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SP4 PÓLIPOS E CA DE COLORRETAL

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36
OBJETIVOS
SP4: Mas eu só estou um pouco cansada….
1-) Descrever a fisiopatologia, diagnóstico e prognóstico das poliposes;
A polipose adenomatosa familiar (PAF) é uma doença autossômica dominante na qual ≥ 100 pólipos adenomatosos forram o cólon e o reto. O distúrbio ocorre em 1 a cada 8.000 a 14.000 pessoas. Pólipos são encontrados em 50% dos pacientes aos 15 anos e em 95% aos 35 anos de idade. O câncer se desenvolve antes dos 40 anos em quase todos os pacientes não tratados.
Os pacientes também podem desenvolver várias manifestações extracolônicas (anteriormente chamadas de síndrome de Gardner), tanto benignas como malignas. As manifestações benignas incluem tumores desmoides, osteomas do crânio ou da mandíbula, cistos sebáceos e adenomas em outras partes do trato gastrointestinal. Os pacientes têm maior risco de câncer no duodeno (5 a 11%), pâncreas (2%), tireoide (2%), encéfalo (meduloblastoma em < 1%) e fígado (hepatoblastoma em 0,7% das crianças < 5 anos de idade).
REFERÊNCIA:
LIVSTONE, Elliot M. Polipose adenomatosa familiar. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/tumores-do-trato-gi/polipose-adenomatosa-familiar. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 22h01min.
Pólipos adenomatosos
Sem sombra de dúvida, os tipos mais comuns de neoplasias intestinais são os pólipos adenomatosos. O pólipo GI pode ser descrito como massa que avança adentro do lúmen intestinal.12 Os pólipos podem ser subclassificados de acordo com sua inserção à parede do intestino delgado (sésseis [nódulos elevados da mucosa] ou pedunculados [inseridos por um pedículo]), aspecto histopatológico (hiperplásico ou adenomatoso) e seu potencial neoplásico (benigno ou maligno).12
Pólipos adenomatosos (adenomas) são neoplasias benignas que se originam do epitélio da mucosa intestinal. Esses pólipos são formados de células neoplásicas que proliferaram mais que a necessidade para repor as células que normalmente se desprendem da superfície da mucosa (Figura 45.17). A patogênese da formação dos adenomas consiste em alteração neoplásica da replicação das células epiteliais das criptas. Pode haver apoptose reduzida, persistência da replicação celular e falhas de maturação e diferenciação das células que migram para a superfície das criptas.9 Normalmente, a síntese de DNA cessa à medida que as células alcançam os dois terços superiores das criptas e, em seguida, sofrem maturação, migram para a superfície e tornam-se senescentes. Em seguida, essas células sofrem apoptose e desprendem-se da superfície.12 Os adenomas são formados quando há uma anormalidade dessa sequência (p. ex., quando as células epiteliais retêm sua capacidade proliferativa ao longo de todo o comprimento da cripta. As alterações da diferenciação celular podem causar displasia e progressão a um carcinoma invasivo.
Mais de 50% de todos os pólipos adenomatosos estão localizados no cólon retossigmoide e podem ser detectados por toque retal ou sigmoidoscopia.12 Os restantes estão distribuídos uniformemente ao longo de todos os outros segmentos do intestino grosso. As dimensões de um adenoma podem variar de um nódulo praticamente imperceptível até uma grande massa séssil e podem ser classificados como adenomas tubulares, vilosos ou tubulovilosos.
Os adenomas tubulares, que representam 65% dos adenomas benignos do intestino grosso, geralmente são lesões esféricas com superfícies lisas e diâmetro menor que 2 cm, que se encontram ligadas à superfície da mucosa por um pedículo.12 Embora a maioria dos adenomas tubulares tenha pouca displasia epitelial, cerca de 20% apresentam várias alterações displásicas, desde alterações nucleares discretas até carcinoma invasivo bem desenvolvido. Os adenomas vilosos constituem 10% dos adenomas do intestino grosso12 e são encontrados principalmente no cólon retossigmoide. Nos casos típicos, esses adenomas são lesões elevadas com bases amplas e superfície rugosa semelhante à couve-flor. Ao contrário dos adenomas tubulares, os adenomas vilosos têm mais propensão a conter células malignas. Quando se desenvolve um carcinoma invasivo, não há pedículo que isole o tumor e observa-se invasão direta da parede do intestino grosso. Os adenomas tubulovilosos têm arquitetura com elementos tubulares e vilosos. Os adenomas desse tipo ocupam uma posição intermediária entre os adenomas tubulares e vilosos no que se refere ao risco de desenvolver carcinoma invasivo.
A maioria dos cânceres colorretais começa como pólipos adenomatosos benignos do intestino grosso. A frequência dos pólipos aumenta com a idade e a prevalência dos pólipos adenomatosos aumenta significativamente depois dos 60 anos.122 Homens e mulheres são igualmente afetados. O pico de incidência dos pólipos adenomatosos precede em alguns anos o pico do câncer colorretal. Os programas que oferecem monitoramento cuidadoso aos pacientes com pólipos adenomatosos e ressecção de todas as lesões suspeitas reduziram expressivamente a incidência do câncer colorretal.12
REFERÊNCIA:
Grossman, Sheila C. Fisiopatologia/Sheila C. Grossman, Carol Mattson Porth; [tradução Carlos Henrique de Araújo Cosendey, Maiza Ritomy Ide, Mariângela Vidal Sampaio Fernandes e Sylvia Werdmüller von Elgg Roberto]. – 9. ed. – [Reimpr.]. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
A polipose adenomatosa familiar (PAF) é uma síndrome de câncer de colo autossômica dominante causada por mutações na linhagem germinativa do gene supressor tumoral da polipose ade- nomatosa do colo (APC), localizado no cromossomo 5. Os portado- res desta síndrome desenvolvem centenas a milhares de adenomas no colo, os quais não têm o outro alelo, normal, do gene APC, mas ainda não adquiriram as mutações adicionais necessárias à geração de células totalmente malignas (Fig. 24.2). A perda do segundo alelo APC funcional em tumores de famílias com PAF ocorre normalmen- te por meio da perda da heterozigose. No entanto, entre os milhares de adenomas benignos, vários irão adquirir outras anormalidades, e alguns se transformarão em câncer. Assim, o APC é considerado um guarda-portão contra a tumorigênese no colo: na ausência de muta- ção neste guarda-portão (ou em um gene atuando na mesma via), um tumor colorretal simplesmente não pode se formar. A Figura 24.5 mostra as mutações germinativas e somáticas que atingem o gene APC. A função da proteína APC ainda não é totalmente conhecida, porém provavelmente envia sinais de diferenciação e apoptose às cé- lulas do colo, à medida que migram nas criptas. Defeitos neste pro- cesso podem levar ao acúmulo anormal de células que, em condições normais, sofreriam apoptose.
A maioria dos cânceres colorretais, de qualquer etiologia, surge de pólipos adenomatosos. O pólipo é uma protrusão visível da superfície mucosa. À patologia, um pólipo adenomatoso pode ser classificado como hamartoma não neoplásico (pólipo juvenil), proliferação mucosa hiperplásica (pólipo hiperplásico) ou pólipo adenomatoso. Só os adenomas são claramente pré-malignos, e poucas dessas lesões se tornam cancerosas. Os pólipos adenomatosos podem ser encontrados no colo de aproximadamente 30% das pessoas de meia- -idade e 50% dos idosos. No entanto, menos de 1% dessas lesões se torna maligna. A maioria dos pólipos é assintomática e não provoca sinais clínicos. Menos de 5% dos pacientes com pólipos têm sangue oculto nas fezes.
Observam-se algumas alterações moleculares nos pólipos adenomatosos, lesões displásicas e pólipos com focos microscópicos de células tumorais (carcinoma in situ). Acredita-se que eles representem um processo de vários estágios que ocorre na mucosa colônica normal e culmina com a formação de um carcinoma invasivo, potencialmente letal. Algumas etapas deste processo de carcinogênese são (mas não estão restritas a elas): mutações pontuais no proto-oncoge- ne K-ras; hipometilação do DNA, levando à ativação de genes; perda de DNA (perda alélica) no local de um gene supressor tumoral[o gene de polipose adenomatosa colônica (APC)], no braço longo do cromossomo 5 (5q21); a perda alélica no local de um gene supressor tumoral localizado no cromossomo 18q [o gene deletado no câncer de colo (DCC)]; e a perda alélica no cromossomo 17p, associada a mutações do gene supressor tumoral p53 (Fig. 24.2). Assim, as alterações do padrão proliferativo na mucosa colônica – que acarretam progressão para pólipo e, em seguida, para carcinoma – podem envolver a ativação mutacional de um oncogene, seguida e combinada com a perda de genes que normalmente suprimem a tumorigênese. Ainda não se sabe se essas aberrações genéticas ocorrem sempre na mesma ordem. Com base nesse modelo, acredita-se que o câncer ocorre apenas nos pólipos onde a maior parte (se não todos) destes eventos mutacionais ocorreu.
Clinicamente, a possibilidade de um pólipo adenomatoso evoluir para câncer depende de seu aspecto macroscópico, características histológicas e tamanho. Os pólipos adenomatosos podem ser pedunculados ou sésseis (planos), e os cânceres são mais comuns em pólipos sésseis. À histologia, os pólipos adenomatosos podem ser tu- bulares, vilosos (papilares) ou túbulo-vilosos. Os adenomas vilosos, a maioria dos quais são sésseis, têm três vezes mais chances de se tornar malignos que adenomas tubulares. A probabilidade de uma lesão polipoide do intestino grosso conter um câncer invasivo depende do tamanho do pólipo, sendo diminuta (<2%) em lesões com menos de 1,5 cm, intermediária (2-10%) em lesões com 1,5-2,5 cm e considerável (10%) em lesões com mais de 2,5 cm de tamanho.
