoplasias no Brasil e no mundo. 
2. CÂNCER DE ESTÔMAGO
2.1. Fisiopatologia
	O Câncer de Estômago ou Câncer Gástrico é o crescimento anormal das células e pode ocorrer em qualquer local do órgão. Geralmente acomete a camada mucosa. A lesão apresenta forma irregular e presença de ulcerações, ou seja, ocorre rompimento do tecido mucoso. 
	Conforme o crescimento do tumor, ele vai invadindo as camadas seguintes até ultrapassar as paredes do estômago e alcançar órgãos próximos, como o pâncreas e o baço. Posteriormente, o tumor poderá atingir os gânglios linfáticos mais próximos e se instalar em locais mais distantes por meio da corrente sanguínea, ocorrendo assim metástase por contiguidade.
2.2. Incidência
	O fator genético é bastante forte entre os casos de câncer no estômago, mas a má alimentação também é uma grande causadora da doença. O alto consumo de produtos enlatados, industrializados e, principalmente, os excessivamente salgados, trazem riscos consideráveis para a saúde do órgão.
	A idade média dos pacientes quando são diagnosticados é de 68 anos. Cerca de 60% dos pacientes com câncer de estômago tem 65 anos ou mais. 
	
2.3. Mortalidade
	O câncer de estômago é o segundo tumor maligno mais frequente do mundo, tendo incidência alta no Leste Europeu, Japão, na América do Sul (principalmente no Chile e Colômbia) e na América Central (Costa Rica). 
	Lista dos tumores que mais matam, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer):
Números de casos em 2018: 
Números de casos em 2017: 
2.4. Tratamento
	
	O tratamento a ser aplicado depende da evolução do câncer. Quanto antes o diagnóstico é feito, maior a chance de cura. 
· Endoscopia: Alguns tumores em estágio inicial podem ser tratados através da ressecção endoscópica da mucosa. Neste procedimento, o tumor é retirado através de um endoscópio introduzido pela garganta.
· Cirurgia: é o método de tratamento mais importante. A extensão da operação vai depender de quanto e para onde o tumor se espalhou. Quando o tumor está restrito ao estômago, pode ser completamente removido cirurgicamente, com uma gastrectomia total ou parcial. Quando o tumor já atingiu outras estruturas, a cirurgia pode incluir a remoção de partes do pâncreas, baço ou fígado. Em algumas situações, quando o tumor invade a artéria aorta, a cirurgia pode não ser possível.
· Radioterapia: costuma ser a opção de tratamento após a cirurgia, quando o tumor não pôde ser completamente extraído. É possível também ser empregado para diminuir tumores que estão atrapalhando a digestão, aliviar dores e sangramentos. 
· Quimioterapia: até o momento, não tem apresentado bons resultados na maioria dos casos de câncer no estágio inicial. Mas, em pessoas com metástase, ela pode aumentar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida. 
· Tratamento paliativo: Nas situações em que não é possível retirar o tumor com cirurgia ou em que há metástases, o tratamento é paliativo. As metástases do câncer gástrico em geral estão localizadas no peritônio, fígado, pulmões, ossos, gânglios linfáticos distantes do estômago, cérebro e glândula adrenal. O objetivo do tratamento paliativo é aliviar ou evitar sintomas, melhorar a qualidade de vida e prolongar a sobrevida. A escolha do tipo de tratamento paliativo depende dos sintomas presentes, da extensão do tumor e, principalmente, das condições físicas do paciente.
2.5. Prevenção
O câncer de estômago se desenvolve lentamente durante muitos anos e, antes de aparecer, ocorrem alterações pré-cancerosas no revestimento interno do órgão. Por ser um órgão que recebe diretamente os alimentos, a dieta é um fator essencial para a prevenção do câncer de estômago. Para prevenir o câncer de estômago basicamente recomenda-se manter o peso corporal dentro dos limites da normalidade, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de alimentos salgados e preservados em sal, seguem outras medidas profiláticas: 
· Evitar ingestão excessiva de nitritos e nitratos (encontrados em carnes e peixes em que se utiliza o método secagem para sua preservação, utilizado em alimentos defumados). O nitrito ao ser recebido no estômago transforma-se em nitrosaminas, substâncias altamente cancerígenas.
· Evitar o consumo excessivo de alimentos enlatados, defumados, corantes ou alimentos conservadoem sal;
· Evitar o consumo de alimentos guardados fora da geladeira ou mal conservados;
· Ter uma alimentação rica em vitaminas A e C;
· Fazer consumo regular de carnes e peixes;
· Fazer consumo de frutas e verduras frescas, contendo ácido ascórbico e beta caroteno. Esses elementos são benéficos por evitar que os nitritos se transformem em nitrosaminas.
