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Estudo de caso canauana

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CANUANÃ
Moradias estudantis
Formoso do Araguaia, TO
Rosenbaum e Aleph Zero
Moradias dos alunos da Fundação Bradesco/Canuanã
Local Formoso do Araguaia, TO
Data do início do projeto 2013
Data da conclusão da obra 2016
Área construída 25.000 m²
Arquitetura Rosenbaum + Aleph Zero
Estrutura de madeira Ita Construtora
Paisagismo Raul Pereira Arquitetos Associados
Luminotécnica Lux Projetos Luminotécnicos
Fundações Meirelles Carvalho
Consultoria de conforto térmico Ambiental Consultoria
Instalações Lutie
Lajes em concreto Trima
Construtora Inova TS
Gerenciadora Metroll
Projeto de mobiliário Rosenbaum e o Fetiche
Material de registro e comunicação do projeto Fabiana Zanin
Fotos Leonardo Finotti 
Ficha Técnica
Rosenbaum +Aleph Zero
Rosenbaum é um escritório de design e inovação, cujos projetos integram, além do espaço físico e da estética do objeto, os valores de conexão, identidade cultural, cultura popular, memória e inclusão. São sócios o designer Marcelo Rosenbaum e a arquiteta Adriana Benguela 
O escritório Aleph Zero foi fundado em 2012 pelos arquitetos Gustavo Utrabo e Pedro Duschenes, ambos formados pela Universidade Federal do Paraná. 
Informações 
O projeto teve início em 2013 e foi finalizado em 2016. Para a realização da obra, os arquitetos e designers responsáveis estudaram a cultura e as construções da região, para fidelizar o espaço e deixá-lo mais confortável para os estudantes.
Fomos convidados pela Fundação Bradesco para para repensar e qualificar as moradias dos estudantes na Fazenda Canuanã, em Formoso do Araguaia, Tocantins. Uma escola rural mantida há quase 40 anos, onde 540 crianças e adolescentes, filhos de caboclos e indígenas que moram na zona rural do centro oeste brasileiro, cujo deslocamento impossibilita a rotina escolar, sendo necessário o regime de internato.
Contexto histórico e geográfico 
“ CANUANÃ É MINHA CASA “
Sobrevoando virtualmente as imediações da ilha do bananal, no tocantins, avista-se, na face oposta à sua margem leste, um assentamento com construções de tipologias variadas, de pequeno e médio porte, configurando uma mini cidade. São as instalações da fazenda canuanã, que, desde 1973, por iniciativa da fundação bradesco, funciona como uma escola internato de ensinos fundamental e médio. Aqui apresentamos o projeto dos novos dormitórios para os estudantes, implantados nas clareiras norte e sul da propriedade. A autoria é da dupla de escritórios rosenbaum e aleph zero.
Localizada em região de clima quente (seco no verão e úmido no inverno) onde coexistem três biomas - Cerrado, Pantanal e Amazônia - e historicamente marcada por conflitos de terra, entre índios, pecuaristas, agricultores, posseiros e, mais antigamente, exploradores de madeira nativa. Os alunos provêm de famílias com baixíssimo poder aquisitivo, muitos deles com a vivência anterior de casas desprovidas de instalações corriqueiras.
Arredores
Formoso do Araguaia é o município de maior extensão territorial do estado do Tocantins, onde Cerrado, Pantanal e Floresta Amazônica coexistem. Um bioma mágico, onde o encontro do homem branco encontrou a tribo Javaés guiado pela grandiosidade do rio. Hoje, as histórias da terra e do índio são delicadamente protegidas pela fronteiras da reserva nacional, criada no final da década de 1990, culturas que não dialogam. Por isso propor a riqueza do encontro das cultura ancestrais e cultura contemporânea para dentro das paredes da escola é tão significativo dentro desse projeto. 
MADEIRA INDUSTRIALIZADA
Os mil metros cúbicos de madeira laminada colada, utilizados na obra das Moradias Estudantis de Tocantins, correspondem a cerca de cinco vezes a média de produção mensal da ITA Construtora. 
Nesse sentido, foi com o projeto dos pavilhões de Tocantins que Olga vislumbrou o desempenho coerente do potencial fabril da sua empresa. Isso porque o tamanho da obra é diverso - muito maior - daquelas que costuma executar, com o predomínio de residências no seu cotidiano de trabalho.
O clima é um complicador, sobretudo no que se refere à alternância de períodos rigorosos de seca e chuvosos, orientando-se a manutenção periódica da camada de verniz que recobre a estrutura, como de praxe em qualquer sistema. Este projeto de MLC é um exemplo pontual de uma solução que poderia ser adotada em grande escala no Brasil, dando vazão ao seu potencial latente no país.
As estruturas foram construídas a partir de blocos de terra, tornando os edifícios rentáveis e sustentáveis. Outros detalhes incluem telhados de dossel emoldurados por madeira laminada cruzada, que proporcionam alívio do clima tropical.
Os dormitórios estão agrupados em estruturas de tijolos de barro sem cozimento que foram fabricados na obra utilizando a terra da própria fazenda, assentados como muxarabi nas áreas de serviço, exatamente como nas casas da região, criando conforto térmico eficiente. A estrutura de Madeira Laminada Colada (MLC), com projeto e execução da Ita Construtora, produzidas com madeira 100% de florestas de reflorestamento, tecnologia com baixo impacto ambiental.
Da casa ao convívio coletivo, também a praça foi tema das dinâmicas dos arquitetos com os estudantes, isso porque sob as grandes coberturas, apoiadas, cada uma delas, sobre 288 pilares com seção de 15 centímetros, surgiriam pátios ajardinados e um átrio de acesso. O que é a praça, para quem tem o campo irrestrito como referência? A arquitetura, então, assumiu a configuração de um extenso pavilhão aberto, constituído pela cobertura de uma água (inclinada 5% em direção ao Rio Javaés, com ápice na face que abriga o átrio e as escadas de acesso às salas elevadas), pela densa malha dos pilares e pela presença de jardins quadrados, com 25 metros de lado, circundados por blocos independentes (30 x 9 metros). Vedados com alvenaria de adobe produzida no local, estes pavilhões abrigam os dormitórios (cinco quartos por bloco, com portas voltadas para o pátio), no térreo. Sobre eles, ficam as áreas de uso coletivo, interligadas por passarelas.