Após a detecção de um pólipo adenomatoso, deve-se avaliar todo o intestino grosso por endoscopia ou radiologia, pois aproximada- mente 33% desses pacientes têm lesões sincrônicas. Em seguida, deve-se repetir periodicamente a colonoscopia mesmo na ausência de câncer previamente documentado, pois esses pacientes têm 30- 50% de chances de desenvolver outro adenoma e um risco acima da média de desenvolver câncer colorretal. Acredita-se que os pólipos adenomatosos levem mais de cinco anos crescendo antes de se tor- narem clinicamente significativos. Não há necessidade de realizar a colonoscopia em intervalo menor do que três anos.
Até 25% dos pacientes com câncer colorretal têm história familiar da doença, o que sugere predisposição hereditária. O câncer do intestino grosso hereditário divide-se em dois grandes grupos: as síndromes de polipose, que são bem estudadas, porém incomuns e as síndromes sem polipose, mais comuns.
Polipose colônica
Também chamada de polipose familiar do colo, é uma doença rara, caracterizada pelo surgimento de milhares de pólipos adenomatosos por todo o intestino grosso. A predisposição tem herança autossômica dominante; os pacientes eventuais sem história familiar provavelmente sofreram mutação espontânea que originou a doença. A polipose do colo está associada a uma deleção no braço longo do cromossomo 5 [incluindo o gene APC (polipose colônica adenomatosa)] nas células neoplásicas (mutação somática) e normais (mutação germinativa). A perda desse material genético (perda alélica) resulta em ausência dos genes supressores tumorais, cujos produtos proteicos inibiriam, em condições normais, o crescimento neoplásico. A presença de pólipos colônicos associados a tumores dos tecidos moles e ossos, a hipertrofia congênita do epitélio pigmentar retiniano, tumores desmoides no mesentério e cânceres ampulares, caracterizam um subconjunto das poliposes colônicas denominado síndrome de Gardner. O surgimento de tumores malignos do sistema nervoso central associados à polipose colônica define a síndrome de Turcot. Em todas essas doenças, os pólipos colônicos são raros antes da puberdade, mas aos 25 anos, já estão presentes nos indivíduos acometidos. Se a polipose não for tratada cirurgicamente, quase todos os pacientes terão câncer colorretal antes dos 40 anos. A polipose do colo se deve a um defeito na mucosa colônica que leva a um padrão proliferativo anormal e deficiência dos mecanismos de reparo de DNA. Uma vez detectados os pólipos múltiplos, os pacientes devem ser submetidos à colectomia total.
O tratamento clínico com anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como o sulindaco ou inibidores da ciclo-oxigenase 2, como o celecoxibe, pode diminuir o número e tamanho dos pólipos em pacientes com polipose colônica. No entanto, esse efeito sobre os pólipos é temporário, e não foi comprovado que os AINEs reduzem o risco de câncer. A colectomia continua sendo o principal tratamento/prevenção. Os descendentes de pacientes com polipose colônica, geralmente pré-púberes quando o diagnóstico é feito no progenitor, têm 50% de chances de desenvolver essa doença pré-maligna, devendo ser cuidadosamente avaliados com sigmoidoscopia flexível anual até os 35 anos de idade. A proctossigmoidoscopia é suficiente para a triagem, pois a distribuição dos pólipos tende a ser uniforme do ceco ao ânus, o que torna supérfluo o uso de técnicas mais caras e invasivas, como a colonoscopia ou o clister opaco. A pesquisa de sangue oculto nas fezes é inadequada para triagem. Um método alternativo para identificar os portadores é a análise do DNA de células mono- nucleares no sangue periférico à procura de mutações no gene APC. A detecção dessa mutação germinativa pode permitir um diagnósti- co definitivo antes do surgimento de pólipos.
Câncer de colo sem polipose hereditária (CCSPH)
Também chamado síndrome de Lynch, é outro traço de caráter au- tossômico dominante. Tem como característica a presença de três ou mais parentes com câncer de colo confirmado à histopatologia, sendo um deles parente de primeiro grau dos outros dois, um ou mais casos de câncer colorretal na família diagnosticados antes dos 50 anos de idade e câncer colorretal em pelo menos duas gerações. Diferente da polipose de colo, o CCSPH está associado a uma frequência elevada de câncer no colo proximal. A idade mediana de surgimento de um adenocarcinoma é antes dos 50 anos, 10-15 anos menos que a idade mediana esperada para a ocorrência na população geral. Os tumores de colo proximal do CCSPH têm histologia indiferenciada, mas melhor prognóstico do que os tumores esporádicos em pacientes da mesma idade. As famílias com CCSPH têm, muitas vezes, indivíduos com vários tumores primários, e a associação ao câncer de ovário ou de endométrio é especialmente forte em mulheres. Recomenda-se que os membros dessas famílias façam colonoscopia bianual a partir dos 25 anos de idade, devendo-se oferecer ultrassonografia pélvica e biópsia do endométrio a mulheres em risco. Contudo, essa estratégia de triagem ainda não foi validada. O CCSPH está associado a mutações germinativas de vários genes, sobretudo do hMSH2 no cromossomo 2 e do hMLH1 no cromossomo 3, as quais resultam em erros na replicação do DNA e, acarretam instabilidade do DNA devido a deficiências no reparo de parea- mento do DNA, o que pode resultar em proliferação celular anormal e aparecimento de tumores. A análise molecular do DNA de células tumorais ou a coloração imuno-histoquimica de tumor em parafi- na para detecção de “instabilidade de microssatélites” (alterações de sequencias que refletem defeitos no reparo de pareamento) em pacientes com menos de 50 anos, bem como câncer colorretal e história familiar de câncer colorretal ou de endométrio, pode identificar probandas com CCSPH.
REFERÊNCIA:
Hematologia e oncologia de Harrison [recurso eletrônico] / Organizador, Dan L. Longo ; Equipe de tradução do Medicina Interna de Harrison 18. ed.: Ademar Valadares Fonseca ... [et al.] ; [Equipe de revisão técnica do Medicina Interna de Harrison 18. ed.: Almir Lourenço da Fonseca ... et al.]. – 2. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2015.
DIAGNÓSTICO
· Colonoscopia
O diagnóstico dos póliposcolônicos costuma ser feito por colonoscopia. O enema baritado, em particular com duplo contraste, é eficaz, mas prefere-se a colonoscopia, já que permite também a remoção dos pólipos durante o procedimento. Como os pólipos retais geralmente são múltiplos e podem coexistir com o câncer, a colonoscopia completa até o ceco é obrigatória mesmo que a lesão distal seja encontrada por sigmoidoscopia flexível.
REFERÊNCIA:
LIVSTONE, Elliot M. Pólipos de cólon e reto. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/tumores-do-trato-gi/p%C3%B3lipos-do-c%C3%B3lon-e-reto. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 23h48min.
PROGNÓSTICO
Fatores de risco
Não sabemos exatamente por que os pólipos surgem, mas alguns fatores de risco já são bem conhecidos:
· Idade acima de 40 anos.
· Doença inflamatória intestinal.
· História familiar de pólipos intestinais.
· Tabagismo.Sedentarismo.
· Obesidade.
· Dieta rica em gorduras saturadas.
· Dieta pobre em frutas, vegetais, fibras e cálcio.
· Consumo excessivo de álcool.
Pólipos com maior risco de virar câncer
Todos os pólipos adenomatosos são displásicos, ou seja, são lesões pré-malignas. Porém, como já explicado, apenas uma minoria dos adenomas evoluem para câncer.
Os pólipos vilosos e túbulo-vilosos são os que têm mais risco de malignização. Mas há outros fatores que também nos ajudam a estimar o risco de câncer:
· Pólipos maiores que 1 cm são mais perigosos. Já pólipos com menos de 0,5 cm possuem baixo potencial de transformação maligna.
· Presença de mais de 4 pólipos adenomatosos.
· Existência de displasia de alto grau nos pólipos.
Portanto, um paciente com 1 ou 2 pólipos adenomatosos tubular com menos de 0,5 cm tem risco muito baixo de desenvolver câncer. Por outro lado, um paciente com mais de 4 pólipos vilosos ou túbulo-vilosos, com mais de 1 cm de tamanho e com sinais de displasia de alto grau é aquele com maior risco de desenvolver um tumor maligno.
Seguimento pós-colonoscopia
O sucesso da prevenção do câncer do cólon depende da detecção precoce dos pólipos pré-malignos. A retirada completa do pólipo elimina qualquer risco daquela lesão vir a se tornar um câncer. Porém, nada impede que o paciente ao longo do tempo forme novos pólipos. Quem já teve pólipos tem um maior risco de desenvolvê-los novamente.
Por isso, o gastroenterologia costuma agendar com o paciente novas colonoscopias de acordo com o resultado da primeira. Se na primeira polipectomia os resultados apontavam para um maior risco de desenvolvimento de câncer, o paciente precisará ser vigiado de forma mais frequente. Em geral, as recomendações são as seguintes:
· Paciente sem pólipos ou que aprestavam apenas pólipos hiperplásicos menores que 1 cm só precisam repetir a colonoscopia em 10 anos.
· Pacientes que apresentavam 1 ou 2 adenomas tubulares menores que 1 cm precisam repetir a colonoscopia em 5 a 10 anos.
· Pacientes com 3 a 10 adenomas tubulares precisam repetir a colonoscopia em 3 anos.
· Pacientes com mais de 10 adenomas precisam repetir a colonoscopia com 1 ou 2 anos.
· Pacientes com 1 ou mais adenomas tubulares maiores que 1 cm precisam repetir a colonoscopia em 3 anos.
· Pacientes com 1 ou mais adenomas vilosos ou túbulo-vilosos precisam repetir a colonoscopia em 3 anos.
· Pacientes com pelo menos 1 adenoma com sinais de displasia de alto grau precisam repetir a colonoscopia em 3 anos.