2.6. Fatores de risco
	Apesar de não ainda não ter causa conhecida, alguns fatores podem aumentar o risco de câncer de estômago:
· Excesso de peso e obesidade;
· Consumo de álcool;
· Consumo excessivo de sal, alimentos salgados ou conservados no sal;
· Tabagismo;
· Doenças pré-existentes, como anemia perniciosa, lesões pré-cancerosas e infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori);
· Exposição ocupacional à radiação ionizante, como raios X e gama, em indústrias ou em instituições médicas;
· Exposição de trabalhadores rurais a compostos químicos, em especial agrotóxicos;
· Exposição ocupacional, na produção da borracha: como benzeno, óleos minerais, produtos de alcatrão de hulha, compostos de zinco e pigmentos;
· Ter parentes de primeiro grau com câncer de estômago.
3. CÂNCER DE CÓLON E RETO
3.1. Fisiopatologia
	O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon, reto e ânus. Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou câncer colorretal.	O câncer colorretal geralmente tem seu início na camada mucosa, onde existem pólipos adenomatosos ou áreas de displasia, como as da retocolite ulcerativa e da doença de Crohn. 
	Na medida em que crescem, as células malignas invadem a espessura da parede do cólon ou do reto, chegando à camada muscular e à camada adventícia ou serosa, para atingir os linfonodos regionais. Localmente, a doença pode invadir órgãos vizinhos, como bexiga, plexo nervoso sacral, próstata e útero.
	Uma característica importantíssima desses tumores é que a maioria deles tem origem em pólipos que são pequenas elevações na parede do cólon e/ou do reto e que crescem muito lentamente, podendo levar muitos anos para se tornarem malignos. Isso permite que esses pólipos possam ser identificados e retirados antes de se transformarem em tumores malignos, através da colonoscopia.
	
3.2. Incidência
	O câncer colorretal é o terceiro tipo mais frequente tanto em homens quanto em mulheres. É o tumor mais prevalente do aparelho digestivo.
	O risco de uma pessoa desenvolver esse tipo de câncer durante a vida é de aproximadamente 5%. Cerca de dois terços dos tumores de intestino grosso se instalam no cólon, enquanto um terço tem origem no reto.
3.3. Mortalidade
		O câncer colorretal acomete de modo relativamente semelhante homens e mulheres, geralmente depois dos 65 anos de idade. Mais de 90% dos casos ocorrem em indivíduos com mais de 50 anos. 
	Lista dos tumores que mais matam, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer):
Números de casos em 2018: 
Números de casos em 2017: 
3.4. Tratamento
O câncer de intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. O tratamento nos tumores iniciais geralmente é menos agressivo, através da retirada de pólipos e lesões pela colonoscopia. 
Nos tumores maiores do cólon, o tratamento será decidido de acordo com a extensão da doença, idade da pessoa, histórico e estado de saúde. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas.
· Cirurgia para câncer de cólon e reto: o tipo de cirurgia dependerá da localização e do tamanho do tumor. Na maioria dos casos, é possível retirar a parte afetada do intestino. Esse procedimento chama-se ressecção do intestino. Durante a cirurgia, são retirados os gânglios linfáticos próximos para verificar se têm células cancerosas. Após a cirurgia, é colocada uma bolsa especial na abertura do abdome para coletar as fezes (colostomia). A colostomia temporária é feita para que as fezes sejam desviadas do baixo cólon e o reto até que eles se recuperem; A colostomia definitiva é necessária quando o baixo reto é inteiramente retirado. 
· Radioterapia: costuma ser aplicada antes ou após a cirurgia, especialmente em câncer de reto. É indicada, também, para casos em que é impossível remover o tumor cirurgicamente por localizar-se muito perto do ânus. Combinada com outros tratamentos costuma ser muito eficaz para diminuir a volta da doença. 
· Quimioterapia: não costuma ser muito eficiente no combate a casos recorrentes ou muito avançados de câncer colorretal. Entretanto, em grupos de pacientes em estágio moderado, a quimioterapia tem apresentado bons resultados.
· Imunoterapia: o sistema imunológico do organismo humano tem uma capacidade natural de reconhecer células cancerosas e combatê-las. A imunoterapia ou terapia biológica é um tratamento que estimula e fortalece esta função e costuma ser indicada como tratamento complementar à cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.