Utrabo ressalta que potencializar nos alunos o reconhecimento da beleza local, tanto a natural quanto da cultura indígena e das técnicas artesanais de construção, foi parte importante do desenvolvimento arquitetônico. O projeto tem a pretensão de não se contrapor ao contexto, para o que colaboram o monocromatismo (madeira e tijolos têm tonalidades aproximadas), sua franca conexão com o entorno e o fato de se evidenciarem os encontros entre os materiais e elementos.
Os beirais são grandes, de 4 metros - resposta do projeto ao clima rigoroso -, e o percurso pelo pavilhão alterna zonas de pé-direito elevado (que chegam a 8 metros de altura) àquelas interrompidas pelos dormitórios que, no entanto, são soltos da cobertura. Há também passarelas de acesso e interligação das salas suspensas, além de balcões que ultrapassam a projeção dos quartos.
https://fundacao.bradesco/Escolas?ID=9
Escola de Canuanã  Mapa Interativo
Cada unidade tem 160 x 65 metros de projeção.
A área de implantação é de 26 mil metros quadrados.
Plantas do projeto
Norte
Maior incidência solar
Sul 
menor incidência sola
Leste
 Sol da manhã
Oeste
 Sol da tarde
Orientação solar
E iluminação
Sob as grandes coberturas apoiadas, cada uma delas sobre 288 pilares com seção de 15 centímetros, surgiriam pátios ajardinados com 25 metros de lado, circundados por blocos independentes (30 x 9 metros).
Plantas do projeto
Plantas do projeto
9 Blocos - 30m de largura por 9m comprimento 
 cada bloco com 5 dormitórios
Jardins com 25 metros 
Cada dormitório tem 6 metros de largura 
por 9 metros de comprimento, incluindo beliches, área de estudo, banheiros e varanda. 
Plantas do projeto
Os beirais são grandes, de 4 metros - resposta do projeto ao clima rigoroso -, e o percurso pelo pavilhão alterna zonas de pé-direito elevado que chegam a 8 metros de altura.
Plantas do projeto
MARCELO ROSENBAUM
Marcelo Rosenbaum está à frente daRosenbaum, escritório de design, arquitetura e inovação que gera valores a partir de ideias originais, inserindo a identidade cultural em tudo o que faz.
Desde 2010 desenvolve a metodologia do Design Essencial, que se traduz na capacidade de olhar para uma cultura, descobrir, despertar e potencializar os seus valores e saberes essenciais através do design. Com esta metodologia aplicada integralmente, o A Gente Transforma é um projeto da Rosenbaum que atua em comunidades do Brasil profundo e desde 2015 no Peru. Desde 2014 o A Gente Transforma faz parte da rede Yunus Social Business. O projeto tem um plano de atuação para 5 regiões do Brasil para ser implementado através do Instituto A Gente Transforma e da Rosenbaum®.
Desde 2014, Marcelo Rosenbaum é curador do Clube de Design do Museu de Arte Moderna de São Paulo, ministra cursos e palestras em eventos de design mundiais com um novo olhar sobre as possibilidades do design como ferramenta de transformação. Já participou do 5 Miradas (Cidade do México, 2008), Design Indaba (África do Sul, 2010), Experimenta Design (Lisboa, 2011), What Design Can Do (Amsterdam, 2012 e Brasil 2015), Ano do Brasil em Portugal (Lisboa, 2012), Mês da Cultura do Brasil na China (Shangai, 2013) e, em 2013 e 2015 ministrou workshop sobre Design para Humanidade em Domaine de Boisbuchet, na França, uma iniciativa da Vitra e do Centre Pompidou.
Bibliografia
ADRIANA BENGUELA 
Arquiteta, formada pela Universidade Estadual Paulista, com experiência em planejamento e coordenação de projetos de arquitetura, design e inovação, é diretora executiva da Rosenbaum.
Em Haifa, Israel, trabalhou em projetos relacionados à àgua. Em São Paulo, com Guinter Parschalk, em projetos relacionados à luz. Com Marcelo Rosenbaum atuou em mais de 300 projetos de arquitetura e interiores na Rosenbaum desde 1998.
Sócia da Rosenbaum desde 2004, trabalha com os novos clientes na construção de modelos de negócios customizados para arquitetura, design de produto, co-branding, e projetos co-criativos. No modelo de atuação em rede que faz parte dos valores da Rosenbaum, desenvolve o modelo comercial, planejamento e a arquitetura de equipe, fazendo a ponte entre as pessoas, os projetos e os processos.
Gustavo Utrabo formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Paraná em 2010. Contribuiu em palestras e outras atuações em instituições como Harvard GSD, IIT em Chicago, University of Hong Kong, Future Architecture Platform no museu MAO em Ljubljana, RIBA em Londres e FAU-USP em São Paulo, entre outros. Gustavo foi professor convidado no programa MA da Universidade de Hong Kong e professor assistente da Escola da Cidade em São Paulo. Por seis anos Gustavo Utrabo foi sócio fundador da Aleph Zero, encabeçando os principais projetos efetuados pelo escritório.
Fundado em Curitiba por Gustavo Utrabo e Pedro Duschenes, o escritório de arquitetura Aleph Zero atua em áreas que abrangem desde o desenho de mobiliário, exposições, arquitetura residencial e comercial até projetos de escala urbana, tanto para clientes do setor público quanto do setor privado. Busca para cada projeto uma atmosfera singular, conformada a partir de um processo colaborativo com artistas, filósofos e consultores especializados. Desde sua constituição, obteve o reconhecimento de seu trabalho em publicações e prêmios nacionais e internacionais. Hoje concentra seus esforços a partir do escritório de São Paulo.
Gustavo Utrabo e Pedro Duschenes
PRÊMIOS
Projeto que tem colecionado prêmios importantes de arquitetura ao redor do mundo.
 