REFERÊNCIA:
PINHEIRO, Pedro. Pólipos intestinais: sintomas, tratamento e risco de virar câncer. Disponível: https://www.mdsaude.com/gastroenterologia/polipos-intestinais/. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 20h59min.
Prevenção
Para prevenir a formação de novos pólipos em pessoas que têm pólipos ou câncer de cólon, é possível que o médico receite aspirina e inibidores da COX-2 (coxibs).
REFERÊNCIA:
NGUYEN, Minhhuyen. Pólipos no cólon e no reto. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/tumores-do-sistema-digestivo/p%C3%B3lipos-no-c%C3%B3lon-e-no-reto. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 21h54min.
2-) Identificar a epidemiologia dos tumores colaterais;
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 40.990 novos casos de câncer colorretal (20.520 em homens e 20.470 em mulheres). Esses valores correspondem a um risco estimado de 19,63 casos novos a cada 100 mil homens e 19,63 para cada 100 mil mulheres. É o segundo tipo mais frequente em homens e mulheres.
De uma modo geral, o risco de desenvolver câncer colorretal ao longo da vida é um pouco menor nas mulheres do que nos homens; cerca de 1 em 23 (4,4%) para homens e 1 em 25 (4,1%) para mulheres. Vários fatores podem afetar o risco de uma pessoa desenvolver câncer colorretal. Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Fatores de Risco para Câncer Colorretal.
Nos Estados Unidos, o câncer colorretal é a terceira principal causa de mortes relacionada ao câncer em homens e mulheres, e a segunda causa mais comum de morte por câncer nos 2 gêneros combinados.  
Entretanto, a taxa de mortalidade por câncer colorretal vem caindo para ambos os sexos há várias décadas. Existe uma série de possíveis razões para isso. Uma delas é que os pólipos são diagnosticados durante o rastreamento e retirados antes que possam se transformar em uma doença neoplásica. O rastreamento também possibilita que a doença seja diagnosticada precocemente, quando é mais fácil de ser tratada e curada. Além disso, o tratamento do câncer colorretal evoluiu bastante nos últimos anos.
REFERÊNCIA:
INSTITUTO ONCOGUIA. Estatística para câncer colorretal. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/estatistica-para-cancer-colorretal/7284/178/. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 21h57min.
Polipose adenomatosa familiar (PAF)
A maioria dos casos de PAF deve-se a mutações no gene APC no cromossomo 5q21. Essas mutações são herdadas de modo autossômico dominante.
O gene APC é um gene supressor tumoral, cujo produto interage com genes de proliferação celular de importância crítica, em parte pela sua interação com o fator de transcrição, a beta-catenina.
A PAF está associada a centenas de milhares de pólipos por todo o colo. Uma forma atenuada de PAF é caracterizada por um menor número de pólipos e início mais tardio do câncer colorretal. O uso de inibidores da COX-2 pode resultar na regressão de alguns pólipos.
Em torno dos 10 anos de idade, 15% dos portadores terão adenomas; aos 20 anos, 75% irão apresentar adenomas; e, aos 30 anos, mais de 90% terão adenomas. O rastreamento dos familiares de primeiro grau deve ser realizado em torno dos 10 anos. O tratamento consiste em proctocolectomia total.
A PAF é responsável por < 1% dos cânceres de colo e está associada à hipertrofia congênita do pigmento retiniano, a tumores desmoides (síndrome de Gardner) e a tumores cerebrais (síndrome de Turcot).
REFERÊNCIA:
Chabner, Bruce A. Manual de oncologia de Harrison [recurso eletrônico] / Bruce A. Chabner, Dan L. Longo ; tradução: Patrícia Lydie, Ademar Valadares Fonseca ; revisão técnica: José Luiz Miranda Guimarães. – 2. ed. – Porto Alegre : AMGH, 2015.
3-) Identificar os fatores desencadeantes e de prevenção de tumores;
FATORES DESENCADEANTES:
O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese e, normalmente ocorre lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa prolifere e dê origem a um tumor visível.
A carcinogênese é um processo altamente complexo do qual participam fatores de risco herdados e fatores de risco ambientais, como a alimentação, o tabagismo, a ocupação e a exposição à radiação e a agentes químicos.
Possíveis Causas do Câncer
Fatores Externos:
Exposição às radiações.
Exposição a produtos químicos.
Vírus.
Consumo de cigarro.
Consumo de álcool.
Dieta inadequada.
Falta de exercícios físicos.
Exposição ocupacional.
Fatores Internos:
Sistema imunológico comprometido.
Predisposição genética.
Hormônios.
Como diminuir o Risco de ter Câncer
Não fume. Os tabagistas são 10 vezes mais susceptíveis de ter câncerde pulmão se comparados àqueles que nunca fumaram, o consumo de tabaco é a causa de morte que mais pode ser prevenida atualmente.
Abandone costumes alimentares pouco saudáveis e a obesidade. Escolha alimentos com fibras, grãos e com pouca gordura. Consuma frutas diariamente. Seja fisicamente ativo e mantenha um peso adequado.
Evite a exposição excessiva ao sol. Use protetor solar (FPS 15-30) e roupas minimizando sua exposição.
Evite o consumo de álcool. Beber grandes quantidades de álcool pode provocar câncer de boca, esôfago e fígado. Consuma com moderação especialmente se você também fuma.
Evite a exposição ocupacional. Siga as normas para evitar exposição às radiações, agentes químicos e pesticidas.
REFERÊNCIA:
INSTITUTO ONCOGUIA. Causas do câncer. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/causas-do-cancer/80/1/. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 22h04min.
O câncer não tem uma causa única. Há diversas causas externas (presentes no meio ambiente) e internas (como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas). Os fatores podem interagir de diversas formas, dando início ao surgimento do câncer.
Entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os hábitos e o estilo de vida podem aumentar o risco de diferentes tipos de câncer. 
Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente de trabalho (indústrias químicas e afins), o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos) e o ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida). Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores alteram a estrutura genética (DNA) das células.
As causas internas estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Apesar de o fator genético exercer um importante papel na formação dos tumores (oncogênese), são raros os casos de câncer que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos. 
Existem ainda alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais suscetíveis à ação dos agentes cancerígenos ambientais. Isso parece explicar porque algumas delas desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo carcinógeno. 
O envelhecimento natural do ser humano traz mudanças nas células, que as tornam mais vulneráveis ao processo cancerígeno. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica, em parte, o porquê de o câncer ser mais frequente nessa fase da vida.
REFERÊNCIA:
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. O que causa o câncer? Disponível em: https://www.inca.gov.br/causas-e-prevencao/o-que-causa-cancer. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 22h10min.
PREVENÇÃO
A prevenção do câncer engloba ações realizadas para reduzir os riscos de ter a doença.
· O objetivo da prevenção primária é impedir que o câncer se desenvolva. Isso inclui evitar a exposição aos fatores de risco de câncer e a adoção de um modo de vida saudável.
· O objetivo da prevenção secundária é detectar e tratar doenças pré-malignas (por exemplo, lesão causada pelo vírus HPV ou pólipos nas paredes do intestino) ou cânceres assintomáticos iniciais.
· Não fume!
Essa é a regra mais importante para prevenir o câncer, principalmente os de pulmão, cavidade oral, laringe, faringe e esôfago. Ao fumar, são liberadas no ambiente mais de 4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas que são inaladas por fumantes e não fumantes. Parar de fumar e de poluir o ambiente é fundamental para a prevenção do câncer.
· Alimentação saudável protege contra o câncer.
Uma ingestão rica em alimentos de origem vegetal como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, e pobre em alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para consumo ou prontos para aquecer e bebidas adoçadas, pode prevenir o câncer. A alimentação deve ser saborosa, respeitar a cultura local, proporcionar prazer e saúde e incluir alimentos regionais.
 
· Mantenha o peso corporal adequado.
· Manter um peso saudável ao longo da vida é uma das formas mais importantes de se proteger contra o câncer. Uma alimentação saudável favorece a manutenção do peso saudável e a recomendação é evitar alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para aquecer ou consumir, e fazer dos alimentos in natura e minimamente processados como as frutas, legumes, verduras, feijões e outros grãos, sementes, castanhas a base da alimentação.
· A atividade física também contribui para se proteger contra o câncer, além de contribuir para a manutenção do peso corporal saudável. Para a prática de atividade física, não há necessidade de serem aquelas modalidades que demandem a contratação de serviços como academias; atividades como caminhar tanto no tempo livre, quanto no deslocamento para outros compromissos, pedalar, dançar, etc são boas opções.
· A criação de ambientes que incentivem a alimentação saudável e ser fisicamente ativo ao longo da vida é fundamental para o controle do câncer.
· Pratique atividades físicas.
Você pode, por exemplo, caminhar, dançar, trocar o elevador pelas escadas, levar o cachorro para passear, cuidar da casa ou do jardim ou buscar modalidades como a corrida de rua, ginástica, musculação, entre outras. Experimente, ache aquela modalidade que você goste, aproveite e busque fazer dessas atividades um momento coletivo, prazeroso e divertido, com a família e amigos, ou faça da atividade física um momento introspectivo no qual você se conecta consigo, enfim, é possível encaixar a atividade física na rotina de cada um, seja através do deslocamento ativo indo ao trabalho ou outras atividades caminhando ou de bicicleta, são diferentes possibilidades.
· Amamente.
O aleitamento materno é a primeira ação de alimentação saudável. A amamentação até os dois anos ou mais, sendo exclusiva até os seis meses de vida da criança, protege as mães contra o câncer de mama e as crianças contra a obesidade infantil. A partir de seis meses da criança, deve-se complementar a amamentação conforme a dica sobre Alimentação saudável e proteção contra o câncer.
 
Mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo do câncer do colo do útero a cada três anos. 
