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06 - Antropologia Forense Identificação Judiciária rev

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Antropologia: ciência vastíssima que estuda o ser humano sob os mais 
variados enfoques. Uma pequena parte dessa ciência se destina ao direito. É 
a antropologia forense, focando nas questões de identidade e identificação 
humana. 
 
 
 
1 
Identidade: 
 
Importante se conscientizar que a identidade não é convenção, é algo real, 
algo que é inerente à própria coisa ou pessoa. 
 
Os nomes são convenções, mas a identidade de uma coisa é a ela inerente: 
em qualquer lugar que estejam, terão a mesma identidade. 
 
O que seria identificação? 
2 
Identificação é o conjunto de procedimentos que possibilitam conhecer a 
identidade de alguém ou de algo. 
Se é processo, obedece a determinadas técnicas. Por isso, precisamos 
separar a identificação do reconhecimento. 
Reconhecimento é um dos meios de prova. É uma prova complementar. 
Mas é um ato humano, leigo, comum, e, por isso, extremamente vulnerável, 
sujeito a erro. 
A identificação, como é uma técnica, não deverá falhar. 
3 
Ponto elementar. Abre o capítulo da antropologia. 
Existem quatro formas de identificação: 
Forma genérica: a mais geral de todas – animal, vegetal, mineral. 
Forma específica: vai tentar chegar na espécie daquilo que se está 
identificando. 
Forma individual: é a que normalmente se deseja alcançar no final do 
processo de identificar. Visa isolar a pessoa ou coisa como ente único 
Forma regional: consiste em identificar partes de alguma coisa (ex.: partes 
do corpo humano, partes de um projétil, partes de um veículo num acidente 
de trânsito). 
Todas tendem a convergir à forma individual. 
4 
Só conseguimos identificar algo se executarmos três fases. São elas: 
 
1)  1º registro: consiste em colher todos os elementos que individualizam a 
coisa ou pessoa e guardar, registrar arquivar. Agrupa-se tudo que pode servir 
para identificar algo 
2)  2º registro: colher novamente todos os dados individualizadores da coisa 
ou pessoa e guardar 
3)  Identificação propriamente dita: comparar os dados que se colheu no 2º 
registro com aqueles colhidos no 1º. Se for a mesma coisa ou pessoa, esses 
dados coincidirão. 
Na prática, as três fases são executadas por técnicos de identificação 
diferentes. 
Se a pessoa nunca fez o primeiro registro e já começou a delinquir. A polícia 
colhe as digitais no que deveria ser o 2º registro e depois registra novamente, 
invertendo a ordem. 
 
5 
Requisitos de viabilidade, de eficiência um sistema de identificação. O que é 
que um meio de identificação deve ter para poder conseguir levantar uma 
identidade. 
Unicidade: individualidade, variabilidade ou pluralidade. É aquele atributo de 
existir em apenas um único ser e variar em todos os outros. 
Imutabilidade: qualidade de não se modificar, não alterar. 
Perenidade: qualidade de resistir ao tempo. Não se confunde com 
imutabilidade. 
Praticabilidade: é o que requisito de ser simples, fácil de manipular, 
acessível a qualquer pessoa com o mínimo de treinamento. Ex.: DNA não tem 
esse requisito. 
Classificabilidade: possibilidade de agrupar os elementos individualizadores 
em classes, categorias ou grupos. 
 
Meio de identificação eficiente deve ter todos esses requisitos. 
6 
Divisão em duas grandes partes: a primeira dela é muito conhecida, é a 
chamada identificação judiciária, que também pode ser chamada de 
identificação policial (cuidado: essa expressão é equivalente, não se 
confunde com a identificação de criminoso; é assim chamada porque a polícia 
é um órgão extremamente importante na identificação humana; todos nós já 
fomos identificados pela polícia; não envolve apenas criminosos) 
 
A outra parte é chamada de identificação médico-legal: é a parte que 
engloba os meios de identificação através dos quais só se consegue se 
levantar a identidade através de meios médico-legais. 
 
O processo de identificação judiciária é mais simples, e por isso tem 
praticabilidade. Na identificação médico-legal é necessário ser médico. 
7 
É dividida em quatro partes: 
 
Identificação civil – envolve todas as pessoas indistintamente. Pode ser no 
âmbito doméstico, que é feita pela Polícia Civil, e no âmbito internacional, que 
é feita pela Polícia Federal. 
 
Identificação criminal – é aquela que vai identificar pessoas julgadas e 
condenadas em sentença transitada em julgado por prática de crime. 
Pessoas que fazem parte do rol dos culpados 
 
Identificação profissional: normalmente é exercida pelos órgãos de classe. 
Identifica o individuo de acordo com a sua atividade laborativa. Ex.: OB, CFM 
 
Identificação de qualidade: é aquela que identifica pessoas por meio de 
algum atributo que ela possa ter. É o caso do militar, do eleitor, contribuinte, 
trabalhador (CTPS), habilitado a dirigir veículos, etc. 
 
 
8 
É feita normalmente quando os meios de identificação judiciária não 
conseguem identificar a pessoa ou deixam dúvidas a respeito de sua 
identidade. 
Essa parte se subdivide em três: 
 
Física: de acordo com os atributos corporais, somáticos; identificação através 
do corpo – estatura idade, sexo 
 
Funcional: identifica o indivíduo através de funções orgânicos. Ex.: voz (cada 
pessoa tem uma voz cujo timbre é único), escrita (cada um de nós escreve de 
uma forma própria, individual). Não somente a voz e a escrita são funções 
que podem ser usadas, podemos usar, até no morto, a função (ex: atrofia nó 
pé) 
 
Psíquica: identifica a pessoa de acordo com suas funções intelectivas. 
Exemplo: memória. 
 