· Biopsia Líquida: no Hospital A.C.Camargo Câncer Center, os pacientes de câncer de cólon podem fazer também a chamada biópsia líquida, um exame de sangue em que se busca a presença de células cancerosas na circulação sanguínea ou fragmentos de DNA tumoral. Essa técnica pode permitir a detecção precoce do câncer e, principalmente, verificar o andamento do tratamento. Além disso, permite que, ao longo do tratamento, os médicos identifiquem alterações que estão ocorrendo no tumor em nível molecular e possam modificar ou não a terapia.
3.5. Prevenção
	A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável é fundamental para a prevenção do câncer de intestino. Uma alimentação saudável é composta, principalmente, por alimentos in natura e minimamente processados. Esse padrão de alimentação é rico em fibras e, além de promover o bom funcionamento do intestino, também ajuda no controle do peso corporal.
	Deve-se evitar o consumo de bebidas alcoólicas, de carnes processadas e de quantidades acima de 300 gramas de carne vermelha cozida por semana. 
		
3.6. Fatores de risco
	É importante saber que algumas pessoas correm mais risco de desenvolver câncer de cólon e reto. A genética tem peso importante, além de dietas gordurosas, tabagismo e consumo excessivo de álcool. A prevenção está associada à alimentação saudável e a hábitos de vida adequados. 
· Alimentação: dietas ricas em carnes vermelhas, carnes processadas e carnes expostas a calor intenso e uma dieta pobre em fibras.
· Sedentarismo: a prática regular de exercícios físicos também ajuda a combater a obesidade, que é outro fator de risco para este tipo de câncer.
· Fumo: é um fator de risco sério também para este tipo de câncer.
· Álcool: sozinho, o consumo de bebidas alcoólicas já é um fator de risco importante, particularmente entre os chamados bebedores pesados. Combinado com o fumo, o risco se multiplica.
· Doenças inflamatórias intestinais: as formas severas dessas doenças são raras, mas como são crônicas podem aumentar o risco de câncer de cólon. Entre elas estão: colite ulcerativa e a doença de Crohn. 
· Constipação intestinal: o contato das fezes com as paredes do cólon e do reto por períodos prolongados aumenta as chances de desenvolver a doença. 
· Pólipos: Crescimento anormal de tecido nas paredes colorretais. Costumam aparecer após os 50 anos de idade e, apesar de benignos, deveriam ser retirados por precaução, pois um grande número de tumores se desenvolve a partir desses pólipos.
· Histórico familiar: apesar da maioria dos casos de câncer colorretal ocorrer sem histórico familiar, 30% das pessoas que desenvolvem têm outros familiares que foram acometidos pela doença. Pessoas com histórico de câncer ou pólipos em parentes de primeiro grau têm risco aumentado. 
· A exposição ocupacional à radiação ionizante (como aos raios X e gama): pode aumentar o risco para câncer de cólon. Assim, profissionais do ramo da radiologia (industrial e médica) devem estar mais atentos.
3.7. Campanha “Março Azul-marinho” 
	Trata-se do mês para conscientização docâncer colorretal. É uma campanha que busca informar e educar a população sobre o câncer colorretal através da conscientização. Criado em uma parceria do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), o “Março Azul-marinho” é uma oportunidade para se educar mais sobre a doença e aprender como se prevenir.
4. CÂNCER DE FÍGADO E VIAS BILIARES
4.1. Fisiopatologia
São considerados câncer de fígado somente os tumores malignos primários, aqueles em que o foco inicial da enfermidade ocorre no próprio fígado. Os secundários são metástases, ou seja, são ramificações de tumores localizados em outra região do corpo, como nos intestinos, pulmões, estômago ou mamas. 
O carcinoma hepatocelular ou hepatocarcinoma é a forma mais comum de tumor maligno primário do fígado, pois correspondem a 80%-90% dos casos da doença em adultos. 
O colangiocarcinoma, por sua vez, responsável por um em cada dez tumores malignos de fígado, nasce nos ductos que transportam a bile para o intestino. Existem, ainda, o carcinoma hepático variante fibrolamelar, bem menos frequente e com melhor prognóstico do que os outros, o angiossarcoma, que se desenvolve nos vasos sanguíneos do interior do fígado e o hepatoblastoma que afeta as crianças.
Apesar de não estar entre as neoplasias mais prevalentes, o câncer hepatobiliar requer alta complexidade no seu diagnóstico e proficiência no tratamento. 
4.2. Incidência
O hepatocarcinoma não consta no Brasil entre os dez mais incidentes, segundo dados obtidos dos Registros de Base Populacional existentes. O sudeste da Ásia, Japão e África do Sul apresentam uma incidência particularmente alta de carcinoma hepatocelular, enquanto que nos Estados Unidos, Grã Bretanha e região norte da Europa é raro encontrar este tipo histológico de tumor.