As alterações das células do colo do útero são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica deste exame. Tão importante quanto fazer o exame é saber o resultado, seguir as orientações médicas e o tratamento indicado.
· Vacine contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos.
A vacinação contra o HPV, disponível no SUS, e o exame preventivo (Papanicolaou) se complementam como ações de prevenção do câncer do colo do útero. Mesmo as mulheres vacinadas, quando chegarem aos 25 anos, deverão fazer um exame preventivo a cada três anos, pois a vacina não protege contra todos os subtipos do HPV.
· Vacine contra a hepatite B.
O câncer de fígado está relacionado à infecção pelo vírus causador da hepatite B e a vacina é um importante meio de prevenção deste câncer. O Ministério da Saúde disponibiliza nos postos de saúde do País a vacina contra esse vírus para pessoas de todas as idades.
· Evite a ingestão de bebidas alcoólicas.
Seu consumo, em qualquer quantidade, contribui para o risco de desenvolver câncer. Além disso, combinar bebidas alcoólicas com o tabaco aumenta a possibilidade do surgimento da doença.
· Evite comer carne processada.
Carnes processadas como presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela, peito de peru e blanquet de peru podem aumentar a chance de desenvolver câncer. Os conservantes (como os nitritos e nitratos) podem provocar o surgimento de câncer de intestino (cólon e reto) e o sal provocar o de estômago.
· Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios.
Se for inevitávela exposição ao sol durante a jornada de trabalho, use chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça comprida.
· Evite exposição a agentes cancerígenos no trabalho.
Agentes químicos, físicos e biológicos ou suas combinações são causas bem conhecidas de câncer relacionado ao trabalho, e evitar ou diminuir a exposição a estes agentes seria o ideal e desejável. Mas para que isto ocorra de maneira satisfatória, é necessário o comprometimento de todos os envolvidos nos diversos processos de trabalho, visando a elaboração de planos para evitar o adoecimento dos trabalhadores. Também é fundamental a implementação de leis que obriguem e fiscalizem a substituição dos agentes causadores câncer no trabalho por outros mais saudáveis, quando já houver esta alternativa.
REFERÊNCIA:
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Como prevenir o câncer. Disponível em: https://www.inca.gov.br/causas-e-prevencao/como-prevenir-o-cancer#:~:text=A%20preven%C3%A7%C3%A3o%20do%20c%C3%A2ncer%20engloba,um%20modo%20de%20vida%20saud%C3%A1vel.. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 23ho03min.
4-) Explicar os sinais e sintomas apresentados durante a evolução dos tumores colaterais;
O câncer colorretal pode não apresentar qualquer manifestação clínica, mas, se ocorrer, pode causar um ou mais dos seguintes sintomas:
Diarreia ou constipação.
Sensação de que o intestino não é completamente esvaziado.
Presença de sangue nas fezes.
Dor abdominal tipo cólica, sensação de inchaço abdominal.
Cansaço e fadiga.
Perda de peso sem um motivo específico.
Os cânceres colorretais podem muitas vezes causar sangramento no trato digestivo. Às vezes, o sangue pode ser visto nas fezes ou estas parecem estar mais escuras, no entanto, muitas vezes, as fezes parecem normais. Mas, com o tempo, a perda de sangue pode ser cumulativa provocando anemia.
Estes sintomas também estão relacionados a outras doenças e não são necessariamente sinais e sintomas exclusivos do câncer colorretal. Entretanto, existindo qualquer um desses sintomas, um médico deverá ser consultado para o diagnóstico preciso e o início do tratamento caso necessário.
REFERÊNCIA:
INSTITUTO ONCOGUIA. Sinais e sintomas do câncer de colorretal. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-do-cancer-colorretal/533/179/#:~:text=Equipe%20Oncoguia&text=Presen%C3%A7a%20de%20sangue%20nas%20fezes,peso%20sem%20um%20motivo%20espec%C3%ADfico.. Acessado em: 02 de setembro de 2020, Às 22h53min.
Os sintomas mais frequentemente associados ao câncer do intestino são:
sangue nas fezes;
alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados);
dor ou desconforto abdominal;
fraqueza e anemia;
perda de peso sem causa aparente.
alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas)
massa (tumoração) abdominal
 
Esses sinais e sintomas também estão presentes em problemas como hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros, e devem ser investigados para seu diagnóstico correto e tratamento especifico.
Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.
REFERÊNCIA:
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Câncer do instestino. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-intestino. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 22h54min.
Sintomas iniciais
Os sintomas variam de acordo com a localização anatômica do tu- mor. Como as fezes ainda estão relativamente líquidas ao passar pela valva ileocecal e entrar no colo direito, os tumores do ceco e colo ascendente podem crescer bastante antes de causar sintomas obstrutivos ou outras alterações nos hábitos intestinais. As lesões do colo direito costumam ulcerar, causando perda sanguínea crônica e insidiosa que não altera o aspecto das fezes. Por isso, os pacien- tes com tumores do colo direito têm, muitas vezes, sintomas como fadiga, palpitação ou até angina de peito, além de anemia hipocrô- mica e microcítica que indica deficiência de ferro. Como o sangra- mento do tumor pode ser intermitente, um teste aleatório de sangue oculto nas fezes pode ser negativo. Por isso, a presença inexplicada de anemia por deficiência de ferro em qualquer adulto (com a pos- sível exceção de uma mulher multípara na pré-menopausa) exige uma avaliação endoscópica detalhada e/ou radiológica de todo o intestino grosso (Fig. 38.1).
Como as fezes são formadas ao passar pelos colos transverso e descendente, os tumores que surgem nessa região tendem a obstruir sua passagem, o que causa cólicas abdominais, obstruções eventuais e até perfuração. As radiografias do abdome muitas vezes revelam le- sões constritivas anulares (em “maçã mordida” ou em “anel de guar- danapo”) (Fig. 38.2).
Os cânceres que surgem no retossigmoide estão muitas vezes associados a hematoquezia, tenesmo e diminuição do calibre das fezes. Anemia é um achado incomum. Tais sintomas podem levar o paciente ou o médico a suspeitar de hemorroidas, mas o surgi- mento de sangramento retal ou de alteração dos hábitos intestinais exige investigação imediata com toque retal e proctossigmoidos- copia.
REFERÊNCIA:
Hematologia e oncologia de Harrison [recurso eletrônico] / Organizador, Dan L. Longo ; Equipe de tradução do Medicina Interna de Harrison 18. ed.: Ademar Valadares Fonseca ... [et al.] ; [Equipe de revisão técnica do Medicina Interna de Harrison 18. ed.: Almir Lourenço da Fonseca ... et al.]. – 2. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2015.
5-) Caracterizar o rastreamento, diagnóstico e estadiamento do CA colateral; 
RASTREAMENTO:
Rastreamento é o processo de busca de câncer ou pré-câncer em pessoas assintomáticas. O rastreamento regular pode, muitas vezes, diagnosticar o câncer colorretal de forma precoce, quando é mais provável sua cura, pois, em estágio inicial, ainda não se disseminou e é mais fácil de ser tratado.
O rastreamento regular pode até prevenir o câncer colorretal. Um pólipo pode levar de 10 a 15 anos para se transformar em câncer. Com o rastreamento, os pólipos podem ser diagnosticados e retirados antes que eles tenham a chance de se transformar em câncer.
O câncer colorretal é uma das principais causas de morte por câncer em homens e mulheres nos Estados Unidos. Mas, a taxa de mortalidade do câncer colorretal vem caindo há várias décadas. Uma das razões para isso é que os pólipos colorretais são atualmente diagnosticados por colonoscopia de rastreamento e retirados antes que se tornem um câncer.
Quando o câncer colorretal é diagnosticado em um estágio inicial, ou seja, antes de se espalhar, a taxa de sobrevida em 5 anos é de 90%. Mas apenas 40% dos cânceres colorretais são diagnosticados em fase inicial. Quando o câncer está disseminado, as taxas de sobrevida são menores.
REFERÊNCIA:
INSTITUTO ONCOGUIA. Detecção precoce de pólipos e câncer colorretal. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/deteccao-precoce-de-polipos-e-cancer-colorretal/7288/179/. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 23h59min.
RASTREAMENTO Os cânceres colorretais originam-se, em sua maioria, de pólipos adenomatosos. A progressão de pequenos pólipos para pólipos adenomatosos, pólipos maiores, pólipos displásicos e, por fim, câncer ocorre no decurso de um período de pelo menos 10 anos. Os adenomas vilosos têm maior taxa de progressão para o câncer de colo do que os pólipos tubulares ou hiperplásicos. Essa progressão deve-se a uma série de mutações adquiridas, conforme delineado no trabalho de Bert Vogelstein. Em geral, acredita-se que apenas 1% dos pólipos irá progredir através dessa sequência até o desenvolvimento de um câncer. Essa progressão deve-se a uma série de mutações adquiridas e, com frequência, é designada como modelo de Vogelgram, em homenagem a Bert Vogelstein, que inicialmente descreveu esses eventos (Fig. 47.1). O propósito do rastreamento é detectar pólipos antes que eles se transformem em câncer. As diretrizes para rastreamento levam em consideração a eficiência, a sensibilidade,a especificidade, o custo e a morbidade do teste.
	
REFERÊNCIA:
Chabner, Bruce A. Manual de oncologia de Harrison [recurso eletrônico] / Bruce A. Chabner, Dan L. Longo ; tradução: Patrícia Lydie, Ademar Valadares Fonseca ; revisão técnica: José Luiz Miranda Guimarães. – 2. ed. – Porto Alegre : AMGH, 2015.
A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento.
 A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento) mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
Os tumores de cólon e reto (ou colorretal) podem ser detectados precocemente através de dois exames principais: pesquisa de sangue oculto nas fezes e endoscopias (colonoscopia ou retossigmoidoscopias). 