PROJETO VENCEDOR do RIBA International Prize 2018
 
PROJETO VENCEDOR do American Architecture Prize 2017 – categoria Habitação Social
 
PROJETO VENCEDOR da Arch Daily – Building of The Year 2018
 
PROJETO VENCEDOR do 4º Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel 2017
 
PROJETO VENCEDOR do 5º Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura – Habitat Sustentável – categoria Edificação Institucional e Melhor Projeto da Edição
 
PROJETO VENCEDOR do APCA 2017 – categoria Obra de arquitetura no Brasil
 
PROJETO VENCEDOR do Prêmio IBRAMEM A MATA 2018 – categoria Profissional
 
Pontos Positivos e Negativo
Ponto positivo
 
Foi a pegada sustentável e rentáveis. 
Por exemplo: As estruturas foram construídas a partir de blocos de terra. 
Outros detalhes incluem telhados de dossel emoldurados por madeira laminada cruzada, que proporcionam alívio do clima tropical.
Ponto negativo
A localização a margem do rio Javaés, uma vez que as salas de aulas, uma brinquedoteca e um dos colégios estão bem próximos.
Referências
https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/rosenbaum-e-aleph-zero-moradias-estudantis-formoso-do-araguaia-to
https://casacor.abril.com.br/arquitetura/escola-da-fazenda-canuana-e-nomeada-como-melhor-projeto-do-mundo-pelo-riba/
https://ciclovivo.com.br/arq-urb/arquitetura/escola-do-tocantins-e-melhor-edificio-educacional-do-mundo/
http://rosenbaum.com.br/projetos/fundacaobradescocanuana/sobre-o-projeto/
https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/aleph-zero_/moradias-infantis/4647
https://www.archdaily.com.br/br/887401/guia-de-arquitetura-da-regiao-norte-do-brasil?ad_source=search&ad_medium=search_result_all
https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetos/marcelo-rosenbaum/
https://fundacao.bradesco/Ensino/#projetos-complementares
https://casavogue.globo.com/Arquitetura/noticia/2017/08/marcelo-rosenbaum-projeta-escola-em-tocantins-com-ajuda-de-alunos.html 
https://fundacao.bradesco/Escolas?ID=9

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