4.3. Mortalidade
Lista dos tumores que mais matam, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer):
Números de casos em 2017: 
4.4. Tratamento
Tratamento do câncer em vias biliares: 
· Fase inicial e ressecável: Nas fases iniciais, quando ela é considerada localizada e ressecável (o tumor pode ser removido), o tratamento de escolha é a cirurgia com finalidade curativa. Em caso de tumor pequeno e localizado, é possível extirpar a parte do ducto onde ele se encontra e religar as duas pontas. 
· Fase avançada e ressecável: No estágio mais avançado de tumores considerados ressecáveis a cirurgia também serve para extrair os gânglios linfáticos e/ou tecidos de órgãos vizinhos afetados, como fígado e pâncreas. Poderá haver indicação de tratamentos adjuvantes como: a quimioterapia, a quimioterapia combinada com radioterapia, nova intervenção cirúrgica em caso de resíduos tumorais ou exclusivamente acompanhamento médico.
· Tumor inoperável: Quando os tumores são considerados inoperáveis pode ser indicada a drenagem das vias biliares para restabelecer o fluxo da bile. O procedimento pode ser feito via endoscópica com colocação de stent, percutânea (com uma agulha ou cateter) ou cirúrgica. A drenagem será seguida de tratamento complementar com quimioterapia combinada com radioterapia, quimioterapia isolada ou apenas acompanhamento médico. Quando o paciente responde bem a esse tratamento, poderá ser reavaliada a possibilidade de realização de cirurgia.
· Fase metastática: Na doença em fase metastática, o tratamento é paliativo. As opções são quimioterapia ou exclusivamente acompanhamento médico.
Tratamento do câncer no fígado: 
A escolha do tratamento mais adequado para cada caso leva em conta uma série de fatores, como o estágio e evolução da doença, a idade do paciente, suas condições clínicas e da função hepática. Nem sempre é possível obter a cura definitiva. A retirada cirúrgica do tumor e de parte do fígado é o procedimento indicado quando a lesão é pequena e a função hepática está preservada. Quando isso não é possível, a alternativa é o transplante de fígado. 
Para as situações em que nem a cirurgia nem o transplante podem ser indicados, existem opções terapêuticas mais conservadoras como: 
· Criocirurgia (congelamento das células malignas);
· Ablação por radiofrequência (ondas elétricas provocam aumento da temperatura dentro do tumor);
· Alcoolização (injeção de álcool absoluto dentro do tumor);
· Quimioembolização (aplicação de microesferas contendo agentes quimioterápicos);
· Terapia antiangiogênica, que consiste em aplicar dentro dos vasos que alimentam o tumor drogas quimioterápicas para interromper o fornecimento de sangue e inibir a formação de novos vasos. 
4.5. Prevenção
Prevenção do câncer em vias biliares: A causa exata da maior parte dos casos de câncer de via biliar não é conhecida, de modo que não está clara a forma de como evitar a doença. Mas existem algumas coisas que podem reduzir o risco de uma pessoa desenvolver a enfermidade. Manter um peso saudável é uma forma importante de reduzir a chance de desenvolver câncer da via biliar, assim como muitos outros tipos de câncer. É recomendado que as pessoas mantenham um peso saudável ao longo da vida, sejam fisicamente ativas e tenham uma dieta saudável, com ênfase em alimentos de origem vegetal. Outras maneiras para reduzir o risco de câncer de via biliar incluem:
· Vacinar contra o vírus da hepatite B, para prevenir a infecção por este vírus e eventualmente de cirrose.
· Tomar precauções para evitar doenças sexualmente transmissíveis por outros vírus, como a hepatite C. 
· Tratar hepatite B e C. 
· Evitar o consumo excessivo de álcool para prevenir a cirrose.
· Não fumar.
· Evitar a exposição a determinados produtos químicos.
Prevenção do câncer no fígado: A melhor forma de prevenir o aparecimento de tumores malignos no fígado é evitar os fatores de risco, especialmente: 
· Evitar o excesso de álcool; 
· Tomar as três doses da vacina contra a hepatite B;
· Fazer uso de preservativo em todas as relações sexuais; 
· Não compartilhar o uso de seringas (finalidade: evitar o contato com os vírus das hepatites B e C);
· Não se automedicar - Até remédios comuns como certos analgésicos, tomados em excesso podem ocasionar danos irreversíveis ao fígado;
· Prevenir doenças metabólicas, como a esteatose (acúmulo de gordura no fígado) e diabetes mellitus; 
· Evitar lesões pré-malignas como os adenomas de fígado, muitos relacionados ao uso de anticoncepcionais orais;
· Manter o peso corporal adequado;
· Não consumir alimentos contaminados por aflatoxina, substância produzida por dois tipos de fungos (bolores) encontrados em grãos e alguns vegetais, especialmente amendoim, milho e mandioca, se armazenados em condições inadequadas;
· Não fumar e evitar o tabagismo passivo.