Os principais sinais e sintomas sugestivos deste câncer são:
·        Sangramento nas fezes
·        Massa (tumoração) abdominal
·        Dor abdominal
·        Perda de peso e Anemia
·        Mudança de hábito intestinal
Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.
 
Além do diagnóstico precoce, a Organização Mundial da Saúde preconiza que os países com condições de garantir a confirmação diagnóstica, referência e tratamento, realizem o rastreamento do câncer do colon e reto em pessoas acima de 50 anos, por meio do exame de sangue oculto de fezes.  Os casos positivos neste exame deverão fazer uma colonoscopia ou retossigmoidoscopia, onde o médico visualizará a parte interna do intestino buscando o câncer ou pólipos que possam vir a se transformar em câncer. 
REFERÊNCIA:
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Câncer do instestino. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-intestino. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 22h54min.
DIAGNÓSTICO:
Triagem, diagnóstico e tratamento. Isoladamente, o indicador prognóstico mais importante do câncer colorretal é a extensão (estágio) do tumor por ocasião do diagnóstico.121 Por essa razão, o desafio é detectar os tumores em seus estágios mais precoces. Entre as abordagens usadas para detectar cânceres colorretais estão toque retal e pesquisa de sangue oculto nas fezes, geralmente realizados durante os exames físicos de rotina; radiografias contrastadas com bário (p. ex., clister opaco); e sigmoidoscopia e colonoscopia flexíveis.121 O toque retal é muito útil para detectar neoplasias retais e deve ser realizado como componente rotineiro de um exame físico adequado. A American Cancer Society recomenda que todos os homens e mulheres assintomáticos com mais de 40 anos devem fazer toque retal anualmente como parte do seu exame físico de rotina. A partir da idade de 50 anos, homens e mulheres devem iniciar uma das cinco opções de triagem seguintes: pesquisa de sangue oculto nas fezes anualmente; sigmoidoscopia flexível a cada 5 anos; pesquisa de sangue oculto nas fezes anualmente e sigmoidoscopia flexível a cada 5 anos; clister opaco com contraste duplo a cada 5 anos; ou colonoscopia a cada 10 anos.121 Os pacientes com risco mais alto de desenvolver câncer colorretal devem iniciar a triagem mais cedo e realizar exames mais frequentes. A colonoscopia é recomendada sempre que um teste de triagem for positivo.
Quase todos os cânceres do cólon e do reto sangram intermitentemente, embora a quantidade de sangue seja pequena e geralmente seja imperceptível nas fezes. Por essa razão, é recomendável fazer a triagem do câncer colorretal utilizando testes preparados comercialmente para pesquisa de sangue oculto nas fezes.14,121 Duas lâminas devem ser preparadas com as fezes de 3 dias consecutivos. Para reduzir as chances de resultados positivos falsos, os pacientes são instruídos a evitar AINE (inclusive ibuprofeno e AAS) por 7 dias antes do exame; evitar ingestão de mais de 250 mg de vitamina C, seja por suplementos ou sucos de frutas cítricas por 3 dias antes do exame; e a evitar carnes vermelhas por 3 dias. As técnicas usadas mais comumente são os testes do guáiaco para pesquisa de sangue oculto nas fezes, que são simples e podem ser processados no consultório médico. Também existem testes imunoquímicos que podem ser processados no laboratório ou no consultório do médico, mas estes são menos utilizados. Os pacientes com resultado positivo no teste para sangue oculto nas fezes devem ser referenciados ao seu médico para avaliação adicional. Em geral, exame físico, toque retal e sigmoidoscopia ou colonoscopia flexível fazem parte da avaliação realizada.
A sigmoidoscopia flexível consiste em examinar o reto e o cólon sigmoide com um tubo oco iluminado por dentro, que é introduzido através do reto. O procedimento é realizado sem sedação e é bem tolerado. Cerca de 40% dos cânceres e pólipos estão ao alcance do sigmoidoscópio, enfatizando a necessidade de realizar testes para sangue oculto nas fezes. Os pólipos podem ser retirados ou seus tecidos biopsiados durante o procedimento.
A colonoscopia oferece a possibilidade de examinar diretamente o cólon e o reto. O colonoscópio consiste em um feixe de fibra de vidro flexível com diâmetro de 4 cm, que contém cerca de 250.000 fibras e uma lente na ponta para focar e ampliar a imagem. A luz emitida de uma fonte externa é transmitida pelo feixe de visão de fibra óptica. Existem instrumentos que viabilizam o exame direto do cólon sigmoide ou de todo o cólon. Essa técnica é usada na triagem dos pacientes com risco alto de desenvolver câncer do intestino grosso (p. ex., portadores de colite ulcerativa) e pacientes sintomáticos. A colonoscopia também é útil para fazer uma biopsia e remover pólipos. Embora essa técnica seja uma das mais precisas para detectar cânceres colorretais em estágios iniciais, ela não é apropriada à triagem em massa porque é dispendiosa e demorada e deve ser realizada por um profissional altamente treinado a usar o equipamento.
O único tratamento conhecido para câncer colorretal é ressecção cirúrgica.129 Radioterapia pré-operatória pode ser realizada e, em alguns casos, tem ampliado os índices de sobrevivência em 5 anos. Outra abordagem é fazer quimioterapia adjuvante pós-operatória. A radioterapia e a quimioterapia são utilizadas como métodos terapêuticos paliativos.
ESTADIAMENTO
O estadiamento descreve aspectos do câncer, como localização, se disseminou e se está afetando as funções de outros órgãos do corpo. Conhecer o estágio do tumor ajuda na definição do tipo de tratamento e a prever o prognóstico do paciente.
O câncer colorretal inicial é denominado estágio 0 e, em seguida, os estágios variam de 1 a 4, onde o estágio 4 significa que a doença está mais disseminada. E dentro de um estágio, uma letra anterior significa um estágio inferior.
Sistema de Estadiamento TNM
O sistema de estadiamento utilizado para o câncer colorretal é o sistema TNM da American Joint Committee on Cancer, que utiliza três critérios para avaliar o estágio do câncer: o próprio tumor, os linfonodos regionais ao redor do tumor e se o tumor se espalhou para outras partes do corpo.
TNM é abreviatura de tumor (T), linfonodo (N) e metástase (M):
· T. Indica o tamanho do tumor primário e até onde se disseminou na parede do cólon ou do reto. Essas camadas incluem o revestimento interno (mucosa), o tecido fibroso (submucosa), a camada muscular espessa (muscularis propria) e as camadas finas e mais externas do tecido conectivo (subserosa e serosa).
· N. Descreve se existe disseminação da doença para os linfonodos regionais ou se há evidência de metástases em trânsito.
· M. Indica se existe presença de metástase em outras partes do corpo.
O sistema descrito para o câncer colorretal é de janeiro de 2018. Ele usa o estadiamento patológico, também denominado estágio cirúrgico, que é provavelmente mais preciso do que o estadiamento clínico, uma vez que levaem conta os resultados do exame físico, de biópsias e de exames de imagem, realizados antes da cirurgia.
Números ou letras após o T, N e M fornecem mais detalhes sobre cada um desses fatores. Números mais altos significam que a doença está mais avançada. Depois que as categorias T, N e M são determinadas, essas informações são combinadas em um processo denominado estadiamento geral.
Estágios do Câncer
Estágio 0. Tis, N0, M0.
Estágio I. T1 ou T2, N0, M0.
Estágio IIA. T3, N0, M0.
Estágio IIB. T4a, N0, M0.
Estágio IIC. T4b, N0, M0.
Estágio IIIA. T1 ou T2, N1/N1c, M0; T1, N2a, M0
Estágio IIIB.  T3 ou T4a, N1/N1c, M0; T2 ou T3, N2a, M0; T1 ou T2, N2b, M0.
Estágio IIIC. T4a, N2a, M0; T3 ou T4a, N2b, M0; T4b, N1 ou N2, M0.
Estágio IVA. Qualquer T, qualquer N, M1a.
Estágio IVB. Qualquer T, qualquer N, M1b.
Estágio IVC. Qualquer T, qualquer N, M1c.
REFERÊNCIA:
INSTITUTO ONCOGUIA. Estadiamento do câncer colorretal. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/estadiamento-do-cancer-colorretal/541/179/. Acessado em: 03 de setembro de 2020, às 00h23min.
O método de imagem mais indicado é a TC com contraste, anteriormente utilizada apenas para detecção de metástases. Existe a predileção por imagens após a distensão do cólon com contraste iodado, água ou ar, para melhor visualização da lesão. A boa visualização é realizada pela análise de imagens na fase de contrastação hepática portal e equilíbrio, o que permite identificação das lesões primárias e metástases hepáticas. A fase de contrastação arterial, apesar de ser suprimida em alguns serviços, pode ser útil para a delimitação do tumor primário. A interpretação deve fornecer a localização da lesão, relações com estruturas adjacentes, possibilidade de invasão de outro órgão e relação com a fáscia retroperitoneal. Ao analisar o estágio T, sabe-se que a TC não é capaz de diferenciar facilmente a transição entre mucosa e submucosa; sendo assim, não se pode diferenciar tumores do estágio T1 com T2. No entanto, a acurácia a diferenciação entre T1/T2, T3 e T4 é de 80%. Tumores T1/T2 apresentam-se como lesões vegetantes ou espessamentos focais assimétricos de parede colônica, de contornos externos lisos e sem intensificação do tecido adiposo mesocólico. Os tumores T3 tendem a apresentar protrusão ou abaulamento dos contornos da superfície externa da parede intestinal, irregularidades em seu contorno ou sinais francos de extensão direta tumoral com infiltração de gordura pericólica. Tumores de classificação T4 infiltram o peritônio visceral de órgãos adjacentes e mantêm relação íntima com outros órgãos. Os critérios tomográficos utilizados para indicar a quimioterapia pré-operatória são: tumores T3 com extensão extramural superior a 5 mm e tumores T4 que penetram o peritônio visceral ou que acomete órgãos adjacentes.