Posso adiantar que a parte física é a mais utilizada comumente. 
9 
Aqueles que não aplicam conhecimento médico para identificar um indivíduo. Esse quadro permite fazer um passeio através da 
história da identificação humana. 
 
Nome: é o meio mais antigo de identificação humana. Era um meio extremante limitado, vulnerável. E ai os estudioso da época 
desenvolveram meios mais seguros de identificação (sobretudo para evitar a ocultação da identidade) 
Esses meios são denominados Processos antigos de identificação: 
*Ferrete: ferro em brasa. Nasceu na França. Eram basicamente três símbolos colocados no corpo do criminoso. Flor de lis era para 
identificar vagabundos. O V era a abreviatura para Vilão, é o criminoso primário. GAL (vem de gallerian), e era aplicado sobre os 
criminosos reincidentes. 
*Técnica de Icard: a técnica nada mais é do que identificar criminoso através de injeção de parafina, que causava protuberâncias na 
perna. 
*Mutilações (Hamurabi): até hoje alguns países utilizam esse método. De acordo com o crime o criminoso tinha alguma parte do 
corpo amputada. 
 
Sistema Dermográfico de Bentham: pela palavra já podemos concluir algo – demo é relativo à pela e grafos é relativo à grafia, 
escrita. Nada mais é do que tatuar a pele da pessoa para identificá-la. Apesar de ser um processo invasivo, não podemos deixar de 
reconhecer que foi um grande avanço. Essa técnica não obteve sucesso e terminou sendo uma exclusividade dos nazistas para 
identificação dos judeus nos campos de concentração. 
Assinalamento sucinto: usamos no dia-a-dia sem perceber. Assinalar é dar sinal, chamar atenção. Sucinto é resumido. Consiste em 
chamar atenção, mostrar traços fisionômicos do indivíduo. É apenas o assinalamento. Ex.: depoimento de testemunha, de vítima, 
socialmente. 
Retrato falado: desenho que se faz das características fisionômicas relatado por testemunhas de boa memória. Muito utilizado. 
Fotografia: os antropólogos achavam que a fotografia resolveria todos os problemas de identificação humana. Mas não. Primeiro 
porque as pessoas mudam, espontânea e intencionalmente. Mas, apesar disso, a fotografia continua constando na carteira de 
identidade. É um meio subsidiário de identificação. 
Fotografia sinalética: se refere a algo que é feito para arquivamento. Foi desenvolvido por Bertillon. Não é utilizado para a 
identificação civil, mas é feita para a identificação criminal obedecendo três requisitos técnicos: 1) foto tomada de frente e de perfil 
direito; 2) feita na distância focal (distânciaque melhor focaliza); 3) a foto vai ser revelada numa redução de 1 para 7 (escala de 
dimensão) 
Sistema antropométrico de Bertillon (bertilhonagem, bertilonagem): antropos – ser humano; métrico – medida. Consistia de três 
partes: 1) 11medidas do corpo (ele conseguiu demonstrar que não havia duas pessoas diferentes com as mesmas medidas do corpo); 
ex.: diâmetro antero-posterior do crânio, cumprimento do pavilhão auditivo; 2) assinalamento sucinto; 3) sinal particular (cicatriz, 
defeito de fala). Não obteve sucesso, pois era muito complicado. Não tem classificabilidade, não tinha imutabilidade. Tem apenas um 
valor histórico. Grande mérito: foi o primeiro sistema de identificação humana com base científica. Nenhum dos demais tem método 
científico. 
Sistema Dactiloscópico de Vucetich (Datiloscopia): o melhor sistema de identificação humana que existe. Tem todos os cinco 
requisitos. Seria perfeito se não sujasse o dedo. O sistema de Vulcetich identifica inclusive gêmeos univitelinos, que tem o mesmo 
DNA. O Brasil adota esse sistema há mais de 100 anos. Apesar de não ser médico-legal, tem base científica: tem imutabilidade, etc. 
Outros meios: há uma infinidade de meios de identificação judiciária. Tem uns que são ridículos. 
 
 
10 
11 
Desenho digital: é isso que o TRE está fazendo e as Forças Armadas estão 
fazendo. Originou-se da datiloscopia. É menos preciso do que a datiloscopia. 
Se o leitor óptico for muito bom e a memória do computador também, pode 
ser comparado com o método datiloscópico. 
 
Desenho palmar: na ponta da mão também temos um desenho. 
 
Íris: tem uma cor predominante, mas tem vários detalhes, nuances, cores 
diferentes. Há mais de 200 matizes numa íris. Isso confere a ela unicidade. 
Mas é mais complicado do que a datiloscopia. 
 
Sistema Poróscopico de Locard: muito utilizado para auxiliar a datiloscopia. 
Examina a disposição dos poros de determinado dedo. O criminoso nem 
sempre deixa a impressão digital inteira. 
 
Sistema Flebográfico de Tamassia (desenho das veias no dorso das 
mãos): esse desenho não muda 
 
Sisitema Flebográfico de Ameuille: porção anterior da região temporal 
12 
Exceção: Rússia não adota. 
Alguns países só adotam para identificação criminal 
Acessível: muito barato e simples. 
 
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