4.6. Fatores de risco
Fatores de risco do câncer em vias biliares: Na maioria dos pacientes não são identificados fatores que predispõem ao câncer de vias biliares. No entanto, alguns quadros que provocam inflamação crônica das vias biliares oferecem risco maior de desenvolvimento da doença. Fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver câncer de via biliar:
· Doenças do Fígado ou Via Biliar: Colangite esclerosante primária, presença de cálculos nas vias biliares, cisto de colédoco, infecção por parasitas no fígado, refluxo nos ductos biliares, cirrose, infecção por hepatite B ou C, doença policística e síndrome de Caroli;
· Doença Inflamatória Intestinal: Colite ulcerosa e doença de Crohn;
· Envelhecimento;
· Etnia e Geografia. O câncer de via biliar é mais comum no Sudeste Asiático e China, em grande parte devido à alta taxa de infecção por parasitas hepáticas nessas áreas;
· Obesidade: Aumenta o risco de cálculos biliares na vesícula e na via biliar. 
· Histórico Familiar: O risco é baixo, por ser uma doença rara. A maioria dos cânceres de vias biliares não é encontrada em pessoas com histórico familiar da doença. 
· Diabetes: Risco aumentado de câncer de via biliar. 
· Alcoolismo: O risco é maior naqueles que têm problemas no fígado devido ao consumo de álcool.
	Pessoas que apresentem esses fatores devem realizar um acompanhamento médico mais rigoroso para prevenir esse tipode câncer. Homens, entre 50 e 55 anos, diabéticos ou que tenham algum histórico familiar de tumores gastrointestinais, também devem ficar atentos.
Fatores de risco do câncer no fígado: A cirrose e as infecções crônicas causadas pelos vírus das hepatites B e C são os principais fatores de risco para os tumores primários de fígado. No entanto, existem outros que também merecem destaque:
· Doenças metabólicas, como a esteatose (acúmulo de gordura no fígado) e diabetes;
· Consumo frequente de álcool;
· Uso de esteroides anabolizantes;
· Lesões pré-malignas;
· Obesidade;
· Exposição a alimentos que contenham aflatoxina, substância produzida por dois tipos de fungos (bolores) encontrados em alimentos, especialmente no amendoim, milho e mandioca, se armazenados em condições desfavoráveis.
4.7. Campanha “Fevereiro Verde”
	O colangiocarcinoma, mais prevalente em homens de meia idade, tem diagnóstico difícil e pode estar relacionado a diabetes e obesidade. Fevereiro é o mês de cuidado e prevenção contra o câncer de vias biliares, ductos que conectam o fígado e a vesícula biliar ao intestino delgado e por onde circula a bile, fluído que auxilia a digestão. Apesar de ser um tipo raro de neoplasia (corresponde a apenas 3% dos tumores gastrointestinais) o colangiocarcinoma tem uma alta taxa de mortalidade e difícil diagnóstico. 
CONCLUSÃO
	Estilo de vida está diretamente relacionado as doenças que a pessoa desenvolveu durante a vida. Maus hábitos alimentares, sedentarismo, excesso de gordura na alimentação, assim como uso de sal em excesso, são alguns dos fatores que contribuem para aumentar as chances de desenvolver algum tipo de doença ou até mesmo câncer. 
	Prevenir é a melhor forma de se evitar a neoplasia. Diagnóstico precoce é garantir o sucesso no tratamento contra o câncer. A mudança de hábitos após tratamento é de extrema importância para que haja cura total da neoplasia. 
	Conscientização da população, diagnóstico precoce e tratamento adequado são os pilares que permitirão a diminuição da alta taxa de mortalidade por neoplasias no Brasil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Associação Beneficente Síria. “Câncer no estômago: não ignore os sintomas”. Data e hora do acesso: 12/11/2019 10:00h. Disponível em: https://www.hcor.com.br/hcor-explica/oncologia/cancer-no-estomago-nao-ignore-os-sintomas/
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Publicado em 20 dez 2017, 14h45. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/alem-do-outubro-rosa-que-outros-meses-tem-cor/
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Varella, Maria Helena. “Câncer Colorretal”. Publicado em: 21 de outubro de 2014
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Varella, Maria Helena. “Câncer de Fígado”. Publicado em: 15 de setembro de 2014
Revisado em: 6 de março de 2019Data e hora do acesso: Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/cancer-de-figado/

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