A identificação de linfonodos acometidos é realizada pela análise das dimensões patológicas (diâmetro maior que 1 cm em mesentério, retroperitônio, cadeias hilares internas e inguinais e maior que 0,5 cm no mesorreto), linfonodos agrupados ou irregulares. O método é limitado quanto a identificações de micrometástases. A pesquisa de metástases ocorre principalmente no fígado. Lesões hepáticas frequentemente se apresentam como focalizadas e hipovascularizadas, mais evidentes na fase de contrastação portal.
REFERÊNCIA:
SOUZA, Gleim Dias de et al. MÉTODOS DE IMAGEM NO ESTADIAMENTO PRÉ E PÓS OPERATÓRIOS DO CÂNCER COLORRETAL. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo), v. 31, n. 2, 2018.
REFERÊNCIA:
HOFF, Paulo Marcelo Gehm; BRAGHIROLI, Ignez. Adenocarcinoma colorretal: doença inicial. Disponível em: https://sboc.org.br/images/diretrizes/diretrizes_pdfs/Adenocarcinoma_de_Colorretal.pd. Acessado em: 02 de setembro às 20h31min.
6-) Caracterizar os tratamentos quimio e radioterápicos realizados para esses tumores;
O câncer de intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. A cirurgia é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema de defesa do corpo) dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia (uso de radiação), associada ou não à quimioterapia (uso de medicamentos), para diminuir a possibilidade de recidiva (retorno) do tumor.
O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas.
Após o tratamento, é importante realizar o acompanhamento médico para monitoramento de recidivas ou novos tumores.
REFERÊNCIA: 
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Câncer do instestino. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-intestino. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 22h54min.
QUIMIOTERAPIA:
A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais.
Formas de Administração
· Quimioterapia Sistêmica. Os medicamentos são injetados na veia ou administrados por via oral. Os medicamentos entram na corrente sanguínea e atingem todas as áreas do corpo, tornando este tratamento potencialmente útil para cânceres que se disseminaram para órgãos distantes (metástases).
· Quimioterapia Regional. Os medicamentos são injetados diretamente dentro de uma artéria e conduzidos para a área do organismo que contém  o tumor. Esta abordagem visa concentrar a dose administrada nas células cancerígenas, reduzindo os efeitos colaterais, uma vez que limita a quantidade de fármacos que atingem o resto do organismo.
Perfusão da artéria hepática. É quando a quimioterapia é administrada diretamente na artéria hepática e, às vezes, utilizada quando o câncer colorretal se disseminou para o fígado.
A quimioterapia é administrada em ciclos, com cada tratamento seguido por um período de descanso, para permitir que o corpo possa se recuperar. Cada ciclo de quimioterapia dura, em geral, algumas semanas.
A quimioterapia pode ser administrada em diferentes momentos durante o tratamento do câncer colorretal:
· Quimioterapia adjuvante. É realizada para destruir as células cancerígenas remanescentes após a cirurgia. A quimioterapia adjuvante também é utilizada para destruir possíveis células cancerígenas que possam ter deixado o tumor primário e se instalado em outros órgãos, e que ainda são muito pequenas para serem detectadas em exames de imagem.
· Quimioterapia neoadjuvante. Para alguns tipos de câncer, a quimioterapia é administrada para tentar reduzir o tumor antes da cirurgia.
· Quimioterapia para câncer avançado. A quimioterapia pode também ser administrada para reduzir o tamanho do tumor e aliviar os sintomas causados pela disseminação da doença para outros órgãos, como o fígado.
Medicamentos Utilizados
Os principais fármacos utilizados no tratamento do câncer colorretal são:
· 5-fluorouracil (5-FU).
· Capecitabina. Administrado via oral. Uma vez no corpo, é alterado para 5-FU, ao chegar ao local do tumor.
· Irinotecano.
· Oxaliplatina.
· Trifluridina e tipiracil, um medicamento combinado em forma oral.
Muitas vezes dois ou mais destes medicamentos são combinados para tornar o tratamento mais eficaz. Às vezes, os medicamentos quimioterápicos são administrados junto com uma terapia-alvo.
Possíveis Efeitos Colaterais
Os quimioterápicos não só atacam as células cancerosas, mas também células normais (tratamento sistêmico), o que pode levar a efeitos colaterais. Os efeitos colaterais dependem do tipo de medicamento, da dose administrada e da duração do tratamento.
Os efeitos colaterais comuns à maioria dos medicamentos quimioterápicos podem incluir:
· Perda de cabelo.
· Inflamações na boca.
· Perda de apetite.
· Náuseas e vômitos.
· Diarreia.
· Infecções, devido a diminuição de glóbulos brancos.
· Hematomas ou hemorragias, devido a diminuição das plaquetas.
· Fadiga, devido a diminuição dos glóbulos vermelhos.
Além desses, alguns efeitos colaterais específicos para determinados medicamentos podem ocorrer, por exemplo:
· Síndrome mão pé. Devidoà capecitabina ou 5-FU (quando administrada como infusão).
· Neuropatia. Efeito colateral comum de oxaliplatina.
· Reações alérgicas. Efeito colateral devido a oxaliplatina.
· Diarreia. É um efeito colateral comum com muitos desses medicamentos, mas, particularmente, pior com o irinotecano.
A maioria destes efeitos é de curto prazo e tendem a desaparecer ao término do tratamento. No entanto, mantenha o médico informado sobre qualquer sintoma, pois a maioria desses efeitos pode ser manejada de forma eficaz.
REFERÊNCIA:
INSTITUTO ONCOGUIA. Quimioterapia para câncer colorretal. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/quimioterapia-para-cancer-colorretal/3229/180/. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 23h13min.
RADIOTERAPIA:
O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor. A radioterapia usa raios de alta energia (como os raios X) ou partículas para destruir as células cancerígenas. É mais frequentemente usada no tratamento do câncer de reto do que do câncer de cólon. A quimioterapia pode potencializar a radioterapia para alguns tipos de câncer colorretal. O uso desses dois tratamentos em conjunto é denominado quimiorradiação ou quimioradioterapia.
Radioterapia para câncer de cólon
Não é comum usar a radioterapia para tratar câncer de cólon, mas pode ser usada em determinados casos, como:
· Antes da cirurgia para diminuir o tamanho do tumor, facilitando a retirada do mesmo.
· Durante a cirurgia, na área do tumor para destruir qualquer célula cancerígena remanescente, o que é denominado radioterapia intraoperatória (IORT).
· Para controlar a doença em pessoas que não tenham condições clínicas para a cirurgia.
· Para aliviar sintomas em pacientes com doença avançada, que esteja provocando obstrução intestinal, sangramento ou dor.
· Para tratar a disseminação da doença para outros órgãos, como ossos ou cérebro.
Radioterapia para câncer de reto
Para o câncer de reto, a radioterapia é um tratamento mais comum e pode ser usada:
· Durante a cirurgia, na área do tumor para destruir qualquer célula cancerígena remanescente, o que é denominado radioterapia intraoperatória (IORT).
· Antes ou após a cirurgia para prevenir a recidiva da doença.
· Após a cirurgia, para destruir as células cancerígenas remanescentes.
· Para aliviar sintomas em pacientes com doença avançada, que esteja provocando obstrução intestinal, sangramento ou dor.
· Para tratar a disseminação da doença para outros órgãos, como ossos ou cérebro.
Tipos de radioterapia
Diferentes tipos de radioterapia podem ser utilizados para tratar tumores de cólon e reto:
· Radioterapia com feixes externos. O tratamento radioterápico geralmente consiste em liberar uma determinada dose de radiação em um alvo, em certo período de tempo. É a técnica mais frequentemente usada para o tratamento do câncer colorretal.
 
· Braquiterapia. A braquiterapia utiliza pequenas sementes com material radioativo que são colocadas diretamente sob o tumor. Esta técnica limita os efeitos colaterais sobre os tecidos saudáveis adjacentes. Às vezes é usada para tratar pessoas com câncer retal, que não podem ser submetidas a uma cirurgia por outros motivos de saúde. A fonte de radiação é geralmente removida após um curto período de tempo.
 
· Radioterapia endocavitária. Este tratamento é utilizado para alguns tipos de câncer retal. Um pequeno dispositivo é inserido através do ânus e para liberar uma alta dose de radiação diretamente na lesão por alguns minutos. A vantagem desta abordagem é que a radiação atinge o reto sem passar através da pele e outros tecidos do abdome, o que significa que é menos susceptível a causar efeitos colaterais. A realização desta técnica evita, particularmente em pacientes idosos, uma grande cirurgia e uma colostomia.
 
· Braquiterapia intersticial. Nesta técnica é inserido um cateter contendo material radioativo pelo reto, que fica diretamente em contato com o tumor. Isso limita os efeitos colaterais sobre os tecidos saudáveis adjacentes. Às vezes é usado para tratar pessoas com câncer de reto particularmente sem condições de fazerem a cirurgia.
 
· Radioembolização. A radioterapia também pode ser administrada durante um procedimento de embolização. Para mais detalhes acesse nosso conteúdo sobre Ablação e Embolização para Câncer Colorretal.
Efeitos colaterais
Os potenciais efeitos colaterais da radioterapia no tratamento do câncer colorretal podem incluir:
· Irritação da pele na área irradiada.
· Náuseas.
· Irritação retal.
· Incontinência intestinal.
· Irritação da bexiga.
· Fadiga.
· Problemas sexuais.
· Problemas de cicatrização, aderências e fibrose.
A maioria dos efeitos colaterais deve diminuir ao término do tratamento, mas alguns problemas podem não desaparecer completamente.
REFERÊNCIA:
INSTITUTO ONCOGUIA. Radioterapia para câncer colorretal. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/radioterapia-para-cancer-colorretal/544/180/. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 23h15min.
7-) Caracterizar os principais sítios metastáticos dos tumores colaterais;
O sítio mais comum de metástases do carcinoma colorretal é o fígado, sendo acometido em até 75% dos pacientes que desenvolvem alguma metástase desta afecção. Em 15 a 25% dos pacientes, detectam-se metástases hepáticas já ao diagnóstico do tumor primário, as quais são denominadas sincrônicas. Além disso, 12 a 40% dos pacientes desenvolverão doença metastática hepática após a ressecção do tumor primário, chamada de metacrônica, a maioria nos primeiros três anos de evolução da doença. Desta forma, cerca de metade dos pacientes portadores de CCR têm ou terão metástase hepática durante a vida, sendo que 20 a 50% destes apresentarão doença metastática somente no fígado.
REFERÊNCIA:
LUPINACCI, Renato Micelli et al. Manejo atual das metástases hepáticas de câncer colorretal: recomendações do Clube do Fígado de São Paulo. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 40, n. 3, p. 251-260, 2013.
Metástases, que são nódulos de tumor fora do intestino, os quais se desenvolvem mais comumente no fígado, em seguida nos pulmões e, em menor escala, sob a forma de implantes no peritônio ou em outros órgãos.
REFERÊNCIA:
CUTAIT, Raul. Academia Nacional de Medicina. Câncer colorretal. Disponível em: http://www.anm.org.br/conteudo_view.asp?id=2397&descricao=C%C3%82NCER+COLORRETAL. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 23h25min.
8-) Discutir as possíveis complicações do tratamento quimioterápico, como mucosite, neutropenia febril síndrome da lise tumoral;
A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Ao contrário da radioterapia ou cirurgia que tem como alvo áreas específicas, a quimioterapia alcança todo o corpo. Ela age sobre as células que crescem e se dividem rapidamente, como as células cancerígenas. Entretanto, as células normais e saudáveis do corpo também estão crescendo rapidamente, por isso são susceptíveis de serem afetadas pela quimioterapia, levando a alguns efeitos colaterais.

As células sadias com maior probabilidade de serem danificadas pela quimioterapia são:
· Medula óssea.
· Folículos capilares.
· Revestimento da boca, trato digestivo e sistema reprodutivo.
Alguns medicamentos quimioterápicos podem, também, causar danos em células de outros órgãos, como coração, rins, bexiga, pulmões e sistema nervoso. Na maioria das vezes, pode ser administrada medicação junto com a quimioterapia para proteger as células normais do corpo. Além de existirem também tratamentos para ajudar a aliviar os efeitos colaterais do tratamento quimioterápico.
Os Efeitos Colaterais
   
· Alguns pacientes têm poucos efeitos colaterais (se apresentarem) e outros um pouco mais. Mas, nenhum paciente tem todos os tipos de efeitos colaterais.
· A intensidade dos efeitos colaterais varia de paciente para paciente.
· O seu médico pode prescrever medicamentos para prevenir determinados efeitos colaterais.
· Alguns medicamentos quimioterápicos provocam efeitos colaterais delongo prazo, como problemas cardíacos ou neurológicos ou infertilidade. Entretanto, muitos pacientes não apresentam problemas qualquer problema de longo prazo da quimioterapia. Converse com seu médico se os medicamentos quimioterápicos que está recebendo podem apresentar efeitos de longo prazo.
Embora os efeitos colaterais sejam desagradáveis, eles devem avaliados​​ analisando os prós e contras para o controle da doença.
Converse com seu médico sobre quais efeitos colaterais são mais comuns para o tipo de quimioterapia que você irá fazer, qual a duração média desses efeitos e como você pode gerenciá-los.
Tempo de Duração dos Efeitos Colaterais
Muitos efeitos colaterais desaparecem rapidamente após o término do tratamento, mas alguns podem levar meses ou até anos para desaparecer completamente. O tempo para superar alguns efeitos colaterais varia de paciente para paciente, dependendo de fatores que inclui os medicamentos administrados e o estado geral de saúde do paciente.
Alguns efeitos colaterais podem ser de longo prazo, como os problemas causados a órgãos como coração, pulmões, rins ou órgãos reprodutivos. Certos tipos de quimioterapia às vezes causam efeitos de longo prazo, como um segundo câncer que pode aparecer muitos anos após o término do tratamento.
Possíveis Efeitos Colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns provocados pela quimioterapia dependem do paciente, dos medicamentos utilizados, da dose administrada e do tempo de tratamento, podendo incluir:

· Fadiga.
· Perda de cabelo.
· Hematomas e hemorragias.
· Infecção.
· Anemia.
· Náuseas e vômitos.
· Perda de apetite.
· Diarreia ou constipação.
· Inflamações na boca.
· Problemas de deglutição.
· Problemas neurológicos e musculares, como dormência, formigamento e dor.
· Alterações da pele e unhas, como pele seca e alteração na cor.
· Problemas renais.
· Perda de peso.
· Problemas de concentração.
· Alterações no humor.
· Alterações na libido.
· Infertilidade.
Interações Medicamentosas
Ao escolher o esquema de tratamento o médico leva em conta as interações entre os medicamentos quimioterápicos e outras medicações que o paciente possa estar utilizando. Essas interações podem agravar os efeitos colaterais e afetar a eficácia do tratamento quimioterápico.
Importante. Nesse momento informe ao seu médico a relação de todos os medicamentos e suplementos que utiliza, incluindo medicamentos que não precisam de receita, como vitaminas, suplementos de ervas ou dietéticos, pois alguns podem alterar os efeitos da quimioterapia. Seu médico o orientará sobre quais desses medicamentos devem ser suspensos durante o tratamento quimioterápico.
Uso de Vitaminas durante a Quimioterapia
Muitos pacientes querem ter um papel ativo na recuperação do seu estado de saúde. Eles acreditam que podem ajudar a melhorar suas defesas naturais do corpo a combater o câncer e acelerar na recuperação do tratamento quimioterápico.
Assim como a maioria das pessoas acredita que as vitaminas são uma forma segura de melhorar a saúde, muitos pacientes com câncer tomam altas doses de vitaminas para se recuperar mais rapidamente da quimioterapia. Entretanto, algumas vitaminas podem tornar a quimioterapia menos eficaz.
Certas vitaminas, como A, E e C, atuam como antioxidantes, o que significa que podem impedir a formação de radicais livres que danificam o DNA.
Entrando em contato com seu Médico
Alguns efeitos colaterais são de curta duração, mas outros podem ser um sinal de problemas mais sérios. Certifique-se de que você sabe como entrar em contato com seu médico ou com algum profissional da sua equipe a qualquer momento, inclusive a noite, finais de semana e feriados.
Entre em contato com seu médico imediatamente se apresentar qualquer um dos sintomas abaixo durante o tratamento:
· Febre ≥ 380C.
· Hemorragia.
· Reação alérgica ou erupção cutânea.
· Dificuldade para engolir.
· Calafrios intensos.
· Dor no local da injeção da quimioterapia ou no local do cateter.
· Dor fora do normal, incluindo dor de cabeça intensa.
· Falta de ar ou dificuldade para respirar.
· Diarreias ou vômitos, em excesso.
· Fezes ou urina com sangue.
REFERÊNCIA:
INSTITUTO ONCOGUIA. Efeitos colaterais da quimioterapia. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/efeitos-colaterais-da-quimioterapia/3706/593/. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 23h45min.
MUCOSITE
O tratamento do câncer tem por finalidade a cura ou alívio dos sintomas da doença. Os tratamentos com medicamentos (quimioterapia, terapia alvo, hormonioterapia), cirúrgicos e radioterápicos podem provocar efeitos colaterais que variam de paciente para paciente dependendo de múltiplos fatores, podendo ser diferentes quanto a intensidade e duração. Alguns pacientes poderão apresentar efeitos colaterais mais severos, outros mais leves ou mesmo não apresentar qualquer efeito colateral. Em caso de você apresentar algum efeito colateral devido ao tratamento que está realizando procure imediatamente seu médico para receber as orientações necessárias para seu caso.
A mucosite é uma inflamação da parte interna da boca e da garganta que pode levar a úlceras dolorosas e feridas nessas regiões. Ocorre em até 40% das pessoas que recebem quimioterapia.
Causas
· Alguns tipos de quimioterapia.
· Queda do sistema imunológico, pela quimioterapia.
· Radioterapia da região da cabeça e pescoço.
· Transplante de medula óssea.
Manejo
A melhor maneira de manejar a mucosite é evitar que ela inicie ou tratá-la precocemente. A crioterapia oral, que consiste na sucção de lascas de gelo antes e durante cada quimioterapia, pode reduzir a ocorrência da mucosite. O tratamento da mucosite é feito com anestésicos locais ou analgésicos.
Recomendações a serem seguidas durante o tratamento do câncer:
· Escovar os dentes com pasta contendo flúor.
· Passar fio dental suavemente.
· Fazer gargarejos com bicarbonato de sódio.
· Remover a dentadura.
· Escolher alimentos que exijam pouca ou nenhuma mastigação.
· Evitar alimentos ácidos, picantes, salgados e secos.
As pessoas em tratamento radioterápico na região da cabeça e pescoço devem consultar um dentista antes do início do tratamento para saber como preservar os dentes e prevenir a infecção.
REFERÊNCIA:
INSTITUTO ONCOGUIA. Mucosite. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/mucosite/1333/109/. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 23h56min.
NEUTROPENIA
O tratamento do câncer tem por finalidade a cura ou alívio dos sintomas da doença. Os tratamentos com medicamentos (quimioterapia, terapia alvo, hormonioterapia), cirúrgicos e radioterápicos podem provocar efeitos colaterais que variam de paciente para paciente dependendo de múltiplos fatores, podendo ser diferentes quanto a intensidade e duração. Alguns pacientes poderão apresentar efeitos colaterais mais severos, outros mais leves ou mesmo não apresentar qualquer efeito colateral. Em caso de você apresentar algum efeito colateral devido ao tratamento que está realizando procure imediatamente seu médico para receber as orientações necessárias para seu caso.
Neutropenia é o nível muito baixo dos neutrófilos, um tipo de glóbulo branco, que ajuda no combate das infecções destruindo bactérias e fungos. Pacientes com neutropenia tem um risco aumentado de desenvolver infecções graves. A neutropenia ocorre em cerca da metade dos pacientes em quimioterapia e é comum em pacientes com leucemia.
Causas
O tratamento do câncer pode causar neutropenia de várias maneiras:
· Alguns tipos de quimioterapia podem afetar a medula óssea, que deixa de produzir os elementos do sangue, reduzindo a produção de neutrófilos.
· Cânceres que afetam diretamente a medula óssea, incluindo leucemia, linfoma e mieloma, ou metástases.
· Radioterapia, especialmente dos ossos, pélvis, pernas, tórax ou abdome.
Pacientes com câncer, maiores de 70 anos ou com sistema imunológico debilitado tem maior risco de apresentar neutropenia. Pacientes com neutropenia grave ou de longa duração são os mais propensos a desenvolver uma infecção.
Sinais e Sintomas
A neutropenia em si não causanenhum sintoma. Os pacientes geralmente descobrem que têm neutropenia pelo exame de sangue ou quando uma infecção se desenvolve. Como a neutropenia é um efeito colateral comum de alguns tipos de quimioterapia, o médico solicita exames de sangue regulares, normalmente um hemograma completo.
Para pacientes com neutropenia, jovem, até uma pequena infecção pode rapidamente se tornar grave. Converse com o médico se apresentar qualquer sinal de infecção como:
· Febre.
· Arrepios ou transpiração.
· Dor de garganta ou úlceras na boca.
· Dor abdominal.
· Diarreia
· Feridas ao redor do ânus.
· Dor ou ardor ao urinar.
· Tosse ou dificuldade respiratória.
· Vermelhidão, inchaço ou dor, especialmente em torno de um corte, ferida, ou do cateter.
· Corrimento anormal ou coceira vaginal
Tratamento
Dependendo do tipo ou dose da quimioterapia, a contagem de neutrófilos geralmente começa a cair entre 3 a 7 dias após cada ciclo e, geralmente, chegam ao valor mais baixo, cerca de 7 a 14 dias após o tratamento. Esse é o momento que o paciente está mais vulnerável à infecção. Em seguida, o número de neutrófilos volta a elevar-se, porém, pode levar de três a quatro semanas para chegar a um nível satisfatório. Quando o nível de neutrófilos volta ao normal, mais um ciclo de quimioterapia inicia-se. Se o paciente desenvolve neutropenia ou o nível de neutrófilos não retornar ao normal rapidamente, o novo ciclo de quimioterapia pode ser postergado ou recomeçar com uma dose menor. Às vezes, o médico recomenda o uso de antibióticos durante os períodos de neutropenia prolongada para tentar impedir a ocorrência de infecções.
REFERÊNCIA:
INSTITUTO ONCOGUIA Neutropenia. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/neutropenia/1335/109/#:~:text=A%20neutropenia%20ocorre%20em%20cerca,comum%20em%20pacientes%20com%20leucemia.&text=O%20tratamento%20do%20c%C3%A2ncer%20pode,reduzindo%20a%20produ%C3%A7%C3%A3o%20de%20neutr%C3%B3filos.. Acessado em: 02 de setembro de 2020, às 23h58min.
NEUTROPENIA FEBRIL
A neutropenia febril, conceitualmente, refere-se a situações em que haja pelo menos um pico febril de 38ºC que dure pelo menos 1 hora em um paciente com contagem absoluta menor que 500 neutrófilos por mm3 em hemograma periférico. Essas situações hoje ocorrem principalmente, mas não exclusivamente, em pacientes com doença oncológica ou onco-hematológica.
Os principais pontos a serem destacados são: 
1. a neutropenia febril deve ser encarada como urgência médica e a introdução de terapia antimicrobiana é a regra, salvo situações específicas em que é clara a fonte da febre (por exemplo, medicações, flebites, infecções virais de vias aéreas etc.); 
2. nem todo paciente neutropênico tem um risco igual. Distingue-se um grupo de alto risco, para o qual se espera uma neutropenia profunda (< 100 neutrófilos/mm3 ) por um período maior que 7 dias (transplantados de medula óssea e quimioterapia para outras doenças onco-hematológicas estão nessa categoria). Entre os pacientes de baixo risco, estão aqueles com neutropenia não profunda e por um período menor que 7 dias (quimioterapia para alguns tumores sólidos); 
3. pacientes considerados de alto risco com neutropenia febril devem ser tratados com antibióticos por via venosa e internados, ao passo que aqueles de baixo risco podem, em princípio, ser tratados com antibióticos por via oral e fora do ambiente hospitalar, enquanto estejam clinicamente estáveis e não tenham comorbidades importantes;
REFERÊNCIA:
DEL GIGLIO, Auro. Como eu trato. Educ Contin Saúde einstein. 2012;10(2):86-7.
A neutropenia induzida por quimioterapia é a toxicidade hematológica mais séria e se caracteriza pela redução dos glóbulos brancos na corrente sanguínea, com uma contagem abaixo de 1,5 x109 /L1 . A ocorrência dessa toxicidade varia de 16% a 81% entre os pacientes que recebem algum tratamento quimioterápico. É descrita como um dos principais eventos adversos da quimioterapia antineoplásica e é a toxicidade que mais interfere na continuidade do tratamento.
Segundo Pathak et al. 8 , a neutropenia, quando associada à febre, é uma complicação potencialmente fatal, remetendo a mais cuidados e gastos com a saúde, em razão da grande taxa de hospitalização desses pacientes8 . Dessa forma, a ocorrência da neutropenia está associada a um aumento da mortalidade, morbidade, custos do tratamento, reduções de doses ou extensão dos intervalos de dosagens, afetando diretamente o tratamento oncológico e a sua eficácia. 
A neutropenia é evidenciada pela diminuição do número de glóbulos brancos no hemograma e este é um exame realizado rotineiramente durante o tratamento quimioterápico. A neutropenia é classificada em cinco graus: Grau I – 3x10(9) células/L; Grau II – 2 a 3x10(9) células/L; Grau III – 1 a 2 x 10(9) células/L; Grau IV - <1 x 10(9) células/L; Grau V- que indica óbito ao paciente submetido ao tratamento.
Por ser um evento adverso frequente e importante para o desfecho do tratamento, existem algumas estratégias que podem ser realizadas para o controle da neutropenia na prática clínica. Estas consistem na redução de dose dos quimioterápicos, adiamento de aplicação de novos ciclos e uso de fatores estimulantes de colônias. Entretanto, essas estratégias podem interferir na qualidade final da terapia, reduzindo sua eficácia, principalmente nos casos de redução de dose e adiamento de novos ciclos. 
Em virtude do elevado risco de infecções graves, a baixa contagem de neutrófilos afeta diretamente a qualidade de vida dos pacientes oncológicos, que são instruídos a seguirem regras rigorosas durante o tratamento, como evitar multidões e não comer alimentos crus ou mal lavados.
REFERÊNCIA:
CONTE, Fernanda Mocellin; SGNAOLIN, Valéria; SGNAOLIN, Vanessa. Neutropenia Associada ao Tratamento do Câncer de Mama: Revisão Integrativa da Literatura. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 65, n. 3, 2019.
SÍNDROME DE LISE TUMORAL
A síndrome de lise tumoral é caracterizada pela destruição maciça de células malignas e consequente liberação do seu conteúdo no espaço extracelular. Embora possa ocorrer de modo espontâneo, a síndrome de lise tumoral aparece em geral, logo após o início do tratamento com agentes quimioterápicos citotóxicos. Uma vez liberados, estes metabólitos podem subjugar os mecanismos homeostáticos resultando em hiperuricemia, hipercalemia, hiperfosfatemia, e hipocalcemia. Estas alterações biológicas podem levar à ocorrência de diversas manifestações clínicas, incluindo lesão renal aguda, convulsões e morte súbita, que podem requerer cuidados intensivos. Como a síndrome de lise tumoral está associada a um prognóstico reservado, prevenção de sua ocorrência per se e também de suas consequências é obrigatória.
REFERÊNCIA:
MICHAEL DARMON, M. D. I. et al. Síndrome de lise tumoral: uma revisão abrangente da literatura. Rev. Bras. Ter. Intensiva vol, v. 20, n. 3, 2008.
A síndrome da lise tumoral (SLT) é caracterizada por manifestações clínicas resultantes da destruição maciça de células malignas. Ocorre, em geral, após o início da terapêutica com agentes quimioterápicos citotóxicos, entretanto, pode surgir espontaneamente. A SLT surge quando células neoplásicas são destruídas e seu conteúdo celular é liberado na circulação sanguínea, especialmente, potássio, fósforo e ácidos nucleicos, em quantidade tao grande que o organismo não as consegue excretar adequadamente.
A SLT constitui emergência oncológica pelo fato da sobrecarga de excreção poder gerar lesão renal aguda, aumentando a morbidade e mortalidade dos pacientes oncológicos. A associação entre SLT e lesão renal aguda pode aumentar tanto os níveis de potássio e fósforo, que podem causar arritmia cardíaca e morte súbita. A complicação mais comum relacionada à SLT é a lesão renal aguda, sendo resultado da deposição de cristais de fosfato de cálcio nos túbulos renais. Constitui-se em emergência médica oncológica mais comum relatada por médicos que cuidam de pacientes portadores de câncer.
A ocorrência da SLT é mais frequente nas neoplasias hematopoiéticas (linfoma não Hodgkin, leucemia

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